Maranhão: Rosa Reis mantém viva a memória do carnaval popular


Cantora, caixeira do divino e cacuriá, dançadeira de tambor de crioula. Assim se define Rosa Reis, personalidade de destaque na cultura popular do Maranhão, coordenadora do Laboratório de Expressões Artísticas (Laborarte), grupo fundado nos anos 1970, que tem papel de destaque em pesquisa, registro e divulgação da cultura popular do estado. Nascida em 6 de março de 1959, Rosa integra o Laborarte desde 1983.

O grupo atua em diversas linguagens artísticas e é um celeiro de artistas do teatro, dança, música, fotografia, artes plásticas e da cultura popular maranhense. É uma espécie de escola voltada para a valorização da cultura popular, onde se aprende sobre diferentes manifestações, como tambor de crioula, tocar caixa do Divino Espírito Santo, dançar cacuriá, dança típica do estado, e a conhecer a história da cultura popular maranhense. Há mais de 50 anos, o Laborarte é ponto de referência para a cultura popular do Maranhão.

Na segunda-feira de carnaval, o Labô, como é carinhosamente chamado, abre as portas do casarão histórico no Centro de São Luís, na rua Jansen Müller, para promover a tradicional com diferentes manifestações da cultura popular. Blocos tradicionais, Tambor de Crioula, blocos Afro, Tribos de Índio, Casinha da Roça e outras brincadeiras se apresentam em frente ao casarão centenário que abriga o grupo. Brincantes fantasiados de Fofão, personagem típico, dão brilho à festa. A iniciativa de mais de 30 anos tem por objetivo preservar a memória do carnaval tradicional da cidade.

Além de coordenar o Labô, Rosa tem carreira artística, iniciada em 1989, com o show Cantareira. Desde então, gravou composições diferentes compositores, como Josias Sobrinho, César Teixeira, Chico César, Joãozinho Ribeiro, Chico Maranhão, Nosly Júnior, Celso Borges, Zeca Baleiro, Fauzi Beydoun e Tião Carvalho. Lançou seis álbuns de estúdio e uma coletânea, além de participação especial em discos de outros artistas.

Rosa começou a carreira artística em 1989

Rosa começou a carreira artística em 1989 – Rosa Reis/Arquivo Pessoal

Rosa Reis é produtora e integrante dos espetáculos Cacuriá de Dona Teté, atualmente sob sua responsabilidade, e do Tambor de Crioula do mestre Felipe. A arte, que corre nas veias da família, resultou em parceria artística com suas três filhas, Luana Reis, Imira Brito e Camila Reis, em diversos espetáculos do grupo.

Agência Brasil: Como começou essa relação com a cultura popular?

Rosa Reis: Considero minha relação com a cultura popular a partir do momento em que entrei no Laborarte e comecei a descobrir mais o Bumba-boi, o tambor de Crioula, acompanhar mais todos esse movimento. Desde então cada vez mais me aprofundei, passei a pesquisar mais, fui me envolvendo mais e trouxe tudo isso para dentro do meu trabalho de música. É dessa forma que chegou o meu envolvimento com a cultura popular. Essa coisa de estar convivendo com os mestres, conversando, participando de oficinas, indo nos terreiros, indo nas suas sedes e isso tudo foi me deixando cada vez mais apaixonada pela nossa cultura tradicional.

Agência Brasil: E sua trajetória com o Laborarte, como foi?

Rosa Reis: Cheguei ano Laborarte em 1983 e aqui comecei a trabalhar com o departamento de som, porque, na época, eu cantava no Coral São João. Minha contribuição com o departamento de som, com o trabalho em várias linguagens: teatro, dança, música. Lá começamos a criar shows, a fazer trabalho de pesquisa de ritmos tradicionais como Bumba-boi, Tambor de Crioula, Festa do Divino, Cacuriá. E foi aí que começou toda essa história onde estou até hoje.

Agência Brasil: É um desafio estar a frente do Laborarte?

Rosa Reis: É um grande desafio, porque aqui trabalhamos várias linguagens que demandam. Já tive um momento mais difícil, porque sou funcionária pública, agora aposentada. Então, teve um tempo que era super difícil conciliar os horários e ao mesmo tempo estar trabalhando com a arte e com a cultura. Hoje  me sinto mais tranquila.

Temos grupo de gestão em várias áreas: de capoeira, teatro, tambor de crioula e dança popular que é o Cacuriá. Então, várias equipes trabalham juntas e conseguem manter o casarão em funcionamento o tempo todo. Mas a manutenção ainda é difícil, pois o casarão tem mais de 100 anos e está sempre precisando de pequenas reformas e manutenção.

Há mais de 50 anos, o Laborarte é um ponto de referência para a cultura popular do Maranhão.

Há mais de 50 anos, o Laborarte é um ponto de referência para a cultura popular do Maranhão. – Rosa Reis/Acervo Pessoal

Para manter o casarão, fazemos oficinas, vendemos espetáculos. Daí sai um percentual e é com ele que a gente se mantém. Fora isso, participamos de editais. Às vezes, o percentual que vem das oficinas acaba sendo mais para pagamento das pessoas que estão à frente. Então, é dessa forma que a gente vai sobrevivendo aqui, realizando projetos sociais. Já tivemos trabalhos em projetos sociais e culturais. Os dois últimos anos foram muito difíceis, em razão da pandemia. Agora que estamos nos levantamento.

Tivemos um coordenador no Laborarte, o Nelson Brito, que fez o grupo funcionar o ano inteiro, dentro do calendário cultural da cidade, no Carnaval, na Semana Santa, São João, férias, semana da criança, Natal. A gente sempre fazia um espetáculo nessas datas, sempre tinha eventos e isso propiciava manter a casa. Até porque não recebemos subsídios do governo do estado ou da prefeitura. Aqui a gente se mantém mesmo com as nossas atividades, com as nossas produções.

Agência Brasil: Fale um pouco sobre o carnaval no Laborarte.

Rosa Reis: Quando cheguei aqui, o pessoal fazia muito adereço para as escolas de samba. Os artistas plásticos da casa traziam alas para fazer adereços e tudo mais, então já tínhamos aquela relação com o carnaval. Mais ou menos em 1986, 1987, o grupo começou a pensar um espetáculo que trouxesse o carnaval do jeito que ele acontecia na cidade, na rua. Então,vimos que estava muito enfraquecido, principalmente o de rua, de grupos, de brincadeiras. Naquela época, tinha mais o carnaval de passarela, que a gente questionava, por achar que era uma imitação do do Rio de Janeiro, essa coisa toda.

Na verdade a gente queria fortalecer um outro lado do carnaval, que era o de rua. Dos grupos tradicionais, dos blocos. Temos muitos blocos tradicionais na cidade, muitas tribos de índio. As tribos hoje precisam de renovação, é uma manifestação que está muito enfraquecida por falta de investimento, apoio mesmo. Aí temos as turmas de samba que já são bem tradicionais, como os Fuzileiros da Fuzarca, os tambores de Crioula. Tem também os brincantes de rua, como Cruz Diabo, Baralho, Urso, o Macaco e Cachorro, Dominós,  Fofão que é um personagem bem tradicional daqui. Isso tudo estava desaparecendo e alguns chegaram a desaparecer,

Outra coisa eram os bailes na cidade, na noite de segunda-feira: o Bigorrilho, a Gruta do Satã, o Saravá. Os bailes aconteciam em casarões e as pessoas iam mascaradas. Eu não vivi isso muito, pois era garota ainda, mas ouvia falar dos bailes. E era isso que a gente queria, fortalecer esse lado, realizando o Carnaval de Segunda, chamando atenção para isso, chamando através dos espetáculos que a gente fazia, dos texto. E também do envolvimento político dentro da festa. Trouxemos questionamentos, como por exemplo, abadá. Porque todo mundo está usando abadá se a gente pode botar, criar a nossa fantasia?

É a partir daí que surge o Carnaval de Segunda, fazendo questionamentos e trazendo para a porta do Laborarte. E uma das coisas de antigamente eram os assaltos, como eles chamavam. Os assaltos eram as visitas dos grupos à casa de amigos, de parceiros. Era um troca, você dava uma bebida, uma comida, tinha toda uma relação e hoje isso praticamente acabou. Ainda acontecem em algumas casa, que convidam alguns grupos, mas hoje a dificuldade é maior, pois para um grupo sair ele precisa de transporte, cachê dos músicos.

Começamos também com a programação infantil, que é o Baile da Chupeta, E vamos ter a Serpentina, que é um trabalho feito com amigos. As crianças ficam todas apaixonadas, depois temos o bloco Afro Akomabu, vamos ter o Tambor de Crioula do mestre Felipe, o bloco tradicional Os Feras, o Urso Caprichosos, que eram brincadeiras que estava desaparecendo. A gente foi no interior da ilha, na Mata e lá tinha o Urso Caprichoso, que trouxemos para se apresentar aqui. Esse grupo se fortaleceu, tanto que até hoje ele permanece vindo aqui. Vamos ter todas essas manifestações e o meu show que também vai acontecer. Fora isso, a gente deixa sempre um espaço para brincadeiras. Muita família, muita criança, as pessoas mais idosas gostam de ficar aqui em cima assistindo no casarão.

Agência Brasil: Você falou de manifestações que praticamente desapareceram e uma delas foi a Casinha da Roça.

Rosa Reis: A Casinha da Roça passou um período sem se apresentar e, então, começamos a também trazer para cá. Depois surgiram outras casinhas da roça, como a Tijupá, a Tapera, inspiradas nessa primeira casinha tradicional, que era de 1940, uma coisa assim. Eu não sei como está hoje, depois da pandemia. Tem um companheiro que fazia uma das casinhas, que era o Erivaldo Gomes, que faleceu, e ele fazia a Tapera. A gente está vendo que o Carnaval em São Luís deste ano não teve apoio.

Agência Brasil: Como você está vendo o carnaval aqui?

Rosa Reis: Eu estou achando muito estranho, esquisito, porque a gente tem que valorizar nossas tradições. O que eu percebo é que está havendo uma grande contratação de grupos de fora, de trios, axé e outras sonoridades que não têm nada a ver com o carnaval e é um investimento muito alto. Esse investimento poderia ser voltado para cá, para determinados grupos que estão precisando, como as Tribos de Índio, o Tambor de Crioula que tem muitos grupos na cidade. Acho que está sendo uma coisa terrível, e o governo tem que fomentar a cultura, fazer com que a gente reforce isso e não é o que está acontecendo.

Agência Brasil: Fale um pouquinho sobre o seu trabalho.

Rosa Reis: Eu gosto demais, gosto de trabalhar muito com o São João, gosto mais do que o carnaval. Mas no carnaval tem sempre esse envolvimento, sempre essa alegria, já tem muitos anos que a gente faz isso aqui e é sempre muito gostoso cantar as nossas marchinhas, músicas, trilhas, tambores. O São João para mim também é muito forte. Participo do Cacuriá. Tínhamos uma grande mestra que é dona Teté, que se foi.

Eu canto no Cacuriá, no show, cantar Bumba-boi, Tambor de Crioula, Tambor de Mina. O envolvimento é muito forte, acho que está na pele, no sangue. Para mim, meu trabalho tem um pouco de tudo isso, é o que eu gosto de fazer, o que eu gosto de cantar.

Além de cantora, é produtora e integrante dos espetáculos realizados pelo Laboratório de Expressões Artísticas

Além de cantora, é produtora e integrante dos espetáculos realizados pelo Laboratório de Expressões Artísticas – Rosa Reis/ Acervo Pessoal

Agência Brasil: Como é desenvolver parceria com as filhas no Laborarte? Como é a interação artística?

Rosa Reis: As minhas meninas começaram aqui bem pequenininhas, porque a gente vinha para cá, eu e o Nelson Brito, pai das meninas porque ele era coordenador daqui. Era a pessoa que dava o sangue pela cultura do Estado. Alguns amigos o chamavam de guerrilheiro da cultura popular. A gente vinha para cá, ensaiar e trazia as meninas e acho que elas foram absorvendo toda essa história. Desde pequenas começaram a dançar o Tambor de Crioula, o Cacuriá. Aí, quando adultas, já estavam dentro da história. Hoje, eu tenho Camila, que canta, faz contação de histórias, escreve livros, é uma artista muito completa. Tenho a Luana, que já tem mais a parte da dança e do teatro, e a Imira, que também participa dos espetáculos, mas gosta mais da gestão, gosta mais de fazer a produção. A gente está aqui hoje presente participando de tudo. E tem o Nelsinho, que é da capoeira, que era sobrinho de Nelson. Está desde pequenininho aqui, se tornou mestre de capoeira e hoje gerencia a capoeira do Laborarte. Tudo foi acontecendo espontaneamente.




Fonte: Agência Brasil

Deputado denuncia violência de PMs contra foliões no DF


O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara legislativa do Distrito Federal, deputado distrital Fábio Félix (Psol), informou que vai “pedir providências” aos integrantes da comissão contra a forma “absurda” como a Polícia Militar do DF tratou foliões durante os festejos da noite desse sábado(18).

Em nota, a PMDF disse que agiu apenas “em situações pontuais”, negando ter cometido qualquer irregularidade.

O deputado usou de sua conta no Instagram para informar que está colhendo “relatos de dispersão violenta dos blocos”, e que exigirá “providências” contra casos de abusos.

“Absurda a forma como a polícia tratou os foliões ontem, usando spray de pimenta e agindo com violência! A Comissão de Direitos Humanos vai pedir providências, queremos um carnaval seguro e sem violações contra a população!”, postou o deputado.

Alguns foliões lamentaram que festejos teriam sido encerrados muito cedo, às 22h, e que teriam sido obrigado a “ir embora de espaços públicos”.

Houve também quem lamentasse a diferença de tratamento, na comparação com o ocorrido no dia 8 de janeiro, quando PMs teriam facilitado as ações golpistas, o que resultou na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, também em Brasília.

“Engraçado, essa mesma polícia que deveria estabelecer a ordem no dia 8/1…não estava em Brasília!!! Agora vem mostrar força aos foliões”, postou um dos foliões.

Resposta da PM

Contatada pela Agência Brasil, a PMDF informou que “não há registro de nenhum caso que a PMDF teve que intervir fazendo uso de instrumentos de menor potencial ofensivo de maneira irregular”.

“A corporação agiu em situações pontuais para encerrar vias de fato e impedir que foliões mais exaltados invadissem locais que já estavam fechados por atingirem capacidade máxima. A corporação também teve que fazer uso da força por conta de agressões contra policiais. Foram arremessadas garrafas contra os militares e um policial chegou a sofrer lesões na mão e joelho”, acrescentou.

Ainda segundo a PMDF, foliões teriam usado gás lacrimogênio em locais de grande concentração. “Uma unidade chegou a ser apreendida pelos policiais”, informou a assessoria.

A PM acrescentou que apenas um bloco teve o festejo encerrado até o momento: o Concentra mas Não Sai, mas que isso teria ocorrido “por falta de alvará”.




Fonte: Agência Brasil

Em segundo dia consecutivo, integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade realizam nova ocupação de terra em fazendas do Oeste Paulista




Grupo reivindica a destinação de áreas devolutas ao Estado para a implantação de assentamentos da reforma agrária a trabalhadores rurais sem-terra. Integrantes da FNL ocuparam novas fazendas neste domingo (19) em cidades da região de Presidente Prudente (SP)
FNL
Integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) ocuparam quatro fazendas, neste domingo (19), nas cidades de Presidente Epitácio (SP), Mirante do Paranapanema (SP) e Teodoro Sampaio (SP). Este é o segundo dia do movimento denominado “Carnaval Vermelho”.
O grupo reivindica a destinação de áreas devolutas ao Estado para a implantação de assentamentos da reforma agrária a trabalhadores rurais sem-terra.
Segundo o assessor da FNL, William Henrique da Silva Santos, todas as ocupações realizadas neste domingo (19) foram feitas de forma pacífica em terras devolutas, com cerca de 540 famílias envolvidas.
Cerca de 200 famílias ocuparam uma fazenda com aproximadamente cinco mil hectares no distrito de Planalto do Sul, em Teodoro Sampaio.
Já em Presidente Epitácio, a área ocupada possui três mil hectares e 250 famílias estão no local.
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Integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade ocupam fazendas do Oeste Paulista durante ‘Carnaval Vermelho’
A fazenda Santa Rosa e uma área do Itesp, ambas localizadas em Mirante do Paranapanema, foram tomadas por 90 famílias.
O objetivo da ação é chamar a atenção das autoridades para a aceleração do processo de reforma agrária no extremo oeste do Estado de São Paulo, levando o pedido aos representantes dos governos estadual e federal, conforme o assessor da FNL, William Henrique da Silva Santos.
A FNL ainda pede que seja considerada inconstitucional a lei estadual de regularização de terras aprovada em 2022, que “favorece os donos de grandes propriedades”.
O movimento Carnaval Vermelho teve início neste sábado (18) no Oeste Paulista, com ocupações concentradas nas cidades de Marabá Paulista (SP), Sandovalina (SP) e Rosana (SP), com aproximadamente 410 famílias.
Integrantes da FNL ocuparam novas fazendas neste domingo (19) em cidades da região de Presidente Prudente (SP)
FNL
Sobre as novas ocupações deste domingo (19), a Fundação ITESP informou ao g1 que tem acompanhado as ocupações junto ao seu núcleo especializado em mediação de conflitos e a Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
O Itesp ainda destaque que o órgão sempre esteve aberto ao diálogo e esclarecimento do andamento de suas atividades, “não existindo justificativas plausíveis para a prática de atos conflituosos”.
Por fim, destacou que a Fundação ITESP prima pela legalidade e não compactua com atos que violem as normas vigentes e ocasionem animosidades.

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Fonte: G1

Deslizamento em Ubatuba mata criança


Uma criança de 7 anos de idade morreu na madrugada de hoje (19) no município de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, em decorrência de um deslizamento. De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma rocha atingiu a casa onde estava o menor.

O óbito foi constatado no local por um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A ocorrência foi atendida por duas equipes do Corpo de Bombeiros.

Chuvas intensas e persistentes atingem todo o litoral norte do estado de São Paulo desde a noite de ontem (18) e causam bloqueio de estradas, queda de barreiras, inundações, deslizamentos, desabamentos, e afetam o abastecimento de água na região. O governador do estado, Tarcísio de Freitas, informou que está se deslocando para a região.

A Prefeitura de Ubatuba informou que na manhã de hoje havia 15 ruas alagadas na cidade e trechos da Rodovia Rio-Santos, que atravessa o município, estavam interditados nos dois sentidos devido a queda de barreiras.

A cidade enfrenta ainda problemas no abastecimento de água. De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável pelo abastecimento do município, as fortes chuvas comprometeram a qualidade de água do manancial onde é feita a captação que abastece a região, e o tratamento teve de ser interrompido para 40 bairros.




Fonte: Agência Brasil

RJ: Posto médico atendeu mais de 600 pessoas no Sambódromo


Enquanto as escolas de samba da Série Ouro passavam pelo Sambódromo com seus carros alegóricos luxuosos e muito samba no pé, as equipes médicas de plantão na passarela do samba tiveram trabalho nos dois primeiros dias de desfiles. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, 611 pessoas tiveram que ser atendidas pelas equipes de saúde no local.

A maior parte das ocorrências foi de lesões no pé, mal estar devido ao calor e intoxicação por excesso de álcool. Ao todo, 45 pessoas tiveram que ser encaminhadas a hospitais depois de passarem pelos postos de saúde do Sambódromo. Apenas neste sábado (18), segundo dia de desfiles, foram 345 atendimentos médicos.

Nos desfiles de blocos nas ruas da cidade, as equipes médicas atenderam 179 pessoas desde o começo oficial do carnaval de rua da cidade, em seus quatro postos de saúde instalados especialmente para os dias de carnaval.

Lixo

Nos dois dias de desfile no Sambódromo, os garis recolheram 61,2 toneladas de lixo, tanto na área interna da arena (44 toneladas), quanto no entorno (17,2 toneladas). Nas ruas foram 328,2 toneladas desde o início de fevereiro. Apenas neste sábado, foram 144,8 toneladas, a maioria recolhida nos blocos Banda de Ipanema, Amigos da Onça e Cordão da Bola Preta.

Foram aplicadas, desde o início do carnaval de rua, 537 multas pelas equipes do Lixo Zero, sendo 249 por descarte de pequenos resíduos e 278 por pessoas urinando em via pública.




Fonte: Agência Brasil

Chuva no litoral norte de SP causa inundações e bloqueio em estradas


As chuvas intensas e persistentes que atingem o litoral norte do estado de São Paulo desde a noite de ontem (18), causam bloqueio de estradas, queda de barreiras, inundações, deslizamentos, desabamentos, e afetam o abastecimento de água na região. 

Em São Sebastião, a prefeitura cancelou toda a programação de carnaval prevista para hoje e decretou estado de calamidade pública. De acordo com a administração municipal, a cidade registrou 600 milímetros de chuva nas últimas 24 horas – a média histórica para todo o mês de fevereiro é de 229mm – e  enfrenta ocorrências de desabamentos, deslizamentos e alagamentos. A orientação aos turistas e moradores é de só sair de casa em caso de emergência.

A prefeitura abriu seis escolas para receber as famílias desabrigadas em decorrência das fortes chuvas. O Fundo Social do município está recebendo doações para distribuir às famílias afetadas: itens de higiene pessoal, produtos de limpeza e alimentos.

Em Ubatuba, a prefeitura informou que, na manhã de hoje, havia 15 ruas alagadas na cidade. Trechos da rodovia Rio-Santos, que atravessa o município, estavam interditados nos dois sentidos devido a queda de barreiras.

A cidade enfrenta ainda problemas no abastecimento de água. De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável pelo abastecimento do município, as fortes chuvas comprometeram a qualidade de água do manancial onde é feita a captação que abastece a região. Quarenta bairros de Ubatuba foram afetados.

“O tratamento de água teve de ser interrompido devido à grande quantidade de galhos, lama e pedras. A companhia opera de forma reduzida e equipes trabalham para a normalização dos sistemas de abastecimento, lembrando que imóveis sem caixa d’água podem sofrer desabastecimento”, disse a Sabesp em nota.

Em Caraguatatuba, segundo a Defesa Civil, nas últimas 12 horas, o acumulado de chuva registrado foi de 232 milímetros – a média histórica para todo o mês de fevereiro é de 287,4 mm na cidade.  De acordo com a prefeitura, a cidade está com 15 pessoas desabrigadas, acolhidas pela administração municipal, e 44 desalojadas, que foram para casa de parentes.

A Concessionária Tamoios, que administra a principal rodovia da região, que liga o litoral à área de planalto, informou que a Serra Antiga está fechada em razão do volume das chuvas. A Serra Nova opera em sistema de comboio com sistema pare e siga sentido litoral e Vale do Paraíba.




Fonte: Agência Brasil

Ao trafegar pela contramão, motociclista morre após colidir de frente com veículo na Rodovia Raposo Tavares, em Regente Feijó




Motorista do carro, um homem de 41 anos, foi socorrido ao Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente (SP) com ferimentos leves. Motociclista, de 22 anos, diria na contramão quando foi atingido pelo veículo, em Regente Feijó (SP)
Polícia Rodoviária
Um homem, de 22 anos, morreu após colidir a moto que dirigia contra um veículo na madrugada deste domingo (19), na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Regente Feijó (SP).
Segundo informações da Polícia Rodoviária, por motivos desconhecidos, o motociclista dirigia em contramão pela pista sentido oeste, quando bateu de frente com um carro, no km 549,350.
O condutor da motocicleta faleceu no local.
O motorista do veículo, um homem de 41 anos, foi socorrido ao Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente (SP) com ferimentos leves.
O condutor do carro realizou o teste do etilômetro ativo, que resultou em negativo para ingestão de álcool.
Durante o atendimento da ocorrência, as duas faixas da Rodovia Raposo Tavares foram interditadas. O trânsito fluiu pelo acostamento até às 9h34, quando houve a liberação total da via.
A perícia foi acionada até o local.

Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.




Fonte: G1

África, Nordeste e humor marcam desfile das escolas de São Paulo


A chuva que não parou durante a madrugada não tirou a alegria das escolas de samba que desfilaram na Sambódromo do Anhembi, na segunda noite do Grupo Especial do carnaval de São Paulo em 2023. As escolas mostraram seus sambas-enredo que falaram de humor, da musicalidade e dos samurais africanos, do Nordeste e de questões existenciais. 

As sete escolas que desfilaram no Anhembi entre este sábado (18) e a madrugada do domingo (19) contaram com o mesmo desafio: a chuva oscilante, que ora vinha mais forte, amenizava e voltava a cair na avenida. Apesar disso, as escolas não tiveram problemas técnicos significativos e puderam desfilar suas alegorias e carros.

A primeira a desfilar foi a Estrela do Terceiro Milênio, que estreou no Grupo Especial com o samba enredo Me dê a sua tristeza que eu transformo em alegria! Um tributo à arte de fazer rir.

A escola levou para a avenida muito humor e alas diferentes, com tema sobre palhaços e sua vocação de sorrir e alegrar o público, fazendo um paralelo ao gesto de sorrir para encarar a repressão.

O desfile homenageou personagens emblemáticos do cinema, como O auto da Compadecida, e de rádio e televisão, como Jô Soares, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias de Os Trapalhões. A comissão de frente mostrou que o humor é o remédio para a dor e surpreendeu com trocas rápidas de fantasias.

Acadêmicos do Tucuruvi

A Acadêmicos do Tucuruvi foi a segunda escola a entrar na passarela do samba com homenagem ao cantor, compositor, violonista, percussionista e intérprete Bezerra da Silva. Com o enredo Da Silva, Bezerra. A voz do Povo!, a escola mostrou, em seus carros e alegorias, a história do artista, que fez samba contra a fome e a opressão.

A figura do malandro, cantada na música Malandragem dá um tempo, foi o tema a fantasia dos ritmistas da bateria. A comissão de frente representou brasileiros cantados nos versos de Bezerra da Silva. A escola homenageou também moradores das favelas.

Mancha Verde

A Mancha Verde entrou na avenida com o enredo Oxente- Sou Xaxado, Sou Nordeste, Sou Brasil, e mostrou as culturas e tradições do sertão pernambucano no passo do xaxado, a dança de comemoração de vitória das batalhas de Lampião e seu bando.

A dança criada no sertão pernambucano foi popularizada pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que foi para a avenida representado por um boneco gigante em um dos carros da escola.

O carro abre-alas fez alusão à caatinga e o carro Fé no Padim Ciço e a arte de Mestre Vitalino homenageou Padre Cícero. Todo o desfile foi marcado por referências ao Nordeste e a suas tradições, como as festas de São João.

Império de Casa Verde

A Império de Casa Verde entrou na avenida com o samba-enredo que exaltou o batuque e os tambores como expressões de religiosidade, tradição, cultura e musicalidade vindos da África à Casa Verde, reduto de sambistas.

O samba enredo Império Dos Tambores — Um Brasil Afromusical levou para a avenida uma viagem aos sons e tradições africanas e surpreendeu com a comissão de frente, ao mostrar o parto de um bebê quase real surgido da flor de Baobá, e o rito musical que envolve esse nascimento.

O desfile foi marcado pela musicalidade africana, mas também traçou um paralelo entre o continente e as periferias brasileiras, com um carro que retratava os bailes funk de São Paulo e do Rio de Janeiro. As alas ainda homenagearam as mulheres do samba, como Dona Ivone Lara, Elza Soares e Clara Nunes.

Mocidade Alegre

A Mocidade Alegre mostrou na avenida o samba-enredo Yasuke, um paralelo entre o Japão e a África com a história do samurai Yasuke, que saiu da África e virou guerreiro no Japão no século XV.

O samba mostrou o samurai em armadura preta, para enfrentar guerrilhas e adversidades cotidianas do mundo contemporâneo, como o preconceito racial.

Com os versos todo preto pode ser o que quiser, o desfile mostrou os desafios de se tornar um samurai. Um dos carros retratou um templo samurai e as  tradições religiosas e culturais do Japão, mostradas nos carros e alegorias.

Águia de Ouro

A Águia de Ouro fez em seu desfile alusões às questões existenciais com o samba-enredo Um Pedaço Do Céu. O carro abre-alas mostrou o mundo encantado na visão dos sonhos das crianças, com bailarinas em um carrossel e muita cor do universo infantil.

A escola apresentou um grupo com sacerdotes e guerreiros gregos, com foliões cadeirantes usando a fantasias de sacerdotes e conduzidos pelos guerreiros.

Também mostrou momentos de encantamento e magia com suas alegorias e carros. Uma das alas mostrou a força da mulher e no fim do desfile, o carro do Olimpo, que representa o céu de conquistas para quem seguir os sonhos.

Dragões da Real

A Dragões da Real foi a última a entrar na avenida sob forte chuva, mas não perdeu a empolgação e apresentou o samba-enredo Paraíso Paraibano — João Pessoa, A Porta Do Sol Das Américas.

A cidade de João Pessoa, capital da Paraíba, foi para o Anhembi com a representação das praias, artesanato, xaxado e cariri e diversas tradições nordestinas da cidade.

Durante o desfile, a escola mostrou manifestações culturais da capital paraibana, e principalmente, da festa de São João, uma vez que João Pessoa também é capital da quadrilha junina.




Fonte: Agência Brasil

Cooperativa abre 160 vagas para aula de música gratuita em comunidades


A Cooperativa Unijazz Brasil retoma, no próximo dia 28, o projeto Transformando Sonhos, de aulas de música gratuitas para crianças e jovens (de 10 a 18 anos) de comunidades carentes da região metropolitana do Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro (RJ) - Curso gratuito de música da Unijazz Brasil. Foto: Divulgação Unijazz

Alunos do projeto Transformando Sonhos – UNIJAZZ

O projeto começou em 2018, mas foi suspenso em 2020, em função da pandemia do novo coronavírus. Neste ano, o Transformando Sonhos chega a uma nova praça: a comunidade Jardim Catarina, no município de São Gonçalo.

As aulas gratuitas teóricas e práticas de violão, percussão, flauta doce e escaleta, além de canto, voltam a ser ministradas também nas comunidades da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense; a Cidade de Deus, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio; e Pilares, zona norte da capital.

Ao todo, a Cooperativa Unijazz Brasil está abrindo 160 vagas para os quatro polos do projeto, que funciona em igrejas e associações de moradores, com uma aula semanal para turmas de 40 alunos, até o final do ano. Para se inscrever, é preciso solicitar o formulário pelo telefone Whatsapp (21) 97194-6759.

“As aulas acontecem no contra turno. Quem estuda de manhã tem aulas à tarde e vice-versa”, informou o vice-presidente da Unijazz Brasil, Moisés Pedro, que acrescentou: “são duas aulas em um dia: uma aula teórica e outra prática”.

Perspectiva

Para o final deste ano, a ideia é fazer uma grande apresentação reunindo todos os professores e alunos dos quatro polos junto aos 20 músicos da Orquestra Unijazz Brasil.

“Vai ser a primeira vez que isso acontecerá. A gente está conversando com a Cidade das Artes para fazer uma grande apresentação, junto com a orquestra”, disse Moisés Pedro.

Já para 2024, a meta da cooperativa é levar o projeto para outras comunidades, além de firmar parcerias para a captação de recursos, com objetivo de custear o material de estudo para os alunos e, ainda, remunerar os professores.




Fonte: Agência Brasil

Após agredir mãe do amigo, homem é atingido por tesoura de jardinagem na perna e morre, em Santo Anastácio



Namorado da mulher avistou a agressão e atingiu a vítima com o instrumento na noite deste sábado (18). Um homem morreu após ser atingido por uma tesoura de jardinagem na região da coxa, na noite deste sábado (18), em Santo Anastácio (SP). Segundo a Polícia Civil, ele teria agredido uma mulher, o namorado dela avistou a cena e atingiu a vítima com o instrumento.
Segundo informações da Polícia, por volta das 23h30, a mulher e o namorado estavam dentro da residência, quando o filho dela chegou no local com um amigo. Os dois homens iniciaram uma briga verbal em frente ao imóvel e a mãe saiu para ver o que estava acontecendo.
A mulher, então, começou a discutir com o amigo do filho, pois ele costuma levar o mesmo para o bar e ela não aprova. Momentos depois, a briga se intensificou e o homem agarrou a mãe do amigo pelo pescoço.
O namorado da mulher avistou a cena, saiu da residência, pegou uma tesoura de jardinagem e atingiu a perna do homem, que sangrou até morrer.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, tudo leva a crer que o instrumento acertou uma artéria da vítima, que morreu logo em seguida.

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Fonte: G1