Entidades divulgam notas de repúdio contra invasões antidemocráticas


Entidades classistas representantes de magistrados, advogados, procuradores e peritos criminais federais divulgaram notas reprovando os atos golpistas e extremistas ocorridos hoje (8) na capital federal.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) divulgou nota pública na qual “repudia veementemente os atentados ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF)”.

“As liberdades constitucionais de manifestação do pensamento e reunião não podem se travestir de instrumento de ataque às instituições públicas, que são essenciais ao funcionamento do Estado Democrático de Direito”, diz a nota assinada pelo presidente da entidade, Frederico Mendes Junior.

A AMB se diz “contrária aos atos de violência e depredação do patrimônio público, defendendo a imediata identificação e punição dos indivíduos que praticam tais atos”, acrescentou ao informar que “segue atenta com relação às agressões praticadas contra integrantes do Judiciário e está pronta para atuar, dentro de suas incumbências estatutárias, para assegurar a segurança e a atuação independente da magistratura.”

Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto.

Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto. – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Conamp, OAB e IAB

Também por meio de nota de repúdio, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) disse condenar as “manifestações violentas e de ataque” aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.“Para que o Brasil encontre a paz e a união, é preciso que as manifestações violentas contra a democracia sejam reprimidas e punidas com o rigor da lei, dentro do devido processo legal”, diz a nota.

A entidade se diz alinhada às entidades civis que atuam em defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito. “A Conamp acompanhará com atenção os desdobramentos dos episódios deste domingo e estará pronta a atuar ativamente em defesa das instituições da República e também da classe que representa, buscando assegurar a integridade e a independência dos membros do Ministério Público”, acrescentou a nota assinada pelo presidente Manoel Murrieta.

Já a nota da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – assinada pela Diretoria Nacional, pelo Conselho Pleno e pelo Colégio dos Presidentes de Seccionais – diz considerar “inaceitável” a invasão dos prédios públicos e os ataques desferidos contra os Três Poderes.

“Tais atos devem ser repelidos pelas forças de segurança de acordo com as disposições legais. É preciso que os artífices dos levantes golpistas sejam identificados e punidos, sempre tendo acesso ao devido processo, à ampla defesa e ao contraditório”, diz a nota ao lembrar que as liberdades de expressão e manifestação não incluem permissão para ações violentas nem para atentados contra o Estado Democrático de Direito.

Também em nota, o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), repudiou os atos terroristas e golpistas e criticou a ação das forças de segurança.

“O caráter violento dos atos praticados foge ao que a lei estabelece como manifestação pacífica. Esses atos lesaram o patrimônio público e cultural, visando a atingir os pilares institucionais da democracia brasileira. A omissão das forças públicas de segurança representa grave conivência, que torna imperativa a apuração severa e urgente das responsabilidades, a fim de que seja interrompida imediatamente a desordem instalada”, destacou.

Depredação no Supremo Tribunal Federal em dia de manifestação antidemocrática

Depredação no Supremo Tribunal Federal em dia de manifestação antidemocrática – Alex Rodrigues/Agência Brasil

APCF

Presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Willy Hauffe disse que a entidade representada por ele recebeu com preocupação a notícia sobre os ataques contra prédios públicos e instituições públicas neste domingo.

“A APCF se coloca ao lado das instituições civis que, neste momento, se posicionam em defesa do Estado Democrático de Direito”, disse Hauffe. “A apuração das invasões deve ser conduzida com o rigor demandado pela Constituição e pelo Código de Processo Penal, que exige a realização de exames periciais pelo corpo de peritos oficiais, isento e equidistante das partes, para averiguar a autoria e a materialidade das infrações cometidas”, acrescentou.

Matéria atualizada às 18h58 para acréscimo de posicionamento da IAB




Fonte: Agência Brasil

AGU envia pedido de prisão de ex-secretário de Segurança Pública do DF


A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou neste domingo ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição em que solicita uma série de medidas judiciais em resposta aos atos antidemocráticos ocorridos hoje (8) em Brasília. Entre os pedidos, está a prisão em flagrante do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, exonerado pelo governador Ibaneis Rocha.

Além de Torres, a AGU requereu a prisão de demais agentes públicos responsáveis por atos e omissões. O ex-secretário de Segurança Pública está em viagem à Flórida (EUA) e teria antecipado o retorno ao Brasil. A petição foi ajuizada aos inquéritos 4.781 e 4.874, que tramitam no STF e investigam atos antidemocráticos.

De acordo com a AGU, os pedidos se baseiam na grave violação à ordem democrática e a necessidade premente de minimizar os prejuízos causados à paz social e ao Estado Democrático de Direito.

A AGU também pediu a imediata desocupação de todos os prédios públicos federais em todo o país e a dissolução dos atos antidemocráticos realizados nas imediações de quartéis e outras unidades militares. O governo pediu que o STF autorize o uso de todas as forças de segurança pública do Distrito Federal e dos estados.

O órgão pediu ao STF que determine a interrupção da monetização de perfis em redes sociais que incentivaram a tentativa de depredação de prédios públicos. As empresas de telecomunicações, em especial as companhias de telefonia celular, deverão armazenar, por 90 dias, os registros de conexão suficientes para a identificação e a geolocalização dos usuários que estão nas imediações na Praça dos Três Poderes e do Quartel-General do Exército no Distrito Federal.

A AGU também pediu ao Supremo que determine às autoridades competentes a apuração e responsabilização civil e criminal dos responsáveis pelos atos ilícitos, incluindo agentes públicos, além da realização de perícia e outros atos necessários à coleta de provas. Também foi pedida a apreensão de todos os veículos e dos demais bens utilizados para transporte e organização dos atos criminosos. Caberá à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) manter registro de todos os veículos ligados aos atos de hoje que entraram no DF entre 5 e 8 de janeiro.




Fonte: Agência Brasil

AGU requer ao STF medidas contra atos criminosos cometidos no DF


A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou hoje (8) com uma petição junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo uma série de medidas judiciais em resposta aos atos criminosos ocorridos na tarde deste domingo (8) na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Manifestantes invadiram e depredaram as sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.

Dentre os pedidos, estão a prisão em flagrante do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, exonerado na tarde de hoje, e de demais agentes públicos responsáveis por atos e omissões.

A AGU também solicitou a imediata desocupação de todos os prédios públicos federais em todo o país que estão ocupado por manifestantes que protestam contra o resultado das eleições e a dissolução dos atos antidemocráticos realizados nas imediações de quartéis e outras unidades militares. O pedido dirigido ao Supremo requer que, para tais medidas, sejam utilizadas todas as Forças de Segurança Pública do Distrito Federal e dos estados.

Para a responsabilização futura dos manifestantes radicais, a AGU também pede ao STF que determine às plataformas de mídias e de redes sociais a interrupção da monetização de perfis e transmissão das mídias sociais que possam promover, de algum modo, atos de invasão e depredação de prédios públicos.

A AGU também solicitou que as empresas de telecomunicações, em especial as provedoras de serviço móvel pessoal, que guardem por 90 dias registros de conexão suficientes para definição ou identificação de geolocalização dos usuários que se encontram nas imediações da Praça dos Três Poderes e no Quartel General do Exército no DF.

Responsabilização

No pedido da AGU, há uma requisição ao STF que determine às autoridades competentes a apuração e responsabilização civil e criminal dos responsáveis pelos atos ilícitos, incluindo agentes públicos, além da realização de perícia e outros atos necessários à coleta de provas. Para esta medida, foi pedido ao Supremo que determine a apreensão de todos os veículos e demais bens utilizados para transporte e organização dos atos criminosos deste domingo. A AGU solicitou ao STF ainda que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mantenha registro de todos esses veículos que ingressaram no DF entre os dias 5 e 8 de janeiro.

A petição foi ajuizada no âmbito dos inquéritos 4781 e 4874, que tramitam no Supremo. Entre os fundamentos constantes no pedido está a grave violação à ordem democrática e a necessidade premente de minimizar os prejuízos causados à paz social e ao Estado Democrático de Direito. Segundo a AGU, os atos “importam prejuízo manifesto ao erário e ao patrimônio público e também causam embaraço e perturbação da ordem pública e do livre exercício dos Poderes da República, com a manifesta passividade e indício de colaboração ilegal de agentes públicos”.




Fonte: Agência Brasil

Lula decreta intervenção federal na segurança pública do DF


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou a publicação neste domingo (8) de um decreto que prevê a intervenção na área de segurança pública do governo do Distrito Federal (GDF). Segundo o decreto, o prazo da intervenção vai até 31 de janeiro de 2023.

“Essa intervenção está limitada à área de segurança pública, com o objetivo de conter o grave comprometimento da ordem pública no DF, marcado pela violência contra prédios públicos”, disse Lula durante viagem que faz a Araraquara (SP).

A intervenção será comandada pelo secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, subordinado diretamente à Presidência da República. “O interventor poderá requisitar recursos financeiros, tecnológicos, estruturais necessários a quaisquer órgãos”, acrescentou Lula.

Segundo o decreto, leis que não tiverem relação com segurança pública permanecem sob responsabilidade do governo local.

Lula decreta intervenção federal na segurança pública do DF

Lula decreta intervenção federal na segurança pública do DF – Divulgação/Ricardo Stuckert

Antes de assinar o decreto, o presidente condenou os atos antidemocráticos que tomaram conta da Praça dos Três Poderes e disse ter havido falha de segurança. “Achamos que houve falta de segurança. Queria dizer para vocês que todas as pessoas que fizeram isso serão encontradas e punidas. Eles vão perceber que a democracia garante o direito de liberdade, de livre comunicação e expressão, mas vão exigir que as pessoas respeitem as instituições criadas para fortalecer a democracia”, declarou.

O presidente prometeu que todas as pessoas que participaram da depredação serão punidas pela lei e chamou de irresponsáveis os atos antidemocráticos. “É importante lembrar que a esquerda brasileira teve gente torturada, morta, desaparecida. Nunca vocês leram notícias de gente de esquerda invadindo o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto”, disse.

“Essa gente tem de ser punida, inclusive vamos descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram a Brasília, e todos eles pagarão com a força da lei pelo gesto de irresponsabilidade, esse gesto antidemocrático e esse gesto de vândalos e de fascistas”, declarou o presidente, que classificou de barbárie a invasão das sedes dos Três Poderes.

A Polícia Militar do Distrito Federal informou que todas ações da PMDF têm, por base, orientações que são determinadas pelas autoridades de segurança do Governo do Distrito Federal, e responsabilizou eventuais falhas de planejamento nas ações de proteção à Praça dos Três Poderes à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. A secretaria tinha à frente o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, que foi exonerado há pouco pelo governador Ibaneis Rocha.

Interventor federal

Pelo Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o secretário Ricardo Cappelli já se deslocou para assumir a intervenção na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. “E seguimos com as operações cabíveis visando ao restabelecimento da ordem pública”, completou o ministro.

De acordo com informações do ministério, Cappelli é jornalista, especialista em administração pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e atua, há 22 anos, na administração pública. Ele já foi secretário municipal, secretário estadual e secretário nacional em áreas diversas no estado do Maranhão.

Veja na TV Brasil:

Matéria atualizada às 18h55 para acréscimo de informações sobre o interventor federal




Fonte: Agência Brasil

Fórum de governadores oferece forças de segurança para conter atos


O Fórum Nacional de Governadores ofereceu o envio de policiais para ajudar na recuperação da segurança na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes. A entidade fez uma reunião de emergência na tarde de hoje (8), após extremistas invadirem as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para pedir a anulação das últimas eleições presidenciais.

O encontro reuniu tanto governadores como secretários estaduais de Segurança Pública. O Fórum Nacional de Governadores também emitiu uma nota de repúdio aos atos antidemocráticos na área central de Brasília.

Leia a nota da entidade:

“O Fórum Nacional de Governadores externa sua absoluta repulsa ao testemunhar os gravíssimos e inaceitáveis episódios registrados hoje no Distrito Federal, os quais revelam a invasão da Praça dos Três Poderes, seguida da ilegal vandalização das dependências do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal por manifestantes golpistas, irresignados com o resultado das eleições legitimamente encerradas no País, e publica a presente nota de apoio à democracia, condenando quaisquer atitudes violentas e posturas irresponsáveis que ponham em risco a integridade do estado democrático de direito.

As governadoras e os governadores brasileiros, colocando-se à disposição para o envio de forças militares estaduais destinadas a apoiar a situação de normalidade nacional, exigem a apuração das origens dessa movimentação absurda e a adoção de medidas enérgicas contra os extremistas e aqueles que permitiram, por negligência ou conveniência, tal situação, bem como a subsequente penalização de seus responsáveis.”




Fonte: Agência Brasil

Invasões aos Três Poderes: PGR determina abertura de inquérito


O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou neste domingo (8) a imediata abertura de inquérito criminal para responsabilizar os envolvidos na invasão aos prédios dos Três Poderes em Brasília.

Uma nota da Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que Aras acompanha com “preocupação os atos de vandalismo a edifícios públicos que ocorrem em Brasília”, “mantém contato permanente com as autoridades e tem adotado as iniciativas que competem à instituição para impedir a sequência de atos de violência”, informou.

Entre as providências tomadas por Aras, informadas pela PGR, está a requisição à Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) a imediata abertura de procedimento investigatório criminal para responsabilizar nos atos de vandalismo contra os prédios dos Três Poderes.

Câmara e Senado

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, postou mensagens de condenação à  invasão das sedes dos Três Poderes nas redes sociais. Ele classificou de destruição e vandalismo os atos antidemocráticos.

“O Congresso Nacional jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente. Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo. Os responsáveis que promoveram e acobertaram esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei”, escreveu o presidente da Câmara na rede social Twitter.

“A democracia pressupõe alternância de poder, divergências de pontos de vista, mas não admite as cenas deprimentes que o Brasil é supreendido nesse momento. Agiremos com rigor para preservar a liberdade, a democracia e o respeito à Constituição”, acrescentou o presidente da Câmara.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também condenou os atos em postagem nas redes e informou que conversou com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para pedir reforço na segurança. “Na ação, estão empenhadas as forças de segurança do Distrito Federal, além da Polícia Legislativa do Congresso. Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência”, postou Pacheco.

* Com informações da Reuters




Fonte: Agência Brasil

Forças de segurança estão chegando ao Palácio do Planalto


Integrantes do Batalhão da Guarda Presidencial, da Força Nacional e do Exército estão chegando ao Palácio do Planalto para tentarem expulsar os extremistas que invadiram o prédio e pedem golpe de Estado. Um helicóptero da Polícia Militar do Distrito Federal está atirando bombas de efeito moral nos manifestantes.

O batalhão de choque da Polícia Militar, aos poucos conseguem, retomar o controle do Supremo Tribunal Federal (STF). Os extremistas que foram dispersos tentam se reaproximar do prédio, enquanto estão sendo recebidos com mais bombas.

Há pouco, a cavalaria da PM tentou conter os atos antidemocráticos na rampa do Palácio do Planalto, mas acabou recuando.

Por volta das 14h, cerca de 5 mil radicais que pedem a anulação das últimas eleições presidenciais romperam as barreiras de segurança da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança invadiram o Congresso. Em seguida, os extremistas invadiram o Palácio do Planalto após romperem as grades do estacionamento e entraram no prédio do STF.




Fonte: Agência Brasil

Desabamento parcial de prédio desalojas famílias em bairro do Rio


Partes de um prédio localizado na Lapa, na região central do Rio de Janeiro, desabou na madrugada de hoje (8). O desabamento, de acordo com a prefeitura do Rio deixou dez famílias desalojadas e um homem de 28 anos ferido. Ele foi atendido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e já teve alta.

A moradora Denise de Lima, 64 anos, estava em casa quando ouviu um estrondo muito próximo a ela. O desabamento ocorreu a cerca de dois metros de distância do quarto onde vive com o filho, de 28 anos. “Foi aquele barulhão, aquela poeira, a fiação de luz caiu toda em cima de mim, me enrolei toda para descer, mas consegui”, diz. “Tem horas que eu me belisco. Sou eu que estou aqui mesmo? Estou assim, parece que morri e estou viva na vida eterna, em uma segunda vida. Foi um livramento”.

O filho estava na casa da namorada esta noite. Agora, Denise, que não tem família na cidade, foi acolhida por vizinhos e aguarda a assistência. “O que nos prometeram é ir atrás do CRAS [Centro de Referência da Assistência Social] para pleitear um aluguel social, provando que moramos aqui. Sabemos que é um processo longo e demorado. Não dá para ficar assim. Quem tem parente já foi embora. Eu não tenho para onde de imediato”.

Ela morava há dez anos no edifício e conta que precisou deixar para trás todos os pertences, porque está impedida de entrar no prédio por conta do risco de novos desabamentos. Ficaram para trás também três gatos que ela diz que tentará alimentar. Ela também espera conseguir roupas para poder tomar um banho.

Quem mora no edifício ao lado também teme o desabamento. “Estamos tensos porque irão mexer na estrutura e não sabemos se vai abalar aqui. Estamos aguardando a Defesa Civil dar um diagnóstico real. Até agora nos disseram que a estrutura não está abalada, mas não sabemos como será quando mexerem no prédio ao lado”, diz Jorgeane Oliveira, 38 anos, que mora no prédio vizinho, há 17 anos com os seis filhos.

De acordo com a prefeitura, equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social atenderam 10 famílias desalojadas, sendo 14 adultos e um bebê. De acordo com a pasta, foi oferecido acolhimento institucional, mas os moradores preferiram ficar em casa de parentes e amigos.  Segundo a secretaria, amanhã (9), cada uma das famílias receberá o Cartão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), para situações de emergência, no valor de R$ 250, no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Professora Ismênia Lima Martins, no Centro, que acompanhará o caso.

O desabamento parcial da laje do terceiro e do segundo pavimento do sobrado localizado na Travessa do Mosqueira obstruiu parte da rua. O edifício tem três pavimentos, possui lojas no primeiro. O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro informou que foi acionado, na madrugada. Militares do quartel Central atuaram na evacuação do prédio e no resgate.




Fonte: Agência Brasil

Manifestantes invadem Congresso, Planalto e STF


Manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro inconformados com o resultado das eleições invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). A invasão começou após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa. 

Após a depredação no Congresso, eles invadiram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). No STF, quebraram vidros e móveis.

As imagens mostram que o efetivo de policiais militares que estava nas proximidades do Congresso Nacional usou sprays de pimenta em uma tentativa sem sucesso de conter os manifestantes que entoavam palavras de ordem golpistas.

Via redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que “essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer”. Ele acrescentou ter ouvido do governo do Distrito Federal que o efetivo seria reforçado. “As forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, escreveu o ministro.

Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e atual secretário de Segurança Pública do Governo do Distrito Federal, Anderson Torres, que se encontra nos Estados Unidos, disse, via Twitter, ter determinado ao setor de operações “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, disse nas redes sociais, que tem certeza que a maioria dos brasileiros quer união e paz para que o Brasil siga em frente. “Essa manifestação é de uma minoria golpista que não aceita o resultado da eleição e que prega a violência. Uma minoria violenta, que vai  ser tratada com o rigor da lei”.

Presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco disse repudiar “veementemente esses atos antidemocráticos”, que, segundo ele, deverão “sofrer o rigor da lei com urgência”. A Polícia Legislativa também está no local, na tentativa de conter a invasão.

“Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação”, disse Pacheco.




Fonte: Agência Brasil

Tragédia no cânion de Capitólio, em Minas Gerais, completa um ano hoje


A tragédia em Capitólio completa 1 ano neste domingo (8). Ela causou a morte de dez pessoas, todas ocupantes da lancha de nome Jesus, e outras 27 feridas. A causa foi o desmoronamento de um paredão de pedra de um cânion. O bloco de pedra atingiu três embarcações no Lago de Furnas, em 8 de janeiro de 2022.

O bloco de pedra despencou por volta de 12h30 no local onde estavam lanchas que transportavam dezenas de turistas. Logo depois, imagens gravadas por quem estava em embarcações menos afetadas se disseminaram pelas redes sociais no mundo inteiro.

Meses depois, o inquérito aberto pela Polícia Civil concluiu pelo não indiciamentos de responsáveis pelo desmoronamento. Estudos técnicos apontaram que a queda do bloco de rocha no lago de Furnas se deu como desdobramento de eventos naturais, sem influência da ação humana.

Segundo as investigações, houve um processo geológico de remodelamento de relevo que é comum na região, o que torna possível que outras rupturas venham a ocorrer. Para aumentar a segurança nas atividades turísticas, a Polícia Civil elaborou dez sugestões que integram o relatório final do inquérito.

Resgate em Capitólio, Minas Gerais

Resgate em Capitólio, Minas Gerais – Divulgação/CBMMG

A Polícia Civil também sugeriu que a empresa Furnas Centrais Elétricas adotasse medidas preventivas de segurança. Controlada pela Eletrobras, a companhia divulgou nota, na época da tragédia, lamentando o ocorrido e informando que apenas usa a água do lago para gerar energia elétrica. “Compete ao Poder Público a gestão dos demais usos múltiplos do reservatório”, sustentou a empresa, referindo-se ao controle das atividades turísticas na região.

Cânion reaberto

O cânion voltou a ser aberto ao turismo, quase três meses após a tragédia. A liberação parcial das visitas náuticas ocorreu com o aval da prefeitura. Além de estabelecer novas regras, como a obrigação dos condutores manterem as embarcações a uma distância mínima dos paredões e respeitarem os limites estabelecidos para cada trecho do percurso, o município – distante cerca de 282 quilômetros de Belo Horizonte – contratou uma equipe de geólogos para avaliar, diariamente, a estabilidade dos blocos de pedra.

Investimentos

Logo após o desastre, o governo de Minas e parceiros anunciaram investimento conjunto de R$ 5 milhões para o plano “Reviva Capitólio”, com 80 ações de segurança e de impulsionamento do turismo para a região, onde tradicionalmente turistas do mundo inteiro buscam navegar para contemplar de perto as imensas formações rochosas e águas cristalinas.

Entre as principais medidas executadas até agora está a finalização de um estudo geológico nas regiões rochosas de Capitólio. O estudo permite mapear toda a área dos cânions, garantindo a estabilidade dos paredões rochosos.

O trabalho inclui análises diárias feitas por um geólogo para identificar possíveis processos erosivos ou fluxos de água entre as pedras, visando estabelecer um nível rigoroso de segurança para a atividade turística. Além dessas iniciativas, foi assinado, em novembro do ano passado, convênio no valor de R$ 2 milhões para realização de obra de contenção dos cânions de Capitólio.

De acordo com o prefeito de Capitólio, Cristiano Geral do Silva, todo o trabalho realizado possibilitou resgatar a fauna e flora terrestre da região, que considera como um dos mais lindos do mundo. “Hoje é possível ver nos cânions o pato mergulhão, que é típico de nossa região, mas está em extinção. Também é possível ver capivaras e diversos tipos de pássaros no local”, disse.

“O turista que visita Capitólio hoje tem a oportunidade de conhecer ainda mais nossa mineiridade, saborear nossa culinária e ser recebido com todo carinho por aqueles que aqui moram. Agradecemos muito o apoio do Governo de Minas e dos parceiros”, acrescentou Cristiano.

*Com informações da Agência Minas




Fonte: Agência Brasil