Museu do Ipiranga reabre ao público na quinta-feira


Após nove anos fechado e celebrando o bicentenário da Independência do Brasil, o Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga, em São Paulo, vai reabrir ao público na quinta-feira (8). Além de restaurado, modernizado e acessível, ele aposta também na pluralidade e em uma discussão crítica sobre as obras.

Para abordar assuntos controversos, a curadoria do museu vai utilizar recursos multimídia para propor novas visões sobre os objetos expostos. A expectativa é que passe a receber o triplo de pessoas que costumava procurá-lo, passando a 900 mil visitantes por ano.

Monumentos que homenageiam figuras e situações controversas, como estátuas de bandeirantes, serão encarados como documentos históricos, ou seja, obras que informavam ou refletiam sobre um modo de se pensar à época.

Agora, novas visões serão acrescentadas a esses objetos. “O contraponto serão outras visões da sociedade sobre o tema. Toda exposição terá uma tela de contraponto e uma questão que estamos discutindo é abrir editais para que as pessoas possam se inscrever para criar contrapontos para a exposição. Queremos outras vozes da sociedade dentro da universidade e dentro do museu universitário, para não ser uma fala única. Queremos um museu muito mais plural: é isso que a gente busca no Museu Paulista”, disse Ana Paula Nascimento, professora e curadora do museu.

Em sua primeira semana de funcionamento, o museu terá um horário especial e estará aberto das 11h às 16h. As visitas precisam ser agendadas pela plataforma Sympla e, até o dia 6 de novembro, a entrada será gratuita. O público que visitar o museu vai deparar com um espaço bem maior: ele hoje tem o dobro de área expositiva e terá um restaurante e um mirante. O mirante, no entanto, não estará disponível aos visitantes nesse primeiro momento: ele ainda não tem data para ser liberado ao público.

Memórias da Independência

A reportagem da Agência Brasil esteve no museu no dia 1º de setembro. E, durante a visita, notou que alguns espaços ainda estavam em obras ou sendo finalizados. Em entrevista a jornalistas, o vice-diretor do museu, Amâncio Jorge de Oliveira, disse que nem tudo ficará pronto para a reinauguração.

“Temos alguns detalhes como, por exemplo, a nova área expositiva [uma área nova criada abaixo do edifício monumento] que tem ainda um tempo de preparação. Na verdade, a área ficará pronta, mas ela vai receber, nos próximos meses, a estrutura para a exposição Memórias da Independência. Então, a área de engenharia fica pronta, mas ele demorará um tempo para receber as exposições”, disse ele.

“De maneira geral, o prédio estará pronto, mas evidentemente, [vão faltar] alguns detalhes como, por exemplo, a lanchonete”, acrescentou.

Já o parque da Independência e o seu belo jardim francês deverão estar prontos no dia 6 de setembro, apenas um dia antes das celebrações do 7 de setembro no local. “Em 6 de setembro estará tudo pronto. Temos a restauração do jardim francês, que foi patrocinado pelo governo do estado de São Paulo, e estará plenamente revitalizado para o dia 6 de setembro”, afirmou Oliveira.

Exposições

No novo museu serão apresentadas 12 exposições, 11 delas de longa duração [que podem durar entre três ou cinco anos] e uma temporária. As de longa duração foram divididas em dois eixos temáticos: Para entender a sociedade e Para entender o museu.

Já a exposição de curta duração Memórias da Independência ficará em cartaz por quatro meses, mas só será inaugurada em novembro. No total, serão expostos mais de 3,1 mil itens pertencentes ao museu e 562 itens de outras coleções, além de 76 reproduções e fac-símiles. A maior parte dos objetos data dos séculos 19 e 20, mas há itens que remontam ao Brasil colonial.

No eixo Para entender a sociedade, que apresenta o universo do trabalho e a constituição dos espaços domésticos, por exemplo, estarão as exposições Uma História do Brasil, Passados Imaginados, Territórios em Disputa, Mundos do Trabalho, Casas e Coisas e A Cidade Vista de Cima.

Já no eixo Para entender o museu, que traz informações sobre a história de construção do edifício e seu ciclo curatorial, estarão as exposições Para Entender o Museu, Coletar: Imagens e Objetos, Catalogar: Moedas e Medalhas, Conservar: Brinquedos e Comunicar: Louças.

“No eixo Para entender a sociedade estão as exposições do piso térreo e do [andar] superior. São as maiores exposições, que têm relação com um trabalho de pesquisa que fazemos”, explicou Vânia Carvalho, docente do Museu Paulista e coordenadora da concepção e implantação das exposições de longa duração do Museu do Ipiranga.

“Já Para entender o museu tem a finalidade de mostrar os bastidores do museu, como o museu trabalha e concebe. É o que chamamos de quatro “cês”: coletar, catalogar, conservar e comunicar. Para cada uma dessas exposições, escolhemos um segmento das nossas coleções como, por exemplo, em conservar, utilizamos nossa coleção de brinquedos. Em comunicar, usamos nossa coleção de louças”, disse Vânia.

O famoso e imenso quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo, também foi restaurado e estará novamente exposto no Salão Nobre do museu. Também há destaque para o grande número de objetos de Santos Dumont, entre eles, um de seus chapéus, e uma imensa maquete que reproduz o edifício monumento.

Quadro “Independência ou Morte!”, do pintor Pedro Américo, no Museu do Ipiranga, na Vila Monumento.

Quadro Independência ou Morte!, do pintor Pedro Américo, no Museu do Ipiranga, na Vila Monumento. – Rovena Rosa/Agência Brasil

O novo espaço expositivo incluíra áreas que antes não eram acessíveis ao público, entre elas, salas que antigamente abrigavam a parte administrativa do museu.

Com isso, a área de exposições triplicou, passando de 12 para 49 salas. “Do ponto de vista arquitetônico, toda a parte superior do edifício foi modificada. Vamos ter uma área expositiva no andar superior do edifício monumento. O fato de as salas serem interligadas também é diferente. E teremos novas salas de exposição. Vamos ter um mirante, que não existia antes. Além disso, vamos ter recursos tecnológicos e de acessibilidade, o que é totalmente novo no museu”, observou Oliveira.

Acessibilidade

Além da acessibilidade física, com a inclusão de elevadores e rampas de acesso, todas as exposições foram pensadas para dar condições mais amplas de exploração do acervo pelo público. Para isso, serão dispostos 333 recursos multissensoriais.

Por todo o museu foram instaladas telas táteis, reproduções em metal, dioramas [maquetes tridimensionais], plantas táteis para localização dos visitantes, recursos audiovisuais, dispositivos olfativos, reproduções visuais e táteis e cadernos em Braille, entre outros. Todas as salas também vão contar com piso podotátil [superfície cuja rugosidade pode ser sentida pelos pés].

“Ele não é só um museu fisicamente acessível. Ele é acessível cognitivamente, com linguagem facilitada”, disse Vânia. “Queremos promover a sensação dos materiais. Nem tudo é feito com resina. Temos recursos multissensoriais em pedra, em metal, em porcelana, em tecido”.

A ideia, segundo ela, é que todas as pessoas possam visitar o museu juntas, tendo a mesma oportunidade de experiência. “Queremos que as pessoas possam entender o espaço do museu como um espaço de convivência da diversidade”, sintetizou Vânia.

Mais informações sobre o museu podem ser obtidas neste site. O agendamento para visita estará disponível a partir do dia 5 de setembro, às 10h.




Fonte: Agência Brasil

EBC celebra 100 anos de Rádio em concerto no Theatro Municipal do Rio


A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) comemora os 100 anos da primeira transmissão radiofônica oficial no Brasil em um evento especial no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na próxima quarta-feira (7), quando também se comemora o Bicentenário da Independência do Brasil. Com apresentação de Sidney Ferreira (Rádio MEC) e Luciana Valle (Rádio Nacional), a celebração começa às 19h.

“A primeira transmissão de rádio feita em 1922 a partir das estações instaladas no Rio de Janeiro, então capital federal, revolucionou a comunicação e a cultura brasileira. Hoje, o veículo mantém sua relevância e permanece em constante transformação. Ao integrarem o território nacional pela informação, boa música e veiculação de utilidade pública, as emissoras de rádio geridas pela EBC escrevem sua história junto com a própria história das transmissões radiofônicas no país”, destaca o presidente da EBC, Glen Valente.

Na primeira parte do concerto comemorativo promovido pela Rádio MEC, a Orquestra do Theatro Municipal interpreta trechos de O Guarani, de Carlos Gomes. Com regência do maestro Felipe Prazeres, o espetáculo conta com solos do tenor Eric Herrero e da soprano Maria Gerk. Em 7 de setembro de 1922, o mesmo O Guarani foi transmitido diretamente do Theatro Municipal, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil.

A Sinfônica Nacional da UFF comanda a segunda e última parte do concerto, com a interpretação de Choros 6, de autoria de Heitor Villa-Lobos. O maestro Javier Logioia é o regente da orquestra. “É um marco histórico para essa casa secular celebrar o centenário do rádio em nosso palco, nessa linda parceria com a EBC e em uma data tão emblemática como o 7 de Setembro. Será uma noite muito especial, com um programa primoroso apresentando obras de Carlos Gomes e Heitor Villa-Lobos”, celebra a presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino.

Durante o intervalo das apresentações, a Rádio MEC realiza entrevistas temáticas de bastidores. O público poderá conferir a atração ao vivo no Facebook, YouTube e Twitter da emissora e nas Rádios MEC e Nacional.

Ainda durante o evento no Theatro Municipal, os Correios lançam o selo comemorativo dos 100 anos de Rádio no Brasil. A novidade faz parte da iniciativa da empresa de emitir selos alusivos a datas comemorativas ou fatos históricos relevantes para o país.

Interprogramas

As ações para promover as festividades já mobilizam a Rádio MEC desde junho, com a veiculação de interprogramas da série de 100 produções diárias de curta duração para a data celebrada em 7 de setembro.

Com cinco minutos cada, os interprogramas sobre o centenário do rádio no país mesclam entrevistas e pesquisas de acervo para abordar diversos aspectos históricos relacionados ao veículo. A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes.

A produção original está no ar na Rádio MEC todos os dias em três horários. O conteúdo também é transmitido por emissoras parceiras da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP) como a Rádio Inconfidência, em Belo Horizonte, e a FM Cultura, em Porto Alegre. Os programetes são distribuídos ainda pela Radioagência Nacional e ficam disponíveis para as emissoras que quiserem utilizá-los.

A locução dos interprogramas é da jornalista Claudia Bojunga. A profissional da EBC é bisneta de Edgard Roquette-Pinto, considerado pai da radiodifusão no país.






Fonte: Agência Brasil

Música no Museu: cravista Roberto de Regina se despede dos palcos


Aos 95 anos, o maior cravista brasileiro Roberto de Regina fez sua despedida das apresentações dos palcos na abertura do projeto Música de Museu – 200 Anos da Independência, no teatro da Academia Brasileira de Letras (ABL), no centro do Rio de Janeiro.

O concerto, que reuniu 200 pessoas, começou com uma peça do organista, alaudista e compositor alemão Conrad Paumann, do início do Renascimento. O recital, na noite desta quinta-feira (1º), seguiu com músicas de Johann Sebastian Bach e de Domenico Scarlatti.

“Foi um acontecimento para mim, realmente. Eu desde jovenzinho tinha um sonho de tocar na Academia e por coincidência o empresário que marcou o concerto, era para a Academia. Fiquei muito feliz”, contou emocionado em entrevista à Agência Brasil.

O interesse pelo cravo ficou evidente na defesa que Roberto de Regina fez do seu instrumento, durante o recital: “quero libertar o cravo da pecha de coisa velha. Cada vez mais ele está sendo usado nos concertos”.

O carioca Roberto de Regina é médico e praticamente um autodidata na música, prefere se apresentar sem partituras. “Eu sou autodidata, nunca fiz curso de música. A partitura é um registro da peça para que ela fique para a posteridade. Quando a gente toca com partitura mesmo com todo o esforço, a gente está lendo notas. Mas quando a gente decora aí a gente vai atrás da música, então, nunca toco com partitura”, disse.

Seu envolvimento com a música barroca é tão grande que, na busca por maior proximidade com a música de Bach, da qual é um dos maiores especialistas brasileiros, chegou a construir o instrumento.

“A minha paixão mesmo é a música desse período barroco. O cravo apareceu 400 anos antes de inventarem o piano e neste espaço de tempo foi que nasceram os maiores gênios da música de todos os tempos, sem contar o nome de Bach, que foi o maior de todos, nasceu em 1685. Eu tocava um piano doméstico, mas ele não traduzia realmente a feição que essa música tem. Eu precisava de uma testemunha temporal que era o cravo. O período barroco foi o mais glorioso da história da música”.

O despertar para este sentimento foi na primeira vez em que pôde assistir a um concerto barroco. “Quando eu ouvi uma música em um concerto que me levaram, deu um estalo. Eu senti, realmente, um choque emocional e passei a me interessar e pesquisar. Hoje sou muito feliz em ter isso na minha vida”, conta referindo-se à cantata Nº 4 de Bach, a música que o impressionou: “Mudou minha vida”.

A despedida dos palcos, no entanto, não significa o afastamento total da música. Roberto de Regina vai continuar com recitais na Capela Magdalena, construída no seu sítio em Guaratiba, na zona oeste do Rio. Desde 1991, Roberto de Regina preserva o clima das apresentações com uma ambientação de época.

Foi também no sítio, que o cravista manteve uma oficina para construir o instrumento. Diante da fama internacional, os instrumentos produzidos artesanalmente são bastante disputados no mercado.

“Na minha época, para ter um cravo precisava importar, pagar o preço, os impostos e o transporte e era uma coisa proibitiva. Fui convidado para um curso em Boston e lá tinha um ateliê dos mais famosos de construção de cravos. Fui para assuntar e chegando lá me pegaram para trabalhar, porque estavam faltando operários. Fiquei quase um ano. Passei por todas as fases da construção e trouxe aqui para o Brasil. Muita gente queria um cravo, então, fiz uma centena deles. Agora eu parei e estou só tocando”.

Segundo a ABL, em 2017 Roberto de Regina lançou o livro Roberto de Regina – Vida e Obra ou Memórias de um Sargento de Malícias. “O título é duplo intencionalmente para que o leitor possa escolher o que achar melhor”, destacou a ABL.

Roberto de Regina gravou e publicou no YouTube 16 concertos que fazem parte do projeto Johann Sebastian Bach Concertos para cravo solo que apresentou aos domingos. Para o ano que vem está previsto o lançamento do documentário O Cravista, que conta a história do músico e é dirigido por Luiz Eduardo Ozório em uma produção da OZ Filmes.

O cravista Roberto de Regina, 95 anos, faz show de despedida na Academia Brasileira de Letras, no projeto Música no Museu - 200 Anos da Independência do Brasil.

O cravista Roberto de Regina, 95 anos, faz show de despedida na Academia Brasileira de Letras – Fernando Frazão/Agência Brasil

Projeto

As apresentações do projeto Música no Museu – 200 Anos da Independência do Brasil, que começaram nesta quinta-feira (1º) vão seguir por todo o mês de setembro com programação para outros 20 recitais gratuitos. Além do Rio, haverá concertos em Portugal nos dias 22,26 e 28; e na Áustria no dia 29.

O projeto Música no Museu foi criado em 1997 e se transformou na maior série de música clássica do Brasil. Nos 25 anos de história, já realizou concertos no Brasil que reuniram cerca de 2,5 mil músicos. Nesse período o projeto recebeu um público superior a 1 milhão de pessoas.

Desde de 2006, passou a ser apresentado em outros países levando a música brasileira para Portugal, Espanha, França, Itália, República Tcheca, Áustria, Alemanha, EUA, Chile, Argentina, Marrocos, Índia, Vietnã, Austrália e Líbano.

O diretor do projeto, Sérgio da Costa e Silva, anunciou que Música no Museu foi reconhecido pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro como patrimônio cultural e imaterial da cidade.




Fonte: Agência Brasil

Museu seleciona dez livros para conhecer línguas e povos indígenas


Para celebrar e valorizar a Década Internacional das Línguas Indígenas, que teve início neste ano de 2022 e vai perdurar até 2032, o Museu da Língua Portuguesa está preparando uma exposição temporária sobre as línguas e culturas indígenas. Como uma espécie de aquecimento para essa nova mostra, prevista para outubro deste ano, o Centro de Referência do museu selecionou dez livros para que as pessoas possam adentrar nesse universo dos povos originários do Brasil.

“Pensamos em organizar um conteúdo para quem não conhece o tema poder ter um primeiro contato. Daí surgiu a proposta de fazer essa seleção com dez obras”, disse Cecília Farias, linguista e pesquisadora do Centro de Referência do Museu da Língua Portuguesa. “Pensamos em obras que sejam acessíveis para o público que não é especialista”, acrescentou.

Só no Brasil, destacou ela, são faladas quase 200 línguas indígenas. “[A quantidade] varia um pouco de acordo com os critérios de classificação. Para alguns pesquisadores seriam 154 porque eles agrupariam certas variantes como dialetos da mesma língua. Mas, para outros, chega a 274 línguas”, disse, em entrevista à Agência Brasil.

“Temos línguas com poucos falantes. Tem línguas [indígenas] que tem apenas três falantes. E uma das formas de garantir a preservação dessas línguas passa por fazer as pessoas, a população em geral, conhecê-las. Esse é um primeiro passo para se promover o respeito a essas línguas”, destacou a pesquisadora.

Entre os livros que foram selecionados pelo museu estão Línguas brasileiras: Para o conhecimento das línguas indígenas, de Aryon Dall’Igna Rodrigues, considerada uma obra essencial para os estudos da área.

Há também a indicação de A queda do céu: palavras de um xamã yanomami, de Davi Kopenawa e Bruce Albert, que traz as meditações do xamã a respeito do contato predador com o homem branco. A obra é um testemunho autobiográfico e, ao mesmo tempo, um manifesto xamânico contra a destruição da Floresta Amazônica e dos povos originários. Outro destaque é para Nós: uma antologia de literatura indígena, organizado por Mauricio Negro, e que pode ser lido por pessoas de várias faixas etárias.

A lista se completa com Línguas indígenas: tradição, universais e diversidades, de Luciana Storto; Índio Não Fala só Tupi: uma viagem pelas línguas dos povos originários no Brasil, organizado por Bruna Franchetto e Kristina Balykova; Método moderno de tupi antigo – A língua do Brasil dos primeiros séculos, de Eduardo de Almeida Navarro; Diversidade linguística indígena: estratégias de preservação, salvaguarda e fortalecimento, do Iphan; Fala de bicho, fala de gente. Cantigas de ninar do povo Juruna, de Cristina Martins Fargetti e participação de Marlui Miranda; Povos indígenas: terra, culturas e lutas, de Benedito Prezia; e Jene Ramỹjwena Juru Pytsaret: O que habitava a boca de nossos ancestrais, de Lucy Seki.

“Uma parte dos livros é sobre as línguas mesmo, mais descritivos. Muitas vezes eles têm uma tipologia explicando as famílias linguísticas e os troncos linguísticos que temos aqui em território brasileiro. E temos também um livro de ficção, que é o Nós: uma antologia de literatura indígena, que são narrativas”, falou Cecília.

Segundo ela, a lista não se encerra nessa seleção. “Esse é apenas um primeiro contato com esses temas. Esperamos que isso desperte mais interesse das pessoas”, afirmou.

Mais informações sobre a indicação dos livros podem ser obtidas no site do Museu da Língua Portuguesa.




Fonte: Agência Brasil

Mega-Sena deste sábado paga prêmio principal de R$ 50 milhões


O Concurso 2.516 da Mega-Sena, que será sorteado hoje (3) à noite em São Paulo, pagará o prêmio de R$ 50 milhões a quem acertar as seis dezenas. O sorteio será às 20h , no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê.

Ninguém acertou as seis dezenas no último concurso (2.515), na quarta-feira (31), que sorteou R$ 40,8 milhões. O prêmio ficou acumulado para hoje.

As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.




Fonte: Agência Brasil

País celebra o Dia da Amazônia neste sábado


Pela primeira vez, desde que o dia 5 de setembro foi instituído por lei como Dia da Amazônia em 2007, a data será celebrada em eventos culturais gratuitos espalhados por todo o país. A partir de agora os eventos serão realizados anualmente.

Neste ano, oito cidades estão à frente da comemoração, apresentando ao público shows musicais e atividades culturais. Os Festivais Dia da Amazônia 2022, começam neste sábado (3) e prosseguem até o dia 10. A programação pode ser acessada no site organizador.

A cantora e atriz paraense Gaby Amarantos abre a programação hoje, às 11h, com o Baile na Terra, no Tendal da Lapa, localizado na Rua Guaicurus, 1.100, bairro de Água Branca, zona oeste de São Paulo.

Em entrevista à Agência Brasil, Gaby Amarantos a cantora destacou a luta de todos os anos para dar visibilidade à região amazônica, ao povo nortista e à causa da Amazônia, “que toma a nossa vida e que a gente transformou em missão artística, que é feita com muito amor. É o resultado de um caminho que vem dando muito certo”.

Gaby acredita que a mobilização que já vem ocorrendo não só em São Paulo, mas em outros estados, vai fazer com que a população brasileira preste mais atenção à causa, se envolva mais, de forma comprometida, por meio da cultura, da música, da beleza, da tecnologia e de toda a representatividade que a região tem. “As pessoas precisam conhecer a Amazônia, mas não necessariamente têm de ir à região para apreciá-la e valorizá-la.”

“Conhecer é ter entendimento. É quando você sabe quais são os estados da região que a Amazônia ocupa, quando sabe sobre as etnias indígenas dos povos originários que estão lá cuidando, quando você conhece a cultura, através da música, da gastronomia, da arte, da fala de pessoas que lutam por essa floresta e precisam de justiça, porque perderam a vida nessa luta, lembrando de Bruno e Dom, que são o caso mais recente e que mobilizaram o país”.

Para Gaby, quanto mais você se envolve e se engaja, “de tomar uma cachaça de jambu, ouvir música e assinar uma petição em prol da Amazônia, você está conhecendo mais desta região. E está incluindo a região e fazendo com que ela faça parte deste país. O Brasil não é inteiro sem a Amazônia, sem o Norte. Ele só é completo quando o povo nortista também está junto”, apontou a artista.

Contexto urbano

Os shows gratuitos vão homenagear o bioma amazônico, que é centro das atenções mundiais, tanto por seu papel vital na regulação do clima e na manutenção da vida de suas populações, como pela escalada de ataques que têm comprometido sua integridade e que englobam desmatamentos e queimadas até a violência crescente.

A coordenadora do coletivo Reocupa, associação voltada para a defesa dos direitos humanos e uma das organizadoras do Festivais Dia da Amazônia 2022, Deuza Brabo, disse à Agência Brasil que o objetivo principal do evento é trazer a pauta para o contexto das cidades. ”A Amazônia é muito conversada e debatida no âmbito rural, onde está instalada e, no âmbito urbano, as pessoas ficam um pouco assustadas com essa conversa”.

Por isso, a intenção é fazer com que as pessoas saiam dos eventos com uma reflexão, “que elas sejam tocadas para que tenham outros comportamentos e pensamentos e se engajem na pauta da justiça climática, que é urgente. Quem está na cidade, não consegue perceber essa urgência, embora estejamos sendo atingidos diretamente, como as populações ribeirinhas, pescadora, tradicional, que está na zona rural”, afirmou Deuza.

A coordenadora do Reocupa reiterou que o principal objetivo é trazer a pauta da justiça climática para a cidade, para que a população possa refletir e sair do festival tocada para uma mudança comportamental e de engajamento na pauta. O Dia da Amazônia visa levar as pessoas a se conscientizarem da importância dessa região, que é a maior reserva natural do mundo. “E ter em mente que o que acontece na Amazônia não fica ali, mas impacta a vida de todos, todos os dias.”

Deuza Brabo informou que os festivais vão ocorrer no coração da Amazônia, em Manaus, Belém, Macapá, Santarém, São Luís, mas também precisam trazer outras pessoas que acham que não dependem da Amazônia ou que não se percebem neste lugar. “A Amazônia é da Amazônia, do Brasil e para o mundo”. Daí os shows serem realizados também em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. As celebrações ocorrerão nos dias 3, 4 e 10 de setembro, envolvendo múltiplos eventos.

Sustentabilidade

O tema deste ano é o desenvolvimento sustentável e a preservação da floresta da Amazônia. A iniciativa tem produção das organizações socioambientais Reocupa, Namaloca, Psica, Negritar, Gira Mundo, Condô Cultural, NOSSAS, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Ja.Ca, Murerú Produções, Tapajós de fato, Na Cuia, Suraras do Tapajós, Projeto Saúde e Alegria, Movimentos pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Federação das Organizações Quilombolas de Santarém (FOQS), Negritar, Conselho Indígena Tupinambá (CITupi), Movimento Tapajós Vivo (MTV), Terra de Direitos, Maré Cheia, Engajamundo, Mapinguari, LabExperimental, Megafone Ativismo e Utopia Negra, entre outras.

Abertura

No show de abertura, em São Paulo, neste sábado (3), Gaby Amarantos terá a companhia de Anelis Assumpção, Suraras do Tapajós, Bloco do Água Preta e outros convidados. Em Belém, no mesmo dia, também iniciando as celebrações pelo Dia da Amazônia, será realizada a 5ª edição do Festival de Cinema das Periferias e Comunidades Tradicionais da Amazônia.

No domingo (4), haverá festivais em Manaus, Belém, São Luís, Macapá, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Eles acontecerão, respectivamente, no Parque da Juventude Ajuricaba Mascarenhas (Av. Autaz Mirim 4653-4783 – São José Operário); no Portal da Amazônia (Jurunas); no Parque Estadual do Rangedor (Rua Búzios, Quadra 35, Lote-18); no Mercado Central, em Macapá (Av. Antônio Coelho de Carvalho); nos jardins do Museu de Arte Moderna (MAM), Aterro do Flamengo; e no Palco Amazônia Serra do Curral (Parque Municipal Américo Renné Giannetti – Av. Afonso Pena 1377 – Centro).

Em cada local, haverá atividades gratuitas para todas as idades. Cada evento celebra e respeita as diversidades regionais e culturais, e isso se reflete nos nomes e identidades diferentes de cada palco, em cada cidade. Os festivais se estendem até o dia 10 de setembro, finalizando com o Festival Maní(Festar), que ocorrerá das18h às 24h, na Praça de Eventos Dr Anísio Chaves 39-169 – Aeroporto Velho, em Santarém (PA).

Além dos shows musicais nas oito cidades, será realizada a Virada Cultural Amazônia de Pé, conduzida pela Campanha Amazônia de Pé. A programação da Virada pode ser acessada aqui. Ela reúne mais de 400 ações descentralizadas por todo o país, como oficinas, cine-debates, rodas de conversa, feiras agroecológicas e outras atividades, com a meta de demostrar que, em todas as regiões do país, os brasileiros estão atentos ao tema e querem participar da comemoração em defesa da Amazônia.




Fonte: Agência Brasil

Ministério interdita fábrica de petiscos após morte de cachorros


Uma fábrica de petiscos e rações animais foi interditada hoje (2) após a morte de nove cachorros em Minas Gerais e São Paulo. Fiscais do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiram pelo fechamento depois de inspecionarem a unidade da empresa Bassar Indústria e Comércio Ltda, em Guarulhos (SP).

O Ministério da Agricultura também determinou o recolhimento nacional de todos os lotes de petiscos da marca, sob a suspeita de contaminação por substâncias tóxicas. Caberá à empresa fazer o recolhimento e armazenar os petiscos em armazéns de sua propriedade.

Os produtos identificados com suspeita fundamentada de contaminação são os petiscos Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467). Em nota, o Ministério da Agricultura informou que as medidas são preventivas e que poderão ser alteradas conforme o resultado das investigações.

Durante a inspeção, a equipe de fiscalização do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal recolheu amostras dos produtos, que serão analisadas pelos laboratórios do Ministério da Agricultura. Em relação ao fechamento da fábrica, a unidade poderá ser reaberta após a apresentação de todas as informações requeridas pelo ministério.

Segundo investigação da Polícia Civil de Minas Gerais, nove cães morreram depois de ingerirem os petiscos dos dois lotes. Seis mortes ocorreram em Belo Horizonte, uma em Piumhi (MG) e duas na cidade de São Paulo.

Em nota, a Bassar Pet Food informou que está colaborando com as investigações e que contratou uma empresa especializada para inspecionar todos os processos de produção e o maquinário da fábrica, em Guarulhos. No texto, a companhia informou ter acionado todos os fornecedores para que rastreiem os insumos utilizados e ofereceu o e-mail [email protected] para que os consumidores tirem dúvidas.




Fonte: Agência Brasil

Toma posse na ABL imortal Godofredo de Oliveira Neto


O escritor e professor Godofredo de Oliveira Neto foi empossado hoje (2) à noite, na Academia Brasileira de Letras (ABL). Eleito no último dia 9 de junho, com 22 votos, o novo acadêmico ocupará a cadeira 35 da ABL, sucedendo ao professor Cândido Mendes, que faleceu em fevereiro deste ano, aos 93 anos. Os ocupantes anteriores da cadeira 35 foram Rodrigo Octavio (fundador), Rodrigo Octavio Filho, José Honório Rodrigues e Celso Ferreira da Cunha.

Nascido em Blumenau no dia 22 de maio de 1951, o catarinense Godofredo Neto é romancista e contista. Atualmente, exerce a cadeira de professor titular de literatura brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O novo imortal da ABL graduou-se em letras pela Universidade de Paris III, França (1976), onde também fez mestrado em letras (1979). Além do doutorado em letras pela UFRJ, tem graduação em relações internacionais pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais da Universidade de Paris II. É ainda pós-doutor em pesquisa na Georgetown University, Estados Unidos.

Godofredo de Oliveira Neto é autor de 21 livros e escreve também artigos para jornais e periódicos do Brasil. Foi premiado com uma estatueta no Prêmio Jabuti, em 2006. Seus romances Menino oculto e Amores Exilados foram traduzidos para o francês e lançados no 35° Salão do Livro de Paris-2015, já em 4ª edição francesa. O livro Ana e a margem do rio foi publicado na Bulgária e recebeu, no Brasil, o selo de Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

Arte e conhecimento

À Agência Brasil, Godofredo Neto destacou que a função da ABL, como uma das maiores instituições culturais do Brasil, é “brandir como arma, para uma sociedade mais justa, a arte e o conhecimento. Quer dizer, através da arte e do conhecimento, criar uma aproximação da nação brasileira, reconstituir a nação brasileira como um todo. Eu vejo minha ação (na ABL) como isso. Ou seja, a não violência, a arte, a cultura e o conhecimento acima de tudo, à frente de qualquer coisa, com esse objetivo. Esse é o objetivo maior”.

O novo imortal pretende dar sequência à linhagem de grandes escritores membros da ABL, entre os quais citou Guimarães Rosa, Jorge Amado, Ferreira Gullar, Antonio Callado. “Não é fácil seguir essa mesma linhagem quantitativa”, confessou, sorrindo.

Sua obra mais recente, o romance Esquisse, foi publicada na França, antes mesmo de sair no Brasil. A história se desenrola entre as cidades de Nova Iorque, Veneza e Florianópolis, onde ele esteve antes de começar a escrever esse livro. No momento, ele se dedica a escrever um novo romance, ainda sem título, cuja história se passa nos dias atuais, nos estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro. “Estou escrevendo sempre, desde os 13 anos; escrevo quase diariamente”, comentou.

Godofredo Neto disse que a notícia de sua eleição na ABL foi muito bem recebida por seus alunos da UFRJ. “Uma juventude superanimada. Se sentem superprestigiados porque o professor deles foi para a ABL. Foi uma coisa muito legal, aplausos. Foi muito boa a receptividade”.

Discurso

Em discurso de posse, o imortal fez questão de lembrar a figura do escritor, educador e intelectual Cândido Mendes, a quem sucedeu.

“A grandeza de Cândido Mendes me estimula e me desafia a seguir o seu exemplo. A energia de Cândido, nosso augusto acadêmico, anda por aqui, dentro de nós. A luta por um Brasil solidário é também nossa. É um desafio particularmente árduo dar continuidade à excelência dos pensadores da Cadeira 35”, discursou o novo imortal.

Ele destacou também as escolhas feitas pela sociedade, fazendo um chamamento ao reencontro nacional necessário para a busca de maior harmonia entre todos.

“A condição humana é assim estruturada, não há outro suporte, mas há maneira de suavizá-la. E há escolhas, como bem o sabem, senhoras e senhores acadêmicos. Escolhas necessárias, fundamentais e estruturantes que exigem – se desejarmos uma nação ciente do seu caminho civilizatório – exigem banir o preconceito étnico, o preconceito religioso, o antissemitismo, a misoginia, a homofobia, o etarismo, a violência e o preconceito de gênero, o racismo – vidas negras e vidas indígenas importam, vidas e integridade das mulheres importam! Esse encontro do Brasil com a nação brasileira é medular para o despontar da paz e da harmonia”, defendeu Godofredo Neto.




Fonte: Agência Brasil

Transporte coletivo disponibiliza linhas especiais de ônibus para o Estádio Prudentão em jogo decisivo do Campeonato Paulista


De acordo com a Semob, as seguintes linhas serão estendidas até o Estádio Prudentão, das 13h às 18h:

  • Maré Mansa x Sumaré (linha 124) e
  • Humberto Salvador x Rodoviária (linha 133).

Já as linhas que já percorrem o entorno do estádio terão mais horários ao longo da tarde:

  • Jardim Imperial x HR (linha 122),
  • Brasil Novo x 3º Milênio (linha 129) e
  • Circular (linha 135).

Além disso, haverá dois ônibus especiais, um deles saindo do Terminal Urbano, no Centro, às 14h, e com chegada ao estádio por volta das 14h40, percorrendo a Avenida Manoel Goulart, a Avenida Salim Farah Maluf e a Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira até o Prudentão.

O outro ônibus sairá da Praça Nove de Julho, às 14h, e chegará ao estádio às 14h40, percorrendo a Avenida Coronel José Soares Marcondes, a Avenida Adhemar de Barros, a Rua José Tarifa Conde e a Avenida JK.

Ambos retornarão após a partida, pelo mesmo itinerário, mas no sentido inverso.

A programação completa das linhas de ônibus está disponível no site da Prefeitura de Presidente Prudente.

Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.




Fonte: G1

Motoristas recebem reembolso de R$ 3,6 mil após terem caído em golpe de cursos profissionalizantes para obtenção de emprego


A Polícia Civil recuperou nesta quinta-feira (1º), em Martinópolis (SP), todos os valores que haviam sido depositados por motoristas que caíram em um golpe no último dia 25 de agosto. O montante de R$ 3,6 mil foi devolvido em dinheiro pelo advogado do golpista diretamente às vítimas após uma reunião realizada na Delegacia da Polícia Civil, em Martinópolis.

Com a falsa promessa de agilizar cursos profissionalizantes para empregos, o golpista, um homem de 35 anos, deu um prejuízo de R$ 3,6 mil aos caminhoneiros. No total, sete motoristas já foram identificados como vítimas que caíram na fraude ao transferirem dinheiro para o suspeito que lhes oferecia em troca uma falsa agilização de cursos exigidos para o emprego.

Com os dados telefônicos em mãos, cedidos pelo serviço de intermediação de mão-de-obra dos municípios, o golpista entrou em contato com os motoristas e os informou que, para conseguirem os cargos, precisariam de três diferentes cursos: MOPP, NR35 e NR20.

De acordo com o delegado Renato Pinheiro, responsável pelas investigações sobre o caso na Polícia Civil, o homem afirmava às vítimas que possuía um contato dentro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e que, por dispor desta suposta conexão, conseguiria agilizar estes cursos para que os motoristas conseguissem o emprego desejado.

Porém, para facilitar o procedimento, o golpista exigia que as vítimas lhe transferissem valores que variavam entre R$ 300,00 e R$ 700,00. Ao todo, a Polícia Civil estima que o suspeito tenha causado um prejuízo de R$ 3,6 mil.

  • Com falsa promessa de agilizar cursos profissionalizantes para empregos, golpista dá prejuízo de R$ 3,6 mil a caminhoneiros

O golpista foi localizado pela Polícia Civil com dois aparelhos de telefone celular utilizados nos golpes, quatro chips de telefone e vários cartões bancários, no último dia 26 de agosto, em Tarumã (SP).

O homem confessou os crimes e prometeu ressarcir as vítimas. Foi marcada uma reunião nas dependências da Delegacia da Polícia Civil, em Martinópolis, com a presença de todas as vítimas e do advogado do suspeito. Todos os valores foram pagos integralmente e em dinheiro às vítimas nesta quinta-feira (1º), três dias após o registro dos fatos.

Ainda de acordo com o delegado Renato Pinheiro, a Polícia Civil, no momento em que efetuou a abordagem ao golpista na cidade de Tarumã, explicou-lhe a possibilidade de “negociar” com as vítimas a devolução dos valores obtidos ilicitamente para que elas não representassem criminalmente contra ele. O crime de estelionato depende de representação da vítima, o que deixa margem para tentar reaver o prejuízo sofrido, enfatizou o delegado.

As pessoas que eventualmente se sentirem vítimas deste golpe podem entrar em contato com a Delegacia da Polícia Civil, em Martinópolis, pelo telefone (18) 3275-1311.

Vítimas de golpe recuperam dinheiro perdido nesta quinta-feira (1º), em Martinópolis (SP) — Foto: Polícia Civil




Fonte: G1