Novas regras para fabricação de presunto entram em vigor em maio


A partir da próxima terça-feira (2), entram em vigor as novas normas de identidade e qualidade para fabricação de presunto. Uma das novidades é o aumento do percentual de proteína. As normas são estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

As regras valem para o presunto cozido, presunto cozido superior, presunto cozido tenro e presunto cozido de aves. Os três primeiros são feitos de carne de cortes íntegros de pernil suíno, curado, cozido, defumado ou não, desossado ou não, com adição de ingredientes. Já o presunto de aves deve ser feito exclusivamente de aves desossadas, moídas ou não.

Os estabelecimentos registrados no Mapa, como frigoríficos, terão um ano para se adequarem às normas.

Mais proteína

O presunto cozido terá mais proteína, conforme a Portaria 765. O percentual mínimo passará de 14% para 16%. Para o presunto cozido superior e cozido tenro, os percentuais não sofreram alterações, permanecendo em 16,5% e 18%, respectivamente.

No caso do presunto de aves, a proteína mínima foi estabelecida em 14%.

Além disso, carnes moídas podem compor até 10% do presunto cozido e 5% do presunto cozido tenro. A moagem de carne não é autorizada como matéria-prima do presunto cozido superior. A medida visa manter as características do produto tradicional.

Outra definição é que os produtos deverão ter, no máximo, 25% de colágeno. Para o presunto cozido de aves, o limite é menor, de 10%.

De acordo com o ministério, a padronização é importante para “manter a qualidade das matérias-primas cárneas utilizadas, bem como a característica do produto”.




Fonte: Agência Brasil

Exposição desconstrói imagens tradicionais da história brasileira


A primeira obra da exposição Aqui é o fim do mundo, no Museu de Arte do Rio, lembra uma pintura clássica do século XIX sobre a fundação da cidade. Mas os personagens que participavam da cerimônia católica foram deletados da cena original, criada por Antonio Firmino Monteiro. No lugar deles, um adesivo do Canarinho Pistola, símbolos de Exu e a constelação do Cruzeiro do Sul formada por meio de tiros de espingarda. A releitura de Jaime Lauriano está entre as mais de 40 obras da mostra que estreou esta semana e celebra os 15 anos de carreira do artista.

Em comum, elas propõem repensar a história oficial do Brasil e evidenciar os processos de violência. Construir narrativas alternativas do passado é uma das marcas do trabalho de Lauriano.

De acordo com o curador da exposição, Marcelo Campos, o artista subverte as imagens oficiais, mancha pinturas e derruba monumentos. Ganham mais visibilidade os grupos sociais subalternizados, principalmente afrodescendentes e povos originários do Brasil. E, assim, as próprias instituições culturais que recebem as obras elaboram uma autocrítica.

Rio de Janeiro (RJ), 28/04/2023 – Exposição Aqui é o fim do mundo, de Jaime Lauriano no Museu de Arte do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Exposição Aqui é o fim do mundo, de Jaime Lauriano, no Museu de Arte do Rio – Foto Tomaz Silva/Agência Brasil

“Os museus e as curadorias estão incluídos nesse processo de culto às imagens coloniais sem o mínimo de reflexão sobre o quê e quem está sendo retratado ali. Nesses 15 anos de trabalho, o Jaime nos ensina a lidar com isso. É muito difícil para uma coleção e para um museu no Brasil trazer na sua sala principal imagens de crueldade. E quando você tem o artista fazendo isso, o museu cumpre a função social de contar histórias e contradições”, explica o curador da exposição.

Além da já citada Invasão da cidade do Rio de Janeiro, outras três obras foram criadas especialmente para a exposição no MAR e dialogam com momentos distintos de opressão social, a colonização, a ditadura militar e ameaças à democracia nos dias atuais.

A primeira é a instalação Afirmação do valor do homem brasileiro, criada a partir de uma frase escrita pelo general Emílio Garrastazu Médici para comemorar o título da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970. Um painel traz recortes de jornais e de propagandas da época da ditadura. Por cima delas, é colocado um símbolo de Exu, orixá da Umbanda e do Candomblé. A marca é usada de forma recorrente pelo artista em outras obras.

“As imagens constroem narrativas e, por isso, são políticas por excelência. Eu sempre tento ressignificar esses símbolos com materiais de fontes primárias, sem usar reproduções. É o caso do tridente de Exu. É uma entidade que cria o vazio. E sem vazio, não tem como ter espaço. Então, quando eu coloco o tridente de Exu sobre as imagens históricas de violência, não é para fazer um apagamento da história, mas esvaziar essa história violenta e colonial, para que a gente consiga construir outras possibilidades de história”, explica o artista Jaime Lauriano.

Rio de Janeiro (RJ), 28/04/2023 – Exposição Aqui é o fim do mundo, de Jaime Lauriano no Museu de Arte do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Exposição Aqui é o fim do mundo, de Jaime Lauriano, no Museu de Arte do Rio – Foto Tomaz Silva/Agência Brasil

No vídeo Justiça e barbárie #2, Jaime aborda a invasão de Brasília em 8 de janeiro de 2023 por adeptos da extrema-direita. O artista cria uma composição audiovisual com imagens de matérias de jornal e de grupos bolsonaristas do WhatsApp. Elas são mixadas com legendas, que por sua vez trazem textos e comentários retirados de interações desses grupos nas redes sociais. Com isso, evidencia os discursos de ódio e propõe uma reflexão sobre o futuro da democracia no país.

Já a pintura Na Bahia é São Jorge no Rio, São Sebastião parte de uma obra de Heitor dos Prazeres sobre a região da Pequena África, no Rio de Janeiro, e acrescenta um panteão em homenagem a 14 orixás. São representações de um plano transcendental que ajuda a destruir imagens de poder e de dominação que atuam sobre a vida das populações negra e periférica.

Outros trabalhos inéditos para o público são E se o apedrejado fosse você? #3 (2021), um mapa antigo da América desenhado com pemba branca (giz usado em rituais de umbanda) e lápis dermatográfico sobre algodão; e o conjunto das três obras Bandeirantes #1 (2019), Bandeirantes #2 (2019) e Bandeirantes #3 (2022). São miniaturas de 20 centímetros de monumentos dos bandeirantes, fundidas em latão e cartuchos de munições utilizadas pela Polícia Militar e pelas Forças Armadas, sobre base de taipa de pilão.

Rio de Janeiro (RJ), 28/04/2023 – Exposição Aqui é o fim do mundo, de Jaime Lauriano no Museu de Arte do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Exposição Aqui é o fim do mundo, de Jaime Lauriano, no Museu de Arte do Rio – Foto Tomaz Silva/Agência Brasil

Parceria

O Museu de Arte do Rio e Jaime Lauriano tem uma história antiga de parcerias. Entre 2014 e 2022, o artista participou de oito exposições no museu. Uma das obras, de seis anos atrás, permanece até hoje na entrada do MAR. É a instalação A história do negro é uma felicidade guerreira, um calçamento de pedras portuguesas, gravadas com nomes das doze regiões da África de onde saíram as pessoas escravizadas para o Brasil. Por isso, um evento de celebração da trajetória do artista não faria sentido em outro lugar que não fosse o MAR.

“Uma pessoa preta completar 15 anos de carreira no Brasil é uma vitória não só minha, mas da sociedade. Isso, infelizmente, não é uma regra, ainda é uma exceção. Então, é preciso comemorar. Meu trabalho pensa o Brasil através da minha existência enquanto homem negro e periférico. As reflexões partem desse lugar, de como essa vitória é coletiva, e como para mim é muito necessário pensar o Brasil a partir do meu próprio corpo, subjetividade, identidade e fazer com que isso reverbere em outras identidades, em outras subjetividades, em outras particularidades”, disse o artista.

Serviço:

Exposição: Jaime Lauriano – Aqui é o fim do mundo

Onde: Museu de Arte do Rio, segundo andar

Abertura: 28 de abril de 2023

Encerramento: 1 º de outubro de 2023

Curadoria: Marcelo Campos e Amanda Bonan

Localização: Praça Mauá, Centro, Rio de Janeiro-RJ

Bilheteria: funciona de quinta-feira a domingo das 10h30 às 17h, sendo possível permanecer no Pavilhão de Exposições até às 18h

Ingresso: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)




Fonte: Agência Brasil

Thiago Brennand é levado ao Centro de Detenção Provisória de Pinheiros


O empresário Thiago Brennand chegou por volta das 12h deste domingo (30) ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, em São Paulo, segundo informação da Secretaria Estadual da Administração Penitenciária. Ele estava foragido nos Emirados Árabes Unidos e foi extraditado após tratativas do governo brasileiro.

Herdeiro de uma família rica de Pernambuco, Brennand foi trazido ao Brasil na noite de sábado (29), escoltado por agentes da Polícia Federal (PF). Alvo de cinco mandados de prisão preventiva, ele desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, algemado e passou por uma audiência de custódia antes de ser encaminhado ao CDP.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, Thiago Brennand é réu em pelo menos oito processos criminais, e teve decretada sua prisão preventiva em cinco deles. Além das agressões e estupros contra mulheres, o empresário ainda é investigado por agredir o filho e por possuir uma coleção de armas ilegais.

Fiança paga

O empresário chegou a ser preso em outubro, em Abu Dhabi, mas acabou solto após pagar fiança. Depois de tratativas do governo brasileiro, os Emirados Árabes Unidos concordaram em extraditar o empresário, após ele ter sido incluído na difusão vermelha da Interpol.

Brennand foi preso novamente em 17 de abril, após serviços de inteligência do país do Oriente Médio identificarem um plano em que ele pretendia fugir para a Rússia. Uma equipe – composta por um delegado e dois agentes da PF – foi aos Emirados Árabes Unidos para trazer o brasileiro. Um escrivão treinado em artes marciais também foi mobilizado, diante do histórico violento do preso.

A defesa de Brennand pleiteia na justiça a revogação da prisão preventiva do empresário, alegando que ele pretende colaborar com as investigações. Além das agressões e estupros, ele deve responder por crimes como cárcere privado e lesão corporal, por ter obrigado uma mulher a tatuar seu nome. Ele alega inocência e se diz perseguido.




Fonte: Agência Brasil

TV Brasil apresenta entrevistas e filmes sobre lutas trabalhistas


Em comemoração ao Dia do Trabalhador, a TV Brasil exibe o especial Passado Presente – Resistência Sindical com entrevistas sobre a causa trabalhista e uma sessão de filmes temáticos, a partir desta segunda (1º), às 22h. A faixa fica em cartaz de segunda a sábado, entre os dias 1º e 6 de maio. A emissora pública apresenta seis clássicos do cinema nacional na programação dedicada ao assunto.

Em cada edição, o jornalista Armando Rollemberg recebe um convidado para relembrar movimentos e momentos marcantes que culminaram em avanços nos diretos trabalhistas no Brasil. Ainda destaca o cenário atual e traça o panorama dos caminhos para um futuro com mais garantias e direitos.

A série traz importantes nomes do cenário político do país que atuaram diretamente em lutas e conquistas para a classe trabalhadora. Grandes produções da sétima arte brasileira associadas às questões em pauta entram no ar logo após a conversa, às 22h30, para ilustrar a abordagem do tema.

A relação de obras e de convidados é Chão de Fábrica – A História do Novo Sindicalismo e Jair Meneghelli, na segunda; Braços Cruzados, Máquinas Paradas e Djalma Bom, na terça (2); Os Homens da Fábrica e Jorge Bittar, na quarta (3); Peões e Olívio Dutra, na quinta (4); Expedito – Em Busca de Outros Nortes e Avelino Ganzer, na sexta (5); e Eles não Usam Black-tie e Clara Ant,no sábado (6).

Os seis filmes selecionados para a sessão especial Passado Presente – Resistência Sindical podem ser conferidos no app TV Brasil Play. O público ainda assiste quando preferir o conteúdo das entrevistas exclusivas que também ficam disponíveis na plataforma. A iniciativa é uma parceria entre a TV Brasil e a TVT.

Passado Presente – Resistência Sindical

Segunda (1º): Chão de Fábrica – A História do Novo Sindicalismo, com Jair Meneghelli

O primeiro entrevistado é o político e sindicalista Jair Meneghelli. O filme de estreia da faixa é Chão de Fábrica – A História do Novo Sindicalismo (2018), de Renato Tapajós. O documentário inédito tem duração de 90 minutos e é adaptado de uma série televisiva homônima.

A produção conta a história da luta dos trabalhadores brasileiros desde 1978 até os dias atuais, com foco no movimento sindical, naquilo que ficou conhecido como o Novo Sindicalismo. O longa realiza um voo sobre a história do país, observando as políticas econômicas dos diferentes governos do período de forma crítica, clara e bem humorada, relacionando-as com a luta sindical.

Terça (2): Braços Cruzados, Máquinas Paradas, com Djalma Bom

A segunda entrevista tem como convidado o sindicalista e político Djalma Bom. O filme Braços Cruzados, Máquinas Paradas (1979), de Roberto Gervitz e Sérgio Toledo, tem exibição na sequência da programação.

O documentário acompanha as eleições do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo. Nesse processo, mostra os problemas estruturais do movimento sindical sob forte tutela estatal e a resposta dos trabalhadores no chamado Novo Sindicalismo.

Quarta (3): Os Homens da Fábrica, com Jorge Bittar

No terceiro dia da sessão temática, Armando Rollemberg recebe o engenheiro e político Jorge Bittar. Na sequência da conversa, a TV Brasil apresenta o filme Os Homens da Fábrica (1987), produção dirigida por Luiz Arnaldo Campos. A obra tem narração do ator Nelson Xavier.

A película destaca os operários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, a mais importante usina siderúrgica do Brasil, que foi palco de memoráveis lutas sindicais e políticas, passando por golpes militares, greves e até mesmo invasões do exército.

Quinta (4): Peões, com Olívio Dutra

O entrevistado da faixa Passado Presente – Resistência Sindical é o político Olívio Dutra. A atração cinematográfica da noite é o clássico documentário Peões (2004), obra do saudoso cineasta Eduardo Coutinho.

O premiado filme resgata a história de alguns personagens da greve dos metalúrgicos do ABC Paulista no início dos anos 1980. A produção apresenta o depoimento de diversos anônimos que se mobilizaram em prol da classe operária.

Sexta (5): Expedito – Em Busca de Outros Nortes, com Avelino Ganzer

O sindicalista Avelino Ganzer é o convidado da TV Brasil para a conversa no programa na data em que a emissora exibe o filme Expedito – Em Busca de Outros Nortes (2006), documentário assinado por Aída Marques e Beto Novaes.

A produção aborda a vida de um migrante sem terra, Expedito Ribeiro de Souza. O filme ajuda a compreender o processo de ocupação da Amazônia brasileira na ditadura militar e os problemas de concentração de terra e violência no campo.

O personagem principal é um lavrador mineiro, poeta cordelista que empreende uma série de deslocamentos e passa a viver em Rio Maria, no sul do Pará. Na película, alguns dos poemas de Expedito são declamados pelo cantor Chico Buarque.

Sábado (6): Eles não Usam Black-tie, com Avelino Ganzer

A sessão Passado Presente – Resistência Sindical tem a presença da arquiteta e política Clara Ant. O filme exibido após a entrevista com a convidada é o clássico brasileiro Eles não Usam Black-tie, de Leon Hirszman.

Com grande elenco, o drama é uma adaptação da peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri. A película apresenta as disputas ideológicas numa família de operários que lutam por melhores condições de trabalho, em plena ditadura militar.

O longa acompanha os desdobramentos de um movimento grevista em uma empresa. Um operário preocupado com sua namorada grávida decide se casar. Para não perder o emprego, ele resolve furar a greve liderada por seu pai. O fato provoca um conflito familiar que se estende às assembleias e piquetes.

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Serviço

Especial Passado Presente – Resistência Sindical – segunda a sábado, dias 1º a 6/5, às 22h na TV Brasil

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Fonte: Agência Brasil

Fuga de cérebros, a diáspora de cientistas brasileiros


O Brasil pode ter perdido cerca de 6,7 mil cientistas nos últimos anos, que foram continuar suas pesquisas no exterior, segundo estimativas do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, veiculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Falta de investimentos, bolsas de pesquisa congeladas por 9 anos, corte de verba para manutenção de equipamentos. Os motivos são vários e complexos, mas tem causado a diáspora acadêmica ou a chamada fuga de cérebros do país. Este é o tema do próximo episódio do Caminhos da Reportagem.

Uma das brasileiras que se destaca no cenário internacional é Duília de Mello, astrônoma e astrofísica. Em 1997, ela foi para os Estados Unidos, trabalhar no projeto do telescópio Hubble e nunca mais voltou. Hoje, é vice-reitora da Universidade Católica de Washington DC e colaboradora da Nasa. Saiu do Brasil após um corte nas bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“Quando eu saí, eu não sabia que seria definitivo, achei que voltaria, como os meus colegas da minha geração que são astrônomos e estão no Brasil.”

Brasília (DF) -- Fuga de cérebros, a diáspora de cientistas brasileiros - Caminhos da Reportagem aborda o problema dos pesquisadores que saem do Brasil e acabam se fixando no exterior, onde encontram mais estrutura para trabalhar. Foto: TV

Ricardo Galvão Foto: país forma mais cientistas do que consegue empregar. Divulgação/TV Brasil

A astrônoma tinha terminado de concluir um doutorado aqui – foram anos de investimento do país na carreira dela e agora seu conhecimento é usado lá fora. Isso não é uma raridade.

Segundo o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, o país forma muito mais cientistas do que consegue empregar hoje. “Nós estamos hoje em dia formando 24 mil doutores por ano, mas as ofertas de emprego, concursos públicos, etc, não chegam a mil.”

Nos últimos anos, a falta de investimentos em ciência e tecnologia no país foi drástica. Cortes no custeio de universidades federais, que mal tinham verba para pagar água e energia. No orçamento destinado para pesquisas científicas, entre 2014 e 2022 houve uma redução de 60%. As bolsas de mestrado e doutorado ficaram sem reajuste por 9 anos, registrando perdas de 66,6% quando o valor é corrigido pela inflação.

Retomada

Para 2023, as perspectivas são melhores. No início do ano, o governo federal anunciou a retomada de investimentos, com aumento de 44% dos recursos para o CNPq e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Se não fosse isso, a presidente da Capes, Mercedes Bustamante, avalia que a instituição só teria orçamento para chegar até setembro.

Brasília (DF) -- Fuga de cérebros, a diáspora de cientistas brasileiros - Caminhos da Reportagem aborda o problema dos pesquisadores que saem do Brasil e acabam se fixando no exterior, onde encontram mais estrutura para trabalhar. Foto: TV

Presidente da Capes, Mercedes Bustamante – Divulgação/TV Brasil

Além das bolsas de estudo, é preciso focar também em outras áreas para que as pesquisas sejam retomadas. “É preciso colocar mais recursos para a recomposição do nosso parque tecnológico e laboratórios, é preciso fazer investimentos na manutenção das atividades de pesquisa, na compra e recuperação de equipamentos. Então é ter profissionais bem remunerados e condições adequadas de trabalho”, afirma Bustamante.

“É preciso colocar mais recursos para a recomposição do nosso parque tecnológico e laboratórios.”

Para Renato Janine Ribeiro, que hoje preside a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), é preciso também definir no que podemos ser os melhores.

Brasília (DF) -- Fuga de cérebros, a diáspora de cientistas brasileiros - Caminhos da Reportagem aborda o problema dos pesquisadores que saem do Brasil e acabam se fixando no exterior, onde encontram mais estrutura para trabalhar. Foto: TV

Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC – Divulgação/TV Brasil

“Quais são as pesquisas científicas, as áreas em que podemos ser líderes? Não podemos ser em todas. É preciso escolher alguns setores que queremos ser protagonistas”, conclui.

O episódio Fuga de cérebros, a diáspora de cientistas brasileiros, do Caminhos da Reportagem, vai ao ar neste domingo (30), às 22h na TV Brasil.




Fonte: Agência Brasil

Motorista foge sem prestar socorro após atropelar homem na madrugada deste domingo, no Centro de Dracena



Pessoas que estavam no local do acidente disseram à polícia que o veículo era um Ford Ecosport, de cor prata, conduzido por uma mulher. Um homem, de 44 anos, foi atropelado na madrugada deste domingo (30), na Rua Duque de Caxias, no Centro de Dracena (SP).
De acordo com a Polícia Militar, a vítima encontrava-se caída no asfalto e reclamava de dor, aparentando fratura na perna direita.
Algumas pessoas que estavam no local do acidente, ao serem questionadas, informaram que o homem foi atropelado por um veículo Ford Ecosport, de cor prata e conduzido por uma mulher, que fugiu do local.
Ninguém conseguiu ver a placa do veículo ou a identidade do motorista para testemunhar.
Em imóveis próximos existem câmeras de vigilância que podem auxiliar na identificação do motorista, segundo os policiais.
A vítima foi socorrida pela unidade de resgate até o Pronto Socorro local.

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Fonte: G1

Indicado por trocar produtos por drogas, homem é preso pelos crimes de tráfico e receptação, em Osvaldo Cruz




Com o suspeito foram apreendidos 35 pedras de crack, seis torneiras, R$ 952 e um aparelho celular. Homem é preso por tráfico de drogas e receptação em Osvaldo Cruz (SP) neste sábado (29)
Polícia Militar
A Polícia prendeu neste sábado (29) um homem, de 59 anos, por tráfico de drogas e receptação em Osvaldo Cruz (SP).
Segundo os policiais militares, um suspeito, confessou na sexta-feira (28), que cometeu furto a residências, e que havia trocado os produtos por drogas com uma outra pessoa.
Por meio de buscas, os agentes encontraram o homem na Rua Alécio Romano, quando o avistaram arremessando algo no chão.
Na tentativa de correr para o interior da residência, o indiciado foi contido e, mesmo resistindo a abordagem, foi submetido a busca pessoal.
Com ele nada de ilícito foi encontrado, contudo, em seu bolso, havia R$ 952 e um aparelho celular.
Ao ser questionado, confessou que teria arremessado entorpecentes, 35 pedras de crack, e que fazia troca por produtos para revender em ferro velho.
Homem é preso por tráfico de drogas e receptação em Osvaldo Cruz (SP) neste sábado (29)
Polícia Militar
Ainda de acordo com o Boletim de Ocorrência, o suspeito confessou também que, na sexta-feira, um homem teria trazido torneiras para trocar por drogas, indicando onde os referidos produtos estavam.
A vítima que teve as torneiras furtadas reconheceu os produtos.
O homem foi preso pelos crimes de tráfico de drogas e receptação, permanecendo à disposição da Justiça.

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Fonte: G1

Após xingar, agredir com socos e ameaçar de morte a mulher, marido é preso em flagrante em Presidente Prudente




Além de descumprimento de medida protetiva, suspeito responde pelos crimes de violência doméstica, injúria, ameaça e lesão corporal. Homem é preso por violência doméstica no Jardim Marisa, em Presidente Prudente
Arquivo/G1
Um homem, de 45 anos, foi preso em flagrante neste sábado (29) após xingar, agredir com socos e ameaçar de morte a própria mulher, de 29 anos, no Jardim Marisa, em Presidente Prudente (SP).
A Polícia Militar foi acionada para averiguar um desentendimento familiar. Na residência, os filhos do casal, crianças, relataram aos agentes que o pai tinha agredido a mãe e estavam assustados.
A vítima relatou que o marido costuma beber e, quando embriagado, fica agressivo. De acordo com o Boletim de Ocorrência, o homem chegou em casa bêbado neste sábado e agrediu a esposa, além de proferir ameaças.
O suspeito negou as acusações.
Segundo a polícia, foi feito o uso de algemas durante a prisão e na Delegacia da Polícia Civil, para a segurança de todos e evitar eventual fuga.
Interrogado, o homem ficou calado.
A vítima solicitou que a medida protetiva de afastamento por parte do indiciado fosse mantida, além de manifestar o desejo da prisão e processo do marido.
Após analisar os fatos, como os antecedentes do casal, laudo médico e versão da vítima, o delegado decretou a prisão em flagrante do suspeito, que está à disposição da justiça.

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Fonte: G1

Creches de três comunidades receberão recursos da Loterj


A Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj) lançou edital de chamamento público para destinar R$ 2,520 milhões para projetos de educação infantil desenvolvidos em creches na Vila do João, no Complexo da Maré; no Jardim Batan, em Realengo; e na Cidade de Deus, na zona oeste da capital.

A partir da publicação do edital no Diário Oficial do estado, as instituições que desejarem participar do Programa Subvenções Sociais da lotérica estadual têm 30 dias para apresentar seus projetos, informou o presidente do órgão, Hazenclever Lopes Cançado.

As inscrições estão abertas. Uma comissão técnica avaliará os projetos e escolherá o melhor para cada comunidade. Cada projeto contará com recursos para custeio no total de R$ 840 mil, nos próximos 12 meses.

O edital pode ser acessado no site da Loterj e no Portal do Sistema de Convênios do Estado do Rio de Janeiro (Converj).

Normas

Hazenclever Cançado esclareceu que para se inscrever é preciso, em primeiro lugar, que a instituição esteja cadastrada no Converj e comprove sua regularidade fiscal, tributária e trabalhista. “Da parte da administração, deve estar legalmente constituída, com registro de foma legal, transparente, e não estar negativada em nenhum órgão federal ou estadual”.

Como se trata de projetos na área da educação, Cançado disse que as instituições candidatas têm que mostrar o que pretendem fazer, quais os serviços que vão prestar, quantas crianças pretendem atender, trabalho pedagógico, psicossocial, se vão ter assistência médica ou odontológica. “Enfim, todos os trabalhos que ela comportar no seu projeto”. A instituição deve comprovar que tem experiência nessa área de educação infantil de creche.

O presidente da Loterj espera que a avaliação dos projetos ocorra em poucos dias, a depender da quantidade de projetos que forem apresentados. Ele acredita que em maio as instituições aprovadas serão conhecidas. Ele disse que não há impedimento para que uma mesma instituição ganhe o projeto para as três comunidades.

O desembolso dos recursos obedecerá ao plano de trabalho que a instituição vai apresentar. O primeiro pagamento será feito poucos dias depois da assinatura do convênio. “O desembolso será gradual. Como é um projeto anual de custeio, os recursos serão desembolsados em 12 parcelas de valores iguais”.

Projetos sociais

Do lucro líquido da Loterj, 70% são aplicados em projetos sociais nas áreas de educação, saúde, esporte e cultura. Os recursos são provenientes da venda dos produtos da lotérica Raspa Rio e Rio de Prêmios. “Cada vez que alguém aposta em um bilhete da Loterj, está também contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária”, disse o presidente da Loterj.

A Loterj investiu R$ 67,5 milhões em projetos sociais entre 2015 e 2022. Para o primeiro trimestre de 2023, está garantida a dotação de R$ 4,5 milhões para projetos sociais, incluindo o edital das creches.

Nos últimos anos, a Loterj tem aplicado suas subvenções sociais em projetos de assistência escolar e hospitalar, assistência a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, pessoas com deficiências físicas e mulheres vítimas de violência doméstica.

Hazenclever Cançado adiantou que a Loterj lançará novos produtos este ano, incluindo apostas online, o que aumentará ainda mais sua capacidade de investimentos sociais.




Fonte: Agência Brasil

Ministérios pedem apuração de crimes em retirada de mulher de voo


Os ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e da Cidadania enviaram solicitações ao Ministério Público Federal e para a Polícia Federal no sentido de que sejam apurados os crimes que podem ter sido cometidos na retirada de uma passageira de um voo na madrugada de sábado (29), em Salvador (BA). Em vídeos divulgados nas redes sociais, policiais federais retiram a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Samantha Vitena, uma mulher negra, de um avião da Gol durante uma discussão a respeito do despacho de uma mala.

Racismo

Os ministérios afirmam que receberam com “indignação” as notícias da situação ocorrida no voo que tinha como destino o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. “Notificamos a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para adoção de todas as medidas cabíveis no sentido de prevenir, coibir e colaborar com a apuração de casos de racismo praticados por agentes de empresas aéreas, aprimorando seus mecanismos de fiscalização”, diz publicação das pastas divulgada no Twitter.

No vídeo, um dos policiais argumenta que a decisão foi tomada por determinação do comandante da aeronave. Também é possível ver o apoio que Samantha teve de outros passageiros. Em sua página no Instagram, a jornalista Elaine Hazin, que estava no mesmo avião que levava Samantha, classifica o episódio como “um caso extremamente violento de racismo”. Segundo ela, os passageiros embarcaram no voo 1575 da Gol Linhas Aéreas com uma hora de atraso e a mulher não conseguia lugar para guardar a mochila, que continha um laptop.

“Conseguimos um lugar para a mochila de Samantha e, nem mesmo assim, o voo decolaria. Mais uma hora de atraso, nenhuma satisfação da companhia área, gente passando mal no avião e eis que três homens da Polícia Federal entram de forma extremamente truculenta no avião para levar a ‘ameaça’ do voo – a Samantha. Ela se defende, mas não reage. Alguns pedem para ela não ir (na maioria mulheres),” disse Elaine.

“Esta história não termina aqui, queremos justiça e respeito para todos, queremos que a Gol, este comandante e a tripulação paguem por este crime e os policiais também respondam por tamanha violência”, concluiu a jornalista no post.

Nota da Gol

Em nota, a Gol Linhas Aéreas informou que, durante o embarque do voo 1575 com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, havia muitas bagagens a serem acomodadas a bordo. “Muito clientes colaboraram despachando volumes gratuitamente. Mesmo com todas as alternativas apresentadas pela tripulação, uma cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo”, argumentou a empresa.  

“Lamentamos os transtornos causados aos clientes, mas reforçamos que, por medidas de segurança, nosso valor número 1, as acomodações das bagagens devem seguir as regras e procedimentos estabelecidos, sem exceções. A companhia ressalta ainda que busca continuamente formas de evitar o ocorrido e oferecer a melhor experiência a quem escolhe voar com a Gol e segue apurando cuidadosamente os detalhes do caso.”

Polícia Federal

A superintendência da Polícia Federal na Bahia informou que instaurou, neste domingo (30), inquérito policial para apurar crimes de preconceito racial na retirada “compulsória” da passageira do voo Gol 1575. Segundo a corporação, a investigação permanece em sigilo até a conclusão.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato como o Ministério Público Federal, na Bahia, e com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e aguarda resposta sobre o posicionamento a respeito do caso.




Fonte: Agência Brasil