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Maioria dos participantes de enquete do g1 vota contra proposta de privatização da Cidade da Criança
Concessão da gestão do complexo turístico à iniciativa privada é uma ideia aventada pelo atual prefeito de Presidente Prudente (SP), Ed Thomas (sem partido). Parque aquático está interditado e não recebe banhistas Bruna Bonfim/g1 Em uma enquete realizada pelo g1, 50,28% dos participantes manifestaram-se contrários à proposta de privatização do Parque Ecológico da Cidade da Criança Agripino de Oliveira Lima Filho, em Presidente Prudente (SP). Os demais 49,72% votaram a favor da ideia aventada pelo prefeito Ed Thomas (sem partido) de conceder a gestão daquele complexo turístico à iniciativa privada. A consulta de opinião popular, que não possui caráter científico, foi realizada pelo g1 entre os dias 10 e 22 de fevereiro de 2023 e contou, no total, com 13.406 votos. Em resposta à pergunta “você é a favor da privatização da Cidade da Criança, em Presidente Prudente?”, 6.741 disseram “não”, enquanto 6.665 colocaram “sim”. Abandono A equipe de reportagem do g1 esteve na Cidade da Criança no último dia 9 de fevereiro e constatou no local sinais de abandono e descaso em muitos ambientes que deveriam servir de atrativos para a visitação pública. O Parque Aquático, que está completamente interditado, é um desses locais. O espaço que abrigava os armários está destelhado e as piscinas estão vazias, com as pinturas descascadas. Além disso, os tobogãs, atrações muito procuradas pelos banhistas, mostram sinais de danos na estrutura causados pelo tempo em desuso e pela falta de manutenção. É possível observar a ferrugem nos brinquedos à longa distância. No final da visita, a equipe do g1 observou um dos cenários mais preocupantes da Cidade da Criança. Diversos brinquedos estão sem condições de uso e até aparentam riscos à segurança dos frequentadores, porém, a maioria das atrações não possuía sinais de interdição aparentes. As camas elásticas são um dos pontos que mais chamam a atenção. Além de os equipamentos estarem visivelmente danificados pelo tempo, havia água parada ao redor dos brinquedos. Ao longo do espaço, foi possível notar brinquedos quebrados e sem reparos, como as cordas rompidas e madeiras danificadas. A sujeira também estava presente na maioria dos espaços. Outro ponto preocupante para a segurança das crianças são as casinhas. As madeiras que compõem as estruturas estão deterioradas, corroídas e sem manutenção, inclusive, no suporte de sustentação. Prefeito quer privatização Ao ser questionado sobre as situações encontradas na Cidade da Criança, o atual prefeito de Presidente Prudente, Ed Thomas, disse à TV Fronteira que pretende entregar o complexo para a iniciativa privada. “O parque nós já temos todo um diagnóstico, um portfólio que foi entregue a secretarias de parceria do governo do Estado, para interessados participarem com certeza de um processo jurídico e a privatização. Para que Prudente seja uma entrada turística através da Cidade da Criança em um lugar que é grandioso demais, mas que a Prefeitura, por si só, com os impostos da nossa população, eu não posso priorizar lá”, disse o prefeito. O chefe do Poder Executivo disse ainda que aguarda a liberação de uma verba de R$ 2 milhões vinda do governo estadual para a reforma do Parque Aquático. “O meu foco é buscar recursos, como fiz no governo federal, mas foi o governo estadual que nos atendeu com R$ 2 milhões para reforma do Parque Aquático, simples assim. Encaminhamos todas as documentações e esperamos apenas a assinatura do convênio para a reforma do Parque Aquático”, afirmou. A Prefeitura de Presidente Prudente repassa pouco mais de R$ 540 mil por mês para o Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista (Ciop) realizar a manutenção, a limpeza e o tratamento dos animais no parque ecológico. Porém, nos dois últimos anos, este valor vem diminuindo, bem como a quantidade de funcionários para fazer a zeladoria do local. A Prefeitura diz não ter dinheiro para aumentar este repasse. “Eu tenho um limite de folha que eu não posso realmente ultrapassar”, ressaltou Ed Thomas. Sobre as situações flagradas pela reportagem do g1 no asfalto, o prefeito disse que a prioridade não é pavimentar o local. “A prioridade não é o asfalto lá na Cidade da Criança, que está deteriorado, é nos bairros. Nós temos asfaltos velhos que precisam de recapeamento e asfaltos novos que foram mal feitos e que precisamos recapear. Então, essa é a prioridade, mas sem deixar de perder o foco nesse lugar tão especial para os prudentinos”, concluiu. O que diz o Ciop Também em entrevista à TV Fronteira, a diretora executiva do Ciop, Maria Heloisa da Silva Cuvolo, disse que o repasse da Prefeitura destinado ao consórcio teve reajuste a partir de fevereiro. “O repasse atual é de R$ 480 mil. A partir de fevereiro, com o novo contrato, o valor foi reajustado para R$ 550 mil, observando o reajuste salarial dos funcionários e o aumento do vale-refeição. Esses valores são estimados pelo Ciop para a execução do contrato, mas nem sempre o município, Prudente ou qualquer outro município na execução dos contratos, tem força orçamentária para atender tudo. Então, na nossa avaliação, esse valor é o estimado e é o que a gente tem disponível no momento para atender”, disse a diretora. Ainda de acordo com Maria Heloisa, algumas situações do parque não podem ser atendidas com urgência devido à redução orçamentária. “Mais de 60% do valor é destinado ao pessoal. Nós temos 172 hectares de complexo turístico para cuidar, 60 hectares são roçáveis. Nós temos mais de 200 animais para cuidar com alimentação, médico, tudo, e nós temos todas as despesas que têm rubricas próprias. Então, nesse sentido, como foi apontado, de fato houve redução por limitação orçamentária do município. Então, nesse sentido, é que a gente acaba verificando algumas situações que não podem ser atendidas de urgência”, afirmou. Segundo a diretora, a manutenção do Parque Aquático não é de responsabilidade do Ciop e a redução no quadro de funcionários se deu em relação a essa mudança no contrato. “Hoje nós temos 66 funcionários, 16 são destinados à zeladoria. Faz mais de um ano, desde o último contrato, que o Parque Aquático já não é responsabilidade do Ciop. A nossa atuação lá é limitada à conservação das águas. Essa redução de funcionários foi em razão da redução de escopo do contrato”, ressaltou Maria Heloisa. Devido à mudança no contrato, as obras no Parque Aquático serão realizadas pela própria Prefeitura. “Como o parque não é objeto do contrato com o Ciop, todo esse valor vindo vai ser executado pela Prefeitura. Para que ele seja executado pelo Ciop, teria que haver um aditamento contratual, mas essas estimativas nós entendemos que foram obtidas de acordo com o funcionamento mesmo do parque”, pontuou. Sobre as demais atrações na Cidade da Criança, a diretora disse que todas as estruturas estão funcionando normalmente. “Nós vemos que hoje o parque não entrega para a população a questão do Parque Aquático só. Todas as outras atrações estão em pleno funcionamento”, afirmou. “Nós entendemos que, vindo essa verba para a reativação do Parque Aquático, nós teremos a Cidade da Criança como era antes”, finalizou Maria Heloisa.Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região. Fonte: G1 |
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