Tarcísio sanciona lei para regulamentar serviço de mototáxi em SP


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sancionou um projeto de lei estabelecendo que as prefeituras do estado de São Paulo terão autonomia para vetar ou regulamentar o transporte individual de passageiros por meio de motocicletas, também chamado de mototáxi. Aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador, a Lei 18.156 foi promulgada no dia 23 de junho de 2025 e publicada na edição de hoje (24) do Diário Oficial do estado.

Por essa lei, o serviço de mototáxi só poderá ser prestado mediante autorização e regulamentação por parte dos municípios. O transporte por motocicletas, geralmente intermediado por aplicativos, deverá então atender a requisitos específicos que serão definidos por cada prefeitura. “É facultada aos municípios, observados o interesse local e as peculiaridades de cada um, a regulamentação do serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros por motocicleta”, diz a legislação.

Caso o transporte seja autorizado, caberá ao motorista cumprir algumas condições como ter a Carteira Nacional de Habilitação na categoria A com indicação de atividade remunerada, apresentar a certidão negativa de antecedentes criminais e conduzir veículo que atenda aos requisitos de idade máxima e com características exigidas pela autoridade de trânsito e pelo poder público municipal. O motorista também deverá estar inscrito como contribuinte individual no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A lei também prevê a cobrança de tributos municipais pela prestação do serviço e estabelece a aplicação de multas em casos de descumprimento. “A exploração do transporte individual remunerado sem cumprir os requisitos estabelecidos nesta lei e nas regulamentações municipais será considerada atividade ilegal”, reforça o texto da nova norma, que deverá passar por revisão a cada cinco anos.

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Capital paulista

Por meio de nota, a prefeitura de São Paulo informou que o transporte remunerado de passageiros por motocicletas seguirá proibido na capital paulista por meio de um decreto municipal.

“A lei sancionada pelo governo de São Paulo chancela o caminho tomado pela prefeitura de São Paulo no sentido de proibir o serviço de mototáxi na cidade. A administração municipal tem atuado fortemente para evitar que seja oferecido um modal de transporte que se prova perigoso diante de acidentes que resultaram nas mortes de passageiros. O prefeito Ricardo Nunes reforça que os riscos de acidentes e mortes não poderiam deixar de ser uma preocupação dos responsáveis por legislar no Estado de São Paulo. A nova lei impõe regra básica em que cada município poderá ou não autorizar o transporte de passageiros por moto. Com isso, vidas serão salvas”, diz a administração municipal.

Há meses, a prefeitura de São Paulo e as plataformas de aplicativos travam uma disputa judicial sobre a permissão do serviço na cidade. Enquanto as plataformas recorrem a uma lei federal que autoriza a prestação do serviço do país, a prefeitura contrapõe tal liberação justificando os riscos aos usuários. Esse debate agora também está ocorrendo na Câmara Municipal de São Paulo.

De acordo com a prefeitura paulistana, somente em 2024 a cidade gastou cerca de R$ 35 milhões em cuidados ao trauma com pacientes vítimas de acidentes de moto, com 4.084 internações hospitalares na rede municipal de saúde. Neste ano, de 1º de janeiro a 9 de junho de 2025, foram registradas 6.209 ocorrências por acidentes envolvendo motocicletas.

No entanto, para a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), entidade que reúne empresas de tecnologia prestadoras de serviços como Uber e 99, a nova lei é inconstitucional.

“A sanção da Lei nº 18.156/2025 pelo governo do estado de São Paulo (24/06/2025), que dispõe sobre a obrigatoriedade de autorização e regulamentação dos municípios do estado para a utilização de motocicletas na prestação do serviço de transporte privado de passageiros, é inconstitucional e representa um grave retrocesso para a mobilidade, a geração de renda e a segurança jurídica em todo o estado”, diz a associação.

De acordo com a associação, a medida ainda pode gerar insegurança jurídica.

“Essa medida não apenas cria insegurança jurídica, mas afeta diretamente milhões de trabalhadores e usuários em todo o estado de São Paulo que, ao contrário dos outros estados brasileiros, podem ser proibidos de usar os serviços de motoapp. Atualmente, o modal está ativo em mais de 500 municípios paulistas e mais de 9 milhões de usuários já o utilizaram para realizar ao menos uma viagem, dos quais 5 milhões residem na região metropolitana de São Paulo. Em vez de fomentar o empreendedorismo e a inovação, a nova norma restringe o acesso à mobilidade e à geração de renda. Ao delegar aos municípios a prerrogativa de autorizar — ou, na prática, proibir — o transporte por aplicativo com motos, a lei viola frontalmente a Constituição Federal, que garante a livre iniciativa (art. 1º, IV) e reserva à União a competência exclusiva para legislar sobre trânsito e transporte (art. 22, XI)”, diz a nota da entidade.

A Amobitec informou que vai avaliar todas as medidas judiciais cabíveis “para defender o direito ao trabalho, à mobilidade e à inovação no estado de São Paulo”.




Fonte: Agência Brasil

Campina Grande sedia evolução do maior São João do mundo


O Parque do Povo, palco de uma das maiores festas juninas do Nordeste, em Campina Grande, na Paraíba, espera receber milhares de pessoas neste dia de São João (24) – o ápice da festa – para shows com grandes nomes do forró como Waldonys, Ton Oliveira e Geraldo Azevedo.

O espaço tem capacidade diária para 76 mil pessoas e é fechado quando atinge a lotação máxima, o que deve ocorrer nesta terça-feira, feriado na cidade. No entanto, nem sempre o autointitulado maior São João do Mundo foi uma festa popular tão gigantesca quanto nos dias de hoje.

Assim como era comum em várias cidades do Nordeste, Campina Grande, situada no Planalto da Borborema, a uma altitude de 580 metros acima do nível do mar e distante 126 quilômetros da capital João Pessoa, mantinha até meados dos anos 80 uma festa junina de caráter comunitário, realizada de maneira orgânica pelos moradores, que se reuniam em frente às suas casas com fogueiras acesas, ruas decoradas e a apresentação improvisada de grupos de forró em palhoções.

Em 1983, a prefeitura de Campina Grande assumiu a festa, mas a celebração ainda era modesta, improvisada em uma palhoça na região conhecida como Coqueiros de Zé Rodrigues.


Campina Grande (PB), 15/06/2025 – A banda Cavalo de Pau durante apresentação no palco principal da festa de São João, no Parque do Povo, em Campina Grande. Tomaz Silva/Agência Brasil
Campina Grande (PB), 15/06/2025 – A banda Cavalo de Pau durante apresentação no palco principal da festa de São João, no Parque do Povo, em Campina Grande. Tomaz Silva/Agência Brasil

 Banda Cavalo de Pau deu show em Campina Grande – foto – Tomaz Silva/Agência Brasill

Três anos depois, em 1986, o então prefeito Ronaldo Cunha Lima decidiu profissionalizar os festejos, transformando Campina Grande na sede do maior São João do Mundo. Foi em sua gestão que o Parque do Povo foi construído, uma área que à época possuía 27 mil metros quadrados.

Naquele tempo, a festa tinha um calendário estendido, indo além dos dias em que eram comemorados Santo Antônio, São João e São Pedro. “Não existe nada igual no Brasil, porque são 30 dias de festa ininterrupta, com a participação dos campinenses de todas as camadas sociais”, disse um ex-prefeito em entrevista em 1986.

Hoje, o evento se estende por 38 dias (de 30 de maio a 6 de julho), atraindo mais de 3,5 milhões de pessoas e movimentando cerca de R$ 740 milhões. O Parque do Povo continua sendo a arena principal. Em 2024, o espaço passou por uma expansão, incorporando o vizinho Parque Evaldo Cruz. Com isso, a área da festa cresceu 7.500 m² e atingiu quase 40 mil m².

Diferente do que acontece em outras festas juninas pelo país, o espaço do Parque do Povo é cercado, embora com entrada gratuita. A estrutura lembra um grande festival de música, com palco principal, palcos paralelos, áreas para apresentações de quadrilhas juninas e uma decoração que encanta. O parque também conta com uma ampla praça de alimentação, com restaurantes renomados na cidade e barracas de ambulantes cadastrados, totalizando mais de 400 pontos comerciais. Há, como é comum em festivais hoje, a presença de estandes de marcas dos mais diversos produtos.

Os patrocinadores da festa buscam chamar a atenção do público com jogos e distribuição de brindes entre um forró e outro.

Quem já se divertiu no Parque do Povo no passado estranha a proporção que a festa tomou. É o caso do casal de aposentados Valmir França e Carmem França, moradores de Recife, que decidiram retornar a Campina Grande 30 anos depois do último São João passado na cidade. “Eu acho que está tudo bem organizado, é uma estrutura muito bem montada, mas 30 anos atrás, quando a gente veio, não tinha nada. É uma diferença enorme”, afirmou Valmir.

Outro personagem que presenciou as transformações do São João de Campina Grande ao longo dos anos é o empresário José Ventura Barbosa, dono da Bodega do Ventura, restaurante que, desde 1994, tem presença garantida no Parque do Povo.

“Quando eu comecei aqui, a gente vendia em barracas de lona de 5×5 metros, depois de 10×10. A festa cresceu e crescemos com ela. Hoje, para ter essa estrutura aqui com decoração e móveis, para erguer isso aqui o investimento básico é de R$ 50 mil”, pondera.

Vendas em alta

O investimento, segundo ele, vale a pena. O restaurante, que serve comidas típicas e tem o bode como carro-chefe no cardápio, tem capacidade para receber 160 clientes. A festa segue até o fim de junho, mas Ventura diz que as vendas estão melhores do que no ano passado. Prova disso é que sua equipe precisou de reforço, com 15 contratações para o período da festa junina.

Entre os funcionários que integram a equipe está Kainã Garcia, autônomo que tem trabalho garantido até 6 de julho como garçom na Bodega do Ventura. Seu último trabalho havia sido no mesmo local, no São João de 2024.

Com a escassez de trabalho temporário e sem perspectiva de algo fixo, ele garante que conta com o dinheiro do São João como certo. “A gente brinca aqui que, em janeiro e fevereiro, a gente já pode pedir dinheiro emprestado porque sabe que vai poder pagar em junho.” E não poder curtir a festa, para ele, não é problema: “Entre ganhar dinheiro e gastar, a gente prefere ganhar!”

Outra mudança significativa ao longo dos últimos anos foi a musical. O forró, embora ainda seja o gênero predominante em Campina Grande, agora divide seu reinado com outros ritmos. A programação deste ano na cidade incluiu desde a música eletrônica do DJ Alok, o brega de Priscila Senna e Raphaela Santos, o calypso de Joelma, o trap de Matuê e o rap de Hungria, que se apresentarão até o fim da programação. Há quem reclame da perda de hegemonia do forró e também dos cachês milionários pagos a artistas com renome nacional, mas há outros, principalmente os mais jovens, que aprovam a incorporação de novos ritmos.

“Eu acho que o São João é uma festa popular, tem espaço para o que é música popular no geral, não importa o gênero. Seja rock, pop, reggae, não importa”, argumenta o administrador Mateus Ernesto.

Nos palcos menores da festa, espalhados pelo Parque do Povo, artistas e músicos locais com cachês bem inferiores aos das grandes estrelas disputam a atenção do público.


Campina Grande (PB), 15/06/2025 – Quadrilha infantil se apresenta na festa de São João, no Parque do Povo, em Campina Grande. Tomaz Silva/Agência Brasil
Campina Grande (PB), 15/06/2025 – Quadrilha infantil se apresenta na festa de São João, no Parque do Povo, em Campina Grande. Tomaz Silva/Agência Brasil

Crianças participam de quadrilha na Paraíba  – Foto – Tomaz Silva/Agência Brasil

Música

Junto com os colegas do Trio Forrozão Sem Frescura, a cantora Jussara Damião, moradora de Queimadas, município da região metropolitana de Campina Grande, começou seu show chamando os presentes para dançar, sem esquecer de agradecer à prefeitura de Campina Grande.

Segundo ela, os cachês poderiam ser melhor divididos, mas mesmo assim estava feliz pela agenda cheia. No total, o trio fará oito apresentações no Parque do Povo até o fim da festa no começo de julho.

“As coisas podiam melhorar um pouco, mas todo ano pelo menos dão oportunidade pra gente. Aqui em Campina Grande somos mais valorizados do que na nossa cidade”, explicou.

Entre moradores de Campina Grande e turistas de todo o Brasil que vieram à cidade para curtir a festa, há aqueles que veem o evento para além da diversão e de seu tamanho gigantesco. São avós e pais que tentam passar para netos e filhos o valor da tradição e da reafirmação da identidade nordestina que pulsa mais forte nesta época do que em qualquer outra ao longo do ano.

Quem circula pelo Parque do Povo encontra casais, grupos de amigos e muitas famílias. Elas estão presentes nos shows e nas arquibancadas durante as apresentações das quadrilhas juninas multicoloridas que deixam o público de olhos vidrados. A bióloga Juliana Soares, que cresceu em uma casa onde o São João sempre foi levado a sério, fez questão que a filha Maria Laura, de cinco anos, participasse da quadrilha junina infantil que se apresentou no Quadrilhódromo, local para as apresentações das quadrilhas dentro do Parque do Povo.

“Quando a gente vem com criança, a gente quer passar isso também, passar essa tradição pra frente, para que ela [a criança] tenha orgulho de ser nordestina. Que possa sempre dizer: ‘Eu vim do Nordeste, eu amo minha cultura, eu amo a minha raiz”.

*A equipe viajou a Campina Grande a convite da Petrobras




Fonte: Agência Brasil

Temperatura cai no Rio, com ventania e mar de ressaca


O Sistema Alerta Rio prevê mudança no tempo para esta terça-feira (24) no Rio de Janeiro, com a chegada de uma frente fria e ressaca no mar. O céu ficará nublado a encoberto, com chuva fraca a moderada, com rajadas de vento forte. A temperatura entrará em declínio, com a temperatura máxima chegando aos 26º Celsius (º C), com queda de 10º C em relação ao dia anterior.

Nessa segunda-feira (23), o céu ficou claro com sol forte. A temperatura máxima atingiu 35,3ºC às 14h, na estação Barra da Tijuca/ Riocentro. A mínima, de 17º C foi registrada na estação da Base Aérea do Campos dos Afonsos, também na zona oeste da cidade.

Alerta

A Marinha do Brasil emitiu aviso de ressaca para o litoral do Rio, entre a cidade de Paraty, na Costa Verde, e Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, devido à passagem de uma frente fria pelo oceano. De acordo com o boletim, a ressaca deve trazer ondas que podem atingir entre 2,5 metros e 3 metros de altura, com possibilidade de ventos fortes na direção Sudoeste para Este.

A Marinha recomenda que os pescadores tenham atenção redobrada e evitem a navegação em áreas com ressaca. Os banhistas devem evitar entrar no mar nessas áreas com e seguir as orientações das equipes do Corpo de Bombeiros.

A população deve ainda evitar atividades como a pesca em áreas de rochedo e esportes aquáticos.

É importante ressaltar que a ressaca pode trazer transtornos como inundações em áreas próximas à costa, além de riscos para a segurança de pessoas e embarcações.




Fonte: Agência Brasil

DR com Demori: Renata Mielli defende soberania tecnológica digital


O próximo programa DR Com Demori recebe a jornalista Renata Mielli, coordenadora do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), órgão responsável por estabelecer as diretrizes estratégicas da rede mundial de computadores no país. Na entrevista, Renata Mielli fala sobre regulação de plataformas de redes sociais, soberania tecnológica digital, o impacto dos algoritmos e a influência das big techs e do governo dos Estados Unidos nos processos eleitorais. A atração vai ao ar nesta terça-feira (24), às 23h, na TV Brasil.

“Todo o design, arquitetura e a retórica dessas grandes empresas que hoje dominam o capitalismo é para passar para a sociedade que elas são empresas neutras que facilitam a vida das pessoas”, afirma Renata Mielli, que na conversa dá exemplos de como essas instituições podem atuar contra a democracia, a saúde e o bem-estar das pessoas.

Na avaliação da jornalista, embora o termo algoritmo tenha se popularizado, falta compreensão sobre o que realmente está por trás dele. “A palavra algoritmo passou a estar mais presente no vocabulário das pessoas, mas elas não têm a dimensão do que eles são de fato, como funcionam e o porquê de eles existirem […] Essa compreensão de que na verdade esse algoritmo nos transforma em uma mercadoria é que as pessoas não têm de forma tão clara”, diz.

A entrevista também alerta para o papel das big techs – como Google, Meta e X – no cenário político internacional e a relação cada vez mais estreita entre muitas dessas empresas e o governo dos Estados Unidos.

“Há uma mudança de qualidade no alinhamento político dessas big techs com o governo estadunidense. Isso tem se refletido em outros países, em como essas empresas e o próprio governo dos Estados Unidos vão interferir em processos eleitorais […] Nós temos uma eleição aqui no Brasil em 2026 e precisamos ficar muito preocupados com isso”, aponta Renata Mielli.

O DR com Demori também está disponível, na íntegra, no YouTube e no aplicativo TV Brasil Play. O programa ainda é transmitido em áudio, simultaneamente, na Rádio MEC, e as entrevistas ficam disponíveis em formato de podcast no Spotify.

Sobre o programa

O programa Dando a Real com Leandro Demori, ou simplesmente DR com Demori, traz personalidades para um bate-papo direto e aprofundado na tela da TV Brasil. Já passaram pela mesa nomes como o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, a deputada federal Erika Hilton, a cantora Zélia Duncan e o fundador da banda Pink Floyd, Roger Waters.

Ao vivo e on demand

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: https://tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar.

Serviço

DR com Demori – Renata Mielli
Terça-feira, 24 de junho, às 23h, na TV Brasil e Rádio MEC.
Quarta-feira, 25 de junho, às 4h30, na TV Brasil.




Fonte: Agência Brasil

Agência Brasil é premiada nos +Admirados da Imprensa do Agronegócio


 A Agência Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ficou entre as três agências de notícias mais admiradas do Prêmio +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2025, organizado pela publicação Jornalistas&Cia.

Foram premiadas também a Agência de Notícias da Embrapa, primeira colocada, e a Broadcast Agro/Agência Estado, terceira colocada.

No evento, realizado na noite desta segunda-feira (23) em São Paulo, foram premiados e homenageados 52 jornalistas do setor e 25 veículos de comunicação.

A premiação está em sua quinta edição, reconhecendo o trabalho de jornalistas e veículos na cobertura das notícias sobre o setor agropecuário a partir da avaliação dos demais colegas de profissão.

Na edição deste ano, teve a estreia do Troféu Revelação do Ano, junto com o Troféu de Contribuição à Imprensa do Agro.





Fonte: Agência Brasil

Miliciano Zinho é mantido em presídio de segurança máxima, em Brasília


O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco), obteve decisão judicial que mantém o miliciano Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, em presídio federal de segurança máxima, em Brasília (DF). A decisão é do Juízo da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio de Janeiro.

Zinho já foi o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro. Ele se entregou no dia 24 de dezembro de 2023, na Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Antes, ele estava foragido desde 2018. Zinho comandou ações criminosas que pararam a zona oeste da capital com mais de 30 ônibus queimados.

A pedido do MPRJ, em fevereiro de 2024, o miliciano foi transferido para o sistema penitenciário federal, com base em sua periculosidade e no risco que sua presença representava ao sistema carcerário estadual. Ele responde a diversas acusações, entre elas homicídio, constituição de milícia, extorsão, porte ilegal de arma de fogo, ocultação de cadáver e organização criminosa. O miliciano possui 23 anotações criminais e exerce papel central na organização criminosa atuante na zona oeste do Rio de Janeiro, com histórico de violência, repressão armada e dominação territorial.

De acordo com informações da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Sistema Penitenciário, a presença de Zinho no sistema prisional fluminense “poderia desestabilizar a ordem interna nas unidades prisionais do Estado e facilitar a articulação de atividades criminosas externas”.




Fonte: Agência Brasil

PF fiscalizará atividades de CACs a partir do dia 1º de julho


A Polícia Federal (PF), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), assumirá, a partir de 1º de julho, a responsabilidade pelo registro das licenças, controle e fiscalização das atividades de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs). Atualmente, os CACs estão sob responsabilidade do Comando do Exército.

Entre as atribuições que passarão à Polícia Federal estão:

  • Registro de pessoas físicas e jurídicas para o exercício das atividades de colecionamento, tiro desportivo e caça excepcional;
  • autorização para compra e transferência de armas;
  • fiscalização das atividades exercidas por Cacs;
  • concessão de guias de tráfego;
  • fiscalização e controle do comércio varejista de armas para pessoa física.

Até o mês passado, 600 servidores da PF já foram qualificados para assumir as atividades que ainda são coordenadas no âmbito militar.

Ao todo, serão criadas 123 delegacias de controle de armas nas capitais das 27 unidades da federação e em 96 Núcleos de Controle de Armas em delegacias federais no interior do país.

Democratização de dados

A Polícia Federal (PF) anunciou, nesta segunda-feira (23), que está desenvolvendo um painel de Business Intelligence (BI) para trazer mais transparência aos dados estatísticos de processos relacionados a Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs).

O objetivo é centralizar informações sobre as atividades relativas aos CACs. A nova ferramenta deverá apresentar de forma clara e acessível dados sobre registros, tipos de armas mais comuns, quantidade de armas, número de vistorias realizadas, autuações e apreensões, entre outros.

Relembre

A substituição do Exército Brasileiro pela Polícia Federal já havia sido determinada no Decreto nº 11.615, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em julho de 2023.

O decreto regulamentou o Estatuto do Desarmamento e estabeleceu que as atribuições de autorização, registro e fiscalização de armas de CACs deveriam passar do Exército para a Polícia Federal.

A legislação também estabeleceu as regras para aquisição, registro, posse, porte, cadastro e à comercialização nacional de armas de fogo, munições e acessórios.

A lei ainda detalha as normas para as atividades de caça, de tiro desportivo e de colecionamento de armas de fogo, munições e acessórios. Por fim, trata do funcionamento das entidades de tiro desportivo e da estruturação do Sistema Nacional de Armas (Sinarm).

A transição progressiva de competências dos registros de CACs do Comando do Exército para a Polícia Federal foi estabelecida em Acordo de Cooperação Técnica (ACT), publicado em 19 de setembro de 2023. À época, o documento foi assinado pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino, e pelo ministro da Defesa, José Múcio.

O primeiro termo aditivo a esse acordo, publicado no Diário Oficial da União em 27 de dezembro, e assinado pelos ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da Defesa, José Múcio Monteiro, definiu a data de 1º de julho de 2025 para o início da fiscalização pela Polícia Federal.

Em maio, o Ministério da Justiça destinou R$ 20 milhões para a Polícia Federal assumir a fiscalização de colecionadores, atiradores esportivos e caçadores (CACs).




Fonte: Agência Brasil

Inmet emite alerta laranja para queda de temperatura em vários estados


O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja para os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, parte de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rondônia e São Paulo em razão das baixas temperaturas. O alerta laranja, que indica perigo, está em vigor até o fim de terça-feira (24). 

De acordo com o instituto, a previsão é de um declínio maior do que 5º C, com risco à saúde. O alerta abrange quase 2 mil municípios. O Inmet ressalta ainda que a frente fria deve provocar chuvas em áreas entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e o sul de Mato Grosso do Sul e a faixa sul de São Paulo.  

Neve

A frente fria e a condição para chuva mantêm a expectativa de ocorrência de neve localizada nas áreas das serras gaúcha e catarinense, entre a noite desta segunda-feira (23) e a manhã de terça.




Fonte: Agência Brasil

“Pior momento desde 1984”, diz prefeito de cidade gaúcha sobre chuvas


Após quase duas semanas de chuvas praticamente ininterruptas, os moradores de Jaguari (RS) voltaram a ver o sol na manhã desta segunda-feira (23).

Localizada na região Central do estado, a cerca de 400 quilômetros de Porto Alegre, a cidade de cerca de 11 mil habitantes é uma das que mais sofreram estragos decorrentes das chuvas das últimas semanas, sendo, até o momento, o único município gaúcho a ter decretado estado de calamidade pública.

“Nossas equipes técnicas estão fazendo um levantamento para conseguirmos dimensionar o tamanho dos estragos e dos prejuízos, mas o que estamos enfrentando é assustador. Principalmente na área rural”, disse o prefeito Igor Tambara à Agência Brasil.

Segundo ele, as consequências das chuvas, da cheia do Rio Jaguari e da enchente que assolou o município são as piores enfrentadas pelo município nos últimos 40 anos – pior ainda do que a situação de maio de 2024.

“Em 1984, o nível do rio subiu mais que desta vez e tivemos uma enchente que destruiu muitas casas em áreas alagadiças, sendo o momento mais desafiador que Jaguari já enfrentou, mas passado aquele momento, este é o pior em termos de inundações, de destruição e de prejuízos. Principalmente porque, ao contrário de 2024, quando o nível do rio subiu um pouco mais que agora, não houve a enxurrada que, desta vez, atingiu locais que nunca tinham atingidos”, afirmou Tambara, elencando os estragos já verificados.

“Muitas pontes e pontilhões foram arrastados pela força das águas. Temos aproximadamente mil quilômetros de estradas rurais e podemos dizer que 80% delas estão intransitáveis. Há locais em que a força da água levou calçamentos, derrubou muros, entrou nas casas”, descreveu o prefeito, contando que há residências da área central da cidade onde, após os moradores conseguirem tirar toda a água, restou quase um metro de areia.

Desabrigados

Moradores de ao menos 300 casas atingidas tiveram que deixar suas casas.

“Entre desabrigados e desalojados, estimamos que há ao menos 1,2 mil pessoas, mas é difícil precisar este número porque como a cidade é pequena e as pessoas se conhecem, é mais fácil que alguém que precise deixar sua casa vá direto para a de um parente ou amigo sem que a Defesa Civil tome conhecimento.”

Embora ainda estejam levantando os estragos, os técnicos da prefeitura estimam que serão necessários ao menos R$ 20 milhões apenas para reparar a infraestrutura destruída e auxiliar emergencialmente as famílias afetadas que precisem de ajuda.

“Essa quantia é o mínimo de que vamos precisar para reconstruirmos pontes, pontilhões, bueiros, ruas, estradas que estão inacessíveis e casas afetadas. Vamos passar dos R$ 20 milhões e esperamos que os governo estadual e federal nos ajudem, ou não teremos condições de recuperar o município”, acrescentou Tambara, afirmando que, em breve, apresentará às Defesas Civis estadual e nacional um plano de trabalho com as obras necessárias.

“Além de reconstruirmos o que foi destruído, precisamos dar uma resposta às pessoas. Não podemos achar que é normal, em 12 meses, a água entrar na casa delas em três diferentes momentos. Estamos fazendo estudos técnicos junto com uma empresa de engenharia com know-how [experiência] para verificarmos algumas opções, como a construção de diques e obras [de desassoreamento do rio] para aumentar a cota de inundação [próximo à cidade]”, concluiu Tambara.

Estado

Cento e trinta e dois dos 497 municípios gaúchos já comunicaram à Defesa Civil estadual que registraram algum dano ou transtorno em decorrência das chuvas das últimas semanas.

Quatro mortes foram confirmadas nas cidades de Aratiba, Nova Petrópolis, Sapucaia do Sul e Candelária, onde um homem está desaparecido desde a última terça-feira (17). Até o momento, as autoridades tratam um quinto óbito, ocorrido em Santa Terreza, na Serra Gaúcha, como um acidente de trânsito não ocasionado pelas chuvas.

Até as 9h de hoje, a Defesa Civil estadual já contabilizava ao menos 6.258 pessoas desalojadas e outras 1.071 desabrigadas em todo o estado. É considerado desalojado quem teve que deixar o local onde mora e ir temporariamente para a casa de parentes ou amigos, hotéis ou pousadas. Já os desabrigados são aqueles que precisaram ir para abrigos públicos ou instituições assistenciais.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma frente fria atua sobre a Região Sul do país provocando mais chuvas entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e o sul do Mato Grosso do Sul e a faixa sul de São Paulo.

Até a tarde desta terça-feira (24) há um alerta de perigo para ventos costeiros em grande parte do litoral riograndense, inclusive na região metropolitana de Porta Alegre.

A ocorrência de temporais deve voltar a ser registrada no Rio Grande do Sul e no Paraná e os termômetros devem cair ainda mais com condições de geada para toda a Região Sul, podendo se estender a algumas regiões do Mato Grosso do Sul e de São Paulo.




Fonte: Agência Brasil

Conab leva 68 toneladas de alimentos a atingidos por enchentes no RS


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entregou 4 mil cestas básicas, o equivalente a 68 toneladas de alimentos oriundos da agricultura familiar, a famílias atingidas pelos temporais registrados no Rio Grande do Sul.

Em nota, a entidade informou que instalou uma sala de situação na região com o objetivo de organizar e executar ações de ajuda humanitária. A proposta é integrar esforços do governo federal para atender a população atingida.

Cada cesta básica, de acordo com a Conab, contém um total de 17 quilos de alimentos, incluindo arroz, feijão, macarrão, farinha de milho e melado.

As primeiras unidades foram entregues ao Centro Humanitário do Bairro Caju, em Nova Santa Rita, que acolhe cerca de 50 pessoas e oferece estrutura para preparo de refeições, abrigo para animais e lavanderia.

Outra parte das cestas foi destinada à Central de Abastecimento das Cozinhas Solidárias do Estado, criada durante as enchentes de 2024, na sede do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre.

Defesa civil

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou a quarta morte provocada pelas chuvas que atingem o estado. O corpo de um homem, de 59 anos, que estava desaparecido, foi localizado dentro de um veículo nas águas do Rio Dourado, em Aratiba.

A informação também foi confirmada pela prefeitura da cidade e pelo Corpo de Bombeiros Militar.

“As autoridades que estão apurando as circunstâncias do óbito consideram a possibilidade que o veículo tenha sido arrastado na quinta-feira (19), quando tentava cruzar uma ponte”, informou a chefe da Comunicação Social da Defesa Civil estadual, Sabrina Ribas.

De acordo com o boletim divulgado na manhã desta segunda-feira (23), uma pessoa segue desaparecida e 132 municípios já reportaram algum tipo de dano em decorrência dos temporais e enchentes.

A cidade de Jaguari decretou estado de calamidade pública e outros 21 municípios estão em situação de emergência.

Desde o início das chuvas, 733 pessoas foram resgatadas e 139 animais foram retirados de áreas de risco. Atualmente, 6.258 pessoas permanecem desalojadas.

Previsão

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma frente fria atua sobre a Região Sul, provocando mais chuvas entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e o sul do Mato Grosso do Sul, além da faixa sul de São Paulo.

Até a tarde desta terça-feira (24), há um alerta de perigo vigente para ventos costeiros em grande parte do litoral riograndense, inclusive na região metropolitana da capital Porto Alegre.

Segundo o Inmet, a ocorrência de temporais deve voltar a ser registrada no Rio Grande do Sul e no Paraná e os termômetros devem cair ainda mais, com condições de geada para toda a Região Sul, podendo se estender a algumas regiões do Mato Grosso do Sul e de São Paulo.

A previsão é que a massa fria comece a perder força gradativamente a partir da próxima quarta-feira (25).




Fonte: Agência Brasil