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Greve paralisa atividades de Etecs e Fatecs na região de Presidente Prudente



Unidades funcionam nas cidades de Adamantina (SP), Dracena (SP), Osvaldo Cruz (SP), Presidente Prudente (SP), Presidente Venceslau (SP), Rancharia (SP) e Teodoro Sampaio (SP). Greve na Etec Professor Adolpho Arruda Mello, em Presidente Prudente (SP) Robson Moreira/TV Fronteira Os funcionários das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) entraram em greve nesta terça-feira (8) na região de Presidente Prudente (SP). Somente na cidade de Presidente Prudente, onde existem duas Etecs e uma Fatec, cerca de 100 trabalhadores paralisam as atividades. De acordo com o diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (CPS), Roberto Schiratto Junior, o reajuste salarial de 6% repassado pelo Governo do Estado de São Paulo não supre a necessidade dos funcionários, já que estão há nove anos em defasagem. Desta forma, eles reivindicam um reajuste de 53,23%. “É engraçado, realmente ele deu um aumento para todo o funcionalismo público de 6%, neste ano. Os 53,23 é referente a 2014 até o ano passado. Então são nove anos sem nenhum reajuste. Nosso salário está completamente defasado, muitos professores não vem mais fazer o nosso concurso para dar aula no Centro Paula Souza exatamente pela questão salarial”, informou o diretor à TV Fronteira. Ainda conforme Schiratto Junior informou ao g1, os profissionais têm “perdas salariais acumuladas há anos, enquanto a inflação avança mês a mês” e os “salários seguem congelados e perdendo poder de compra”. “Frustração com o reajuste de 6% após o governador e seus secretários terem recebido 50%”, afirmou o diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores do CPS. Além disso, os sindicalistas e professores reivindicam um plano de carreira para os funcionários e contratações urgentes de colaboradores e docentes para suprir as necessidades das instituições de ensino. “Há anos estamos reivindicando a revisão da nossa carreira, que foi implantada em 2014, no entanto ainda não fomos contemplados com muitos direitos importantes conquistados na época”, reforçou Schiratto Junior ao g1. O Centro Paula Souza alega que já realiza reuniões para discutir esse cenário. Em contrapartida, o diretor regional do Sindicato disse que eles não foram convidados para participar de todos os encontros. “O sindicato participou de três reuniões, eles alegam terem feito 26 reuniões. Por isso, exatamente por ter essa divergência, a gente optou por se desligar porque eles fazem a reunião e não nos convida. Nós gostaríamos de ser ouvidos, participar, ter voz ativa junto com os nossos professores que estão querendo essa melhoria. Eles alegam que foram feitas várias reuniões, mas fomos convidados em três”, ressaltou o diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores do CPS. Roberto Schiratto Junior disse ainda que a situação do vale alimentação dos funcionários do Centro Paula Souza também deve ser analisado. Após a paralisação, os funcionários não obtiveram retorno em relação as reivindicações solicitadas por eles, segundo o diretor. “Infelizmente nós nos sentimos abandonados, não tivemos nenhum tipo de retorno e nós torcemos para que o Governo do Estado olhe com carinho para o Centro Paula Souza. Nós somos uma das melhores instituições públicas da América Latina e infelizmente estamos meio abandonados”, avaliou Schiratto Junior. O diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores do CPS finalizou afirmando que as Etecs e Fatecs são “reconhecidas pela excelência de seu ensino técnico e profissional” com nota média no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) superior à média do Ensino Médio no Brasil e também é o maior indicador obtido pelas escolas estaduais do país, pelas escolas públicas brasileiras e pelas escolas privadas nacionais. “Mesmo diante da comprovação da qualidade de ensino ofertado pelas etecs e fatecs, as propostas do atual governo não garantem melhorias e medidas para continuidade destas instituições. A possibilidade de uma ‘rede paralela’ de ensino técnico – sem investimentos, sem estrutura laboratorial e sem contratação de professores habilitados – será um golpe de morte nas nossas Etecs”, finalizou Schiratto Junior. Até o momento, a greve não tem previsão de término. No Oeste Paulista, existem em funcionamento nove Etecs: Engenheiro Herval Bellusci, em Adamantina (SP); Professor Eudécio Luiz Vicente, em Adamantina; Professora Carmelina Barbosa, em Dracena (SP); Amim Jundi, em Osvaldo Cruz (SP); Professor Adolpho Arruda Mello, em Presidente Prudente; Professor Doutor Antônio Eufrásio de Toledo, em Presidente Prudente; Professor Milton Gazzetti, em Presidente Venceslau (SP); Deputado Francisco Franco, em Rancharia (SP); e Professora Nair Luccas Ribeiro, em Teodoro Sampaio (SP). Já em relação às Fatecs, são duas unidades em funcionamento no Oeste Paulista: uma em Adamantina e outra em Presidente Prudente. Em nota oficial enviada à TV Fronteira, o Centro Paula Souza (CPS), que é o órgão do governo do Estado de São Paulo responsável pelas Etecs e pelas Fatecs, informou que trabalha para valorizar os servidores da instituição. “A Bonificação por Resultados (BR), referente ao ano de 2022, por exemplo, já foi publicada no Diário Oficial do Estado e será o paga até outubro, podendo ser antecipada para setembro”, salientou o CPS. Ainda de acordo com o órgão estadual, a atual gestão, já em seu primeiro ano de governo, concedeu um reajuste acima de inflação para os servidores públicos. “O estudo para o novo Plano de Carreiras dos servidores do CPS está em andamento e contava, até o dia 23 de junho, com a participação de representantes do sindicato, que optaram por se desligar do grupo de trabalho. A proposta do novo plano de carreira será encaminhada às instâncias responsáveis pela sua análise até setembro, e as contribuições do Centro Paula Souza serão avaliadas”, prosseguiu o Centro Paula Souza. Segundo o CPS, “o investimento nas Etecs e Fatecs para ampliar as oportunidades de acesso à formação profissional gratuita em São Paulo é compromisso da atual gestão”. “A instituição adotará todas as medidas necessárias para garantir que os estudantes não sejam prejudicados”, finalizou o CPS. Greve na Etec Professor Adolpho Arruda Mello, em Presidente Prudente (SP) Robson Moreira/TV FronteiraVeja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.

Fonte: G1

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