STF rejeita lei de Roraima que proíbe destruição bens apreendidos


O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional uma lei de Roraima que proíbe a destruição de bens particulares apreendidos por órgãos estaduais e pela Polícia Militar em operações ambientais no estado. A decisão foi unânime entre os ministros.

Em sessão virtual, os ministros acataram ações apresentadas pelo partido Rede Sustentabilidade e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a lei estadual. A decisão também confirmou liminar concedida pelo relator das ações, o ministro Luís Roberto Barroso, que suspendeu a lei estadual em outubro de 2022.

Para o relator, a lei estadual invade competência privativa da União e limita a efetividade da fiscalização ambiental, já que uma lei federal, a Lei de Crimes Ambientais, prevê a destruição de produtos e equipamentos apreendidos.

A decisão da Corte ocorre no momento em que o governo federal realiza uma série de ações para retirada do garimpo ilegal da Terra Yanomami, localizada em Roraima.

No início do mês, equipes do Ibama, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública destruíram um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas que serviam de apoio logístico aos garimpeiros.

Nesta semana, uma barreira física foi instalada em rio para vistoriar embarcações que saem dos garimpos. Outra medida adotada é o novo fechamento do espaço aéreo do território indígena a partir do dia 6 de abril.




Fonte: Agência Brasil

TJRJ registrou 21 casos de violência contra a mulher no carnaval do RJ


Uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro possibilitou a criação de um protocolo de atendimento em casos de violência contra a mulher durante os desfiles no Sambódromo, em espaço próprio para as denúncias. Ao todo, o posto do Sambódromo fez 21 atendimentos. Em quatro dias de desfile no Sambódromo, sendo que 19 pessoas foram levadas a audiências.

Os crimes variaram de lesão corporal grave, lesão corporal leve e crime contra a economia popular, além do caso de injúria racial. O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ricardo Cardozo, afirmou que o funcionamento do posto “mostrou que o Poder Judiciário está atento e vigilante” diante das ocorrências registradas em grandes eventos como o desfile das escolas de samba.

O posto voltará a funcionar neste sábado (25) durante o desfile das Campeãs, no Sambódromo. Uma juíza ficará responsável pelo atendimento as mulheres.

Racismo

O posto de atendimento do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos, instalado no Setor 11 do Sambódromo durante os quatro dias de desfiles, foi fundamental para solução de um possível caso de injúria racial registrado por uma funcionária da segurança. Ela proibiu a entrada de duas pessoas sem credencial no acesso às tribunas.

A vítima foi atendida pela juíza Renata Guarino, coordenadora dos plantões, depois que um servidor da Empresa de Turismo do Rio (Riotur) acabou acusado de agredir e ofender a funcionária da segurança. Além de receber um soco, a mulher disse ter sido chamada de “macaca”. Através de uma medida cautelar, o acusado teve a entrada na Avenida Marquês de Sapucaí proibida e a credencial retida para o restante do Carnaval.

Violência no feriado

O Instituto Fogo Cruzado fez um levantamento mapeado durante o período do Carnaval, indicando que na região metropolitana do Rio foram registrados 22 tiroteios entre 18h de sexta-feira (17) e meio-dia da quarta-feira de Cinzas (22). Ao todo, 33 pessoas foram baleadas nesse período, sendo que destas, nove morreram e 24 ficaram feridas.

A capital fluminense registrou o maior número de tiroteios, com 13 trocas de tiros e três mortos. As cidades de Magé, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Queimados, na Baixada Fluminense, tiveram um total de seis pessoas mortas e 24 feridas durante o carnaval. O município de São Gonçalo, o segundo colégio eleitoral do Estado, na região metropolitana registrou dois tiroteios com um morto e dois feridos.

De acordo com o coordenador regional do Instituto Fogo Cruzado no Rio de Janeiro, Carlos Nhanga, as autoridades devem pensar em formas de diminuir a presença de armas das ruas do estado. “O carnaval é um período de lazer mas quem circula pelas ruas armado durante o ano todo, também vai circular armado durante o Carnaval. Esta deve ser uma preocupação constante das autoridades: como podemos reduzir a circulação de armas no estado?”.

Segundo ele, em feriados prolongados o problema aumenta. “As cidades estão mais movimentadas, há mais aglomeração e os danos podem ser maiores. O Carnaval é muito importante para Rio de Janeiro e sua população merece curtir em segurança”.




Fonte: Agência Brasil

Receita confirma reoneração de gasolina e etanol no fim do mês


O consumidor de combustíveis deve preparar o bolso. A gasolina e o etanol subirão no fim do mês, com o fim da desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que vigora desde o segundo semestre do ano passado.

Ao comentar o resultado da arrecadação de janeiro, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, confirmou a reoneração no fim do mês. A data consta da Medida Provisória 1.157, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro.

“De fato, a MP previu que a alíquota de desoneração seria vigente até o final deste mês. A reoneração está prevista conforme a norma que está vigendo”, afirmou Malaquias durante a entrevista.

A medida provisória estendeu até 28 de fevereiro as isenções de PIS e Cofins cobradas da gasolina e do álcool combustível e até 31 de dezembro as isenções do óleo diesel e biodiesel. Essas isenções haviam sido concedidas no ano passado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Hoje, Lula encontrou-se com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para discutir o reajuste dos combustíveis. Com o fim da desoneração, voltam a vigorar as alíquotas anteriores, de R$ 0,792 por litro da gasolina A (sem mistura de etanol) e de R$ 0,242 por litro do etanol. O repasse aos consumidores, no entanto, dependerá das distribuidoras e dos postos de combustíveis.

No início do ano, ao anunciar o pacote com medidas para melhorar as contas públicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a recomposição dos tributos renderá R$ 28,88 bilhões ao caixa do governo em 2023. Só em janeiro, segundo cálculos da Receita Federal divulgados hoje, o governo deixou de arrecadar R$ 3,75 bilhões com a prorrogação da alíquota zero.




Fonte: Agência Brasil

Ingressos para desfile das campeãs do carnaval do Rio estão esgotados


O desfile das campeãs, que será realizado na noite do próximo sábado (25), com a apresentação das escolas de samba mais bem classificadas no carnaval de 2023, vai ter casa cheia de novo. Na manhã desta quinta-feira (23) já estavam esgotados os ingressos para algumas cadeiras do Setor 12 do Sambódromo.

Os lugares, no valor R$ 160 cada um, ficaram à disposição do público no site da Total Acesso na internet, e o comprador podia fazer o pagamento com cartão de crédito ou PIX, com acréscimo de taxas.

No meio da manhã, foi retomada a venda de ingressos para as arquibancadas especiais e as populares, que tinha começado ontem (22), mas, segundo a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), à tarde também se esgotaram. Nesse caso, a compra de entradas foi apenas por sistema presencial. O comprador precisou ir ao estande de vendas da Central Liesa, que fica atrás do Setor 11 do Sambódromo. Só foi aceito pagamento em dinheiro.

Nas arquibancadas especiais dos setores pares, o valor do ingresso era R$ 200 e nas arquibancadas populares, R$ 10. Os ingressos para os desfiles oficiais, no domingo e na segunda-feira de carnaval, também tinham esgotado.

No sábado à noite, o desfile será em ordem inversa à classificação oficial. A primeira a entrar na Passarela do Samba será a Acadêmicos do Grande Rio, que ficou em sexto lugar. Em seguida, desfilam Mangueira, quinta colocada; a Beija-Flor, quarta colocada; Vila Isabel, terceira colocada; Viradouro, segunda colocada; e, por fim, a campeã, Imperatriz Leopoldinense.




Fonte: Agência Brasil

Especialista critica ausência de negros no júri das escolas de samba


Pesquisadora da história e da cultura afro-brasileira, a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Helena Theodoro criticou a escolha e a falta de representatividade dos jurados indicados pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) para escolher as melhores agremiações do carnaval deste ano. A apuração dos votos foi ontem (22).

“É um absurdo ter 36 jurados e não ter um negro sequer para avaliar uma manifestação que é, basicamente, de base africana. É preciso conhecer essa cultura para saber o que está sendo feito e como aquilo pode ser avaliado dentro de olhares voltados para a tradição que está sendo representada ali”, ressaltou Helena.

Bacharel em direito e pedagoga, mestre em educação, doutora em filosofia e pós-doutora em história comparada, a professora disse que, para julgar escola de samba, é necessário um corpo de jurados que conheça as escolas e também os fundamentos das agremiações. “Porque todas foram criadas por pai de santo e mãe de santo. É outra cultura, e o olhar de um bailarino do Theatro Municipal não vai entender nunca a dança de um mestre-sala e uma porta-bandeira, ou de um passista de escola de samba, que representam elementos da natureza que são ar, água, terra e fogo. É outra cultura, e são outros olhares.”

Para Helena, a tradição cultural negra africana no Brasil é sempre colocada de lado, considerada inferior, quando se tem um processo de mais de 10 mil anos que é de nível intelectual e erudito muito grande. “A gente trabalha com território, com a coletividade, com preocupação com a natureza, com as crianças. E tudo isso está dentro das escolas de samba”, afirmou.

Brasilidade

Para Helena, a A escola de samba traduz a maneira de ser e viver dos africanos que vieram para o Brasil. “Nada disso é conhecido, nem entendido pelos jurados”, diz a professora Helena Theodoro.

Segundo a professora, se o Brasil tivesse uma educação que valorizasse todas as culturas existentes, não seria problema a maioria dos jurados não ser negra, porque estaria dentro da brasilidade. “Mas o que ocorre é que a formação recebida é de uma universidade que vem com influência totalmente europeia e se prende a valores hierárquicos ainda do século 19, que considera as culturas negra e indígena uma coisa menor e que, inclusive, não tem o mínimo respeito pelo tipo de vida, nem de pensamento, nem de ancestralidade, de negros e de índios.”

Helena disse que o papel da escola de samba é contar uma história e lembrou que, além disso, traz problemas sociais, traz história do povo. Para ela, o júri formado pela Liesa não tem condições de entender o que está sendo transmitido ali. “A Liesa deveria ter outros critérios na escolha dos jurados. Temos tanta gente da velha guarda, tanta gente boa do mundo do samba que poderia estar julgando as escolas.”

Na opinião de Helena, escolas tradicionais, como Mangueira, Portela e Império Serrano não deveriam entrar em disputa e deveriam desfilar hors concours, ou seja, fora de julgamento, porque têm uma história representativa. A professora destacou que o carnaval do Rio de Janeiro é referência para o mundo e que as escolas de samba representam nitidamente o Brasil, assim como a feijoada, o samba, as baianas e outras manifestações de origem negra.

Tratado

O radialista, compositor e sambista Rubem Confete, apresentador do programa Histórias do Confete, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), lembrou que a maioria de brancos entre os jurados dos desfiles das escolas de samba é um fenômeno que ocorre há algum tempo. “No tempo do Zacarias Siqueira [vice-presidente da Liesa, morto em 2020)], ele chegou a convidar amigo de praia. Pessoas sem a menor responsabilidade sentam ali naquele camarote e vão julgar o que não conhecem”, disse Rubem Confete à Agência Brasil.

Ele afirmou que o regulamento da Liesa é um verdadeiro tratado, construído em 1988 pelo médico Hiram Araújo. Na época, Confete já dizia: “Vocês estão construindo um tratado de difícil interpretação e convidam pessoas para, de repente, em duas ou três sessões, aprenderem aquilo. Não vai dar certo. Há muitos anos eu venho reclamando a respeito disso. Agora, outras pessoas estão vindo reclamar também.”

Para Confete, é difícil convidar um amigo para ser jurado, mesmo que tenha formação acadêmica, porque pode estar totalmente fora dos parâmetros da arte do samba. O júri deveria ser composto por pessoas que conhecessem as escolas de samba, os quesitos de que estão tratando, disse ele. “Isso aí porque, indiscutivelmente, o desfile é de uma grandiosidade incrível, e os jurados avaliam sem ter a mínima noção do que está acontecendo.”

Liesa

Em nota encaminhada à Agência Brasil, a Liesa disse que se orgulha de “ter no júri oficial profissionais experientes e talentosos de variadas áreas de atuação” e que faz”ampla e rigorosa seleção com base em currículos, conhecimento de carnaval e histórico de carreira, sem que haja qualquer distinção à cor da pele ou identidade de gênero”.

De acordo com a Liesa, dentro dessa gestão, pela primeira vez na história, uma mulher, a percussionista Mila Schiavo, foi escolhida para avaliar o quesito bateria, o que tradicionalmente é feito por homens em uma cultura que agora começa a ser modificada. Dessa maneira, a diretoria da Liesa afirma que “está alinhada e atenta ao compromisso de promover a diversidade e inspirar bons exemplos para outras instituições carnavalescas e para a sociedade em geral”.




Fonte: Agência Brasil

MP diz que já havia alertado prefeitura de São Sebastião sobre riscos


Antes da tragédia causada pelas chuvas do último fim de semana no litoral norte paulista, que provocou a morte de pelo menos 50 pessoas, o Grupo de Atuação Especial de Proteção ao Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público de São Paulo, havia ajuizado 42 ações civis públicas buscando decretar intervenções em 52 áreas de risco em São Sebastião (SP). Isso é o que informou o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo.

Segundo o procurador, essas ações tentavam decretar intervenções na região como forma de reduzir riscos aos moradores da cidade. “Precisamos nos adaptar aos novos tempos e proteger as pessoas”, disse Sarrubbo, referindo-se aos eventos extremos relacionados ao clima.

Em um desses documentos, obtido pela reportagem da Agência Brasil e elaborado em março de 2021, o Gaema já reforçava que a região da Barra do Sahy, onde as chuvas deixaram um rastro de destruição no último fim de semana, era uma “verdadeira tragédia anunciada” já que a ocupação dos morros foi instalada de forma desordenada nos limites do Parque Estadual da Serra do Mar, em uma região muito suscetível a movimentações de terreno e escorregamento de terra.

“Nesse sentido, as imagens juntadas ao parecer técnico ilustram os efetivos riscos da ocupação irregular da área, que conta com casas abandonadas ou danificadas em virtude de movimentações do terreno pelo desenvolvimento de fenômenos de escorregamento de terra”, escreveu o Gaema no documento enviado à prefeitura.

Área congelada

A ocupação irregular da Vila do Sahy, construída entre os morros do bairro Barra do Sahy, em São Sebastião, teve início na década de 90 após a mata nativa ter sido suprimida para a construção, ampliação e melhoramento da Rodovia Rio-Santos, nome que se dá a um trecho da BR-101 que margeia os litorais fluminense e paulista.

Essa vila, habitada principalmente por uma população de baixa renda e de alta vulnerabilidade social, fica em uma área congelada, ou seja, não deveria ser permitida a construção de novas ocupações no local. Essa determinação de congelamento foi feita em 2009, quando a prefeitura assinou um termo de ajuste de conduta (TAC) com o Ministério Público.

“A manutenção do núcleo congelado, na área e nos moldes em que se encontra, é uma verdadeira tragédia anunciada, a qual, salienta-se, já se concretizou na área de outros núcleos congelados, em diversas oportunidades ao longo dos últimos anos, no município de São Sebastião, conforme informações amplamente conhecidas do público e difundidas na imprensa nacional”, escreveu o Gaema em 2021.

No entanto, por falta de fiscalização da administração municipal, disse o Ministério Público, a ocupação dessa área passou a crescer nos últimos anos, impulsionada pelo desenvolvimento de megaempreendimentos na região, tais como a duplicação da Rodovia dos Tamoios e a exploração do pré-sal. Com isso, uma mão-de-obra não qualificada e destinada a trabalhar nesses megaempreendimentos começou a se assentar cada vez mais em São Sebastião, uma cidade encravada entre o Oceano Atlântico e o Parque Estadual da Serra do Mar e que tem escassez de áreas a serem ocupadas.

“As imagens históricas da ocupação no local permitem constatar a permanente e constante expansão da ocupação desordenada na Barra do Sahy, o que evidencia a ausência de fiscalização por parte do município de São Sebastião e o não exercício do poder de polícia fiscalizatório para evitar os danos urbanísticos e ambientais praticados em decorrência da ocupação humana”, diz o documento.

Segundo o Ministério Público, essa ocupação irregular ocorreu em todos os bairros de São Sebastião e visavam principalmente a “especulação imobiliária nas áreas de praia e ocupação de áreas de preservação prioritárias”.

“Esse estado de coisas, multiplicado por um sem número de vezes, gera o que se está presenciando no município de São Sebastião nos últimos 20 anos, onde existem 102 núcleos de ocupação desordenada constituídos essencialmente por pessoas de baixa renda que migraram de outras regiões do país, sendo o Núcleo Congelado N° 31, conhecido como ‘Vila Sahy’, mais um exemplo do problema vivenciado no município, ante a omissão deliberada dos gestores municipais”, diz o documento.

Segundo o Ministério Público, um inquérito civil foi instaurado para cada núcleo de ocupação irregular na cidade e, desde 1996, o órgão vem cobrando a administração municipal para a regularização fundiária. O que até este momento não foi cumprido pelos administradores municipais que se sucederam na cidade.

A Agência Brasil procurou a prefeitura municipal para que ela se manifestasse sobre essas ações que foram elaboradas e encaminhadas pelo Ministério Público, mas ainda não obteve retorno.

Tragédia

As chuvas que atingiram os municípios do litoral norte paulista no último fim de semana estão entre as maiores tragédias da história do estado de São Paulo. Foi também o maior acumulado de chuva que se tem registro no país, atingindo a marca de 682 milímetros em Bertioga e 626 milímetros em São Sebastião, no período de 24 horas.

A região mais atingida foi a Barra do Sahy, em São Sebastião, onde houve desmoronamento de encostas e soterramento de casas e de pessoas. Uma pessoa morreu em Ubatuba e ao menos 49 pessoas morreram em São Sebastião. Os trabalhos de busca a desaparecidos continua sendo realizado em São Sebastião.

Após a tragédia, o Ministério Público informou que vai apurar eventuais responsabilidades do Poder Público e investigar se houve omissão das autoridades na remoção de moradores das áreas de risco. Além disso, o governo anunciou que vai instalar sirenes de alerta para desabamentos nas áreas de risco.




Fonte: Agência Brasil

Detran-SP multa 20 motoristas em quase R$ 3 mil por recusa ao teste do bafômetro no Parque do Povo, em Presidente Prudente




Se houver reincidência no período de 12 meses, a pena é aplicada em dobro, ou seja, R$ 5.869,40, além da cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Detran-SP multa 20 motoristas em quase R$ 3 mil por recusa ao teste do bafômetro em Presidente Prudente (SP)
Detran-SP
O Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo (Detran-SP) multou 20 motoristas em R$ 2.934,70 por recusa ao teste do bafômetro durante uma blitz da Operação Direção Segura Integrada (ODSI), em Presidente Prudente (SP).
A ação abordou 316 motoristas nas avenidas 14 de Setembro e 11 de Maio, na região do Parque do Povo, na última sexta-feira (17), véspera de Carnaval.
Com o objetivo de reduzir e prevenir os acidentes no trânsito causados pelo consumo de álcool combinado com direção, a operação contou com o apoio de agentes do Detran-SP e das equipes das polícias Militar, Civil e Científica.
Orientações
Conforme o Detran-SP, dirigir sob efeito de álcool e recusar-se a soprar o bafômetro são consideradas infrações gravíssimas, segundo os artigos 165 e 165-A do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O crime de trânsito ocorre quando o índice apontado pelo etilômetro é superior a 0,34 mg de álcool por litro de ar expelido. Nesse caso, o motorista responde a processo e, se condenado, pode cumprir pena de seis meses a três anos de prisão, conforme prevê a Lei Seca, também conhecida como “tolerância zero”, além de ter sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cassada.
Em ambos os casos, o valor da multa é de R$ 2.934,70 e o condutor responde a processo de suspensão da carteira de habilitação. Se houver reincidência no período de 12 meses, a pena é aplicada em dobro, ou seja, R$ 5.869,40, além da cassação da CNH.

Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.




Fonte: G1

Governo paulista anuncia instalação de sirenes em locais de risco


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta quinta-feira (23), que serão instaladas sirenes em locais onde há risco de desabamentos e enchentes em cidades do litoral norte do estado. No último fim de semana, a região foi fortemente atingida por um temporal que deixou pelo menos 50 mortos e mais de 3 mil desabrigados e desalojados.

A ação faz parte de um pacote de medidas de emergência e também de longo prazo para a região. O anúncio foi feito após reunião com secretários de Estado e representantes de empresas ligadas ao Governo de São Paulo, como Sabesp, Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e Departamento de Estradas de Rodagem (DER), no Teatro Municipal de São Sebastião, município que mais sofreu com os temporais.

Outra medida anunciada é a compra de novos radares meteorológicos pelo Governo de São Paulo. De acordo com o governo, o plano é trocar os equipamentos utilizados atualmente por modelos mais modernos e tecnológicos. Além disso, serão posicionados novos instrumentos no litoral paulista para melhorar a capacidade de previsão meteorológica na área..

O governador ainda anunciou a criação de uma disciplina chamada Defesa Civil e Primeiros Socorros nas escolas. Além disso, uma escola que foi destruída pelos deslizamentos em São Sebastião será reconstruída pelo governo do Estado. Outras sete unidades de ensino que estão servindo como abrigo para desalojados deverão ter as aulas retomadas no dia 6 de março. A Secretaria de Educação vai disponibilizar aulas de reforço e ensino à distância para crianças que ficaram sem aulas.

Tarcísio destacou ainda o projeto Vilas de Passagem, que vai construir casas geminadas de rápida edificação para acolher desabrigados e desalojados pelas fortes chuvas que atingiram a região, em parceria com a iniciativa privada. Em parceria com as prefeituras, o governador anunciou também a construção de casas definitivas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) em terrenos do município.

Recuperação de rodovias

Nas rodovias, o processo de recuperação se inicia pelas providências emergenciais, para dar trafegabilidade às vias, e, depois, passa-se à fase de recuperação estrutural. O governo estadual informou que a Rodovia Mogi-Bertioga teve contratação para obras de recuperação da via, com previsão de seis meses de trabalhos e possibilidade de liberação parcial em dois meses. A Rio-Santos já está liberada para tráfego.




Fonte: Agência Brasil

‘Não subestimem a doença. Dengue mata!’, alerta paciente salva pela equipe de enfrentamento da epidemia em Osvaldo Cruz


Segundo o relato, a paciente, que teve pressão alta pela manhã, baixou, no período da tarde. A saturação estava em 56% (o normal é acima de 95%), a pulsação em 44 (o normal é de 50 a 90 batimentos por minuto) e a pressão arterial em 8×6 (o ideal é de 12×8), além de marcas roxas pelo corpo.




Fonte: G1

Escolas de Samba do Rio se preparam para desfile das campeãs


Os barracões das escolas de samba do Grupo Especial que vão participar dos desfiles das campeãs no sábado (25) estão se movimentando para fazer os reparos nas alegorias que podem ter sofrido danos na volta do Sambódromo para a Cidade do Samba, na região portuária do Rio, onde o carnaval das agremiações é preparado. O rigor do desfile oficial e a preocupação com os jurados ficarão de lado nesta apresentação, para a qual as seis primeiras classificadas no carnaval de 2023 do Rio de Janeiro prometem um espetáculo na Marquês de Sapucaí.

A expectativa é novamente ter uma boa presença de público nas arquibancadas, cadeiras, frisas e camarotes, conforme ocorreu nos dois dias de desfile oficial.

Grande Rio

A entrada na Passarela do Samba é em ordem inversa à classificação. A primeira a ser recebida pelo público é a Grande Rio, que ficou em sexto lugar, com o enredo que falou sobre o cantor e compositor Zeca Pagodinho. A escola de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, levou para a avenida detalhes da vida do artista com destaque para a fé que tem em São Jorge e Cosme Damião e nos orixás Ogum e Oxum. Zeca já prometeu que estará na Marquês de Sapucaí, comandando o público do alto do último carro, onde no desfile oficial estava ao lado da mulher Mônica e de outros parentes e amigos.

O diretor de carnaval Thiago Monteiro disse que os profissionais do barracão estão avaliando nesta tarde as avarias nos carros, mas adiantou que muita coisa ficou ilesa. “Estamos aqui com nosso time trabalhando para a volta das campeãs e brindar aquele público maravilhoso com mais um espetáculo da nossa escola. Amanhã a gente já vai se preparar para tirar os carros [do barracão] e levar para a concentração. A Grande Rio se sente muito honrada de participar deste desfile”, disse à Agência Brasil.

Mangueira

Na sequência será a vez da Mangueira, que empolgou o público da Passarela do Samba na madrugada de segunda-feira de carnaval com o enredo As Áfricas que a Bahia canta. O dia clareou durante a passagem da verde e rosa no Sambódromo e a escola foi seguida por um verdadeiro bloco que se formou com quem estava, até aquele momento, assistindo aos desfiles. A diretora de barracão da Mangueira, Tânia Bisteka, contou que não vai ser necessário fazer reparos nas alegorias e que a escola vai completa para o desfile das campeãs.

Beija-Flor

Na Beija-Flor de Nilópolis, o diretor de carnaval Dudu Azevedo contou que o trabalho de recuperação das alegorias está sendo feito e que a escola vai para a avenida no sábado com a força da sua comunidade. “O barracão mais uma vez fazendo todo o trabalho para entregar um grande desfile. Todos os profissionais estão trabalhando aqui para sábado fazer um grande desfile”, afirmou.

A Beija-Flor ficou em 4º lugar com o enredo Brava gente, o grito dos excluídos no bicentenário da independência, e lembrou o dia 2 de julho de 1823, quando ocorreu a independência do Brasil na Bahia. Ainda na concentração, poucos minutos antes de entrar na avenida, houve um momento de tensão quando um pequeno incêndio atingiu parte de uma alegoria. Os bombeiros agiram rapidamente, não houve feridos e o carro seguiu o desfile sem o componente que iria naquele lugar atingido pelo fogo.

Vila Isabel

Segundo o diretor de carnaval da Vila Isabel, Moisés Carvalho, serão necessários apenas pequenos reparos e a escola vai voltar forte no sábado. “Fizemos um grande desfile na última segunda-feira e, agora, vamos voltar no sábado das campeãs para comemorar o resultado e agradecer ao público pela torcida e receptividade. Estamos realizando apenas pequenos retoques nas alegorias, uma vez que tudo foi bem preservado. Vamos estar completos na avenida novamente”, garantiu.

Viradouro

A segunda colocada, com a diferença de apenas 1 décimo para a primeira, levou para a Passarela do Samba o enredo Rosa Maria Egipcíaca, a primeira mulher preta a escrever um livro no Brasil e esquecida pela história. Alex Fab, que divide a diretoria de carnaval da Viradouro com Dudu Falcão, contou que foi preparado um relatório na manhã de hoje (23) para definir a realização dos reparos. “A meta sempre é levar o maior espetáculo possível, repetir. O tempo é curto de preparo, a gente está com problema de mecânica em um dos carros, apresentado no retorno ao barracão em uma bomba de óleo que estava vazando, então, a gente está focando nesse tripé nosso. Mas a gente conseguiu um retorno sem grandes avarias”, completou.

Com relação às fantasias dos componentes, Alex Fab lembrou que no caso das baianas todas são recolhidas pela escola na saída do Sambódromo porque o transporte é difícil para as integrantes da ala. “Existe toda uma logística. A gente volta para o barracão e a equipe do ateliê faz uma avaliação para poder entregar novamente”, afirmou.

Para o diretor, a cada ano as escolas aprimoram o sistema de logística tanto no transporte das alegorias e fantasias de algumas alas para o Sambódromo, quanto ao retorno para o barracão. “Isso inclui um staf grande de pessoas. É um investimento que a escola faz para voltar no sábado das campeãs”, contou, acrescentando que muitos componentes da equipe participam do desfile, como os motoristas das alegorias, técnicos e empurradores dos carros.

Imperatriz

O desfile das campeãs termina com a apresentação da Imperatriz Leopoldinense, que venceu o carnaval 2023, depois de 22 anos sem ganhar um título. O carnavalesco Leandro Vieira se inspirou na literatura de cordel para desenvolver o enredo O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida e contou a vida de Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião, mostrando o que foi feito dele depois da morte. O enredo agradou a comunidade que encampou a história e animou o desfile oficial.

O diretor de carnaval, Mauro Amorim, disse que não houve muitos danos no transporte do Sambódromo ao barracão na Cidade do Samba e que a escola vai repetir no sábado a apresentação que garantiu o título. “A gente vai com a escola completa e a expectativa é a melhor possível. A gente quer dar espetáculo de novo para o público que merece. Vamos levar a escola completa com tudo que passou na avenida. Com relação a reparo são só detalhes que acontecem em relação no transporte na ida e retorno, mas são só detalhes. Não teve avarias. O carnaval vai perfeito para a avenida de novo”, assegurou à reportagem.

O carnavalesco Leandro Vieira, que já tinha conquistado dois títulos na Mangueira em 2016 e 2019, se transferiu para a Imperatriz no Grupo Especial, após também ter levado a escola ao campeonato na Série Ouro no ano passado, o que permitiu que a verde e branco de Ramos voltasse à elite do carnaval carioca para agora ser novamente campeã. Para os torcedores, Leandro já deu a notícia de que vai permanecer na Imperatriz em 2024.




Fonte: Agência Brasil