Operação policial em comunidade do Rio deixa um morto e 5 feridos


Operação policial durante uma festa junina na comunidade Santo Amaro, no Rio de Janeiro, na madrugada deste sábado (7), causou a morte de um jovem e feriu outras cinco pessoas.  

O office boy Herus Guimarães, de 23 anos, chegou a ser atendido no hospital particular Glória D’or, mas após “exaustivas manobras de ressuscitação” não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele deixa um filho de dois anos.

Os cinco feridos foram levados ao Hospital Municipal Souza Aguiar. Um deles está em estado grave e os outros quatro têm quadro estável.

Diversos vídeos postados por moradores nas redes sociais mostram que a festa junina estava lotada, e muitas famílias acompanhavam a apresentação de quadrilhas quando os tiros começaram.

Em um dos vídeos, policiais do Bope, o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, aparecem aguardando o socorro de uma pessoa baleada, enquanto ouvem protestos dos moradores.

A comunidade afirma que a festa transcorria normalmente, quando a operação policial começou, por volta das 3 horas da manhã, provocando o tiroteio.

A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital já está investigando o ocorrido. Mas a Polícia Militar ainda não respondeu ao pedido de informações.




Fonte: Agência Brasil

Crescimento de umbanda e candomblé reflete combate à intolerância


O número de adeptos de religiões afro-brasileiras, como umbanda e candomblé, no Brasil, deu um salto e mais que triplicou em dez anos. A constatação é do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (6), no Rio de Janeiro.

De acordo com as estatísticas, apesar de o país ainda ter uma maioria de católicos, que são 56,7% dos religiosos no Brasil, os adeptos da umbanda e do candomblé cresceram de 03% para 1% da população, totalizando 1.849 milhão de pessoas. 

Para os especialistas, o aumento reflete ações de valorização da identidade afro-brasileira, que trouxeram visibilidade positiva para essas religiões e ajudaram a enfrentar estigmas, preconceito e o racismo religioso, que passa pela depreciação de elementos da identidade e da cultura negra.

“Nos censos anteriores, os religiosos de matriz africana se identificavam como católicos, pois, os adeptos afro têm uma relação com o catolicismo; e outro setor, normalmente, os umbandistas, se identificavam como espíritas, dois segmentos com decréscimo neste último levantamento”, destacou o Babalaô Ivanir dos Santos, que é também professor doutor do Programa de História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Ainda assim, segundo ele, há ligações estreitas de manifestações da cultura afro com o catolicismo, sugerindo que há mais adeptos de religiões, mas que hoje ainda se identificam como católicos.

“Há uma dupla pertença, temos rituais da igreja [católica] que poderíamos chamar de afro, como as congadas e cavalgadas. Então o país tem um grande percentual de afro-católicos, como eu chamo, por serem ligados à espiritualidade negra”, declarou.


Rio de Janeiro - Devotos participam de festa de Iemanjá, no centro da capital fluminense (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Rio de Janeiro - Devotos participam de festa de Iemanjá, no centro da capital fluminense (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Devotos participam de festa de Iemanjá, no centro do Rio de Janeiro Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

De 2010 para 2022, entre os adeptos da umbanda e do candomblé, houve aumento proporcional em todas as faixas etárias, com crescimento de 21,9% para 25,9% na faixa mais jovem, de 10 a 24 anos, e entre a faixa intermediária, de 30 a 49 anos, de 35% para 40%. O aumento entre os jovens foi comemorado por Ivanir, como resultado de um trabalho de anos.

“Com o passar do tempo, a luta contra a intolerância, com mais visibilidade positiva para as nossas tradições, apesar de toda a perseguição, jovens têm crescido, eles não só se identificam como afro, como saem na rua paramentados. Esse é um resultado bastante positivo da realização de festivais e caminhadas contra a intolerância religiosa”, frisou o professor, que é também e Interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, uma organização ecumênica da sociedade civil

Essa é a mesma opinião da professora Christina Vital, do Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal Fluminense. Para ela, o resultado do Censo de 2022 espelha campanhas iniciadas há 20 anos. 

“Os afro religiosos eram 0,3% nos anos 2000. Dez anos depois, o número não mudou, em 2010. Ou seja, as campanhas que começaram no início do século 21 não repercutiram no Censo de 2010, mas repercutiram agora neste Censo”.

A professora Cristina também chama a atenção para o número de pessoas pretas e pardas, os chamados negros, segundo convenção do IBGE, entre os católicos e evangélicos, sendo os pardos maioria (49,1%) entre os pentecostais. Entre os umbandistas e candomblecistas, pessoas brancas (42,7%) e pardas (26,3%) são maioria dos religiosos.

Em relação ao total de pessoas pretas na população, 2,3% são de religiões afro, reforçando a identidade racial, na avaliação de Vital.

“Há uma consciência racial bastante significativa nesse grupo. Os números deixam isso claro e este dado é importante porque mostra a importância das campanhas de autodeclaração”, reforçou.




Fonte: Agência Brasil

Jovens e mulheres puxam aumento de evangélicos no país, revela IBGE


A pastora Cássia Antunes é uma religiosa que decidiu se dedicar integralmente à caridade. Ela lidera uma igreja evangélica no bairro de São Joaquim, uma localidade de casas simples, onde as ruas ainda não são asfaltadas, no município de Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Antunes ajuda com orações e orientações espirituais casais, famílias com conflitos e qualquer pessoa em um momento difícil. Faz 8 anos que ela entrou para Assembleia de Deus, depois de descaminhos que a levaram à uma depressão e à Igreja Universal do Reino de Deus. Até aquele momento, seguindo a tradição familiar, ela era espírita.

“Muitos falam mal, mas foi na Universal, igreja à qual sou grata, que conheci a palavra de Jesus, por meio de pastores amorosos, lideranças muito boas, tive o apoio que mudou a minha história”, contou.

Como evangélica, a pastora Cássia faz parte de um grupo que representa mais de um quarto da população brasileira, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo os dados do Censo Demográfico 2022, os evangélicos são o grupo religioso que mais cresceu entre 2010 e 2022 na população. Antes, eles representavam 21,6% dos que agora são 26,9% dos brasileiros. O censo incluiu apenas pessoas a partir dos 10 anos de idade. LINK 1

De acordo com o levantamento, há uma predominância de jovens e mulheres entre os evangélicos. Na faixa entre 10 a 14 anos, 31,6% se declararam evangélicos, em 2022. Esse grupo tem sido bastante atraído para a religião por uma série de estratégias, na análise da professora Christina Vital, do Programa de Pós Graduação e Sociologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista no tema.

“Podemos pensar em vários fatores para essa atração, ao longo dos anos, e que é importante para essa religião. Há desde uma adaptação muito forte das liturgias evangélicas, ou seja, dos cultos que vão se aproximando do interesse juvenil, seja por meio da estética ou a partir das teologias, até a oferta de mecanismos de circulação e de perspectiva de vida”, avalia.

Ela explicou que os jovens são um grupo crítico ao Estado e as igrejas evangélicas “vem oferecendo um caminho, uma expectativa, mesmo que seja apostando no mérito, como forma de alcançar [objetivos] na atual sociedade”.

A pesquisa do IBGE também destacou o atual percentual de mulheres religiosas entre as brasileiras. Embora menor do que o número de mulheres católicas (51%), a proporção de mulheres entre o total de fiéis também é alto, 55,4%, maior do que o percentual da participação feminina na população, que é de 51,8% de todos os brasileiros. No espiritismo, elas chegaram a 60,6%.

De acordo com Vital, as mulheres, em geral, aderem mais ao universo religioso.

“Pela questão da formação da comunidade, pela questão da formação de redes de proteção e também pela relação com os níveis de escolaridade”, explicou.

Entre os sem religião, agnósticos e ateístas, há mais homens.

Há outro componente que contribui para o alto percentual de mulheres na igreja evangélica, segundo a professora.

Nilza Valéria é pastora e coordenadora da Frente dos Evangélicos pelo Estado de Direito, uma organização civil presente em 20 estados. Segundo ela, nessa religião é comum ver mulheres em altos cargos.

“As mulheres, e falo como uma mulher negra, inclusive, jornalista, a gente vive em uma sociedade em que a gente tem que se provar o tempo todo para justificar os espaços [de liderança] que ocupamos. Na igreja, isso não acontece. É normal estarmos nesses espaços. Lá eu sou a pastora Nilza, não preciso provar nada. As mulheres de oração são valorizadas nas suas comunidades e o que elas falam é lei”, disse.

Apesar do aumento do número de evangélicos entre os brasileiros, o número surpreendeu e ficou abaixo do esperado.

“As projeções indicavam que teríamos um país de 40% desses religiosos e isso não aconteceu”, disse a professora Christina Vital. O Brasil continua um país católico, fé declarada por 56,7% da população.

A queda da proporção de católicos entre os brasileiros vem sendo observada desde o início desse tipo de pesquisa, em 1972. Em 2010, na pesquisa mais recente, eles eram 65% da população. Atualmente, a maior parte do grupo tem mais de 50 anos de idade, o que indica uma baixa renovação.

No Nordeste e no Sul, os católicos são a maioria, 63,9% e 62,4%, respectivamente. Já no Norte, prevalecem os evangélicos, 36,8%.

“O catolicismo no Nordeste tem uma forte presença, o movimento pentecostal vem do Norte, que reúne os estados com maior população evangélica. O Nordeste, em razão da história de ocupação e da relação de grandes famílias [tradicionais] sempre tiveram uma ligação com o catolicismo”, explicou Vital.

Outro grupo que cresce é de religiosos de matriz afro, praticantes de umbanda e candomblé, além de pessoas que declararam outras religiosidades, como judaísmo, budismo, tradições esotéricas ou várias religiões, que passaram de 2,7% em 2010, para 4%, em 2022.

Os espíritas, como a família da pastora Cássia Antunes, de Itaboraí, têm reduzido a presença na matriz religiosa brasileira e são 1,8%. Em 2010, eram 2,2% da população religiosa.




Fonte: Agência Brasil

Abertas inscrições para a 4ª Mostra Nacional de Curtas CineMarias


A 4ª Mostra Nacional Cine Marias – Fabular Novos Futuros- está com inscrições abertas para filmes de todo o Brasil, dirigidos por mulheres cis, trans, travestis e pessoas não-binárias. As inscrições vão até o dia 12 de junho e devem ser feitas pelo site cinemarias.com.br 

Os filmes selecionados concorrem aos troféus de Melhor Filme Capixaba e Melhor Filme Nacional, com premiações de R$ 2 mil para cada categoria. Os curtas serão exibidos na programação da Mostra Cine Marias, nos dias 22 e 23 de agosto, no Cine Metrópolis, em Vitória, no Espírito Santo. O evento também terá palestras, vivências e rodas de conversas com mulheres de referência da cena cultural e audiovisual brasileira.

Para a inscrição, serão aceitos curtas-metragens de todos os gêneros, incluindo obras ficcionais, não ficcionais e animações. Não serão aceitos videoclipes, fashion filmes, episódios de séries ou obras publicitárias. Os filmes devem ter sido produzidos no Brasil entre janeiro de 2023 e 10 de maio de 2025, com duração de no máximo 25 minutos, incluídos os créditos. Além disso, as obras devem ter cópia de exibição em arquivo digital.

Valorização

O CineMarias é uma das poucas mostras do Brasil dedicadas à valorização do cinema e da arte feminina. Inspirada na Lei Maria da Penha, a Mostra CineMarias se propõe a refletir de forma poética – por meio da arte e da educação – a mazela social que é a violência contra a mulher e a falta de representação feminina no cinema, na mídia e nos espaços de poder.

Durante o evento, também é possível conferir ações educativas sobre a lei e o combate à violência contra identidades femininas. Acesse o site e o instagram @cinemarias para saber mais informações e, em breve, a programação completa.

O CineMarias é realizado pela Odoyá Arte e Cultura, com produção do Instituto Odara, Lúdica Audiovisual, Machê e LC Maket, patrocínio master da EDP e apoio da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), da Secretaria da Cultura (Secult).






Fonte: Agência Brasil

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 51 milhões


As seis dezenas do concurso 2.873 da Mega-Sena serão sorteadas a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 51 milhões.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp





Fonte: Agência Brasil

Alinhamento com a Lua torna estrelas Spica e Antares mais visíveis


Olhos atentos poderão observar mais claramente duas estrelas no céu brasileiro: Spica, na constelação de Virgem, e Antares, na de escorpião, graças a um alinhamento entre a Lua e estes corpos celestes nos próximos dias. 

Estas estrelas estão lá todos os dias, mas usar a Lua como referência torna está busca bem simples e um convite para amadores. O satélite natural da Terra atrapalha observações mais “profissionais” por sua vez, pois seu brilho intenso dificulta a visão de corpos menos brilhantes, aquele “fundo de céu “.

Na noite desta sexta-feira (6), será possível ver Spica. “Spica é a estrela mais brilhante da constelação de Virgem. Nessa época do ano ela está no alto do céu no início da noite e depois vai baixando na direção oeste. Hoje em particular, nas noites de 6 a 7 de junho, a Lua estará bem próxima dela, então fica ainda mais fácil de identificar, pois ela será a estrela mais brilhante próxima da Lua”, explicou para a Agência Brasil o professor Roberto Costa, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo.

A estrela será visível mesmo em cidades com poluição luminosa. Isso porque Spica não é uma estrela comum, mas sim um sistema duplo, que é definido como duas estrelas orbitando uma a outra a cada 4 dias, sendo a principal uma gigante azul quase quatro vezes mais quente que o Sol.

Antares

Estrela mais brilhante da constelação do Escorpião, Antares é uma supergigante vermelha com aproximadamente 800 vezes o diâmetro do Sol, tão grande que, se estivesse no lugar do Sol, ultrapassaria a órbita de Marte. Se trata de um corpo avermelhado e brilhante, o que torna sua identificação relativamente fácil.

Costa nos conta que, nessa época do ano, Antares está na direção leste, a mesma em que nascem os astros. “No início da noite, estará no alto do céu. No meio da noite e depois vai baixando para oeste”, então pode ser observada por toda a noite de 10 e madrugada de 11 de junho, quando a Lua estará próxima dela no céu, o que mais uma vez torna a identificação ainda mais fácil.

A proximidade destas estrelas com a Terra é apenas aparente. Spica está a 250 anos-luz, equivalente a cerca de 2,36 quatrilhões de quilômetros, e Antares a 553 anos-luz, mais de 5,2 quatrilhões de quilômetros.

“Alinhamentos da Lua com as estrelas são bem comuns já que a Lua dá uma volta na Terra a cada 27,3 dias. Assim as posições dela em relação às estrelas se repetem com frequência”, explica Costa. Essa variação foi usada por navegadores por séculos e, de acordo com o professor, os mapas celestes com posições das estrelas foram extensivamente usados durante a época das grandes navegações europeias, entre os séculos 15 e 18.

Com o auxílio de instrumentos, como os sextantes, as estrelas ainda foram usadas em navegação marítima e aérea até os anos 80 e 90 do século 20, quando as redes de satélites de navegação como o GPS apareceram.

Grupos

A observação dos fenômenos astronômicos pode ser feita com grupos amadores. Há diversos no país que podem ser encontrados em sites e redes sociais dos planetários de cada cidade.

O estudo dos céus também pode ser facilitado pelos celulares e computadores.

“Minha primeira recomendação é que os interessados em astronomia instalem um programa de computador ou aplicativo de celular tipo planetário. Esses programas permitem ao usuário visualizar o céu do local e hora em que estiver, o que torna a identificação dos corpos celestes muito fácil. Existem vários que são gratuitos e muito bons, como por exemplo o Stellarium ou o Sky Chart” recomenda Costa.

*Colaborou o estagiário Matheus Cobrelatti.




Fonte: Agência Brasil

Ministério desclassifica 8 marcas de azeites por fraude


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou, nesta sexta-feira (6), um alerta para o risco que a ingestão de oito marcas de azeite de oliva já desclassificadas por fraude representa para a saúde dos consumidores.

As autoridades sanitárias determinaram o recolhimento dos lotes considerados impróprios para o consumo humano depois que técnicos do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária identificaram a presença de outros óleos vegetais misturados ao azeite.

“As análises confirmaram que os produtos não atendem aos requisitos da Instrução Normativa nº 01/2012, que estabelece os padrões de identidade e qualidade do azeite de oliva”, informou o ministério.

A pasta alerta que a comercialização dos lotes desclassificados configura uma infração grave e que os estabelecimentos que mantiverem os itens à venda podem ser responsabilizados.

Caso algum consumidor tenha adquirido um dos produtos desclassificados, a orientação ministerial é que não o utilize e procure o estabelecimento onde o adquiriu a fim de pedir sua substituição, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor.

Denúncias sobre a comercialização desses produtos podem ser feitas pelo canal oficial Fala.BR, informando o nome e o endereço do local de venda.

Confira, a seguir, a lista das marcas desclassificadas:


Brasília (DF), 06/06/2025  -  Mapa divulga alerta sobre marcas de azeite de oliva desclassificadas por fraude. Foto Ministério da Agricultura.
Brasília (DF), 06/06/2025  -  Mapa divulga alerta sobre marcas de azeite de oliva desclassificadas por fraude. Foto Ministério da Agricultura.

Fonte: Ministério da Agricultura




Fonte: Agência Brasil

Seleção pública oferece 500 vagas para médicos de família e comunidade


Os médicos especialistas em Medicina de Família e Comunidade ou com residência médica nestas duas áreas de formação, que se interessam em integrar a Atenção Primária à Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), podem se inscrever na seleção pública lançada pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS) nesta semana.

O período de inscrições – pela internet – começa às 10 horas de segunda-feira (9) e se estende até as 23h59min de 25 de junho, no horário de Brasília. Os candidatos devem acessar o portal de concursos da Fundação Carlos Chagas. O candidato inscrito não deverá enviar qualquer documento de identificação.

Taxa de inscrição

A taxa de inscrição na seleção custa R$ 180 e deve ser paga até as 22 horas de 26 de junho.

Podem solicitar a isenção da taxa de inscrição os membros de famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), que devem apresentar seu Número de Identificação Social (NIS).

Para não ter o pedido de isenção negado, o candidato médico deve ter seu cadastro no CadÚnico incluído ou atualizado nos últimos 24 meses.

Os doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde também podem solicitar a isenção da taxa. Os doadores devem apresentar o documento expedido pela entidade coletora de medula óssea.

Vagas

A seleção pública oferecerá 500 vagas. O edital da chamada pública prevê reserva de 5% das vagas para pessoas com deficiência e 20% para candidatos de grupos étnico-raciais (negros e indígenas).

No momento da inscrição, o candidato com deficiência deve especificar o tipo de sua condição e encaminhar, durante o período de inscrições a documentação que ateste a espécie e o grau ou nível de deficiência, com expressa referência ao código da Classificação Internacional de Doenças – CID, contendo a assinatura e o carimbo do número do Conselho Regional de Medicina (CRM) do profissional de saúde responsável pela emissão do laudo.

Remuneração

A remuneração inicial dos profissionais aprovados é de R$ 16.587,90. Além deste valor, a remuneração mensal será composta por prêmio anual de desempenho; gratificação por titulação para especialização e para mestrado profissional; incentivo por localidade para atuação em municípios rurais remotos, de alta vulnerabilidade social e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI); além do auxílio-alimentação mensal.

A contratação será regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Provas

As provas serão realizadas em 3 de agosto, de forma presencial, em todas as 27 capitais do país.

AgSUS

A Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS) apoia o Ministério da Saúde (MS) no provimento e em estratégias de fixação e na formação de profissionais em regiões vulneráveis com vazios assistenciais em todos os níveis de atenção na saúde indígena, na atenção primária e na atenção especializada do SUS.




Fonte: Agência Brasil

Evangélicos crescem e representam mais de um quarto da população


A proporção de evangélicos na população brasileira continua crescendo, segundo dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que 26,9% dos brasileiros, ou seja, mais de um quarto da população, se identificavam como seguidores dessa denominação religiosa.

O Censo incluiu no levantamento apenas pessoas com 10 anos ou mais de idade.

O grupo dos evangélicos foi o que mais cresceu entre 2010 e 2022 (5,3 pontos percentuais), segundo o IBGE, já que, segundo o Censo anterior, de 2010, eles representavam 21,6% dos brasileiros, um pouco mais de um quinto da população.

“Os evangélicos estão se impondo mais na sociedade, colocando mais seus valores, suas ideias, sua fé”, afirma a pesquisadora da IBGE Maria Goreth Santos.

Apesar disso, o instituto mostrou que o ritmo de crescimento dessa religião caiu. De 2000 para 2010, por exemplo, a alta havia sido de 6,5 pontos percentuais (de 15,1% para 21,6%). De 1991 para 2000, o avanço tinha sido de 6,1 pontos percentuais (de 9% para 15,1%).

Os sem religião, que incluem qualquer pessoa que não se identifica com nenhuma denominação e aquelas que não têm qualquer fé (ateus e agnósticos), também cresceram, de 7,9%, em 2010, para 9,3%, em 2022.

“Se a pessoa se declara sem religião, a gente registra que é sem religião, mas não tem uma pergunta que busque especificar por que motivo a pessoa se declarou sem religião”, afirma o também pesquisador do IBGE Bruno Perez.

Outro fenômeno percebido pela pesquisa foi o crescimento das religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé, que passaram de 0,3% em 2010 para 1% em 2022.

“Um movimento tem sido feito nos últimos contra a intolerância religiosa. E essas pessoas estão se colocando como umbandistas, candomblecistas, estão se voltando para essa religiosidade. A gente pode ter também uma migração das pessoas [que já seguiam essas religiões, mas] que se declaravam como espíritas ou como católicas, em função do medo ou da vergonha de se declararem como umbandistas ou candomblecistas”, destaca Maria Goreth.

Católicos

Por outro lado, os católicos apostólicos romanos recuaram no país, de 65%, em 2010, para 56,7%, em 2022. A queda da participação dos católicos no total da população do Brasil vem sendo registrada em toda a série histórica do levantamento, iniciada em 1872.

Naquele ano, por exemplo, eles representavam a quase totalidade da população (99,7%). Em 2000, passaram a ser três quartos da população (74,1%), chegando a dois terços em 2010 e se aproximando da metade, em 2022.

O Nordeste e o Sul eram as regiões com maior participação de católicos, em 2022: 63,9% e 62,4%, respectivamente. Já o Norte tinha a menor participação: 50,5%. No Centro-Oeste e no Sudeste, os percentuais eram de 52,6% e 52,2%, respectivamente.

Os católicos ainda eram maioria em 4.881 municípios brasileiros. Em 20 deles, dos quais 14 estão no Rio Grande do Sul, os católicos superavam 95%. As maiores proporções estavam naqueles locais gaúchos com imigração italiana e/ou polonesa: Montauri, Centenário, União da Serra e Vespasiano Corrêa.

Entre aqueles municípios com mais de 100 mil habitantes, Crato (CE) tinha a maior proporção de católicos em 2022 (81,3%).

Analisando-se as unidades da federação, a maior proporção de católicos apostólicos romanos foi observada no Piauí (77,4%), enquanto a menor foi registrada em Roraima (37,9%).

De acordo com o Censo, a proporção de católicos aumenta de acordo com a idade, a partir 30 anos. Entre os que têm 20 a 29 anos, por exemplo, 51,2% diziam seguir essa denominação. Na população com 80 anos ou mais, o percentual chegava a 72%.

Evangélicos

A distribuição dos evangélicos por faixa etária é mais uniforme, mas é um pouco maior entre as faixas etárias mais jovens. Entre aqueles que têm de 10 a 14 anos, por exemplo, 31,6% declararam ter essa religião, em 2022.

O percentual varia entre 27,5% e 28,9%, na faixa de 15 a 49 anos. A partir daí, os evangélicos têm ligeira queda conforme a idade avança, chegando à parcela de 19% entre aqueles com 80 anos ou mais.

A Região Norte possuía maior proporção de evangélicos na população (36,8%), seguida pelo Centro-Oeste (31,4%). Sudeste e Sul tinham, respectivamente, 28% e 23,7%. O Nordeste apresentava a menor proporção: 22,5%.

Entre os estados com maior população de evangélicos, destaca-se o Acre (44,4%). Piauí tinha a menor proporção de seguidores dessa denominação na sua população (15,6%).

Os evangélicos eram maioria da população em apenas 58 municípios, com destaque para aqueles de colonização alemã/pomerana: Arroio do Padre (RS), Arabutã (SC) e Santa Maria de Jetibá (ES). Em 244 municípios, eles não eram maioria, mas representavam a principal religião. Manacapuru (AM) era o município com mais de 100 mil habitantes que registrou a maior proporção de evangélicos (51,8%).

Outras denominações

O Censo mostrou ainda o crescimento de pessoas que declaram ter outras religiosidades (como judaísmo, islamismo, budismo, tradições esotéricas ou várias religiões), que passaram de 2,7%, em 2010, para 4%, em 2022; e tradições indígenas (de 0 para 0,1% no período).

Os espíritas, por outro lado, reduziram sua presença na matriz religiosa brasileira, passando de 2,1% para 1,8%, entre os dois censos.

Em 2022, Roraima era o estado com maior proporção de pessoas com tradições indígenas na população (1,7%), de outras religiosidades (7,8%) e sem religião (16,9%). Neste último caso, o posto é dividido com o Rio de Janeiro, que também possuía 16,9% de pessoas sem religião. O Rio também tinha a maior proporção de espíritas na população (3,5%).

Já o Rio Grande do Sul apresentou a maior proporção de praticantes de umbanda, candomblé e outras religiões de matriz africana (3,2%).

RELIGIÕES NO BRASIL20102022
Católica apostólica romana65%56,7%
Evangélicas21,7%26,9%
Espírita2,1%1,8%
Umbanda e candomblé0,3%1%
Tradições indígenas00,1%
Outras religiosidades2,7%4%
Sem religião7,9%9,3%
Não sabe/sem declaração0,1%0,2%

 Fonte: IBGE

Cor e sexo

De acordo com o IBGE, as mulheres eram maioria em quase todos os grupos de religiões, em 2022, com exceção das pessoas sem religião, em que os homens representavam 56,2%, e de tradições indígenas, onde os homens eram 50,9%.

No catolicismo, elas representavam 51% do total dos seguidores desta religião, percentual inferior à participação feminina na população total com mais de 10 anos (51,8%).

O grupo com maior percentual de mulheres é o de espíritas, em que elas representavam 60,6% do total. Em seguida, aparece o grupo umbanda e candomblé, em que elas eram 56,7%. Entre os evangélicos, elas respondiam por 55,4% do total de fiéis.

Em 2022, o catolicismo predominou em todas as categorias de cor ou raça. Dentre os que se declararam brancos, 60,2% se identificavam como católicos apostólicos romanos, 23,5% como evangélicos e 8,4% como sem religião.

Entre as pessoas que se declararam pretas, 49% eram católicas, 30% evangélicas e 12,3% sem religião. Já entre os pardos, as proporções eram de 55,6% de católicos, 29,3% de evangélicos e 9,3% sem religião.

O Censo mostrou que a população com maior percentual de evangélicos são os indígenas (32,2%). Entre eles, 42,7% são católicos e apenas 7,6% seguem as tradições religiosas indígenas.

Escolaridade

No recorte de escolaridade, o Censo observou que, entre aqueles com 15 anos ou mais, a maior taxa de analfabetismo foi observada naqueles que seguem tradições indígenas (24,6%) e nos católicos (7,8%). Entre os evangélicos, que aparecem em terceiro lugar, a taxa era de 5,4%.

Nos demais grupos, a taxa era de 5,3% para os sem religião, de 3% para outras religiosidades, de 2,4% para umbanda e candomblé e 1% para os espíritas.

Analisando-se a escolaridade da população com 25 anos ou mais, o Censo constatou que o grupo religioso com maior número de pessoas com ensino superior completo era o de espíritas (48%), seguido por umbanda e candomblé (25,5%), outras religiosidades (23,6%) e sem religião (20,5%).

Entre os católicos, o percentual era de 18,4%, enquanto que, entre os evangélicos, era de 14,4%. No grupo daqueles que declararam seguir tradições indígenas, 12,2% tinham ensino superior completo.

As proporções de pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto em cada grupo de religião foram: espíritas (11,3%), umbanda e candomblé (19,9%), outras religiosidades (23,6%), sem religião (30,1%), evangélicos (34,9%), católicos (38%) e tradições indígenas (53,6%).




Fonte: Agência Brasil

Representantes do Comitê Editorial da EBC são designados


Decreto do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (6), designou os nomes dos representantes do Comitê Editorial e de Programação (Comep) da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O fórum faz parte do Sistema Nacional de Participação Social na Comunicação Pública (SINPAS).

“Com o decreto presidencial e a instalação do Cipadi, concluímos o processo de reinstalação das instâncias de participação social na EBC, compromisso dessa gestão e elemento essencial para a comunicação pública”, afirma o diretor-presidente da EBC, Jean Lima.

A partir de listas tríplices, foram designados oito titulares e oito suplentes dos seguintes segmentos: emissoras públicas de rádio e TV; setor audiovisual independente; veículos legislativos de comunicação; comunidade científica e tecnológica; entidades de defesa dos direitos de crianças e adolescentes; entidades de defesa do direito à comunicação; cursos superiores de Educação; e representantes das empregadas e empregados da EBC.

As listas tríplices para o Comep foram formadas após processo eleitoral realizado em 2024, pela plataforma Brasil Participativo, aberto à participação de qualquer cidadão brasileiro com conta ativa no Gov.br.


Decreto Comitê Editorial EBC
Decreto Comitê Editorial EBC

Decreto publicado nesta sexta-feira (6) traz a retomada da participação social na EBC.

Cipadi tem reunião agendada

O SINPAS representa a retomada da participação social na EBC. A empresa estava em instância dessa natureza desde 2016, quando o Conselho Curador foi extinto. O sistema é resultado do Grupo de Trabalho (GT) ‘Comunicação Pública e Participação Social na EBC’, que foi instituído pela Portaria SECOM/PR número 19, de 15 de novembro de 2023, e regulamentado pela Portaria SECOM/PR número 32, de 19 de dezembro de 2023.

“A participação social é considerada pressuposto da comunicação pública, seja na literatura acadêmica, seja no dia a dia das empresas por ela responsáveis, e vem contemplar a diferenciação e a complementaridade do sistema de comunicação pública em relação aos sistemas privado e estatal, conforme prevê a Constituição Federal”, aponta o relatório final do GT.

Além do Comep, o SINPAS é formado pela Ouvidoria da EBC, a Assessoria Especial de Participação Social, e o Comitê de Participação Social, Diversidade e Inclusão (Cipadi), este tendo como uma de suas funções o acompanhamento das diretrizes da programação veiculada pelas emissoras operadas pela EBC no que tange à participação social, diversidade social, cultural, regional e étnica.

Os membros do Cipadi foram designados, no ano passado, pela Portaria-Presidente nº 634/2024. Os integrantes desse colegiado foram escolhidos diretamente, sem a formação de listas tríplices, em eleição que também ocorreu pela plataforma Brasil Participativo.

A primeira reunião ordinária do Cipadi está marcada para o dia 11 de junho, às 15 horas.

Todo o histórico do processo de criação do SINPAS está disponível para consulta nesta página. É possível acessar documentos oficiais, verificar as etapas, resultados de votações e demais informações relacionadas à formação do sistema.




Fonte: Agência Brasil