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MÍDIAS SOCIAIS
Caminhos da Reportagem volta a Mariana dez anos após tragédia
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 Nesta segunda-feira (3), a TV Brasil exibe, às 23h, um novo episódio do premiado programa Caminhos da Reportagem, que tem como tema A Tragédia de Mariana: dez anos depois. A atração volta ao local da tragédia após uma década para contar histórias de quem sobreviveu, além de discutir também a segurança das barragens e o impacto da mineração na vida da população.  Em 2015, a barragem de minério de Fundão, administrada pela empresa Samarco, no município de Mariana (MG), se rompeu, causando um dos maiores desastres socioambientais do Brasil. A tragédia matou 19 pessoas e provocou o aborto de um bebê em uma sobrevivente. Mais de 600 pessoas ficaram desabrigadas nos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo. De acordo com Guilherme de Sá Meneghin, promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais, o rompimento foi além do distrito de Mariana, e atingiu 3 milhões de pessoas em Minas Gerais e Espírito Santo, afetou o meio ambiente, matou pessoas e destruiu economias. 
 Ao Caminhos da Reportagem, Mônica Santos, liderança comunitária de Bento Rodrigues, relembra o dia 5 de novembro ao visitar com a equipe o que restou do local onde vivia. 
 >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Para Mônica, o sentimento de revolta e de impotência continuam. “Não precisava de ninguém ter morrido, porque a Samarco sabia do problema, e você continua vendo a empresa mandando e desmandando, ditando as regras para quem vai pagar indenização, de quem é atingido ou não”. Segundo o gerente-geral de Projetos da Samarco, Eduardo Moreira, o rompimento trouxe mudanças profundas no rumo e nos negócios da empresa. “A gente tinha uma dívida com a sociedade de que nós não poderíamos voltar da mesma maneira. A gente precisava voltar de maneira diferente”, diz. A Samarco voltou a operar em dezembro de 2020, cinco anos depois da tragédia. Segundo a empresa, hoje em dia, 80% do descarte do rejeito de minério tem o modelo a seco. Risco de colapsoO Brasil tem hoje mais de 900 barragens, com 74 delas apresentando alto risco de colapso, segundo dados do Sistema Integrado de Gestão de Barragens de Mineração (SIGBM). O Estado de Minas Gerais conta com 31 barragens das 91 que estão em situação de alerta ou emergência declarada. Moradores dos distritos de Engenheiro Correia e São Gonçalo do Bação, que fazem parte do município de Itabirito, em Minas Gerais, relatam que se sentem inseguros com a proximidade de barragens de minério. Um muro de contenção foi construído em junho de 2021 depois de determinação do Ministério Público de Minas Gerais. A estrutura foi erguida pela Vale, outra mineradora, para prevenir danos em caso de rompimento das barragens da mina de Fábrica. 
 O geógrafo Ícaro Brito, que também vive na região, concorda. “Não é um evento natural, a gente não está falando de uma área de avalanche que está acontecendo ali porque a configuração geológica ou uma condição natural está forçando. Isso foi colocado em cima da nossa cabeça”. Gilvander Luís Moreira, assessor da Comissão Pastoral da Terra em Minas Gerais, denuncia o que ficou conhecido como “terrorismo de barragem”, quando empresas retiram as pessoas dos locais onde elas vivem alegando falta de segurança nas barragens. 
 Para o jornalista e cientista ambiental Maurício Ângelo, é preciso repensar o modelo de mineração em Minas Gerais e no Brasil, para que novas Marianas e novos Brumadinhos não aconteçam mais. Fonte: Agência Brasil  | 
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