Cinco PMs são presos por crimes em megaoperação no Rio


Cinco policiais militares do Batalhão de Polícia de Choque foram presos nesta sexta-feira (28) por crimes cometidos durante a Operação Contenção, realizada no último dia 28 de outubro, no Rio de Janeiro, nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou 122 pessoas mortas. 

Além dos cinco policiais presos, outros cinco são alvo de mandados de busca e apreensão. A ação é realizada pela Corregedoria-Geral da PM que iniciou, nesta sexta-feira, uma ação decorrente de investigações realizadas a partir da análise das imagens das Câmeras Operacionais Portáteis utilizadas por PMs. 

Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar, as investigações estão sob responsabilidade da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), que identificou indícios de cometimento de crimes militares no decorrer do serviço.

Em nota, o comando da corporação diz que não compactua “com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.

Roubo de fuzis

De acordo com a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (CDDHC), que acompanha a operação deflagrada pela Corregedoria da Polícia Militar, os indícios revelados pelas câmeras corporais incluem “o furto de um fuzil possivelmente destinado à revenda para criminosos”, conforme divulgou a presidente da comissão, deputada Dani Monteiro (PSOL). 

A parlamentar destacou que a comissão atua no território onde foi deflagrada a megaoperação, que colheu denúncias, acompanhou famílias e oficiou órgãos com pedidos de transparência e preservação de provas. Esse material foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em reunião em Brasília no início do mês, no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635), conhecida como ADPF das Favelas , na qual a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania atua como amicus curiae. Uma das principais demandas apresentadas pelos amici tem sido a federalização das investigações.

Megaoperação

No início deste mês, a Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro divulgou um relatório no qual denuncia violações de direitos humanos a partir de relatos de moradores e familiares.

Entre os relatos, familiares dizem que pessoas inocentes foram mortas ou presas e mulheres afirmaram que foram assediadas por policiais. A Ouvidoria Geral é um órgão externo à Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.

Considerada a operação mais letal do Rio de Janeiro dos últimos anos, ela tinha como objetivo, segundo a Segurança Pública do Rio de Janeiro, conter os avanços do Comando Vermelho. O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, não foi preso na ação.




Fonte: Agência Brasil

Operação da PF mira obras financiadas com emendas parlamentares


A Polícia Federal (PF) realiza uma operação, nesta sexta-feira (28), para apurar supostos desvios em pavimentação de rodovias financiadas por emendas parlamentares. A investigação calcula que o prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 22 milhões.

A PF foi às ruas para cumprir 11 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sendo nove em Fortaleza (CE) e dois em Natal (RN). Alvos da investigação são contratos do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS).  

A Controladoria-Geral da União (CGU) também participa da ação apelidada de Fake Road, que é rodovia falsa em inglês. A PF informou que os alvos são servidores públicos e representantes de empresas privadas.

A operação inclui ainda pedidos de bloqueio judicial de bens e valores, indisponibilidade de imóveis e veículos, busca pessoal e veicular, bem como a quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático dos investigados.

A Agência Brasil entrou em contato com o DNOCS para comentar a operação, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Emendas parlamentares

Até o momento, não há informação sobre deputados e senadores investigados. As chamadas emendas parlamentares são verbas do orçamento público destinadas pelos parlamentares para determinadas políticas públicas.

Nos últimos anos, as emendas parlamentares vem sendo alvos de diversas investigações da PF e da CGU.

No final de agosto, o ministro do STF Flávio Dino mandou a PF investigar 964 emendas individuais de parlamentares de transferência especial, chamadas “emenda Pix”, que somam R$ 694 milhões.

Emendas parlamentares vêm sendo alvo de bloqueios bilionários. Em dezembro de 2024, Dino suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas por suspeitas de irregularidades.




Fonte: Agência Brasil

PF desarticula quadrilha que vendia canetas emagrecedoras clandestinas


A Polícia Federal realizou, nesta quinta-feira (27), a Operação Slim, destinada a desarticular uma quadrilha dedicada à produção, fracionamento e comercialização clandestinos do princípio ativo tirzepatida, utilizado em medicamentos injetáveis para tratamento de diabetes e perda de peso. O produto era vendido sem controle de qualidade, esterilidade ou rastreabilidade, elevando o risco sanitário ao consumidor.

O tirzepatida é conhecido pela marca Mounjaro.

Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, em clínicas, laboratórios, estabelecimentos comerciais e residências ligadas aos investigados.

Os agentes encontraram joias, carros de luxo e até um jatinho em poder da quadrilha. 

“A investigação identificou que o grupo mantinha estrutura de fabricação em condições incompatíveis com padrões sanitários, realizando envase, rotulagem e distribuição do produto de forma irregular. Foram encontrados indícios de produção em série em escala industrial, prática não permitida no âmbito da manipulação magistral autorizada pela legislação vigente”, disse a PF em nota.

As investigações também constataram que havia comercialização do produto clandestino pela internet e contava, inclusive, com estratégias de marketing digital para incrementar as vendas.

“As medidas cumpridas hoje visam interromper a atividade ilícita, identificar os responsáveis pela cadeia de produção e distribuição e recolher documentos, equipamentos e insumos que auxiliem na análise laboratorial e perícia técnica dos materiais apreendidos”, disse a PF.

A operação contou com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e das Vigilâncias Sanitárias dos estados de São Paulo, Bahia e Pernambuco.

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Fonte: Agência Brasil

Justiça decide manter Marcinho VP em presídio federal


A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a renovação da permanência de Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, pelo prazo de três anos, no sistema penitenciário federal. O pedido para manutenção em presídio federal foi feito pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

Considerado de alta periculosidade e líder do Comando Vermelho, Marcinho VP foi transferido para presídio de segurança máxima em janeiro de 2007. Ele possui condenações que somam 55 anos e 8 meses de reclusão.

Atualmente, cumpre pena no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Na decisão, o juiz Rafael Estrela, titular da Vara de Execuções Penais, avaliou como necessária a permanência no sistema penitenciário federal, contribuindo para continuidade do combate ao crime organizado do Rio de Janeiro.

“A transferência do apenado para fora dos limites do Estado do Rio de Janeiro é obstáculo tanto a orquestrações de crimes, como ao fluxo de comunicações entre tais líderes e seus comandados, no que tange à transmissão de ordens ilícitas, aí englobados os noticiados atos violentos extramuros, o que viabiliza a continuidade da política de segurança pública de combate ao crime organizado”, destaca a decisão.

O juiz citou a recente megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, reduto de Marcinho VP, reiterando sua avaliação sobre o risco do retorno do presidiário ao sistema penal do estado.

“A operação Contenção, deflagrada em 28 de outubro de 2025, teve como propósito conter o tráfico de drogas e o avanço da facção criminosa Comando Vermelho (CV) nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da cidade, reduto de Marcio Santos Nepomuceno. No caso concreto, as condutas criminosas praticadas pelo preso revelam desrespeito máximo ao Estado Democrático de Direito e suas instituições legais, sendo certo que, seu retorno a este Estado desestabiliza todo esforço contínuo do poder público no resgate da paz social e enfrentamento do crime organizado, notadamente às áreas marcadas pela influência deste apenado.”

Histórico prisional

O histórico de transgressões disciplinares de Marcinho VP, durante o período em que esteve em presídio estadual, assim como em presídio federal de segurança máxima, também foi destacado pelo magistrado.

“Marcio Santos Nepomuceno possui histórico prisional conturbado. No sistema penitenciário fluminense registra 15 transgressões disciplinares. Destas, dez foram transgressões de natureza grave. Ressalta-se aquela protagonizada pelo apenado, uma das rebeliões mais notórias do Rio de Janeiro, ocorrida em 2002, no Complexo de Gericinó. Já no sistema penitenciário federal, além da agressão a outro interno, o apenado também foi responsabilizado por conduta consistente em deixar de prestar obediência ao servidor ou respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se”, escreveu o juiz em sua decisão. 




Fonte: Agência Brasil

Avenida Brasil é interditada e carros são incendiados no Rio


As forças de segurança realizaram, hoje (27), o quarto dia da Operação Barricada Zero em várias comunidades do Rio de Janeiro e no Complexo de Israel, na Cidade Alta, em Cordovil.

Iniciada durante a madrugada, as equipes da Polícia Militar fecharam a Avenida Brasil por 40 minutos, nos dois sentidos, para evitar que traficantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) atirassem do alto da comunidade para a Avenida Brasil em direção aos ônibus urbanos, como já fizeram em outras vezes, quando mataram um homem que ia para o trabalho.

Agora, a via expressa foi fechada de maneira preventiva para que as equipes de segurança pudessem entrar no Complexo de Israel. Com a chegada das equipes da PM os traficantes trocaram tiros com os militares e incendiaram várias barricadas e atearam fogo em veículos para impedir o deslocamento da polícia. Quatro unidades de saúde da região da Cidade Alta suspenderam preventivamente o atendimento à população.

Tiros em ônibus

A região é comandada pelo traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, que dá ordens para que os traficantes atirem nos ônibus para desviar a ação da polícia.

O coordenador da Operação Barricada Zero, Edu Guimarães, disse, em entrevista coletiva, “que algumas comunidades estão livres das barricadas. Os órgãos do Estado do Rio e do município vão monitorar para garantir que essas barricadas não retornem. É importante que a população também participe ativamente desse monitoramento, principalmente a partir do Disque Denúncia. O canal está com um programa preparado para receber denúncias e repassar as informações para a coordenação da operação”.

Toneladas de obstáculos

Somente hoje, foram retiradas mais 318 toneladas de materiais utilizados por criminosos para fazer barricadas em comunidades localizadas na zona norte do Rio e nos municípios de São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Mesquita e Queimados.

Desde o início da ação, coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), em quatro dias da ação, foram extraídas 1.500 toneladas de obstáculos, possibilitando o enfraquecimento das organizações criminosas e a liberação das vias para a população das comunidades.

Durante a manhã, criminosos tentaram impedir a atuação policial no bairro do Campinho e chegaram a atirar contra os agentes. Na Cidade Alta, eles incendiaram pneus e outros objetos. 

“Tivemos confronto nas comunidades do Campinho e do Fubá, mas conseguimos estabilizar o terreno e liberamos a região para o trabalho das equipes. Adotamos protocolos de segurança na Cidade Alta com o fechamento preventivo da Avenida Brasil para proteger e garantir a integridade física das pessoas”, afirmou o secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes.

Na região da Cidade Alta, foram removidos oito veículos incendiados que estavam sendo utilizados como barricadas. A PM prendeu dois criminosos que portavam dois fuzis.

Investigações

A Polícia Civil reforça as investigações relacionadas à Operação Barricada Zero. A corporação prendeu dois criminosos responsáveis por atirar contra um servidor da prefeitura que auxiliava na retirada de barricadas no Corte Oito, em Duque de Caxias, no segundo dia de operação, na terça-feira (25).

“Prendemos, em menos de 24 horas, os dois homens envolvidos no disparo de arma de fogo que alvejou o operador de retroescavadeira numa comunidade em Duque de Caxias. A Polícia Civil vai continuar investigando todos os fatos relacionados à operação”, disse o diretor do Departamento Geral de Polícia da Baixada Fluminense, delegado Gabriel Ferrando.




Fonte: Agência Brasil

No Rio, Casa de Rui Barbosa recebe acervos de autores indígenas


A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) (foto) oficializa nesta sexta-feira (28), às 19h, no Rio de Janeiro, a doação de acervos de escritores indígenas, que, pela primeira vez, passam a integrar o patrimônio da instituição. A cerimônia será durante a 1ª Festa Literária da Fundação Casa de Rui Barbosa (FliRui) e contará com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes.

A incorporação dos materiais reforça a política de preservação da fundação e reconhece o papel central de autores indígenas na literatura brasileira contemporânea. Os acervos passam a compor o Arquivo-Museu de Literatura Brasileira, setor responsável por salvaguardar a produção literária nacional.

“A Casa de Rui Barbosa faz hoje o que sempre esperamos das instituições públicas: coragem para abrir espaço, rever narrativas e acolher a diversidade que molda o Brasil. Ao incorporar os acervos de três grandes autoras e autores indígenas, a fundação sinaliza que a memória literária do país precisa refletir todas as vozes que a constroem. Este é um passo firme, necessário e profundamente simbólico”, disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Munduruku

Entre os doadores está Daniel Munduruku, escritor, educador e ativista do povo Munduruku, autor de mais de 70 livros. Ele entrega itens como sua primeira máquina de escrever, fotografias, cartas, desenhos e exemplares originais de primeiras edições.

Também integra o conjunto a escritora, poetisa e fotógrafa Márcia Kambeba, do povo Omágua/Kambeba, que doa álbuns fotográficos produzidos em aldeias, desenhos autorais baseados em grafismos tradicionais, poemas inéditos e objetos como maracá, cuia e bordados feitos por ela.

“Esses ambientes históricos tornam-se mais completos quando acolhem vozes ancestrais que escrevem a partir de seus saberes, memórias, vivências e cosmologias. Ao receber autores indígenas, suas narrativas, grafismos e modos de ver o mundo, ampliam-se horizontes, desconstroem-se estereótipos e fortalecem-se outras formas de compreender a relação entre humano e não humano, território e bem-viver”, disse Márcia Kambeba.

Escritora indígena

Outra doação é feita por Eliane Potiguara, primeira escritora indígena do Brasil e fundadora do Grumin. Ela entrega cartas recebidas e enviadas ao longo de sua trajetória, manuscritos, materiais de pesquisa, registros de atuação política e comunitária, pôsteres, diplomas e documentos que testemunham décadas de participação no movimento indígena.

O presidente da FCRB, Alexandre Santini, afirma que a chegada desses acervos representa um gesto profundo de reconhecimento e uma mudança institucional.

“Ao acolher as culturas indígenas como protagonistas do pensamento, da memória e da criação literária, abrimos caminho para uma compreensão mais ampla do país e do povo brasileiro. Esse processo foi construído com muito cuidado, respeitando um protocolo de consultas aos indígenas e incorporando outras formas de conceber e preservar a ideia de acervo”, assegurou Santini.

A programação da FliRui inclui atividades dedicadas às culturas originárias, como rodas de histórias, narrativas tradicionais e mediações para o público infantil, além de mesas sobre línguas indígenas, processos criativos e modos de narrar o mundo. O evento será encerrado com uma conferência de Ailton Krenak sobre imaginação, arte e cinema.

Com o tema “Literatura e Democracia”, a Fundação Casa de Rui Barbosa celebra a diversidade literária no ano em que o Rio de Janeiro é reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Capital Mundial do Livro. A iniciativa pretende fortalecer a cidade como território de leitura, memória e criação.




Fonte: Agência Brasil

SP: megaoperação investiga fraude fiscal no setor de combustíveis


O Comitê Interinstitucional de Recuperação de ativos de São Paulo (CIRA/SP) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (27) a megaoperação Poço de Lobato, que busca desarticular esquema de fraude fiscal no setor de combustíveis. O alvo principal é um grupo empresarial, um dos maiores do país.

O comitê é coordenado pelo governo de São Paulo.

A operação ocorre simultaneamente em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, na Bahia, no Distrito Federal e Maranhão.

Ao todo, são mais de 190 pessoas físicas e jurídicas sob investigação, todas suspeitas de integrar a organização criminosa. São acusados de cometer crimes de ordem econômica, tributária e lavagem de dinheiro. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a quadrilha já causou prejuízo de R$ 26 bilhões aos cofres públicos.

Por ordem da Justiça, já foram bloqueados mais de R$ 10 bilhões dos integrantes do grupo econômico que está sob investigação.

A operação conta com apoio da Receita Federal, Procuradoria-Geral da Fazenda, Secretaria Municipal da Fazenda de São Paulo e das polícias Civil e Militar.




Fonte: Agência Brasil

Governo federal anuncia mais R$ 3,3 bi para reconstrução do RS


O governo federal anunciou hoje (26) a liberação de mais R$ 3,3 bilhões para a realização de obras de reconstrução do Rio Grande do Sul, afetado por enchentes ocorridas em maio de 2024. Desse montante, R$ 726 milhões serão destinados para a construção de 3949 novas moradias, em 62 municípios gaúchos, com menos de 50 mil habitantes. Na ocasião, também foi realizada a entrega simbólica de 8000 moradias, adquiridas por meio do Programa Compra Assistida, no âmbito do Minha Casa, Minha Vida – Reconstrução.

A modalidade permite que as famílias gaúchas habilitadas sejam atendidas por meio da compra de imóveis novos ou usados, com financiamento do governo federal.

Durante a cerimônia com o anúncio dos investimentos, no Palácio do Planalto, a prefeita do município de Estrela, no Vale do Taquari Carine Schwingel disse que aguardava com grande expectativa a entrega das moradias.

“Não tem como ter o desenvolvimento de uma família se ela não tiver uma base sólida, uma casa construída. É isso o que vemos aqui”, afirmou.

A prefeita disse ainda ser importante o apoio do governo federal para a realização de obras para as pequenas cidades, cujo orçamento é pequeno para a realização de grandes obras.

“A enchente ensinou que a gente precisa ter investimentos na área ambiental para que a gente possa transformar nossos centros urbanos em espaços com soluções baseadas na natureza como base, como pilar e não como luxo”, disse.

“A força do governo federal é transformadora nos municípios e a esperança que temos é de vocês continuarem apoiando a gente”, agradeceu.

Com cerca de 35 mil habitantes, Estrela teve três bairros destruídos pelas enchentes e 1,5 mil famílias tiveram suas casas destruídas. A dona de casa Elga Gomes de Lima foi uma delas. Beneficiária do programa Compra Assistida. Depois de perder a moradia, Elga teve que morar com sua família na casa do sogro. Ela agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela iniciativa.

“A nossa história revela a dura realidade enfrentada por muitas famílias, mas também tem mostrado o seu compromisso [de Lula] com as pessoas do Rio Grande do Sul, nos dando a possibilidade de termos novamente o nosso próprio lar”, disse.

O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o Compra Assistido foi voltado para as famílias com necessidades mais emergenciais e que as famílias atendidas pelas estratégias de médio prazo, serão beneficiadas com as 3949 novas unidades contratadas que serão entregues a partir de 2026.

“Não tivemos compra assistida em todas os municípios porque tem cidades no Rio Grande do Sul em que não existem imóveis prontos e acabados que podem ser comprados. Então tivemos a necessidade de construí-los”, apontou.

Infraestrutura

O governo anunciou que mais R$ 571 milhões foram destinados para as cidades de Porto Alegre e São Leopoldo para obras de infraestrutura de adaptação e prevenção de eventos climáticos extremos.

Para Porto Alegre foram destinados R$ 502 milhões que serão usados para a construção de galerias e canais. Já em São Leopoldo são R$ 69,3 milhões para a aquisição de casas de bombas e contrução de redes de galeria no município.

Serão investidos ainda R$ 197,6 milhões para obras de drenagem no estado e outros R$ 13,4 para a realização de obras de contenção de encostas.

O ministro da Integração e Desenvolvimento Nacional, Waldez Góes, disse que a realização das obras mostra que o governo entende a necessidade de levar investimentos para que as cidades enfrentem eventos climáticos extremos.

“A memória da tragédia ainda é viva, mas é maior a coragem do povo gaúcho que vivenciei, durante o ano de 2024, junto com os colegas do governo federal”, disse. “Estes novos investimentos são a renovação do nosso pacto. É a certeza que a solidariedade do primeiro dia se transformou numa ação permanente para um futuro seguro”, conclui Góes.

Segundo o ministro, o governo também está investindo mais de R$ 40 milhões para realizar o mapeamento topográfico e aerofotogramétrico de 186 municípios na região do Rio Guaíba e da Lagoa dos Patos, “para ter informações suficientes para prevenir e mitigar efeitos de novas cheias que possam vir”, disse.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa disse que até o momento, dos R$ 111 bilhões anunciados pelo governo federal para socorrer o estado, já foram aplicados R$ 90 bilhões. O ministro destacou a agilidade do governo no socorro ao estado, após as enchentes. Segundo o ministro, a ação do governo federal virou uma referência para o país de como o governo federal acolhe e trata os desastres ocorridos o território nacional.

“Nunca antes na história desse país um governo federal acolheu tão rápido, de forma tão abrangente e com o volume de recursos aportados pelo governo federal no Rio Grande do Sul”, disse. “Na história do Brasil não tem nada paralelo que possa ser comparado com a ação do governo federal, não só no volume de recursos, mas no tempo de resposta”, concluiu.




Fonte: Agência Brasil

CNU 1: Governo convoca 3,9 mil aprovados para vagas em órgãos federais


O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) convocou, nesta terça-feira (25), 3.910 aprovados na primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 1), realizada em 2024, para preenchimento das vagas remanescentes e adicionais do certame.

Do total de 3.910 vagas, 1.977 são adicionais em relação às 6, 6 mil originais do CPNU 1, distribuídas para 21 órgãos federais. O incremento representa um adicional de 30% em relação ao total previsto inicialmente.

O restante das convocações (1.933) correspondem a vagas remanescentes que não foram preenchidas nas primeiras chamadas do processo seletivo.

>>>> Confira aqui a convocação dos aprovados para as novas vagas pelo Ministério da Gestão, por bloco temático

Cursos de formação

Dos 3.910 convocados hoje, 2.919 são para vagas imediatas e 991 deverão primeiro passar pelos cursos de formação, de acordo com edital específico, publicado no Diário Oficial da União. A etapa é eliminatória.

Posteriormente, serão publicados os editais específicos de cada curso de formação, nos quais constarão as datas de matrícula e de realização dos mesmos.

Próximos passos

A partir da publicação de convocação pelo MGI, cada órgão deverá nomear os ocupantes dos cargos listados. A portaria a ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), oficializa a lista dos candidatos nomeados e seus respectivos cargos.

Depois da nomeação, o candidato tem até 30 dias para tomar posse.  Em seguida, o servidor empossado tem 15 dias para se apresentar no órgão onde assumirá o cargo e entrar em exercício. Esse é o momento em que ele começa oficialmente suas atividades no serviço público.

Requisitos para tomar posse

Para assumir o cargo, é necessário atender a alguns requisitos básicos, como:

  • ser brasileiro ou português amparado pelo estatuto de igualdade entre brasileiros e portugueses;
  • estar em dia com as obrigações eleitorais e militares (para candidatos do sexo masculino);
  • ter a escolaridade exigida para o cargo;
  • ter idade mínima de 18 anos;
  • apresentar aptidão física e mental para o cargo;
  • declarar bens e valores patrimoniais, bem como o exercício ou não de outro cargo público;
  • não ser beneficiário do seguro-desemprego.

Alguns cargos possuem requisitos específicos como, por exemplo, antecedentes criminais. Além disso, qualquer órgão pode requisitar documentos adicionais para investidura no cargo.

Orçamento

O Ministério da Gestão esclarece que o preenchimento dessas vagas adicionais e remanescentes já foi autorizado e o valor das respectivas remunerações nas despesas de pessoal da administração pública federal já consta do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2026.

CNU 2024

O Concurso Público Nacional Unificado, em sua primeira edição, ofertou 6.640 vagas para 21 órgãos e entidades, que foram disputadas por 970.037 candidatos.

As provas da seleção em formato inédito no Brasil foram realizadas em agosto de 2024, em 228 cidades das cinco regiões brasileiras.

O chamado Enem dos Concursos buscou democratizar o acesso ao serviço público e promover diversidade na administração federal.

O mesmo modelo serviu de base para o CNU 2025, que está em andamento. A segunda edição conta com 3.652 vagas para 32 órgãos federais (ministérios, autarquias e fundações). A primeira fase objetiva já foi realizada e os classificados farão a segunda prova, em formato discursivo, no próximo dia 7 de dezembro.




Fonte: Agência Brasil

Menino é baleado na perna dentro de escola em operação policial no Rio


Um menino de 12 anos foi baleado nesta quarta-feira (26) dentro da Escola Municipal Hélio Smidt, no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, ele estava no pátio da unidade quando um tiro atingiu a perna esquerda. 

O menino foi atendido na Clínica da Família e encaminhado para o Hospital Getúlio Vargas, onde se encontra sob cuidados médicos e não corre risco de vida.

Segundo a Polícia Civil, a operação ocorreu depois que informações de inteligência indicaram movimentação de pessoas armadas no Complexo da Maré, preparadas para atacar uma comunidade rival.

Na sequência, segundo o comunicado da Polícia Civil, a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) iniciaram uma operação emergencial na região para “evitar um confronto que poderia fazer diversas vítimas inocentes”. A nota da polícia não menciona o menino baleado.

A polícia diz ter matado três pessoas apontadas como traficantes responsáveis pela segurança de um líder de facção criminosa. Outra pessoa foi presa e dois fuzis e pistolas apreendidos.

O Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio (COR-Rio) informou que a Linha Amarela, via expressa que conecta Zona Norte e Zona Oeste, teve interdições intermitentes nos dois sentidos.

O COR-Rio pediu que motoristas e passageiros aumentassem o cuidado ao trafegar pelas vias expressas e, se pudessem, escolhessem rotas alternativas. Também destacou que “as forças policiais possuem autonomia para realizarem fechamento de vias sem aviso prévio”.


Rio de Janeiro (RJ), 26/12/2025 - Vidro quebrado de janela atingida por arma de fogo aonde menino foi baleado dentro de escola em operação policial no Rio de Janeiro. Foto: Fogo Cruzado/Divulgação
Rio de Janeiro (RJ), 26/12/2025 - Vidro quebrado de janela atingida por arma de fogo aonde menino foi baleado dentro de escola em operação policial no Rio de Janeiro. Foto: Fogo Cruzado/Divulgação

Vidro quebrado de janela atingida durante operação policial no Rio de Janeiro. Foto: Fogo Cruzado/Divulgação

O Instituto Fogo Cruzado compartilhou nas redes sociais que pelo menos dois projéteis atingiram a janela de um dos prédios do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tiros também foram ouvidos no prédio do Centro de Tecnologia (CT). Não há relatos de feridos.

Em nota, a Polícia Militar disse que o Rondas Especiais e Controle de Multidões (RECOM) e o Batalhão Especializado em Policiamento nas Vias Expressas (BPVE) reforçaram o policiamento no entorno das comunidades da Maré. As vias foram temporariamente interditadas como medida de proteção à integridade física dos usuários.

*Matéria ampliada às 16h04 para incluir nota da Polícia Militar




Fonte: Agência Brasil