Grupos terapêuticos ajudam mães a lidar com “dor inominável” do luto 


Em 2011, Márcia Noleto perdeu a filha Mariana em um acidente de helicóptero. Desde então, o luto passou a fazer parte da sua vida não apenas como experiência pessoal, mas como objeto de estudo e foco de trabalho.

A fundadora do grupo Mães sem Nome estudou psicologia para compreender melhor as múltiplas experiências de luto e como é possível continuar vivendo e reencontrar a alegria, mesmo que a ausência nunca possa ser preenchida. Em 14 anos, o grupo já ajudou milhares de mães em luto e alguns desses relatos se juntam à pesquisa de mestrado de Márcia, em seu recém-lançado livro Luto Materno.

Atualmente, mais de 20 psicólogas atendem voluntariamente mães de todo o Brasil que se reúnem em grupos virtuais e presenciais, para compartilhar suas experiências e se apoiar durante esse processo tão unicamente doloroso. No Dia das Mães, elas se revezam em esquema de plantão para dar auxílio individual àquelas que mais precisam.

Em entrevista à Agência Brasil, Márcia explica que esta é uma data de grande vulnerabilidade para essas mulheres, que não deixaram de ser mães, mas infelizmente não podem mais celebrar a data ao lado dos filhos que partiram. Mas ela também deixa uma mensagem de esperança: “a mãe que perde um filho jamais vai conseguir superar isso. Mas ela pode fazer um movimento de realinhamento com a vida”.


Brasília (DF) 09/05/2025 -  Grupos terapêuticos ajudam mães a lidar com
Brasília (DF) 09/05/2025 -  Grupos terapêuticos ajudam mães a lidar com

Após perder a filha, Márcia Noleto fundou o grupo Mães sem Nome e estudou psicologia Foto: Fernando Rabelo

Agência Brasil: Como o grupo começou?
Márcia Noleto: Eu tinha uma outra vida. Eu fui secretária do Consulado Geral da França durante 20 anos, até que aconteceu o acidente, em 2011. Um pouco antes, a Mariana tinha me ensinado a usar o Facebook, então eu pedi orações por ela no meu perfil e foi uma coisa surpreendente porque muitas mulheres do Brasil, e até de fora do Brasil, começaram a me mandar mensagens de esperança e de fé. E aí eu comecei a me comunicar com essas mulheres e muitas delas já tinham perdido filhos também. E naturalmente foi se formando um grupo de mulheres no Facebook que perderam filhos. Então, eu pensei assim: ‘Meu Deus, que universo é esse, que sofrimento é esse? É uma dor que não tem fundo, né? Ela é imensurável.’

E aí eu decidi estudar psicologia e eu já entrei com isso na cabeça: Eu quero fazer um trabalho nesse sentido. Porque é uma população que não tem amparo no poder público, e é também uma questão social enorme. Quantas mulheres ficam desempregadas depois que perdem seus filhos? Quantas mulheres precisam de auxílio saúde pela Previdência Social? Porque você tem direito a no máximo uma semana de luto. Isso se você tiver uma proteção trabalhista. E aí eu tive a ideia de fazer esses grupos terapêuticos, com a ajuda de duas psicólogas.

Agência Brasil: E por que o grupo se chama Mães sem Nome?
Márcia: Esse nome faz referência a esse fato da gente não ter uma denominação, né? Porque existe a viúva, o órfão…  mas no dicionário não tem nome para essa dor, é uma falta de lugar. Fica uma sensação de estar entre dois mundos. E essa mulher fica mesmo com uma sensação de estar entre dois mundos, presa entre a vida e a morte. O tempo não faz mais sentido: nem o passado, nem o presente, nem o futuro.

Quem passa por uma circunstância como essa, fica com o sentido da vida completamente esvaziado, então, o presente não faz mais sentido. Mas também não faz sentido você fazer planos para o futuro, porque você já perdeu tudo que você não podia perder. E a gente vai para o passado para rememorar, para sentir saudade, mas o passado já passou. Então, você fica em lugar nenhum. E realmente não tem nome para essa dor. Ela fica realmente no lugar do inominável.

Agência Brasil: Considerando o tamanho dessa dor, as mães em luto sentem que as outras pessoas não compreendem ou que, às vezes, não estão dispostas a ouvir sobre o que elas estão passando?
Márcia: Totalmente. É uma dor que as pessoas não estão preparadas para enfrentar na família, no meio social, no trabalho… não estão. As pessoas não sabem o que vão te dizer. Porque sentem medo também. Todo mundo que tem um filho, quando vê uma mãe perder seu filho diz assim: ‘Deus me livre’. Então, as pessoas se afastam de você, porque elas ficam desconfortáveis do seu lado. E às vezes as pessoas que chegam junto ficam durante um certo tempo, mas depois elas vão embora. E a dor é sua e você tem que continuar lidando com ela, sabe?

E quando eu escrevi esse livro (Luto Materno), a minha intenção também é que os psicólogos leiam. Porque eu recebo muitas mães que disseram para mim que foram em psicólogos, mas eles disseram: ‘Isso vai passar, você vai se cuidar e ficar melhor’. E não era isso que elas queriam ouvir, entende? A palavra “superação”, por exemplo, é uma palavra condenada. Horrível! A mãe que perde um filho jamais vai conseguir superar isso. Mas ela pode fazer um movimento de realinhamento com a vid, de rearticulação com a vida.

Agência Brasil: Mesmo que seja um sofrimento muito grande, você defende muito enfaticamente que o luto não seja tratado como doença?
Márcia: Sim! Hoje em dia você tem no DSM, que é um manual onde os médicos listam todas as doenças, o luto é considerado como um transtorno. E isso é uma coisa muito complicada, porque muitos psiquiatras, quando vão atender essas mulheres, entendem que elas precisam sempre ser medicadas. E eu afirmo com todas as letras que não. A dor do luto é uma dor existencial. A mulher está profundamente triste, mas ela não está deprimida clinicamente.

Se essa mulher já sofria de depressão antes da morte do filho, ela pode sim ter essa depressão potencializada, mas isso não quer dizer que toda mãe que perde o filho vai desencadear uma depressão. Eu não considero transtorno, e também não considero nenhum desvio, nenhuma inadequação. Pelo contrário. Então a gente tem que escutar essa mulher, porque também é uma coisa muito singular. Se você colocar duas mães na minha frente que tenham perdido os filhos de formas similares, mesmo assim, o luto não vai ser idêntico. Eu destaco bastante isso no meu livro.

Agência Brasil: Além de reunir esses relatos, você também traz uma abordagem filosófica e histórica do luto?
Márcia: Isso! Esse livro, na verdade, é uma tese de mestrado. Depois da psicologia, eu fiz uma formação em fenomenologia, e essa abordagem traz justamente esse conceito, de que a gente não vê o transtorno, a gente vê o sofrimento. Então, eu fui lá atrás no Freud, que é uma das primeiras pessoas que vai falar de luto, e aí eu vou no Heidegger, que é um filósofo que está na base da abordagem fenomenológica, e ele diz que a gente é um ser jogado nesse mundo aqui e que a gente tem que lidar com a nossa finitude.

Mas como a gente lida? Se esquivando da morte. Então, qual é a saída? Eu trago como uma das possibilidades de tratamento a clínica compartilhada em grupo.

Agência Brasil: Que se relaciona com o trabalho que vocês fazem no Mães sem Nome, né? Como o grupo funciona?
Márcia: A gente tem uma página no Instagram (@maessemnome2023), e a mulher que precisa de ajuda, entra na página e deixa um recado lá. Aí a coordenadora da rede de psicólogas pega o nome dessa mãe e distribui para alguma psicóloga voluntária. Elas fazem uma entrevista de triagem, que é uma entrevista preliminar para entender como é que essa mãe está se sentindo, e se for uma história muito difícil, a gente propõe uma terapia em algumas sessões, para dar acolhida e perceber se ela vai estar apta para escutar outras histórias. Quando a gente percebe que sim, ela começa a participar. Nós temos dois encontros online nas quartas e nas sextas, e aos sábados aqui no consultório presencial.

O grupo é aberto, isso quer dizer que qualquer mulher pode entrar e sair a hora que quiser. Você pode entrar e ficar com a sua câmera fechada. Se você não está a fim de falar nesse dia, você pode só ouvir. E ela participa pelo tempo que quiser. O importante é elas saberem que sempre que quiserem e precisarem, a gente está ali. Para o livro, eu transcrevi alguns encontros e fui pensando algumas palavras que se repetiram. Mas com muito cuidado, porque eu não queria que essas palavras fossem entendidas como características do luto materno. Não tem como padronizar.

Agência Brasil: Datas comemorativas de maneira geral costumam ser complicadas para as pessoas em luto, mas o Dia das Mães é um desafio maior para essas mulheres?
Márcia: Tem um complicador a mais, sim. A gente não deixa de ser mãe, mesmo que perca o único filho que tem. E essa data lembra que a gente é mãe. E lembra que a gente perdeu esse filho. E para algumas mães que ainda têm filhos vivos, essa mulher fica dividida: eu tenho aqui uma vida para viver, eu tenho um filho para cuidar, mas eu perdi um outro filhinho.

Então assim, eu sei que é uma data comercial, mas ela toca numa ferida muito exposta. Por isso que a gente faz plantão psicológico para ouvi-las. Para que elas possam falar sobre isso e voltar para as suas casas e passar o dia bem com o filho que ela tem aqui nesse mundo, e para que ela possa em algum momento também fazer uma prece, se reconectar, mandar boas energias universo, enfim, pra que ela possa encontrar um lugar que seja confortável para ela nesse dia.

Agência Brasil: E quem está ao redor dessas mulheres, como pode ajudar?
Márcia: Estar presente, mas verdadeiramente presente. Eu acho que a gente precisa se conectar verdadeiramente com as pessoas, olhar no olho, abraçar, aquele abraço duradouro, aquele amor sincero, aquela energia boa. Você não precisa estar falando sobre o assunto, mas você pode estar presente e mostrar para essa pessoa que a vida tem outros prazeres, como sentar numa mesa, almoçar junto com a família. E se algo for dito, ou for transmitido no olhar… deixa dizer, se a vontade de chorar vier, deixa chorar e acolher essa dor. Entender que ela existe, mas a gente pode viver com essa dor guardadinha em algum lugar do coração, uma um lugar que seja respeitoso, cuidadoso, como um relicário, sabe? E, ao mesmo tempo, que tem alegria também.

A gente pode ter as duas coisas ao mesmo tempo, sim. Tem como acomodar as duas coisas dentro de si em lugares diferentes, mas num universo só, que somos nós mesmos. Essa é a arte de viver. E as mulheres que precisarem de ajuda podem procurar o nosso Instagram, que a gente entra em contato, a gente acolhe e cuida.






Fonte: Agência Brasil

Há 35 anos, jornais e sites publicam conteúdo da Agência Brasil


São 5h no bairro Morada do Sol, em Rio Branco, e os trabalhos já começaram na redação do ac24horas, jornal online em atividade há 18 anos. A preparação da pauta diária inclui acessar a Agência Brasil e selecionar textos e fotos que possam ser publicados na editoria de notícias nacionais.

A editora-chefe do ac24 horas, Thais Farias, diz que os conteúdos facilitam o trabalho diário e garantem o acesso a uma informação segura.

“Nós acreditamos que as informações da Agência Brasil carregam credibilidade e funcionam como uma fonte de extrema confiança para os veículos nacionais, principalmente àqueles mais afastados dos grandes centros urbanos do país, onde checar in loco uma informação pode se tornar uma tarefa mais difícil e, por vezes, inviável”, diz a editora-chefe.

A linha editorial do ac24horas prioriza temas de política, mas tem espaço para assuntos diferentes como educação, cultura, entretenimento e cotidiano. Há correspondentes em outras regiões do estado, para além da capital. Os leitores englobam desde os mais jovens até os mais experientes.

Como agência de notícias pública, a Agência Brasil coloca os conteúdos produzidos pelos seus jornalistas à disposição de todos os veículos de comunicação. Não é preciso desembolsar um centavo diretamente. Como diz o texto do pop-up que surge toda vez que o conteúdo é copiado, “a republicação é gratuita desde que citada a fonte”.

Thais Farias sabe disso há pelo menos 13 anos, quando começou a trabalhar no jornalismo acreano. Ela está desde 2019 no ac24horas como repórter e há pouco mais de dois anos desempenha a função de editora-chefe do jornal.

“Comecei como estagiária no tradicional jornal impresso O Rio Branco. No mesmo grupo, passei pela TV, onde atuei com produção, reportagem e também tive o primeiro contato com o jornalismo online. Desde esse primeiro contato, há mais de dez anos, tive a Agência Brasil como uma fonte segura de informação e sempre acesso em busca de notícias com credibilidade”, diz Thais Farias.

A mais de 3 mil quilômetros dali, em Palmas, o Conexão Tocantins leva ao público informações do estado e regiões adjacentes. O site de notícias funciona desde 2007 e tem no conteúdo da Agência Brasil um complemento importante para abordar temas mais diversos. A repórter Nayara Pires confirma que o uso do material é frequente na redação do Conexão Tocantins.

“Utilizamos na íntegra ou editado em razão da relevância e interesse público da informação, como forma de complementar o menu editorial do site em áreas relevantes que impactam diretamente a vida do cidadão, como economia, política, saúde e cotidiano”, diz Nayara.

Dessa forma, veículos com poucos profissionais e uma redação mais enxuta conseguem ampliar o tipo de conteúdo que fornecem aos leitores, explica a repórter.

“A importância se dá pelo caráter informacional isento e que estabelece um equilíbrio sobre os ângulos e perspectivas no tratamento da informação, além de servir como suporte para os pequenos veículos que ainda não têm uma redação abrangente e consolidada cobrindo distintas editorias de interesse público”, destaca Nayara.


Brasília (DF) 09/05/2025 - Há 35 anos, jornais e sites do país publicam conteúdo da Agência Brasil. (Coordenador geral de conteúdo, Rodrigo Chagas). Foto Arquivo pessoal
Brasília (DF) 09/05/2025 - Há 35 anos, jornais e sites do país publicam conteúdo da Agência Brasil. (Coordenador geral de conteúdo, Rodrigo Chagas). Foto Arquivo pessoal

Coordenador-geral de Conteúdo do Brasil de Fato, Rodrigo Chagas, diz que Agência Brasil ajuda a combater “desertos informacionais” – Foto: Arquivo pessoal

Com sede em São Paulo, o site de notícias Brasil de Fato republica até três textos por dia da Agência Brasil. Segundo o coordenador-geral de Conteúdo, Rodrigo Chagas, são priorizadas coberturas factuais e efemérides. Além de aumentar o volume de notícias, o complemento ajuda a liberar os repórteres para trabalhar em produções autorais.

“A gente tem uma salvaguarda, um chão muito bem construído por agências estaduais e nacionais, como a Agência Brasil, de combate aos desertos informacionais, aos vazios de notícias, que sabemos quão prejudiciais podem ser para a democracia”, diz Rodrigo Chagas.

“Em vez de só manter a Agência Brasil, precisamos que ela esteja forte, que tenha os trabalhadores necessários para dar conta do seu papel. Uma equipe remunerada adequadamente e em quantidade necessária”, complementa.


Brasília (DF) 09/05/2025 - Há 35 anos, jornais e sites do país publicam conteúdo da Agência Brasil. (Márcia Dias, editora do PB Agora). Foto Arquivo pessoal
Brasília (DF) 09/05/2025 - Há 35 anos, jornais e sites do país publicam conteúdo da Agência Brasil. (Márcia Dias, editora do PB Agora). Foto Arquivo pessoal

Márcia Dias, editora do PB Agora, diz que a utilização de conteúdos da Agência Brasil permite a ampliação da cobertura do site – Foto: Arquivo pessoal

A Agência Brasil também contribui para um número expressivo de veículos informativos do Nordeste. É o caso do PB Agora, site de notícias da Paraíba, criado em 2009, que tem uma média de 3 milhões de visualizações mensais.

Estender os limites da cobertura diária para além das divisas paraibanas é possível com o apoio da agência pública de notícias, como explica Márcia Dias, editora do PB Agora.

“Utilizamos o conteúdo da Agência Brasil por ser uma fonte oficial, confiável e com cobertura dos principais acontecimentos do país. Além disso, a permissão da repercussão dos textos e fotografias de qualidade em nosso portal nos dá a possibilidade de ampliar a cobertura jornalística no PB Agora, especialmente em temas de relevância nacional que, pela nossa localização, não conseguiríamos cobrir diretamente por limitações logísticas”, diz Márcia.

Comunicação antirracista

Além do alcance geográfico amplo, ao atender veículos de Norte a Sul do país, a Agência Brasil tem entrada em mídias que se posicionam diretamente em defesa da diversidade e da democracia plena.


Brasília (DF), 08/05/2025 - Equipe de redação do Notícia Preta. 
Há 35 anos, jornais e sites do país publicam conteúdo da Agência Brasil.
Foto: TVT News
Brasília (DF), 08/05/2025 - Equipe de redação do Notícia Preta. 
Há 35 anos, jornais e sites do país publicam conteúdo da Agência Brasil.
Foto: TVT News

Equipe de redação do Notícia Preta – Foto: Arquivo do site

É o caso do Notícia Preta, site lançado em 2018 pela jornalista Thais Bernardes. Ela já tinha experiência em outras empresas de mídia tradicionais e decidiu investir em um projeto editorial de combate às desigualdades, com foco antirracista.

A equipe atual tem 23 pessoas e participa também da Escola de Comunicação Antirracista, plataforma de ensino online criada em agosto de 2023. Além da produção própria, o Notícia Preta reverbera alguns dos conteúdos produzido pela Agência Brasil.

“Para uma mídia independente como a nossa, que ainda não conta com uma estrutura de cobertura nacional como a dos grandes conglomerados, a existência de uma agência pública como a Agência Brasil é essencial. Ela nos oferece acesso gratuito a conteúdos de interesse público, com credibilidade, o que fortalece a pluralidade de vozes na imprensa brasileira”, diz Thais Bernardes.

A diretora do Notícia Preta entende uma agência pública de notícias como uma conquista democrática, que permite ao site ter uma cobertura mais completa, coerente com a linha editorial adotada, e o apoio de uma estrutura com informação gratuita e confiável.

“Para veículos como o Notícia Preta, que representam a mídia independente, periférica e antirracista, a Agência Brasil funciona como uma ponte de acesso à informação de qualidade, especialmente sobre o que acontece nas diferentes regiões do país”, diz Thais. “Num momento em que a desinformação cresce e a credibilidade da imprensa está em disputa, o fortalecimento de uma agência pública transparente, plural e acessível é mais necessário do que nunca”, complementa.


Brasília (DF) 09/05/2025 - Há 35 anos, jornais e sites do país publicam conteúdo da Agência Brasil. ( Apresentadores de um dos principais telejornais da TVT News). Foto Arquivo do site
Brasília (DF) 09/05/2025 - Há 35 anos, jornais e sites do país publicam conteúdo da Agência Brasil. ( Apresentadores de um dos principais telejornais da TVT News). Foto Arquivo do site

TVT News utiliza material da Agência Brasil para produzir seus conteúdos – Foto: Arquivo do site

Trabalhadores informados

Há 14 anos, a Rede TVT atua para promover o acesso à informação, à cultura e ao entretenimento, por meio de TV aberta, rádio e internet. Classificada como emissora educativa, ela é mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

Conhecida por defender o interesse dos trabalhadores, dos movimentos sociais e das entidades sindicais, a TVT também utiliza os conteúdos produzidos pela Agência Brasil, como explica o presidente da empresa, Maurício Junior.

“A pauta da TVT começa pela leitura da Agência Brasil. No final de cada dia e no início de cada manhã, o editor do site TVT News e os produtores dos telejornais Jornal TVT News Primeira e Segunda edições olham o que foi publicado para definir o que será notícia para a TVT”, diz Maurício Júnior.

“A Agência Brasil é uma âncora de credibilidade. O material é muito importante para pautar o jornalismo em geral. O que é escolhido para ser publicado na Agência vai ser a pauta dos demais veículos de comunicação, o que é essencial para a democracia e para o jornalismo brasileiro”, complementa.

O presidente da TVT destaca como diferenciais o tipo de linguagem e a preocupação em tornar a informação mais acessível. “A Agência Brasil também traduz, para linguagem mais simples e direta, temas que são complicados, como ações ministeriais, lançamento de políticas públicas ou decisões judiciais. É a partir da abordagem da Agência Brasil que temos uma bússola de como falar para nosso público”, diz.

Em sentido semelhante, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) também republica em seu site oficial os conteúdos da Agência. Como principal organização sindical brasileira, a CUT está organizada em todos os 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Segundo a secretária de Comunicação da entidade, Maria Aparecida Faria, textos e fotografias da Agência são utilizados com frequência, por dialogarem com muitas pautas de interesse da classe trabalhadora.

“Publicamos matérias que tenham como temas trabalho informal, regulamentação do trabalho das cuidadoras, direito das mulheres, combate à violência, ao racismo e outras formas de discriminação, como a LGBTfobia”, diz Maria.

“Matérias de serviço também são muito utilizadas. Como sacar o PIS, antecipação de décimo terceiro de aposentados, o que abre e fecha no feriado, entre tantas outras. Também divulgamos pautas sobre retomadas de políticas públicas, como Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida”, complementa.

Aperfeiçoamento

Assim como tem feito durante estes 35 anos, a Agência Brasil busca aperfeiçoar o trabalho que é feito a partir das redações do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, além de viagens para outras coberturas nacionais. Por isso, ouve com atenção e respeito as sugestões daqueles que ampliam o alcance das notícias produzidas por ela.

“A sugestão é que possam ter mais matérias direcionadas aos estados que compõem a região do Matopiba [Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], principalmente o Tocantins”, pede Nayara Pires, do Conexão Tocantins.

“Sugerimos a publicação de notícias mais focadas na Região Norte do Brasil. Percebemos que as matérias publicadas são concentradas mais na Região Sudeste e Sul, e ficamos um pouco ‘órfãos’ de assuntos relacionados aos estados do Norte, aparecendo apenas em casos extremos, como crises climáticas”, diz Thais Farias, do ac24horas.

“Acredito que ainda há espaço para avançar em alguns pontos importantes. Uma das sugestões que deixo, com todo respeito e espírito construtivo, é que haja uma atenção maior à linguagem utilizada nos textos, especialmente em coberturas sobre segurança pública ou Justiça. Termos como ‘antecedentes criminais’, por exemplo, muitas vezes reforçam estigmas sobre determinados grupos sociais, principalmente a juventude negra e periférica, e não contribuem para uma narrativa antirracista”, diz Thais Bernardes, do Notícia Preta.




Fonte: Agência Brasil

Agência Brasil: 35 anos com informação de qualidade para o cidadão


 A Agência Brasil completa, neste sábado (10), 35 anos como a principal agência pública de notícias do país, desempenhando um papel fundamental na promoção da cidadania, na cobertura de políticas públicas e na garantia do direito à informação. Com uma trajetória marcada pelo compromisso com a transparência e a democratização do acesso às notícias, a Agência tem sido uma fonte de informações confiáveis e de qualidade, abastecendo jornais, rádios e veículos de comunicação de todo o país e do mundo. 

Diariamente, a Agência Brasil produz mais de 100 notícias e fotos, distribuídas de forma gratuita. Também possui um canal de distribuição de matérias por WhatsApp e uma comunidade na mesma rede social onde são disponibilizados três boletins diários de segunda a sexta-feira. As principais matérias do dia também são traduzidas para o inglês e o espanhol, ampliando o alcance e o público leitor da agência pública.

Em março de 2025, a Agência Brasil atingiu mais de 5,5 milhões de usuários e mais de 9,4 milhões visualizações em sua própria página. Matérias de economia, educação, direitos humanos e saúde estão sempre as mais procuradas no site cuja audiência é bastante jovem – 36% têm entre 25 e 34 anos e 20%, de 18 a 24 anos.

Além disso, o material é reproduzido em centenas de sites, jornais e outros veículos de imprensa. Apenas em abril, mais de 10,8 mil sites utilizaram as matérias da Agência Brasil.

Outra importante vertente da Agência Brasil está na oferta de conteúdo de credibilidade para livros didáticos. Ao longo de 2024, mais de 160 obras educacionais incorporaram textos e áudios produzidos pelo veículo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), reforçando o papel do jornalismo público na disseminação do conhecimento.

Para atender melhor os usuários e ampliar as funcionalidades para acesso via mobile, o site da Agência Brasil passou por uma reformulação de layout em setembro de 2024. O intuito da mudança foi facilitar o acesso às informações, melhorar a leitura e o compartilhamento das notícias, além de oferecer mais conteúdo para o internauta. Também foram lançadas duas novas editorias: meio ambiente e cultura, alinhadas com a estratégia editorial voltada para temáticas urgentes como as mudanças climáticas.


Brasília (DF), 09/05/2025 - Diretora de Jornalismo  de jornalismo, Cidinha Matos, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Brasília (DF), 09/05/2025 - Diretora de Jornalismo  de jornalismo, Cidinha Matos, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A diretora de Jornalismo da EBC, Cidinha Matos, afirma que uma agência de comunicação pública é vital para a democracia. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Na avaliação da diretora de Jornalismo da EBC, Cidinha Matos, uma agência de comunicação pública como a Agência Brasil é vital para a democracia.

“A Agência Brasil desempenha um papel essencial na comunicação pública brasileira ao atuar como uma fonte confiável de informações, promovendo a transparência, democratizando o acesso às notícias e fortalecendo a cidadania. Uma agência de comunicação pública forte contribui para uma sociedade mais bem informada, participativa e democrática.”

Já para o presidente da EBC, Jean Lima, a Agência Brasil é um serviço relevante para a população brasileira, pelo seu alcance e gratuidade.

“É uma agência que fornece informações verídicas, checadas. Em tempos de desinformação isso é muito importante”, afirmou.

“A agência é reconhecida pelos diversos prêmios que já ganhou, tanto no jornalismo quanto no fotojornalismo. Então, é muito importante a gente comemorar os 35 anos, reconhecer o trabalho valoroso de todos os empregados e empregadas que já passaram pela agência. É um veículo que precisa ser alçado e reconhecido pelos serviços que presta à sociedade brasileira.”

Um pouco de história


Brasília (DF), 09/05/2025 - Carlos Zarur, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Brasília (DF), 09/05/2025 - Carlos Zarur, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Em 1998, o jornalista Carlos Zarur assume a presidência da Radiobrás, a convite do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A Agência Brasil surge no contexto de redemocratização do Brasil em 1990. Mas foi durante a gestão de Carlos Zarur, iniciada em 1998, que a Radiobrás – empresa que, posteriormente, passou a se chamar Empresa Brasil de Comunicação (EBC) – deu o primeiro passo na busca pela independência editorial necessária para uma agência pública de notícias.

“Quando fui convidado para presidir a empresa pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, deixei claro que só aceitaria o convite se tivesse autonomia para indicar todos diretores, sem indicações políticas”, lembrou Zarur, que, na época do convite, era um dos jornalistas do quadro da Radiobrás.

Para chefiar a Agência Brasil, Zarur escalou, como diretora de notícias, a jornalista Marizete Mundim. “Quando eu cheguei na Radiobrás, a agência de notícias praticamente não existia. Não tinha nenhuma relevância”, relembrou Marizete.


Brasília (DF), 09/05/2025 - Marizete Mundim, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Marizete Mundim/Arquivo pessoal
Brasília (DF), 09/05/2025 - Marizete Mundim, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Marizete Mundim/Arquivo pessoal

Marizete Mundim chefiou a Agência Brasil como diretora de notícias da Radiobrás. Foto: Marizete Mundim/Arquivo pessoal

“Para se ter uma ideia, na época, o apelido da Radiobrás era Titanic. Por aí, você tira uma ideia [da situação]. Ela estava afundando, restrita a um galpão. Tudo estava sucateado, com suas equipes desestimuladas”, acrescenta a ex-diretora de notícias.

Segundo Marizete, a aproximação de Zarur com Ana Tavares, então responsável pela comunicação social no governo Fernando Henrique Cardoso, foi crucial para começar “a grande revolução dentro da Radiobrás”.

“Para começar, adotamos um novo conceito, não de agência de governo, mas de agência pública de notícias”, afirmou.

“Nossa referência, para fazermos uma comunicação pública de qualidade, era a BBC de Londres que, a meu ver, é a melhor do mundo. Claro que a gente estava muito longe disso, mas era nosso espelho; nosso molde”, explicou.

A ideia era ampliar horizontes, em vez de fazer apenas matérias positivas para o governo. “Não é falar bem nem falar mal, mas falar os fatos. Claro que isso é um processo lento, porque havia muita resistência”, acrescentou.

Novas tecnologias

Segundo Marizete Mundim, o nascimento da Agência Brasil coincidiu com alguns fatos relevantes para o jornalismo. Com as novas tecnologias que surgiam, as agências de notícias começavam a produzir cada vez mais notícias em tempo real.

“Adquirimos computadores novos para esta que foi uma transição feita a duras penas. Foi uma epopeia, mas conseguimos colocar a Agência Brasil em tempo real”, acrescentou ao citar, também, a melhoria de infraestrutura proporcionada pela mudança da sede da empresa para um prédio mais bem estruturado.

Tudo isso com pouca verba, como lembra o, à época, presidente da empresa. “Tudo que precisávamos, em termos de equipamentos e infraestrutura, era criado e montado pela própria equipe da casa, que vestiu a camisa da empresa. Foi uma verdadeira ginástica financeira”, detalhou Zarur.

Segundo Zarur, o fato de o material ser apresentado em tempo real garantia uma independência editorial que até então não existia na empresa.

“A Agência era a cabeça da Radiobrás; o comando de todo conteúdo jornalístico a ser utilizado pela TV e pelas rádios. Tudo em tempo real”, disse Zarur.

“Ao dar de forma quase imediata a notícia, o tempo real dificultava qualquer censura prévia. As reclamações só vinham após a veiculação da notícia”, completou.

Foco no cidadão

Em 2003, no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o jornalista Eugênio Bucci assumiu a presidência da Radiobrás com o intuito de ampliar o alcance e a relevância dos veículos públicos. Mais do que noticiar o que acontecia no governo, a nova gestão coloca o cidadão no centro da pauta jornalística da empresa.


Brasília (DF), 09/05/2025 - jornalista Eugênio Bucci, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 09/05/2025 - jornalista Eugênio Bucci, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

O jornalista Eugênio Bucci assumiu a presidência da Radiobrás em 2003. Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

“Quando cheguei à Radiobrás, a Agência Brasil já existia. O que fizemos foi dar um impulso muito grande para ela; uma nova configuração”, disse.

“Procuramos fazer com que a Agência Brasil passasse a fornecer informação de qualidade para todos os veículos de comunicação no Brasil, como faziam as agências privadas e comerciais. A diferença é que enquanto elas cobravam pelo serviço, nós o oferecíamos de graça”, explicou Bucci referindo-se à capilaridade das notícias produzidas pela Agência, muito republicadas por outros veículos jornalísticos, em especial do interior do país.

O quadro de empregados aumentou significativamente por meio de concurso público, possibilitando a ampliação de coberturas, dando a elas foco especial à sociedade civil. “Reconfiguramos o índice de assuntos para que ele contemplasse mais aquilo que é relevante para a cidadania”, disse Bucci.

“Nossa intenção era subir o patamar básico de informações disponíveis para [abastecer] todos os veículos jornalísticos e de comunicação no país. Com isso, o material da Agência Brasil passou a ser usado em grande escala”, completou.

Interesse público


Brasília (DF), 09/05/2025 - Rodrigo Savazoni, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Instituto Procomum/Divulgação
Brasília (DF), 09/05/2025 - Rodrigo Savazoni, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Instituto Procomum/Divulgação

Editor chefe da Agência Brasil de 2004 a 2007, Rodrigo Savazoni diz que “o dono da comunicação pública é o cidadão” – Instituto Procomum/Divulgação

Ele lembra que, entre os critérios para a produção de notícias estava o interesse público, “mesmo quando essas notícias contrariassem alguns interesses legítimos do governo”. “Isso aconteceu na cobertura das tropas brasileiras no Haiti e em alguns episódios da cobertura do caso do mensalão”, acrescentou.

Editor Executivo e editor chefe da Agência Brasil, no período entre 2004 e 2007, Rodrigo Savazoni detalha o plano editorial que norteava o veículo na época. A ideia, segundo ele, era cobrir o espaço público político brasileiro, a partir de um triângulo formado pelas três dimensões da República: governo, estado e cidadania, o que inclui os movimentos sociais.

“Também atuamos fortemente na modernização tecnológica, num momento em que a internet era ainda incipiente mas se projetava como a principal mídia do século 21. Fomos pioneiros na operação multimídia no Brasil, criando uma área específica para o desenvolvimento de narrativas interativas, que foi responsável por reportagens especiais fascinantes”.

Credibilidade

O volume de produção jornalística aumentou significativamente. “Chegamos a distribuir mais de 200 notícias por dia, para veículos de todo o país. Tudo aberto, livre e gratuito. O crescimento exponencial do uso de nossos materiais, inclusive por veículos da grande imprensa, se deu por conta da crescente credibilidade da agência”, complementou Savazoni.

Essa credibilidade era fortalecida na medida em que ficava mais clara a autonomia editorial em relação ao governo.

“Procuramos esclarecer [essa separação], estabelecendo uma comparação com uma universidade pública ou um hospital público. O argumento era simples: você acha que uma universidade deve ser partidarizada, um hospital deve perguntar em quem o cidadão votou para atendê-lo?”, explicou Savazoni ao ressaltar que “o dono da comunicação pública é o cidadão”.

Consolidação da EBC

Em 2007, é criada a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A estatal surge a partir da incorporação do patrimônio, do pessoal e concessões de radiodifusão da Radiobrás e dos bens públicos da União que estavam sob guarda da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp). A EBC é criada para fortalecer o sistema público de comunicação e dar efetividade ao princípio constitucional de complementaridade entre o sistema público, privado e estatal de comunicação.


Brasília (DF), 09/05/2025 - Tereza Cruvinel, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Marcelo Carnaval/Agência Brasil
Brasília (DF), 09/05/2025 - Tereza Cruvinel, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Marcelo Carnaval/Agência Brasil

Jornalista Tereza Cruvinel foi a primeira presidente da EBC. Foto: Marcelo Casal Jr./Arquivo Agência Brasil

Para pavimentar o caminho em direção à comunicação pública, foram instituídos, na EBC, o Conselho Curador (com representantes do governo, da sociedade civil e do quadro de funcionários) e a Ouvidoria.

Primeira presidente da recém-criada EBC, a jornalista Tereza Cruvinel afirma que a Agência Brasil “era uma das melhores heranças que a nova empresa recebia da Radiobrás”.

Ela lembra que sua gestão tinha dois desafios para o veículo.

“Primeiro, consolidar sua gestão como agência pública e não governamental, o que já havia começado na gestão de Eugenio Bucci na Radiobrás. Depois, ela carecia urgentemente de investimentos em tecnologia, para melhorar e ampliar o acesso dos leitores e a oferta de conteúdos”, afirma, destacando que, à época, foram destinados importantes recursos financeiros para essa finalidade.

“Também era nosso desafio torná-la multimídia, com maior oferta de vídeos e áudios. Isso avançou um pouco mas creio que ainda falta muito fazer”, afirmou.

Tereza cita ainda os vários acordos de cooperação com agências públicas estrangeiras, como a argentina Télam, a portuguesa Lusa e a chinesa Xinhua.

A jornalista lamenta não ter conseguido avançar na criação da Ulan – a União Latino-Americana das Agências de Notícias Públicas -, uma articulação feita por ela e o então presidente da Télam Sergio Novoa.

“Fizemos uma reunião com 9 agências em Caracas [em 2014] e estávamos avançando para a criação do portal unificado. Nisso, acabou meu mandato na EBC e o de Novoa na Télam. O projeto morreu”, recordou.

Alguns anos depois, em 2016, sob a liderança do jornalista Paulo Totti, à época gerente executivo de Agências da EBC, a Agência Brasil fez seu primeiro programa de correspondentes e enviou repórteres concursados para cinco capitais: Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife. O intuito era ampliar a cobertura nacional e dar mais destaque para notícias fora do eixo Rio, São Paulo e Brasília.

Entretanto, logo após o impeachment de Dilma Rousseff, no início do governo do ex-presidente Michel Temer, o Conselho Curador da EBC é extinto por meio de medida provisória e o programa de correspondentes, encerrado. Uma das primeiras coberturas afetadas pelas mudanças foi a do assassinato da vereadora Marielle Franco, que teve o acompanhamento da investigação restringido.

Durante o governo de Jair Bolsonaro, o diálogo com a sociedade civil também foi reduzido na esfera editorial, com uma série de temas relacionados aos direitos humanos interditada.

Após a retomada do projeto de comunicação pública, no terceiro governo Lula, a Agência Brasil reassumiu sua vocação de cobertura voltada para o debate e políticas públicas.

A jornalista Tereza Cruvinel reconhece a resistência dos funcionários da EBC como importante trincheira para a manutenção do jornalismo público.

“O que posso dizer hoje é que, apesar dos retrocessos e das violências sofridas no período Temer-Bolsonaro, a Agência Brasil resistiu, graças a seu corpo funcional, e continua honrando sua tradição de fazer bom jornalismo público.”

Prêmios


São Paulo SP 04/12//2023 - Entrega do Prêmio Einstein + Admirados da Imprensa de Saœde,Ciência e Bem-Estar, no Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein . Foto Paulo Pinto/Agência Brasil
São Paulo SP 04/12//2023 - Entrega do Prêmio Einstein + Admirados da Imprensa de Saœde,Ciência e Bem-Estar, no Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein . Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

Jornalistas da Agência Brasil recebem o Prêmio Einstein + Admirados da Imprensa de Saúde,Ciência e Bem-Estar, em 2023. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Além da reprodução das matérias por diversos veículos, a qualidade do jornalismo da Agência Brasil é chancelada pelos numerosos prêmios que o veículo recebeu ao longo de sua história.

Em 2008, a Agência ganha, pela primeira vez, o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos com o especial Nação Palmares. De lá para cá, dezenas de prêmios foram concedidos a reportagens especiais e aos profissionais que trabalham no jornalismo público.

Apenas em 2024, a Agência Brasil recebeu 6 prêmios jornalísticos pela excelência do seu material e reconhecimento do profissionalismo de seus repórteres e fotógrafos.

>> Veja lista de prêmios conquistados pela EBC

Aperfeiçoamento da democracia


Brasília (DF), 09/05/2025 - Professor de comunicação (UNB) e ex. Ouvidor adjunto da EBC, Fernando Paulino, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Fernando Paulino/Arquivo pessoal
Brasília (DF), 09/05/2025 - Professor de comunicação (UNB) e ex. Ouvidor adjunto da EBC, Fernando Paulino, especial aniversário de 35 anos da agência Brasil
Foto: Fernando Paulino/Arquivo pessoal

Professor da Faculdade de Comunicação da UnB e ex-ouvidor adjunto da EBC, Fernando Paulino, afirma que a Agência Brasil é um instrumento de aperfeiçoamento da democracia. Foto: Fernando Paulino/Arquivo pessoal

Ouvidor adjunto da EBC de 2009 a 2012, o professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), Fernando Paulino avalia que, enquanto agência pública de notícias, a Agência Brasil não é apenas um instrumento de acesso e circulação de informações.

É também, segundo ele, um instrumento de prestação de contas e, com isso, “de aperfeiçoamento da democracia, uma vez que promove mais transparência e contribui para o maior envolvimento da população nas tomadas de decisão”.

Na avaliação dele, a Agência tem, enquanto instrumento de comunicação pública, potencial “bastante significativo para tratar de assuntos e temas relevantes que, por vezes, não estão na agenda de outros veículos, com outros interesses e outras finalidades”.

Para Eugênio Bucci, é preciso que as autoridades compreendam que bons serviços de informação difundidos por veículos públicos podem ajudar o governo.

“Temos universidades custeadas por recursos públicos e não sofrem nenhuma interferência da autoridade do Executivo sobre aquilo que está ensinando ou pesquisando. É assim que tem de ser. O mesmo princípio vale para a comunicação pública. O resultado final é que isso é melhor para o próprio governo, que ganha credibilidade, ganha respeitabilidade”, afirmou Bucci.




Fonte: Agência Brasil

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 45 milhões


As seis dezenas do concurso 2.861 da Mega-Sena serão sorteadas a partir das 20h (horário de Brasília), deste sábado (10) no Espaço da Sorte, em São Paulo.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa.

O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 45 milhões. 

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

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Fonte: Agência Brasil

Inscrições ao 7º Prêmio Espírito Público vão até 5 de junho


Profissionais que atuam em órgãos da União, estados ou municípios têm até 5 de junho para se inscrever na 7ª Edição do Prêmio Espírito Público. Os candidatos podem ser de nacionalidade brasileira ou estrangeira e precisam atuar como profissionais públicos há pelo menos cinco anos para inscrever projetos implementados no serviço público. 

De autoria individual ou de um grupo, os projetos devem ter sido realizados em todas as esferas e poderes, desde que se enquadrem em uma das seguintes categorias: desenvolvimento social, educação, gestão de pessoas, gestão e transformação digital, meio ambiente e emergência climática, saúde e segurança.

O edital detalha os critérios de avaliação de cada uma das sete categorias. Na saúde, por exemplo, os avaliadores buscam iniciativas que aprimorem a gestão do sistema público, fortaleçam a atenção primária, ampliem o acesso a serviços essenciais e inovem na prevenção e tratamento de doenças, inclusive projetos voltados à saúde mental e promoção do bem-estar emocional.

O autor do projeto vencedor receberá  R$ 10 mil.

Organizado pela República.org, o Prêmio Espírito Público visa reconhecer a importância trabalho de servidores para uma transformação que permita ao Brasil oferecer serviços melhores à população.

Ao longo de suas seis edições, mais de 9 mil servidores públicos concorreram ao prêmio, dos quais foram selecionados quase 190 que estiveram diretamente envolvidos nas premiações. O prêmio contou a história de mais de 100 projetos que impactaram o Brasil.

Todas as informações serão divulgadas pelas redes digitais e pelo site oficial do prêmio. Servidores públicos poderão se inscrever neste endereço.




Fonte: Agência Brasil

Xodó de Cozinha mostra como preparar receitas com batata-doce


A edição inédita do programa Xodó de Cozinha recebe a chef Rosana Beatriz neste sábado (10), às 13h, na TV Brasil, para um papo com a apresentadora Regina Tchelly sobre nutrição e alimentos que oferecem versatilidade no preparo e consumo.

Convidada e anfitriã conversam sobre a batata-doce e fazem três receitas saborosas. Durante a produção, elas colhem as folhas da hortaliça para utilizar nas dicas culinárias. As duas chefs ensinam a fazer salpicão de batata-doce crua, patê de folhas com o ingrediente e chips de batata-doce. Ainda comentam sua relação com o alimento e explicam sobre a apresentação e o paladar.

Atração original do canal público, o Xodó de Cozinha prioriza refeições saudáveis, nutritivas, de baixo custo e com o aproveitamento integral dos alimentos. O programa está disponível no app TV Brasil Play e também pode ser acompanhado no YouTube da emissora.

Dicas de preparo com a batata-doce

Fundadora do projeto Favela Orgânica, a chef Regina Tchelly destaca os benefícios da batata-doce no decorrer do encontro com Rosana Beatriz no Xodó de Cozinha. De acordo com a apresentadora, o tubérculo se multiplica rápido e é fonte de muita energia.

Ingrediente bastante versátil, a batata-doce é utilizada em pratos variados, desde refeições salgadas até sobremesas. A hortaliça ainda tem a vantagem do preparo de diversas formas. Ela pode ser cozida, assada, frita, feita no vapor na forma de purê, como sopa ou ainda em sucos. As chefs explicam que as receitas são opções deliciosas para café da manhã, almoço, lanche ou jantar.

Relação da chef Rosana Beatriz com a comida

Mulher com uma história de vida inspiradora, a chef Rosana Beatriz migrou de carreira em 2015 quando fez a graduação em gastronomia. Especialista em comida brasileira e vegana, recorda suas experiências familiares com a comida. “A gente desenvolve um amor pela cozinha”, afirma.

A atuação na educação alimentar une e transforma. A convidada conta sua trajetória e fala do trabalho realizado na Associação Cultural Lanchonete <> Lanchonete no território da Pequena África, no bairro da Gamboa, na região central da cidade do Rio de Janeiro. “É bonito e gratificante ver as crianças comendo. Elas acharem bom porque você fez. Sentir essa felicidade das pessoas”, reflete a chef Rosana Beatriz.


Rio de Janeiro (RJ), 08/05/2025 - Xodó de Cozinha, da TV Brasil, mostra como preparar receitas com batata-doce
Apresentadora Regina Tchelly recebe a chef Rosana Beatriz no programa da emissora pública. Foto: TV Brasil/Divulgação
Rio de Janeiro (RJ), 08/05/2025 - Xodó de Cozinha, da TV Brasil, mostra como preparar receitas com batata-doce
Apresentadora Regina Tchelly recebe a chef Rosana Beatriz no programa da emissora pública. Foto: TV Brasil/Divulgação

Apresentadora Regina Tchelly recebe a chef Rosana Beatriz no programa Xodó de Cozinha – Foto: TV Brasil/Divulgação

Sobre o Xodó de Cozinha

Apresentado pela chef Regina Tchelly na TV Brasil, o programa Xodó de Cozinha busca incentivar a alimentação saudável e de baixo custo. A temporada de estreia tem 26 episódios. Cada edição conta com um convidado especial para preparar receitas com um alimento específico e conversar sobre um tema. A produção recebe personalidades como Bela Gil, André Trigueiro e Sidarta Ribeiro, entre outros.

Com seu afeto e carisma, a chef Regina Tchelly tem uma linguagem bastante característica para cativar o público e os entrevistados da nova atração televisiva. “Os convidados são incríveis e fico feliz de estar reunida com tanta gente que está fazendo acontecer, mostrando que é possível comer bem, de forma saudável e acessível”, conta.

Os assuntos discutidos na produção giram em torno de questões como sustentabilidade, combate à fome, sazonalidade dos alimentos, geração de renda, empreendedorismo e educação financeira. Além disso, o programa valoriza a cultura tradicional e afetiva, além de abordar pratos que evocam memórias e heranças culinárias.

A atração é gravada na cozinha do projeto Favela Orgânica, iniciativa idealizada por Regina Tchelly que há 13 anos promove a culinária saudável nas comunidades Babilônia e Chapéu Mangueira, na zona sul do Rio de Janeiro. Coprodução realizada pela TV Brasil com a Kromaki, o Xodó de Cozinha tem direção de Pedro Asbeg.

Sobre o Favela Orgânica

O Favela Orgânica já recebeu diversos prêmios, nacionais e internacionais, por suas ações que visam promover a segurança alimentar, capacitação profissional e uma mudança na cultura de consumo e desperdício de alimentos. Chef de cozinha, empreendedora social e fundadora do projeto, Regina é paraibana e mora no Rio de Janeiro há 20 anos.




Fonte: Agência Brasil

CNU 2: saiba quais são os órgãos federais participantes da nova edição


As 3.352 novas vagas da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) estão distribuídas em 35 órgãos federais.

As entidades da administração pública federal não são as mesmas participantes da primeira edição do certame, em 2024, conforme anunciado pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, no fim de abril. O edital está previsto para ser publicado em julho e terá oportunidades para os níveis superior e intermediário.

As vagas por órgãos, definidas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), estão distribuídas da seguinte forma:

1.       Escola Nacional de Administração Pública (Enap):

·         técnico em assuntos educacionais: 21 vagas de nível superior;

2.       Fundação Biblioteca Nacional (FBN):

·         analista de administração II: 3 vagas de nível superior;

·         técnico em documentação I: 11 vagas de nível superior;

3.       Fundação Cultural Palmares (FCP):

·         pesquisador: 10 vagas de nível superior;

4.       Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj):

·         pesquisador: 20 vagas de nível superior;

5.       Fundação Nacional das Artes (Funarte):

·         administração e planejamento: 13 vagas de nível superior;

·         técnico em assuntos educacionais: 15 vagas de nível superior;

6.       Instituto Brasileiro de Museus (Ibram):

·         analista I: 13 vagas de nível superior;

·         técnico III: 15 vagas de nível superior;

7.       Ministério da Fazenda:

·         arquiteto: 2 vagas de nível superior;

·         contador: 25 vagas de nível superior;

·         engenheiro: 3 vagas de nível superior;

8.       Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional:

·         engenheiro: 10 vagas de nível superior;

9.       Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos:

·         analista técnico-administrativo: mil vagas de nível superior;

·         assistente social: 80 vagas de nível superior;

·         médico: 80 vagas de nível superior;

·         psicólogo: 12 vagas de nível superior;

·         analista técnico de desenvolvimento socioeconômico: 250 vagas de nível superior;

·         analista técnico de defesa e justiça: 250 vagas de nível superior;

10.   Instituto Nacional de Câncer (Inca) do Ministério da Saúde:

·         pesquisador (adjunto I): 4 vagas de nível superior;

·         pesquisador (assistente de pesquisa I): 2 vagas de nível superior;

·         técnico I: 54 vagas de nível médio;

·         analista em ciência e tecnologia (júnior): 24 vagas de nível superior;

11.   Instituto Nacional de Cardiologia (INC) do Ministério da Saúde:

·         biólogo: 1 vaga de nível superior;

·         enfermeiro: 17 vagas de nível superior;

·         farmacêutico: 2 vagas de nível superior;

·         farmacêutico bioquímico: 2 vagas de nível superior;

·         fisioterapeuta: 7 vagas de nível superior;

·         fonoaudiólogo: 2 vagas de nível superior;

·         médico: 14 vagas de nível superior;

·         nutricionista: 2 vagas de nível superior;

·         técnico de enfermagem: 19 vagas de nível médio;

·         técnico em radiologia: 4 vagas de nível médio;

·         terapeuta ocupacional: 4 vagas de nível superior;

·         contador: 1 vaga de nível superior;

12.   Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) do Ministério da Saúde:

·         assistente social: 1 vaga de nível superior;

·         biólogo: 2 vagas de nível superior;

·         enfermeiro: 5 vagas de nível superior;

·         fisioterapeuta: 22 vagas de nível superior;

·         fonoaudiólogo: 2 vagas de nível superior;

·         médico: 24 vagas de nível superior;

·         psicólogo: 2 vagas de nível superior;

·         técnico de enfermagem: 28 vagas de nível médio;

·         técnico em radiologia: 5 vagas de nível médio;

·         terapeuta ocupacional: 2 vagas de nível superior;

·         contador: 1 vaga de nível superior;

13.   Instituto Evandro Chagas (IEC) do Ministério da Saúde:

·         analista de gestão em pesquisa e investigação biomédica: 17 vagas de nível superior;

·         tecnologista em pesquisa e investigação biomédica: 1 vaga de nível superior;

·         pesquisador em saúde pública: 10 vagas de nível superior;

·         técnico em pesquisa e investigação biomédica: 10 vagas de nível médio;

14.   Centro Nacional de Primatas (CENP) do Ministério da Saúde:

·         analista de gestão em pesquisa e investigação biomédica: 6 vagas de nível superior;

·         tecnologista em pesquisa e investigação biomédica: 1 vaga de nível superior;

·         pesquisador em saúde pública: 3 vagas de nível superior;

·         técnico em pesquisa e investigação biomédica: 18 vagas de nível médio;

15.   Agência Nacional do Cinema (Ancine):

·         especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual: 10 vagas de nível superior;

·         técnico em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual: 10 vagas de nível médio;

16.   Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP):

·         especialista em geologia e geofísica do petróleo e gás natural: 15 vagas de nível superior;

·         especialista em regulação de petróleo e derivados, álcool combustível e gás natural: 35 vagas de nível superior;

·         técnico em regulação de petróleo e derivados, álcool combustível e gás natural: 16 vagas de nível médio;

17.    Agência Nacional de Aviação Civil (Anac):

·         técnico em regulação de aviação civil: 70 vagas de nível médio;

18.   Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel):

·         técnico em regulação de serviços públicos de telecomunicações: 50 vagas de nível médio;

19.   Agência Nacional de Mineração:

·         técnico em atividades de mineração: 80 vagas de nível médio;

20.   Agência Nacional de Saúde Suplementar:

·         técnico em regulação de saúde suplementar: 20 vagas de nível médio;

21.   Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq):

·         técnico em regulação de serviços de transportes aquaviários: 30 vagas de nível médio;

22.   Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT):

·         técnico em regulação de serviços de transportes terrestres: 50 vagas de nível médio;

23.   Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa):

·         técnico em regulação e vigilância sanitária: 14 vagas de nível médio;

24.   Imprensa Nacional:

·         engenheiro: 4 vagas de nível superior;

·         técnico em comunicação social: 10 vagas de nível superior;

25.   Ministério das Cidades:

·         arquiteto: 3 vagas de nível superior;

·         contador: 2 vagas de nível superior;

·         engenheiro: 10 vagas de nível superior;

26.   Comando da Aeronáutica:

·         Pesquisador: 35 vagas de nível superior;

·         Tecnologista: 50 vagas de nível superior;

·         Contador: 5 vagas de nível superior;

27.   Comando do Exército Brasileiro:

·         analista de tecnologia militar: 1 vaga de nível superior;

·         engenheiro de tecnologia militar: 5 vagas de nível superior;

·         assistente social: 5 vagas de nível superior;

·         enfermeiro: 30 vagas de nível superior;

·         médico: 10 vagas de nível superior;

·         nutricionista: 5 vagas de nível superior;

·         psicólogo: 5 vagas de nível superior;

·         pesquisador: 20 vagas de nível superior;

·         tecnologista: 50 vagas de nível superior;

28.   Comando da Marinha do Brasil:

·         enfermeiro: 5 vagas de nível superior;

·         médico: 65 vagas de nível superior;

·         técnico em comunicação social: 5 vagas de nível superior;

·         analista de tecnologia militar: 2 vagas de nível superior;

·         engenheiro de tecnologia militar: 20 vagas de nível superior;

·         pesquisador: 10 vagas de nível superior;

·         tecnologista: 33 vagas de nível superior;

29.   Hospital das Forças Armadas:

·         especialista em atividades hospitalares: 50 vagas de nível superior;

·         médico: 50 vagas de nível superior;

·         técnico em atividades médico-hospitalares: 30 vagas de nível médio;

30.   Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar:

·         contador: 4 vagas de nível superior;

·         engenheiro agrônomo: 60 vagas de nível superior;

31.   Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan):

·         analista I: 33 vagas de nível superior;

·         técnico I: 27 vagas de nível superior;

32.   Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA):

·         arquiteto: 1 vaga de nível superior;

·         contador: 1 vaga de nível superior;

·         engenheiro: 30 vagas de nível superior;

·         estatístico: 1 vaga de nível superior;

33.   Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro):

·         analista em ciência e tecnologia: 15 vagas de nível superior;

·         pesquisador: 10 vagas de nível superior;

·         tecnologista: 40 vagas de nível superior;

34.   Ministério do Turismo:

·         arquiteto: 1 vaga de nível superior;

·         engenheiro: 2 vagas de nível superior;

·         estatístico: 3 vagas de nível superior;

·         contador: 2 vagas de nível superior;

35.   Instituto Nacional de Tecnologia da Informação:

·         pesquisador: 5 vagas de nível superior;

·         tecnologista: 27 vagas de nível superior;

·         analista em ciência e tecnologia: 18 vagas de nível superior;

Diversidade regional

A maior parte das vagas do CPNU 2 é para órgãos federais com sede em Brasília. Porém, o Ministério da Gestão destaca a diversidade regional das vagas. Do total das 3.352 novas vagas anunciadas, haverá oportunidades específicas para órgãos federais localizados em outros estados:

·         315 vagas estão previstas para o Rio de Janeiro (Into, INC, Inca e Biblioteca Nacional, entre outros órgãos);

·         65 vagas são para a Fundacentro, em São Paulo;

·         66 vagas no Pará (Instituto Evandro Chagas/MS e Centro Nacional de Primatas/MS); e

·         20 vagas em Pernambuco para a Fundação Joaquim Nabuco/MEC.

A diversidade regional também voltará a ser observada na aplicação das provas. Mais uma vez, os candidatos do processo seletivo poderão fazer as provas em 228 municípios de todos os 26 estados mais o Distrito Federal.

Carreiras transversais

O Ministério da Gestão destaca que ofertará no segundo concurso unificado 1.676 vagas de carreiras transversais, distribuídas entre os cargos de analista técnico-administrativo, assistente social, médico, psicólogo, analista técnico de desenvolvimento socioeconômico e analista técnico de defesa e justiça.

Em fevereiro,a ministra Esther Dweck já havia anunciado criação dessas duas novas carreiras transversais no certame de 2025: analista técnico de justiça e defesa e analista técnico de desenvolvimento socioeconômico.

O objetivo é modernizar o serviço público federal em um sistema de carreiras com maior flexibilidade e capacidade de adaptação dentro da administração pública.

Alerta sobre golpes

As inscrições para o chamado Enem dos Concursos não estão abertas, o que deve ocorrer somente em julho deste ano. O Ministério da Gestão esclarece que, neste momento, não faz nenhuma cobrança de taxas de inscrição ou de outra espécie para esse concurso.

Quando o edital da seleção for publicado do Diário Oficial da União e, na sequência, as inscrições forem abertas, o MGI fará a comunicação pelos canais oficiais da pasta. São eles: o site https://www.gov.br/gestao/pt-br e as redes sociais do MG.






Fonte: Agência Brasil

Ninguém acerta a Mega-Sena e prêmio acumula em R$ 45 milhões


Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.860 da Mega-Sena, realizado nesta quinta-feira (8). O prêmio acumulou e está estimado em R$ 45 milhões para o próximo sorteio.

Os números sorteados foram: 02 – 05 – 17 – 24 – 38 – 57

  • 119 apostas acertaram cinco dezenas e irão receber R$ 25.909,13 cada
  • 6.632 apostas acertaram quatro dezenas e irão receber R$ 664,13 cada

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Apostas

Para o próximo concurso, as apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de sábado (10), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa.





Fonte: Agência Brasil

Papa Leão XIV deve seguir pontificado de paz e acolhimento, diz CNBB


O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Ricardo Hoepers, disse nesta quinta-feira (8) que a mensagem expressa pelo novo papa Leão XIV, ao ser escolhido como sucessor de Pedro, aponta para um pontificado voltado para o bem comum dos povos, em acordo com a doutrina social da igreja elaborada pelo papa Leão XIII, que serviu de inspiração para o nome do novo papa.

“Ele veio mostrar que é preciso que o mundo inteiro ore pela paz. Com esse início do pontificado dele, apontando para que a paz esteja entre as pessoas; para retomar a doutrina social da igreja, que tem como objetivo fundamental o diálogo entre as nações e o bem comum. Ele trouxe já de maneira muito positiva algo que todos nós ansiamos que é a paz no mundo”, afirmou o religioso, em coletiva de imprensa.

Dom Ricardo também apontou a dignidade do trabalho e o combate à escravidão como possíveis temas que o novo papa deve abordar.

“Tenho certeza que o fato de resgatar Leão XIII e a doutrina social vai trazer mais intensidade para que o mundo se abra para a dignidade do ser humano no trabalho, principalmente combatendo a escravidão no trabalho, que muitos países ainda vivem isso”, avaliou.

Em uma mensagem divulgada na tarde desta quinta-feira, após a escolha do novo sumo pontífice, a CNBB disse esperar que Leão XIV mantenha o caminho de abertura da igreja, seguindo o legado do papa Francisco. Na avaliação da CNBB, o novo papa vai atuar na busca da paz, orientando a doutrina da igreja para o social, em especial os mais pobres.

Escuta e pacificação

Ao falar sobre a expectativa com o novo papa, Dom Ricardo afirmou ainda que, como cardeal, o norte-americano Robert Francis Prevost se destacou por ser uma pessoa que escuta. Segundo Dom Ricardo essa capacidade vai ser um ponto de destaque do novo papa, especialmente nas relações diplomáticas.

“É um homem que escuta, que está atento ao que se diz. Tenho certeza que isso vai ser fundamental na conversa com os grandes governadores, com os que estão a frente dos países em crise. A igreja fortalecendo pontes, mas não por ele ser norte-americano, mas porque os papas estão com a missão de sempre buscar a paz”, opinou.

Ao ser questionado como se dará a relação do papa, um norte americano, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Dom Ricardo reiterou que o novo pontífice deve buscar a pacificação.

“Os papas são grandes pacificadores que tem como ponto fundamental ajudar também os governantes a buscarem caminhos de paz. Como ele vai fazer, de que maneira ele vai fazer, cabe ao Santo Padre decidir esses caminhos e vamos conhecer ao longo do tempo. Mas, com certeza, ele já deu a chave de leitura quando iniciou falando da paz. É um pacificador, alguém que vai buscar esse diálogo, alguém que vai sentar e ouvir”, apontou.

Acolhimento

Durante coletiva, ao ser questionada qual deve ser a visão do novo papa em relação a abertura da igreja a grupos invisibilizados, a exemplo da população LGBTQIA+, Dom Ricardo disse acreditar na manutenção do processo de acolhimento.

“O fato é que a igreja vem caminhando de uma maneira bonita através do papa Francisco aos invisibilizados, excluídos, e a palavra que ele [Leão XIV] usou hoje: vulnerabilizados – aqueles que estão de lado -, abrange muitos grupos, não só LGBTQIA+, mas muitos outros que são deixados de lado”, afirmou.

“Muito mais do que uma bandeira sobre gênero, a igreja vem caminhando para a dignidade da pessoa humana, para que todas as pessoas humanas sejam respeitadas”, concluiu.

Acusações

Dom Ricardo também foi questionado a respeito das acusações de três mulheres, em 2020, contra o então cardeal Prevost, de ter acobertado casos de abuso sexual, quando era administrador da diocese de Chiclayo, no Peru. O secretário-geral da CNBB disse que não houve acobertamento e que o processo foi levado em frente.

“Importante que o processo foi à frente e foi o próprio Prevost, que à época levou a Roma para que fosse investigado até as últimas consequências. Portanto, ele não tem nada que possa dizer que ele esteve omisso, pelo contrário, foi ele quem trouxe o processo para que fosse bem investigado e é isso que desejamos de todos os processos, que sejam investigados no nível mais alto”, respondeu Dom Ricardo observando que o processo ainda está em andamento no Vaticano.

Brasil

Prevost esteve no Brasil duas vezes, como padre geral dos agostinianos, nos anos de 2012 e 2013, como padre geral dos agostinianos, nas cidades de Guarulhos, em São Paulo, e na capital mineira, Belo Horizonte.

Dom Ricardo revelou que o então cardeal Prevost, de 69 anos, estava com passagem marcada para o Brasil. Ele participaria da 62ª Assembleia Ordinária da CNBB, prevista para acontecer no período de 30 de abril a 09 de maio. O evento foi cancelado em razão da morte do papa Francisco.

“Normalmente temos um retiro espiritual durante os dez dias que os bispos ficam em Aparecida [local da assembleia] e este ano, em fevereiro, a presidência da CNBB, fez esse convite e ele aceitou de muito bom grado”, relatou Dom Ricardo. “Ele é um papo jovem, tem saúde e tenho certeza que agora convites não faltarão para ele visitar o Brasil”, disse.




Fonte: Agência Brasil

Ninguém ficará prejudicado com descontos indevidos do INSS, diz Tebet


A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou, nesta quinta-feira (8), em São Paulo, que todos os aposentados e pensionistas que sofreram descontos sem autorização de associações e sindicatos em seus benefícios serão ressarcidos pelo governo.

“Já na semana que vem, nós da equipe do [ministério do] Orçamento e equipes da Fazenda, vamos sentar para cumprir a determinação do presidente Lula. Ninguém vai ficar prejudicado nessa conta. Todos serão ressarcidos”, disse a ministra, após participar do leilão de concessão da Rota da Celulose, realizado na tarde de hoje (8) na sede da B3.

Segundo Simone Tebet, a devolução dos valores será feita por meio do bloqueio de bens dos fraudadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ministra ressaltou, porém, que isso pode ser insuficiente e que a União terá que arcar com esse compromisso.

“A única coisa que nós temos que ponderar é que o dinheiro que irá ressarcir é não só fruto da apreensão de bens, porque isso pode ser insuficiente. Se precisar a União complementar, nós iremos complementar, mas vamos complementar com dinheiro público. Então temos que ter a responsabilidade de só restituir para quem deve [ser restituído]”, acrescentou.

A ministra destacou, no entanto, que a restituição será feita apenas a quem tiver sido, de fato, prejudicado, e não para pessoas que possam ter esquecido que autorizaram os descontos ou que estejam agindo de má-fé.

Em entrevista após o leilão, Tebet disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não esconde nada”, tendo descoberto um escândalo que já prejudica os aposentados há anos.

“Hoje nós temos um governo que, ao saber da matéria, disse:  ‘Doa a quem doer, vamos caçar os ratos e vamos caçar as ratazanas’. Isso é crime de lesa-pátria. Nós estamos falando das pessoas mais vulneráveis. O presidente da República foi comunicado [sobre os descontos indevidos] e, a primeira coisa que ele pediu é para não só que se continuasse o processo, mas que se desse transparência a ele”, destacou a ministra.

A descoberta do esquema fraudulento no INSS foi a primeira etapa do processo que o governo está agora conduzindo, lembrou Tebet. A segunda etapa será a contabilização do número de prejudicados, e a terceira, a reunião entre os ministérios para resolver a questão do ressarcimento aos aposentados e pensionistas.

O esquema criminoso que identificou descontos indevidos a aposentados e pensionistas do INSS foi descoberto no mês passado na Operação Sem Desconto, realizada em conjunto pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal.

Acredita-se que as entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024.




Fonte: Agência Brasil