Delegacia Seccional da Polícia Civil, em Presidente Prudente (SP)
Polícia Civil
Um homem, de 29 anos, foi preso, na noite deste sábado (16), suspeito de torturar o próprio filho, de 1 ano, no Jardim Santa Mônica, em Presidente Prudente (SP).
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De acordo com o Boletim de Ocorrência divulgado neste domingo (17),uma equipe da Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de agressão, solicitada pela avó da criança, que disse que o pai estaria a agredindo.
Ao chegar ao local, o suspeito recebeu os policiais com as luzes da residência apagadas.
Questionado sobre o ocorrido, o pai do menino informou que a criança estava dormindo e não havia sido agredida.
Os policiais solicitaram a ele que mostrasse a criança para verificar sua condição de saúde, mas o pai negou o pedido e tentou impedir a equipe de entrar na residência. Diante da resistência, ele foi contido, algemado e levado para o interior da casa.
No local, a equipe acendeu as luzes e constatou que a criança, de 1 ano e um mês, estava deitada na cama, bastante assustada, com hematomas na lateral da cabeça, olhos com hemorragia e roxos, além de feridas pelo corpo e mau cheiro.
Também foram observadas lesões nos dedos e no antebraço.
A criança foi imediatamente levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), no Jardim Guanabara, para atendimento de emergência, enquanto o pai da criança foi preso.
Conforme o docuemnto, na UPA, a equipe médica constatou a existência de sarna nas pernas da criança, que se alimentou bastante, o que, segundo os médicos, é um sinal de que ela estaria com fome.
O conselho tutelar foi acionado via 190 e também através do protocolo da unidade de saúde.
Segundo os militares, o suspeito havia saído da prisão recentemente e que a mãe da criança a abandonou com terceiros não parentes.
Aos policiais, o envolvido informou que foi até a casa da avó da criança e que, ao retornar para sua residência, o bebê rolou da cama, caiu de rosto no chão e começou a chorar.
Ele também confessou que, pelo fato de a criança não parar de chorar, ele a agrediu.
Ainda conforme a Polícia Militar, as condições de moradia eram insalubres, sem água ou luz, com uma caixa de leite em mau estado de conservação fora da geladeira, sem condições de higiene ou alimentação para a criança.
A criança foi transferida para o Hospital Regional (HR), onde a conselheira tutelar “se deparou com a criança, vítima de violência física e maus-tratos, em uma situação de extremo risco e sofrimento”.
Foram constatadas suspeitas de traumas, marcas roxas, sarna pelo corpo todo, da cabeça aos pés, piolhos e hemorragia nos olhos, com a parte de baixo dos olhos bem roxa, além de suspeita de afundamento craniano. A criança está sendo submetida a exames de raio-x e tomografia para verificar a extensão das lesões.
O bebê não poderá sair do hospital com qualquer familiar, sem a autorização do Conselho Tutelar.
À Polícia Civil, o pai informou que a mãe de seu filho foi para São Paulo (SP) para se prostituir e o abandonou com uma mulher no Jardim Morada do Sol.
Aos policiais, ele confessou que agrediu a criança por duas ou três vezes, pois “não sabe lidar com o choro da criança”.
Segundo ele, a primeira agressão teria ocorrido de 10 a 12 dias atrás.
Além disso, o envolvido confessou que deu tapas no rosto da criança, na região dos olhos, o que causou o ferimento, e que está muito arrependido.
O homem foi preso em flagrante, onde permaneceu à disposição da Justiça.
A Polícia Civil pediu pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.
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Fonte: G1
