Polícia Militar desmobiliza acampamentos golpistas em São Paulo


Até às 19h desta segunda-feira, os 34 acampamentos antidemocráticos localizados na frente de unidades militares e distribuidoras de combustível de São Paulo foram desmobilizadas pela Polícia Militar. A ação da PM cumpre ordem judicial do Supremo Tribunal Federal (STF).

À tarde, foi desmontado o acampamento de bolsonaristas que estava instalado nas proximidades do quartel do Comando Militar do Sudeste, no Ibirapuera, zona Sul de São Paulo.

O grupo, que estava no local desde novembro, reivindicava um golpe de estado às Forças Armadas por não aceitar a vitória nas eleições de outubro do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

As equipes de limpeza da Secretaria Municipal das Subprefeituras fizeram o descarte do material usado no acampamento. O trabalho começou por volta das 16h30 e se estendeu até as 18h. Foram necessários 40 servidores e oito veículos para fazer a limpeza do local.

A ordem de retirada do acampamento na região do Ibirapuera foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após os ataques terroristas, ocorridos ontem, contra o Congresso Nacional, ao STF e ao Palácio do Planalto, realizados por bolsonaristas radicais.

Mais cedo, o secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que os acampamentos golpistas no estado serão desmontados sem uso da força. “A gente vai, através do diálogo, informar para os manifestantes que existe uma ordem judicial de desmobilização dos acampamentos. Nós temos 24 horas para que essa ordem judicial seja cumprida, e ela será cumprida com a maior tranquilidade possível”, disse.

O secretário de Segurança garantiu que os acampados no estado não têm a mesma disposição para atacar prédios públicos, como ocorreu no Distrito Federal. “Aqui em São Paulo eu garanto para vocês que a manifestação não guarda relação com o que ocorreu lá em Brasília”, enfatizou.

Na manhã de hoje, um grupo de pessoas encapuzadas ateou fogo em pneus e bloqueou a Marginal Tietê. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a via ficou mais de duas horas com o tráfego interrompido próximo à Ponte dos Remédios.

Durante à tarde, um fotógrafo freelancer, que registrava o desmonte do acampamento no Ibirapuera, foi agredido pelos golpistas. Ele ficou com um hematoma no braço esquerdo.




Fonte: Agência Brasil

Justiça mantém presas acusadas de matar professor no Rio de Janeiro


A Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão das duas mulheres acusadas de matar a facadas, na semana passada, na região central da capital, o guia de turismo e professor Daniel Mascarenhas Xavier da Silva, 31 anos, quando retornava do bairro boêmio da Lapa, onde tinha deixado um grupo de turistas. Ana Claudia Pires Mazeto foi submetida hoje (9) à audiência de custódia e vai permanecer presa à disposição da Justiça. Já Marcelly Andressa Damasceno de Albuquerque não foi levada à presença do juízo por estar hospitalizada, mas vai permanecer presa até que se restabeleça das lesões e seja apresentada à audiência de custódia.

Crime

Daniel voltava a pé e iria para o terminal da Central do Brasil pegar uma condução para casa, quando foi abordado por duas mulheres de moto, que anunciaram um assalto. A mulher que vinha na garupa mostrou uma arma e pediu a bolsa da vítima. Em seguida, pediu também o celular. Ele então reagiu e se agarrou com a mulher que estava na garupa. A mulher que pilotava a moto desceu e com uma faca atingiu cinco golpes em Daniel.

Mesmo sendo forte, a vítima não conseguiu se desvencilhar das facadas e acabou atingida no tórax, pulmão e no pescoço. Ele ainda pediu ajuda mas todos que apareceram negaram o pedido. As duas mulheres alegaram que o homem é que queria roubá-las.

Ao caminhar para o hospital Municipal Souza Aguiar, acabou morrendo a menos de 300 metros de chegar a unidade de saúde.

As duas mulheres foram presas no dia seguinte, por policiais da Delegacia de Homicídios da Capital, após análise das câmeras de segurança da região. Elas foram presas em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

Ana Cláudia e Marcelly eram namoradas e moravam no Morro da Providência, no centro da cidade. Ao chegarem na comunidade, foram espancadas por traficantes de drogas e expulsas de lá, para não chamar a atenção da polícia. Marcelly teve o braço fraturado da surra que levou dos traficantes. Ela apanhou mais por ter desferido os golpes de faca no guia de turismo e professor, que o levaram à morte. A faca usada no crime e um simulacro de pistola, usados pela dupla, foram apreendidos pela polícia.

Daniel Mascarenhas, além de guia de turismo, dava aulas de inglês e francês para brasileiros e de português para estrangeiros. Ele era morador da Ilha do Governador, na zona norte da capital fluminense, e o crime chocou os moradores do bairro e colegas de exercícios físicos diários na areia da praia.




Fonte: Agência Brasil

“Sem anistia”: manifestação em SP pede responsabilização de golpistas


Em defesa da democracia e contra atos antidemocráticos ocorridos neste domingo (8) em Brasília, movimentos populares ocupam neste começo de noite a Avenida Paulista, em São Paulo. Eles pedem a punição dos invasores das sedes dos Três Poderes da República — Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). 

Aftermath of Brazil's anti-democratic riots

Ato na Avenida Paulista contra o vandalismo ocorrido em Brasília – REUTERS/Carla Carniel/Direitos reservados

A principal frase de ordem ouvida no protesto é “sem anistia”, em referência à responsabilização dos que promoveram, incentivaram ou financiaram os atos na capital federal. Natália Szermeta, da coordenação nacional do Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e presidente da Fundação Lauro Campos, avaliou como “necessárias e contundentes” as medidas adotadas até o momento pelos representantes dos Três Poderes. Os manifestantes também pedem a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Mais do que as respostas institucionais, o povo brasileiro, que elegeu Lula, precisa ir às ruas, se manifestar e garantir uma democracia viva e que respeite a liberdade de expressão das pessoas, sejam individualmente ou politicamente, seja de crítica ou de apoio ao governo, mas dentro do que é permitido na democracia brasileira”, disse à Agência Brasil.

As ações terroristas em Brasília levaram à depredação do patrimônio público e destruição de peças de incalculável valor cultural e histórico. Os participantes do ato na capital federal não aceitam o resultado das eleições de outubro, que conferiu a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pedem um golpe militar no país. Muitos deles estavam acampados desde o ano passado em frente a quartéis do Exército.

Os professores Flávio Batista, 41 anos, e Jussara Batista, 40 anos, vieram à Avenida Paulista com as duas filhas adolescentes e a sobrinha. “Precisamos nos posicionar sobre o absurdo que aconteceu ontem, mostrar que a maior parte da sociedade não é a favor daquilo. E mostrar para elas, que são jovens, para entender o valor do Estado Democrático de Direito”, disse Flávio.

Jussara é professora de História e diz não entender como é possível defender um estado ditatorial. “É importante dar referência para os adolescentes. Tudo o que vivemos na ditadura militar aqui no Brasil. Foi tanta luta para a conquista da democracia e ver movimentos que afrontam esse direito, de liberdade, de opinião, de participação política. Foi uma luta árdua e temos que continuar lutando.”

Entre os participantes do ato, estava a liderança indígena Sônia Ara Mirim, da Terra Indígena Jaraguá, na capital paulista. “Hoje era a posse de Sônia Guajajara, nossa ministra dos Povos Originários e infelizmente aconteceu tudo isso em Brasília. Estar aqui é uma forma de representar esses povos que foram massacrados pelo antigo governo [de Jair Bolsonaro]”, declarou.

Também participam da manifestação representantes de organizações e partidos políticos, parlamentares, movimentos sem-terra, de mulheres, da população negra, estudantil, entre outros. De acordo com os organizadores, o ato deve seguir em direção à Praça Roosevelt pela Rua Augusta.




Fonte: Agência Brasil

PT condena atentados e defende mobilização permanente pela democracia


A comissão executiva nacional do PT divulgou hoje (9) nota na qual defende mobilização permanente em defesa da democracia. O partido também chamou os atos provocados por bolsonaristas na Esplanada dos Ministérios como “atentados terroristas e fascistas”.

Na avaliação do partido, os atos tinham objetivo de agredir o funcionamento das instituições “e, por meio de um golpe de estado, tentar paralisar a implantação do programa de reconstrução e transformação nacional aprovado pela maioria da população nas eleições de outubro”.

“Os atentados terroristas e fascistas do último domingo, contra as sedes dos Três Poderes em Brasília, junto com ações criminosas em outras regiões do país, receberam o veemente repúdio da sociedade brasileira, das instituições republicanas, das forças democráticas e da comunidade internacional”, declarou o partido.

A executiva também pede a apuração dos responsáveis pelos atentados. “Foram atentados contra a democracia, contra a vontade popular, contra o patrimônio público, notoriamente inspirados na mensagem fascista do ex-presidente derrotado nas urnas, articulados e financiados por verdadeiras quadrilhas organizadas, com interesses econômicos poderosos, que se recusam a obedecer a lei˜, concluiu o partido.

Mais cedo, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que parlamentares que apoiaram os atos terroristas praticados na Esplanada dos Ministérios serão denunciados.

Leia a abaixo a íntegra da nota:

Nota da Comissão Executiva Nacional do PT. Contra o terrorismo fascista, mobilização permanente pelo Brasil.

Os atentados terroristas e fascistas do último domingo, contra as sedes dos Três Poderes em Brasília, junto com ações criminosas em outras regiões do país, receberam o veemente repúdio da sociedade brasileira, das instituições republicanas, das forças democráticas e da comunidade internacional.

O objetivo dos criminosos era claro: agredir o funcionamento das instituições e, por meio de um golpe de estado, tentar paralisar a implantação do programa de reconstrução e transformação nacional aprovado pela maioria da população nas eleições de outubro.

Foram atentados contra a democracia, contra a vontade popular, contra o patrimônio público, notoriamente inspirados na mensagem fascista do ex-presidente derrotado nas urnas; articulados e financiados por verdadeiras quadrilhas organizadas, com interesses econômicos poderosos, que se recusam a obedecer a lei.

Os atos criminosos tiveram a cumplicidade do governador e dos comandantes das forças de segurança do Distrito Federal, que devem responder exemplarmente por seus atos e omissões. Neste sentido, foi fundamental a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, ao determinar o afastamento do governador e a prisão dos terroristas.

As medidas adotadas pelo Governo Federal, determinadas pelo presidente Lula, em especial a intervenção nas forças de segurança do DF, para garantir a segurança pública, reprimir os criminosos e viabilizar decisões do Supremo Tribunal Federal, correspondem exatamente ao compromisso que o presidente assumiu perante o povo.

Esta orientação democrática, firmemente implantada pelo presidente Lula, implica na apuração das responsabilidades e da cadeia de comando e financiamento dos grupos por trás dos atentados de domingo, bem como dos núcleos de extrema-direita que se reúnem em diversos pontos do país.




Fonte: Agência Brasil

Iphan e Ibram vão recuperar obras de arte danificadas por terroristas


No dia seguinte à depredação das sedes dos Três Poderes por terroristas, o governo convocou restauradores de obras de arte de todo o país para recuperar itens danificados. Nesta tarde, o Ministério da Cultura faz uma reunião para requisitar servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) com conhecimento em restauração.

Segundo especialistas ligados ao Palácio do Planalto, a recuperação da maioria das obras é possível, mas existem casos em que a restauração será muito difícil.

Ontem (8) à noite, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, determinou que o Iphan fizesse uma diligência para avaliar a destruição no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional, no Supremo Tribunal Federal e nos demais espaços tombados.

“O mundo assiste, estarrecido, à violência do terrorismo de extrema direita contra o estado democrático brasileiro. A dilapidação do patrimônio público e da consciência livre do nosso povo não será tolerada. Os culpados serão identificados e rigorosamente punidos na forma da lei”, postou a ministra na rede social Twitter.

Hoje, o Palácio do Planalto divulgou a relação preliminar das obras vandalizadas pelos radicais. Segundo o Palácio, ainda não é possível avaliar todos os danos causados ao mobiliário e as pinturas, mas existem obras importantes danificadas no térreo, no segundo e no terceiro andar.

As principais obras danificadas no Planalto são as seguintes:

No andar térreo:
•        Pintura Bandeira do Brasil, de Jorge Eduardo, de 1995 — o quadro, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o andar, após vândalos abrirem os hidrantes ali instalados.
•        Galeria dos ex-presidentes — totalmente destruída, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas.

No 2º andar:
•        O corredor que dá acesso às salas dos ministérios que funcionam no Planalto foi brutalmente vandalizado. Há muitos quadros rasurados ou quebrados, especialmente fotografias. O estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços para só daí ter acesso às obras.

No 3º andar:
•        Obra As Mulatas, de Di Cavalcanti — a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgos, de diferentes tamanhos. A obra é uma das mais importantes da produção de Di Cavalcanti. Seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças desta magnitude costumam alcançar valores até cinco vezes maior em leilões.
•        Obra O Flautista, de Bruno Giorgi — a escultura em bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliado em R$ 250 mil.
•        Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg — quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil.
•        Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck — exposta no salão, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita.
•        Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues — o móvel abriga as informações do presidente em exercício. Teve o vidro quebrado.
•        Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do século 17 foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor desta peça é considerado fora de padrão.

Segundo o diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho, será possível recuperar a maioria das obras vandalizadas, mas ele estima como “muito difícil” a restauração do relógio do século 17.

Móveis e janelas danificados no Senado Federal.

Móveis e janelas danificados no Senado Federal. – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Congresso

Na Câmara dos Deputados, uma reportagem realizada pela TV Câmara identificou que os danos às obras de arte foram menores que o previsto. Ao contrário das primeiras informações divulgadas, o vitral Araguaia, da artista plástica Marianne Peretti, está preservado, assim como o quadro Candangos, de Di Cavalcanti.

Uma escultura de Alfredo Ceschiatti, um estudo para as estátuas dos anjos que decoram a Catedral de Brasília, não foi danificada. A estátua de Victor Brecheret, que desapareceu ontem (8) da Chapelaria (entrada inferior do Congresso) foi encontrada no chão, atrás de uma poltrona.

Os maiores danos ocorreram na galeria de presentes de governos estrangeiros, exposta na entrada do Salão Verde. Diversos itens foram quebrados ou roubados, como vasos, ovos de avestruz e estátuas. Uma estátua chinesa foi arremessada contra os vidros e foi destruída.

Móveis e janelas danificados no Senado Federal.

Móveis e janelas danificados no Senado Federal. – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Levantamento

Em nota, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que continua acompanhando as informações sobre os danos causados pelos terroristas. A pasta destacou que está dialogando com os outros Poderes para trocar informações sobre os autores das depredações e levantar os danos.

O Ministério da Gestão informou que também está ajudando os demais ministérios em relação a contratos de manutenção predial para acelerar a realização dos reparos.




Fonte: Agência Brasil

Bolsonaristas desmontam acampamento em frente ao Comando Militar no RJ


Os bolsonaristas que acampavam em frente à sede do Comando Militar do Leste (CML), no centro do Rio de Janeiro, começaram hoje (9) a retirar as estruturas montadas desde a semana posterior ao segundo o turno das eleições presidenciais, realizado em 30 de outubro. O grupo pedia um golpe de Estado às Forças Armadas, por não aceitar a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A desmobilização dos acampamentos golpistas foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal, depois de um domingo de ataques classificados como terroristas às sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, na Praça dos Três Poderes. Vestindo a camisa da seleção brasileira e bandeiras do Brasil, bolsonaristas invadiram os palácios dos três poderes, cometeram roubos e depredaram obras de arte, peças históricas e mobiliário.

Na manhã de hoje (9), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que a situação no estado é de paz e que a retirada do acampamento foi negociada entre o Comando Militar do Leste (CML) e os grupos acampados. Procurado pela Agência Brasil, o CML não se manifestou.

Apesar da declaração do governador, um fotógrafo foi agredido enquanto registrava a desmobilização do acampamento. Imagens da TV Globo mostram que o profissional, com a câmera nas mãos, foi cercado, ameaçado e agredido com tapas.

Ao longo do dia, os acampados desmontaram barracas e lonas, moveram pallets de madeira e gradis que eram usados para montar as barracas que compunham o acampamento. A estrutura contava ainda com banheiros químicos, baldes, galões e até uma caixa d’água. Um caminhão de mudança levava parte dos itens, enquanto um grupo realizou uma oração e cantou o hino nacional e cânticos religiosos.

O acampamento contava com diversas barracas e sinalizações improvisadas, com áreas de acesso “a pessoal autorizado” e até a indicação de “vias”, como uma Travessa Cássia Kis. A atriz esteve no acampamento mais de uma vez e rezou com os acampados que pediam intervenção das Forças Armadas no país.

Militares do Exército também estavam no local, incluindo a Polícia do Exército, e participavam do desmonte do acampamento, além de reposicionarem gradis na praça. O local fica entre o Panteão de Duque de Caxias e o Palácio Duque de Caxias, sede do CML.




Fonte: Agência Brasil

Torcidas organizadas querem ir a Brasília em defesa da democracia


A Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg Brasil) colocou-se à disposição para mobilizar as torcidas organizadas brasileiras em defesa da democracia. Em nota divulgada nas redes sociais, a associação repudia veementemente os atos terroristas e antidemocráticos cometidos na tarde de ontem (8) em Brasília.

Protestos antidemocráticos ocorrem desde o ano passado, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Grupos que contestam os resultados das urnas chegaram a bloquear estradas em diversos estados. Desde então vídeos que mostravam torcidas organizadas removendo bloqueios de estradas no país viralizaram nas redes sociais.

Agora, diante dos atos terroristas antidemocráticos que ocorreram em Brasília, as torcidas colocaram-se novamente à disposição. “A Anatorg repudia veementemente os atos terroristas e antidemocráticos, cometidos na tarde do domingo, 08 de Janeiro, contra os Três Poderes da Federação Brasileira”, diz a organização, que acrescenta “se for necessário, a Anatorg mobilizará as Torcidas Organizadas de todo o Brasil, para defenderem a Democracia Consolidada em nosso Território Nacional”.

A Anatorg ressalta ainda que as torcidas organizadas, por vezes, “foram julgadas nas ruas e tratadas como culpadas, com total repressão e radicalismo pelas Forças dos Estados. E o que assistimos há meses, é uma conivência por parte de alguns Agentes de Segurança com terroristas por todo o país”.

A Anatorg reforça que a eleição para a Presidência do Brasil acabou no dia 30 de outubro de 2022, “em que Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente democraticamente, com a maior votação da história, recebendo 60.345.999 de votos”.




Fonte: Agência Brasil

STF passa por perícia da PF após atos terroristas


A sede do Supremo Tribunal Federal (STF) passa hoje (9) por trabalho de perícia da Polícia Federal. Agentes estão analisando os estragos causados pelos atos terroristas ocorridos ontem (8) no prédio, que abriga o plenário e a presidência da Corte. 

A PF utilizou drones e equipamentos 3D para realização do trabalho nas áreas interna e externa. Não há previsão para conclusão do serviço. Em seguida, funcionários do STF vão catalogar os objetos que foram alvo de vandalismo. A sede continua interditada.

Os anexos 1 e 2 do tribunal, onde estão localizados os gabinetes do ministros e as seções administrativas, não foram afetados e estão funcionando normalmente.

Na noite de hoje, ministros do Supremo devem receber a visita de governadores de estados. O encontro deve ocorrer às 20h, após reunião dos políticos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.




Fonte: Agência Brasil

Justiça decreta prisão preventiva de motorista suspeito de colidir e matar adolescente que andava de bicicleta em Marabá Paulista


A Justiça decretou na tarde desta segunda-feira (9) a prisão preventiva do motorista, de 47 anos, suspeito de colidir o carro que dirigia contra um adolescente, de 13 anos, que morreu depois de ser atingido, enquanto andava de bicicleta, no acesso da Rodovia General Euclides de Oliveira Figueiredo (SPA 051/563), em Marabá Paulista (SP), neste domingo (8).




Fonte: G1

Manifestação na USP pede punição por atos antidemocráticos em Brasília


Sob gritos de “Sem Anistia” e “Não Passarão”, o salão nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, em São Paulo, ficou lotado de estudantes, autoridades, de representantes de movimentos sociais e de pessoas da sociedade civil, em um ato pela democracia, nesta segunda-feira (9).

O ato na faculdade é uma resposta à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes ontem (8) em Brasília, por golpistas apoiadores de Bolsonaro, que não aceitam o resultado das eleições presidenciais de outubro. Para os que estiveram hoje na Faculdade de Direito da USP, o que ocorreu ontem em Brasília foi um atentado contra o estado democrático de direito e uma “tentativa frustrada de golpe de Estado”.

Durante o ato de hoje, autoridades, estudantes e a população em geral pediram punição aos responsáveis, inclusive para os que financiaram os atentados e também para as autoridades que se omitiram para coibir os crimes ocorridos ontem. Eles reforçaram que, atentar contra a democracia, é crime previsto na Constituição e deve ser punido.

O ato foi realizado no mesmo local onde, no dia 11 de agosto do ano passado, a instituição promoveu a leitura de uma carta em defesa da democracia. Aquele ato foi considerado um marco da reação da sociedade civil às ameaças contra as eleições e as instituições brasileiras.

“Não há e nem haverá anistia”, disse hoje o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior. “A depredação das sedes dos Três Poderes só serviu para cobrir a nossa pátria de vergonha. Estamos aqui para exigir, sem meias palavras, que os responsáveis pelos crimes de barbárie sejam todos eles, seus financiadores e seus agentes, investigados, julgados e punidos na forma da lei”, acrescentou ele, sendo aplaudido pelo público.

“É preciso identificar e punir essas pessoas”, disse hoje (9) a presidenta da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Patricia Vanzolini. “É preciso esclarecer a sociedade que isso [que ocorreu ontem] é crime e não será tolerado”, falou ela.

Durante sua fala, Patrícia defendeu as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinaram, por exemplo, a remoção de perfis bolsonaristas de redes sociais. Segundo ela, as ações do STF estavam sendo consideradas “invasivas demais” ou “antidemocráticas”, inclusive pela comunidade jurídica.

“Olhando em retrospecto, se havia alguma suspeita de que o Supremo estava indo longe demais, agora conseguimos perceber que, se era isso que o Supremo pretendia evitar, se era com essa ameaça que estávamos lidando, essas medidas eram necessárias”, disse ela.

“Violação, depredação, ameaça e golpe não pertencem ao jogo democrático e não podem ser aceitos nesse universo”, disse Patrícia Vanzolini.

Para o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubo, o que aconteceu em Brasília ontem foi orquestrado por “verdadeiras organizações criminosas”.

“Para o Ministério Público de São Paulo, são verdadeiras organizações criminosas que estão procurando subverter a ordem democrática e patrocinar o golpe de estado contra a nossa democracia, que foi duramente conquistada com vidas de estudantes, trabalhadores, advogados e membros da nossa sociedade civil”, disse ele.

Diretórios

Representantes dos diretórios acadêmicos chegaram a pedir a prisão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, pedido que foi acompanhado por gritos da plateia presente ao movimento pela democracia.

“É urgente e necessário não só a identificação e prisão de bolsonaristas que acampam em suas cidades ou que depredaram Brasília ontem, mas também de quem os financiam e os aparelham. Precisamos desbolsonarizar o Brasil, a começar pela urgente prisão de Jair Bolsonaro e de seus cúmplices”, disse Davi Bonfim, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP.

Entre os presentes ao ato, que durou pouco mais de uma hora, estava o Padre Júlio Lancellotti, que tem um trabalho voltado à população em situação de rua. Para ele, o ato de hoje foi importante por ser um “repúdio a toda forma de terrorismo e toda forma de ataque à democracia e à liberdade do nosso povo. Quem foi atacado foi o povo brasileiro em sua liberdade e sua dignidade”.




Fonte: Agência Brasil