CNU: governo autoriza nomeação de mais 303 aprovados para vagas extras


O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) autorizou a nomeação de mais 303 aprovados para as vagas extras da primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), realizado em 2024.

As autorizações estão publicadas no Diário Oficial da União desta terça-feira (18), em três portarias do MGI (nº 10.293, nº 10.294, nº 10.295).

As novas nomeações são para os seguintes órgãos da administração pública federal: Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa); da Saúde; e da Gestão e da Inovação em Serviços Público, além da Fundação dos Povos Indígenas (Funai), do Ministério dos Povos Indígenas; e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vinculado ao Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO).

  1. Portaria MGI nº 10.293/2025: autoriza o preenchimento adicional de 15 vagas de nível superior para o cargo de analista de infraestrutura (AIE), carreira criada para gerir grandes projetos na administração federal, com atuação em planejamento, coordenação, fiscalização, assistência técnica e execução de projetos e obras de grande porte.

Os profissionais dessa categoria atuam em áreas como infraestrutura viária, hídrica, saneamento, energia,  produção mineral, comunicações e desenvolvimento regional e urbano, listou o Ministério da Gestão.

       2. Portaria MGI nº 10.294/2025 autoriza o provimento adicional de 173 vagas de nível intermediário em três órgãos federais de atuação estratégica:

·         Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): 60 vagas, sendo 25 agentes de atividades agropecuárias; 25 agentes de inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal; e 10 técnicos de laboratório;

·         Funai: 38 vagas para o cargo de técnico em indigenismo;

·         IBGE: 75 vagas para técnicos em informações geográficas e estatísticas.

      3.   Portaria MGI nº 10.295/2025: autoriza mais 115 novas nomeações de nível superior para o Ministério da Agricultura e o Ministério da Saúde, assim distribuídas:

·         Ministério da Agricultura e Pecuária: 60 vagas, sendo 50 auditores fiscais federais agropecuários e 10 tecnologistas com lotação no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet);

·         Ministério da Saúde (MS): 55 vagas para tecnologistas.

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Próximos passos

Com a publicação das três portarias, os próximos passos abrangem a nomeação pelos respectivos órgãos da administração pública federal.

As nomeações dependem da existência de vagas na data da posse e da comprovação de adequação orçamentária e financeira, em conformidade com a Lei Orçamentária Anual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

A medida assegura que o reforço no quadro de pessoal seja compatível com a sustentabilidade ou “saúde fiscal” do Estado, o que significa que o governo federal só pode nomear novos servidores se tiver orçamento para pagar os salários.

Adicionalmente, cada pasta deverá verificar os documentos e a obediência dos requisitos pelos aprovados, de forma a garantir a nomeação somente daqueles que cumprirem todas as exigências.

CNU 1: vagas

A primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) ofertou, inicialmente, 6.640 vagas em 21 órgãos públicos federais.​​

As vagas foram divididas em oito blocos temáticos, com oportunidades para candidatos de nível médio e superior.

Foi a primeira vez que uma única inscrição em um modelo de processo seletivo permitiu que o candidato concorresse a mais de um cargo, dentro do mesmo eixo temático, o que aumentou as chances de ser aprovado.

No momento da inscrição, os candidatos puderam indicar sua ordem de preferência para os cargos do bloco escolhido, em uma possível chamada.

Outra inovação foi que as provas foram aplicadas simultaneamente, em agosto de 2024, em 228 cidades de todo o Brasil. Os candidatos fizeram as provas em até 100 km do local de residência, o que reduziu a necessidade de grandes deslocamentos.

A medida reduziu para os candidatos os custos com deslocamentos, hospedagem e alimentação, o que tornou a participação mais democrática e acessível. 




Fonte: Agência Brasil

Justiça afasta temporariamente presidente e diretor do BRB


A Justiça decretou o afastamento temporário do presidente do Banco BRB, Paulo Henrique Costa, e do diretor de Finanças e Controladoria da instituição, Dario Oswaldo Garcia Júnior.

As sentenças foram expedidas no âmbito da Operação Compliance Zero, que a Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (18). O dono do banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso na operação.

Em nota, o banco estatal do Distrito Federal confirmou que Costa e Júnior se afastarão de seus cargos por ao menos 60 dias e garantiu que seguirá operando normalmente, “preservando a segurança das operações, dos clientes, dos parceiros e de toda sua estrutura operacional”.

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Tentativa de compra

Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Master por R$ 2 bilhões – valor que, segundo o banco estatal, equivaleria a 75% do patrimônio consolidado do Master.

A negociação chamou a atenção de todo o mercado, da imprensa e do meio político, pois, já na época a atuação do banco de Daniel Vorcaro causava desconfiança entre analistas do setor financeiro.

No início de setembro, o Banco Central (BC) rejeitou a compra do Master pelo BRB.

Operação da PF

A Operação Compliance Zero é fruto das investigações que a PF iniciou em 2024, para apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos por instituições que integram o Sistema Financeiro Nacional.

As instituições investigadas são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Estas mesmas instituições negociavam estas carteiras de crédito com outros bancos.

Após o Banco Central aprovar a contabilidade, as instituições substituíam estes créditos fraudulentos e títulos de dívida por outros ativos, sem a avaliação técnica adequada.

O Banco Master é o principal alvo da investigação instaurada a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Na nota em que comenta a Operação Compliance Zero e os afastamentos de Costa e Júnior, o BRB afirma que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando, regularmente, informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas [às negociações de compra do] Banco Master”.

Contexto

O Master tornou-se conhecido por adotar uma política agressiva para captar recursos, oferecendo rendimentos de até 140% do Certificado de Depósito Bancário (CDI) a quem compra papéis da instituição financeira – uma promessa de ganhos superiores às taxas médias para bancos pequenos – em torno de 110% a 120% do CDI.

Operações do banco com precatórios (títulos de dívidas de governos com sentença judicial definitiva) também aumentaram as dúvidas sobre a situação financeira do Master, que ao emitir títulos em dólares, não conseguiu captar recursos.

Ontem (17), o grupo Fictor, de investimentos e gestão de empresas, anunciou que compraria o Master.

A Agência Brasil tenta contato com Costa e com Júnior ou seus advogados, bem como com a defesa de Vorcaro, e está aberta para incluir posicionamento dos citados.




Fonte: Agência Brasil

Polícia do Rio prende 17 pessoas em ação contra mentor de barricadas


A polícia do Rio de Janeiro prendeu nesta terça-feira (18) um homem identificado como Cosme Rogério Ferreira Dias, apontado como o “mentor das barricadas”, da organização criminosa Comando Vermelho (CV).  Mais de 16 pessoas foram presas na operação conjunta das polícias Civil e Militar do estado. A ação visa a estrutura financeira da facção.

As prisões são mais uma etapa da Operação Contenção, que busca conter a expansão territorial da principal organização criminosa do estado.

Segundo investigação da Polícia Civil, Cosme Rogério Ferreira Dias é apontado como responsável por financiar e viabilizar material para barricadas, barreiras físicas que impedem a livre circulação em territórios dominados pela facção. Além de evitar ações da polícia, as barricadas não permitem o ir e vir de cidadãos e serviços básicos.

Cosme Rogério se apresentava como empresário do ramo da reciclagem. Segundo a polícia, ele liderava o braço financeiro da organização criminosa.

“Financiava o Comando Vermelho, lavando dinheiro oriundo da receptação de cobre, fornecia materiais para construção e reforço de barricadas e atuava como elo entre os ferros-velhos e o tráfico, promovendo a integração logística e financeira da facção”, diz comunicado da polícia.

Uma grande quantidade de dinheiro foi apreendida na casa dele.

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Apreensão e interdição

Além de mandados de busca e apreensão, a Justiça ordenou o bloqueio de R$ 217 milhões em bens e valores, incluindo moeda estrangeira, imóveis de luxo e carrão de alto padrão.

Oito ferros-velhos foram interditados. Esses estabelecimentos funcionavam como núcleos de lavagem de dinheiro e de apoio operacional da facção em comunidades da capital e da região metropolitana. Os recursos também custeavam a segurança armada dos territórios.

O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, classificou a ação desta terça-feira como “um golpe direto na espinha estrutural e econômica do Comando Vermelho”.

Buscas foram feitas também em São Paulo e Minas Gerais.

Anúncio no dia anterior

As prisões ocorrem um dia depois de o governo do Rio de Janeiro ter anunciado a Operação Barricada Zero, que mira em mais de 13 mil pontos de bloqueios no estado, que vão desde lixeiras, entulhos e caçambas até estruturas de engenharia.

A ação terá parceria com prefeituras. O governador Cláudio Castro afirmou que, nos casos em que as barricadas forem recolocadas, o território será novamente alvo de operação das polícias civil e militar.

Operação Contenção

A Operação Contenção contra o CV teve o dia mais emblemático em 28 de outubro, quando uma incursão nos conjuntos de favela da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio, terminou com 121 mortos, incluindo quatro policiais militares.

O governador do Rio afirmou que, excluindo as mortes dos policiais, a ação foi um sucesso e se tornou um “divisor de águas” no combate à criminalidade.

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ofensiva foi “desastrosa”. Já ativistas pelos direitos humanos criticaram o número de mortos e denunciam execuções.

A repercussão chegou ao Supremo Tribunal Federal, que já acompanhava denúncias relacionadas a ações da polícia em favelas fluminenses e pediu esclarecimentos ao governo estadual.




Fonte: Agência Brasil

Rogério Andrade deixará penitenciária federal em MS e volta ao Rio


A Justiça do Rio revogou o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) do bicheiro Rogério Andrade. Assim, ele deixará a penitenciária de segurança máxima, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde está preso desde novembro do ano passado, e retorna para presídio no Rio de Janeiro.

A 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, entendeu que Rogério não tem perfil para continuar no sistema penitenciário federal. O relator do processo, desembargador Marcius da Costa Ferreira, que assinou a decisão, disse que o RDD possui natureza excepcionalíssima e só deve ser aplicado quando verificada sua efetiva indispensabilidade.

“O custodiado não apresenta perfil compatível aos critérios do sistema penitenciário federal, evidenciando a existência de constrangimento ilegal, determino a transferência do paciente para o sistema prisional do estado do Rio para cumprimento da custódia cautelar”, diz a decisão.

A prisão preventiva de Rogério de Andrade está devidamente fundamentada. “O decreto de prisão não descaracteriza a continuidade das investigações, ficando evidenciada a subsistência de riscos concretos à ordem pública e à instrução criminal”, acrescenta.

Jogo do bicho

Rogério é sobrinho de Castor de Andrade, um dos maiores chefes do jogo do bicho no Rio e patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel. Castor morreu em 1997, vítima de doença cardíaca.

A morte de Castor deflagrou uma disputa familiar pela herança, envolvendo Paulinho de Andrade, filho de Castor, assassinado na Barra da Tijuca, em 1998, crime atribuído a Rogério, e Fernando Iggnácio, também assassinado. Ele era casado com a filha de Castor.

Assassinato de Iggnácio

Rogério Andrade foi preso em outubro de 2024, apontado como mandante da morte de Fernando Iggnácio, em 2020.

O assassinato ocorreu no estacionamento de um heliporto no Recreio dos Bandeirantes, logo após Iggnácio desembarcar de helicóptero, retornando de sua casa de praia em Angra dos Reis.

Ele foi atingido por três tiros de fuzil, um deles na cabeça, e teve morte instantânea. O atirador estava escondido em um terreno baldio ao lado do heliporto.




Fonte: Agência Brasil

Demori: Heloisa Villela relata bastidores de coberturas internacionais


Com mais de 30 anos de experiência em cobertura internacional e análise política, a jornalista Heloisa Villela é a próxima convidada do DR com Demori. Na conversa, a repórter relembra os tempos de correspondente em Nova York, com destaque para o atentado de 11 de setembro às torres do World Trade Center, analisa a conjuntura política dos Estados Unidos nas últimas décadas e comenta o cenário brasileiro na atualidade. A atração vai ao ar às 23h desta terça-feira (18), na TV Brasil.

Com passagens pelo jornal O Globo, TV Globo e Rede Record, a jornalista conta que o início da trajetória ocorreu sem muita “organização”.

“Ninguém me mandou para lá. Eu ia passar um ano fora, era só esse o projeto. Tinha 25 anos. Queria viajar um pouco, ganhar experiência e aprender inglês. Era bem simples a minha proposta”, lembra.

Ao chegar a Nova York, Heloisa Villela recebeu a recomendação do então chefe do jornal O Globo de propor trabalhos eventuais para o veículo. “Uma das primeiras coisas que eu fiz foi um show do Gilberto Gil, que aconteceu em um lugar aberto, todo mundo em pé, maravilhoso. Depois fui de penetra no camarim dele, bati na porta, e ele me deu uma entrevista que acabou virando matéria de capa”, explica.


Brasília (DF), 11/11/2025 – A Jornalista Heloisa Villela é a convidada do programa DR com Demori, na Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Brasília (DF), 11/11/2025 – A Jornalista Heloisa Villela é a convidada do programa DR com Demori, na Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Heloisa Villela é a convidada do programa DR com Demori desta semana- Valter Campanato/Agência Brasil

Assim, a jornalista começou a carreira com coberturas relevantes do cenário internacional. Ao programa DR com Demori, recorda, em especial, o atentado de 11 de setembro, em Nova York. “Eu estava com o meu filho recém-nascido em casa. Meu então marido me ligou e disse: ‘Liga a televisão, acho que a sua licença-maternidade acabou’.”, relembra.

“Peguei o pequeno, botei umas fraldas, o berço portátil e corri para o trabalho. Aí eu comecei a trabalhar (…) foi uma coisa assim, muito surreal, né”, aponta. Além disso, no currículo de Heloisa há coberturas de eleições presidenciais norte-americanas, do Furacão Katrina, do terremoto no Haiti, entre outros eventos.

Após os anos dedicados ao jornalismo internacional, Heloisa Villela retornou ao Brasil. “Eu não aguentava mais não ter nenhum tipo de conexão mais profunda com o resultado do meu trabalho. Entrei na faculdade de jornalismo porque achava que podia fazer modificações importantes na vida das pessoas, e nunca ia fazer isso nos Estados Unidos”, afirma.

Atualmente, é comentarista de política do portal ICL Notícias, em Brasília. “Eu acho que cobrir política não podia ter sido a melhor decisão, porque eu queria trabalhar em algo que estivesse intrinsecamente ligado à vida da população, mesmo que fosse difícil”, conta.

Nesse sentido, Heloisa Villela defende o caráter essencial do jornalismo para a vida das pessoas. “É uma ferramenta essencial da democracia e que pode fazer os alertas, as críticas e ajudar a população a entender o que está acontecendo, para que ela cobre mais”.

Após a exibição na TV Brasil, o DR com Demori também fica disponível, na íntegra, no Youtube e no aplicativo da TV Brasil Play. O programa é transmitido em áudio, simultaneamente, na Rádio MEC, e as entrevistas ficam disponíveis em formato de podcast no Spotify.




Fonte: Agência Brasil

PM entra armada em escola em SP após queixa de pai de desenho de orixá


A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que está apurando o caso em que policiais militares foram até uma escola, armados, após um pai ter acionado a polícia depois de a filha ter feito um desenho de orixá. 

Quatro policiais militares entraram, portando armas, na Emei Antônio Bento (Butantã), depois de terem recebido a ligação do pai. O caso ocorreu na tarde da última quarta-feira (12). O pai teria dito que a filha estaria sendo obrigada a ter aula de religião africana.

No dia anterior, terça-feira (11), o pai da criança já havia ido à escola demonstrar sua insatisfação em relação à aula e teria se portado de maneira inadequada, retirando do mural o desenho de Iansã que a filha havia feito.

Os policiais permaneceram na escola por mais de uma hora e foram embora por volta das 17h10 junto com o pai da aluna.

Em nota, a diretora Aline Aparecida Nogueira informou que a escola “não trabalha com doutrina religiosa” e que o “trabalho centrado a partir do currículo antirracista”. Ela disse ainda ter sido “coagida e interpelada pela equipe por aproximadamente 20 minutos”.

O caso provocou revolta nas famílias que têm filhos na unidade escolar. Eles se dispuseram a prestar depoimento sobre o ocorrido.

Repercussão

Em nota à Agência Brasil, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a “Polícia Militar instaurou apuração sobre a conduta da equipe que atendeu à ocorrência, inclusive com a análise das imagens das câmeras corporais”. Segundo o órgão, a professora da unidade de ensino registrou boletim de ocorrência contra o pai da estudante “por ameaça”.

A Secretaria Municipal de Educação também se manifestou sobre o caso e escreveu que “o pai recebeu esclarecimento que o trabalho apresentado por sua filha integra uma produção coletiva do grupo” e que a atividade “faz parte de propostas pedagógicas da escola, que tornam obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena dentro do Currículo da Cidade de São Paulo”.

O Sindicato dos Profissionais de Educação manifestou apoio aos responsáveis pela Emei Antonio Bento e afirma que a entrada dos policiais na unidade “gerou constrangimento, intimidação e profundo abalo emocional na equipe escolar”. O sindicato ainda informou que a atividade desenvolvida tem respaldo pedagógico e que “repudia qualquer violação à autonomia pedagógica, qualquer forma de intimidação aos profissionais da educação e qualquer situação que coloque em risco a segurança física e emocional de educadores e estudantes”. A entidade pede a apuração dos fatos.

A deputada federal Luciene Cavalcanti e o deputado estadual Carlos Giannazi, ambos do PSOL, acionaram o Ministério da Igualdade Racial para que acompanhe o caso.




Fonte: Agência Brasil

Governo fluminense anuncia plano para remover barricadas em 12 cidades


O governo do Rio de Janeiro apresentou, nesta segunda-feira (17), a Operação Barricada Zero. A força-tarefa reúne órgãos estaduais e prefeituras para remover bloqueios instalados por facções criminosas nas entradas das comunidades e restabelecer a circulação segura, garantindo o direito de ir e vir dos cidadãos e a soberania do estado.

O planejamento será guiado por diagnósticos técnicos produzidos a partir de ferramentas de inteligência do Instituto de Segurança Pública (ISP), que mapeou 13.604 pontos de bloqueio espalhados pelo estado. Os obstáculos vão desde lixeiras, entulhos e caçambas até verdadeiras estruturas de engenharia construídas para impedir o acesso das forças de segurança.

O cronograma inicial contempla 12 municípios da região metropolitana: Rio de Janeiro, Belford Roxo, Japeri, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Itaboraí, Duque de Caxias, Queimados, São João de Meriti, Nilópolis, Mesquita e Maricá.


Rio de Janeiro- 17/11/2025 - Governador Cláudio Castro participa do lançamento da operação Barricada Zero, no palácio Guanabara - Fotos: Marcelo Regua
Rio de Janeiro- 17/11/2025 - Governador Cláudio Castro participa do lançamento da operação Barricada Zero, no palácio Guanabara - Fotos: Marcelo Regua

Lançamento da Operação Barricada Zero – Foto: Marcelo Regua

“A ideia é que a gente consiga restituir e restabelecer, de uma vez só, a mobilidade urbana. Os kits são compostos com ferramentas de alto desempenho e utilizados para a remoção de barreiras e estruturas irregulares. Serão rompedores hidráulicos, retroescavadeiras, caminhões basculantes e também alguns itens como motosserra e outros específicos a serem definidos por região”, explicou o governador Cláudio Castro.

Segundo ele, “as barricadas representam mais que obstáculos físicos”. “Elas são formas de controle que essas organizações criminosas fazem da sociedade e da comunidade local. Aonde há bloqueio e medo, o estado, com certeza, tem que chegar”, afirmou.

O governador disse que, após a retirada dos obstáculos, se o tráfico vier a colocar novas barreiras, terá início uma operação das tropas de elite do estado, formada pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar, e pela Coordenadoria de Operações Especiais (Core), da Polícia Civil.




Fonte: Agência Brasil

Morre no Rio, o músico, compositor e ator Jards Macalé, aos 82 anos


Morreu nesta segunda-feira (17), aos 82 anos, o ator, músico e compositor Jards Macalé. Eles estava internado em um hospital particular na Barra da Tijuca, zona sudoeste do Rio de Janeiro, onde tratava um enfisema pulmonar. Ele sofreu uma parada cardíaca, após passar por cirurgia. A morte foi anunciada nas redes sociais do artista.
 

“Jards Macalé nos deixou hoje. Chegou a acordar de uma cirurgia cantando Meu Nome é Gal, com toda a energia e bom humor que sempre teve”, diz a publicação.

Biografia

Jards Anet da Silva, nasceu no bairro da Tijuca, zona norte do Rio, em 3 de março de 1943, nas proximidades do morro da Formiga. Iniciou sua trajetória cultural, na década de 1960.

Foi cantor, músico, compositor e ator. Cresceu rodeado de música: no morro, os batuques do samba, na casa ao lado de onde morava, os cantores Vicente Celestino e Gilda de Abreu.

Na residência dos pais, escutava os foxes, as valsas e as modinhas, tocadas ao piano pela mãe, Lígia, que também cantava e no acordeom, pelo pai.

O coro familiar tinha o irmão mais novo Roberto e o próprio Jards. No áureos tempos do rádio, ouvia a Rádio Nacional e os cantores de sucesso, como Silvio Caldas, Francisco Alves (O Rei da Voz), Cauby Peixoto, Orlando Silva, Marlene e Emilinha, que se apresentavam aos sábados no Programa César de Alencar.

Ainda jovem, se mudou com a família para o bairro de Ipanema, onde ganhou o apelido de Macalé, comparado ao pior de jogador de futebol do Botafogo, que tinha esse apelido.

Na adolescência, formou seu primeiro grupo musical, o duo Dois no Balanço. Mais tarde veio o Conjunto Fantasia de Garoto, que tocava jazz, serenata e samba-canção.

Ele estudou piano e orquestração com o maestro Guerra Peixe, violoncelo com  Peter Daueslsberg, guitarra com Turibio Santos e Jodacil Damasceno e análise musical com Esther Scliar.

Sua carreira profissional começou em 1965 como guitarrista do Grupo Opinião. Foi diretor musical das primeiras apresentações de Maria Bethânia. Teve composições gravadas por Elisete Cardoso e Nara Leão, entre outros.

Com Gal Costa, Paulinho da Viola e seu parceiro de composição José Carlos Capinam, criou a Agência Tropicarte, para gerenciar seus shows.

Participou como ator e compositor da trilha sonora dos filmes Amuleto de Ogum e Tenda dos Milagres, de Nelson Pereira dos Santos.

Também compôs para as trilhas sonoras de Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, Antonio das Mortes, de Glauber Rocha, A Rainha Diaba, de Antonio Carlos Fontoura e Se Segura, Malandro!, de Hugo Carvana.

Macalé é autor de músicas como Vapor Barato, Anjo Exterminado, Mal Secreto, Movimento dos Barcos, Rua Real Grandeza, Alteza, Hotel Estrela e Poema da Rosa.

Entre os intérpretes de suas canções estão Gal Costa, Maria Bethânia, Clara Nunes, Camisa Vênus e O Rappa, entre outros.

Em 2019, seu álbum Besta Fera foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de MPB e considerado um dos 25 melhores álbuns brasileiros do primeiro semestre de 2019 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

A APCA também escolheu seu álbum Coração Bifurcado como um dos 50 melhores álbuns brasileiros de 2023 e a colaboração Mascarada: Zé Kéti com o Sérgio Krakopwski, como um dos 50 melhores álbuns de 2024.







Fonte: Agência Brasil

Brasil recebe primeiro lote de insulina glargina para diabetes tipo 2


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve nesta segunda-feira (17) em Guarulhos (SP) para receber o primeiro lote com mais de dois milhões de unidades de insulina glargina, que atende os portadores de diabetes tipo 2.

“Hoje é um grande dia para o SUS [Sistema Único de Saúde], um grande dia para a soberania da saúde no Brasil e um grande dia para a segurança dos pacientes que têm diabetes tipo 2”, disse o ministro em coletiva no Aeroporto de Guarulhos.

Já oferecido para quem tem o tipo 1 da doença, o produto foi adquirido através de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) e haverá transferência de tecnologia para o laboratório público Bio-Manguinhos (Fiocruz). 

Assim, o medicamento passará a ser produzido no país, o que fará com que o Brasil deixe de depender do mercado externo.

“É uma segurança, porque faz com que esse paciente não fique submetido a crises internacionais da insulina, como existem hoje”, afirmou o ministro.

Confira as informações do Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil, sobre o assunto:

Para Padilha, o tratamento com a insulina glargina é um grande avanço: “Ela é de uso mais fácil e a resposta também é melhor”.

A produção do medicamento no Brasil será feita pela Friocruz junto com a Biomm em uma parceria com a chinesa Gan&Lee, uma das maiores produtoras mundiais de insulina.

“É uma parceria que acontece por conta do fortalecimento do SUS, da decisão do Ministério da Saúde junto com estados e municípios de passar a ofertar insulina glargina também para quem tem diabetes tipo 2”, explica Padilha.

A expectativa, de acordo com o ministro, é de que com a transferência de tecnologia para a Fiocruz, a produção – no estado do Ceará – chegue a algo em torno de 30 a 40 milhões de unidades por ano.

“É uma grande parceria que traz garantia e segurança para os pacientes brasileiros”.

Atualmente, cerca de 20 milhões de pessoas têm diabetes no país. 

Segundo o ministro, além deste carregamento, o Brasil ainda vai receber mais 4,7 milhões de unidades até o final do ano, chegando a quase sete milhões. Assim, o investimento do governo federal no combate ao diabetes, em 2025, será de R$ 131,8 milhões.




Fonte: Agência Brasil

Mãe denuncia agressão a menino brasileiro em escola de Portugal


Um menino brasileiro de 9 anos sofreu uma amputação parcial de dois dedos em uma escola de Portugal, e a mãe e políticos do país suspeitam que o caso pode se tratar de uma agressão motivada por xenofobia e racismo. 

O caso ocorreu em Cinfães, no dia 10 de novembro, na Escola Básica Fonte Coberta, que teria dito à mãe do menino que o ferimento ocorreu por acidente.

Relatos da mãe da criança indicam que estudantes praticavam bullying contra seu filho e teriam usado a porta do banheiro para pressionar os dedos da criança, amputando-os parcialmente.

O caso chamou a atenção da mídia portuguesa, levando a coordenadora do Bloco da Esquerda (BE), Mariana Mortágua, a questionar o Ministério da Educação de Portugal sobre a possibilidade de se tratar de mais um caso de racismo e xenofobia nas escolas daquele país.

Presidente da Câmara Municipal de Cinfães, Carlos Cardoso disse ter conversado com um diretor da escola, e que ele teria assegurado já estar em curso um processo interno para averiguar o caso.

A Comissão de Proteção de Criança e Jovens de Cinfães informou que vai analisar a situação “de acordo com a lei de promoção e proteção de crianças e jovens”.

Relato da mãe

A mãe do menino, Nívea Estevam, usou as redes sociais para denunciar o caso. Ela disse que foi contatada pela escola, que classificou o caso como um acidente.

Nívea, então, contatou a polícia pública portuguesa para denunciar o caso, uma vez que seu filho estava sob responsabilidade da escola no momento do ocorrido.

A mãe afirma ter sido muito mal atendida pelos policiais, principalmente após ter informado sobre a possibilidade de se tratar de um caso de racismo, uma vez que seu filho é negro.

O policial, então, teria batido na mesa e dito que não iria tolerar que se falasse em racismo ou xenofobia, porque todos seriam iguais em Portugal, e que se a escola havia dito que foi algo acidental, é porque, de fato, teria sido um acidente.

Itamaraty

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que “permanece à disposição para prestar a assistência consular cabível”.

O Itamaraty, no entanto, esclarece que, por questões legais, não pode divulgar informações pessoais de cidadãos que requisitam serviços consulares e que tampouco fornece detalhes sobre a assistência prestada a brasileiros.

*Com informações da RTP.




Fonte: Agência Brasil