Especialistas pedem ações do governo contra mudanças climáticas


A intensidade e a velocidade com que mudanças climáticas vem ocorrendo nas últimas décadas, caracterizadas por chuvas intensas e desastres naturais, têm preocupado especialistas. Para a coordenadora do Seminário Internacional Grito das Águas do Distrito Federal, a professora da Universidade de Brasília Rosângela Correa, essas mudanças têm principalmente dois impactos: o excesso de chuvas ou a seca. E os mais afetados são os moradores de comunidades mais pobres.

“Em qualquer uma das duas situações, os mais afetados são as populações vulneráveis, as populações mais pobres e que estão e são as que menos contribuem pra essas mudanças climáticas. Vulcões, furacões, enchentes fazem parte do movimento do planeta Terra. A questão é a velocidade com que esses fenômenos vêm acontecendo nas últimas décadas e a intensidade”.

Na avaliação da professora, a solução do problema das mudanças climáticas passa pelo envolvimento das universidades, dos governos, dos movimentos sociais, organizações não-governamentais, iniciativa privada e cidadãos. “É muito importante pensar que mudança climática não é um fenômeno ambiental simplesmente, mas ele é consequência de modus vivendi das sociedades humanas. Onde estamos destruindo em nome de quê? Para quem? Quem se beneficia com essa destruição?”, questiona.

De acordo com especialistas participantes do seminário, o crescimento desordenado e a falta de investimento em políticas públicas, especialmente em saneamento básico, estão entre os principais fatores para esse cenário de degradação ambiental. Rosângela critica a falta de empenho político do Congresso Nacional em reverter esse cenário.

“Saneamento básico não é uma coisa que a população veja, né. Mas é uma obra de grande custo, absolutamente necessária. Com a pandemia isso ficou muito evidente, se dizia: as pessoas têm que lavar as mãos. Lavar as mãos com que água, se ela não chega na população mais necessitada?”.

Outro aspecto fundamental desse debate, avalia, é o esgotamento dos recursos hídricos. “O cuidado com a água não é só fechando a torneira. Os maiores consumidores de água são os grandes produtores de commodities, que subtraem bilhões de litros de água do subsolo todos os dias, mas essa água não é cobrada. E depois essa soja, por exemplo, vai alimentar bois americanos e europeus. Cada boi que sai no nosso país, quantas toneladas de água esse boi não tomou durante a sua vida pra que ele seja exportado? O Brasil está exportando água”, critica.

Dia Mundial da Água

Dia 22 de março é o Dia Mundial da Água, data criada com o objetivo de a promover conscientização sobre a relevância da água para a nossa sobrevivência e de outros seres vivos. A data foi sugerida na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992 e passou a ser comemorada em 1993. Além disso, é um momento para lembrar a importância do uso sustentável desse recurso e a urgente necessidade de conservação dos ambientes aquáticos, evitando poluição e contaminação.

Ao final do Seminário Grito das Águas do DF será elaborada uma carta a ser enviada à Organização das Nações Unidas (ONU) para chamar a atenção da comunidade internacional para a necessidade da preservação das águas no Brasil e, especialmente, do cerrado brasileiro, considerado a maior savana do planeta terra.




Fonte: Agência Brasil

Irmã do cadeirante que morreu com 80% do corpo queimados em incêndio é presa temporariamente suspeita de ter provocado as chamas, em Martinópolis


Em nota ao g1, o HR informou que o paciente em questão, “deu entrada na unidade no último dia 6 deste mês, onde foi prontamente atendido pela equipe médica e multiprofissional. Devido à gravidade de seu quadro clínico, o óbito foi constatado às 03h20 da madrugada desta segunda-feira”.




Fonte: G1

Grupo apresenta proposta para preservação da memória negra do Bixiga


O movimento Mobiliza Saracura Vai-Vai protocolou hoje (21), na Câmara de Vereadores de São Paulo, um projeto de educação patrimonial para o bairro do Bixiga, na região central paulistana. A organização busca preservar a história do bairro, afetado pela construção de uma estação de metrô da futura Linha 6 – Laranja, conhecida por 14 Bis. As obras levaram à demolição da sede da escola de samba Vai-Vai, em um dos pontos que, segundo o movimento, era área importante do antigo quilombo que existia na região.

A organização vem pressionando para que a concessionária Linha Uni, responsável pelas obras do metrô, preserve objetos de valor arqueológico que façam parte da história de resistência negra do bairro. A proposta foi apresentada em evento público organizado pela vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL-SP).

Em fevereiro, escavações arqueológicas financiadas pela concessionária foram paralisadas por recomendação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) devido aos alagamentos que se formaram no canteiro de obras, ameaçando os itens de valor histórico. Os trabalhos devem ser retomados após o fim do período de chuvas na cidade. Apesar das inundações, a vistoria feita pelo instituto não constatou danos ao sítio arqueológico.

Preservação da memória

O Mobiliza Saracura propõe que sejam adotadas o quanto antes medidas para resgatar e preservar a história do bairro e do antigo Quilombo Saracura. “Ações de educação, palestras, atividades, iniciativas de pesquisa. Uma visão, que a gente chama de uma cosmologia de educação patrimonial para que os achados, os materiais e a história, seja oral, seja material, seja devolvida para a população do Bixiga e do Brasil”, resume uma das integrantes do movimento, Luciana Araújo.

De acordo com Luciana Araújo, a proposta também foi levada ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo.

Algumas ações já começaram a ser desenvolvidas pelos próprios militantes. “Já fizemos 30 entrevistas com pessoas mais velhas, que vivem ou viveram no bairro. Mas isso foi o que a gente conseguiu fazer. A gente já tem uma lista de quase 100 pessoas que a gente não deu conta de entrevistar. Mas tem muita gente que a gente nem encontrou ainda”, destaca a ativista.

O movimento tem promovido ainda rodas de conversa, aulas públicas e caminhadas com roteiros que passam por pontos importantes da história negra do bairro.

Luciana Araújo destaca a importância de ações de manutenção da memória aconteçam de imediato. “A gente sabe que tem gente viva que é importante correr atrás, inclusive porque são pessoas que já estão idosas”, exemplifica. “São, em geral, pessoas que guardam uma memória oral muito rica e que, em muitos casos, [a memória] só existe oralmente”, acrescenta.

A decisão de demolir a sede da escola de samba para a construção da estação de metrô que, segundo o movimento, poderia estar em outros pontos, é uma forma de apagar a história das pessoas negras na cidade de São Paulo. “A permanência do Vai-Vai até o momento de hoje foi também uma aglutinação de toda uma resistência e permanência cultural que manteve esse elo entre gerações. Se as pessoas perdem esses vínculos, daqui 20 ou 30 anos, quem vai contar essas histórias. Por isso que a gente considera que não é por acaso, é um projeto de apagamento da memória negra do Bixiga”, diz Araújo.

Antigo morador da região e membro da diretoria da Vai-Vai, Fernando Penteado relembrou o tempo em que era possível tomar banho nas nascentes e no próprio Córrego Saracura. “Eu tomava banho naquelas nascentes às 17h. Toda a negradinha ficava ali. E sempre tinha uma mãe, com sabão de cinzas para dar banho em todo mundo. Mas isso para provar que nós estamos há séculos no Bixiga.”




Fonte: Agência Brasil

Prefeitura de Presidente Prudente abre procedimento administrativo para apurar remoção de 40 metros de pedras já instaladas no Camelódromo


“O município informa que uma força-tarefa, com servidores de diversas secretarias e da Prudenco, já foi iniciada para reparar o dado, que deve ser concluído até sexta-feira, não ocasionando prejuízos no cronograma. A contratada se responsabilizará quanto ao dano causado ao erário público, valor que será descontado da medição do pagamento à empresa”, ressaltou.




Fonte: G1

Ministério do Turismo lança campanha contra assédio sexual de mulheres


O governo federal lançou campanha contra turismo sexual. Batizada de “O turismo respeita as mulheres”, a ação ocorre após episódio em que turistas norte-americanos participaram de festa em São Paulo, organizadas por “coaches de namoro contratados para ajudá-los a conquistar mulheres brasileiras. O caso é investigado pelas autoridades policiais do Brasil.

De acordo com o Ministério do Turismo, a campanha prevê divulgações de vídeos sobre o combate ao turismo sexual no país e envolverá órgãos governamentais e empresas do setor turístico.

Em um primeiro vídeo, divulgado nas redes sociais, as ministras do Turismo, Daniela Carneiro, e das Mulheres, Cida Gonçalves, alertam que assédio sexual e importunação sexual são crimes e devem ser denunciados.

“Quero esclarecer que exploração sexual não é turismo, é crime. Precisamos nos posicionar e denunciar situações como essas às autoridades competentes”, disse a ministra Daniela Carneiro.

Para saber como denunciar, basta ligar para o Disque 100.

“Nós, aqui do governo federal, estamos vigilantes para proteger as mulheres de toda e qualquer tipo de violência e misoginia. Esse combate também ocorrerá no âmbito do turismo. Nós, as mulheres brasileiras, merecemos respeito”, afirmou a ministro Cida Gonçalves.

Entenda o caso

No último dia 20, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, solicitou à Polícia Federal que investigue o grupo Millionaire Social Club (MSC), suspeito de explorar sexualmente mulheres brasileiras.

O grupo norte-americano oferece cursos de relacionamento para homens e costuma visitar cidades de países da América Latina e sudeste asiático para que os homens possam testar essas supostas técnicas. No final de fevereiro, os coaches promoveram uma festa na capital paulista e teriam convidado mulheres brasileiras para serem cobaias sem o conhecimento delas.  Algumas das mulheres que estiveram nessa festa viram as fotos nas redes sociais do grupo e abriram uma denúncia.

A Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação contra os dois estrangeiros que seriam líderes do grupo e que deverão ser chamados a depor.

Nas redes sociais, eles afirmam que houve consentimento de todos os participantes da festa e que dar dicas de como usar aplicativos de relacionamento não é crime.




Fonte: Agência Brasil

Campanha da Unesp arrecada livros para incentivar a leitura de presos no Oeste Paulista


Todos os projetos de leitura são pautados na Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, pela Portaria Conjunta do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo nº 001, de 02 de maio de 2019, pela Resolução do Conselho Nacional de Justiça nº 391, de 10 de maio de 2021 e pelas Portarias Funap nº 072 e 077, de 01 de outubro de 2021.




Fonte: G1

Chuvas deixam 33 municípios em situação de emergência no Maranhão


No Maranhão, pelo menos cinco pessoas morreram e 33 municípios estão em situação de emergência por causa das chuvas que caem desde o fim de semana. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 399 famílias estão desabrigadas. 

Em Santa Luzia do Tide, a 300 km da capital São Luís, um deslizamento de terra deixou duas vítimas. Os bombeiros e o Centro Tático Aéreo foram acionados para o resgate de dezenas de moradores com helicóptero. As ruas e as casas próximas do morro ficaram tomadas pela lama. Em Açailândia, perto da fronteira com Pará e Tocantins, um carro foi arrastado pela enxurrada e três pessoas morreram.

Nos municípios de Barra do Corda e Santo Antônio dos Lopes, barreiras de açudes foram rompidas, provocando alagamentos. A água dos rios subiu, cobriu ruas e entrou em diversas casas. Pelo menos 450 cestas básicas; 700 garrafões de água e 600 colchões estão sendo entregues para as famílias.

Equipes da Defesa Civil Estadual foram deslocadas para as regiões afetadas, para ajudar as equipes municipais.

No Ceará, subiu para 24 o número de açudes que transbordaram, alagando áreas do entorno. Algumas cidades também estão em situação de emergência. Duzentas e cinquenta famílias foram removidas de locais de risco nas cidades de Aratuba, Itapipoca e Uruburetama.

No Piauí, a Defesa Civil e o gabinete de crise se reuniram nessa segunda-feira (20) para tratar de medidas emergenciais nos municípios mais castigados. A Defesa Civil está preocupada com o transbordamento do rio Marataoan e o alagamento de trechos do município de Barras. As fortes chuvas devem permanecer no estado até o próximo dia 25, quando as condições atmosféricas na região podem melhorar.

O Inmet, Instituto Nacional de Meteorologia, emitiu alerta de perigo por causa de chuvas intensas para Maranhão, Piauí e Tocantins. O alerta vale até as 10h de quarta-feira (22) e prevê chuva de até 100 milímetros no acumulado do dia, com ventos de até 100 km/h.

Ouça na Radioagência:




Fonte: Agência Brasil

ONG em São Paulo doa perucas para pacientes com câncer


O Banco de Perucas Móvel – um caminhão customizado com prateleiras de perucas, espelho e acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida – circula pela cidade de São Paulo realizando um cronograma de ações solidárias em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, 8 de março. 

No banco são oferecidos cortes de cabelos gratuitos para quem doar cabelos, além de doação de perucas e kits para crianças e mulheres com câncer, que encontrarão ali um ambiente acolhedor, onde poderão experimentar perucas até encontrar a ideal.

São Paulo (SP),21/03/2023 - Ação solidária da Cabelegria promove corte de cabelo gratuito e doação de perucas para pacientes no Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Ação da Cabelegria promove corte de cabelo gratuito e doação de perucas para pacientes no Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho – Fernando Frazão/Agência Brasil

A ação é da Cabelegria, organização que há nove anos confecciona e distribui gratuitamente perucas para crianças e mulheres com câncer em todo o Brasil.

A fundadora da entidade, Mariana Robrahn, disse – sobre a importância da iniciativa para as pacientes com câncer – que “infelizmente a quimioterapia faz cair todos os cabelos de uma mulher que já está fragilizada. A doação da peruca faz com que os pacientes que não querem passar pelo tratamento careca se sintam [numa situação] melhor”.

Vida social

São Paulo (SP),21/03/2023 - A estudante Kethely Amanda Gomes recebe doação de peruca da Cabelegria no Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Estudante Kethely Amanda Gomes recebe doação de peruca da Cabelegria no Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho – Fernando Frazão/Agência Brasil

A ação melhora a vida social das pacientes, disse ela. “Muitas vezes, para esses pacientes, além de devolver a autoestima, devolvemos também a vida social, pois alguns deles param de sair porque não querem que os vejam sem cabelos. Além da doação da peruca, o Banco de Perucas Móvel é uma experiência. Nele, a paciente faz uma linda maquiagem e pode experimentar diversas perucas até encontrar a que mais gosta!”, afirmou Mariana.

Paciente em tratamento, Elaine Cabral disse que está feliz com a peruca recebida. “Foi a melhor coisa que me aconteceu, pois queria muito um cabelo, estou muito feliz. A Cabelegria trouxe a minha autoestima de volta, sou muito grata pelo trabalho lindo que eles fazem, um atendimento maravilhoso, só gratidão”.

A Ariana Santos, que também esteve no Banco de Perucas Móvel, revelou que amou a peruca e principalmente a iniciativa. “É um ato de amor e carinho com todas nós, mulheres em tratamento. Foi muito gratificante o momento no caminhão: as pessoas doando e nós ali experimentando as perucas. Foram momentos de muita alegria, principalmente no dia das mulheres”.

Sā Paulo (SP) - Ariana Santos Landuci Silva, posa para foto com sua peruca do projeto

Ariana Santos Landuci Silva, posa para foto com sua peruca do projeto O Banco de Perucas Móvel – Cristiane Burckauser/Divulgação Cabelegria

Desde o início do mês, já houve sete dias de ação. “Esses dias foram bem expressivos, tivemos 155 cortes de cabelo para doação, 865 unidades de cabelos entregues já cortados e 45 perucas doadas”, detalhou Mariana.

A próxima iniciativa será no sábado (25),  das 9h às 14h, na Rua São Lucas 5B – Jardim de São Lázaro, Ferraz de Vasconcelos, São Paulo.

As pacientes que queiram retirar peruca de doação, devem apresentar laudo médico, identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF). Pacientes oncológicos também devem apresentar comprovante de quimioterapia. Será preenchido cadastro para liberação da doação.

Doação

São Paulo (SP), 21/03/2023 - A cabelereira Ana Barbara Romero recebe doação de peruca da Cabelegria no Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Cabelereira Ana Barbara Romero recebe doação de peruca da Cabelegria – Fernando Frazão/Agência Brasil

As pessoas que quiserem doar cabelo podem ir aos pontos de coleta disponíveis no site ou doar  cabelo através dos Correios: A/C Cabelegria, Caixa Postal – 75207 – São Paulo/SP,  CEP. 02415-972 – CNPJ – 20.000.573/0001-22.

Para doações, o cabelo precisa ter, no mínimo, 20 centímetros. É importante que o cabelo seja amarrado antes do corte e que esteja seco sem chapinha ou escova.

A organização confecciona 50 perucas por mês e não há fila de espera para entregas pedidas pelo site e enviadas por Sedex sem custo. “São necessárias cerca de trezentas gramas de cabelo (aproximadamente cinco mechas de pessoas diferentes) para confeccionar uma única peruca”, explica a  organização.

Desde sua criação, a Cabelegria arrecadou milhares de doações de fios, transformando o projeto em uma corrente mundial do bem, que já realizou mais de 12 mil entregas gratuitas para crianças e mulheres.




Fonte: Agência Brasil

São Paulo tem perucas grátis para pacientes com câncer


O Banco de Perucas Móvel – um caminhão customizado com prateleiras de perucas, espelho e acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida – circula pela cidade de São Paulo realizando um cronograma de ações solidárias em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, 8 de março. 

No banco são oferecidos cortes de cabelos gratuitos para quem doar cabelos, além de doação de perucas e kits para crianças e mulheres com câncer, que encontrarão ali um ambiente acolhedor, onde poderão experimentar perucas até encontrar a ideal.

A ação é da Cabelegria, organização que há nove anos confecciona e distribui gratuitamente perucas para crianças e mulheres com câncer em todo o Brasil.

A fundadora da entidade, Mariana Robrahn, disse – sobre a importância da iniciativa para as pacientes com câncer – que “infelizmente a quimioterapia faz cair todos os cabelos de uma mulher que já está fragilizada. A doação da peruca faz com que os pacientes que não querem passar pelo tratamento careca se sintam [numa situação] melhor”.

Vida social

A ação melhora a vida social das pacientes, disse ela. “Muitas vezes, para esses pacientes, além de devolver a autoestima, devolvemos também a vida social, pois alguns deles param de sair porque não querem que os vejam sem cabelos. Além da doação da peruca, o Banco de Perucas Móvel é uma experiência. Nele, a paciente faz uma linda maquiagem e pode experimentar diversas perucas até encontrar a que mais gosta!”, afirmou Mariana.

Paciente em tratamento, Elaine Cabral disse que está feliz com a peruca recebida. “Foi a melhor coisa que me aconteceu, pois queria muito um cabelo, estou muito feliz. A Cabelegria trouxe a minha autoestima de volta, sou muito grata pelo trabalho lindo que eles fazem, um atendimento maravilhoso, só gratidão”.

A Ariana Santos, que também esteve no Banco de Perucas Móvel, revelou que amou a peruca e principalmente a iniciativa. “É um ato de amor e carinho com todas nós, mulheres em tratamento. Foi muito gratificante o momento no caminhão: as pessoas doando e nós ali experimentando as perucas. Foram momentos de muita alegria, principalmente no dia das mulheres”.

Desde o início do mês, já houve sete dias de ação. “Esses dias foram bem expressivos, tivemos 155 cortes de cabelo para doação, 865 unidades de cabelos entregues já cortados e 45 perucas doadas”, detalhou Mariana.

A próxima iniciativa será no sábado (25),  das 9h às 14h, na Rua São Lucas 5B – Jardim de São Lázaro, Ferraz de Vasconcelos, São Paulo.

As pacientes que queiram retirar peruca de doação, devem apresentar laudo médico, identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF). Pacientes oncológicos também devem apresentar comprovante de quimioterapia. Será preenchido cadastro para liberação da doação.

Doação

As pessoas que quiserem doar cabelo podem ir aos pontos de coleta disponíveis no site ou doar  cabelo através dos Correios: A/C Cabelegria, Caixa Postal – 75207 – São Paulo/SP,  CEP. 02415-972 – CNPJ – 20.000.573/0001-22.

Para doações, o cabelo precisa ter, no mínimo, 20 centímetros. É importante que o cabelo seja amarrado antes do corte e que esteja seco sem chapinha ou escova.

A organização confecciona 50 perucas por mês e não há fila de espera para entregas pedidas pelo site e enviadas por Sedex sem custo. “São necessárias cerca de trezentas gramas de cabelo (aproximadamente cinco mechas de pessoas diferentes) para confeccionar uma única peruca”, explica a  organização.

Desde sua criação, a Cabelegria arrecadou milhares de doações de fios, transformando o projeto em uma corrente mundial do bem, que já realizou mais de 12 mil entregas gratuitas para crianças e mulheres.




Fonte: Agência Brasil

CCBB RJ recebe 3ª Mostra de Cinema Árabe Feminino com sessões grátis


O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ) abre nesta quarta-feira (22) a 3ª Mostra de Cinema Árabe Feminino, que oferecerá ao público, até o dia 10 de abril próximo, a oportunidade de conhecer 34 obras cinematográficas dirigidas por mulheres árabes que residem ou não nos países do Oriente Médio e que retratam a diversidade do cinema árabe contemporâneo. As cineastas são oriundas de oito países: Egito, Líbano, Palestina, Sudão, Iêmen, Síria, Argélia e Marrocos. A entrada é gratuita e os ingressos estão disponíveis na bilheteria física do CCBB RJ ou no site, a partir das 9h do dia da sessão. O patrocínio é do Banco do Brasil.

A sócia da Partisane Filmes, Analu Bambirra, que divide a curadoria da mostra com a brasileira Carol Almeida e a egípcia Alia Ayman, disse hoje (21) à Agência Brasil que a maioria dos filmes que serão apresentados é inédita no Brasil. A seleção foi feita a partir de pesquisa entre festivais e curadores de cinema. Durante 20 dias, questões políticas e sociais, vivências LGBTQIAP+, masculinidades, família, entre outros temas, passarão pela tela do Cinema 1 do CCBB RJ. A programação completa pode ser acessada online.

Debates

Também diretora e produtora da Mostra de Cinema Árabe Feminino, Analu Bambirra destacou dois filmes, cujas realizadoras estarão no Brasil para debate com o público do Rio de Janeiro. O primeiro é Miguel’s War (A Guerra de Miguel), de Eliane Raheb. Inédito no Brasil, esse é o quarto longa-metragem da diretora libanesa e aborda a trajetória de um homem gay que escapa do país e retorna mais de 30 anos depois, revisitando o passado. “É um filme muito impactante”. Ele estreou no Panorama da Berlinale em 2021 e ganhou o Teddy de melhor longa-metragem, o Grande Prêmio do Júri no NewFEST, o prêmio de documentário no festival de cinema LGBT de Paris e o de melhor documentário no Festival de Cinema de Mizna. Eliane Raheb vai comentar seu filme no dia 6 de abril. Antes, no dia 2, ela ministra a masterclass Construção de personagens no cinema documental. Para a masterclass, a inscrição é prévia. Mais informações podem ser obtidas pelas redes sociais.

O segundo filme, já exibido nos cinemas brasileiros, é assinado pela premiada diretora síria Soudade Kaadan, nascida na França e radicada na Inglaterra. Ela vai comentar seu filme Nezouh no dia 7 de abril. O drama apresenta a história da adolescente Zeina, de 14 anos, e sua família, que são os últimos moradores a resistir a um bombardeio em sua cidade natal sitiada, Damasco, na Síria. “É um filme muito forte e ela vai conversar com o público também”, comentou a curadora.

A mostra terá ainda duas mesas redondas. A primeira será realizada no dia 25 deste mês, às 14h, sobre Imagem de arquivo, política e memória. As palestrantes serão Patrícia Machado, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio), e Thais Blank, da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV CPDOC). A segunda mesa redonda abordará Transbordamentos e ancoramentos: mulheres do Oriente Médio em movimento, com as palestrantes Daniele Regina Abilas, Mirian Alves e Ana Raietparvar, todas do Núcleo de Estudos do Oriente Médio da Universidade Federal Fluminense (NEOM/UFF), no dia 1º de abril, às 14h.

Abertura

O filme de abertura da 3ª Mostra de Cinema Árabe Feminino é o longa-metragem inédito no Brasil Lift like a girl (Levante Como uma Garota) da diretora egípcia Mayye Zayed. O documentário recebeu o prêmio Golden Dove, no festival DOK Leipzig, e acompanha uma garota egípcia de 14 anos que treina entre as campeãs de elite do Egito para competir internacionalmente com levantamento de peso.

 Outros longas que estreiam no Brasi são Foragers, da palestina Jumana Manna; Purple Sea, de Amel Alzakout e Khaled Abdulwahed; The Zerda and the Songs of Forgetting e La Nouba des Femmes du Mont-Chenoua, ambos da escritora argelina Assia Djebar, falecida em 2015; e The hour of liberation has arrived, da diretora libanesa Heiny Srour, considerado o primeiro longa-metragem de uma mulher árabe a ser selecionado para o Festival de Cannes, em cópia restaurada do filme.

Entre os 21 curtas que serão exibidos, 14 estreiam no Brasil. Entre eles, destaque para As If No Misfortune Had Occurred in the Night, realizado pela diretora palestina Larissa Sansour; a trilogia Life on the Caps, da artista marroquina Meriem Bennani; e The Window, da libanesa Sarah Kaskas.

Durante a programação, serão feitas homenagens às realizadoras Meriem Bennani (artista visual marroquina que trabalha com animação e arte contemporânea), Azza El Hassan (diretora palestina que fundou o projeto de restauração fílmica, curadoria e produção chamado The Void Project) e Basma Alsharif (artista visual e diretora de origem palestina).

Depois do Rio de Janeiro, a 3ª Mostra de Cinema Árabe Feminino seguirá para o CCBB Brasília e o CCBB São Paulo.






Fonte: Agência Brasil