Festival Internacional de Piano retorna ao Rio de Janeiro após 5 anos


O Festival Internacional de Piano do Rio de Janeiro será realizado a partir de hoje (5), estendendo-se até o dia 11 e homenageando o pianista brasileiro Nelson Freire (1944-2021). Será a segunda edição do festival, depois de um período de cinco anos. O evento recebeu 35 inscrições de 14 países.

A equipe formada pela diretora artística e coordenadora-geral Lilian Barretto, por Vera Astrachan e Olga Kopylova selecionou oito pianistas, de seis países, para as provas semifinais, que ocorrerão nos dias 5 e 6 de setembro, na Sala Cecília Meireles, às 14h, concorrendo a premiações no valor total de R$165 mil. No dia 6, serão conhecidos os três pianistas que disputarão os primeiros lugares do concurso. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do local, a preços populares: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada).

Os oito pianistas pré-classificados são Antonina Suhanova (Letônia), Hyerim Lee (Coreia do Sul), Jordan Alexander (Brasil), Noah Zhou (Reino Unido), Rafael Ruiz (Brasil), Robert Bily (República Tcheca), Xiaohui Yang (China) e Yeontaek Oh (Coreia do Sul).

O Festival Internacional de Piano do Rio de Janeiro dá continuidade ao Concurso Internacional BNDES de Piano, que descobriu e promoveu inúmeros talentos do Brasil e do exterior, no período de 2009 a 2016.

Agora, com o apoio do Instituto Cultural Vale, Lilian Barretto decidiu fazer um evento híbrido, conforme informou (4) à Agência Brasil. “Não só um concurso e não só um festival. Este segundo festival tem características muito interessantes porque abrange toda a parte de provas e prêmios de um concurso, mas também tem itinerância de concertos e masterclasses, que seriam de um festival. Por isso, ele é muito mais abrangente do que a gente fez de 2009 até agora”.

Provas

No dia 10 de setembro, às 19h, também na Sala Cecília Meireles, os três pianistas finalistas farão as provas decisivas, com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), sob a regência do maestro Roberto Tibiriçá. Em seguida, haverá a cerimônia de premiação.

Para encerrar a edição, no dia 11, às 17h, no mesmo local, será realizado o Concerto do Vencedor do Festival, com a Orquestra Sinfônica Brasileira, regida por Roberto Tibiriçá, apresentando obras de Camargo Guarnieri, Gluck e um Concerto para Piano e Orquestra. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria.

O festival terá também quatro masterclasses para jovens pianistas brasileiros, ministradas por alguns dos jurados do evento, nos dias 8 e 11 de setembro, no Espaço Guiomar Novaes, da Sala Cecília Meireles, e no Auditório Villa-Lobos, da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, e de 8 a 13 de novembro, em parceria com o Projeto Vale Música, na Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames), em Vitória.

A coordenadora lembrou que um festival com premiação “abre oportunidades para jovens pianistas serem conhecidos no cenário musical nacional e internacional, traz conexões com professores de renomadas escolas de música, além de representar um imenso estímulo ao aprimoramento do estudo em níveis mais elevados. É um investimento importante na vida profissional de qualquer músico”, assegurou.

Prêmios

O polonês Piotr Paleczny, vencedor de cinco competições internacionais de piano, será o presidente do júri nesta edição. Ele é jurado de alguns dos mais famosos concursos internacionais como os de Varsóvia, Leeds, Montreal, Moscou, Paris, Genebra e Tóquio, entre outros. Completam o corpo de jurados a japonesa Akemi Alink, o português Álvaro Teixeira Lopes, os brasileiros Eduardo Monteiro, Linda Bustani e Roberto Tibiriçá, e os franceses Marian Rybicki e Pierre Réach.

O pianista classificado em primeiro lugar receberá prêmio em dinheiro no valor de R$ 85 mil, seguindo R$ 45 mil para o segundo e R$ 20 mil para o terceiro. Serão conferidos ainda o Prêmio Nelson Freire ao melhor pianista brasileiro, no valor de R$ 10 mil, e o Prêmio do Público, com valor de R$ 5 mil.

O vencedor do Prêmio OSB participará de concerto na temporada da Orquestra Sinfônica Brasileira em 2023. O ganhador do Prêmio Animato participará de concerto dos finalistas do Festival na Salle Cortot, em Paris, na temporada 2022/2023.

Itinerância

A itinerância foi iniciada no dia 16 de abril, quando o Festival Internacional de Piano, em parceria com a Fundação Amazônica de Música, apresentou o premiado pianista russo Dmitry Shishkin no Teatro da Paz em Belém. Ele executou o Concerto nº 1 de Chopin com a Orquestra Vale Música, sob a regência do maestro Roberto Tibiriçá, seguindo-se apresentação em 26 de abril, no mesmo local.

Neste mês, o pianista ucraniano Illia Ovcharenko se apresentará na Sala Cecília Meireles, no Rio, no dia 25, e no Auditório Villa-Lobos,da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na USP, em São Paulo, no dia 28. Em outubro, o pianista da nova geração brasileira Leonardo Hillsdorf se apresentará em Belém (dia 18) e em Vitória (dia 20).

Encerrando a itinerância, o pianista brasileiro Cristian Budu, filho de romenos, se apresentará no dia 2 de dezembro na Sala Cecilia Meireles, no Rio de Janeiro, enquanto o Duo Cristian Budu – Gustavo Carvalho, formado por dois pianos, tocará no dia 7 de dezembro, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte.




Fonte: Agência Brasil

Projetos nascidos em BH ampliam alcance do grafite e promovem inovação


De um dia para o outro, o muro da escola onde estuda Victor Alves Pedroso, em Tramandaí (RS), ganhou uma explosão de cores. Tomado pelo grafite, ele poderá oferecer um respiro para os alunos em meio ao cotidiano dos estudos na cidade litorânea com pouco mais de 50 mil habitantes. E certamente proporcionará muitos comentários por um motivo: o trabalho foi realizado pela mão dos próprios jovens.

Aos 16 anos, Victor é filho de grafiteiro e desde cedo se envolve com a arte urbana. Mesmo para ele, foi algo especial. “É algo muito revolucionário para mim. Em Tramandaí, não existe muita abertura para evento que dá visibilidade ao artista. Então ter um evento que vem de fora e te dá tinta e oportunidade de botar seu trabalho na rua é utópico”.

A pintura foi resultado de mais um edição do Fábrica de Graffiti, iniciativa que nasceu em 2018 em Belo Horizonte. A programação foi encerrada com uma exposição na semana passada do trabalho de 200 adolescentes de escolas públicas que participaram de um curso gratuito composto por oito encontros.

Cada um deles pintou uma tela. O evento deixou ainda como legado a revitalização de uma pista de skate de 300 metros quadrados, sob coordenação do artista gaúcho Luis Flávio, também conhecido como Trampo. Uma pista menor também ganhou novas cores pelas mãos de seis artistas locais.

A proposta do Fábrica de Graffiti é humanizar espaços industriais e capacitar novos artistas. Cada edição envolve trabalhos de grande escala e uma programação cultural. Em Tramandaí, foi dado maior enfoque à proposta educacional. “O Fábrica de Graffiti é uma das primeiras iniciativas do país que saiu dos grandes centros urbanos e apostou na descentralização do grafite. Hoje existem muito mais projetos voltados para cidades do interior do que tinha antigamente”, comenta Paula Mesquita Lage, produtora executiva do projeto.

A iniciativa já passou por diferentes cidades como Contagem (MG), João Monlevade (MG), Feira de Santana (BA), Rio Claro (SP) e Barra Mansa (RJ). De acordo com Paula Lage, no imaginário coletivo, ambientes industriais são considerados locais isolados e sem movimento. “Tem muita vida ali. As pessoas trabalham, há um comércio local”, pondera. Segundo ela, o grafite também é uma aposta para estimular um ambiente mais criativo, o que é positivo para as fábricas que entregam seus muros para o festival.

Todas as edições do evento dialogam, de alguma forma, com a trajetória da arte urbana na capital mineira: entre os artistas convidados, sempre há nomes da cena belorizontina. Muros, viadutos, túneis, tapumes de construção, bancas de revista, fachadas de lojas, portões de garagem: o grafite ocupa cada vez mais espaços em Belo Horizonte.

O centro da cidade se tornou um ícone da arte urbana: fachadas de prédios imponentes foram preenchidas por uma diversidade de desenhos. A mureta da Rua Sapucaí, atrás da icônica Praça da Estação, se converteu em um ponto de contemplação: um mirante de arte urbana. Uma visita ao local passou a ser indicada nos mais variados guias de turismo da cidade.

A trajetória do grafite na capital mineira, assim como em todo o mundo, guarda peculiaridades envolvendo a disputa por novos espaços. Um marco dessa história são os grandes murais do francês Hugues Desmaziéres, que desembarcou na cidade nos anos 1990 trazendo na bagagem sua experiência em Nova Iorque.

Uma tese defendida em 2020 pela pesquisadora Elisângela Batista na Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revela que seu trabalho sofreu críticas públicas de nomes famosos como o do arquiteto Gustavo Pena e do escultor Amilcar de Castro. Chegou-se a propor a criação de um conselho para analisar projetos e aprová-los, podendo fazer inclusive julgamento estético.

Surgido em 2017, o festival Circuito Urbano de Arte (Cura) se tornou o eixo de uma transformação: é o principal responsável pela expressiva expansão do colorido sobre o acinzentado urbano do centro da cidade. Através dele, pinturas gigantescas em fachadas de aproximadamente duas dezenas de prédios se tornaram um novo cartão postal de Belo Horizonte.

A iniciativa surgiu em meio a um movimento de ocupação da região central da cidade por jovens da periferia. O epicentro dessa mobilização é o baixio do Viaduto Santa Tereza, que se tornou palco de eventos da cultura hip hop e da arte urbana. O Cura realiza a partir do dia 15 de setembro sua sétima edição, sempre lançando novos artistas e também trazendo nomes de referência de outros estados do país e também de outros países. “Um dos nossos objetivos era colocar Belo Horizonte no mapa mundial do grafite. E essa transformação vai ficar aí, pelo menos uns 30 anos”, diz Jana Macruz, uma das idealizadoras do Cura, em um documentário veiculado na página do festival.

O festival contribuiu para dar projeção aos artistas e propor novas reflexões. O processo seletivo preserva a autonomia no processo de criação. “Tenho necessidade de falar sobre questões de valorização da mulher negra, dos povos originários, da nossa identidade real e tirar camadas que de padrões que colocaram na gente e que a gente acha que é o normal e não é”, diz Criola, nome artístico de Tainá Lima, uma das principais referências do grafite mineiro.

A inovação é constante: na sua sexta edição, o Cura levou o grafite não para o alto dos edifícios, mas para o chão: quem passa pela Praça Raul Soares hoje anda por cima de símbolos indígenas. O local, para onde convergem a Avenida Amazonas e outras importantes vias do centro de Belo Horizonte, foi requalificado pelas mãos de artistas de diferentes etnias: ganhou grafismos de origem marajoara e, em seu centro, um símbolo inca.

Inconformismo

Em todo o mundo, o espaço do grafite precisou ser conquistado. Historiadores apontam o final dos anos 1960 como marco da evolução do grafite. Nos protestos de maio de 1968, jovens de Paris recorreram ao spray como ferramenta de ativismo e de propagação de ideias. Posteriormente, jovens da periferia de Nova York atrelados ao movimento hip hop passaram a expressar sistematicamente seu inconformismo nos muros da cidade. Como precisavam agir de forma rápida para evitar flagrantes policiais, o spray se mostrava conveniente.

“O grafite não nasce com o hip hop. Ele é anterior. A cultura hip hop se apropria da cultura do grafite e a dissemina pelo mundo. O grafite se encaixa como um dos quatro elementos do hip hop de uma forma muito orgânica”, pontua Comum, nome artístico de André Machado. Dessas manifestações, se desdobram a pichação e o grafite. A distinção entre ambos ganhou força no Brasil. Em outros países, o grafite é concebido como um termo geral e a pichação uma vertente. “São expressões de uma mesma cultura urbana”, avalia Comum.

A pichação, designada na linguagem das ruas através da grafia pixação ou simplesmente pixo, envolvem palavras e frases grafadas de forma estilizada. Ela geralmente é considerada como um ato de confrontação e provocação da autoridade, sendo encarada pelo poder público como vandalismo desprovido de uma dimensão artística.

Podem carregar posicionamentos políticos, protestos, insultos e declarações de amor. Também são comuns assinaturas pessoais ou de grupos, muitas vezes com intuito de expressar demarcação de territórios e de rivalizar com outros pichadores que competem pelos locais de acesso mais difícil. “É uma forma desses jovens da periferia dizerem: eu estou aqui, eu existo”, observa Comum.

Já o grafite agrega diferentes técnicas: pode combinar, por exemplo, a tinta látex, os rolinhos e o estêncil junto com o spray. A atividade vem obtendo visibilidade e reconhecimento da sociedade pela sua dimensão artística e pelas reflexões que promove. Em torno dela, formou-se uma comunidade de artistas disposta a trabalhar buscando autorização para pintar os muros, sem deixar de abordar temas políticos e sociais. Eles também reivindicam o grafite como a arte mais democrática: nas ruas, exposto ao olhar de todos, pode ser interpretado por cada um sob múltiplas perspectivas.

Por vezes, o grafite é enaltecido como antídoto contra a pichação. As fronteiras que os separam, no entanto, não são rígidas e são manifestações que dialogam entre si, havendo inclusive atores que se expressam das duas formas. É comum ver muros nos centros urbanos em que os dois tipos de manifestação aparecem sobrepostos. Além disso, as caligrafias estilizadas transitam entre ambos: os grafiteiros dão tridimensionalidade a elas e as usam com diferentes intuitos, inclusive para assinar seus murais.

Descriminalização

No Brasil, o spray foi adotado na década de 1970 pelos movimentos de contestação à ditadura. Nas periferias, as torcidas organizadas de clubes de futebol tiveram um papel importante na disseminação da pichação. Como observa Paula Lage, embora seja uma forma global de expressão, estas manifestações se moldam atreladas à cultura local. Nos anos 1980, o grafite já chamava atenção em São Paulo. Mas os artistas sabiam que precisavam ser ágeis ao pintar muros ou poderiam ser detidos pela polícia.

O Artigo 65º da Lei de Crimes Ambientais que entrou em vigor no país em 1998 oficializou a repressão que já acontecia nas ruas: pichar e grafitar foram consideradas práticas passíveis de detenção por um período de três meses a um ano. Se o ato fosse realizado em monumento ou edifício tombado, a pena mínima deveria ser de seis meses.

Em 2011, a legislação foi alterada com a exclusão do verbo grafitar e a inclusão de um novo parágrafo: “Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional”.

Apesar da descriminalização, artistas avaliam que o preconceito ainda existe, sobretudo na associação com vandalismo. “O agente da lei adota um critério prático: tem ou não tem autorização. Mas historicamente o grafite nunca dependeu de autorização. A transgressão é uma característica do grafite. Então a descriminalização da forma como foi feita cria uma situação onde parte do grafite é aceito e parte continua sendo criminalizado”, avalia Comum.

No início de 2017, o noticiário nacional deu espaço à batalha travada em São Paulo em torno do grafite. Sob pretexto de acabar com pichações, a prefeitura havia determinado a pintura dos muros da Avenida 23 de Maio. Na intervenção, foram apagados murais que se constituíam como uma emblemática amostra da arte urbana da capital paulista.

Na época, o então prefeito, João Dória, vestiu macacão e máscara e se uniu aos pintores contratados que cobriram de tinta cinza os desenhos coloridos. A controvérsia foi parar nos tribunais, gerando uma guerra de liminares. Nas ruas, a reação dos artistas não demorou e novos grafites reapareceram.

Mural Etnias, de Kobra, entra para o Guinness como maior grafite do mundo

Mural Etnias, de Kobra, entra para o Guinness como maior grafite do mundo – Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil

A capital paulista é precursora no movimento de grafite no país e é onde reside alguns artistas brasileiros de projeção mundial como Otávio Pandolfo e Gustavo Pandolfo, conhecidos comos Os Gêmeos, e Eduardo Kobra. O trabalhos de ambos chegou aos Estados Unidos e à Europa. Na última década, o grafite passou aos poucos a ser usado como instrumento para embelezar locais da cidade, a partir de projetos públicos lançados de forma pontual. Mas a relação com as autoridades continuou marcada pela conflito como ilustra o episódio de 2017.

Dois anos antes, a prefeitura de Belo Horizonte, então comandada por Márcio Lacerda, tirava do papel o projeto Telas Urbanas, voltado para requalificação e transformação dos espaços públicos e privados urbanos por meio da arte mural. Através de editais públicos, selecionavam-se propostas para a produção de intervenções artísticas em espaços urbanos da cidade.

Márcio Lacerda tinha uma relação turbulenta com alguns grupos culturais da cidade, sobretudo com os blocos que impulsionaram na época a retomada do carnaval de rua na capital mineira, driblando regras estabelecidas pelo município. Apesar do estímulo ao grafite sugerir que a gestão municipal da capital mineira apostava em um caminho diferente de São Paulo, também houve atritos com a comunidade de artistas.

Convidado para assumir a curadoria do Telas Urbanas, Comum conta que os cachês previstos eram baixo e que o projeto parecia voltado para um propósito de de limpeza urbana: grafitar muros tomados pela pichação. Quando ele assumiu, o edital foi cancelado e refeito.

“Conseguimos realizar um projeto mais identificado com o grafite”, conta. Mesmo assim ele lembra que existiram tensões e que alguns murais foram pichados depois de concluídos. Ele encara a reação como uma expressão dos artistas. “Deram sua resposta”, avalia.

Profissão

Assim como o Cura e o Fábrica de Grafitti, Belo Horizonte é hoje sede de outras iniciativas envolvendo o grafite como o Projeto Gentileza e o Museu da Rua. São iniciativas que dependem do aporte de recursos públicos ou de patrocínio privado. Paula Lage observa que a visão de cada governo influencia o nível de investimento cultural e vê um esvaziamento dos editais atrelados à Lei Federal de Incentivo à Cultura no último período.

Por outro lado, ela crê que o poder público, nas capitais, já compreende que a arte urbana contribui para deixar menos hostil o deslocamento pelas vias públicas, geralmente marcadas pelos engarrafamentos e pelo adensamento imobiliário.

Esse novo entendimento acompanha a evolução do grafite não apenas como arte, mas como negócio: junto com aporte de recursos públicos, o patrocínio privado também avançou. O desembarque da Fábrica de Grafitti em Tramandaí foi possível através de financiamento do Instituto EDP, braço social da EDP Brasil, robusta empresa do setor energético.

Há um entusiasmo das marcas, que buscam se capitalizar em cima do grafite: elas apostam em novas linguagens para dialogar com novos públicos. Para Paula Lage, foi essa conversão do marginal para o comercial que abriu espaço para que surgissem diversos trabalhos de grande escala, como as pinturas que preenchem integralmente paredes de edifícios altos.

Ela observa que é uma evolução contínua, na qual o grafite vem conquistando novos espaços e já foi absorvido também pelas galerias de arte. Esse ambiente gera oportunidades e melhora a remuneração dos artistas. Além de garantir fonte de renda através dos cachês, os festivais contribuem abrindo novas frentes de trabalho: o Fábrica de Grafitti é um exemplo de como grafiteiros também vem se desenvolvendo como professores e arte-educadores.

“Ainda aparecem pessoas dizendo ‘tenho um muro para doar’. Mas percebo que os artistas estão se valorizando cada vez mais. Estão mais reticentes a realizar um trabalho apenas por divulgação. Há mais consciência e um movimento constante para validar o grafite como uma profissão”, diz Paula Lage.




Fonte: Agência Brasil

Em dois dias, Comlurb recolhe 110 toneladas de resíduos no Rock in Rio


A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) recolheu 110,5 toneladas de resíduos nos dois primeiros dias da nona edição do festival de música Rock in Rio, que começou na última sexta-feira (2) no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, reunindo grandes nomes da música nacional e internacional.

A companhia trabalha diariamente no local com cerca de mil garis, na parte interna, na gestão de resíduos do evento com a varrição das áreas de circulação do público, gramados, praças de alimentação, área VIP, bastidores, arenas e velódromo. Outros 181 garis atuam na parte externa, incluindo as vias de acesso à Cidade do Rock.

A Comlurb responde ainda pela destinação correta do lixo gerado, com os resíduos potencialmente recicláveis sendo direcionados a cooperativas de catadores escolhidas pelos organizadores do festival e credenciadas junto à empresa, que fazem a comercialização com empresas recicladoras, gerando emprego e renda.

Os resíduos orgânicos são levados para o EcoPonto do Caju da Comlurb, onde são utilizados para compostagem e transformados em biogás para geração de energia, biocombustível ou condicionador de solos, na unidade de biometanização, a primeira da América Latina. Para facilitar o descarte correto de resíduos, cerca de dois mil contêineres foram distribuídos, tanto na parte interna quanto na parte externa da Cidade do Rock.

Sustentabilidade

Das 110,5 toneladas de resíduos recolhidas pela Comlurb até agora, 37,98 toneladas de recicláveis foram encaminhados à startup Reutiliza Já e à Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), que vão garantir a rastreabilidade dos resíduos durante o Rock in Rio 2022 e a sustentabilidade do evento.

Para isso, será usada a tecnologia blockchain (mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações). Integrada à prestação de serviços das cooperativas de catadores de materiais recicláveis, essa tecnologia permite que cada material descartado no lixo possa ser acompanhado, medido, separado, pesado e encaminhado para o destino certo.

O objetivo é garantir a rastreabilidade dos resíduos, desde o momento do consumo no festival até as cooperativas de reciclagem e, destas, posteriormente, até as indústrias, para transformá-los em matéria-prima novamente para produção de embalagens de novos produtos, garantindo a circularidade dos materiais. Do total de 37,98 toneladas de resíduos recicláveis encaminhadas aos catadores, a maior parte (20,94 toneladas) é plástico, seguida de alumínio (5 toneladas).

O fundador e diretor executivo da Reutiliza Já, Humberto Bahia, disse hoje (4) à Agência Brasil que não basta encaminhar os resíduos para a reciclagem. “Tem que informar e educar e, depois da comunicação mais humanizada, a gente tem que medir isso, tornar essa medição cada vez mais eficiente através de tecnologia”.

A tecnologia blockchain ajuda a certificar que os números obtidos são reais e que não houve desvios de materiais até as indústrias. “Depois da medição, a gente vai reaproveitar e encaminhar para os transformadores que chegam na indústria. Depois, isso retorna para a sociedade”, destacou Bahia.

O diretor da Reutiliza Já afirmou que ao final do processo, será possível saber quantas árvores foram preservadas e quanto foi a economia em termos de água e de energia, por exemplo. A ideia é, sem utilizar termos muito técnicos, conseguir passar para a população os resultados alcançados.

Para Humberto Bahia, o nível de rastreabilidade e transparência da gestão de resíduos desta edição do Rock in Rio é inédito no mundo: “Não tem coisa mais atual do que a gente tratar do que é nosso, do planeta. Acho que o Rock in Rio está sempre uns passinhos na frente”.

Placar

A Ancat opera o maior programa de logística reversa do país, o Reciclar pelo Brasil, em colaboração com 17 grandes empresas do país. O presidente da entidade, Roberto Rocha, afirmou que a maior diferença do atual projeto do Rock in Rio é que agora a tecnologia da operação permite o acompanhamento de cada etapa, garantindo a circularidade do material.

“A nova tecnologia insere um novo serviço prestado pela categoria em uma era digital, sendo um momento inovador, uma solução única e pioneira em todo o mundo, promovendo protagonismo dos catadores dentro da economia circular e das exigências do ESG (governança ambiental, social e corporativa), e contribuindo para a geração de renda e valorização profissional”. Rocha concluiu que esse é um grande legado social não apenas para futuros eventos, mas para o planeta.

Ao fim do 9º Rock in Rio, será implementado o Placar da Reciclagem. Trata-se de uma calculadora socioambiental que dimensiona o impacto da iniciativa a partir da divulgação indicadores de desempenho e métricas socioambientais cientificamente validadas.

Após as atrações deste domingo (4), o Rock in Rio retorna na próxima quinta-feira (8) até domingo (11) que vem.




Fonte: Agência Brasil

Indígenas fazem em SP ato em defesa da Amazônia e de biomas


Indígenas de diversas dinastias realizaram, hoje (4), na capital paulista, um ato em defesa da Floresta Amazônica e dos demais biomas brasileiros.

O evento, que teve início no parque Augusta, na região central de São Paulo, comemorou o Dia da Amazônia e o Dia Internacional da Mulher Indígena, celebrados no dia 5 de setembro.

A líder indígena Sônia Guajajara disse que cobrará dos políticos demarcação de territórios e soluções contra o garimpo ilegal, que causa poluição por mercúrio. “Estamos de pé para dizer que não vamos recuar, que vamos aldear a política, aldear o Congresso Nacional”, disse.

No ato, as indígenas construíram um círculo com plantas e materiais da floresta que formavam os dizeres Amazônia é Mulher Indígena. Mulher Indígena é Amazônia. A manifestação seguiu, em caminhada, no início da tarde, do parque Augusta, até a Avenida Paulista.




Fonte: Agência Brasil

Diálogo no Escuro convida público a vivenciar o mundo sem enxergar


Imagine uma cidade em total escuridão onde nada pudesse ser visto e nenhuma luz entrasse. Por 45 minutos, você passaria por bares, pontes, parques e cruzamentos de carros, mas eles só seriam percebidos por meio de sons, cheiros ou toques. Assim é a sensação proposta pela nova exposição em cartaz no Unibes Cultural, que fica ao lado do Metrô Sumaré, em São  Paulo, chamada de Diálogo no Escuro.

A mostra, criada na Alemanha, já esteve em cartaz por mais de 40 países, entre eles, o Brasil. Ela já passou por São Paulo e volta para mais uma temporada. “Essa é uma exposição que foi montada na Alemanha em 1989”, disse Andrea Calina, curadora da promoção no Brasil. “Ela já passou por 170 cidades e 47 países e está fixa hoje em 29 localidades. Ela já foi vista por dez milhões de pessoas”, afirmou ela, em entrevista à Agência Brasil.

São quatro ambientes que reproduzem uma cidade atual. E a ideia é que qualquer pessoa possa vivenciar o mundo de uma forma diferente: sem o sentido da visão, mas praticando a empatia. “Muitas das mensagens da mostra – além da inclusão e da diversidade e de se discutir os preconceitos entre nós e eles, com quem eu me pareço ou quem é igual a mim – trazem também  reflexões sobre o pós pandemia, como é a escuta ativa, a comunicação humana, a solidariedade, a cooperação, a compaixão”, explicou Andrea.

Ao entrar na sala expositiva, a pessoa recebe uma bengala em que uma de mãos ficará sempre apoiada. Com a ajuda de um guia, o visitante irá explorar os ambientes com a outra mão e se reconhecer como parte de um novo mundo.

Cego aos 13 anos

Ao final, o divertido guia da exposição, Sonny Pólito, termina a experiência promovendo um bate-papo com o visitante. É então que ele finalmente conta sua história: ele ficou cego aos 13 anos de idade.

“Comecei a perder minha visão com dez anos de idade. Com 12 ou 13 anos deixei de enxergar os livros e as revistas. Mas consegui terminar os meus estudos. Hoje, sou formado, terminei a faculdade e passei por várias empresas”, revelou ele.

Pólito é um dos fundadores da startup [empresa emergente] Inclue. E, na exposição, ele é o guia que conduz uma pessoa com visão a se locomover por uma cidade onde nada é visto. “Fui treinado para poder fazer com que a experiência seja a melhor possível. E, se possível, inesquecível”, contou.

“As pessoas entram aqui com muito medo porque é escuro. É uma barreira. Mas, no fim, nosso objetivo é fazer com que elas possam andar e entender como é viver sem o sentido da visão. É se aproximar um pouquinho da escuridão e entender como essas pessoas vivem sem enxergar. Elas vão passar por vários ambientes que são do cotidiano, do dia a dia. E elas vão entender como é tocar, ouvir e usar os outros sentidos. É uma troca: lá fora as pessoas me guiam. Aqui dentro, eu posso guiar as pessoas para que elas possam passar por essa experiência”, acrescentou o guia.

A reportagem da Agência Brasil participou dessa experiência junto com um grupo de estudantes e pôde sentir, por exemplo, a dificuldade que é deslocar o seu pé de uma calçada mais alta para a rua. E, depois, ter que atravessar essa rua rapidamente, antes que o semáforo [sinal luminoso] volte a fechar para o pedestre. Lembrando que, na exposição, o semáforo é adaptado, emitindo som para auxiliar o pedestre sobre o momento em que ele pode atravessar a rua. Mas, no dia a dia, poucos desses semáforos realmente existem ou funcionam.

Experiência

O estudante e funcionário de uma rede de varejo Fernando Freire de Oliveira, 18 anos, participou desse grupo onde esteve a reportagem. “É uma experiência bem diferente. É difícil eu me orientar sem ter a minha visão, que é algo que eu mais presto atenção na minha vida”, contou ele.

“A parte mais difícil foi quando chegamos ao bar e era muito aberto e todo mundo acabou se perdendo. O Sonny teve que buscar a gente em cada canto da sala”, disse ele, sobre a experiência na sala expositiva.

“Não tive medo, mas uma sensação de desorientação, de não saber onde estava, de me sentir perdido. E de ter que precisar da ajuda de outras pessoas para conseguir me mexer. A gente vê aqui a necessidade de olhar mais para essas pessoas que têm deficiência”, explicou Fernando.

O jovem aprendiz Lucas de Lima Oliveira, 19 anos, é deficiente visual total. “Perdi a visão aos seis anos de idade em decorrência de uma trombose e pressão intracraniana. E, de uns três ou quatro anos para cá, estou me adaptando muito bem, totalmente. Depois que eu perdi a visão, automaticamente tive a sensação de que precisaria me adaptar ao novo mundo. E agora estou fazendo tudo diferente”, revelou.

A curadora da Unibes Cultural, Andrea Calina, e o guia do educativo, Sonny Pólito, na exposição Diálogo no Escuro, na Unibes Cultural.

A curadora da Unibes Cultural, Andrea Calina, e o guia do educativo, Sonny Pólito, na exposição Diálogo no Escuro, na Unibes Cultural. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Ao lado dos amigos, Lucas também passou pela experiência da exposição. E não teve dificuldades para enfrentar os desafios que eram apresentados pela sala. “Consegui me orientar bem. Foi uma das melhores salas [em que estive]. Me adaptei muito rápido. Aqui, eu consegui me locomover bem, mas acho que, por já ter passado por muitos lugares, sempre tenho uma dimensão de onde estou entrando por conta do barulho, se é um lugar muito grande”, disse.

Ele comparou a experiência na sala expositiva com estar em uma cidade real. “Já começa pelas calçadas: aqui não tem buracos nas calçadas. A gente anda e não tem essas coisas. Quando simularam a gente atravessar a rua, aqui [na exposição] não tinha buraco. Não corremos risco de tropeçar”, opinou.

Destacando que muitas cidades não estão preparadas para incluir as pessoas com deficiência, Lucas citou algumas dificuldades que enfrenta na vida cotidiana. “As ruas não estão adaptadas para a gente. Há buracos. O piso tátil as vezes não está presente em todo lugar”, observou.

Para a curadora da mostra, a exposição ajuda a provocar transformações. “Essa exposição é muito importante porque causa uma mudança na sociedade: uma mudança para quem trabalha porque se quebra preconceitos e barreiras e aumenta a empregabilidade; e uma mudança para quem vem, porque a pessoa se coloca no lugar do outro, exercitando a empatia. É uma mudança para a sociedade, tornando-a mais inclusiva”, finalizou Andrea.

A exposição é gratuita às quintas-feiras. Mais informações podem ser obtidas no site.




Fonte: Agência Brasil

Operação da Polícia Rodoviária no Oeste Paulista flagra 10 condutores dirigindo sob a influência de álcool


A Polícia Militar Rodoviária flagrou 10 condutores dirigindo sob a influência de álcool durante operação no Oeste Paulista. A fiscalização começou na noite de sábado (3) e se estendeu até a madrugada deste domingo (4).

Conforme informações da corporação, em diversos pontos da região foi realiza a denominada “Operação Direção Segura”, que é a intensificação das ações de combate à embriaguez ao volante.

No decorrer da ação de fiscalização, as equipes policiais realizaram 339 testes para a constatação da embriaguez ao volante, dos quais 10 receberam sanções administrativas devido à constatação da condução sob a influência de álcool. Segundo a corporação, 16 condutores se recusaram ao teste de Etilômetro.

As fiscalizações contam com o uso dos aparelhos Etilômetro (bafômetro). Os dispositivos são aferidos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) de forma anual e totalmente aptos para constatarem se os motoristas estão dirigindo alcoolizados, segundo explicou a polícia.

Segundo apontou a polícia, estudos da associação brasileira de medicina de tráfego (Abramet) dão conta de que “está bem documentado que o uso de álcool está estreitamente ligado às mortes por sinistros de trânsito e, mundialmente, em cerca de 35% a 50% das sinistralidades nas vias se constata a presença de álcool”.

O condutor que for flagrado dirigindo sob a influência de álcool ou que se recusar ao teste do bafômetro receberá em seu prontuário uma infração “gravíssima”, com multa no valor de R$ 2.934,70. O motorista também pode ter a suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

“Relembramos: Álcool e direção ainda são misturas fatais. Se beber, não dirija”, salientou a Polícia Rodoviária.

Operação flagra condutores sob influência de álcool — Foto: Cedida




Fonte: G1

Sem vencedores, Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 60 milhões


Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.516 da Mega-Sena, que foi sorteado na noite deste sábado (3), em São Paulo. Os números sorteado foram: 08, 17, 49, 51, 52 e 53. O prêmio principal era de R$ 49,3 milhões.

Sem vencedores no prêmio principal, um total de 94 apostas acertaram a quina e levaram R$ 49.051 cada, e outras 6.665 apostas acertaram a quadra, que vai pagar prêmio de R$ 98.

Acumulado, o próximo sorteio da Mega-Sena, na quinta-feira (8), pagará o prêmio de cerca R$ 60 milhões a quem acertar os seis números.

As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.




Fonte: Agência Brasil

Homem que supostamente venderia drogas em evento é denunciado à PM e preso com ecstasy, maconha e munições


Um homem de 59 anos foi preso por tráfico de drogas, neste sábado (3), em Presidente Prudente (SP). Na casa do suspeito, no Jardim São Luiz, a Polícia Militar apreendeu maconha, ecstasy e munições, bem como uma motocicleta com queixa de furto.

Uma denúncia feita a militares do 8º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) indicava que durante as festividades que serão realizadas neste domingo (4) no Parque do Povo um homem de 59 anos venderia entorpecentes aos participantes.

Quando a equipe passou em frente à residência do denunciado, viu o suspeito sair no portão e o abordou. Com o homem foi apreendida uma porção de maconha e a quantia de R$ 702.

O homem foi informado sobre a existência da denúncia e negou que fosse traficante e que tivesse droga em casa. Na sequência, autorizou a entrada dos policiais a realizarem buscas no imóvel.

Durantes as buscas, os policiais encontraram no quarto do abordado três porções grandes de maconha, 132 comprimidos de ecstasy, quatro munições intactas – sendo duas do calibre 9mm, uma do calibre 380 e uma do calibre 357 – e três balanças de precisão.

Dentro da geladeira, a equipe da PM ainda localizou mais uma porção de maconha e, na sala, três aparelhos celulares.

Na garagem da casa, atrás de um pano que dividia aquele espaço, foi encontrada uma motocicleta sem placa. Ao consultar o chassi, os policiais constataram que o veículo era produto de furto ocorrido na cidade de São Paulo (SP) em 20 de agosto de 2022.

Conforme o abordado disse aos policiais, a motocicleta foi deixada no local por um rapaz e não sabia que se tratava de produto de crime.

Com a situação, o homem foi conduzido à Delegacia Participativa da Polícia Civil.

De acordo com o boletim de ocorrência, o homem já foi preso e está sendo processado pelo crime de tráfico de drogas em Presidente Bernardes e faz o uso de crack diariamente.

A droga foi apreendida e encaminhada para exame de constatação provisória. O dinheiro foi apreendido, assim como as munições e os aparelhos celulares.

Já a motocicleta encontrada na residência do indiciado consta como furtada e será objeto de investigação separada.




Fonte: G1

Festival vai celebrar reabertura do Museu do Ipiranga


Fechado desde 2013 para restauro, o Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga, vai reabrir ao público no próximo dia 8 de setembro como parte das celebrações dos 200 anos da Independência do Brasil.

Para celebrar a reabertura, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo e a prefeitura paulistana vão apresentar uma programação cultural especial, entre os dias 7 e 11 de setembro. As atrações incluem música, dança, teatro e circo e terão transmissão pela plataforma de streaming e vídeo por demanda #Culturaemcasa.

Entre os destaques está um show dos cantores Almir Sater e seu filho, Gabriel Sater, que recentemente participaram da novela Pantanal.

Os festejos se iniciam hoje (4) com uma projeção na fachada do Museu do Ipiranga, que será acompanhada por trilha sonora de André Abujamra. A projeção será dividida em oito atos de um minuto de duração cada. Cada minuto vai contar uma parte da história cultural e artística dos últimos dois séculos. Entre eles, episódios relacionados à arte indígena, à presença dos negros no país e à Semana de Arte Moderna. Essa projeção será realizada entre os dias 4 e 11 de setembro, das 18h30 às 22h. Já no dia 7 de setembro, a projeção será feita entre as 21h e 22h.

O museu

Com 11 novas exposições, o Museu do Ipiranga será reaberto exclusivamente para autoridades no dia 6 de setembro, entre as 18h30 e 21h30. No dia seguinte, feriado de 7 de setembro, o museu vai abrir apenas para escolas e para os trabalhadores que ajudaram nas obras do restauro e seus familiares. Já o público poderá visitá-lo a partir do dia 8 de setembro.

7 de setembro

No feriado de 7 de setembro, haverá uma programação especial que terá início com o tradicional desfile de 7 de setembro que, neste ano, será realizado na Avenida D. Pedro I. O desfile tem início às 9h e contará com a participação da Esquadrilha da Fumaça.

Além do desfile, uma encenação sobre o Grito da Independência será realizada a partir das 15h, com a participação do ator Caco Ciocler como D. Pedro I.

À noite, haverá um espetáculo de música, dança e artes visuais. Um dos destaques é a apresentação de um espetáculo com 200 drones, que está marcada para as 21h.

Programação musical

Entre os dias 8 de setembro e 11 de setembro, o festival promove também shows musicais, em parceria com a prefeitura paulistana. Na noite do dia 8, haverá apresentação da SP Companhia de Dança, SP Big Band e da Orquestra Jazz Sinfônica, a partir das 18h. Já no dia 9 de setembro, a partir das 19h, se apresentam Almir e Gabriel Sater. No dia 10 de setembro, a Orquestra Funmilayo se apresenta com Xênia França e Luedji Luna. E, no dia 11 de setembro será a vez de Geraldo Azevedo.

Toda a programação do festival pode ser consultada no Agenda Bonifácio, uma plataforma online dedicada ao bicentenário da Independência do Brasil que foi criada pelo governo paulista.




Fonte: Agência Brasil

Museu Light da Energia reabre as portas com exposição educativa


Localizado na região central do Rio de Janeiro, o Museu Light da Energia reabre as portas para o público amanhã (5), depois de mais de dois anos fechado, com uma nova exposição interativa. O espaço é reconhecido por seu trabalho educativo na conscientização sobre o uso eficiente da energia elétrica, estimulando os visitantes a refletir sobre hábitos de consumo e redução dos desperdícios.

Indicado para estudantes da educação infantil, ensino fundamental I e II, ensino médio e educação de jovens e adultos (EJA), o museu oferece transporte gratuito para escolas públicas. A entrada é gratuita, mas é preciso agendar a visita pelo site.

O novo espaço esclarece os mistérios que envolvem a eletricidade, contribuindo para a conscientização sobre a eficiência energética, informa a especialista em marketing e responsabilidade social da light, Estela Alves. “Energia é um tema amplo e complexo. Ela está totalmente inserida no nosso dia a dia e a gente nem percebe. O museu traz essa consciência de forma divertida e interativa”. Para Estela, quem entra no museu sai com uma nova percepção de seu papel como consumidor e a importância de mudar hábitos e contribuir com a eficiência energética.

O espaço foi reformado nos últimos anos com o objetivo de oferecer aos visitantes uma exposição inovadora, que ensina o que é energia com experiências interativas digitais, eletrônicas e mecânicas. A exposição conta com 11 experiências distribuídas em três ambientes: Sala Clara, Túnel da Energia e Sala Escura.

Itinerário

O passeio começa pela Sala Clara, que tem jogos, painéis interativos e uma maquete que mostra como é a geração de energia. Ainda neste pavimento, o público inicia a descoberta sobre a energia e suas diferentes formas, suas transformações e fontes.

Em seguida, os visitantes entram no Túnel da Energia e percebem, por meio de seus movimentos com imagens e sons, que seu corpo também produz energia. Saindo do túnel, a Sala Escura revela o movimento do elétron e os conceitos mais básicos, como eletricidade, magnetismo e eletromagnetismo. Um dos novos experimentos promove uma brincadeira coletiva, em que pessoas conseguem mover energia para acender as luzes de um prédio.

Localizado no Centro Cultural Light, na Avenida Marechal Floriano, 168, o Museu Light da Energia recebeu cerca de quatro mil instituições de ensino e mais de 160 mil visitantes, entre 2012 e 2020. O museu conta com recursos do Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (PEE Aneel).




Fonte: Agência Brasil