Quadrilha que furtou 775 transformadores é alvo de operação no RJ


Policiais civis da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) realizaram, nesta terça-feira (14), uma operação contra um grupo criminoso envolvido no furto de mais de 700 transformadores de energia elétrica da distribuidora de energia Enel, que atua em 66 dos 92 municípios fluminenses e atende a mais de 7 milhões de consumidores no estado do Rio de Janeiro.

Equipes cumpriram dez mandados de busca e apreensão em endereços na cidade do Rio de Janeiro, de Niterói e em municípios do estado de São Paulo.

Durante a ação, foram apreendidos transformadores da concessionária, além de documentos, mídias eletrônicas e outros bens que vão auxiliar nas investigações. A associação criminosa tinha um esquema estruturado, que consistia em furtar transformadores de grande porte da Enel e transportá-los para pontos de receptação em cidades de São Paulo, para realizar a comercialização dos equipamentos.

Entre 22 de junho e 10 de agosto de 2024, 775 aparelhos de energia elétrica foram furtados da companhia, em pelo menos oito sábados seguidos, quando havia menos funcionários de plantão. Os equipamentos eram colocados em carretas e seguiam para São Paulo. O prejuízo é estimado em mais de R$ 800 mil.

O depósito da Enel de onde foram retirados os transformadores fica no município de Itaboraí, região metropolitana do Rio de Janeiro. Lá, são armazenados equipamentos para distribuição e manutenção de energia elétrica, como postes, transformadores, cabos, medidores e peças.

Segundo as investigações, um funcionário da distribuidora de energia, que era responsável pela autorização de movimentação desses aparelhos, foi o principal articulador interno do esquema criminoso. O homem determinava a liberação dos transformadores em sábados previamente definidos e permitia a saída irregular dos equipamentos sem registro formal.

Para isso, dava ordens para um segundo funcionário, que liberava os equipamentos e assinava as notas de saída. Esse segundo homem era o elo entre os funcionários internos e os receptadores localizados em São Paulo e o responsável por coordenar as retiradas e pagamentos pelos transportes.

Um motorista confirmou ter realizado, desde setembro de 2023, o transporte de transformadores do depósito em Itaboraí para endereços situados em São Paulo, mediante pagamento por transferência bancária. Os transformadores eram então revendidos, a preços abaixo do custo.

Em nota, a Enel Distribuição Rio informou que a operação é um desdobramento das investigações iniciadas pela distribuidora em julho de 2024, quando a concessionária identificou o desvio de equipamentos por um funcionário. “Assim que tomou conhecimento do furto, a empresa desligou o funcionário envolvido nas irregularidades. Na ocasião, a Enel Rio acionou as autoridades policiais e, desde então, tem colaborado com as investigações.”

A distribuidora informou que permanece à disposição das autoridades para contribuir com o esclarecimento dos fatos.




Fonte: Agência Brasil

Aneel envia equipe ao Paraná para apurar origem de apagão


Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que enviará uma equipe técnica ao Paraná para apurar a origem do apagão que atingiu todas as regiões do país durante a madrugada desta terça-feira (14) 

De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a interrupção no fornecimento de energia teria sido causado por um incêndio na subestação Bateias, localizada no Paraná.

“A fiscalização da Agência se deslocará ainda hoje para realizar inspeção in loco na subestação afetada e averiguar as causas da interrupção, além disso serão instaurados processos de fiscalização para apurar a responsabilidade dos agentes envolvidos”, diz a nota divulgada pela agência reguladora.

O ONS informou ainda que a energia foi restabelecida nas regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste uma hora e meia após a queda. Na Região Sul, o fornecimento foi retomado duas horas e meia depois da ocorrência.

Problema técnico

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o apagão foi resultado de um problema na infraestrutura ocasionado pelo incêndio na subestação do Paraná, não tem relação com falta de energia.

“É importante que a população entenda o que acontece neste momento. Não é falta de energia. É um problema na infraestrutura que transmite a energia. Quando se fala em apagão, a gente sempre lembra aqueles tristes episódios de 2001 e de 2021 que, na verdade, aconteceram por falta de energia e falta de planejamento. Hoje, não. Hoje, nós temos muita energia”, disse em entrevista ao programa Bom dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).




Fonte: Agência Brasil

Fotógrafos se despedem da EBC após 45 anos na comunicação pública


Dois dos mais experientes profissionais do fotojornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Antonio Cruz e José Cruz, se despediram da empresa e de seus colegas, nesta terça-feira (14). Após mais de quatro décadas de trajetórias marcadas pelo compromisso com a notícia, a imagem e a memória do país, os irmãos se aposentam para dedicar mais tempo às famílias e aos sonhos pessoais.

Ambos começaram suas carreiras ainda na era da fotografia analógica, atravessaram transformações tecnológicas, cobriram momentos históricos e formaram gerações de novos profissionais. 

“Foram mais de 50 anos dedicados à profissão, 45 só na EBC, muitas vezes me dividindo entre dois empregos, trabalhando mais de 10 horas por dia. Agora, quero desacelerar um pouco e curtir mais os meus filhos”, afirma José Cruz, que teve passagens também pela Agência Senado e pelos jornais O Globo e Correio Braziliense.

Seu irmão, Antonio Cruz, planeja uma aposentadoria dividida entre a Bahia e o Distrito Federal.

“Minha esposa é de São Desidério (BA) e temos umas terrinhas lá. Quero criar uns animais, cuidar da terra, que é outra coisa que me dá muita satisfação”, explica. “Vou sentir muita falta do dia a dia do jornalismo, dos amigos que fiz pelo caminho, mas agora está na hora de focar nessa outra paixão”, completa Antonio, que dedicou 47 anos à EBC.


Brasília (DF), 14/10/2025 - O presidente da EBC, André Basbaum com os irmãos fotógrafos Antonio Cruz e José Cruz. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Brasília (DF), 14/10/2025 - O presidente da EBC, André Basbaum com os irmãos fotógrafos Antonio Cruz e José Cruz. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Presidente da EBC, André Basbaum, com os irmãos fotógrafos Antonio Cruz e José Cruz. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Homenagens

No último dia de expediente, os fotógrafos foram recebidos com homenagens e gratidão pelo presidente da empresa, Andre Basbaum, e ganharam abraços de despedida dos colegas. 

“Trabalhar com eles foi uma experiência marcante. Profissionais dedicados, experientes e generosos, eles sempre fizeram do ambiente de trabalho um espaço de aprendizado constante. O convívio era leve, cheio de histórias, bom humor e muito companheirismo”, elogia Joedson Alves, gerente-executivo de Imagem, Arte e Web da EBC.

“A trajetória dos dois é fundamental para entender a evolução da fotografia na EBC. Com olhares sensíveis e precisos, ajudaram a construir parte importante da memória visual do país, registrando momentos históricos e retratando o cotidiano brasileiro com verdade e sensibilidade”, complementa Alves.

Eles deixaram um legado de imagens que agora fazem parte do acervo histórico da instituição e que seguirão inspirando futuras gerações.

Trajetória

Antonio e José moravam em Ivolândia, interior de Goiás. Nessa época, o irmão mais velho, Adauto Cruz, já era fotógrafo em Brasília e trabalhava no Correio Braziliense. E foi Adauto que conseguiu, após algumas conversas, convencer Antonio a tentar a sorte na capital federal. O caminho, mais tarde, foi seguido por José.

Em Brasília, as primeiras chances recebidas foram nos laboratórios de revelação de fotos. Com o tempo, começaram a receber oportunidades também empunhando a câmera. O aprendizado veio todo a partir da prática, na base da tentativa e erro.

Os dois irmãos ingressaram na Agência Nacional e viram a empresa passar por várias transformações e nomenclaturas ao longo dos anos: Empresa Brasileira de Notícias (EBN), Radiobrás e, por fim, EBC.




Fonte: Agência Brasil

Um terço dos casos de violência política no RJ tem motivação de ódio


Um em cada três casos de violência política na região metropolitana do Rio de Janeiro tem motivação de ódio, ou seja, envolve questões como racismo, misoginia, homofobia e transfobia. A constatação está em um estudo  da organização da sociedade civil Observatório das Favelas, divulgado nesta terça-feira (14).

O levantamento aponta que de janeiro de 2022 a junho de 2025 houve no Grande Rio 267 casos de violência política, sendo 89 com motivação de ódio.

De acordo com o pesquisador Leandro Marinho, um dos autores da pesquisa, ao longo dos últimos anos, a política tem dado vazão para uma série de ódios que vêm sendo perpetrados e transformados em atos de violência política, “muito em função da ascensão da extrema direita no país”.

O estudo mostra ainda que, de 2022 para 2024, dobrou o número de ataques contra pessoas negras, passando de 17 para 30 casos.

“[O dado mostra um] padrão que é estrutural, histórico e recorrente de exclusão e silenciamento de lideranças políticas negras”, ressalta Marinho. Ele faz relação ainda com o aumento da presença de negros na política.

“Há uma relação entre o aumento de candidaturas negras e a maior vulnerabilidade dessas candidaturas”, pontua o pesquisador, que lembra o fato de as duas últimas eleições, 2024 e 2022, terem tido mais candidatos negros que brancos. Em 2024, 52,7% dos candidatos eram negros, segundo a Justiça Eleitoral.

De 2022 para 2024, a violência política contra brancos passou de 33 para 30 casos.

Agressão verbal

Os pesquisadores consideraram também como violência política a repressão a manifestações contra operações policiais. Entre os 267 casos de janeiro de 2022 a junho de 2025, os mais frequentes foram:

– agressão verbal: 15% dos registros

– repressão policial a manifestação política: 13%

– atentado contra a vida (não resultou em morte): 12%

– execução: 12%

– ameaça: 10%

– agressão física: 9%

– ameaça de morte: 8%

– ataque a manifestação política: 4%

– outros: 16%

Em 30% dos casos, o meio utilizado foi arma de fogo. Nesse período de três anos e meio aconteceram 33 atentados contra a vida e 31 execuções.

Agressores

Ao se debruçar sobre os dados relativos aos agressores dos casos de violência política, o Observatório das Favelas identificou que, entre os principais responsáveis estão:

– políticos: 59 registros

– policiais: 58

– grupos armados: 29

Dentre os atos cometidos por políticos, os mais comuns foram:

– agressão verbal: 19

– agressão física: 12

– ameaça: 9

Já nos cometidos por policiais, 44 dos 58 registros envolveram manifestação política:

– repressão a manifestação política: 35

– ataque a manifestação: 5

– prisão arbitrária na manifestação: 4

“É um dado que, sem dúvida, indica o quanto as instituições policiais são pouco afeitas à democracia, pouco preparadas para lidar com manifestações democráticas”, avalia o pesquisador Leandro Marinho.

Agência Brasil pediu comentários à Secretaria de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, mas a pasta respondeu que não comenta sobre os dados, “uma vez que não tem conhecimento sobre a metodologia utilizada para sua coleta”.

Período eleitoral

O estudo do Observatório das Favelas nota que há acirramento dos registros de violência política em período eleitoral, classificado pelos pesquisadores de junho a outubro dos anos em que há eleição.

Especificamente sobre a Baixada Fluminense – região que concentra municípios como Nova Iguaçu, Japeri, Queimados e Duque de Caxias – os pesquisadores têm dados desde 2015. Na região, foi possível identificar 65 execuções no período.

Fora do período eleitoral, há uma morte a cada 75,6 dias. Dentro do período eleitoral, ocorre um assassinato político a cada 22,5 dias. “À medida que as eleições se aproximam, o ritmo dos assassinados mais que triplicam”, frisa o documento.

Pesquisa

Para fazer o levantamento, os pesquisadores lançaram mão de casos noticiados pela imprensa. A pesquisa considerou violência política não só a cometida contra políticos eleitos e candidatos, mas também contra militantes, cabos eleitorais e lideranças comunitárias.

Os dados foram coletados na região metropolitana da capital fluminense ─ o que inclui a Baixada Fluminense, região com histórico de violência política ─ e a Baía de Ilha Grande, no litoral Sul do Rio de Janeiro, região que, de acordo com os pesquisadores, recebe influência da atividade de milícias.

O levantamento foi feito em parceria com o Laboratório de Estudos sobre Política e Violência (LEPOV) da UFF e o Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Sinal de alerta

O pesquisador João Trajano, coautor do estudo, pondera que “não dá para comparar, em termos de ofensividade, um homicídio, um atentado contra a vida e uma ofensa”. Mas, para ele, o estudo aponta um “sinal de alerta para a saúde e para o avanço da nossa democracia”, notadamente na política “miúda, do chão”, ou seja, mais longe da macro política, como no Congresso Nacional.

“Quando a gente junta todas essas dinâmicas e todas essas práticas, a gente percebe que existe uma lógica de atuação política totalmente contrária aos padrões liberais competitivos da política democrática”.

Rigor das instituições

O pesquisador do Observatório e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) André Rodrigues diz acreditar que um dos caminhos para diminuição da violência política no estado do Rio passa por mais rigor da Justiça Eleitoral na apuração de envolvimentos criminais de candidatos no âmbito da política municipal.

“Muitos cientistas políticos falam que as nossas instituições são fortes. De fato, do ponto de vista federal e alguns estados, sim. Mas quando a gente olha para a política local, elas são muito frágeis e muito contaminadas por essas lógicas, que ainda tem áreas de coronelismo, de clientelismo, de mandonismo”, avalia.

Rodrigues pede ainda ampliação do rigor para candidaturas de agentes de segurança pública. Ele nota que, atualmente, basta se licenciar que o agente pode disputar eleição e voltar ao cargo, se não for eleito.

“Uma quarentena para que o agente entre na política municipal, porque ele é um agente armado”, recomenda. “E o impedimento de que ele utilize o nome da sua atuação pública, seu cargo ou patente na urna para que esse capital de ser um agente armado do estado não seja convertido em capital político”, completa.




Fonte: Agência Brasil

Operação prende seis pessoas por adulteração de bebidas em São Paulo


A Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta terça-feira (14) seis pessoas por participarem de uma rede criminosa que adulterava e falsificava bebidas alcoólicas em várias cidades do estado. Um deles foi preso por porte ilegal de armas, além da falsificação. 

Durante a Operação Poison Source (fonte do veneno) foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão na capital paulista e nas cidades de Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara.

Segundo a delegada Leslie Caran Petrus, coordenadora da operação, as investigações iniciaram a partir de um flagrante que ocorreu há cerca de dez dias. Na ocasião, um dos maiores fornecedores de insumos e bebidas falsificados do Brasil foi detido.

“Ele vendia garrafas com rótulos, tampinhas intactas e lacres, praticamente impossível de identificar a falsificação. Depois, descobrimos quem adquiriu esses produtos e estamos indo atrás deles hoje”, explicou a policial.

A delegada explicou que os presos atuavam de forma associada, sabendo da falsificação. 

“Todos têm plena consciência de que falsificam a bebida e vendem por um valor bem abaixo do custo. Em alguns casos, eles adquirem as garrafas, os selos, os lacres falsificados da bebida e envasam com bebida de menor qualidade”.

Segundo ela, foram encontrados diversos pagamentos, conversas e envios dos insumos. Além disso, há indícios de que havia distribuição para outros seis estados.

Bebidas adulteradas

O delegado-geral de Polícia de São Paulo, Arthur Dian, disse que desses 20 locais, 13 tinham bebidas supostamente adulteradas. Segundo ele, em alguns desses locais já foram feitos testes preliminares e nos restantes os testes ainda serão feitos.

“Essa é mais uma operação que ocorreu diante das tantas que já fizemos. Foram mais de 12 estabelecimentos interditados e mais de 30 pessoas presas após os casos de intoxicação por metanol”, ressaltou.

A Operação faz parte das ações do gabinete de crise do Governo de São Paulo para combater casos de intoxicação por metanol e é coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), por meio da 1ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos da Divecar e com apoio da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe).




Fonte: Agência Brasil

Brasil não corre risco energético, garante Alexandre Silveira


O sistema elétrico brasileiro garante energia suficiente ao que é demandado no país, evitando risco dos chamados “apagões”. Eventos como o ocorrido nesta terça-feira (14) são, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, “pontuais e momentâneos” e têm, como origem, problemas técnicos ligados à infraestrutura do sistema – e não à falta de capacidade de geração.

Após participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Silveira disse ainda à Agência Brasil que o termo “apagão” sempre foi usado para referir-se tecnicamente a problemas de geração, como ocorreu em 2001, época em que o Brasil dependia bastante da energia gerada pelas hidrelétricas e passava por uma crise hídrica por escassez de chuvas que baixou perigosamente o nível de água das usinas. Aliado a isso, o país também passava por aumento no consumo de energia. Assim, para evitar o colapso do sistema de geração, o governo foi obrigado a adotar medidas de racionamento que duraram de junho de 2001 a março de 2002.

“Não é o caso agora”, garantiu Silveira.

Sistema interligado

Na época, como o sistema ainda não estava interligado, era comum situações de regiões que geravam muita energia, mas, por falta de conexão entre as linhas do sistema, não tinham condições de disponibilizar essa energia para outras regiões, onde os reservatórios estavam vazios.

Com a expansão da rede e a interligação do sistema, isso mudou, e a energia gerada a partir das usinas hidrelétricas que, graças às chuvas, tinham seus reservatórios cheios, passou a ser disponibilizada ao restante do país – em especial às regiões onde a seca acabava por esvaziar os reservatórios de outras hidrelétricas.

Alexandre Silveira lembrou que, em 2021, o país passou por uma situação similar, mas, no caso, foi por “falta de planejamento”.

Naquele ano, com a baixa dos reservatórios do país como um todo, a geração de energia a partir da matriz hidrelétrica foi sensivelmente prejudicada. Segundo o ministro, faltou, naquele ano, planejamento no sentido de garantir o atendimento à demanda a partir de usinas térmicas.

“Hoje, com o sistema interligado e [a ampliação e a contratação de] usinas térmicas, o Brasil não corre nenhum risco energético”, garantiu o ministro à Agência Brasil.

Apagão

Nesse sentido, ele reiterou que o termo correto para a falta de energia ocorrida hoje em vários estados não é, do ponto de vista técnico, “apagão”, ainda que este termo seja utilizado de forma coloquial.

“Apagão é um termo que se popularizou até por motivações políticas”, afirmou o ministro.

“Tecnicamente, ele se refere à ‘falta de capacidade de geração’ [para a demanda do país]. O que aconteceu foi uma interrupção pontual e momentânea do fornecimento por problema de origem técnica no sistema”, acrescentou ao lembrar que o problema durou “apenas” cerca de 1h30min.

ONS

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que à 0h32 desta terça-feira uma ocorrência no Sistema Interligado Nacional (SIN) provocou a interrupção de cerca de 10 gigwatts (GW) de carga, afetando os quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

Em nota, o ONS detalhou que a ocorrência teve início com um incêndio em um reator na Subestação de Bateias, no Paraná, desligando toda a subestação de 500 kilovolts (kV) e ocasionando a abertura da interligação entre as duas regiões. “No momento, a Região Sul exportava cerca de 5.000 MW para o Sudeste/Centro-Oeste”.

Normalidade

Segundo o ministro, o incidente na linha de transmissão afetou uma subestação fundamental à segurança energética do país. “Quando você tem uma perda de grande porte como essa, de 10 GW, em um momento em que o consumo estava em 72 GW, automaticamente, o sistema para”, explicou o ministro.

“E para que ele não caia no todo, vai interrompendo programadamente, de forma automática, parte de cada estado, até chegar à necessidade máxima necessária, diminuindo o impacto dos 10 GW, de forma a restabelecer [o fornecimento de energia] de forma programada. Foi isso o que aconteceu. Tudo dentro da normalidade do restabelecimento”, complementou Silveira.




Fonte: Agência Brasil

Polícia combate adulteração de bebidas em oito cidades de São Paulo


A Polícia Civil do Estado de São Paulo deflagrou, na manhã desta terça-feira (14), a Operação Poison Source – Fonte do Veneno. A meta é desmontar ações criminosas que envolvem a produção e comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol.

Foram expedidos 20 mandados de busca e apreensão, sendo sete em São Paulo e os demais nas cidades de Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara. Há 150 policiais nas ruas nesta ação.

Segundo o último boletim divulgado na noite dessa segunda-feira (13), o estado de São Paulo confirmou três novos casos de intoxicação por metanol nas cidades de Osasco, São Bernardo do Campo e na capital. São agora 28 vítimas. Cem casos continuam em investigação. Três mortes também estão em análise. Há cinco óbitos já confirmados por intoxicação de metanol em São Paulo.

Casos confirmados

O relatório do Ministério da Saúde, divulgado nessa segunda-feira, diz que o país tem 32 casos confirmados de intoxicação por metanol após ingestão de bebidas alcoólicas. São, ao todo, 181 ocorrências sob investigação em várias regiões do Brasil. Ao menos 320 suspeitas foram descartadas.

Além de São Paulo, com 28 vítimas de intoxicação, também há três no Paraná e uma no Rio Grande do Sul.

Há muitas suspeitas em todas as regiões do país: São Paulo (100), Pernambuco (43), Espírito Santo (nove), no Rio Grande do Sul (seis), Rio de Janeiro (cinco),  Mato Grosso do Sul (quatro), Piauí (quatro), Goiás (três), Maranhão (duas), Alagoas (duas), Minas Gerais (uma), Paraná (uma) e Rondônia (uma).




Fonte: Agência Brasil

Não precisaremos do horário de verão neste ano, diz Alexandre Silveira


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira (14) que o governo federal está “completamente seguro” de que o país não precisará retomar o horário de verão neste ano.

“O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico se reúne mensalmente para discutir a segurança energética nacional e a modicidade tarifária [princípio que garante cobrança de tarifas justas]. Chegamos à conclusão que, graças ao planejamento e ao índice pluvial dos últimos anos, estamos em condição de segurança energética completa e absoluta para este ano.

Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, Silveira lembrou que o Brasil é um país que depende naturalmente de suas hidrelétricas.

“Elas nos dão segurança energética e dependem das nossas térmicas. Por isso, estamos implementando e vamos, na próxima semana, lançar o leilão das térmicas.”

“O Brasil produz muita energia, em especial, com o advento das energias renováveis. São energias ainda intermitentes. Por isso, também estamos com uma expectativa muito grande de lançar, ainda este ano, nosso leilão de bateria. A gente vai literalmente armazenar vento. O vento vai ser armazenado através das baterias.”

“Através da bateria, vamos ter o sol até 22 horas armazenado. Energia solar armazenada em baterias. É um grande sistema que vem estabilizar o nosso sistema”, completou.

O ministro destacou que as chamadas energias intermitentes cresceram rapidamente não apenas Brasil, mas em todo o mundo.

“É um grande problema é não é um problema nacional, é um problema no mundo inteiro. Portugal, Espanha sofreram agora recentes apagões de longo prazo por causa dessa intermitências”.

“Mas o nosso sistema é muito robusto. Há um planejamento muito bem feito e nós estamos completamente seguros de que não precisamos do horário de verão neste ano.”

“O que não pode é faltar energia para o povo brasileiro. Por isso, teríamos coragem completa e absoluta, caso fosse necessário, independentemente das opiniões e das controvérsias sobre o horário de verão, de implementá-lo”, concluiu.




Fonte: Agência Brasil

Ministério de Minas e Energia e ONS se reúnem para discutir apagão


Representantes do Ministério de Minas e Energia e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) se reúnem às 11h desta terça-feira (14) para discutir o apagão registrado durante a madrugada em todos os subsistemas do país.

O encontro foi confirmado pelo próprio ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

“Agora, às 11h, é natural que a gente tenha dados mais apurados para poder passar para a imprensa. Mas o fundamental e importante foi o restabelecimento rápido do sistema e também – tão importante quanto – é que a gente agora, apurando o que causou o início do processo de apagão, possa evitar novos episódios.”

Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Silveira destacou que não houve falta de energia, mas um problema na infraestrutura ocasionado por um incêndio em uma subestação do Paraná. A informação foi confirmada mais cedo pelo ONS, por meio de nota.

No comunicado, o ONS detalhou que a ocorrência teve início com um incêndio em um reator na Subestação de Bateias, no Paraná, desligando toda a subestação de 500 kilovolts (kV) e ocasionando a abertura da interligação entre as duas regiões. “No momento, a Região Sul exportava cerca de 5 mil MW [megawatts] para o Sudeste/Centro-Oeste”.




Fonte: Agência Brasil

Incêndio em subestação provoca apagão na madrugada em todas as regiões


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que às 0h32 desta terça-feira (14) uma ocorrência no Sistema Interligado Nacional (SIN) provocou a interrupção de cerca de 10 mil megawatts (MW) de carga, afetando os quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte. 

Em nota, o ONS detalhou que a ocorrência teve início com um incêndio em um reator na Subestação de Bateias, no Paraná, desligando toda a subestação de 500 kilovolts (kV) e ocasionando a abertura da interligação entre as duas regiões. “No momento, a Região Sul exportava cerca de 5 mil MW para o Sudeste/Centro-Oeste”.

Ainda de acordo com o comunicado, na Região Sul, houve perda de aproximadamente 1,6 mil MW de carga. No Nordeste, a interrupção foi da ordem de 1,9 mil MW; no Norte, de 1,6 mil MW; e no Sudeste, de 4,8 mil MW.

“Assim que identificou a situação, o ONS iniciou ação conjunta com os agentes para restabelecer a energia nas regiões.”

“O retorno dos equipamentos e a recomposição das cargas se deu de maneira segura, logo nos primeiros minutos, sendo que, em até uma hora e meia, todas as cargas das regiões Norte, Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste foram restabelecidas. As cargas da Região Sul foram recompostas totalmente por volta de duas horas e meia após a ocorrência.”

Segundo o ONS, uma reunião com os principais agentes envolvidos na ocorrência está programada para hoje. Um outro encontro, definido como reunião preliminar de Análise da Perturbação, está previsto para ocorrer até a próxima sexta-feira (17).





Fonte: Agência Brasil