Grande Rio tem tiroteios próximo a 59 escolas na 1ª semana das aulas


Um levantamento do Instituto Fogo Cruzado apontou que 29 tiroteios ocorreram no entorno de 59 escolas e creches da região metropolitana do Rio de Janeiro, na primeira semana do ano letivo deste ano. Conforme o calendário divulgado tanto pelo governo do estado como pela maioria das prefeituras, as atividades escolares tiveram início em 6 de fevereiro.

Logo no primeiro dia de aula, um tiroteio levou ao fechamento de 12 escolas na Vila Kennedy, na zona oeste da capital. No dia 14, um novo episódio no bairro fez cinco instituições de ensino suspenderem as atividades. Na Cidade de Deus, também na zona oeste, alunos de diversas unidades escolares ficaram sem aulas no dia 10 de fevereiro.

O Fogo Cruzado surgiu em 2016, inicialmente como um aplicativo desenvolvido pela Anistia Internacional, para monitoramento de tiroteios e seus impactos em centros urbanos. Convertendo-se em um instituto com uma gestão independente, em 2018, ele administra atualmente uma plataforma que reúne diversos indicadores sobre violência armada em diferentes municípios do estado.

Neste levantamento, foram consideradas ocorrências mapeadas em um raio de até 300 metros das instituições de ensino públicas e privadas durante o horário de aula. Na semana de 6 a 10 de fevereiro, houve ao todo 59 tiroteios na região metropolitana do Rio de Janeiro. Os 29 registrados no entorno de escolas e creches representam assim mais da metade do total.

A capital fluminense contabilizou o maior número dessas ocorrências. Foram 20, o que representa 69% do total. Também houve registros em Niterói (2), Duque de Caxias (2), São João de Meriti (2), Belford Roxo (1), Itaboraí (1) e Japeri (1). Ainda conforme o levantamento, 19 dos 29 tiroteios aconteceram durante operações policiais.

Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que suas ações planejadas cumprem rigorosamente as determinações legais e são baseadas em informações de órgãos oficiais, como agências de inteligência governamentais e o Instituto de Segurança Pública (ISP).

“Os confrontos são provocados por criminosos fortemente armados que tentam impedir a presença do Estado em espaços públicos”, diz nota da corporação. A PM informou que o índice de letalidade violenta de 2022 caiu em comparação a 2021, e que, no ano passado, efetuou mais de 34 mil prisões e apreendeu mais de 6 mil armas.

Já a Secretaria de Estado de Educação informou que a direção das unidades escolares possui autonomia para tomar as providências para assegurar a integridade física de seus alunos, professores e funcionários. Por sua vez, a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro disse que, caso seja necessário, não hesita na suspensão das aulas com o objetivo de garantir a segurança de todos.

A pasta também disse que o Programa Acesso Mais Seguro, criado em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, instituiu protocolos para mitigação de riscos em unidades localizadas em áreas de conflito. Ele prevê, por exemplo, a possibilidade de oferta de ensino remoto em determinadas situações.




Fonte: Agência Brasil

Assentados da reforma agrária enfrentam mortandade de abelhas e peixes após pulverização aérea de agrotóxicos em canaviais


“Esse método de pulverização aérea tem sido utilizado com muita frequência nos canaviais da região, trazendo graves riscos de danos ao meio ambiente e à saúde das populações humanas. Além disso, não raras vezes, tem sido constatada a pulverização aérea em canaviais feita com desrespeito às regras vigentes, especialmente o que estabelece a Instrução Normativa nº 02/2008, do Mapa [Ministério da Agricultura e Pecuária]. Uma das normas frequentemente desrespeitadas é a distância mínima entre a área pulverizada e áreas com residências (art. 10, i)”, citou.




Fonte: G1

Brasil ganha 1,7 milhão de hectares de superfície de água em 2022


O Brasil ganhou 1,7 milhão de hectares de superfície de água em 2022 e ficou 1,5% acima da média da série histórica, iniciada em 1985, ocupando no total 18,22 milhões de hectares de superfície, ou 2% do território nacional, o equivalente a quatro vezes o estado do Rio de Janeiro em rios, lagos e usinas hidrelétricas. Mas, mesmo assim, em 30 anos o país perdeu 1,5 milhão de hectares de superfície de água.

Segundo o mapeamento do MapBiomas Água, o ano passado foi o primeiro, desde 2013, em que a superfície de água no Brasil ultrapassou a barreira dos 16 milhões de hectares. Ao todo, o país ainda tem em torno de 6% da superfície e 12% do volume de toda a água doce do planeta.

O levantamento mostrou ainda que, em 2022, a superfície de água anual do Pantanal aumentou pela primeira vez desde 2018. Mas o bioma ainda passa por um período seco, uma vez que a diferença da superfície de água com a média da série histórica é de 60,1%. O Pampa também registrou queda de 1,7% em relação a média, alcançando a menor área de superfície de água de toda a série histórica.

Todos os demais biomas ganharam superfície de água em 2022: Cerrado (11,1%), Amazônia (6,2%), Caatinga (4,9%) e Mata Atlântica (1,9%). Entre os estados, Mato Grosso com redução de 48%, Mato Grosso do Sul, de 23%, e Paraíba, de 12%, vão na contramão do ganho de superfície de água registrado na maioria dos estados em 2022.

O coordenador técnico do MapBiomas Água, Juliano Schirmbeck, explica que a variação se deve a um aumento de chuvas, mas também ao La Niña, fenômeno que comumente aumenta a chuva na Região Norte e a reduz na Região Sul do país.

“Observamos um aumento de eventos de precipitação em grande parte do país, com chuvas acima da média, e isso trouxe a recuperação observada em nossos dados. Mas vivemos momentos de mudanças climáticas, os quais nos indicam que cada vez mais vamos ter eventos e situações extremas. Também passamos por um evento de La Niña, bem pronunciado, que influencia no regime de precipitação do Brasil, reduzindo chuvas no sul do país e aumentando na parte central e norte”.

Outro ponto importante, segundo Schirmbeck, é que o Brasil saiu de um evento bastante crítico em 2021. “Estávamos com uma superfície de água de 7,9% (1.42M ha) abaixo da média”, salienta.

A superfície de água em reservatórios oficiais monitorados pela Agência Nacional de Águas (ANA) em 2022 também foi a maior dos últimos 10 anos: 3.184.448 ha, 12% a mais que a média da série histórica. Os reservatórios respondem por 22% da superfície de água no Brasil, os outros 78% são rios e lagos e pequenas represas.

Retração

“A mudança no cenário de 2021 para 2022 gera um alento, mas não colocaria como motivo de comemoração. Estamos observando uma redução quase constante na superfície de água no Brasil nos últimos 20 anos, e desde 2013 tivemos os 10 anos mais secos da série histórica, com menos superfície de água”, disse o coordenador.

Entre 1985 e 2022, todos os biomas perderam superfície de água, especialmente o Pantanal, onde a retração foi de 81,7%, mostra o MapBiomas. Em segundo lugar vem a Caatinga, que já é o bioma mais seco do país e que perdeu quase um quinto de sua superfície de água (19,1%). A Mata Atlântica perdeu 5,7%, a Amazônia, 5,5%, o Pampa, 3,6%, e o Cerrado, 2,6%, ficando mais secos.

“A tendência é um parâmetro estatístico que olha para toda a série histórica, e considerando suas flutuações, aponta em qual direção estamos indo. Ao longo dos 38 anos de monitoramento, observamos essa tendência de diminuição”, alertou Schirmbeck.

“O alento tido em 2022 não deve tirar a atenção quanto aos cuidados dos recursos hídricos, viemos de uma sequência de 10 anos muito secos, e as mudanças climáticas indicam que teremos cada vez eventos mais extremos, com secas mais prolongadas e regimes de precipitação com inundações e cheias mais frequentes”.

A redução do Pantanal fez com que Mato Grosso do Sul ocupasse a liderança entre os estados com maior perda de superfície de água. A retração de superfície de água foi de 781.691 hectares, ou 57%.

A tendência de perda de superfície de água foi notada na maioria das bacias e regiões hidrográficas do país. Quase três em cada quatro sub-bacias hidrográficas (71%) perderam superfície de água nas últimas três décadas. E mesmo com o aumento geral da superfície de água no país em 2022, um terço (33%) delas ficaram abaixo da média histórica no ano passado. Em alguns casos, como o da Bacia do Araguaia-Tocantins, o ganho de superfície de água está associado a hidrelétricas. As regiões hidrográficas que mais perderam superfície de água na série histórica do MapBiomas foram Paraguai (591 mil hectares), Atlântico Sul (21,4 mil hectares) e Atlântico Nordeste Oriental (4,8 mil hectares).

Já as bacias Atlântico Nordeste Oriental (65,8 mil hectares), São Francisco (61,8 mil hectares) e Paraná (39 mil hectares) tiveram ganho de superfície de água.

O mapeamento mostrou que após o ano 2000 há maior variabilidade intra-anual. De 2017 a 2020, 7 em cada 12 meses do ano ficaram abaixo da média anual. Novamente, 2022 foi uma exceção no qual todos os meses tiveram acréscimo na superfície de água em relação a 2021, em média 10%. Os meses de dezembro a julho permaneceram acima da média histórica mensal, enquanto o período entre agosto a novembro ficou abaixo.

MapBiomas Água

O coordenador do levantamento explicou que diferente dos dados de desmatamento, também fornecidos e monitorado pelo MapBiomas, o monitoramento da superfície de água é o monitoramento de um fenômeno cíclico, que tem variações dentro de um próprio ano, com meses mais secos e outros mais úmidos, assim como variações entre os anos.

O projeto MapBiomas é uma iniciativa do Observatório do Clima, co-criada e desenvolvida por uma rede multi-institucional de universidades, organizações não governamentais e empresas de tecnologia com o propósito de mapear anualmente a cobertura e uso da terra do Brasil e monitorar as mudanças do território.




Fonte: Agência Brasil

“Acabou o liberou geral de armas de fogo no Brasil”, afirma Dino


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse hoje (16) acabou o “liberou geral de armas” no país, ao comentar  decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu a constitucionalidade do decreto presidencial que limita o acesso a armas de fogo e determina o recadastramento.

Até o momento, segundo o ministro, cerca de 68,5 mil armas no poder de CACs (caçadores, colecionadores, atiradores e particulares)e  2,2 mil armas de uso restrito foram recadastradas.

Na avaliação de Dino, com a decisão do STF, deve haver um aumento no número de armas recadastradas. “A nossa expectativa é que esse número cresça nos próximos dias, uma vez que havia a ilusão de alguns que o decreto do presidente Lula seria revogado e não há nada disso. O prazo está fluindo e a decisão do Supremo confirma o caminho que foi decidido pelo presidente da República e vamos levar adiante esse recadastramento”, disse.

O recadastramento deve ser feito até o final de março e quem não fizer, poderá sofrer sanções. “A Polícia Federal fará esse recadastramento até o final de março para as armas de uso permitido e de uso restrito. Quem não recadastrar, automaticamente essas armas passarão a ser proibidas e, por isso, estarão sujeitas à apreensão e os proprietários estarão cometendo crimes”, alertou Dino.

Desde o início da vigência do decreto, em janeiro, o ministro destacou queda no número de armas de fogo registradas no país: 3.888 armas em janeiro de 2023, contra 9.719 no mesmo mês de 2022.

O próximo passo será a elaboração de uma norma para regular o acesso da população a armas. Serão realizadas audiências públicas com diferentes segmentos da sociedade, a exemplo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entidades de direitos humanos, indústria de material bélico e confederações de tiro esportivo, tático e prático.

“Vamos fazer audiências públicas, inclusive com os representantes dos armamentistas. Vamos ouvi-los, estamos abertos a ponderações, mas o liberou geral não voltará ao Brasil. Acabou o liberou geral de armas de fogo no Brasil”, ressaltou.

Dino adiantou que a regulamentação sobre acesso a armas será revista e há estudo para a criação de um programa de recompra de armas indisponíveis para a população. “Pedimos que as pessoas cumpram a lei, entendam que a lei tem que ser cumprida no Brasil. O recadastramento é que vai permitir que a gente dimensione o programa de recompra”, disse.




Fonte: Agência Brasil

Centro-sul do país terá chuvas intensas e frio no feriadão de carnaval


Foliões das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem passar os dias de carnaval com chuvas volumosas, ventos fortes e frio. A previsão climática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que o volume de chuvas deve atingir entre 60 e 100 milímetros (mm) por dia, no centro-sul do país

De acordo com dados do Inmet, as áreas mais atingidas devem ser na região central e sul do Espírito Santo; no oeste, sul, sudoeste, centro, Campo das Vertentes, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e região Metropolitana de Belo Horizonte em Minas Gerais; sul, norte, noroeste, centro, Região Metropolitana e Baixadas no Rio de Janeiro; Vale do Paraíba, Região Macro Metropolitana Paulista e Campinas em São Paulo.

A frente fria que avança pelo Sul deve atingir mais fortemente os estados de Santa Catarina e Paraná, com tempestades, ventos fortes e queda de granizo. Para os dois estados, o instituto emitiu alerta no nível laranja (https://alertas2.inmet.gov.br/42352 ), pois o acumulado de chuvas pode chegar a 100 mm em 24 horas, com ventos de até 100 km/h.

Desde o início da manhã desta quinta-feira (16), Manaus (AM) está com aviso no mesmo nível (laranja). Somente entre as 8h e as 11h foram registrados 55 mm de chuva. A chuva forte causou vários transtornos, como pontos de alagamentos pela cidade. Ainda na Região Norte, outras áreas de Roraima, de Rondônia e do Pará estão com alerta amarelo, com previsão de chuvas intensas, até sexta-feira.

Após dias de muito calor, em algumas partes do Brasil, como no Distrito Federal e áreas do Mato Grosso do Sul e de Goiás, o alerta amarelo é para tempestades, chuvas intensas, massa de ar frio e até a queda de granizo, entre sexta-feira e domingo.

Na Região Nordeste, a sexta-feira vai ser de chuvas intensas em áreas de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, do Maranhão, de Piauí e da Bahia, (com atenção especial à capital Salvador) e em todo o Ceará, se estendendo pelo fim de semana.

Para o último dia de carnaval (21), o sol aparece em Roraima, Acre, sul do Rio Grande do Sul e interior da Região Nordeste. Na terça-feira, as chuvas vão diminuir em todas as capitais, exceto Salvador (BA), São Luís (MA) e Teresina (PI).

Avisos meteorológicos

Os avisos variam de cores (amarelo, laranja e vermelho), em ordem crescente, dependendo do grau de perigo dos fenômenos meteorológicos, como a intensidade das chuvas. As notificações emitidas no site e nas redes sociais do Inmet servem para alertar a população, por exemplo, para evitar uma região de um determinado bairro.

Os avisos são publicados com 24 ou 48 horas de antecedência.

Frente fria deixa clima instável e traz chuva ao Rio de Janeiro até domingo.

Fortes chuvas e ventos podem causar corte de energia elétrica, queda de galhos e árvores, entre outros problemas – Fernando Frazão/Agência Brasil

Fenômenos

A pesquisadora do Inmet, Andrea Ramos, explicou que a ocorrência de chuvas fortes é mais comum no verão brasileiro. “Nesta estação, o calor e a umidade favorecem a formação daquelas nuvens de grande desenvolvimento vertical e também horizontal chamada de cumulonimbus. Elas estão carregadas de um número elevado de gotas [d’água], que a qualquer momento desabam e resultam neste padrão de chuvas do verão repentinas e com grande volume.”

Na estação, são comuns as tempestades de granizo, disse a meteorologista. “As [nuvens] cumulonimbus têm grande desenvolvimento vertical e chegam entre 12 km e 15 km de altitude. Na base dessas nuvens, há cristais de gelo e quando tem choque térmico, começa uma aceleração da formação chuva. O contraste das temperaturas quentes e frias não permite que o processo se complete e a precipitação ocorre na forma de pedras de gelo.”

Orientações

As fortes chuvas e ventos podem causar corte de energia elétrica, queda de galhos e árvores, alagamentos, deslizamentos de terra, desmoronamentos, descargas elétricas, estragos em plantações, entre outros.

A Defesa Civil Nacional, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, orienta que a população adote medidas de autoproteção. Entre elas, as pessoas devem procurar um local seguro, não devem se abrigar embaixo de árvores, não estacionar veículos próximos a torres de transmissão, placas de propaganda, evitar usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada e não transitar em áreas alagadas.

O coordenador-geral de Gerenciamento de Desastres da Defesa Civil Nacional, Tiago Molina Schnorr, pede para que a população fique atenta às informações oficiais sobre alertas e locais seguros. Em caso de emergência, a orientação do coordenador é primeiramente buscar informações na Defesa Civil (199) e Corpo de Bombeiros (193).

Schnorr destacou ainda a importância do trabalho preventivo, realizado em parceria com a Defesa Civil dos estados. “Antes dos períodos mais críticos, além das ações de prevenção, sejam obras ou capacitações, destaco a preparação, o alinhamento dos órgãos que compõem o Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil, que trabalham na definição de uma agenda de planejamento conjunto para que, caso seja necessário, haja ações de pronta resposta”, disse. “As instituições devem estar articuladas para conseguir uma melhor reação, seja de proteção ou de resposta à população que foi afetada por algum desastre”.

Serviços

No Brasil, a população pode receber alertas da Defesa Civil Nacional sobre o clima no próprio celular. Para se inscrever no serviço de alertas, basta enviar uma mensagem do tipo SMS para o número 40199 e informar o CEP do local onde mora.

Em caso de riscos de desastres, o inscrito receberá um aviso, via SMS, no celular. A mensagem pode ser um aviso mais simples, como volume de chuvas, velocidade do vento, até recomendações como onde buscar abrigo, trechos de trânsito interditados, zonas com risco de desabamento, inundações e rotas de fuga.

As redes sociais da Defesa Civil Nacional, @defesacivilbr, e do Instituto Nacional de Meteorologia, @inmet_ também podem ser consultadas.

A previsão do tempo diária pode ser acessada no site do Inmet.






Fonte: Agência Brasil

Missão brasileira ao Chile já está trabalhando


O Itamaraty informou que a missão de assistência humanitária enviada pelo Brasil ao Chile, em apoio ao combate aos incêndios que assolam florestas daquele país, já está atuando. A ajuda foi anunciada no dia 8 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em resposta ao pedido de auxílio feito pelo governo chileno.

No dia 9, quando Lula estava em viagem oficial aos Estados Unidos, o presidente em exercício Geral Alckmin assinou o decreto autorizando o deslocamento da equipe que integra a missão brasileira.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a missão já está trabalhando “de forma escalonada e contínua”. O início da ajuda se deu com a chegada de duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) a Concepción – um avião KC-390 Millennium e um Hércules C-130 equipado com o Sistema Modular de Combate a Incêndio Aerotransportado.

No dia 10, foram enviados também 36 profissionais e dezenas de equipamentos de última geração pela Força Nacional de Segurança Pública. A chegada às regiões mais atingidas foi no dia 14, uma vez que, devido ao volume e ao peso dos equipamentos, o deslocamento, de Brasília até o centro-sul chileno, foi via terrestre.

“Entre as ferramentas que estão sendo utilizadas pelas equipes da Força Nacional estão viaturas adaptadas, bombas de alta pressão e baixa vazão, reservatórios flexíveis de água para operação com aeronaves, e drones para imageamento aéreo”, informou o Itamaraty.

De acordo com o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile (Senapred), pelo menos 24 pessoas morreram devido aos incêndios e 2.750 atendimentos de saúde já foram registrados.

Em balanço divulgado pela Senapred nesta quinta-feira (16), 50 incêndios estão sendo combatidos e 147 já foram controlados. Outros 21 foram extintos e 10 estão sob observação.




Fonte: Agência Brasil

Rio pode ter chuva forte no fim de semana de Carnaval


A previsão do tempo para o carnaval do Rio de Janeiro indica a possibilidade de chuva forte entre amanhã (17) e domingo (19), segundo informe divulgado hoje (16) pelo Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro (COR). O comunicado foi feito a partir de dados do serviço municipal de meteorologia, o Sistema Alerta Rio.

A prefeitura alerta que a previsão de alto volume de chuva já começa a partir de hoje, com a expectativa de até 20 milímetros (mm) de chuva por hora.

Segundo o Alerta Rio, o potencial para maior volume de chuva vai aumentar até domingo. A explicação é o somatório entre um sistema de baixa pressão associado ao calor, umidade, a chegada de frente fria e a formação de um canal de umidade na Região Sudeste. Todos esses elementos aumentam a previsão de pancadas de chuva moderada a forte a qualquer hora do fim de semana. A chuva poderá passar de 40 mm/h, chegando a 100 mm em 24 horas tanto no sábado quanto no domingo.

Recomendação

Amanhã, uma frente fria já influenciará o tempo, mantendo a previsão de pancadas de chuva isoladas nos períodos da tarde e noite, com até 25 mm/h de chuva. A prefeitura pede que a população preste atenção às informações meteorológicas durante o carnaval, por meio de canais como o Centro de Operações Rio.

“Em caso de chuva forte, a recomendação é permanecer em local seguro, evitar áreas alagadas e locais abertos. Em caso de rachaduras, trincas ou qualquer abalo nas residências é essencial acionar a Defesa Civil, no telefone 199. Em caso de acionamento de sirenes, procure um ponto de apoio”.




Fonte: Agência Brasil

Cultura anuncia R$ 450 milhões para o setor de audiovisual


O Ministério da Cultura anunciou hoje (16) um total de R$ 450 milhões para o setor audiovisual brasileiro. De acordo com a pasta, o montante deve viabilizar a realização de mais de 250 projetos cinematográficos em todas as regiões do país.

“Acabamos de aprovar um montante superior a R$ 8 milhões para a realização de novos projetos na Região Norte do país. Com essa aprovação, concluímos os resultados dos editais de cinema e podemos dar início à contratação de mais de 250 projetos cinematográficos de todas as regiões do Brasil. Os novos filmes chegarão às telas graças ao investimento superior a R$ 450 milhões no nosso audiovisual”, destacou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Nas redes sociais, a ministra lembrou que a aprovação dos recursos configura a primeira ação do comitê gestor do Fundo Setorial do Audiovisual 2023, formado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) e pela Secretaria de Audiovisual.




Fonte: Agência Brasil

RJ tem queda de homicídios e aumento de estupros em janeiro


O estado do Rio de Janeiro registrou queda nos homicídios e roubos de rua no mês de janeiro, segundo levantamento divulgado hoje (16) pelo Instituto de Segurança Pública, órgão do governo estadual. Os casos de estupro, porém, tiveram alta de 14,5%, com 496 ocorrências. A incidência do crime no primeiro mês deste ano foi a maior desde 2014.

A pesquisa mostra que foi contabilizado nas delegacias de Polícia Civil o menor número de homicídios dolosos para o mês de janeiro dos últimos 32 anos: 252 casos. O número de ocorrências caiu 1% em relação ao ano passado.

Também houve redução de 0,3% no indicador de letalidade violenta, que inclui homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção de agente do Estado.

As mortes por intervenção de agentes do Estado, porém, cresceram 2%, com o registro de 102 ocorrências em janeiro. Segundo o painel de dados do ISP, não houve policiais militares ou civis mortos em serviço no mês passado.

Crimes contra o patrimônio

O órgão divulgou que foram registradas nas delegacias 9% menos ocorrências de roubos de rua do que em janeiro de 2022. Esse indicador inclui os crimes de roubo a transeunte, roubo em coletivo e roubo de aparelho celular, que, somados, resultam em 4.660 casos.

Outros crimes que apresentaram redução foram roubo de veículo (3%) e roubo de carga (13%).




Fonte: Agência Brasil

Theatro Municipal do Rio homenageia 50 anos da morte de Pixinguinha


O espetáculo Pixinguinha como Nunca ganha hoje (16), às 19h, uma apresentação especial no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, para marcar a passagem dos 50 anos da morte do compositor, considerado um gênio do choro. O público terá a oportunidade de ouvir músicas inéditas deixadas por Pixinguinha, disse à Agência Brasil o ator e cantor Marcelo Vianna, neto do compositor.

Vianna conta que essas músicas são fruto de uma longa pesquisa que começou no acervo da família e, depois, teve continuidade a partir da aquisição desse acervo pelo Instituto Moreira Salles (IMS).

“A pesquisa se aprofundou, para que a gente chegasse a esse número de músicas inéditas. A gente precisava da finalização desse estudo por parte do IMS para ter um número mais redondo, uma vez que são muitas músicas inéditas e ainda espalhadas”.

Álbuns

A pesquisa revelou 50 músicas inéditas que integram quatro álbuns digitais, sendo três instrumentais e um cantado. Este último está recebendo letras de compositores contemporâneos, feitas especialmente para o projeto, entre os quais Paulo Mosca, Arnaldo Antunes, Nei Lopes, Salgado Maranhão e Cecilia Stanzione.

“Essa compositora argentina [Cecilia Stanzione] fez uma letra em castelhano para um tango dele. Então, são essas surpresas que a gente vai reunir no Pixinguinha Canção”, revelou Marcelo Vianna.

Há, inclusive, uma opereta, musicada por Pixinguinha, que mostra o seu lado nordestino. “Você vê o domínio dele ao compor essas músicas, um domínio de A a Z de repertório”.

As canções que serão apresentadas agora são uma surpresa para quem ouve, garantiu Marcelo Vianna.

“Não tem nada fora do lugar. Esse é o toque do mágico, do bruxo, do mago, do gênio. Ele ambienta tudo isso na mesma atmosfera”, disse o neto do compositor.

O primeiro álbum, intitulado Pixinguinha Virtuose, foi lançado no dia 3 deste mês. O segundo tem previsão de lançamento após o carnaval e os dois últimos em abril, quando comemora-se o aniversário de nascimento do compositor.

No espetáculo Pixinguinha como Nunca, serão apresentadas 19 músicas inéditas do compositor. A canção Carinhoso estará no bis, “para a gente fazer uma graça para o público”, brinca Vianna.

Elenco

Dirigido por Marcelo Vianna, o espetáculo tem direção musical de Henrique Cazes. O elenco inclui o exclusivo Sexteto do Nunca, formado por Marcelo Caldi (sanfona), Carlos Malta (flauta e sax), Silvério Pontes (trompete e flugelhorn), Marcos Suzano (percussão), João Camarero (violão de 7 cordas) e Henrique Cazes (cavaquinho). Em participação especial, Marcelo Vianna canta e faz a condução narrativa.

“Pixinguinha é uma figura mitificada, às vezes adorada em imagem, mas sua produção musical ainda não obteve a circulação que merece e sua música, quase sempre, foi rotulada como algo do passado, encobrindo sua atualidade. Esse é o objetivo principal do espetáculo: mostrar um Pixinguinha moderno no século 21”. diz o músico Henrique Cazes.

Respeito e admiração

Falar de Pixinguinha é sempre um encantamento para o bandolinista Hamilton de Holanda, que participou da gravação de músicas inéditas do compositor, no âmbito do projeto Pixinguinha como Nunca. “Foi um dos primeiros encantamentos de minha vida”.

“Pixinguinha é um aglutinador, um agregador, um cara que fez a síntese de um momento espetacular. Fez a síntese da música popular brasileira a partir das influências dele, das pessoas com quem ele andava, e criou uma forma de fazer música que é o choro”, conta Holanda.

Hamilton de Holanda nasceu em 1976, três anos após a morte de Pixinguinha, em 17 de fevereiro de 1973. Mesmo assim, conta que o compositor carioca sempre foi fonte de inspiração.

“Fui convidado para tocar uma música dele chamada Caprichoso, inédita, bonita, difícil, diferente, com aquele DNA dele. É interminável a contribuição dele para a música brasileira, para a cultura brasileira. Se pensar, no carnaval tem um dedo de Pixinguinha; se pensar no choro, tem mais de um dedo; no samba, na maneira de orquestrar e de fazer arranjo para a música popular, fora o que ele, como pessoa, passava para os outros, para os músicos, para quem convivia com ele. Era uma pessoa especial”.

Holanda lembrou que o compositor faleceu dentro de uma igreja, enquanto participava de um batizado. “Então, tem todo um mito também do santo, da pessoa boa. Respeito e admiração sempre”, externou.

Serviço

A apresentação desta quinta-feira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, será aberta com versos do músico e compositor Moacyr Luz. A classificação é livre e os ingressos têm preços populares (R$ 30) na galeria, R$ 60 (balcão superior) e R$ 100 (plateia, balcão nobre, frisas e camarotes). Os ingressos podem ser comprados na bilheteria do TMRJ ou através do site.

*colaborou Akemi Nitahara




Fonte: Agência Brasil