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MÍDIAS SOCIAIS
Autoestima das afro-latinas causa incômodo, diz Gaby Amarantos
Vencedora do Grammy Latino 2023 com o álbum TecnoShow, a cantora paraense Gaby Amarantos, que defende ativamente a Amazônia, movimentos negros, LGBTQIA+ e os direitos das mulheres, avalia que a autoestima da mulher negra e latino americana tem causado incômodo na sociedade. Nascida na periferia de Belém do Pará, considerada uma multiartista amazônica, Gaby destaca ainda – em entrevista exclusiva à Agência Brasil – que o principal desafio do momento é superar o ofuscamento, de parte da sociedade, sobre a altivez das mulheres negras no Brasil. Gaby Amarantos se apresenta, em Brasília, na noite deste sábado (27), no Festival Latinidades, considerado o primeiro festival de mulheres negras do Brasil. Em seus 17 anos de existência, o evento tem se dedicado em mostrar a contribuição das mulheres negras para a sociedade em diferentes áreas, com destaque nas artes e cultura, e na promoção da equidade de gênero e raça. A programação completa pode ser vista aqui. “Nós, mulheres afro-latinas brasileiras, a gente tem uma beleza sem igual, a gente tem o nosso colorido, a gente tem a nossa presença e a gente vê como isso é ofuscado, como isso incomoda. Então, acho que esse é um dos principais desafios para mim nesse momento”, disse em entrevista à Agência Brasil, que pode ser lida, na íntegra, abaixo. Agência Brasil: Quais os principais desafios atuais das mulheres afro-latinas e africanas? Agência Brasil: Como governos e sociedade têm dado resposta a esses desafios? Quais avanços já ocorreram? Então, acho que isso é tudo resultado de muitas das nossas lutas e da gente estar transformando essas lutas em vitórias, colhendo os frutos e continuando. Então, festivais e iniciativas como essa, que fazem a gente celebrar a nossa beleza, a nossa potência e a nossa existência, sabe, com muito luxo, com muito glamour, mas de olho também nas questões que a gente tem que ficar de olho, sem alienação e que colocam a gente num outro patamar, num outro lugar. Agência Brasil: Como você espera que seu trabalho artístico possa ajudar a impulsionar as mulheres negras? O festival convida esse ano o público a ser fã de mulheres negras. Quais mulheres você gostaria que seu público também admirasse e fosse fã? Então, eu sempre falo muito dessas mulheres, sabe, das mulheres negras da Amazônia, de um modo geral. Vamos pensar em várias artistas, de vários segmentos e fazer com que o público se envolva cada vez mais nessa mulher que é periférica, que que tá na festa de aparelhagem, que tomar banho de rio, mas que é urbanizada, que é tecnológica, que é afro futurista e que faz parte desse lindo país chamado Brasil. Fonte: Agência Brasil |
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