A Superintendência Geral de Polícia Técnico-Científica (SGPTC) da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio confirmou que os corpos resgatados ontem (12), por bombeiros do estado, são de Fábio Dantas Soares, de 46 anos, Isabel Cristina de Souza Borges, de 35 anos, que estavam desaparecidos após o naufrágio da traineira Caiçara no dia 5, na Baía de Guanabara. Segundo a SGPTC os corpos foram identificados, neste domingo, pelos peritos por meio de exame de papiloscopia (digital) e liberados para os familiares.
Os corpos, que foram encontrados por pescadores próximo à Ilha de Mocanguê, em Niterói, na região metropolitana do Rio, foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) depois que a 37ª Delegacia Policial foi acionada.
As duas vítimas eram as últimas desaparecidas do acidente náutico. “É um alento muito grande para familiares e amigos dessas vítimas poderem realizar um sepultamento digno. O Corpo de Bombeiros trabalhou muito, desde que tomou conhecimento do naufrágio, incansavelmente, dia e noite, com drones, helicópteros, embarcações, mergulhadores e quadriciclos”, disse o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), coronel Leandro Monteiro.
No dia 5, o Corpo de Bombeiros foi acionado para um naufrágio na Baía de Guanabara, próximo à Ilha de Paquetá. Seis pessoas, que foram resgatadas por pescadores, receberam os primeiros socorros do CBMERJ e na sequência foram encaminhadas para o Atendimento em Coordenação de Emergência Regional (CER) da Ilha do Governador. Eram duas mulheres, dois homens e duas crianças do sexo masculino. No final da noite, três corpos de vítimas do acidente que foram encontrados dentro da embarcação eram de uma mulher e de dois homens.
Na segunda-feira (6), outras três pessoas foram localizadas sem vida. Próximo ao vão central da Ponte Rio-Niterói foi encontrado corpo de um homem, e dentro da embarcação estavam uma mulher e uma criança.
Os policiais localizaram dois invólucros contendo substância esbranquiçada, aparentando ser cocaína. Sobre a arma de fogo, o homem afirmou que tem registro como “Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador” (CAC), porém, não apresentou a documentação necessária.
A ocorrência foi registrada na noite deste domingo (12) e a vítima estava com sangue na cabeça, pescoço e tórax. Delegacia Participativa da Polícia Civil, em Presidente Prudente (SP)
Arquivo/g1
Uma mulher, de 35 anos, foi morta, na noite deste domingo (12), após uma briga com o marido, de 29 anos, no Jardim Leonor, em Presidente Prudente (SP). A Polícia Civil investiga o caso.
Conforme informações do Boletim de Ocorrência, a Polícia Militar foi acionada após uma testemunha comunicar que ocorreu uma discussão entre um casal e a mulher estava caída na rua, agonizando.
No local, os policiais localizaram a vítima em frente à sua residência e o marido teria fugido do local. A mulher foi socorrida à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Zona Norte, onde foi constatado a morte.
Ainda segundo o documento policial, um vizinho da vítima informou que ouviu uma discussão entre o casal e, pouco depois, viu o marido da mulher saindo da casa.
Em seguida, a vítima saiu pedindo socorro e caindo na via, ensanguentada na cabeça, pescoço e tórax.
A Polícia Científica compareceu ao local e um dos peritos localizou uma faca. A vítima deve passar por exame necroscópico e a Polícia Civil segue investigando o caso.
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Segundo informações da Polícia Rodoviária, no início da operação Pré-Carnaval, a equipe foi acionada para atender um acidente de trânsito com vítima no km 007,800. No local, constataram que um veículo, com placas Osvaldo Cruz (SP), que transitava no sentido Osvaldo Cruz a Sagres, atropelou um pedestre que estava sobre a faixa de trânsito.
“Estas são as Nações Unidas chamando as pessoas de todo o planeta”. Em tradução livre, estas foram as primeiras palavras transmitidas pela rádio das Nações Unidas (em inglês, United Nations Radio), no dia 13 de fevereiro de 1946.
Apesar da intenção de falar para as pessoas de todo o planeta, apenas seis países, de fato, foram alcançados pela transmissão histórica. Décadas depois, o dia 13 de fevereiro tornou-se o Dia Mundial do Rádio – o meio de comunicação mais consumido do planeta, segundo relatórios internacionais.
A data foi proclamada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) para falar da importância do rádio, seu alcance e como ele pode colaborar para a construção da democracia.
Desde que foi instituída, em 2011, questões como igualdade de gênero, juventude, esporte, diversidade e confiança já foram temas das edições da data, que envolvem centenas de estações de rádio de todo o mundo. Há, inclusive, uma lista com 13 ideias para que as emissoras celebrem o Dia Mundial do Rádio em suas programações.
Este ano, a proposta é discutir o rádio e a paz: “Em calamidades, pandemias, conflitos armados e guerras, o rádio traz informações privilegiadas, de segurança, e acaba, por vezes, sendo o único meio de comunicação. Estamos falando de cenários sem luz elétrica, e o rádio consegue chegar por funcionar à pilha, por exemplo. O rádio salva vidas”, explica Adauto Cândido Soares, coordenador de Comunicação e Informação do Escritório da Unesco no Brasil.
Em localidades de conflito deflagrado, ou mesmo em países que atravessam situações de calamidade, as próprias Nações Unidas, por meio de suas Missões de Paz, montam estações de rádio para trazer informação segura e confiável para a população local e também como instrumento para consolidação da paz e da estabilidade. Foi assim no Haiti (rádio Minustah FM), Timor-Leste (Rádio Unmit), Costa do Marfim (rádio Onuci FM), Sudão do Sul (rádio Miraya) e na Libéria (Rádio Unmil). Neste país, por exemplo, a rádio da missão alcançava aproximadamente 75% do território da Libéria e falava para cerca de 4,5 milhões de pessoas – o que dá 80% da população.
A rádio Okapi, da República Democrática do Congo, nasceu de uma missão de paz – a Monusco, da sigla em inglês para Missão da ONU para a Estabilização na República Democrática do Congo – e está no ar desde 2002. Ela começa como um instrumento para acompanhar a pacificação no país, e acaba tornando-se fundamental para a construção da identidade do país e sua unificação. Na programação, notícias, prestação de serviço, educação, entretenimento, esportes em francês e nos dialetos locais (Swahili, Lingala, Kikongo e Tshiluba), que são acompanhados por uma audiência estimada em 24 milhões de pessoas.
Rádio como único meio de conhecimento
E não são só locais devastados pela guerra ou pela natureza que o rádio alcança: “Na África subsaariana, um quarto da população não tem acesso à internet. Tudo é feito pelo rádio”, destaca Cândido Soares, da Unesco.
No Afeganistão, com a retomada do poder do Talibã, meninas e mulheres só conseguem continuar estudando por meio do rádio, que leva conteúdo transmitido de outros países para dentro de suas casas por meio das ondas curtas. É o que também aconteceu aqui no Brasil, quando, no período mais crítico da pandemia, crianças de regiões mais remotas do país valeram-se de radioaulas para continuar aprendendo:
A proximidade com a audiência faz com que o rádio surja como “um pilar para a prevenção de conflitos e para a construção da paz (…) e atenue divergências e/ou tensões, evitando sua escalada ou promovendo negociações com vistas à reconciliação e à reconstrução”, como reforça a Unesco.
“O rádio expressa sentimentos, informações e opiniões como um canal e como uma forma humana do pensamento e das nossas necessidades. Ele sempre se apresentou com uma possibilidade de participação do público, de interação, de contato e de criação de vínculos”, pontua Fernando Oliveira Paulino, professor da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da Associação Latino-Americana de Investigadores da Comunicação (ALAIC).
Paulino falou à Radioagência Nacional, ainda, sobre a vocação do rádio para a mobilização social, em reportagem sobre o Dia Mundial do Rádio:
“De maneira geral, o rádio é um meio de comunicação que consegue mediar conflitos. Ele consegue tratar temas que geram desavenças, que são sensíveis, de modo a diminuir conflitos e acirrar posições”, diz Adauto Cândido Soares. “O discurso de ódio ganhou muita visibilidade e se expandiu nas mídias digitais. O rádio pode ser usado para dirimir dúvidas, amenizar posições, promover o debate, trazer o contraponto. Porque o rádio tem a confiança de um público cativo, que é imenso”.
Viva Maria
“O rádio tem condição de promover o desarmamento do espírito, acalmar o pensamento. E é como foi dito na Declaração dos Estados-membros da Unesco: ‘uma vez que as guerras começam na mente dos homens, é na mente dos homens que as defesas da paz devem ser construídas’”. É o que atesta Mara Régia, jornalista e apresentadora do programaViva Maria, da Rádio Nacional da Amazônia, que decidiu usar o rádio à serviço das mulheres.
Em 2011, em um episódio sobre os 75 anos da Rádio Nacional, o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, contou a história e o significado do Viva Maria para as ouvintes – muitas delas ribeirinhas, que têm na Nacional da Amazônia e nas ondas curtas seu único meio de informação.
Há 42 anos no ar, o programa leva questões femininas e feministas para as ondas do rádio e coleciona, como diz a própria apresentadora, histórias de “resistência, resiliência, sororidade e solidariedade, contribuindo para o avanço da cidadania das mulheres”. E também para a promoção da autoestima de suas ouvintes: “Já ouvi mulheres que me falaram que tinham vergonha do nome. Vergonha de ser Maria. E hoje elas falam que se orgulham de ser mulher, e reconhecem na voz de uma mulher as lutas que elas precisam empreender”.
*Colaborou Beatriz Albuquerque, repórter da Radioagência Nacional
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional abriu uma consulta pública para ampliar a participação social no Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil. A proposta está disponível na plataforma Participa +Brasil e os interessados têm até o dia 17 de fevereiro para apresentar suas contribuições.
A consulta pública propõe uma alteração no Decreto 10.593/20, que dispõe sobre a organização e o funcionamento do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), do Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil (Conpdec), do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil e do Sistema Nacional de Informações sobre Desastres (S2iD).
O objetivo da mudança é dar uma maior representatividade social ao conselho e estender a sua participação para mais ministérios que tenham relação com a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. “O Governo Federal tem a intenção de ampliar a participação social e fortalecer os conselhos. Essa nossa alteração é nessa linha. O objetivo é ampliar a participação da sociedade no Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil”, destaca a diretora de Articulação e Gestão da Defesa Civil Nacional, Karine Lopes.
A consulta pública também inclui novo um prazo de elaboração do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, feito sob coordenação da Defesa Civil Nacional. A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO) é a parceira do ministério na elaboração do plano.
O plano vai integrar, de maneira transversal, as políticas públicas de ordenamento territorial, desenvolvimento urbano, saúde, meio ambiente, mudanças climáticas, gestão de recursos hídricos, geologia, infraestrutura, educação, ciência e tecnologia, assistência social e aquelas que vierem a ser incorporadas ao Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), com vistas à proteção da população.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que o governo federal usou para levar ajuda humanitária à Turquia regressou hoje (12) ao Brasil. A aeronave trouxe a bordo 17 pessoas que sobreviveram ao terremoto que atingiu parte da Turquia e da Síria na última segunda-feira (6).
Quatro crianças integram o grupo de nove brasileiros e oito estrangeiros que desembarcou nesta madrugada na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. A repatriação dos brasileiros foi coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), que aproveitou o voo de volta do KC-30 da FAB.
Equipe de resgate
Logo após os fortes tremores de terra que chegaram a atingir 7,8 na escala Richter, o governo brasileiro acionou a Aeronáutica para que levasse à Turquia uma equipe de brasileiros especializados em resgate urbano e socorro a vítimas de desastres naturais.
Os 42 profissionais brasileiros, incluindo bombeiros, agentes de saúde e da Defesa Civil, chegaram à capital turca, Ancara, na noite da última quarta-feira (9). Eles devem permanecer por ao menos duas semanas no país prestando apoio humanitário à população que, além das consequências do terremoto, enfrenta um inverno rigoroso, com temperaturas abaixo de zero.
Desespero de correria
Segundo a FAB, o resgate das 17 pessoas trazidas ao Brasil contou com a ajuda de outros cidadãos que permanecem na Turquia, incluindo brasileiros. Ainda de acordo com a Aeronáutica, entre os nove brasileiros, há uma mulher, grávida, identificada como Fernanda Lima.
“Quando eu entendi que aquela situação não era habitual, comecei a gritar para meu marido e meu filho acordarem. Então, arranquei o meu filho do berço, dei na mão do meu marido e falei: corre, que isso é um terremoto. Salva a vida dele! Me deixa, vai na frente com ele! E foi só o tempo da gente sair de casa. Quando saímos de casa, nós a vimos desabar. Perdemos tudo”, relatou Fernanda aos militares da FAB.
O professor Guilherme Brito, de 22 anos de idade, também integra a lista de brasileiros repatriados. Entrevistado por uma equipe da TV Brasil que viajou a Ancara a convite da FAB, Brito contou que tinha acabado de chegar à cidade de Adana para participar de um intercâmbio estudantil quando foi surpreendido pelo terremoto que, segundo fontes dos governos turcos e sírio, já matou ao menos 33 mil pessoas.
“Eu tinha acabado de chegar. Estava bem cansado, mas muito feliz. Jantei, fui dormir e, por volta de 4h da manhã, senti tudo tremer”, contou Brito. Segundo o estudante, pouco depois, houve um segundo tremor, ainda mais forte, que o fez correr para a rua. Brito lembra de, ao chegar na rua, olhar e ver ao menos três prédios próximos caídos e muitos outros com rachaduras graves. Além disso, segundo ele, fazia muito frio, o que pode ter causado a morte de muitas pessoas presas em meio aos escombros. Segundo Brito, os termômetros marcavam em torno de 3 graus Celsius (°C), mas a sensação térmica era de -1°C.
“Começamos a andar pelas ruas com um amigo turco, e ele nos alertou para que não andássemos por ali porque havia risco de demolir, de cair. Acabei decidindo não ficar [na Turquia] justamente por isso. Minha ideia era ajudar, mas percebi que aquela zona ainda era de risco, embora não fosse uma área tão afetada. O medo começou a tomar conta”, disse Brito sobre porque decidiu pedir ajuda das autoridades diplomáticas para deixar o país.
Os foliões infantis aproveitaram o domingo (12) para curtir o pré-carnaval de São Paulo em família. Super-herois, bailarinas, palhaços se misturavam entre personagens mais contemporâneos e fantasias criadas com o que se tinha em casa: laços, fitas e chapéus.
O Bloquinho Infantil Maria Maluquinha, no Ipiranga, bairro que abriga importantes pontos históricos da cidade, reuniu desde as 10h as crianças e seus familiares na Rua Sorocabanos, ao lado do Parque do Ipiranga. Às 10 da manhã teve fanfarra e a banda tocou até o começo da tarde.
Blocos infantis animam a criançada em São Paulo – Ludmilla Souza/Agência Brasil
A taróloga Denise de Jesus mora no Ipiranga e levou o filho para o bloco, com mais uma amiga, que levou a filha e a sobrinha. Ela aprovou o evento. “Achei muito organizadinho, muito bonito, bem divertido, seguro para as crianças, eu gostei. Vim com meu filho Samuel, de 7 anos e minha amiga veio com a filha Manu, de 6 anos e a sobrinha Alice, de 9 anos”.
As organizadoras do Bloquinho Infantil Maria Maluquinha também ficaram satisfeitas com o sucesso do bloco, que surgiu em 2020. “Hoje é a segunda edição do bloquinho Maria Maluquinha e foi esse sucesso todo. Graças a Deus não choveu também! Às 10 da manhã teve uma fanfarrinha, a banda tocou até a uma hora, as crianças se divertiram, não teve nenhum incidente. Até um celular perdido foi encontrado e entregue ao dono. Foi segurança total, o pessoal que veio para trabalhar vendeu bem, então acho que fez bem para todo mundo”, disse uma das organizadoras, Denise Aloia de Moraes.
Os pequenos foliões foram quem mais se beneficiaram, disse Denise. “A criançada vem curtir, sai um pouco da frente da tevê e do computador, vem conhecer da cultura do Brasil, que é o carnaval. E vem desde cedo para começar a participar!”
Já o Bloquinho Infantil Fraldinha Molhada, no Jardim Anália Franco, desfilou na rua José Oscar de Abreu Sampaio. A folia nos blocos infantis começou pela manhã, às 10h e foi até as 15h. O tempo ajudou a folia das crianças e não choveu no momento do evento.
O dia começou com muita nebulosidade, chuviscos isolados e temperatura em torno dos 26°C. Mas, de acordo com Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da prefeitura de São Paulo, o calor e a chegada da brisa marítima favorecem a ocorrência de chuvas na forma de pancadas, principalmente entre o meio da tarde e o início da noite.
O ex-governador do Amazonas Amazonino Mendes morreu hoje (12), em São Paulo. O político, de 83 anos, estava internado no Hospital Sírio-Libanês praticamente desde o dia 23 de novembro, quando foi levado à unidade de saúde pela primeira vez para tratar de uma diverticulite (inflamação no intestino grosso) e de uma pneumonia.
Nascido em novembro de 1939 em Eirunepé (AM), Amazonino governou o Amazonas por quatro vezes. Também foi prefeito de Manaus por três mandatos e senador entre fevereiro de 1991 e dezembro de 1992, quando renunciou para disputar a prefeitura de Manaus – cargo que ocupou pela segunda vez e que também abandonou em 1994, quando foi eleito governador também pela segunda vez.
Em 2022, Amazonino concorreu a um quarto mandato como governador, mas terminou em terceiro lugar, atrás do atual governador Wilson Lima e do também ex-governador Eduardo Braga. Em respeito à história política de Amazonino, o governador Wilson Lima decretou luto de sete dias no estado.
Lula lamenta morte
Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou seus sentimentos aos parentes, amigos e admiradores de Amazonino, destacando que o político se dedicou à causa pública até o fim da vida.
“Amazonino Mendes tinha gosto e vocação política, governando o estado do Amazonas quatro vezes, representando-o no Senado, e sendo também prefeito três vezes de Manaus”, destacou Lula, lembrando ter recebido o apoio político do ex-governador durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. “Tenho orgulho e fiquei muito agradecido.”
Repercussões
Em um vídeo que compartilhou em suas redes sociais, o senador Eduardo Braga afirmou que o conterrâneo cumpriu um papel muito importante na vida das últimas gerações de amazonenses. “Refiro-me a Amazonino, que fez muitas obras, marcou a vida das pessoas com carinho e atenção e, acima de tudo, por uma mudança no comportamento na vida pública dos amazonenses”, disse Braga.
Em uma postagem posterior, o senador acrescentou que, mesmo quando em campos opostos, Amazonino “sempre primou pelo respeito”, sendo uma fonte de inspiração para outros políticos. “Por tudo isso, tornou-se uma referência para as gerações subsequentes de políticos no estado, como eu. Muito aprendi com Amazonino Mendes.”
Também pelas redes sociais, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, expressou seus sentimentos e o de todos os correligionários pela morte de Amazonino. Segundo Freire, o amazonense, marcou indelevelmente a história política do Amazonas e do país. “Nossa solidariedade na dor dos familiares, amigos e ao povo do Amazonas”, disse.
Os educadores que querem levar a natureza para dentro de seus colégios contam, agora, com um curso de formação on-line e gratuito destinado a professoras e professores da educação infantil, ensino fundamental I e educadores do contexto não formal.
A ideia é que os professores incentivem seus alunos a criar, dentro da escola, canteiros, jardins e hortas com o intuito de transformar os jovens em agentes de mudança para um mundo sustentável.
Com a formação adequada e certificada como curso de extensão universitária, os educadores poderão replicar o conceito das TiNis – Terra das Crianças, que nada mais são que pedaços de terra que proporcionam contato com a natureza, desenvolvendo nas crianças e adolescentes empatia por todas as formas de vida.
“Proporciona a oferta de espaços mais verdes e desafiadores, com rotinas escolares que incentivam o movimento, o tempo, o espaço e a aprendizagem ao ar livre”, explica a coordenadora de TiNis no Brasil, Thaís Chita.
A iniciativa é do Instituto Alana, organização da sociedade civil que promove ações voltadas à formação de crianças, em correalização com o Instituto Singularidades, referência nacional para a formação inicial e continuada de professores. A certificação é do Instituto Singularidades e a formação é realizada em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Plataforma Conviva Educação.
“Além disso, contribuem para a criação de pátios escolares naturalizados e de sistemas de áreas verdes da cidade. As TiNis ainda contribuem efetivamente com merenda escolar mais saudável e colabora para a construção de uma cultura que reconhece as crianças como agentes de transformação”, conta Thaís.
Para as cidades, completa a coordenadora, as TiNis contribuem com os sistemas de áreas verdes e para o conforto térmico, verdejando e embelezando o espaço, para criação de microclima e habitats e para um ar mais limpo.
“São espaços para que elas expressem sua autonomia e protagonismo, transformando o ambiente que frequentam, brincando e aprendendo com a Natureza em uma troca constante que gera benefícios para a própria criança, para sua comunidade e para a Natureza. Sugerimos o tamanho de meio metro quadrado de terra ou três vasos”, diz a coordenadora.
Thaís conta que o conceito de TiNis é recente e foi desenvolvido pelo peruano Joaquín Leguía. A ideia já está presente em países como Equador, Bolívia, Costa Rica, Indonésia e Japão. Chegou ao Brasil em 2021, em uma parceria entre o Instituto Alana e Gisele Bündchen, e já se espalhou por mais de 200 casas e escolas do nosso país.
O curso
O curso online tem duração de 40 horas e oferece aos educadores acesso a práticas de centramento, videoaulas, apostilas, vídeos e materiais de aprofundamento, entrevistas com convidados especiais e atividades práticas. O curso será dividido em quatro módulos.
No cronograma de aulas, os educadores vão conhecer mais sobre o que são TiNis, seus conceitos e seu potencial educativo; a necessidade de formar vínculos afetivos com a natureza, o conceito da “criação recíproca” e a noção de interdependência.
No curso, os professores também vão saber mais sobre o protagonismo infantil na criação das TiNis, sobre o papel e a contribuição do educador para fomentar uma relação saudável entre a criança e a natureza, sobre como engajar os estudantes com as TiNis e, também, técnicas básicas de plantio e de manejo.
Inscrições
As inscrições podem ser feitas pelo site e o início do curso é imediato, não sendo necessário esperar para formar um turma.
Para se inscrever, o professor deve seguir o passo a passo como se fosse efetuar a compra do curso pelo site. No entanto, por ser gratuito, o custo do curso aparecerá como R$ 0,00 (zero reais). Para mais informações, basta enviar um e-mail para: [email protected]
Exemplos de TiNis
Em pouco menos de dois anos, a iniciativa já engajou cerca de mil educadores no Brasil, com exemplos bem-sucedidos em Jundiaí e São Paulo (SP), Macaíba (RN) e Benevides (PA).
O Colégio Paulo Freire de Jundiaí foi o primeiro a ter uma coordenadora de TiNis. Karina Mitiko completou a formação em 2021 e implantou o TiNi para Ser na instituição com a contribuições de outras professoras e famílias.
A escola incorporou o projeto no planejamento pedagógico e vai incluir TiNis no currículo para 2023, com envolvimento de todos os alunos (da educação infantil ao fundamental II).
A Escola do Sesc em Macaíba implantou a TiNi Tempo de Semear. Além de plantar com seus alunos, a professora Josefa Lucila Felix Moreira já criou músicas, mandalas e envolveu as famílias na aventura de semear e colher.
No Pará, a Rede Municipal de Educação em Benevides implantou a TiNi Caminho do Girassol e a TiNi Doce Encanto. Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, a iniciativa envolveu 90 gestores e coordenadores, além de 35 educadores.