Governo cria comitê de enfrentamento da crise do metanol


O governo federal instituirá um comitê, em parceria com a sociedade civil, para enfrentar os problemas das bebidas contaminadas por metanol. A ideia é planejar tanto ações repressivas, contra aqueles que atuaram na adulteração das bebidas, quanto protetivas para o setor de bebidas que, segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, é de grande importância para a economia brasileira.

O anúncio dessas medidas foi feito pelo ministro, após reunir-se com outras autoridades e com representantes do setor de bebidas, no ministério.

“Tivemos uma discussão bastante frutífera, e chegamos à conclusão de que seria importante montar um comitê de enfrentamento da crise do metanol”, disse Lewandowski.

Segundo ele, este será um comitê informal para troca de informações sobre boas práticas e anúncios das providências tomadas, tanto pelo setor público quanto pelo privado, visando a uma solução rápida para problema.

“Em um país continental como nosso, com 210 milhões de habitantes e de realidades tão distintas do ponto de vista regional, o governo precisa conjugar-se com a iniciativa privada e a sociedade civil para darmos contas dos problemas que enfrentamos”, argumentou.

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Crise

Na avaliação do ministro, o problema das bebidas contaminadas pode ser entendido também como uma “crise econômica”, uma vez que se trata de um setor reconhecido por sua importância para a economia brasileira.

“É um setor que gera empregos, paga impostos e é responsável pelo desenvolvimento. Por isso, nossa preocupação é separar com bastante clareza aqueles que trabalham dentro da lei, atuando para fazer com que a economia brasileira avance, sem prejuízo de uma ação repressiva”, disse o ministro.

“Temos também uma ação repressiva, importante tanto do ponto de vista administrativo, como advertências ou sanções pecuniárias, chegando ao extremo do fechamento dos estabelecimentos”, complementou.

Separar joio do trigo

Por isso, acrescentou Lewandowski, há grande preocupação em não paralisar este que, segundo ele, é um setor importante da economia nacional.

“Precisamos separar o joio do trigo. Vamos atacar aqueles comerciantes que estão adulterando as bebidas de forma intencional. E vamos preservar aqueles comerciantes que estão atuando dentro da legalidade, e também os setores da indústria que estão cumprindo com seus deveres.”

A reunião contou com a participação de dirigentes da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) e da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF).

Fiscalização

Segundo o secretário nacional do Consumidor, Paulo Pereira, dezenas de estabelecimentos já foram notificados e estão sob análise.

Essas notificações impõem aos estabelecimentos a apresentação de todas as informações sobre aquisição de bebidas e sobre as bebidas que aqueles possíveis pacientes vítimas de intoxicação possam ter ingerido, dados do comprador e também do sistema de fornecimento de bebidas.

“Até a data de hoje, tínhamos 15 estabelecimentos identificados e notificados. Hoje, temos mais uma leva de identificações. Por volta de mais 15 estabelecimentos, além de cerca de 25 distribuidoras, associações e entidades do setor que também foram notificados para prestar informação”, disse o secretário.

Inteligência

Pereira acrescentou que vários estabelecimentos foram fechados pelas fiscalizações locais. “O trabalho agora é de inteligência”, acrescentou.

Segundo ele, com a chegada dessas informações´, será possível entender padrões e identificar fornecedores que possam estar mais sujeitos a serem potenciais criminosos fornecedores de bebidas adulteradas.

“Ninguém melhor que os distribuidores e as associações de bebidas para nos ajudar a identificar as tipologias desses fornecedores. [Para sabermos] quais são os fornecedores legalizados e quais são os Ilegais”, complementou.

Pereira disse manter contato com diversos centros de pesquisas do país, na busca por soluções, o que inclui a validação de testes rápidos. “A ideia é ver como a sociedade pode ser organizar para criar mecanismos para garantir a qualidade da bebida”, disse.

Organizações criminosas

Perguntado sobre o possível envolvimento de organizações criminosas no caso, Lewandowski disse que todas hipóteses estão sendo investigadas, mas que, como está tudo ainda no início, seria temerário avançar em qualquer conclusão.

Essas suspeitas ganharam força após alguns caminhões de combustíveis serem encontrados depois de terem sido abandonados em algumas localidades.

Segundo o ministro, as linhas de investigação podem variar até mesmo em função da origem do metanol – se ela é vegetal ou fóssil.

Emergência médica

A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e ácido fórmico), que podem levar à morte.

Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).

Em caso de identificação dos sintomas, buscar imediatamente os serviços de emergência médica e contatar pelo menos uma das instituições a seguir:

  • Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;
  • CIATox da sua cidade para orientação especializada (veja lista aqui);
  • Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país;

É importante identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado. A demora no atendimento e na identificação da intoxicação aumenta a probabilidade do desfecho mais grave, com o óbito do paciente.


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Arte/Agência Brasil




Fonte: Agência Brasil

Começa em Brasília festival sobre inovação e tecnologia na indústria


Brasília sedia até sábado (11) o Festival Internacional sobre Tecnologia e Sustentabilidade na Indústria – Curicaca, no Estádio Nacional Mané Garrincha (Arena BRB), no centro de Brasília, com o tema Um Novo Tempo, Uma Nova Indústria.

Na cerimônia de abertura, nesta terça-feira (7), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, disse que a nova indústria brasileira precisa de investimentos em inovação para agregar valor aos produtos nacionais e avançar economicamente.

“Temos que ter uma indústria mais inovadora com universidades, institutos de pesquisa, setor produtivo, todo mundo junto para a gente poder avançar.”

Geraldo Alckmin define a estratégia de desenvolvimento para a indústria brasileira focada em quatro eixos principais: mais exportadora; mais competitiva com foco na reforma tributária; mais sustentável, pela inovação tecnológica verde; e mais inovadora para aumentar o valor agregado ao comércio brasileiro.

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Transformação energética


Brasília (DF), 07/10/2025 – Ministra da ciência e tecnologia, Luciana Santos, participa da  5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (5ª SNEPT) e o Festival Curicaca começam hoje.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 07/10/2025 – Ministra da ciência e tecnologia, Luciana Santos, participa da  5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (5ª SNEPT) e o Festival Curicaca começam hoje.
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Ministra Luciana Santos, na abertura da 5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica e do Festival Curicaca – José Cruz/Agência Brasil

Já a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, destacou que a indústria de transformação puxou o crescimento nacional em 2024, após mais de uma década.

“Estamos no rumo certo: o rumo da transição energética, da transformação digital. Esse é o rumo para que a gente possa enfrentar o aquecimento global, às vésperas da COP30, e ter a certeza que, quando a gente aposta na inteligência, na criatividade do povo brasileiro, a gente vai longe”, disse Luciana.

A ministra ressalta que o governo tem um compromisso inabalável com a modernização da indústria, transformando-a em um motor de crescimento mais verde, digital, conectado e sustentável.


Brasília (DF), 07/10/2025 – Ministro da educação, Camilo Santana, participa da  5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (5ª SNEPT) e o Festival Curicaca começam hoje.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 07/10/2025 – Ministro da educação, Camilo Santana, participa da  5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (5ª SNEPT) e o Festival Curicaca começam hoje.
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Ministro da educação, Camilo Santana – José Cruz/Agência Brasil

No mesmo evento, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou a oferta de 5 mil novas vagas no próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em cursos e universidades e de instituto federais focados nas áreas de STEM, sigla em inglês para ciência (science), tecnologia (technology), engenharia (engineering) e matemática (mathematics).

Festival Curicaca


Brasília (DF), 07/10/2025 – A 5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (5ª SNEPT) e o Festival Curicaca começam hoje.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 07/10/2025 – A 5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (5ª SNEPT) e o Festival Curicaca começam hoje.
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Lançamento do Festival Curicaca nesta terça-feira – José Cruz/Agência Brasil

Sob coordenação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), vinculada ao Mdic, o Festival Curicaca homenageia a ave que habita, entre outros, o bioma do Cerrado, e é conhecida por seu canto característico, que soa como um grito rouco, e que simboliza a transformação.

“Transformação para gerar mais desenvolvimento, emprego, renda e oportunidades no país”, prioriza a organização do festival.

O presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, disse esperar que o Festival Curicaca seja a semente para consolidar a política industrial no Brasil juntando em um mesmo evento representantes da indústria, pesquisadores, empreendedores e criadores.

“A gente não faz um país grande, desenvolvido e justo, sem uma indústria forte. A gente não faz um país vendendo só commodities. E para implantar produtos de maior valor agregado, quem faz isso é a indústria.”

O evento terá atividades para promover o compartilhamento de práticas inovadoras e sustentáveis, estimular soluções tecnológicas para desafios produtivos e socioambientais.

Os debates e as ações do Festival estão divididos em dez trilhas de conhecimento focadas em tecnologia, inovação e sustentabilidade para a indústria e o desenvolvimento nacional. São elas:

  1. Energia renovável e sustentabilidade energética;
  2. Inovação em saúde e biotecnologia;
  3. Transformação digital e Indústria 4.0;
  4. Segurança e defesa tecnológica;
  5. Indústria verde e economia circular;
  6. Agroindústria sustentável e agricultura familiar;
  7. Inovação social e desenvolvimento regional;
  8. Políticas e regulação;
  9. Infraestrutura sustentável e mobilidade verde;
  10. Tecnologia criativa e inclusão digital.

A programação do Festival Curica, que inclui também atrações culturais e gastronomia, pode ser conferida aqui.





Fonte: Agência Brasil

Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 20 milhões


As seis dezenas do concurso 2.924 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 20 milhões.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa.

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As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 6.





Fonte: Agência Brasil

SP tem 14 casos de intoxicação por metanol com duas mortes confirmadas


Balanço divulgado pelo governo paulista nesta segunda-feira (6) confirmou 14 casos de intoxicação por metanol no estado e duas mortes. Estão em investigação no estado 178 casos com a ocorrência de sete óbitos.

De acordo com o governo de SP, 20 pessoas foram presas nesta semana, entre elas o principal fornecedor de insumos para falsificação de bebidas do estado. No ano, já foram presas 41 pessoas acusadas de adulteração de bebidas.

As principais linhas de investigação da Polícia Civil de São Paulo são contaminação por metanol usado na limpeza de garrafas reaproveitadas e uso de metanol para aumentar o volume de bebidas adulteradas.

De acordo com o governo de SP, as prisões realizadas até o momento não têm relação entre si e vínculo com o crime organizado. “O que está bem claro para a gente é a necessidade de trabalhar com as evidências. E não há crime organizado nesse processo”, disse o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.

“Nenhum dos 41 presos em ações de falsificação de bebida são de facções criminosas. Não tem nenhum indício de participação de facções nesse processo todo”, reforçou o secretário.

O secretário de Saúde, Eleuses Paiva, destacou que o estado adquiriu 2,5 mil ampolas de álcool etílico absoluto para o tratamento de pacientes com intoxicação por metanol. A distribuição foi feita para 20 hospitais de referência no estado.


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Arte/Agência Brasil




Fonte: Agência Brasil

Exposição em São Paulo aborda política sobre drogas na América Latina


A Ocupação Matilha Cultural, na capital paulista, recebe a mostra Reformar – políticas de drogas, Restaurar – direitos e Recuperar – natureza, que tem por objetivo instigar o público a reconhecer a relação entre pautas ambientais e aquelas relacionadas aos narcóticos, à segurança pública, ao racismo e à arte.

Concebida no âmbito do projeto Intersecção, a instalação fica aberta ao público até 22 de novembro e tem curadoria da VIST Projects, com parceria da Matilha Cultural.

O Intersecção é articulado pela Iniciativa Negra e a Coalizão Internacional pela Reforma da Política de Drogas e Justiça Ambiental e consiste na promoção de conversas sobre problemas que afetam toda a população, mas atingem especialmente os grupos minorizados, como mulheres, LGBTQIA+, negros, indígenas e pessoas com deficiência.

A programação conta com uma exposição fotográfica sobre a Cracolândia, região da capital paulista que ficou conhecida por conta da quantidade de usuários de drogas, e sessões de cinema no Cine Matilha, com a exibição de filmes relacionados aos temas da mostra.

As fotos são do mexicano Yael Martinéz e do brasileiro Rafael Vilela, ganhador do POY-Latam 2025, importante premiação de fotografia documental.

Além disso, o público poderá participar de rodas de conversa com especialistas e estudiosos, oficinas e debates.

Ao apresentar arquétipos dos locais onde se produz e se consome a cocaína na América Latina, os coletivos propõem que os visitantes saiam do centro cultural com mais esclarecimento sobre o que está em cena, atualmente.

Um dos ganchos é a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorre em novembro, em Belém. Para garantir representatividade diante de tamanha complexidade,  a curadoria chegou a dez arquétipos.

São dez relatos de personagens de diferentes contextos e lugares ao longo das regiões que integram a cadeia de valor da coca e da cocaína na América Latina: uma planta de coca; uma coletora de coca afroboliviana; uma defensora de terras indígenas; o Rio Amazonas; uma pessoa que trabalha em um laboratório de cocaína; uma ribeirinha; a onça-pintada; um vendedor de drogas; um usuário de cocaína e uma fiscal da autoridade portuária.

Na segurança pública, um dos principais desafios da atualidade são as facções, que enriqueceram com o tráfico de drogas ilícitas. A América do Sul atrai narcotraficantes, por ser a região que abastece a produção mundial da droga.

“É como se as facções brotassem do nada. A gente sabe que elas se capitalizaram muito em cima das drogas proibidas”, afirma a militante Rebeca Lerer, que é coordenadora do Intersecção e representante latino-americana em uma coalizão que propõe a reforma das políticas sobre drogas – International Coalition on Drug Policy Reform and Environmental Justice.

Para Lerer, algumas pontas dessas temáticas ainda ficam soltas, o que impede o país de avançar.

“Acho que tem muito trabalho acadêmico que diagnostica os sintomas, os efeitos, as consequências: o encarceramento, a violência policial, a corrupção de agentes públicos, mas não foca nas causas. E uma das causas é a política de proibição, que, nitidamente, só tem como principal resultado esse mercado transnacional armado e extremamente poderoso, cada dia mais”, diz.

“Nosso trabalho é tentar mudar o eixo para essa discussão, sair desse debate de ‘se usar droga é bom ou ruim’, ‘se é certo ou errado’, porque para isso cada um pode ter sua opinião, mas isso não muda o fato de que essa política não está funcionando. Nem para proteger as pessoas, nem para proteger as instituições, os territórios, nem para impedir que esse dinheiro sirva para fortalecer essas organizações criminosas.”

Programação

Inaugurada em 23 de setembro, a mostra também terá apresentações de diversos artistas como o rapper Dexter, o grupo Pagode na Lata; Linn da Quebrada, Família Tamarineira, DJ KL Jay, Ti.ram.ba.ço e a banda Aláfia.

A jornalista Cecília Olliveira vai lançar seu livro Como nasce um Miliciano, no dia 1º de novembro, às 19h.

Para conferir a programação completa e retirar os ingressos gratuitos para as atividades, clique aqui.

Para as atividades realizadas no espaço do Cine Matilha, a retirada de ingressos será por ordem de chegada.

Serviço

Mostra Reformar – políticas de drogas, Restaurar – direitos e Recuperar – natureza
Até 22 de novembro das 14h às 20h, de terça a domingo
Visitas monitoradas: das 14h às 20h, de terça a sábado
Matilha Cultural | Rua Rêgo Freitas, 542 – República 
Ingressos: via Sympla
Entrada gratuita
Menores de 18 anos devem estar acompanhados de um responsável.
Acessibilidade para pessoas com locomoção restrita.





Fonte: Agência Brasil

Polícia de SP prende mais um suspeito do assassinato de ex-delegado


A Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta segunda-feira (6) mais um suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes. O nome do homem não foi divulgado.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a prisão ocorreu na região de Cotia, na Grande São Paulo. Este é o quinto suspeito preso por envolvimento no caso.

O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi assassinado no dia 15 de setembro na cidade de Praia Grande, no litoral paulista, em um bairro próximo à prefeitura e ao fórum do município. Imagens de câmeras de segurança mostraram o carro dele em fuga, em alta velocidade, até capotar entre dois ônibus ao tentar entrar em uma avenida.

As imagens mostram que o carro que o perseguia chega pouco depois, bate em um dos ônibus e dele saltam três homens com fuzis. Dois se deslocam até o carro de Ruy e disparam. Na fuga, voltaram pela mesma avenida usada na perseguição.

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Ferraz foi delegado por mais de 40 anos, tendo passado pela Divisão de Homicídios do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), além de ter sido titular da 1ª Delegacia de Polícia da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), da 5ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e comandado outras delegacias e divisões na capital.

Também foi diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DECAP) e esteve à frente da Delegacia Geral de Polícia do Estado de São Paulo. Ferraz foi responsável pela prisão de lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos anos 2000, quando atuava na repressão a roubo de bancos, e também como delegado-geral, função que exerceu até 2022. Depois de se aposentar, ele assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande (janeiro de 2023), permanecendo na gestão iniciada em 2025 com o prefeito Alberto Mourão.




Fonte: Agência Brasil

SP segue em atenção para queimadas; reservatórios estão em alerta


O clima seco na região da capital e no interior de São Paulo colocam a região metropolitana, com mais de 10% da população do país, em situação delicada.

Segundo a Defesa Civil do Estado o risco de incêndios em vegetação segue elevado em praticamente todo o território paulista, com áreas em nível de emergência nas regiões de Ribeirão Preto, Bauru, Araraquara e Presidente Prudente.

O nível de alerta vermelho se concentra principalmente no Vale do Paraíba, Região Metropolitana de São Paulo e litoral sul, onde a combinação de baixa umidade e ventos constantes também favorece a propagação do fogo.

“A análise dos últimos dias mostra que as condições críticas típicas do período de estiagem continuam exigindo atenção redobrada das equipes municipais e estaduais”, informa a nota.

A faixa leste do estado, incluídos o Vale do Ribeira e o litoral norte devem entrar em situação de emergência nesta segunda-feira (6), segundo o órgão. A situação começa a mudar na terça-feira (7), com melhora sensível somente a partir da quarta-feira (8).

Neste domingo (5) foram registrados focos de incêndio de grandes proporções nas cidades de Presidente Venceslau, Presidente Prudente, Espírito Santo do Pinhal e Itapura, sem registro de vítimas.

Reservatórios

A intensidade da seca na região tem diminuído a quantidade de água nos reservatórios a um ritmo de cerca de 0,3% das reservas por dia.

Neste domingo, elas estavam em 30,3%. O marco de 30% é considerado crítico e a partir do qual o sistema é considerado em situação emergencial, como já ocorre desde o dia primeiro de outubro no reservatório da Cantareira, o maior do estado.

Incêndios no país

O estado do Maranhão ultrapassou o Mato Grosso como unidade federativa com maior número de registros de queimadas no país este ano, com 11.511 focos até hoje, e queda de 4% em relação ao total de focos de 2024.

O estado é, dentre os grandes em número de focos, o único que não apresentou queda relevante este ano, com variação praticamente nula desde 2022 e possibilidade de aumento em relação aos últimos três anos.

Destaque negativo no ano passado, o Mato Grosso teve diminuição de 80% dos focos, mas ainda é o segundo da lista, com 9.399 focos em 2025.

Terceiro com mais registros, o Tocantins (8.849 focos) teve queda de 42%.

Até outubro o Brasil registrou 81.374 focos de queimadas, queda de 62% em relação a 2024 e o valor mais baixo da década. Os dados são do portal do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). 




Fonte: Agência Brasil

Segunda edição do CNU atrai servidores em busca de cargos melhores


Responsável por cerca de 80% da lotação das 3.652 vagas da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2025), o Distrito Federal atraiu um público específico. Servidores em busca de cargos melhores estão disputando a prova junto com iniciantes.

Os candidatos apontam os salários maiores que os atuais e a jornada de trabalho como atrativos para disputarem uma nova seleção. A possibilidade de converter um cargo temporário em definitivo também pesa na decisão.


 Brasília - 05/10/2025 -A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante visita ao campus da Asa Norte do Centro Universitário de Brasília (CEUB), onde 7.068 pessoas estão inscritas para realizar a prova do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). ( Lívia Blandina.). 
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
 Brasília - 05/10/2025 -A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante visita ao campus da Asa Norte do Centro Universitário de Brasília (CEUB), onde 7.068 pessoas estão inscritas para realizar a prova do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). ( Lívia Blandina.). 
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 A arqueóloga Lívia Blandina, 40 anos, tenta uma vaga no Bloco Temático 2 do CNU (Cultura e Educação). Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Ocupante de um cargo temporário no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a arqueóloga Lívia Blandina, 40 anos, chegou cerca de duas horas antes da abertura dos portões para disputar uma vaga no Bloco Temático 2 do CNU (Cultura e Educação). Natural do interior de Pernambuco, ela mora em Brasília desde o ano passado, quando assumiu o posto temporário.

“Como fiz outro concurso no ano passado, praticamente terminei a prova e continuei estudando”, diz Blandina. “Já estou adaptada ao ritmo de estudos de quatro horas por dia, mas, especificamente para o CNU, estou me preparando desde julho”, continua.

Segundo a arqueóloga, a maior dificuldade é estudar conteúdos de estatística, cobrados na prova do Bloco 2.

Falta de crescimento


Brasília - 05/10/2025 -A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante visita ao campus da Asa Norte do Centro Universitário de Brasília (CEUB), onde 7.068 pessoas estão inscritas para realizar a prova do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU).
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Brasília - 05/10/2025 -A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante visita ao campus da Asa Norte do Centro Universitário de Brasília (CEUB), onde 7.068 pessoas estão inscritas para realizar a prova do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU).
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Candidata aguarda para entrar no local onde fará a prova objetiva do Concurso Público Nacional Unificado (CNU). Foto:  Valter Campanato/Agência Brasil

Mesmo servidores públicos com anos de carreira estão disputando a edição de 2025 do CNU. Professora concursada há 12 anos da rede pública de ensino do Distrito Federal, Rosana Silva, 42 anos, disputa um cargo no Bloco 5 (Administração). Segundo ela, a falta de perspectivas de crescimento na carreira e o fato de levar frequentemente trabalho para casa a convenceram a tentar uma vaga no governo federal.

“Sou professora desde os 30 anos e dou aula de português para 200 alunos. Tenho muita redação para corrigir em casa. Na verdade, trabalho mais em casa do que em sala de aula”, destaca.

Com tempo para estudar apenas aos fins de semana e feriados, ela faz um cursinho online e pretende continuar a se preparar para ser servidora do Poder Judiciário, independentemente se passar ou não no CNU.

Rosana Silva também reclama da falta de valorização profissional do professor e de um plano de carreira sólido na rede pública. “Tenho especialização e mestrado e ganho R$ 8 mil líquidos por mês. Um professor com doutorado recebe na faixa de R$ 13 mil líquidos. Parece muito para a maioria da população, mas é pouco para o tanto que o professor estuda e se prepara”, afirma.

Matemática

A segunda etapa do CNU também atrai o público tradicional de não servidores públicos em busca de uma oportunidade profissional. Recém-formado em direito, Fabiano Schelb, 32 anos, sonha em trabalhar num tribunal. Ele pretende aproveitar a predominância de conteúdo em direito do Bloco 7 (Justiça e Defesa) para tentar uma vaga no Poder Executivo enquanto, assim como Rosana, prepara-se ingressar no Poder Judiciário.

“Quem estudou direito naturalmente leva uma vantagem”, acredita Schelb, que chegou ao centro universitário na Asa Norte, em Brasília, por volta das 10h50. Ele diz que a experiência na primeira edição do CNU, no ano passado, ajudou-o, mas alerta para as dificuldades com questões de matemática.

“No ano passado, fui bem no conteúdo de direito e de português. Mas só acertei duas questões de matemática, que eu não sabia que seria cobrada daquela forma. Este ano, estou mais bem preparado”, relata o recém-formado.




Fonte: Agência Brasil

CNU: escola em Manaus fica sem energia e candidatos terão tempo extra


A falta de luz afetou a realização de provas do Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2025) em uma escola em Manaus (AM) neste domingo (5), informou o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). O local conta com 436 candidatos inscritos que terão tempo extra para a prova, igualando ao mesmo período de prova dos demais candidatos do país. 

As provas dessa edição tiveram início às 13h (horário de Brasília) em 1.284 locais de provas, em 228 cidades. O monitoramento em tempo real do certame ocorre no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), localizado em Brasília.

Duração

As provas objetivas aplicadas neste domingo são dos nove blocos temáticos de nível superior e médio do CNU 2025

Para todos os cargos de nível superior, as provas objetivas terão a duração de cinco horas – das13h às 18h, no horário de Brasília.

Já os candidatos dos cargos de nível médio terão 3 horas e 30 minutos para realização das provas – das 13h às 16h30.

Cadernos de provas

Neste domingo, a primeira fase será composta por 90 perguntas de múltipla escolha, para o nível superior, e por 68, para o nível intermediário.

O candidato somente poderá levar o caderno de prova, caso a sua saída ocorra durante a última hora do horário determinado para o término das provas.

As três últimas pessoas candidatas a terminarem as provas deverão permanecer juntas na sala de aplicação, sendo liberadas somente após as três terem entregado os materiais de prova e terem seus nomes registrados na ata de sala.

Somente os candidatos habilitados nesta primeira etapa serão convocados para fazer a prova discursiva em 7 de dezembro.

CNU 2025

Ao todo, o chamado Enem dos Concursos tem 761.545 inscritos confirmados que concorrem a 3.652 vagas de 32 órgãos federais.

Do total de vagas ofertadas, há 3.144 para o nível superior e 508 para o nível intermediário. Serão 2.480 vagas imediatas e 1.172 vagas para provimento no curto prazo após a homologação dos resultados​.




Fonte: Agência Brasil

CNU: no Rio, candidatos buscam estabilidade e vida melhor para filhos


Mais de 108 mil pessoas participam da primeira etapa de provas da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2025), no Rio de Janeiro, neste domingo (5). Além de ser o estado com o maior número de inscritos, o Rio também oferece a maior quantidade de vagas fora do Distrito Federal: 315. Para atender a todos os participantes, 181 locais de prova foram preparados em diversas cidades do estado.

O candidato Carlos Eduardo do Nascimento chegou cedo ao campus da Faculdade Estácio, no centro da capital e aproveitou o tempo antes do fechamento dos portões para fazer uma última revisão em alguns resumos.


Rio de Janeiro (RJ), 05/10/2025 – O engenheiro Carlos Eduardo posa para foto em frente ao local de prova do Concurso Nacional Unificado (CNU), no centro do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 05/10/2025 – O engenheiro Carlos Eduardo posa para foto em frente ao local de prova do Concurso Nacional Unificado (CNU), no centro do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Carlos Eduardo do Nascimento disputa uma vaga Bloco 9, de nível intermediário – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

“A rotina de trabalho e estudos é um pouco complicada. Eu estudava quando chegava em casa ou em alguma brechinha no trabalho. Colocava alguma videoaula ou algum podcast e ouvia o conteúdo nesses momentos, ou na hora do almoço, no transporte de ida e volta.”

Ele espera conseguir uma das 340 vagas do Bloco 9, de nível intermediário, que reúne as oportunidades de trabalho nas agências de regulação. Esse foi o bloco que mais atraiu interessados no Rio de Janeiro, com mais de 26 mil inscrições homologadas.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), por exemplo, oferecem vagas no estado. A possibilidade de assumir um cargo público sem precisar mudar de endereço atraiu candidatos como Stephani Pereira.

“Eu sou enfermeira, mas não gosto de trabalhar na área. Já mudei para a área administrativa e sou feliz nela, quero continuar. O que mais me interessa no concurso é a estabilidade e a oportunidade de oferecer uma vida melhor para o meu filho. Eu já passei em um concurso para fora do estado, mas não pude me deslocar e também prefiro ficar no Rio para não impactar a vida dele”, contou.


Rio de Janeiro (RJ), 05/10/2025 –A enfermeira Stephanie Pereira posa para foto em frente ao local de prova do Concurso Nacional Unificado (CNU), no centro do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 05/10/2025 –A enfermeira Stephanie Pereira posa para foto em frente ao local de prova do Concurso Nacional Unificado (CNU), no centro do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Stephani Pereira busca estabilidade no emprego por meio do CNU – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Meiriane de Sousa também tem o filho como principal motivação. Ela é bacharel em direito, mas precisou abdicar da carreira para cuidar do menino, que tem autismo de nível 2. Ela vê o CNU como uma oportunidade de voltar a ter um trabalho remunerado, com mais segurança e benefícios.

“A preparação para o concurso quando a gente é mãe, especialmente no meu caso, já que meu filho tem autismo, é mais difícil, mas eu já venho estudando há algum tempo. O lugar que mais me interessa é a ANS, porque eu gosto da área da saúde e já fui estagiária lá e gostava muito.”




Fonte: Agência Brasil