Com pacientes de 4 gramas a 2 toneladas, médica veterinária explica como é compreender aqueles que não falam: ‘Recompensador’


Prudentina, Érica se considera “alucinada” por bichos desde criança e sempre visou o caminho profissional que seguiria.

“Eu nunca pensei na minha em fazer outra coisa. Desde que eu era criança eu sempre fui alucinada por bicho e eu sempre falava que eu ia ser médica de animais esquisitos, dos animais diferentes. Então, sempre foi uma paixão, eu nunca nem cogitei fazer outra faculdade, outra profissão, nunca me passou pela cabeça”, afirmou ao g1.

Apesar da diversidade de características, todos os pacientes têm uma coisa em comum, que é não saber falar.

Em 1933, através do Decreto nº 23.133, do então presidente da República Getúlio Vargas, surge a primeira regulamentação da medicina veterinária no Brasil. O decreto representou um grande marco na evolução da profissão no Brasil. Por mais de três décadas, foi ele que estabeleceu as condições e os campos de atuação para o exercício da medicina veterinária. Por esse motivo, a data de publicação do Decreto 23.133, 9 de setembro, foi escolhida para comemorar o Dia do Médico Veterinário no Brasil.

Érica Silva Pellosi atende animais resgatados que são encaminhados à Cidade da Criança — Foto: Stephanie Fonseca/g1

O pai de Érica sempre gostou muito de animais e sua família sempre teve cachorro, então, ela e os irmãos tinham contato com cães. A paixão por animais silvestres ela foi adquirindo aos poucos, ao longo da vida.

Apesar do gosto em comum, mais ninguém da família seguiu a medicina veterinária. Um dos irmãos de Érica é químico e o outro, cientista da computação.

“Todo mundo gosta de animal, mas cachorro, gato. Ficar no meio do mato atrás de bicho, só eu mesma”, diz a veterinária aos risos.

Érica Silva Pellosi atende animais resgatados que são encaminhados à Cidade da Criança — Foto: Stephanie Fonseca/g1

Com o apoio da família, que agora “entrou na dança”, Érica cursou a faculdade de medicina veterinária na Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) e formou-se em 2014. Nos dois anos seguintes, a profissional fez pós-graduação em clínica e cirurgia de animais.

“Na época, eu ainda não tinha engajado muito na área de silvestre. Era muito mais difícil antigamente a gente partir pra essa área, é uma área muito pouco estudada, que hoje vem crescendo muito”, comentou.

Ainda durante a graduação, Érica fez estágios no Parque Ecológico da Cidade da Criança. Há cinco anos, já graduada, ela prestou concurso público e integra a equipe profissional do espaço como responsável técnica pelo Zoológico.

Por vezes, a médica veterinária ainda atua na parte de animais domésticos, área de que gosta bastante.

“Eu faço atendimento volante com animal silvestre em Presidente Prudente, e atendo lá em Estrela do Norte [SP] também. Lá acabo atendendo mais cachorro e gato, porque eu tenho uma ligação com a cidade, meu noivo é de lá, faz 10 anos que estou lá já, e como lá é uma cidade pequena, não tem veterinário, quando precisa eu acabo atendendo pra ajudar as pessoas”, contou ao g1.

Érica Silva Pellosi atende animais resgatados que são encaminhados à Cidade da Criança — Foto: Stephanie Fonseca/g1

‘Minha vida é uma loucura!’

Mas a maior parte do tempo é dedicada aos animais silvestres, um trabalho desafiador, segundo Érica.

“A gente trabalhar com animal silvestre é muito desafiador, porque são muitos animais, é tudo muito diferente, é um mundo completamente fora da realidade que a gente vive, que a gente aprende na faculdade, então, requer muita dedicação, muito estudo; tem horas que são bem complicadas, tem animais que são bem difíceis, quase não tem estudos sobre alguns deles, mas é muito recompensador também”, destacou.

Muitos animais recebidos por Érica são os resgatados, seja por apreensão da Polícia Militar Ambiental, atropelamentos, e afins.

“A gente acaba recebendo alguns animais bem ruins, bem debilitados, alguns casos bem graves, e a gente acompanhar esse tratamento, a gente conseguir reverter isso, ver esse animal ficar bem, retornar pra natureza, é uma coisa tão recompensadora que não tem explicação”, salientou ao g1.

Questionada sobre os atendimentos de “animais diferentes”, Érica comentou que acha “tudo diferente”.

Onça-parda Nala e a médica veterinária Érica Silva Pellosi, em recinto no Hospital Veterinário da Cidade da Criança — Foto: Stephanie Fonseca/g1

“Eu falo que minha vida é uma loucura, porque no mesmo dia em que atendo um beija-flor de quatro gramas eu atendo um hipopótamo de duas toneladas, então, tudo é muito diferente!”, destacou.

Entretanto, tem alguns animais que marcam mais. “Que nem o caso da Nala, que chegou muito filhote, com uma deficiência, ela teve alguns problemas neurológicos muito intensos quando ela era filhote, então foi um caso bem preocupante; o Cleiton, o tamanduá-bandeira, enorme, o caso dele também foi surpreendente. Diferentes, mesmo, todos são”, disse.

Érica Silva Pellosi atende animais resgatados que são encaminhados à Cidade da Criança — Foto: Stephanie Fonseca/g1

Conforme comentou Érica, alguns animais silvestres não possuem estudos sobre suas características e comportamentos, fator que dificulta o tratamento.

“O urutau mesmo, que a gente vê bastante, é um animal que é pouquíssimo estudado, principalmente a parte de alimentação, então, é muito difícil a gente instituir uma alimentação num animal desse. Já recebi uma irara, que também não tem muito estudo sobre a espécie. Tem bastante ave que também não são tão estudadas, são mais diferentes”, detalhou ao g1.

“Acho que pra mim é a realização de um sonho, que eu sempre quis, eu nunca pensei em ser outra coisa na minha vida. É sempre um desafio, é sempre uma luta, mas é sempre muito recompensador”, salientou Érica, emocionada.

Entre as evoluções citadas pela médica veterinária, está o Cleiton, um tamanduá-bandeira.

Cleiton, um tamanduá-bandeira, chegou com fraturas à Cidade da Criança — Foto: Arquivo pessoal/Érica Silva Pellosi

Quando Cleiton foi resgatado ferido e chegou ao Hospital Veterinário, ele apresentava uma fratura no fêmur, de um lado, e no lado contralateral, uma fratura de rádio e ulna. “Então, ele fraturou o braço e a perna de lados opostos”, destacou Érica ao g1.

“Ele é um animal muito grande, então, ele não conseguia se apoiar nas pernas dele. Ele passou por uma cirurgia que foi imensa, foi até um colega meu quem fez, que é ortopedista e se dispôs a ajudar a gente, foram seis horas e meia de cirurgia, foi uma cirurgia gigantesca pra colocação de pinos nesses dois membros”, lembrou.

O tamanduá-bandeira Cleiton precisou colocar pinos para cuidar de fraturas — Foto: Arquivo pessoa/Érica Silva Pellosi

O procedimento pós-operatório do tamanduá também “foi um caos”, conforme recordou Érica. “Ele deitava de lado, machucava o pino, deitava do outro lado e machucava o pino, então, foi um animal que requereu um cuidado muito grande e muito intenso. Eu estava com uma turma de estagiários muito boa que me ajudou muito e a gente ficava 24 horas em cima do Cleiton”, enfatizou.

Além das dificuldades físicas devido às fraturas, a alimentação do animal também foi um desafio, visto que o tamanduá em vida livre come cupins e formigas. “Em cativeiro, a gente não consegue fornecer todos esses cupins que ele comeria na natureza”, contou.

Conforme explicou a veterinária, atualmente, uma papa foi desenvolvida especialmente para a alimentação do tamanduá em cativeiro, porém, é “muito difícil” fazer essa introdução alimentar.

“Eles não entendem que têm de comer aquilo; então, a gente o alimentava por sonda, que tem um risco muito grande. Era cada dia um desespero diferente”, relatou.

Papa desenvolvida para tamanduás foi introduzida na alimentação de Cleiton — Foto: Arquivo pessoal/Érica Silva Pellosi

Durante a trajetória de Cleiton, outros problemas apareceram decorrentes desse estresse que ele sofreu.

“Ele teve problema com parasitose, teve uma diarreia muito intensa, teve alguns problemas gastrointestinais, depois ele teve colite. Então, ele teve outros problemas além da fratura”.

Há cerca de cinco meses, Cleiton segue em tratamento com a equipe do parque ecológico e hoje está “super bem”.

Fraturado, tamanduá-bandeira Cleiton passou por cirurgia e já consegue andar

Fraturado, tamanduá-bandeira Cleiton passou por cirurgia e já consegue andar

“Tirou os pinos, os pinos cicatrizaram muito bem, foi até muito rápido pela espécie, a gente se surpreendeu, porque ele é um animal jovem, não é um animal totalmente adulto, então, a recuperação dele foi um pouco mais rápida, mas foi uma luta muito grande, muitos desafios num animal só”, lembrou ao g1.

Cleiton ainda segue sob análise para constatar se retorna ou não à natureza. Os pinos da cirurgia foram retirados e ele passa por uma fase de adaptação para voltar a ter os movimentos normais.

“Agora a gente entra com uma fase de fisioterapia para ver a adaptação dele como vai ser, mas pode ter a possibilidade, sim, assim como pode não ter também. Vai depender muito da recuperação dele mesmo, porque por mais que ele esteja bem, andando sozinho, ele levanta e não tem a mobilidade necessária pra sobreviver sozinho”, esclareceu.

Atualmente, Cleiton já caminha sozinho e retorno à natureza é avaliado pela equipe técnica — Foto: Arquivo pessoal/Érica Silva Pellosi

Outro desafio trata-se de Nala, a onça-parda que foi resgatada ainda filhote. “O grande felino é sempre um desafio, porque você tratar um grande felino é tudo um pouco diferente, por mais que seja filhote”, falou.

Onça-parda Nala chegou filhote para receber cuidados no Hospital Veterinário, em Presidente Prudente (SP) — Foto: Stephanie Fonseca/g1

“A Nala também apresentou desafios muito grandes pela condição que ela veio. Ela já veio operada, então ela não passou por essa cirurgia aqui, mas ela tinha uma fratura. Não deu muito certo essa cirurgia dela e ela teve uma recuperação um pouco mais lenta, ela ficou com algumas sequelas, então hoje ela tem uma sequela no bracinho que ela operou, mas durante esse tempo ela apresentou também alguns quadros neurológicos, ela convulsionava. A gente passou noites e noites acordado com a Nala internada convulsionando, até a gente conseguir descobrir o que era e reverter esse quadro”, narrou ao g1.

Atualmente, a onça-parda também está bem, mas ficou com algumas sequelas que a impedem, às vezes de pular direito, por exemplo.

“A gente tem de adaptar o recinto inteirinho pra ela. É um felino de grande porte, então é um animal que a gente não consegue ter tanto acesso hoje em dia pra ter um tratamento um pouco mais específico. Então é bem complicado, mas também foi um animal que surpreendeu muito a gente, a evolução dela, como ela cresceu bem, e que hoje ela está super bem”, declarou.

Onça-parda Nala segue sob cuidados de equipe da Cidade da Criança — Foto: Stephanie Fonseca/g1

A veterinária contou que, na profissão, também se trabalha muito com instinto.

“Eu falo que o veterinário, principalmente de silvestre, tem que ter muito instinto, um sexto sentido muito bom, porque é muito difícil a gente cuidar de um ser vivo que não te fala o que está acontecendo, que você tem que adivinhar o que tá acontecendo. A gente recebe muito animal que a gente não tem histórico do que aconteceu com esse animal, como é que eu vou tratar ele, então realmente tem que ter um dom”, contou.

A quem tem vontade de seguir na medicina veterinária, Érica incentivou: “Não desista!”.

A profissional confessou que realmente é uma área cara de estudo e que não é fácil, mas que hoje existem possibilidades.

“A minha faculdade é Fies [Financiamento Estudantil]. Eu pago a minha faculdade até hoje, porque meus pais também não tinham condições de pagar, mas não desista. Se esse é seu sonho, não desista. Vai se difícil, vão ter dias difíceis, vão ter dias que você vai querer desistir de tudo, mas, se for pra ser seu, vai ser, e no final é recompensador você saber que você ajudou aquela vida”, frisou ao g1.

Érica Silva Pellosi atende animais resgatados que são encaminhados à Cidade da Criança — Foto: Stephanie Fonseca/g1

Érica Silva Pellosi atende animais resgatados que são encaminhados à Cidade da Criança — Foto: Stephanie Fonseca/g1

Érica Silva Pellosi atende animais resgatados que são encaminhados à Cidade da Criança — Foto: Stephanie Fonseca/g1




Fonte: G1

Embarcação naufraga no Pará e deixa 11 mortos


Uma embarcação naufragou na manhã de hoje (8) nas proximidades da Ilha de Cotijuba, oriundo do município de Cachoeira do Arari, no Marajó (PA). Segundo o governo do estado, foram resgatados até o momento 63 sobreviventes, que foram levados para Belém. Outras 11 mortes foram confirmadas até o momento. Foram resgatados corpos de nove mulheres, um homem e uma criança. A embarcação tinha capacidade para 82 pessoas.

De acordo com as primeiras apurações, o barco transportava passageiros do Marajó para a capital do estado. Segundo a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon), a empresa dona da embarcação já havia sido notificada. A embarcação foi retirada de circulação pela Marinha por não possuir autorização para realizar o transporte irregular. Houve reincidência já que os responsáveis colocaram uma nova embarcação para fazer o trajeto, e a Marinha também apreendeu em uma ação de fiscalização. A embarcação que naufragou foi a terceira usada pela empresa.

A Polícia Civil instaurou inquérito policial para investigar o naufrágio. Além disso, a Marinha do Brasil também instaurou um inquérito para fazer a apuração sobre a embarcação. Dessa apuração sairá um laudo, para ser encaminhado ao tribunal marítimo.

As buscas por vítimas continua. Enquanto isso, o governo do estado tem prestado apoio aos sobreviventes e familiares das vítimas. Está sendo providenciado o acolhimento, alimentação e hospedagens dos sobreviventes até que sejam deslocados para suas cidades de origem. O governo também afirma que as famílias das vítimas e os sobreviventes estão tendo apoio de uma equipe de psicólogos e assistentes sociais.




Fonte: Agência Brasil

Secom diz que 1,2 milhão de pessoas estiveram no 7 de setembro no DF


O secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), André Costa, fez um balanço das comemorações do Bicentenário da Independência e da importância da data ao programa A Voz do Brasil desta quinta-feira (8).

Segundo ele, a Secom estima que cerca de 1,2 milhão de pessoas estiveram presentes nas comemorações realizadas em Brasília e que contaram com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

“A simbologia do 7 setembro ela é muito forte para nós brasileiros porque é o nascimento do Brasil como nação independente, onde se pode reafirmar nossos valores, onde a gente ganha uma bandeira para poder simbolizar todo nosso povo, todo nosso território. E conhecer a nossa história faz com que desperte no interior de cada um de nós, nas nossas emoções, essa valorização por todos aqueles que deram sua vida, derramaram o seu suor no nosso país para que hoje nós pudéssemos ser esse povo maravilhoso que nós somos”, disse.

Na entrevista, o secretário falou também sobre a vinda do coração de Dom Pedro I para ser exposto no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Segundo ele, mais de oito mil pessoas visitaram a exposição. “É um feito histórico e inédito. Em mais de 180 anos o coração de Dom Pedro jamais tinha saído de Portugal”, revelou.

Por fim, Costa falou sobre a reabertura do Museu do Ipiranga, em São Paulo, que ficou nove anos fechado.

Ele disse que foram investidos R$ 183 milhões na restauração do museu, graças à Lei Rouanet. Mais de três mil itens foram restaurados. “É uma forma de se reviver, de fato, a nossa história”, disse. E completou: “Observando os documentos, as pinturas, é como que entrar numa imersão na história”.

Assista na íntegra:




Fonte: Agência Brasil

Concessionária Cart cumpre determinação judicial e, após quase 7 anos de interdição, trecho de ponte sobre o Rio Santo Anastácio volta a ser liberado


Após há quase sete anos de execução das obras de manutenção e conservação em uma ponte sobre o Rio Santo Anastácio, a Concessionária de Rodovias (Cart) liberou nesta quinta-feira (8) o tráfego na estrada vicinal SPV-020 (PSV-040), que faz ligação entre Presidente Venceslau (SP) e Marabá Paulista (SP). Os serviços foram concluídos devido uma determinação judicial após uma série de acidentes no local.

O projeto remodelou totalmente a passagem que interliga os municípios, com o objetivo de proporcionar mais segurança aos viajantes.

De acordo com a Cart, com 90 metros de extensão, a ponte é agora é estruturada por estacas raízes, bases lançadas 20 metros abaixo da água. Nas duas extremidades da ponte, às margens do rio, foram construídas barreiras de contenção para que o curso do rio não avance sobre o talude.

Além da limpeza do entorno, a Cart também executou a manutenção do pacimento na cabeceira da ponte, deteriorado pela ação das águas. Realizou também a sinalização de solo e a instalação de defensas metálicas no local.

“Este foi um projeto que mobilizou as equipes engenharia e operações da concessionária com o objetivo de entregar uma passagem planejada para suportar a força das águas no período de chuva intensa. A Cart segue o seu compromisso de priorizar a segurança e o conforto dos viajantes”, afirma Rafael Colchon, coordenador de Engenharia da Cart.

Ponte sobre o Rio Santo Anastácio está cedida desde novembro de 2015 — Foto: Stephanie Fonseca/G1

Começou a valer em 23 de agosto de 2021 a decisão publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE). A Justiça, por meio da 1ª Vara do Fórum de Presidente Venceslau, intimou a concessionária de rodovias Cart para cumprir a obrigação de fazer consistente em realizar serviços de manutenção e conservação em uma ponte sobre o Rio Santo Anastácio – e suas proximidades – na rodovia vicinal SPV-020 (PSV-40). O trecho fica na divisa entre os municípios de Presidente Venceslau e Marabá Paulista.

Conforme a decisão assinada pelo juiz Gabriel de Medeiros, a empresa que tem a concessão da rodovia vicinal dispôs de 567 dias úteis para a conclusão das obras, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, para permitir o normal tráfego de veículos.

Ainda foi definido em acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), através do relator Encinas Manfré, que a Artesp, definida como corré no processo, deverá arcar em “caráter subsidiário com essa responsabilização da Cart para cumprimento da obrigação de fazer”.

De acordo com a decisão judicial, a Artesp ficou responsável pelas obras somente se, em alguma ocasião, for demonstrado superveniente falência ou eventual insolvência da Cart.

Ponte sobre o Rio Santo Anastácio foi levada por uma em 2015 — Foto: Heloise Hamada/G1

Como consequência de fortes chuvas registradas em novembro de 2015, o dispositivo sobre o Rio Santo Anastácio, na Rodovia SPV-020, cedeu. Desde então, a estrada estava interditada para o tráfego de veículos.

Desde o rompimento da ponte, pelo menos dois acidentes de trânsito foram registrados no local. Em uma das ocorrências, duas pessoas morreram.

O embate na Justiça começou no segundo semestre de 2017, quando a Prefeitura de Presidente Venceslau propôs uma ação de obrigação de fazer contra a Cart e a Artesp, com relação à restauração da cabeceira da ponte.

Em dezembro de 2018, foi estabelecido pela Justiça que a responsabilidade dos serviços no local era da Cart. Contudo, após anos de tratativas e recursos nas instâncias possíveis – o que manteve o prazo da realização das obras “congelado” –, foi mantida a obrigação de fazer e, em agosto de 2021, o processo foi encaminhado para o cumprimento da sentença.

Rodovia SPV 020 está interditada para o tráfego de veículos desde novembro de 2015 — Foto: Stephanie Fonseca/G1




Fonte: G1

Sem acordo, MG e ES oficializam fim de negociação sobre Mariana


Os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, bem como diversos órgãos do Ministério Público e das Defensorias Públicas, enviaram hoje (8) um ofício ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para encerrar formalmente as negociações pela repactuação do acordo de indenização pela tragédia de Mariana, ocorrida em novembro de 2015.

No documento, os signatários afirmam que a proposta das empresas Samarco, Vale e BHP Billiton, responsáveis pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, “está em absoluta dissonância com a premência e a contemporaneidade da imprescindível e efetiva reparação e compensação devidas às pessoas atingidas e à sociedade”.

Além do advogado-geral de MG, Sérgio Castro, e do procurador-geral do ES, Jasson Hibner Amaral, assinam o ofício os representantes na mesa de negociações do Ministério Público Federal (MPF), dos ministérios públicos de MG e MS, da Defensoria Pública da União (DPU) e das defensorias de ambos os estados. Agora resta aos estados e aos atingidos seguir com as ações na Justiça.

O fim das negociações já havia sido anunciado no mês passado pela secretária de Planejamento e Gestão do governo de MG, Luísa Barreto. “Por ora, as negociações estão encerradas. A não ser que haja uma mudança de posicionamento forte por parte das empresas. A reunião hoje foi muito decepcionante”, disse ela após reunião com representantes da empresa, em Brasília.

A repactuação era mediada pelo Observatório Nacional sobre Questões Ambientais, Econômicas e Sociais de Alta Complexidade, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Agência Brasil entrou em contato com o órgão, mas não recebeu retorno até a publicação da reportagem.

Em nota conjunta publicada pelo MPF, os representantes do Poder Público agradeceram “respeitosamente” o CNJ, mas disseram lamentar a postura das empresas na negociação, ˜pela apresentação de proposta de desembolso financeiro incompatível com a necessidade de reparação integral, célere e definitiva do Rio Doce e das populações atingidas˜.

A Agência Brasil entrou em contato com Samarco, Vale e BHP Billiton e aguardava retorno até a publicação da reportagem. No fim do agosto, após a última reunião no CNJ, as três empresas divulgaram notas de teor similar, em que reafirmavam seu compromisso com as famílias atingidas e a reparação dos danos ao meio ambiente.

Na última semana, o ministro do Meio Ambiente (MMA), Joaquim Leite, reafirmou que a negociação do acordo estava na fase final. Leite garantiu que as negociações caminhavam bem e a proposta por parte das empresas trazia recursos extras em “valores muito significativos” – bilhões de reais – e em prazos de desembolso que atendiam aos requisitos mínimos. Condições que teriam sido aceitas por parte do governo federal. “Nós estamos em vias de concluir essa repactuação para trazer valores efetivos e alterar a realidade daquela região”, disse o ministro em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).O ministério foi procurado pela Agência Brasil, que aguarda retorno.

Impasse

Um dos pontos centrais do impasse foi o valor integral da indenização pelos danos ambientais e materiais da tragédia, que alcançou no máximo 70% do esperado pelos estados atingidos. Alguns meses a tragédia, ocorrida em 2015, o MPF estimou os danos em R$ 155 bilhões.

A proposta também foi recusada devido ao longo prazo de pagamento proposto,  que inviabilizariam a execução de medidas mais imediatas de reparação e compensação pelos danos causados à bacia do Rio Doce. Para o Poder Público, “a aceitação de tais prazos significaria transferir o ônus da mora àqueles que mais necessitam das medidas”.

Outro ponto de conflito foi a recusa das empresas em indenizar danos futuros, ainda não conhecidos, do desastre. Foram feitas cerca de 250 reuniões com representantes dos envolvidos, sem que um acordo fosse alcançado.

Quase sete anos após o desastre, a reconstrução das duas comunidades destruídas em Mariana não foi concluída. Atrasos em indenizações e na execução de programas previstos pela Fundação Renova resultaram em mais de 85 mil processos judiciais, segundo o CNJ, o que levou o órgão a tentar a conciliação.

Relembre o caso

Em 5 de novembro de 2015, a ruptura da barragem da Samarco liberou uma avalanche de rejeitos que alcançou o Rio Doce e escoou até a foz, causando diversos impactos socioambientais e socioeconômicos em cidades mineiras e capixabas, além de 19 mortes.

A gestão de todas as ações de reparação ficaram a cargo da Fundação Renova, entidade que é mantida com recursos da Samarco e de suas acionistas Vale e BHP Billiton. Ela foi criada em 2016, atendendo a termo de transação e ajustamento de conduta (TTAC) firmado entre as três mineradoras, o governo federal, os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), mais de R$ 7 bilhões foram pagos por Samarco, Vale e BHP Billiton a título de reparação dos atingidos via decisões judiciais. O órgão, contudo, questiona a pressão exercida pela empresa sobre os atingidos, mediante uma série de exigências para os desembolsos.

Segundo a Fundação Renova, até julho deste ano as medidas de reparação da tragédia em Mariana consumiram R$ 23,06 bilhões, dos quais R$ 9,15 bilhões foram pagos como indenização individual.

*Colaborou o repórter Leo Rodrigues




Fonte: Agência Brasil

Bicentenário da Independência foi celebrado com a TV Brasil


A cobertura do 7 de Setembro pela EBC teve sucesso em todas as plataformas e garantiu que brasileiros de todos os cantos assistissem ao evento.

Nas 3 praças em que a empresa tem medição regular de audiência de TV, durante tradicional transmissão do desfile de Brasília, quase 1 milhão de pessoas acompanharam pela tela da TV Brasil, considerando apenas as praças DF, RJ e SP. Essa foi a maior audiência do desfile da independência com dados mensuráveis nas 3 praças.

Em Brasília, a TV Brasil chegou a ficar na 1ª posição na praça, onde na média do período, ficou em segundo lugar, com mais de 4.3 pontos de audiência.

No Rio de Janeiro, com média de 1,6 ponto e picos superiores a 2 pontos, garantiu a 4ª posição.

Os paulistanos também acompanharam de perto a cobertura e a TV Brasil atingiu uma média de quase 1 ponto.

Vale destacar que o Desfile contou também com transmissão pela Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP) e para todos o país por meio do sinal da TV Brasil no satélite e pelas principais Operadoras à Cabo.

Além da TV, as pessoas também puderam acompanhar o desfile pelas redes sociais dos veículos da EBC.

No YouTube, o vídeo publicado ao vivo já teve 510 mil visualizações e quase 12 mil compartilhamentos. Os canais que compartilharam o vídeo vão desde usuários a canais nacionais de notícias.

No Twitter, a #TVBrasilno7 ficou entre os principais assuntos do momento e teve mais de 3 mil tweets.

Fontes:
TV: Kantar IBOPE Media | InstarAnalytics | Dia 07/09, 2014 a 2022 | SP, RJ e DF | Rat% Dom e Cov# Ind e Dom | 6h-30
Redes Sociais: Buzzmonitor e YouTube Studio




Fonte: Agência Brasil

Marinha participa da Operação Unitas com outros 19 países


A Marinha do Brasil coordenará, entre o próximo sábado (10) e o dia 22, a 63ª edição da Operação Unitas, o mais antigo exercício marítimo multinacional organizado pelos Estados Unidos. A sede e a coordenação dos trabalhos funcionam em sistema de rodízio entre os países das Américas. A última vez que o Brasil esteve na coordenação foi em 2019. A abertura da operação ocorreu hoje (8) no Auditório do Centro de Adestramento Almirante Marquês de Leão, na Ilha do Mocanguê, em Niterói, região metropolitana do Rio.

Além do Brasil, a operação contará com a participação de navios, um submarino e tropas de Fuzileiros Navais e de Operações Especiais de marinhas de 19 países: Estados Unidos, Belize, Camarões, Colômbia, Chile, Coreia do Sul, Equador, Espanha, França, Guiana, Jamaica, México, Namíbia, Panamá, Paraguai, Peru, Reino Unido, República Dominicana e Uruguai.

O comandante da Primeira Divisão da Esquadra, contra-almirante Marcelo Menezes Cardoso, destacou que esta edição conta com representantes de todos os continentes.

“É a primeira vez que navios africanos cruzam o Atlântico e vêm participar de um exercício no litoral. Acho que esse é um fato marcante”, revelou.

A operação vai ter duas fases. A marítima incluirá exercícios de ações de superfície, antissubmarinas e antiaéreas, de guerra eletrônica e de operações de interdição marítima, uma etapa de exercícios ligados especificamente à segurança marítima; e com uma etapa final anfíbia, que tem prevista uma simulação de resgate de civis, por meio de uma incursão anfíbia na Praia de Itaóca-ES, envolvendo o movimento de um Elemento Anfíbio Multinacional e o emprego de Veículos de Assalto Anfíbio e Embarcações de Aterragem (Landing Craft Utility – LCU).

Já na fase de porto, segundo a Marinha, serão realizadas “oficinas para as tropas de Fuzileiros Navais e Operações Especiais, além de atividades que permitirão intercâmbios culturais, eventos esportivos e projetos de relacionamento com o público civil”.

Ao todo, a 63ª edição mobilizará 12 navios brasileiros e 8 estrangeiros, aeronaves de asa fixa e rotativa, além dos apoios em terra, somando cerca de 5,5 militares. A intenção com a realização da Unitas é incrementar as ações entre os países por meio de operações navais, aeronavais e de fuzileiros navais, e estreitar os laços de cooperação e amizade entre as marinhas participantes.

O secretário da Marinha dos Estados Unidos, Carlos Del Toro celebrou o bicentenário da independência do Brasil, comemorado ontem (7) e disse que o seu país tem muito orgulho por ter sido o primeiro no mundo a reconhecer a independência brasileira. “Lembramos o papel importante que essa nação exerce no histórico passado. De fato, a presença da Marinha dos Estados Unidos [na Operação Unitas] vem de diversas fontes, pois o Brasil foi o anfitrião oficial durante a Segunda Guerra Mundial. É um privilégio participar da Unitas”, afirmou.

O contra-almirante Cardoso comentou que uma novidade nesta edição são os equipamentos modernos trazidos pela Marinha americana, entre eles, o contratorpedeiro USS Lassen (DDG-82).

“A designação desses meios modernos americanos, em primeiro lugar como sinal de prestígio à Unitas, mostra a importância que a Marinha americana atribui a essa operação e o quanto esses meios modernos podem contribuir para o adestramento das outras marinhas, em especial, as latino-americanas. A designação desses modernos desses navios, submarinos e aeronaves são um sinal de prestígio”, afirmou.

O comodoro do Esquadrão Anfíbio n° 8 da Marinha dos Estados Unidos, capitão de Mar e Guerra Thomas Maiers, contou que esta é a quarta edição da Unitas em que participa, sendo a segunda no Brasil e não há nenhum outro exercício no mundo que seja tão contínuo. “São 63 anos envolvendo a cooperação. Uma das coisas que eu aprendi na medida em que tenho participado é que as coisas não acontecem sem a confiança. E como se constrói confiança? Com exercícios como a Unitas. Quando se pergunta porque os Estados Unidos estão enviando tantos recursos este ano é porque não é apenas construir confiança em uma área. Tem outros domínios no ar, mar e terra”, pontuou. “Estou entusiasmado em ter exercícios maravilhosos este ano”.

Para o vice-comodoro do Esquadrão Destroyer 40 da Marinha dos Estados Unidos, capitão de Mar e Guerra Miguel Cháppel, a importância dos exercícios para o avanço das ações marítimas, vai além dos realizados em terra, mar e ar. “Não só estamos focados no componente de terra, mar e ar. Tem também a parte humanitária. Construir parcerias com as nações presentes é extremamente importante para o nosso país”, disse.




Fonte: Agência Brasil

Museu do Ipiranga é reaberto ao público


Após a abertura oficial do Museu do Ipiranga, ocorrida nesta quarta-feira (7), em São Paulo, hoje (8) foi a vez do público conhecer o museu restaurado, que ficou fechado por 9 anos. O museu recebeu primeiro a visitação de estudantes de escolas públicas, trabalhadores das obras e seus familiares ontem.

O Museu do Ipiranga promete ser um dos mais completos e modernos da América Latina. A instituição passou por profundas transformações para a celebração do Bicentenário da Independência do Brasil.

Quadro “Independência ou Morte!”, do pintor Pedro Américo, no Museu do Ipiranga, na Vila Monumento.

Quadro “Independência ou Morte!”, do pintor Pedro Américo – Rovena Rosa/Agência Brasil

O casal Loreta e Salvatore foi um dos primeiros a visitar o Museu do Ipiranga nesta quinta-feira. “Adorei, está muito lindo. São Paulo mereceu mesmo um museu desse, estava na hora. Está nota 10. O Salvatore e eu adoramos. Visitamos todas as exposições com o nosso amigo Gabriel”, disse a dona de casa Loreta Rita Malandrino, de 62 anos de idade, que morou 40 anos na Itália e há cerca de 2 anos mora com o marido italiano no bairro do Ipiranga, região onde está o museu.

Salvatore também se disse impressionado com o museu. É a primeira vez dele no local. “Está lindíssimo. E fiquei muito feliz em saber que teve a colaboração de dois engenheiros italianos. Chamou a atenção o trabalho das restaurações”, disse Salvatore Marchisella, de 66 anos de idade.

Na entrada da exposição, o casal conheceu o estudante Gabriel Major de Deus Lima, de 26 anos, e juntos visitaram as exposições. “Gostei de a toda restauração e vi que tem vários dispositivos de segurança, e os vidros, que são térmicos. Gostei também das exposições, está tudo bem bonito”, disse o morador da Penha, zona norte de São Paulo.

O Museu do Ipiranga reabriu com o dobro do tamanho, mais uma área subterrânea e capacidade para receber até 11 exposições simultâneas. A expectativa é de que de 900 mil a 1 milhão de pessoas visitem o museu todos os anos. Como parte das comemorações de abertura, a visitação é gratuita até o dia 6 de novembro. Mas os ingressos devem ser agendados pelo site do museu.

O custo total da obra foi de R$ 235 milhões. Além dos recursos captados da iniciativa privada, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, foram feitos aportes pelo governo do estado de São Paulo e parte por empresas, sem incentivo fiscal. O governo estadual investiu R$ 34 milhões na obra de restauração, dos quais R$ 15 milhões foram no Edifício Monumento e R$ 19 milhões no Jardim Francês.

Exposições

Acervo do Museu do Ipiranga, na Vila Monumento.

Acervo do Museu do Ipiranga – Rovena Rosa/Agência Brasil

Estão abertas ao público 11 novas exposições, contemplando cerca de 3,5 mil itens do acervo, que no total tem 450 mil itens e documentos. Pela primeira vez na história do museu, a instituição também estará apta a receber acervos de outras instituições, inclusive internacionais, graças à instalação de ar-condicionado.

O prédio ganhou ainda a instalação de vidros de baixa transmitância, que retêm o calor do raio solar, garantindo conforto térmico do prédio e melhor conservação do acervo. A iluminação é controlada ponto a ponto via sistema de automação, com lâmpadas led, que gastam menos energia e emitem menos calor. Outra ação ecológica foi um sistema híbrido para a circulação de ar, que inclui aparelhos de ar-condicionado apenas na expansão do edifício – o que também preserva a integridade da construção histórica.

Obras

Acervo do Museu do Ipiranga, na Vila Monumento.

Acervo do Museu do Ipiranga – Rovena Rosa/Agência Brasil

As obras foram executadas em duas frentes: restauro do Edifício Monumento e a ampliação do edifício. Com o novo espaço criado, de 6,8 mil m², o museu ganha entrada integrada ao Jardim Francês, além de bilheteria, café, loja, auditório para 200 pessoas, espaços e salas para atendimento educativo, e uma grande sala de exposições temporárias, com 900m².

No Edifício Monumento, foram realizados reparos em todos os detalhes da refinada arquitetura, incluindo os 7,6 mil m² das fachadas, que, pela primeira vez, passaram por limpeza, decapagem, recuperação dos ornamentos, aplicação de argamassa, tratamento de trincas e, por fim, a pintura.

O Museu do Ipiranga também teve restaurado o Jardim Francês, localizado em frente ao Edifício Monumento. A obra incluiu restauração de toda a área construída e do paisagismo, reforma do espaço da antiga administração para instalação de um restaurante, criação de infraestrutura para food bikes, restauro e modernização da iluminação pública, requalificação das vias de acesso, inclusive com equipamentos de acessibilidade, reativação da fonte central e recuperação de duas fontes presentes no projeto original do jardim, destruídas na década de 1970.

O casal de estudantes Beatriz e Eduardo passearam pelo jardim. O que mais a impressionou foram os chafarizes. “Com certeza os chafarizes, é muito bonitinho. De noite deve ser mais bonito ainda, porque eu notei que tem luzes. Mas de dia também é incrível, o jardim é fresco. Traz uma frescura, e hoje está tão quente, é bem lindo, é muito legal”, disse Beatriz Cristina Tenreira Pimentel, de 18 anos de idade.

Eduardo também curtiu o chafariz. “Antes da interdição o chafariz não funcionava e é o que mais me impressiona, ele é bem lindo. E o jardim inteiro está muito mais bonito”, disse o estudante, que estava com seu skate no passeio, acrescentando, que já quer ver como ficou a parte de baixo do parque, bem frequentada por quem anda de skate e patinete. “Moro na região, eu já andei bastante aqui no parque, e eu também estou curioso para ver lá embaixo, faz muito tempo que não ando lá”, disse Eduardo Oliveira da Silva, de 20 anos.

Patrimônio histórico

Tombado pelo Patrimônio Histórico municipal, estadual e federal, o edifício foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Foi concebido originalmente como um monumento à Independência e tornou-se, em 1895, a sede do Museu do Estado, criado 2 anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país.




Fonte: Agência Brasil

Presidente Bernardes confirma o primeiro caso de varíola dos macacos na cidade


A Prefeitura de Presidente Bernardes (SP) confirmou, nesta quarta-feira (8), o primeiro caso de varíola dos macacos na cidade. Com esta confirmação, o Oeste Paulista chega ao terceiro caso de Monkeypox, sendo dois confirmados em Presidente Prudente (SP).

Segundo informações da Prefeitura, trata-se de um homem que fez uma viagem recente.

A idade do homem e o local onde ele supostamente teria contraído o vírus ainda não foram divulgados, mas, ainda de acordo com a Prefeitura, a vítima está com boas condições de saúde e todas as medidas estão sendo tomadas.

O g1 foi informado pela Prefeitura de Presidente Bernardes que o homem não está em isolamento.

De acordo com o Boletim Diário, atualizado nesta quinta-feira (8), pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica de Presidente Prudente (GVE), a região do Oeste Paulista possui três casos confirmados da varíola dos macacos. Além das confirmações, 10 exames foram descartados (veja o mapa abaixo).

Prefeitura de Presidente Bernardes (SP) informou que paciente com varíola dos macacos não está em isolamento — Foto: Reprodução

O que é a varíola dos macacos?

Trata-se de doença causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família do vírus da varíola humana.

Os casos dessa infecção eram relativamente comuns na África Central e na África Ocidental, especialmente em regiões com florestas tropicais. Mais recentemente, o número de casos parece ter aumentado também em áreas urbanas.

Apesar do nome, os principais hospedeiros desse vírus na natureza são roedores. Mas primatas não humanos também são afetados por esse tipo de varíola.

Como a varíola dos macacos é transmitida?

A varíola dos macacos é transmitida quando alguém tem contato próximo com as lesões de pele, as secreções respiratórias ou os objetos usados por uma pessoa que está infectada.

O vírus ainda pode ser passado de mãe para filho durante a gestação, através da placenta.

Até agora, o patógeno não foi descrito oficialmente como uma infecção sexualmente transmissível, mas a doença pode ser passada durante a relação sexual pela proximidade e o contato pele a pele entre as pessoas envolvidas.

Muitos dos casos registrados até o momento foram observados em homens que fazem sexo com outros homens. Isso levou, inclusive, a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido a pedir que esses indivíduos prestem mais atenção a coceiras ou lesões de pele que lhes pareçam incomuns, especialmente na região anal e genital.

Eles foram orientados a contatar seus serviços locais de saúde no caso de algum sintoma ou preocupação. Mas autoridades ressaltam que qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode ser contaminada.

Animais infectados, como macacos, ratos e esquilos, também podem transmitir o vírus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que o período de incubação (o tempo entre o vírus invadir as células e o aparecimento dos primeiros sintomas) costuma variar de seis a 13 dias, mas pode chegar até a 21 dias.

  • Presidente Prudente confirma o segundo caso de varíola dos macacos no município
  • Homem de 31 anos é primeiro paciente da varíola dos macacos em Presidente Prudente

Prevenção contra a monkeypox:

  • Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;
  • Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença;
  • Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel;
  • Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;
  • Uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.
  • O principal sintoma é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus;
  • Caroços no pescoço, nas axilas e na virilha;
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Calafrios;
  • Cansaço;
  • Dores musculares.




Fonte: G1

Teatro: Pedro I volta ao Rio para repensar valores


Dentro das comemorações do Bicentenário da Independência, o Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial, no Rio de Janeiro, abre suas portas hoje (8) para um encontro do público com o primeiro imperador do Brasil.

Dirigido por Daniel Herz, que assina também o texto junto com os atores João Campany e Roberta Brisson, o monólogo Pedro I pretende questionar valores e atitudes de um dos grandes nomes da história do Brasil, o Imperador Dom Pedro I.

Os ingressos para a peça são gratuitos, mediante retirada de senhas, com classificação a partir de 12 anos de idade, para menores acompanhados dos pais ou responsáveis. As sessões acontecem às quintas e sextas-feiras, às 17h30, e aos sábados e domingos, às 16h.

O texto mistura elementos históricos e fictícios para perguntar ao público se o legado do Primeiro Império é positivo ou não. “Pedro I volta 200 anos depois e tem o delírio de querer reconquistar o poder e voltar a ser imperador do Brasil, em 2022. No mesmo corpo do imperador, o público percebe que tem um ator chamado João, que vai começar a ter um embate com Pedro sobre questões que a gente acha interessante discutir”, disse Daniel Herz à Agência Brasil.

O ator João Campany, idealizador do projeto, vive os dois personagens, que se alternam a partir de um minucioso trabalho de voz e corpo: o primeiro imperador do país e um ator dos tempos atuais, que leva Pedro I a repensar valores, como a relação do machismo, do racismo e a relação dele com as mulheres.

O objetivo do ator João é que Pedro I refaça a declaração da Independência, “porque ele tem uma mãe que morreu e era uma mulher trans que o adotou. Então, ele quer que o imperador refaça a declaração da Independência para que incorpore as lutas dos direitos identitários”, explicou Herz. O embate de ideias leva o público a repensar os atos que moldaram a sociedade brasileira a partir do 7 de setembro de 1822.

Um só corpo

Ao indagar quem está chefiando a Corte atualmente, Pedro I é informado que não há mais Corte e que é de Brasília que o governo atual comanda, mas Pedro entende se tratar de uma mulher chamada Brasília. “Vira uma coisa interessante, porque você tem duas pessoas que pensam a vida completamente diferente e isso tudo no corpo de um ator só, porque é um monólogo. Você tem a presença constante desses dois personagens no corpo só de um ator”, reforçou o diretor. O público é questionado e pode ser convidado a participar da peça em vários momentos.

João Campany destacou que liberdade é diferente de independência. “Dom Pedro proclamou a independência de um país em relação a outro, que o colonizava. Mas será que, com isso, ele realmente garantiu a liberdade das várias etnias que povoam o Brasil?”, indagou.

A também coautora da peça, Roberta Brisson, afirmou que, fazendo uma reflexão sobre esse período histórico, os três autores procuraram entender de onde vêm “muitas questões que se apresentam até hoje pra nós, como o racismo e a misoginia, por exemplo. A ideia de relembrar para não repetir os erros do passado se une à necessidade de lutar, diariamente, por uma sociedade mais igualitária”, salientou Roberta.

Daniel Herz acrescentou que, a partir da provocação feita com base em pensamentos tão diferentes, a ideia é levar à cena reflexões para a construção de um Brasil melhor.

O espetáculo tem apoio institucional do governo do estado do Rio de Janeiro. A peça ficará em cartaz, inicialmente, até 1º de outubro próximo.




Fonte: Agência Brasil