Chuva de meteoros Orionídeas poderá ser vista em todo país; saiba mais


Esta semana será o melhor momento para assistir à chuva de meteoros Orionídeas que iluminará o céu em diversas partes do planeta. No Brasil, o fenômeno poderá ser visto de qualquer região. De acordo com o Observatório Nacional (ON), a chuva Orionídeas terá o pico de observação nas noites de terça-feira (21) para quarta-feira (22) e de quarta-feira para quinta-feira (23).

O melhor horário para observação é da meia-noite ao amanhecer. O Observatório classifica a visibilidade como “excelente” em todo o território.

De acordo com o astrônomo Marcelo De Cicco, a chuva terá característica de meteoros extremamente rápidos ─  que podem chegar a 66 quilômetros por hora ─, brilhantes e que deixam trilhas luminosas no céu. De Cicco coordena o Projeto Exoss, uma rede colaborativa que estuda meteoros e é apoiada pelo Observatório Nacional.

O nome Orionídeas é referência à constelação de Órion, de onde os meteoros parecem “nascer” perto da estrela Betelgeuse. A constelação leva o nome do mito grego de Órion, um gigante caçador. É uma das constelações mais conhecidas e facilmente identificável no céu noturno: seu centro é marcado por três estrelas brilhantes, as Três Marias. No entanto, os meteoros podem surgir em qualquer parte do céu.

“O radiante em Órion é visível de norte a sul, com leve vantagem nas regiões  Norte e Nordeste, onde ele sobe mais alto. Mesmo no Sul, é um show garantido”, divulga o Exoss.

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Como acompanhar a chuva de meteoros

O pico de visualização da Orionídeas coincide com a Lua Nova, apenas 2% iluminada e se pondo cedo. Isso faz com que o céu fique escuro a noite toda, facilitando a observação. No momento mais movimentado, sob condições ideais, os observadores esperam ver de 15 a 20 meteoros por hora. De acordo com o Observatório, não é preciso equipamento especial nem conhecimento específico para acompanhar o fenômeno.

“Recomenda-se que o observador procure um local escuro, se possível afastado das grandes cidades, para evitar a poluição luminosa. Além disso, deve-se apagar as luzes em volta”, orienta. Outro fator imprescindível é que o tempo esteja bom.

A Nasa, agência espacial americana, acrescenta que, em menos de 30 minutos no escuro, os olhos se adaptam e facilitam a observação. “Seja paciente, a tempestade dura até amanhecer, tem muito tempo para captar”, afirma.

O que são chuvas de meteoros?

As chuvas de meteoros são vestígios da passagem de cometas, que deixam detritos (meteoroides) à deriva no espaço. O brilho assistido da Terra é quando essas rochas entram em altíssima velocidade na atmosfera terrestre e se desintegram.

Ao enfrentar a resistência do ar, o meteoroide sofre a ablação (queima), o que forma um rastro brilhante. Quando são muitos, formam uma chuva.

Isso acontece quando o planeta passa por uma dessas zonas de detrito. No caso da Orionídeas, os detritos são originários do cometa Halley, que circula pelo sistema solar e passa a cada 75-76 anos pela Terra.

A passagem do Halley provoca duas chuvas de meteoro: uma no segundo semestre, de 2 de outubro a 12 de novembro ─ quando a Terra atravessa a parte mais densa e empoeirada desses detritos ─ e outra, em maio (Eta Aquariids).

Rápidos e brilhantes

Os meteoroides são geralmente pequenos, desde partículas de poeira até pedregulhos. Eles quase sempre são pequenos o suficiente para queimar rapidamente na atmosfera.

De acordo com a agência espacial americana, a Nasa, além das trilhas que duram de segundos a minutos, os meteoros mais rápidos podem criar o efeito de “bola de fogo”.

Quando um fragmento de rocha espacial resiste à entrada na Terra e chega à superfície, passa a ser chamado meteorito.

Estudo

Além de um show para os amantes da observação do espaço, chuvas de meteoros têm utilidade científica. O Observatório explica que o estudo das chuvas de meteoros permite estimar a quantidade e período de maior penetração de detritos na Terra.

“A partir disso, as missões espaciais e centros de controle de satélites podem elaborar meios de proteção de suas naves e equipamentos”.

Outra linha de pesquisa tem relação com o estudo da formação do Sistema Solar. Por meio da análise das propriedades dos meteoros, pode-se aferir as características dos cometas.

Halley

De acordo com a Nasa, a última vez que o Halley foi observado a partir da Terra foi em 1986. O cometa foi descoberto em 1705 por Edmond Halley. Ele tem dimensões de 16 x 8 x 8 quilômetros e é um dos objetos mais escuros — ou menos refletivos — do Sistema Solar, com um albedo de 0,03, isto é, reflete apenas 3% da luz solar que recebe.




Fonte: Agência Brasil

SP: metrô tem falha nesta terça-feira e causa transtornos à população


Uma falha na sinalização da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo causou lentidão no sistema na manhã desta terça-feira (21).

Devido a este problema, a operadora ViaQuatro teve de fechar a transferência gratuita de passageiros de quatro estações por uma questão de segurança, o que gerou caos.

Foram fechadas as estações Pinheiros (Linha 9-Esmeralda), Paulista (Linha 2-Verde), República (Linha 3-Vermelha) e Luz (linhas 1-Azul, 10-Turquesa, 11-Coral e o Expresso Aeroporto). O problema permanece e não há prazo para regularização.

O defeito na sinalização, que começou por volta das 4h40, fez com que os vagões reduzissem a velocidade e também que ficassem muito tempo parado entre as estações.

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O sistema Paese, de ônibus gratuitos, foi acionado ainda no fim da madrugada na extensão da Linha 4.

Um total de 24 ônibus foram acionados inicialmente e mais dez se juntaram à operação um pouco mais tarde, totalizando 34.

Esse aumento no número de veículos, no entanto, não foi suficiente para atender aos usuários do metrô, o que causou lotação excessiva de passageiros.

A lentidão e o fechamento das baldeações teve um efeito cascata e superlotou outras estações do metrô de SP.

A ViaQuatro informa que segue trabalhando para “restabelecer a operação o quanto antes”.




Fonte: Agência Brasil

Frio em São Paulo cai para 10ºC e bate novo recorde em outubro


Em plena primavera, a cidade de São Paulo bateu um novo recorde de frio na manhã desta terça-feira (21), com 10,8ºC. É a temperatura mais baixa para o mês de outubro desde 2014, superando a marca anterior para o mesmo mês – 11,2ºC – , registrada nesta segunda (20).

Segundo a Defesa Civil, a queda nos termômetros acontece devido a uma forte massa de ar polar associada à passagem de uma frente fria.

Frio causa alerta

Com esta situação, o estado de São Paulo mantém o alerta de frio intenso e continua a operação Abrigo Solidário, onde é acolhida temporariamente a população vulnerável. Neste programa, as pessoas recebem refeições e têm camas e cobertores, inclusive para seus animais de estimação.

Ao longo desta terça-feira, o tempo permanece estável e há predomínio do sol por todo o estado paulista. A região metropolitana de São Paulo terá temperaturas entre 16ºC e 22ºC. Outras regiões do estado ficarão entre 24ºC e 33ºC.




Fonte: Agência Brasil

Temperatura em São Paulo cai para 10ºC e bate novo recorde em outubro


Em plena primavera, a cidade de São Paulo bateu um novo recorde de frio na manhã desta terça-feira (21), com 10,8ºC. É a temperatura mais baixa para o mês de outubro desde 2014, superando a marca anterior para o mesmo mês – 11,2ºC – , registrada na segunda (20).

Segundo a Defesa Civil, a queda nos termômetros ocorre devido a uma forte massa de ar polar associada à passagem de uma frente fria.

Frio causa alerta

Com esta situação, o estado de São Paulo mantém o alerta de frio intenso e a operação Abrigo Solidário, na qual a população vulnerável é acolhida temporariamente. Neste programa, as pessoas recebem refeições e têm camas e cobertores, inclusive para seus animais de estimação.

Ao longo desta terça-feira, o tempo permanece estável e há predomínio do sol por todo o estado paulista. A região metropolitana de São Paulo terá temperaturas entre 16ºC e 22ºC. Outras regiões do estado ficarão entre 24ºC e 33ºC.




Fonte: Agência Brasil

Polícia de São Paulo combate tráfico de drogas


A Polícia Civil está nas ruas de São Paulo, na manhã desta terça-feira (21), com a Operação Auditoria, para combater criminosos que comandam mais de 80 pontos de tráfico de drogas. Os agentes atuam na capital e também em cidades da região metropolitana como Guarulhos, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Suzano e Mogi das Cruzes. São 240 policiais cumprindo 38 mandados de prisão e 110 de busca e apreensão.

Segundo comunicado oficial, há pontos de tráfico em que são registrados ganhos superiores a R$ 700 mil em uma semana.

A rede criminosa tem cargos administrativos que cadastra novos membros, fiscaliza e pune aqueles que descumprem regras.

Até o momento, foram presas 16 pessoas e também houve a apreensão de drogas, celulares, dinheiro, documentos e cadernos com anotações sobre as atividades da facção.

Receptação

Numa ação na tarde dessa segunda-feira (20), a Polícia Civil prendeu em flagrante três homens pelos crimes de receptação e associação criminosa na zona leste da capital paulista.

Após investigação de policiais do 30º DP, foram identificados estabelecimentos comerciais na Vila Paranaguá onde havia a adulteração de módulos e receptação de carros roubados.

Três criminosos foram presos em flagrante. Com eles, foram apreendidos celulares, aparelhos eletrônicos e módulos veiculares de automóveis roubados ou furtados. Os suspeitos foram encaminhados a uma delegacia.




Fonte: Agência Brasil

Policial atira em operários e fica em prisão domiciliar


O investigador da Polícia Civil de Minas Gerais, Fernando Augusto Diniz, de 37 anos, preso em flagrante na última sexta-feira (17) após atirar com um fuzil contra três trabalhadores de uma obra em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, ficará em prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica, por decisão da justiça.

Ele passou por audiência de custódia e o juiz Marco Paulo Calazans converteu a prisão em flagrante em domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, após pedido da defesa. Os advogados argumentaram que o policial tem uma doença e que precisa de tratamento.

Na audiência, a defesa alegou que o preso tem “uma pequena lesão expansiva intramedular, sugerindo glioma bem diferenciado”.

Acrescentou que o sistema prisional não conta com serviço médico assistencial na própria sede, além de serem precárias as condições de encaminhamento a Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em situações de urgência.

O policial invadiu a obra com um fuzil 556, considerada arma de guerra, e mandou que três trabalhadores – de 32, 34 e 57 anos – deitassem no chão e atirou em seguida. Dois foram baleados e levados ao Hospital Municipal de Contagem. Eles contaram à polícia que conseguiram correr mesmo feridos e pediram socorro à Polícia Militar.

Um terceiro homem foi ferido de raspão na altura da cintura, mas não houve necessidade de socorro médico. Uma perícia técnica realizada no local da obra encontrou um cartucho de fuzil calibre 556.

Motivo

O pai do policial civil Fernando Augusto Diniz mora ao lado do canteiro de obras e tinha registrado boletim de ocorrência na delegacia contra a empreiteira. Segundo ele, que não foi identificado, a construtora praticava atos irregulares, embora a polícia não tenha especificado quais. As investigações apuram se um conflito entre vizinhos teria motivado o ataque armado.

O investigador Fernando Diniz tem 17 mil seguidores em uma rede social e se apresenta como criador de conteúdo digital. Ele diz que é formado em Direito e tem especialidade em segurança pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Também se apresenta como integrante da Patrulha Unificada Metropolitana de Apoio (Puma) da polícia civil mineira. Em seu perfil, compartilha versículos bíblicos no Instagram. 




Fonte: Agência Brasil

Roubos de carga e de veículos caem no estado do Rio, em setembro


Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que crimes como roubos de carga e de veículos registraram queda de mais de 40% em todo o estado no mês de setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2024.

Por outro lado, a produtividade policial aumentou no período com mais apreensões de fuzis e drogas. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (20).

O furto de celular, um dos crimes que mais afeta a população, ficou praticamente estável: em setembro deste ano foram levados 3.849 aparelhos contra 3.842 registrados em setembro do ano passado, um aumento de 0,2%.

Já o furto de bicicleta teve aumento de 10% em relação a setembro de 2024. Foram 356 bicicletas levadas de seus proprietários contra 323 no mesmo mês de 2024.

Os furtos em coletivos, quando os assaltantes entram nos ônibus para pegar os celulares dos passageiros, tiveram um aumento de 13% em relação a setembro de 2024. Neste ano, foram 717 aparelhos levados nesta situação, contra 636 no mesmo mês do ano passado.

Produtividade policial

Pela primeira vez, desde o início da série histórica iniciada em 2007, as polícias Civil e Militar apreenderam 593 fuzis nos primeiros nove meses do ano. Ou seja, foram retirados de circulação uma média de dois fuzis das mãos dos criminosos por dia.

Ainda na produtividade policial, outros indicadores que registraram bons resultados neste ano foram: 12.898 veículos recuperados; 31.691 prisões em flagrante; 19.114 drogas apreendidas e 4.591 armas tiradas de circulação.

Patrimônio

Os crimes contra o patrimônio registraram queda em todo o Rio de Janeiro no mês de setembro. O número de roubos de carga caiu 46% no período – foram 182 casos em 2025, contra 339 no mesmo mês de 2024, o menor índice para setembro desde 2023.

Os roubos de veículos também apresentaram queda significativa. Em setembro de 2025, foram 1.801 ocorrências, contra 3.094 no mesmo período do ano passado – uma redução de 42%.

A mesma tendência foi observada nos roubos de rua, que caíram 14%, com 4.448 vítimas em setembro deste ano, ante 5.189 no ano anterior.

“Os resultados positivos são frutos de um planejamento baseado em evidências, integração e ações estratégicas. As reduções nos crimes contra o patrimônio e o aumento da produtividade policial reforçam o compromisso das forças de segurança com a sociedade” afirmou a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz.

Veja alguns indicadores:

  • roubo de carga: 182 registros em setembro de 2025, redução de 46% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 339 casos;
  • roubo de rua: 4.448 vítimas em setembro de 2025, redução de 14% em comparação a setembro de 2024, que teve 5.189 casos;
  • roubo de veículo: 1.801 registros em setembro de 2025, queda de 42% frente às 3.094 ocorrências de setembro de 2024;
  • apreensão de fuzis: 593 fuzis apreendidos no acumulado de 2025, aumento de 2,8% em relação a setembro de 2024 (577 apreensões);
  • apreensão de drogas: 19.114 apreensões em nove meses em 2025, crescimento de 3,9% em comparação ao mesmo período de 2024 (18.391 apreensões);
  • apreensão de armas: 4.591 apreensões em nove meses em 2025, média de 17 armas apreendidas por dia;
  • prisão em flagrante: 31.691 prisões em nove meses em 2025, média de 70 pessoas presas por dia;
  • recuperação de veículos: 12.898 veículos recuperados em nove meses em 2025, média de 47 recuperações por dia;
  • latrocínio: 52 vítimas no acumulado de 2025, 20% a menos que em 2024, quando foram registradas 65 vítimas;
  • mortes por Intervenção de Agente do Estado: 519 mortes em setembro de 2025, queda de 7% em relação a setembro de 2024 (558 vítimas).

Os dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública são referentes aos registros de ocorrência (RO) lavrados nas delegacias de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro durante o mês de setembro.





Fonte: Agência Brasil

Defesa Civil alerta para frio intenso no estado de São Paulo


A semana começou com muito frio no estado de São Paulo. Segundo a Defesa Civil, essa condição deverá se intensificar nos próximos dias, podendo chegar a 8 graus Celsius (°C) na região metropolitana de São Paulo e a 5°C na Serra da Mantiqueira.

Por causa disso, a Defesa Civil emitiu um alerta para baixas temperaturas, que vale até a próxima quarta-feira (22). Segundo o órgão, o frio intenso é causado pela passagem de uma frente fria pelo estado de São Paulo em plena primavera, estação marcada por temperaturas mais amenas.

Além do frio, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) fez um alerta amarelo de vendaval para o estado de São Paulo, que vale até a manhã de terça-feira (21). O alerta amarelo é o primeiro na escala utilizada pelo Inmet (abaixo dos alertas laranja e vermelho) e indica um perigo potencial para a ocorrência do fenômeno. Segundo o órgão, os ventos podem variar entre 40 quilômetros por hora (km/h) e 60 km/h no estado.

Menor temperatura para outubro

Na manhã de hoje (20), a cidade de São Paulo registrou temperatura mínima de 11,2°C, a mais baixa para um mês de outubro desde 2014, quando os termômetros chegaram a marcar 10,7°C.

Para enfrentar esse frio, o governo de São Paulo instalou um abrigo solidário na Estação Pedro II, da Linha 3-Vermelha do Metrô, para oferecer acolhimento emergencial à população em situação de rua durante os dias mais frios. O abrigo deverá funcionar até a manhã da próxima quarta-feira, oferecendo alimentação, colchões, cobertores e acolhimento humanizado para pessoas em situação de rua.

A prefeitura de São Paulo também está acionando a Operação Baixas Temperaturas (OBT), que é implantada sempre que a temperatura na capital paulista fica abaixo dos 13ºC. Segundo a prefeitura, as dez tendas destinadas à população em situação de rua foram espalhadas por diversas regiões da cidade e funcionam das 18h à 0h, oferecendo alimentos, bebidas quentes, água, cobertores, itens de higiene, atendimentos de saúde e vacinação.




Fonte: Agência Brasil

Petrobras recebe licença do Ibama para explorar Margem Equatorial


A Petrobras obteve a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para explorar petróleo na Margem Equatorial. A região, localizada no norte do país, é apontada como novo pré-sal devido ao seu potencial petrolífero.

O Ibama fez o anúncio no começo da tarde desta segunda-feira (20).

De acordo com a Petrobras, a sonda exploratória se encontra na região do bloco FZA-M-059 e a perfuração está prevista para começar “imediatamente”. O poço fica em águas profundas do Amapá, a 175 quilômetros da costa e a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.

A perfuração dessa fase inicial tem duração estimada em cinco meses, segundo a companhia. Nesse período, a empresa busca obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. “Não há produção de petróleo nessa fase”, frisou a Petrobras no comunicado.

A autorização foi obtida cerca de dois meses depois da última fase do processo de licenciamento, a chamada avaliação pré-operacional (APO), que consiste em um simulado de situação de emergência e plano de reação, com atenção especial à fauna.

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Promessa de segurança

A Petrobras informou que atendeu a todos os requisitos estabelecidos pelo Ibama – órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – cumprindo integralmente o processo de licenciamento ambiental.

A presidente da companhia, Magda Chambriard, classificou a obtenção da licença como “uma conquista da sociedade brasileira”.

“Revela o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país”, afirmou Chambriard no comunicado.

Ela lembrou que foram cinco anos de diálogo com governos e órgãos ambientais municipais, estaduais e federais até a licença. Chambriard considera que a estatal pôde comprovar “a robustez de toda a estrutura de proteção ao meio ambiente”.

“Vamos operar na Margem Equatorial com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial”, completou.

Nova fonte de petróleo

A Margem Equatorial ganhou notoriedade nos últimos anos, por ser tratada como nova e promissora área de exploração de petróleo e gás. Descobertas recentes de petróleo nas costas da Guiana, da Guiana Francesa e do Suriname, países vizinhos ao Norte do país, mostraram o potencial exploratório da região, localizada próxima à linha do Equador. No Brasil, a área se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá.

A busca pela licença de exploração se iniciou em 2013, quando a petrolífera multinacional britânica BP arrematou a licitação da área. Por decisão estratégica, a companhia repassou a concessão para a Petrobras em 2021.

A Petrobras tem poços na nova fronteira exploratória, mas, até então, só tinha autorização do Ibama para perfurar os dois da costa do Rio Grande do Norte.

Em maio de 2023, o Ibama chegou a negar a licença para a área chamada de Bacia da Foz do Amazonas, o que fez a Petrobras pedir a reconsideração.

Além da companhia, setores do governo, incluindo o Ministério de Minas e Energia e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defenderam a liberação da licença. No Congresso, presidente do senado, Davi Alcolumbre (União-AP), foi um dos principais articuladores para apressar e autorizar a licença.

Segundo a Petrobras, a espera pela licença de exploração custou R$ 4 milhões por dia à empresa.

Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que o volume potencial total recuperável da Bacia da Foz do Amazonas pode chegar a 10 bilhões de barris de óleo equivalente. Para efeito de comparação, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o Brasil tem 66 bilhões de barris entre reservas provadas, prováveis e possíveis.

Críticas

A exploração é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis impactos ao meio ambiente. Há também a percepção, por parte deles, de que se trata de uma contradição à transição energética, que significa a substituição dos combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis, que emitam menos gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

A Petrobras insiste que a produção de óleo a partir da Margem Equatorial é uma decisão estratégica para que o país não tenha que importar petróleo na próxima década. A estatal frisa que, apesar do nome Foz do Amazonas, o local fica a 540 quilômetros da desembocadura do rio propriamente dita.




Fonte: Agência Brasil

Petrobras recebe licença do Ibama para perfurar Margem Equatorial


A Petrobras obteve a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar operação de pesquisa exploratória na Margem Equatorial. A região, localizada no norte do país, é apontada como novo pré-sal devido ao seu potencial petrolífero.

O Ibama fez o anúncio no começo da tarde desta segunda-feira (20).

De acordo com a Petrobras, a sonda exploratória se encontra na região do bloco FZA-M-059 e a perfuração está prevista para começar “imediatamente”. O poço fica em águas profundas do Amapá, a 175 quilômetros da costa e a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.

A perfuração dessa fase inicial tem duração estimada em cinco meses, segundo a companhia. Nesse período, a empresa busca obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. “Não há produção de petróleo nessa fase”, frisou a Petrobras no comunicado.

A autorização foi obtida cerca de dois meses depois da última fase do processo de licenciamento, a chamada avaliação pré-operacional (APO), que consiste em um simulado de situação de emergência e plano de reação, com atenção especial à fauna.

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Promessa de segurança

A Petrobras informou que atendeu a todos os requisitos estabelecidos pelo Ibama – órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – cumprindo integralmente o processo de licenciamento ambiental.

A presidente da companhia, Magda Chambriard, classificou a obtenção da licença como “uma conquista da sociedade brasileira”.

“Revela o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país”, afirmou Chambriard no comunicado.

Ela lembrou que foram cinco anos de diálogo com governos e órgãos ambientais municipais, estaduais e federais até a licença. Chambriard considera que a estatal pôde comprovar “a robustez de toda a estrutura de proteção ao meio ambiente”.

“Vamos operar na Margem Equatorial com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial”, completou.

Ibama

Por meio de nota, o Ibama informou que a emissão da licença ocorreu após “rigoroso processo de licenciamento ambiental”. Esse processo contou com elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), três audiências públicas e 65 reuniões técnicas setoriais em mais de 20 municípios do Pará e do Amapá. Também foram feitas vistorias em todas as estruturas de resposta à emergência e unidade marítima de perfuração, além da realização da APO, que envolveu mais de 400 pessoas.

Ainda de acordo com o órgão ambiental, após a negativa de 2023, foi iniciada uma “intensa discussão” com a Petrobras, que permitiu “significativo” aprimoramento substancial do projeto apresentado, especialmente em relação à estrutura de resposta a emergência.

Entre os avanços, o Ibama cita a construção e operacionalização de mais um centro de atendimento à fauna, no município de Oiapoque (AP), que se soma ao já existente em Belém.

O Ibama afirmou que as exigências adicionais foram fundamentais para a viabilização ambiental do empreendimento, considerando as características ambientais excepcionais da região da bacia da Foz do Amazonas.

O instituto antecipou que, durante a atividade de perfuração, será realizado novo exercício simulado de resposta a emergência, com foco nas estratégias de atendimento à fauna.

Nova fonte de petróleo

A Margem Equatorial ganhou notoriedade nos últimos anos, por ser tratada como nova e promissora área de exploração de petróleo e gás. Descobertas recentes de petróleo nas costas da Guiana, da Guiana Francesa e do Suriname, países vizinhos ao Norte do país, mostraram o potencial exploratório da região, localizada próxima à linha do Equador. No Brasil, a área se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá.

A busca pela licença de exploração se iniciou em 2013, quando a petrolífera multinacional britânica BP arrematou a licitação da área. Por decisão estratégica, a companhia repassou a concessão para a Petrobras em 2021.

A Petrobras tem poços na nova fronteira exploratória, mas, até então, só tinha autorização do Ibama para perfurar os dois da costa do Rio Grande do Norte.

Em maio de 2023, o Ibama chegou a negar a licença para a área chamada de Bacia da Foz do Amazonas, o que fez a Petrobras pedir a reconsideração.

Além da companhia, setores do governo, incluindo o Ministério de Minas e Energia e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defenderam a liberação da licença. No Congresso, presidente do senado, Davi Alcolumbre (União-AP), foi um dos principais articuladores para apressar e autorizar a licença.

Segundo a Petrobras, a espera pela licença de exploração custou R$ 4 milhões por dia à empresa.

Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que o volume potencial total recuperável da Bacia da Foz do Amazonas pode chegar a 10 bilhões de barris de óleo equivalente. Para efeito de comparação, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o Brasil tem 66 bilhões de barris entre reservas provadas, prováveis e possíveis.

Críticas

A exploração é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis impactos ao meio ambiente. Há também a percepção, por parte deles, de que se trata de uma contradição à transição energética, que significa a substituição dos combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis, que emitam menos gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

A Petrobras insiste que a produção de óleo a partir da Margem Equatorial é uma decisão estratégica para que o país não tenha que importar petróleo na próxima década. A estatal frisa que, apesar do nome Foz do Amazonas, o local fica a 540 quilômetros da desembocadura do rio propriamente dita.

* Matéria atualizada às 15h26, para ajuste de informações sobre a categoria da licença concedida pelo Ibama.




Fonte: Agência Brasil