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Diretor-presidente da Prudenco é alvo de denúncia protocolada na Câmara Municipal de Presidente Prudente | Presidente Prudente e Região
Foi protocolada na Câmara Municipal de Presidente Prudente (SP) uma denúncia contra o diretor-presidente da Companhia Prudentina de Desenvolvimento (Prudenco), Valdecir Vieira, que supostamente teria praticado abuso de poder e assediado moralmente funcionários da empresa de economia mista que possui como acionista majoritária a Prefeitura. O documento deu entrada na Casa de Leis na tarde desta quarta-feira (9) e é assinado pelo advogado público Idemar José Alves da Silva Junior, integrante do Departamento Jurídico da própria Prudenco. Valdecir Vieira, que também é advogado, ocupa o cargo de diretor-presidente da companhia desde janeiro de 2021. A denúncia levada ao Poder Legislativo possui 21 páginas e apresenta em 13 tópicos diferentes supostas irregularidades atribuídas a Vieira. Departamento Jurídico ‘paralelo’Consta na denúncia que os advogados da Prudenco, “devidamente admitidos através de regular concurso público”, não participaram da elaboração do Plano de Cargos e Salários, e que o documento foi feito apenas por um membro da diretoria da companhia. Eles relatam que o plano não foi revisado ou foi concedida a oportunidade para que os advogados pudessem se manifestar a respeito, nem foi pedido para que eles apresentassem parecer jurídico. O tal plano teria sido elaborado “em único e exclusivo interesse da empresa, já que em nenhum momento algum dos empregados da Companhia puderam apresentar sugestões”. Foi informado que, “durante algum tempo”, o relacionamento de Vieira com os advogados “foi bom e dentro da normalidade”. Contudo, a partir do segundo semestre de 2021, “mudou completamente”. A participação “mais efetiva” do Departamento Jurídico junto à diretoria foi até meados de fevereiro do ano passado, segundo a denúncia. Os advogados disseram que participavam das reuniões, eram solicitados pareceres técnicos, elaboravam portarias, circulares e ofícios, além de pareceres em licitação e vistas de processos licitatórios. Entretanto, essas atribuições “foram retiradas do Departamento Jurídico”, sendo que parte delas passou a ser executada por uma funcionária de comissão, sócia do escritório de advocacia de Vieira, “instalando-se na Prudenco um verdadeiro Departamento Jurídico ‘paralelo'”. Uma outra funcionária de cargo de comissão, ou seja, de confiança, também estaria atuando como advogada. Há ainda a denúncia de suposto assedio moral contra vários funcionários, alguns por terem expressado sua “opinião pessoal sobre um determinado assunto” em rede sociais, e denúncias contra a empresa. Os colaboradores também disseram que Vieira teria tratado os funcionários “aos gritos”, inclusive, com a gravação de áudio de um desses momentos. Entre as frases supostamente gritadas pelo diretor-presidente, está “seus dias estão contados”, dita a um dos advogados. Outra forma de assediar os servidores seria com a instauração de sindicância e o afastamento dos colaboradores até a conclusão do processo. Os trabalhadores alegaram que tiveram suas imagens prejudicadas por Vieira. Prejuízos aos cofres públicosA denúncia frisa que Vieira possivelmente causou prejuízo aos cofres públicos por meio de suas ações, como a contratação de advogados para atuar em defesa própria e não em face da Prudenco, no valor de R$ 15 mil. Teria ocorrido, ainda, a prestação de serviço por um escritório de advocacia sem a formalização de contrato e a contratação de uma advogada que é “amiga pessoal” de uma pessoa com cargo comissionado na Prudenco, sendo também advogada em outro processo contra a companhia. Esta estaria atuando como “advogada concursada”. Ainda segundo o documento, a coleta, o transporte e a cremação dos cadáveres de animais mortos na cidade estariam sendo feitos sem contrato. Outro prejuízo de mais de R$ 20 mil teria ocorrido com a realização da festa de fim de ano, em dezembro do ano passado, com o oferecimento de um almoço com churrasco para cerca de 800 pessoas. Além dos funcionários, outras pessoas do funcionalismo público teriam participado. Do valor divulgado, somente R$ 9.984 teriam sido usados para a compra de carne. Para a organização do evento, vários servidores foram deslocados de suas funções, segundo a denúncia. A festa teria tido “viés político” e “intenção de autopromoção” de Vieira, “uma vez que durante o evento não faltaram os típicos discursos com caráter político”. A “festança” seria um “absurdo”, já que a empresa atravessa uma grave crise financeira, inadimplente com vários fornecedores, parcelando débitos tributários, com dificuldades até mesmo de arrecadar quantias para o pagamento da folha de salários, do 13º salário e do vale-alimentação. Outro fato denunciado é que, mesmo descontadas dos funcionários, as contribuições previdenciárias destinadas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não seriam repassadas ao órgão previdenciário como determina a legislação. Isso estaria ocorrendo desde outubro de 2021 e seria, inclusive, sendo objeto de investigação pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). No documento, é exposto que a Câmara Municipal tem como atribuição a fiscalização dos órgãos da administração pública indireta e, por isso, pede para que seja apurada a denúncia, para “coibir os abusos de poder e prejuízos” supostamente praticados pelo diretor-presidente da Prudenco, Valdecir Vieira. Por meio de nota, a Câmara Municipal de Presidente Prudente afirmou ao g1 que o documento foi encaminhado para o Departamento Jurídico da Casa de Leis, que vai analisar se a denúncia preenche os pré-requisitos formais e legais. O g1 tentou contato com o diretor-presidente da Prudenco, Valdecir Vieira, por e-mail, WhatsApp e telefone. Contudo, até o momento, não houve resposta. Fonte: G1 |

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