Ex-prefeito Hélio Furini, de Junqueirópolis, morre aos 67 anos de idade




Velório ocorre no Ginásio Municipal de Esportes e o sepultamento está marcado para este sábado (25), às 17h, no Cemitério Municipal da cidade. Hélio Furini foi prefeito de Junqueirópolis (SP) por quatro mandatos
Divulgação/Prefeitura de Junqueirópolis
O ex-prefeito Hélio Aparecido Mendes Furini, de Junqueirópolis (SP), faleceu na madrugada deste sábado (25), na Santa Casa do município, aos 67 anos de idade.
Nascido na cidade de Osvaldo Cruz (SP), em 29 de dezembro de 1955, Furini além de advogado, governou Junqueirópolis por quatro mandatos, de 1997 a 2000, de 2001 a 2004, de 2013 a 2016 e de 2017 a 2020 pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
A Prefeitura de Junqueirópolis decretou luto oficial de três dias e publicou no site oficial e nas redes sociais uma nota lamentando a morte do ex-prefeito.
“Um grande cidadão, advogado e homem público que deu grande contribuição para o desenvolvimento do município”, pontuou o Poder Executivo.
A despedida teve início às 9h deste sábado, no Ginásio Municipal de Esportes “Cícero Gomes”.
O cortejo está marcado para às 17h e o sepultamento ocorre no Cemitério Municipal de Junqueirópolis.

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Fonte: G1

Cristo Redentor apaga luzes em campanha pela conservação da natureza


O Cristo Redentor ficará às escuras neste sábado (25) por uma hora, entre as 20h30 e as 21h30, em apoio à Hora do Planeta 2023. A iniciativa é da organização não governamental (ONG) WWF para chamar a atenção sobre a emergência das crises do clima e da biodiversidade.

Em todo o mundo, a ONG convida indivíduos, comunidades e empresas para dedicar Uma Hora ao Planeta e ajudar a acumular o maior número possível de ações. A WWF Brasil é uma organização da sociedade civil que trabalha em defesa da vida e faz parte de uma rede internacional comprometida com a conservação da natureza.

O Cristo Redentor participa da iniciativa, que visa criar, neste ano, a maior campanha ambiental popular do mundo. O momento é celebrado todos os anos por milhões de pessoas em todos os países, servindo como poderoso alerta sobre a importância do planeta, a necessidade de protegê-lo e o pouco tempo que temos para fazer isso. “O Cristo Redentor convida todos a refletir sobre o que têm feito pelo meio ambiente, pela sociedade, pelo desenvolvimento sustentável e terá as luzes apagadas por uma hora nesta noite”, destaca o reitor do Cristo Redentor, Padre Omar.

No Brasil, qualquer pessoa pode participar da iniciativa e dedicar seu tempo à mobilização global. Para isso, basta cadastrar uma atividade no site da Hora do Planeta. “O nosso convite é para que as pessoas se organizem em suas comunidades e dediquem esses 60 minutos ao meio ambiente. Vale pensar em atividades presenciais ou online, individuais ou em grupo. O objetivo é mostrar que fazemos parte de um esforço global para chamar a atenção sobre a urgência de medidas para barrar a crise climática e reverter a queda da biodiversidade, que já afeta a vida de pessoas em todo o mundo”, diz Giselli Cavalcanti, analista de engajamento da WWF-Brasil.

A proposta este ano é acumular mais de 60 mil horas – o equivalente a sete anos de ação em apenas uma hora – a fim de ajudar a manter o ímpeto necessário para alcançar um mundo positivo para a natureza e as pessoas até 2030, daqui a apenas sete anos, e criar a maior Hora do Planeta. O Banco de Horas pelo Planeta já recebeu promessas de contribuição equivalentes a quase 52 mil horas, de pessoas de 137 países, incluindo Argentina, Colômbia, Suriname, Arábia Saudita, Camboja, Bulgária, França, Jamaica, Índia, Nepal, Romênia, China, Coreia do Sul e Bulgária. No Brasil, já foram cadastradas mais de 420 ações, entre elas atividades presenciais e virtuais de grupos locais dos Escoteiros nas cinco regiões, participação de empresas e ações em família. Escolas em todo o país planejam ações como a avaliação da pegada ecológica, mutirão de coleta de recicláveis e de conscientização sobre consumo de água e energia, entre outras.

“A Hora do Planeta tem sido uma das campanhas globais de conscientização pública sobre a crise da natureza mais bem-sucedidas nos últimos 17 anos, com desligamentos de monumentos reconhecidos globalmente, como a Torre Eiffel, na França, a Ópera de Sydney, na Austrália, e o monumento ao Cristo Redentor, no Brasil”, afirma Yves Calmette, diretor de comunicação de marca da Rede WWF Internacional e diretor global da Campanha Hora do Planeta. “Neste ano, queremos persuadir milhões de pessoas a mais a celebrar o planeta e desligar de maneira diferente. O ano de 2023 deve ser de mudança para alcançarmos metas positivas para a natureza, e precisamos que todos ajudem a acumular o maior número possível de horas. A Hora do Planeta é um movimento do qual todos podem fazer parte”, acrescentou Calmette.

Iniciativa

Nascida em Sydney, na Austrália, em 2007, a Hora do Planeta cresceu e se tornou o maior movimento de base do mundo pelo meio ambiente, inspirando indivíduos, comunidades, empresas e organizações em mais de 190 países e territórios a realizar ações ambientais concretas. Historicamente, a Hora do Planeta se concentrou na crise climática e, mais recentemente, se esforçou para trazer à tona a questão premente da perda da natureza. O objetivo é criar um movimento imparável pela natureza, como ocorreu quando o mundo se uniu para enfrentar as mudanças climáticas.




Fonte: Agência Brasil

Grupo Os Tapetes Contadores de Histórias celebra 25 anos no Rio


O grupo carioca Os Tapetes Contadores de Histórias celebra 25 anos de arte e vida com apresentações culturais gratuitas no Rio. Como nos contos orientais, em que tapetes voadores levam mágicos de um lugar para o outro, o grupo leva o espectador para o mundo da imaginação através do teatro.

A técnica de contar histórias com recursos de tecidos para formar os cenários e personagens é antiga e recorrente em diversas culturas, tais como gabbehs iranianos, arpilleria andina, quilts da tradição colonial norte-americana e estandartes de palha e pano do nordeste brasileiro.

O início da comemoração de aniversário será no Museu de Arte do Rio (MAR), com o espetáculo Presente de Aniversário, hoje (25), às 14h, dentro da programação do Festival Crianças no MAR (Museu de Arte do Rio). São contos do mundo inteiro que tratam da importância do aniversário e da amizade, através de um pergaminho, um poncho, um grande bolo de festa e uma casa que vira tapete. Na história, três pitorescos andarilhos buscam encontrar o lugar ideal e as crianças certas para proporcioná-las uma festa de aniversário.

CCBB terá minitemporada

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) receberá a minitemporada do Circuito Tapetes Contadores 25 anos, mesmo local onde o grupo estreou, em 1998. A cada domingo do mês de abril, com início no dia 9, o público poderá conferir quatro diferentes espetáculos: Sol, chuva e tapete apresenta contos clássicos narrados com o tradicional acervo do grupo, criado em sua origem na França; Cabe na mala apresenta mala, avental, caixas de tecido para iluminar obras da literatura mundial e nacional; Palavras Andantes compartilha o acervo de painéis feitos em parceria com o projeto peruano Manos que Cuentan; e Conta um causo, ganha um aplauso compartilha as ilustrações originais em tecido feito para histórias brasileiras, como a Congada de São Benedito em Uberlândia.

Os Tapetes Contadores de Histórias

Com uma proposta artística diferenciada, que é referência internacional na arte de contar histórias e criação de cenários têxteis, o grupo, formado por Warley Goulart, Cadu Cinelli, Rosana Reátegui, Edison Mego e Andrea Pinheiro, costuram e narram histórias com tapetes, painéis, malas, aventais, roupas, caixas e livros de pano, técnica aprendida com o diretor teatral, contador de histórias e artesão francês Tarak Hamman, em um seminário, no ano de 1998, na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), onde eram estudantes de teatro.

A técnica foi desenvolvida pela pedagoga francesa Clotide Hamman em parceria com seu filho Tarak, que criaram, há mais de 15 anos, o projeto Raconte-Tapis que tem como suporte vários tapetes artesanais que são usados na contação de histórias e para estimular a leitura na França. A ideia surgiu quando Clotilde resolveu fazer um tapete de retalhos de pano como cenário da história preferida do seu neto.

A programação completa da temporada pode ser consultada na página do Instagram do grupo Tapetes Contadores de História  – Circuito Tapetes Contadores 25 anos.

MAR:

25 março (sáb, 14h). Espetáculo: Presente de Aniversário

CCBB:

Temporada: 9 a 30 abril 2023 aos domingos, às 15h.

9 abril – Sol, Chuva e Tapete

16 abril – Cabe na Mala

23 abril – Palavras Andantes

30 abril – Conta um Causo, Ganha um Aplauso

A classificação é livre, indicado para crianças acima de 3 anos, com duração de 45 minutos.

A entrada é gratuita. Retire seu ingresso na bilheteria ou no site.

*Estagiário sob supervisão de Akemi Nitahara






Fonte: Agência Brasil

Histórias indígenas ocupam centro da programação do Masp em 2023


O Museu de Arte de São Paulo (Masp) inaugurou nesta sexta-feira (24) três novas exposições temporárias. Todas elas têm olhar voltado às histórias indígenas, tema que foi escolhido para a programação do museu durante todo este ano de 2023 e que pretende apresentar a diversidade e complexidade dessas culturas, além de discutir o silêncio da história oficial da arte em relação a essa produção artística.

“O ano de 2023 é dedicado [no Masp] aos povos indígenas e às artes indígenas. Particularmente considero que é um passo muito grande de reconhecimento das artes e dos saberes indígenas, que historicamente foram excluídos e estiveram à margem dos museus, e hoje estão sendo convidados para participar dessas instituições, particularmente do Masp”, disse Edson Kayapó, curador adjunto de arte indígena do Masp, em entrevista à Agência Brasil.

Uma das mostras abertas é Carmézia Emiliano: a Árvore da Vida, com pinturas que retratam o cotidiano da comunidade da artista indígena macuxi. A segunda, e maior delas, é Mahku: Mirações, que apresenta pinturas, desenhos e esculturas produzidas pelo grupo de etnia huni kuin. Na sala de vídeo do museu são exibidos curtas do coletivo Bepunu Mebengokré. “São exposições que inauguram o ano de histórias indígenas [no Masp]. Elas abordam diferentes mídias, suportes e linguagens dessa produção, revelando a diversidade que está contido nas histórias indígenas, histórias que o Brasil deixou de olhar com consistência durante muito tempo”, disse Amanda Carneiro, curadora assistente.

São Paulo (SP), 24/03/2023 - O Museu de Arte de São Paulo (Masp) recebe a exposição Mirações, do Movimento dos Artistas Huni Kuin - MAHKU, na programação anual dedicada às histórias indígenas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

São Paulo (SP), 24/03/2023 – O Museu de Arte de São Paulo (Masp) recebe a exposição Mirações, do Movimento dos Artistas Huni Kuin – MAHKU, na programação anual dedicada às histórias indígenas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil

Esta não é a primeira vez que as culturas indígenas ocupam os espaços do museu. Ao longo de sua história, o Masp organizou diversas exposições com objetos e registros de comunidades localizadas no território brasileiro tais como a Exposição de arte indígena (1949), Alguns índios (1983), Arte karajá (1984), Índios yanomami (1985) e Arte indígena kaxinawa (1987). Em 2019, o Masp também chegou a ter sua primeira curadora indígena, Sandra Benites. “Nos anos 70, o museu abrigou uma série de exposições de arte indígena. Mas agora é um novo momento. Esse é um ano todo dedicado às histórias indígenas, mas muito mais voltado para a produção de arte indígena contemporânea, baseada em outros marcadores. Agora estamos olhando atores e agentes que têm sua identidade e seu estilo”, disse Guilherme Giufrida, curador do Masp.

Carmézia Emiliano

Chamada de Carmézia Emiliano: a Árvore da Vida, a exposição apresenta 35 pinturas sobre tela produzidas pela artista, oito delas inéditas e desenvolvidas especialmente para a mostra. As pinturas figuram e refletem paisagens e o cotidiano da comunidade da artista indígena macuxi, povo que se localiza principalmente na Maloca do Japó, Normandia, no estado de Roraima. A curadoria é de Amanda Carneiro.

“A árvore da vida, também chamada de wazaká, é tema muito significativo na produção da Carmézia, se liga a Macunaíma, romance muito conhecido por nós, e fala de um mito em que uma árvore frondosa foi derrubada e tem seu tronco transformado no Monte Roraima. Isso virou o mote da exposição e fala dessa capacidade de renovação e de perpetuação dos saberes e das vivências indígenas”, disse a curadora.

Autodidata, Carmézia nasceu em 1960 e começou a pintar motivada pelo impacto que teve ao visitar uma exposição de arte em Boa Vista. “A Carmézia Emiliano é uma artista macuxi que começou a sua produção na década de 90 e que produz pinturas, sobretudo, sempre ligadas a temas de vida comunitária e dessa relação de profundo respeito entre os macuxis e a natureza”, explicou a curadora. Sua pintura traz cores vivas, muito movimento e elementos de mitos e saberes macuxis.

São Paulo (SP), 24/03/2023 - O Museu de Arte de São Paulo (Masp) recebe a exposição Mirações, do Movimento dos Artistas Huni Kuin - MAHKU, na programação anual dedicada às histórias indígenas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

São Paulo (SP), 24/03/2023 – O Museu de Arte de São Paulo (Masp) recebe a exposição Mirações, do Movimento dos Artistas Huni Kuin – MAHKU, na programação anual dedicada às histórias indígenas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil

A exposição começa com um autorretrato feito pela artista, em que ela aparece pintando o Monte Roraima. Esse quadro compõe o primeiro dos sete núcleos com que os trabalhos de Carmézia estão sendo apresentados na mostra. Há também núcleos dedicados às danças, às manifestações lúdicas, à coletividade, às representações da fauna e da flora, aos rios e à transmissão dos saberes. “Eles [quadros] foram divididos em temas que são mais trabalhados pela artista como, por exemplo, a figuração do Monte Roraima; a dança do parixara, uma celebração que acontece em comemoração à colheita da mandioca; as brincadeiras ligadas ao cultivo; as formas de transmissão de saber; e a relação da vida comunitária, entre outros”, afirmou a curadora.

O Masp vai também publicar um catálogo com reproduções de trabalhos produzidos pela artista, além de ensaios desenvolvidos especialmente para essa exposição, que estará em cartaz até o dia 11 de junho.

Coletivo Bepunu Mebengokré

A produção de grafismos nos rituais de pintura corporal é retratado em dois curtas apresentados na sala de vídeo do Masp. Produzidos pelo coletivo Bepunu Mebengokré, os curtas abordam desde a extração dos pigmentos até os sentidos simbólicos e ancestrais dessas práticas. Os vídeos serão apresentados até o dia 18 de junho, no segundo subsolo do museu. A curadoria é de Edson Kayapó, que também é curador adjunto de arte indígena do Masp.

O coletivo é liderado pelo jovem cineasta Bepunu Kayapó, que tem assumido protagonismo na apresentação das histórias e das ancestralidades do povo mebengokré e é um formador de novos cineastas. Bepunu é filho do cacique Bepkaeti e mora na aldeia Moikarakô, localizada no município de São Félix do Xingu, sul do Pará. “O coletivo é gerado nesse movimento de formação de cineastas indígenas para pensar as questões do povo mebengokré”, disse o curador, que também é mebengokré. “A nossa arte tem muito desse objetivo de mostrar quem somos nós, o que fazemos, que línguas falamos, quantos somos e como vivemos”, disse.

O primeiro curta, Menire djê: grafismo das mulheres Mebengokré-Kayapó (2019), narra o processo de produção da tinta de jenipapo, mostrando desde a colheita até a mistura com o carvão moído para dar a pigmentação e consistência adequadas para ser aplicada no corpo.

O segundo curta, Mê’ok: nossa pintura (2014), apresenta uma série de entrevistas e registros com pessoas que cresceram com a pintura do jenipapo e urucum feita por suas mães.

“As mulheres são, por excelência, as produtoras das tintas de jenipapo e de urucum e são as que produzem a pintura corporal”, disse o curador. “Um dos filmes exibidos é mais curto e focado no papel das mulheres nesse movimento de produção das tintas e das pinturas. O outro traz mais elementos vinculados às tradições, a ancestralidade e às cosmologias”.

Mahku

Até o dia 4 de junho, o segundo subsolo do museu apresenta a maior exposição dedicada ao coletivo indígena Mahku, grupo de etnia huni kuin que vive no estado do Acre, na fronteira com o Peru. A curadoria é de Adriano Pedrosa, Guilherme Giufrida e Ibã Huni Kuin. “Essa é a primeira grande retrospectiva individual desse coletivo”, afirmou Giufrida, em entrevista à Agência Brasil.

A exposição celebra os dez anos do grupo, que surgiu oficialmente em 2013, embora tenha iniciado seus trabalhos bem antes, no início dos anos 2000, nos cursos de licenciatura indígena da Universidade Federal do Acre. “Naquele momento, por meio de oficinas universitárias, muitas práticas que são orais do povo huni kuin começaram a ser traduzidas em papéis e em desenhos, como se fossem partituras”, explicou o curador.

A mostra Mahku: Mirações apresenta cerca de 110 pinturas, desenhos e esculturas, que expressam as traduções de cantos, mitos, história da ancestralidade e visões do grupo. “A matéria-prima do trabalho do Mahku são as mirações – como eles chamam e que dá nome à exposição – que experienciam e visualizam nos rituais de ayahuasca, chamados de nixi pae”, acrescentou.

São Paulo (SP), 24/03/2023 - O Museu de Arte de São Paulo (Masp) recebe a exposição Mirações, do Movimento dos Artistas Huni Kuin - MAHKU, na programação anual dedicada às histórias indígenas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

São Paulo (SP), 24/03/2023 – O Museu de Arte de São Paulo (Masp) recebe a exposição Mirações, do Movimento dos Artistas Huni Kuin – MAHKU, na programação anual dedicada às histórias indígenas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil

Nixi pae são as bebidas sagradas, que surgem do mito da jiboia, animal que está muito presente nas pinturas feitas pelo grupo e que é considerada o ser da transformação. O mito narra o encontro de Yube Inu, um homem indígena, com Yube Shanu, a mulher-jiboia. O homem indígena se apaixona por ela e passa a viver junto ao povo da jiboia. Ali, ingere a bebida sagrada e experimenta as mirações. Por um momento de ciúme de seu sogro, devido ao conhecimento adquirido, Yube Inu foi mordido pela jiboia e acabou adoecendo, mas, antes de morrer, retorna ao povo de origem e ensina a receita da bebida. “Na verdade, esse é o momento em que o humano atravessou para o universo da jiboia e conheceu seu mundo, aprendeu a receita da bebida e a visualizar o mundo a partir desse paradigma”, afirmou o curador.

As obras apresentadas nessa mostra têm grandes dimensões e cores saturadas, sempre em tons vibrantes e intensos. A cor remete ao universo psicodélico presenciado pelos artistas durante os rituais com a bebida da ayahuasca. As imagens são ricamente carregadas de elementos, com jiboias e jacarés aparecendo com muita constância em cada tela. Há também obras feitas especialmente para o Masp, dedicadas a representar a Avenida Paulista bastante colorida, vista de cima e com prédios e carros deitados. Um olhar dos povos indígenas sobre o mundo urbano.

Outro destaque dessa exposição é um mural pintado em cores vibrantes nas laterais da rampa vermelha do museu, que interliga o primeiro e o segundo subsolos. “É muito comum que eles apresentem também pintura mural, feita especialmente para a arquitetura daquela galeria, algo que depois é desfeito”, disse Giufrida. “Tivemos a ideia de convidá-los a pintar a própria rampa. Foram feitas aprovações no Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] e no Condephaat [Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico] e foi permitida essa intervenção provisória de um ano. É uma pintura mural de 200 metros quadrados, somando-se todas as faces da rampa. O grupo veio completo do Acre para fazer essa pintura. Foi um trabalho bem árduo e acho que será bem impactante para o visitante”.

Além das pinturas, esculturas, desenhos e do mural pintado na rampa, a exposição também vai apresentar alguns cantos huni khuin, gravados e traduzidos para português e inglês.

Mais informações sobre as mostras podem ser obtidas no site do museu . O Masp tem entrada gratuita às terças-feiras.




Fonte: Agência Brasil

Mega-Sena deste sábado deve pagar prêmio de R$ 63 milhões


O Concurso 2.577 da Mega-Sena, que será sorteado neste sábado (25) à noite em São Paulo, deverá pagar o prêmio de R$ 63 milhões a quem acertar as seis dezenas. O sorteio será às 20h, no Espaço da Sorte, na Avenida Paulista.

O último concurso, na quarta-feira (22), não teve ganhadores e o prêmio ficou acumulado. As dezenas sorteadas foram 29 – 32 – 33 – 35 – 38 – 43.

As apostas para o sorteio de hoje podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país ou pela internet.

A aposta simples, com seis números marcados, custa R$ 4,50.

Bolão Caixa

O Bolão Caixa só é comercializado, com toda a segurança e com a entrega do recibo original de cota, nas casas lotéricas. Portanto, esse tipo de aposta não pode ser feita pela internet ou canais eletrônicos.

As lotéricas podem cobrar tarifa de serviço adicional de até 35% do valor da cota. Verifique os valores das apostas nas lojas lotéricas ou no site Loterias Caixa.




Fonte: Agência Brasil

Metrô SP: empreiteira pediu dispensa de estudos em área de quilombo


As pesquisas históricas e arqueológicas para obter as licenças necessárias para o início das obras da Linha Laranja – 6 do metrô de São Paulo ignoraram a história do bairro do Bixiga, na região central paulistana, ligada a uma comunidade quilombola. Ao contrário da maior parte das áreas afetadas pelas obras, não foram feitos estudos arqueológicos prévios no local, atendendo a um pedido da concessionária.

Estudo de impacto ambiental, realizado em 2014, chegou a apontar a sede da escola de samba Vai-Vai como um imóvel de possível interesse histórico e cultural. No entanto, os trabalhos de investigação arqueológica feitos posteriormente desconsideraram a região, ignorando os registros de que ali havia o Quilombo Saracura e que a agremiação foi fundada justamente pelos descendentes dessa comunidade, que reunia pessoas negras que fugiam do regime escravista.

A reportagem da Agência Brasil analisou a documentação do licenciamento ambiental pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a partir do Sistema Eletrônico de Informações (SEI).

Territórios negros ignorados

SÃO PAULO (SP) - Empresa pediu dispensa de estudos arqueológicos para obra em área de quilombo. - Vale do Saracura em 1900 - Foto:Vincenzo Pastore/Acervo Instituto Moreira Salles

SÃO PAULO (SP) – Vale do Saracura em 1900 – Foto: Vincenzo Pastore/Instituto Moreira Salles

Os pontos que foram abarcados pelos estudos vão do início da linha, no Morro Grande, zona norte paulistana, até Higienópolis, na parte central da cidade. Ficaram de fora as estruturas na região da Bela Vista, onde fica o Bixiga, e a Liberdade, outro bairro onde recentemente foi redescoberto o Cemitério dos Aflitos. Nesse local, entre 1775 a 1858, eram enterradas pessoas escravizadas e pobres, sendo também uma área importante para a história das populações afrodescendentes na capital paulista.

A respeito do bairro do Bixiga, nos estudos prévios apresentados pela A Lasca, há um destaque para a chegada dos imigrantes italianos a partir de 1880 e de “trabalhadores pobres”. Não há qualquer menção ao Quilombo Saracura, apesar de recortes de jornais do início do século 20 chamarem a região de “pequena África”. São lembrados os times de várzea e os cordões carnavalescos, como o Cai-Cai que deu origem à escola de samba Vai-Vai, entre 1920 e 1930.

Apagamento

Na avaliação da coordenadora de Direito a Cidades Antirracistas do Instituto de Referência Negra Peregum, Gisele Brito, houve uma tentativa de apagamento da história negra do Bixiga.

“Se sabia que aquele é um território negro. O Bixiga é um território negro. E aquele território específico onde estava sendo construída a estação era a Vai-Vai, que era um território negro vivo”, diz.

Para além das evidências históricas de que havia um quilombo na região, Gisele destaca que a escola de samba era um elemento atual que fazia conexão direta com esse histórico.

“A Vai-Vai era uma evidência que foi removida daquele território. Já havia várias referências historiográficas que havia ali um quilombo”, enfatiza.

O local onde estava localizada a escola de samba está ligado, segundo a especialista, a manifestações religiosas afrobrasileiras. “A gente sabe que o rio atrai vários rituais religiosos”, acrescenta sobre o Córrego Saracura, que atualmente está canalizado.

Moradores mais antigos lembram de uma relação próxima com o rio. “Eu tomava banho naquelas nascentes às 17h. Toda a negradinha ficava ali. E sempre tinha uma mãe, com sabão de cinzas para dar banho em todo mundo. Mas isso para provar que nós estamos há séculos no Bixiga”, disse um dos membros da diretoria da Vai-Vai, Fernando Penteado, ao participar de um evento na Câmara Municipal na última terça-feira (21).

Liberação sem estudos

O processo de licenciamento das obras no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) mostra que a A Lasca, empresa contratada pela concessionária responsável pelas obras para fazer os estudos arqueológicos, fez prospecções (coleta de materiais em campo) em 11 pontos do traçado da linha. Estão incluídos nessas áreas os locais onde devem ser construídas sete das quinze estações. As estruturas de ventilação e saídas de emergência também estão contempladas.

Em fevereiro de 2020, a superintendência do Iphan em São Paulo emitiu um parecer em que concedia liberação, do ponto de vista arqueológico, nas áreas onde haviam sido feitas as prospecções. Em março daquele ano, a concessionária Move São Paulo enviou uma carta pedindo que houvesse liberação de todas as áreas que seriam afetadas pelo empreendimento, mesmo aquelas em que não houve pesquisa prévia.

O documento, assinado pelo então presidente do consórcio, Raul Ribeiro Pereira Neto, argumentava que um ofício do Iphan de São Paulo, de abril de 2017, havia dispensado a empresa de continuar a fazer pesquisas arqueológicas nas áreas afetadas pelas obras da nova linha do metrô. Segundo o ofício, eram regiões “já impactadas pelo processo de urbanização”.

SÃO PAULO (SP) - Empresa pediu dispensa de estudos arqueológicos para obra em área de quilombo. - Carta Move pede dispensa. Foto: IPHAN/Reprodução

Foto: IPHAN/Reprodução

O ofício mencionado – 629 de 2017 – não consta no sistema digital que reúne a documentação relacionada ao licenciamento, conforme apontado pelo então superintendente substituto do Iphan, Ronaldo Ruiz ao responder o pedido de liberação da concessionária. Nesse documento, assinado em abril de 2020, o órgão dispensou a empresa de continuar os estudos arqueológicos nas áreas onde serão construídas as estações e outras estruturas, com base no ofício citado.

Mudança de concessionária

Em julho de 2020, a Move São Paulo transferiu o contrato para construção da Linha Laranja para a concessionária Linha Uni, que tem o grupo espanhol Acciona como maior acionista, além do banco de investimentos francês Société Générale e o fundo francês Stoa.

O rompimento do contrato com a Move aconteceu após a concessionária atrasar o cronograma de obras. A concessionária enfrentou dificuldades em captar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devido às condenações sofridas pelo grupo controlador da empresa, Odebrecht, em processos por corrupção a partir da Operação Lava Jato.

Em abril de 2022, após a demolição da sede da Vai-Vai e com as obras da futura estação de metrô em andamento, a Acciona informou ter encontrado no local um sítio arqueológico. Foram iniciadas então, escavações para buscar possíveis objetos de interesse histórico e cultural no local.

O relatório da empresa especializada em arqueologia não diz, entretanto, que os cordões e a escola foram fundados pela população negra que vivia na região.

SÃO PAULO (SP) - Empresa pediu dispensa de estudos arqueológicos para obra em área de quilombo. - Objetos encontrados no local das escavações..  Foto: IPHAN/Divulgação

Foto: IPHAN/Divulgação

O Iphan recomendou a paralisação das escavações após um alagamento afetar o canteiro de obras no início de fevereiro. Foram resgatados pedaços de louças, fragmentos de vidro, conchas e ossos de animais. Segundo o órgão, os materiais encontrados até o momento são de meados do século 20. Membros do Movimento Saracura Vai-Vai, que luta pela preservação do sítio arqueológico afirmam que alguns dos itens encontrados podem ser indícios de manifestações religiosas.

Em ofício enviado nessa quarta-feira (22) à empresa responsável pelos trabalhos arqueológicos, o Iphan diz que “as obras não relacionadas à segurança e instabilidade do terreno e do sítio” não devem ser retomadas no momento. Foram instaladas estruturas para conter não só a chuva, mas também poços e bombeamento para escoar as águas que afloram do subsolo. A previsão é que os trabalhos de resgate sejam retomados no próximo mês, com o fim do período chuvoso na cidade.

Outro lado

A Lasca afirma que tratativas posteriores ao licenciamento permitiram a preservação do sítio arqueológico. Segundo o relatório indicado pela empresa, foi feita uma primeira prospecção em agosto de 2021 e outra em março de 2022. “Essa área, assim como as demais que ainda não haviam sido, foi prospectada, monitorada, o sítio arqueológico foi encontrado e registrado e estamos na fase de escavação arqueológica”, destacou por e-mail a diretora técnica da empresa, Lúcia Juliani.

A Vai-Vai deixou a sede que ocupou por mais de 50 anos em setembro de 2021 e o imóvel foi demolido em outubro daquele ano.

No relatório apresentado pela A Lasca em abril de 2022, é feita uma contextualização da trajetória das populações negras na região do Bixiga, trazendo menções ao quilombo e conectando com a história do samba paulistano.

A Novonor, grupo que sucedeu a Odebrecht, não vai se manifestar por entender que o contrato e as responsabilidades associadas foram repassados à nova concessionária.

A reportagem também pediu esclarecimentos sobre o processo de licenciamento à concessionária Linha Uni e ao Iphan e aguarda retorno.




Fonte: Agência Brasil

Hora do Planeta convoca Brasil a apagar as luzes


Na noite de 25 de março, às 20h30, luzes serão apagadas em diversos pontos do país, para chamar a atenção da sociedade sobre a crise climática. O apagão faz parte da Hora do Planeta, evento promovido anualmente pela organização ambientalista não-governamental WWF.

A proposta é que indivíduos, grupos e empresas apaguem as luzes por 60 minutos, para pensar em como cuidar do planeta. Limpar a praia, plantar uma árvore, se engajar em movimentos comunitários ou simplesmente reunir os amigos no momento de desligar a energia elétrica são maneiras de aderir ao movimento.

Segundo a WWF, qualquer pessoa, em qualquer lugar, pode participar da mobilização. Apoiadores em mais de 190 países e territórios participam do evento, que acontece no Brasil desde 2009.

De acordo com Giselli Cavalcanti, analista de engajamento do WWF-Brasil, a Hora do Planeta tem mais de 400 eventos programados pelo país, tanto virtuais quanto presenciais. Este ano, a WWF-Brasil ofereceu um mapa de visibilidade dessas ações, que podem ser consultadas no site da instituição. “O objetivo é que, em um esforço global, a gente consiga fazer a nossa parte, mas também cobrar medidas urgentes dos governos e das lideranças para barrar a crise climática e reverter a queda da biodiversidade”, afirma Cavalcanti.

Uma parceria histórica

Tradicionais parceiros da WWF, os escoteiros têm diversas atividades programadas para a Hora do Planeta, tais como vigílias, debates e observação de estrelas. Bruno Souza, diretor do Grupo Escoteiro José de Anchieta (GEJA), em Brasília, explica que os escoteiros já trabalham sobre um conjunto de ações associadas aos objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e que as atividades programadas para o dia 25 fazem parte dessas ações.

“O GEJA participa da Hora do Planeta desde que ela começou no Brasil, então todo ano a gente faz ações desse tipo e, principalmente, orienta os nossos jovens sobre a responsabilidade de cada um na questão da preservação do meio ambiente”, diz.

Para Giselli Cavalcanti, a participação dos escoteiros na Hora do Planeta tem um impacto significativo. “Essas crianças e esses jovens estão se engajando com a pauta ambiental, estão levando essa discussão para outros espaços também, seja nas escolas, nas comunidades, nas famílias”, explica. Cavalcanti destaca ainda o envolvimento crescente das empresas, que têm participado da mobilização com palestras, workshops e apoio a projetos de cuidado ambiental, além de reverem suas formas de atuação.

No apagar das luzes

No Brasil, monumentos e prédios públicos em diversas cidades devem apagar suas luzes às 20h30 deste sábado, como forma de adesão ao movimento. Enquanto isso, na Mongólia, acontecerá um desfile de moda sustentável com estilistas locais, apresentando roupas recicladas e redesenhadas. Já o WWF-Letônia sediará seu tradicional concerto da Hora do Planeta para parceiros e apoiadores. Essas e outras ações fazem parte dos esforços da instituição “para que a década termine com mais natureza e biodiversidade do que quando começou”, a fim de evitar danos irreversíveis ao planeta.

A bióloga Nurit Bensusan, especialista em biodiversidade e pesquisadora do Programa de Política e Direito do Instituto Socioambiental (ISA), questiona a efetividade dessas ações. Para ela, a Hora do Planeta seria mais um apaziguamento de consciência que uma proposta de transformação.

“Cada pessoa individualmente poderia fazer muito mais, se posicionando contra uma economia que despeja seus impactos socioambientais nos outros agentes da sociedade. Cada um de nós poderia contribuir para tornar essa economia inaceitável, mas a gente não faz isso”, destaca.

Bensusan citou o relatório lançado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) na última segunda-feira (20). O documento alerta que a temperatura média mundial subiu 1,1 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais – uma consequência direta de mais de um século de queima de combustíveis fósseis, bem como do uso desordenado e insustentável de energia e do solo.

O relatório também aponta que os desastres naturais relacionados ao clima atingem sobretudo as pessoas econômica e socialmente mais vulneráveis. “É muito difícil a gente analisar a crise climática separada do colonialismo, do racismo, da discriminação, do preconceito e das desigualdades”, complementa.

De acordo com a bióloga, para transformar o cenário atual, apenas mudanças na rotina não são suficientes. Para ela, uma espécie de “fé’ na tecnologia nos faz crer que os danos socioambientais causados pelo clima são contornáveis, o que levaria a um adiamento de soluções efetivas. “O que funcionaria seria uma conscientização radical das pessoas”, defende. Já para Giselli Cavalcanti, a Hora do Planeta aumenta a conscientização e a mobilização dos diferentes setores da sociedade na causa ambiental, o que pode ser considerado um dos efeitos positivos da campanha.




Fonte: Agência Brasil

Baía de Guanabara tem neste sábado um dia de limpeza


A Baía de Guanabara passa neste sábado (25) por um dia de limpeza, e o trabalho promete ser intenso, uma vez que a quantidade de lixo e a poluição na região é um problema antigo. Para realizar a tarefa, a Rede de Conservação Águas da Guanabara (Redagua), que promove a ação, juntou os Projetos Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e Uçá, patrocinados pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, na segunda edição do Clean Up Bay – Dia de Limpeza da Baía de Guanabara.

Esta é a segunda edição do Dia de Limpeza da Baía de Guanabara, inspirado no Clean Up Day, ação mundial promovida anualmente no terceiro sábado de setembro para um mundo sem lixo. Mais uma vez, a ação faz parte do calendário Rio 2030, que inclui ações de educação sustentável com a intenção de sensibilizar a população do estado para a necessidade de cuidados com o meio ambiente.

“O impacto do que queremos causar com este evento, na verdade, é no dia a dia das pessoas. Que elas se envolvam, participem e se sintam impactadas por verem tanto lixo na praia, por verem tantos sacos de lixo coletados e repensem as ações rotineiras de casa, como o próprio descarte do lixo, como o consumismo desenfreado. A ideia é que haja reflexão sobre o que se pode fazer a respeito,” disse a coordenadora geral do Projeto Coral Vivo, a oceanógrafa Flávia Guebert, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo o Coral Vivo, o objetivo de eventos como este é impactar e surpreender as pessoas com a quantidade de lixo escondida na praia, porque a paisagem acaba disfarçando um pouco, e com o que elas podem fazer dentro de casa mesmo”, completou Flávia. Ela informou que ações semelhantes também são realizadas anualmente no estado da Bahia, onde funciona a sede do projeto.

“Estamos na Década do Oceano, que vai de 2021 a 2030, então, a ideia é que olhar para o mar e ver o mar como nosso jardim, o jardim da nossa casa, porque todos dependemos do mar. O oceano regula o nosso clima, nos dá alimento, traz recursos financeiros para quem trabalha com diversas atividades, mas não é só exploração, é cuidado também”, afirmou.

O trabalho de coleta, triagem e destinação de resíduos vai começar às 9h em cinco pontos diferentes nos municípios de São Gonçalo (Praia das Pedrinhas), Niterói (praias de Itaipu e Boa Viagem), Magé (Praia de Piedade), Cachoeiras de Macacu (Rio Macacu) e Tanguá (Rio Caceribu), na região metropolitana do Rio. Depois da coleta e da triagem, o material recolhido será classificado, registrado e pesado.

A bióloga e educadora ambiental do Projeto Meros do Brasil Luana Seixas elogiou a extensão dos pontos incluídos na ação deste sábado e destacou também o aumento de demanda de voluntários para esta edição. “Comparativamente à edição do ano passado, que foi mais para o meio do ano, nesta, aumentamos nossos pontos de atuação, o que mostra que vieram demandas de pessoas dessas regiões. No ano passado, tínhamos quatro pontos. Para nós, é um indicador de transformações e mudanças e, comparativamente, também um aumento dos voluntários.”

O projeto é comprometido com a preservação e recuperação dos meros (Epinephelus itajara), uma espécie de peixe ameaçada por capturas ilegais e pela falta de qualidade da água de manguezais e de áreas de foz dos rios da Baía de Guanabara. De acordo com Luana, este é mais um motivo para a realização de ações como o Dia da Limpeza.

“O declínio da população [de meros] em território nacional está muito ligado à intervenção humana. A pesca é um problema, mas lógico também que estamos usando o ambiente em que o peixe vive, que são áreas costeiras, áreas de manguezal, ou mar aberto, em esportes, pescaria ou como lixo que, sendo levado, acaba prejudicando essa espécie de peixe para o local em que ele está sob ameaça”, acrescentou a bióloga.

Para o presidente da organização não governamental (ONG) Guardiões do Mar e coordenador do Projeto Uçá, de preservação de caranguejos, Pedro Belga, a velocidade das mudanças climáticas torna cada vez mas evidente a necessidade de realizar ações deste tipo para redução da quantidade de lixo e sensibilização das populações. Por isso, o biólogo diz que é importante fazer o evento na Baía de Guanabara, que costuma estar no inconsciente coletivo das pessoas como algo ruim.

“Quando se consegue criar uma data específica para tratar de limpeza e colocar as pessoas do bem, juntas, isso ajuda em uma emergência, na urgência que a gente tem. Quanto mais eventos sobre o tema, quanto mais voluntários se engajam, mais se consegue espalhar a corrente do bem e acelerar essa urgência em mobilizar as pessoas para as questões do resíduo sólido, da conservação ambiental e obviamente das emergências climáticas”, disse ele à Agência Brasil.

Pedro Belga revelou que, no começo do Projeto Caranguejo Uçá de preservação na espécie na Baía de Guanabara, os catadores entediam que seriam transformados em coletores de lixo. “Hoje eles entendem que, ao tirar um sofá do mangue, aquele espaço ocupado pelo sofá estará disponível para que novas tocas de caranguejo se espalhem. Eles ganham a longo prazo. Hoje existem catadores de caranguejo e pescadores artesanais na Baía de Guanabara muito envolvidos na questão do resíduo sólido, porque entenderam que o lixo diminui a economia, a atividade deles e as áreas de trabalho”, acrescentou.

Os voluntários inscritos no Clean Up Bay receberam capacitação online na quarta-feira (22), com o objetivo de formar lideranças para limpeza de praias e outros ambientes, com orientações sobre o uso adequado de equipamentos de proteção individual, extensão da área a ser trabalhada, dinâmica da atividade e tudo o que o voluntário precisa para participar do dia de limpeza, ou organizar a atividade semelhante em sua própria comunidade. Segundo o biólogo, mais de 100 voluntários participaram da capacitação. “Há um interesse maior das pessoas, que querem fazer. Só não sabem como. Às vezes, as pessoas não percebem como é simples cuidar com pequenos atos.”

A guia de turismo Natália Gonçalves, que tem especialização em atrativos naturais, de 26 anos, moradora de Cachoeiras de Macacu, está entre os voluntários que passaram pela capacitação. Natália fez um curso de condutores de trilha no Projeto Guapiaçu, que considera muito importante para a cidade, e disse que, no trabalho, sempre se depara com muito desrespeito à natureza.

“O ser humano precisa de uma educação ambiental absurda, porque é muito lixo. Uma vez, na saída de um passeio em um poço, vimos que uma família deixou uma sacola pendurada no galho da árvore. Para chegar ao poço, tem que fazer trilha. Será que essas pessoas não têm consciência de que lá não vai passar caminhão de lixo, de que não tem coleta?”, indagou.

Natália disse que, desde pequena, interessa-se por questões relacionadas ao meio ambiente e é assim que gosta de educar o filho Paulo César, de 6 anos. “Uma vez também eu estava tomando banho de rio com meu filho, e ele viu uma pessoa jogar uma tampinha de garrafa, na mesma hora ele falou: ‘mãe isso é errado’. Ele estava certo.”

Coleta

Protesto de Ambientalistas na Baía de Guanabara

Além de coletar resíduos, iniciativa visa chamar a atenção para o cuidado com o meio ambiente – Fernando Frazão/Agência Brasil

Na edição anterior, em junho de 2022, em apenas uma hora de trabalho, foram recolhidos 530 quilos de resíduos em 180 metros de faixas de areia. Desse volume, 39% eram resíduos plásticos encontrados sob diferentes formas, desde itens maiores, como sacos de plástico, redes de pesca e fragmentos de isopor, até lacres e anéis de plástico das embalagens de bebidas.

Na coleta foram encontrados ainda canudos e brinquedos, que podem provocar lesões nos peixes, mamíferos e aves marinhas.

O Clean Up Bay conta com apoio do Projeto Do Mangue ao Mar, em convênio com a Transpetro, nas atividades desenvolvidas na Praia de Piedade, em Magé.

Como ocorreu no ano passado, o Dia de Limpeza da Baía de Guanabara tem a participação de Moçambique, que fará ação semelhante em uma de suas praias, a de Macaneta, em ação de limpeza realizada pela Cooperativa de Educação Ambiental Repensar.




Fonte: Agência Brasil

EBC recebe autorização para operação de rádio em quatro capitais


As capitais brasileiras do Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE) e Porto Velho (RO) foram autorizadas, nesta sexta-feira (24), a receber o sinal de rádio da programação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). No total, mais de 10,4 milhões de pessoas poderão ser beneficiadas com os serviços da nova rádio nas localidades.

O Ministério das Comunicações (MCom) publicou as portarias para execução do serviço de radiodifusão em Frequência Modulada (FM) com finalidade exclusivamente educativa. A empresa poderá operar na frequência FM 87,1 MHz nas quatro capitais.

O MCom também autorizou a EBC a operar no canal 16 para a transmissão de televisão digital em Rio Branco (AC). A execução do serviço de radiodifusão de sons e imagens, em tecnologia digital, também será exclusivamente educativa.

As permissões são reguladas pelo Código Brasileiro de Telecomunicações (CBT). As consignações terão efeitos legais somente após deliberação do Congresso Nacional.




Fonte: Agência Brasil

Banda argentina El Zombie apresenta show com mistura de surf garage e música latina em Presidente Prudente




Apresentação gratuita, neste sábado (25), tem repertório com estilos ska, punk e swing jazz. Banda El Zombie apresenta mistura de de surf garage e música latina de forma gratuita, em Presidente Prudente (SP)
Gio Casabona
A banda argentina El Zombie irá se apresentar neste sábado (25), às 16h, de forma gratuita, no Sesc Thermas de Presidente Prudente (SP).
O grupo, que nasceu na zona norte de Buenos Aires, apresenta uma combinação de ska, punk, swing jazz e música latina em seus discos.
Com três álbuns lançados e o quarto previsto para sair em 2023, a banda é composta por Guille, no vocal e guitarra, Mao, no baixo, Flor Gavirati, no vocal, Pablo Kemmler, na bateria, e Santulli Soto, no saxofone.
El Zombie já se apresentou em importantes casas de shows argentinas e participou de um programa televisivo conhecido no meio musical. Além disso, a banda já realizou três turnês internacionais.
O show será realizado na Área de Convivência do Sesc Thermas, às 16h, com entrada livre e gratuita.
O Sesc Thermas fica na Rua Alberto Petes, número 111, no Jardim das Rosas, em Presidente Prudente.
Para mais informações, o telefone para contato é o (18) 3226-0400.

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Fonte: G1