Helicóptero cai na região central de São Paulo e deixa quatro mortos


Quatro pessoas morreram por volta das 14h35 de hoje (17) em uma queda de helicóptero na Rua Pedro Luís Alves Siqueira, no bairro Barra Funda, região central da capital paulista. Nove carros do Corpo de Bombeiros foram enviados até o local. Investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados para fazer a ação inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PR-PGC.

O cadastro desta matrícula no Registro Aeronáutico Brasileiro informa que o proprietário do helicóptero é a JBN Locações e Gerenciamento de Aeronaves Eireli e tem como operador a Helimarte Táxi Aéreo e Geoglifo Atividades Geoespaciais. O modelo é do fabricante Robinson Helicopter. O ano de fabricação é 2007. Tem operação autorizada para táxi aéreo, e a situação da aeronavegabilidade é normal.

SÃO PAULO (SP) - Queda de helicóptero na Barra Funda deixa quatro mortos. Foto: TWITTER/Bombeiros SP

Queda de helicóptero na Barra Funda deixa quatro mortos – Twitter/Corpo de Bombeiros SP

Essa apuração inicial inclui coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação.

Segundo o Cenipa, a investigação tem como propósito prevenir novos acidentes com características semelhantes. “A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”, informou o órgão em nota.

A Agência Brasil solicitou posicionamento à Helimarte Táxi Aéreo pelo contato telefônico disponível no site, e a reportagem será atualizada assim que houver um retorno.




Fonte: Agência Brasil

Animação ‘Coração de Fogo’ é exibida gratuitamente no Cine Matinê no Matarazzo neste sábado




Sessão acontece no Cinema Condessa Filomena, que tem capacidade para 110 pessoas. Ingressos serão distribuídos por ordem de chegada, no Centro Cultural Matarazzo, em Presidente Prudente (SP). Animação ‘Coração de Fogo’ é exibida gratuitamente no Cine Matinê no Matarazzo, neste sábado (18)
Reprodução
A animação “Coração de Fogo” (2022) é exibida pelo Cine Matinê no Matarazzo neste sábado (18), a partir das 16h, no Cinema Condessa Filomena. A sessão é gratuita e acontece no Centro Cultural Matarazzo, em Presidente Prudente (SP).
Dirigido por Laurent Zeitoun, o filme conta a história de Georgia Nolan, uma adolescente, de 16 anos, que sonha em ser bombeira. Em um ambiente dominado por homens, ela precisa se disfarçar como um jovem chamado “Joe” para trabalhar na corporação e livrar Nova York de um misterioso incendiário.
Na trama, Nolan testa sua coragem em meio à aventura para alcançar seu sonho, proteger sua família e combater o mal que assola sua cidade.
Ingressos
O cinema tem capacidade de 110 lugares, que serão ocupados por ordem de chegada.
A animação pode ser conferida por toda a família.
Serviço
O Centro Cultural Matarazzo fica na Rua Quintino Bocaiúva, número 749, na Vila Marcondes, em Presidente Prudente.

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Fonte: G1

Alças de entrada e de saída da Rodovia Raposo Tavares têm restrição de tráfego a partir deste sábado, em Presidente Prudente


As obras têm início neste sábado (18) com novas intervenções nas alças que compõem o dispositivo localizado no km 569+400, que faz a ligação da Rodovia Raposo Tavares com a Avenida Manoel Goulart e também com a estrada vicinal PSP-397. No sábado, as alças de entrada e de saída no dispositivo, sentido Oeste, estarão interditadas das 8h30 às 17h30.




Fonte: G1

Favela cresce demograficamente e movimenta mais de R$ 200 bilhões


A pesquisa Data Favela 2023 divulgada nesta sexta-feira (17), durante a Expo Favela 2023, mostra que se as favelas brasileiras formassem um estado, seria o terceiro maior do Brasil em população. Segundo a pesquisa, o número de favelas dobrou na última década, totalizando 13.151 mapeadas pelo país. A renda movimentada pela população dessas comunidades também aumentou, e quebrou a barreira dos R$ 200 bilhões, R$ 12 bilhões a mais em relação ao último ano.

Atualmente, mostra o Data Favela, são estimados 5,8 milhões de domicílios em favelas com 17,9 milhões de moradores. Desse total, 5,2 milhões já empreendem, 6 milhões sonham ter um negócio próprio, e sete em cada dez pretendem abrir o empreendimento dentro da favela. Apesar dos números expressivos, apenas 37% dos empreendimentos são formalizados e têm um CNPJ.

A pesquisa quantitativa foi realizada entre 6 e 13 de março de 2023 e entrevistou 2.434 moradores de favela distribuídos entre todas as regiões do país.

O fundador do Data Favela, Renato Meirelles, explicou que o aumento da população em comunidades se deve ao custo de vida elevado nas cidades e a busca por uma moradia mais barata nos últimos anos.

“A favela é a concentração geográfica das desigualdades sociais, e muitas vezes o morador não encontra no emprego formal a oportunidade para desenvolver toda sua potencialidade. O morador da favela só vai conseguir ganhar mais do que dois salários mínimos se empreender dentro da favela. Assim, pode usar o seu potencial e fazer com que o dinheiro das favelas fique dentro das próprias favelas”, disse.

Os dados mostram ainda que, nos próximos 12 meses, 6,5 milhões de pessoas pretendem comprar um imóvel, e 7,9 milhões têm intenção de comprar móveis para casa. As informações reforçam que o principal sonho dos moradores de favela (34%) é ter uma casa própria, sendo que as mulheres (38%) são as que mais almejam a segurança da casa própria, enquanto 29% dos homens têm esse desejo. Na sequência, aparecem como principal sonho ter um negócio próprio (13%) e ter saúde (10%).
Já sobre educação, 7,9 milhões pretendem iniciar um curso profissionalizante, e 5,6 milhões um curso de idiomas. Porém, para 61% dos moradores que participaram da pesquisa o que falta para realizar as metas é dinheiro.

Para Meirelles, a pesquisa deixa claro que a retomada econômica do Brasil vai começar pela favela, um universo que representa 18 milhões de pessoas, que movimenta R$ 200 bilhões e tem na capacidade empreendedora sua matriz econômica. “Esse evento [concentração demográfica] é muito importante para acabar com os estigmas que existem na favela. Lá, a grande maioria é trabalhadora, são as mulheres que lideram a economia, que cuidam dos filhos, dos outros. Na favela são os negros que formam a maior força econômica”.

Segundo Meirelles, ações como o Expo Favela são fundamentais para gerar oportunidades que até há pouco tempo eram restritas apenas aos mais ricos. “A mudança na economia das favelas foi muito grande. Na medida em que a favela consegue trazer o poder público com a presença de ministros, trazer os mais importantes empresários do Brasil, artistas que são importantes formadores de opinião sobre esse território, sob a liderança da própria favela, o protagonismo da favela fica muito claro, que só vamos conseguir mudar a situação do país juntando todo mundo”.

Para o idealizador da Expo Favela, Celso Athayde, a principal novidade para a edição deste ano é o reconhecimento e a valorização que veio do ano passado, ampliando o evento para 20 estados. “Isso é fruto da consciência que a favela passa a ter de sua importância nesse cenário econômico e pensando sempre que essa resposta econômica também é social, na medida em que você leva riqueza e se descobre como empreendedor. Quando se pensa em negócio na favela, estamos falando de empregabilidade em escala, diminuindo desigualdade por estar levando geração de renda”, disse.

Athayde ressaltou que a vontade de empreender dentro da favela ocorre porque as pessoas veem todos os dias os comércios cheios, os empreendedores conseguindo resolver suas coisas, o que faz com que elas pensem, em um primeiro momento, em empreender para seus pares.

“As pessoas não precisam ir para muito longe para trabalhar. Quando você trabalha perto de casa ou dentro da sua própria comunidade, você tem uma qualidade de vida muito melhor e com mais tempo. Esse é o primeiro passo do empreendedor que percebe potência do seu território”, explica.

De acordo com Athayde, há centenas de desafios para a favela, mas quando se pensa em negócios, o maior é ter qualificação, porque normalmente quem mora nas comunidades não escuta falar em expressões clássicas do ambiente de negócios. “Ainda que seus pais sejam empreendedores, não existem palavras, jargões, e, portanto, eu penso que qualificar as pessoas de forma objetiva é uma forma que temos de desenvolver. Quando você se torna um empreendedor de sucesso nessas áreas, abre-se uma série de possibilidades”, defende.

Entre as discussões previstas no evento, no sábado (18), às 16h10, acontece a conferência Educação: Acesso é a chave, com apresentação de Manoel Soares, a rapper MC Soffia e a jornalista Ludmila Almeida, integrante do Favela em Pauta, que, juntos, falarão sobre a importância do acesso à educação para abrir e sustentar caminhos de sucesso. Antes, às 15h, a discussão é sobre como ter um negócio de impacto de sucesso sem esquecer de onde veio, com o chef de cozinha, assistente social, empreendedor e repórter Edson Leite, também fundador do negócio de impacto Gastronomia Periférica.

No domingo, a conferência Som de Preto, terá às 16h10, a cantora Paula Lima mediando o painel com Simoninha e Zé Ricardo falando sobre o que é e o que significa ser e trabalhar com Som de Preto. No mesmo dia, será feita uma homenagem à Black Soul de São Paulo, e o empresário Fábio Coelho, presidente do Google, será entrevistado por Preto Zezé, às 17h30.

Para conferir a programação da Expo Favela 2023, basta acessar o site da exposição.




Fonte: Agência Brasil

Primeira diretora negra do Arquivo Nacional defende direito à memória


A historiadora e jornalista Ana Flávia Magalhães toma posse como nova diretora-geral do Arquivo Nacional, nesta sexta-feira (17), no Rio de Janeiro. Primeira mulher negra a ocupar o cargo, ela tem a responsabilidade de valorizar e promover a diversidade do acervo, além de tornar mais transparente o acesso à instituição, criada há 185 anos.

No atual governo, o Arquivo Nacional ganhou status de secretaria dentro do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, que é comandado pela ministra Esther Dweck.

Com sede no Rio de Janeiro, a instituição reúne acervo de diferentes períodos da história brasileira. São milhões de documentos textuais, cerca de 1,91 milhão de fotografias e negativos, 44 mil mapas e plantas arquitetônicas, filmes, registros sonoros e mais 112 mil livros, sendo 8 mil raros. Além disso, possui importante série histórica de dados que auxiliam na formulação e no monitoramento de políticas públicas.

Ana Flávia é professora adjunta do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB). Ela tem licenciatura (Unip), mestrado (UnB) e doutorado em história (Unicamp), além de bacharelado em jornalismo (UniCeub).

A historiadora substituiu Ricardo Borda D’Água Braga. Nomeado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele foi alvo de críticas de entidades civis por ser considerado sem qualificação para o cargo: era formado em direito, possuía empresa de consultoria e treinamento em segurança e participava de competições de tiro esportivo. Na época, servidores fizeram denúncias de censura e assédio. Eles alegavam receber ordens para não divulgar datas e documentos de determinados temas, como sobre a ditadura militar.

Rio de Janeiro (RJ), 16/03/2023 – A diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto concede entrevista à Agência Brasil. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Tomaz Silva/Agência Brasil

Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, Ana Flávia prometeu que sua gestão vai aproximar o Arquivo Nacional da sociedade, com foco em projetos que resgatem a memória dos grupos historicamente oprimidos. Além disso, disse que temas tidos como sensíveis e controversos não vão ser evitados. Segundo ela, é preciso lidar com os traumas e não “esconder os nossos esqueletos no armário”.

Agência Brasil: Como foi construída a sua trajetória profissional e intelectual antes de chegar à direção do Arquivo Nacional? Por que optou pela carreira de historiadora e professora?

Ana Flávia Magalhães Pinto: A minha história começa a partir de uma graduação em jornalismo, em um período anterior às políticas de ações afirmativas, quando as universidades brasileiras ofereciam pouquíssimas vagas e o curso de comunicação era extremamente concorrido. Venho de escola pública e de uma região periférica do Distrito Federal, de uma cidade chamada Planaltina. Assim como várias outras pessoas negras daquele final da década de 90, eu ingressei no ensino superior em uma faculdade privada, a partir de uma decisão familiar de comprometer o orçamento geral para garantir esse sonho. E eu tenho experiências que me marcam bastante: a primeira é a de perceber que as expectativas de uma jovem negra de uma cidade satélite do Distrito Federal para o curso de jornalismo não eram tão compatíveis. Porque havia uma expectativa de que essa formação me tornasse uma excelente profissional para o mercado de trabalho, mas a imprensa corporativa queria profissionais enquadrados com aquilo que a gente chama de jogos de poder. Isso me deu uma certa sensação de desajuste.

Por essa razão, logo no início da graduação, eu começo a me dedicar à pesquisa e nessa experiência eu tomo conhecimento de um jornal chamado O mulato ou O Homem de cor. O meu contato com essa fonte me marcou bastante, porque ela colocava em xeque tudo aquilo que eu tinha aprendido sobre história do Brasil. Era um jornal editado em 1833, na cidade do Rio de Janeiro, que afirmava uma identidade racial e era escrito por pessoas negras não escravizadas que sabiam, não só ler, mas tinham acesso àquele ambiente da produção da comunicação nos modos do século 19. Pensei, isso não faz sentido nenhum porque o que eu sei sobre a história da população negra é que todas eram escravas e não sabiam ler. E a partir daquela fonte se abre um horizonte sem limites.

Cada vez menos parecia possível que eu aplicasse esses conhecimentos na comunicação. Mas ao mesmo tempo, eu via que ali tinha uma possibilidade de promover ações de reparação sobre como a comunicação era pensada no Brasil e como a própria história do Brasil estava sendo contada. Com isso, eu tenho uma experiência de contato não só com a pesquisa, mas com o ativismo. No final da década de 90, estamos vivendo no Brasil aquela efervescência em defesa das ações afirmativas. Nesse sentido, eu vou travar contato com uma experiência, um grupo de ativistas que estavam trabalhando na publicação de um jornal chamado Irohin, com o Edson Cardoso, que retoma o projeto no início dos anos 2000, e eu sou convidada a contribuir. Eu me formo em 2001 e entro no mestrado em história. Nesse momento, a comunicação não estava nem um pouco interessada em estudos sobre a imprensa negra. E concluo essa pesquisa sobre os estudos de imprensa negra para o século 19. Até então, se considerava que a imprensa negra era um fenômeno do pós-abolição, que as pessoas negras teriam construído esses veículos se inspirando na imprensa operária feita por imigrantes. Pessoas negras não eram vistas como agentes da imprensa operária e a gente vai desconstruir essa narrativa com fontes, com documentos que estão aqui no Arquivo Nacional e em outros acervos documentais. E a gente vai reencontrando esses documentos que não estavam perdidos, estavam até bem acessíveis, bem fáceis, mas as perguntas não estavam sendo feitas.

No doutorado, eu fiz uma pesquisa sobre trajetórias. Eu estava lidando com homens negros livres atuantes na imprensa e na política na segunda metade do século 19 em duas cidades: Rio de Janeiro e São Paulo. Qual a chance que eu tinha de não pensar logo de cara sobre a possibilidade de essas pessoas se conhecerem? Era praticamente impossível. Com o avanço na pesquisa documental, eu começo a perceber uma possibilidade de contar essa história de uma outra forma, de pensar em simultaneidade e conexões diretas e indiretas. E aí, então, eu concluo essa tese que vai acabar sendo premiada na Unicamp.

Eu não tinha dúvida de que eu era uma historiadora que contribuía ao longo desse tempo para ações do movimento negro. Nesse processo, eu acabo percebendo o diálogo entre ativismo e comunicação popular, uma história engajada, que hoje a gente chama de história pública. Eu percebia demandas populares a respeito do direito à memória. As pessoas queriam ter acesso a essas informações, queriam ter contato com os documentos. A gente fala sempre que o Brasil tem um problema com a sua memória, mas existe o desejo. E eu percebo uma série de iniciativas de formação de acervos particulares da preservação da memória do ativismo. E eu vejo também uma série de fragilidades da preservação desses acervos. Nesse contexto, enquanto eu tentava encontrar um caminho de estabilidade profissional, eu começo a mobilizar organizações, para que as pessoas olhassem para o que tinham nas casas, nas organizações com respeito, cuidado e reconhecimento da sua legitimidade.

E a gente tem nos últimos anos uma sensibilidade para incorporação desses acervos naquilo que está abrigado em instituições públicas. Eu estou falando de uma demanda popular para o direito à memória. A gente vai ver o reconhecimento da presença negra, indígena, de mulheres, de populações subalternizadas, das chamadas populações periféricas. Esses documentos, essas pistas estão nos arquivos públicos. Não estão visíveis na intensidade que a gente gostaria, mas a gente está lidando com o fato de que pessoas negras, indígenas, mulheres e outros segmentos sempre existiram. É nesse sentido que eu chamo atenção para a própria ação do Arquivo Nacional, que ao longo da sua existência, por força da ação de pesquisadores e de servidores, têm empenhado esforços para tornar visível o potencial que essas instituições têm na promoção do direito à memória. E a gente tem muito interesse de que ele seja fortalecido, porque sabe que encontra bastante coisa aqui e pode encontrar ainda mais.

Agência Brasil: Como foi receber o convite para dirigir o Arquivo Nacional?

Ana Flávia Magalhães Pinto: Eu recebo o convite para o Arquivo Nacional no melhor momento da minha presença na Universidade de Brasília. Era um momento em que eu tinha inclusive assumido o compromisso de não sair de lá em hipótese alguma. Nem que fosse para composição do governo eleito em 2022, porque dificilmente pensava que pudesse ser convidada para dirigir o Arquivo Nacional, considerando a tradição, considerando as disputas e as prioridades. Eu cheguei a recusar um convite para estar em outro ministério, porque eu estava na universidade estabelecendo práticas de letramento histórico com os arquivos do Distrito Federal, com arquivos de outras instituições. E o convite vem no momento em que compartilhava essa certeza de que não sairia da sociedade civil.

Mas há o reconhecimento de que estar à frente de uma instituição como o Arquivo Nacional é estratégico para a promoção de uma série de ações de reparação histórica que são fundamentais. E é por essa razão, inclusive, que o convite chega.

Não é por uma simples alteração na fotografia: ‘Ah, precisamos ter um número, uma mulher negra, primeira vez como titular na direção do Arquivo Nacional’. Mais do que a minha presença como uma mulher negra historiadora, eu venho com uma perspectiva, com um compromisso de propor um reposicionamento da imagem do Arquivo Nacional naquilo que é mais caro: um instrumento de promoção da cidadania, via acesso à informação e pelo direito à memória. Isso impacta não só o diálogo com a sociedade geral, mas até mesmo a maneira como os órgãos da administração pública federal têm pensado o processamento de documentos. Aquilo que é prioritário, como esses parâmetros são estabelecidos, de modo que a gente pense não só nas necessidades imediatas da gestão dos órgãos, mas como a gente constrói uma memória que dê visibilidade aos sujeitos que são impactados pela ação dos órgãos.

A gente sabe da importância que o Arquivo tem para fornecer dados que fomentem não só a proposição de políticas públicas, mas o monitoramento com foco na promoção da cidadania. É importante que a gente lembre que o Arquivo Nacional ou qualquer outro arquivo público não têm clientes. Eles têm usuários. O público precisa ser entendido assim. E usuário de equipamento público é cidadão. Temos por óbvio o desejo de orientar a rota do Arquivo Nacional para que ele jamais se afaste desse objetivo de ser um instrumento de promoção de cidadania, de ser fundamentador de direitos humanos.

Agência Brasil: Na gestão passada, houve denúncias de censura dentro do Arquivo Nacional, de que era proibido divulgar datas e documentos sobre determinados temas, como a ditadura militar. A nomeação do diretor anterior, Ricardo Borda D’Água Braga, foi criticada por não ter experiência e formação profissional adequadas ao cargo. Havia ainda uma preocupação pelo fato de o Arquivo Nacional estar subordinado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Como você encontra o Arquivo Nacional depois desse período e como se posiciona sobre o tipo de gestão que se construiu no governo passado?

Ana Flávia Magalhães Pinto: Estar no Ministério da Justiça não é um problema. O Arquivo Nacional já esteve na Casa Civil, foi para o Ministério da Justiça e agora está no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Muitas vezes, os arquivos públicos estaduais estão vinculados à Secretaria de Cultura. Não existe um lugar óbvio, um lugar obrigatório para se vincular os arquivos. Ao contrário do que as pessoas pensam, os arquivos são espaços dinâmicos. Arquivo não é depósito. E, por isso, que cabe interface com a cultura, com o direito, com a ideia de gestão e inovação de serviços públicos.

A gente sobreviveu a um governo que não tinha um compromisso com uma ideia de cidadania ampliada e com isonomia. Não era esse o projeto. É preciso dizer que a isonomia entre cidadãos, inclusive, é um problema da história do Brasil. Ano que vem, a gente chega aos 200 anos da Constituição do Império. Se a gente observar a Constituição do Império, não tinha como projeto a igualdade entre os cidadãos. A gente tem lutado ao longo desses 200 anos. Memória é política, direito à memória é espaço de disputa política. Neste sentido, a memória está associada diretamente ao esquecimento e tem a ver com as prioridades estabelecidas por quem pode pautar, quem tem mais poder ao longo do tempo. Temos segmentos que merecem receber um tratamento de reparação pelas injustiças. Temos uma oportunidade para isso já em 2023.

Uma das coisas prioritárias dessa gestão é que não precisamos esconder os nossos esqueletos no armário. É preciso que a gente explicite quais são os nossos traumas. Porque sem um reencontro com a nossa história, não teremos chance de resolver os nossos desafios fundantes e estruturantes. É uma tarefa fácil? Não. É algo que implica dialogar com os próprios gestores dos diferentes órgãos sobre como se lê, como se dimensiona o potencial histórico dos documentos que têm sido produzidos hoje. É preciso lidar com a própria sociedade a respeito de quem são e quais são os documentos importantes, que são capazes de dar a medida da nossa experiência coletiva.

A gente percebe uma certa obsessão do anterior governo em silenciar as memórias sobre o período da ditadura, decorrente do golpe civil militar, mas é uma tradição. A gente tem desde 1824 uma tentativa de colocar para fora do primeiro plano da paisagem vários outros segmentos populacionais, sobretudo populações negras, indígenas e mulheres, sendo elas ou não das classes poderosas concentradoras de renda desse país. Então, é importante que a gente tenha uma postura um pouco mais propositiva. Não vamos mudar a nossa naturalização da violência de raça, gênero, de classe, de sexualidade, se nós não criarmos estratégias de reconhecimento da legitimidade desses sujeitos. E para isso essa gestão vai trabalhar arduamente. E não é porque ela é contra determinado grupo. É porque ela é a favor do direito de todo mundo.

Agência Brasil: Quais mudanças você pretende fazer no Arquivo Nacional?

Ana Flávia Magalhães Pinto: É preciso retomar e fazer uma análise do impacto que teve nesses anos de governo o projeto Memórias Reveladas. É preciso reestruturar esse projeto, reposicioná-lo. É também preciso arregimentar forças que estão dispostas a contribuir com o Arquivo Nacional. Vamos nos reunir com representantes dos segmentos que serão prioritários: pessoas negras, indígenas, da comunidade LGBTQIA+. E temos uma dimensão que é muito cara: a internacionalização. É preciso ampliar os territórios a partir da documentação do Arquivo Nacional. Nesse sentido, a gente tem sinalizado uma parceria com a Universidade de Pittsburgh, com a Universidade de Harvard e outras. Essas universidades estão com projetos de história da Amazônia, que permitem a gente não só perceber sujeitos negligenciados, mas territórios negligenciados, e um reposicionamento a partir do acervo do Arquivo Nacional.

Outra ação que a gente já movimentou foi a garantia da presença do Arquivo Nacional no Comitê Gestor do Cais do Valongo. O Arquivo Nacional não era um sujeito político protagonista dessa iniciativa, mesmo estando localizado nesse território que é chamado de Pequena África. Então, houve uma negociação via Ministério da Igualdade Racial, em diálogo com a ministra Anielle Franco, que estabeleceu uma interlocução com o círculo do Cais do Valongo. E a gente conseguiu uma cadeira com direito a voz e voto nos debates que vão acontecer para construção desse equipamento de letramento histórico e de reparação.

Agência Brasil: A senhora é a primeira mulher negra a ocupar o cargo mais alto do Arquivo Nacional. Temos visto outras mulheres negras assumindo postos de poder no governo federal. Qual a importância simbólica disso e de que maneira essas presenças impactam o funcionamento das instituições e como elas atuam no provimento de serviços públicos?

Ana Flávia Magalhães Pinto: Representa um esforço de rompimento com a naturalização da exclusão. A nossa presença em si não significa a superação dos problemas que temos enfrentado historicamente. Muito pelo contrário. Ainda temos uma presença reduzida se considerarmos a nossa participação na totalidade da população brasileira. Se fizer um recorte de raça e gênero, percebe-se que mulheres negras formam o maior segmento da nossa população. Existe um descompasso e as pessoas não estão acostumadas a encontrar mulheres negras nesses lugares. Portanto, há uma certa bravura em topar encarar esse desafio, mas é importante que se diga que não se pode impor às mulheres negras que resolvam sozinhas os problemas historicamente construídos nessa sociedade.

Há um esforço e um entendimento da necessidade da mudança, mas também do quão vulnerável somos se a nossa presença lida com pensamentos como: ‘agora mostre o seu talento’. Bom, a gente tem feito isso, nós sobrevivemos a um país estruturado em termos de raça e gênero. Se temos hoje mulheres negras com currículos para serem acionadas a compor essas pastas que estamos, significa que já temos demonstrado talentos e virtudes.

É por isso que há uma discussão para que a gente não fique confortável só com esses lugares. Porque há uma cultura da nossa exclusão. As pessoas que estão sendo chamadas a compor a nova direção do Arquivo Nacional, as que não são da casa, estão sendo convocadas considerando o perfil técnico, mas também a necessidade de se promover uma diversidade de gênero e de região. Porque não dá para gente seguir priorizando só profissionais do eixo Rio-São Paulo, tem gente boa no Brasil espalhada por todos os cantos.

Estamos lidando com uma série de fragilidades, então é preciso ter criatividade para que se proponha soluções para os nossos problemas e não fique paralisada neles. Afinal de contas, só estamos aqui porque não estivemos inertes perante os desafios, perante as barreiras.




Fonte: Agência Brasil

Ônibus de trabalhadores rurais perde o controle, bate em barranco e deixa cinco pessoas feridas em Sagres




Uma vítima de 41 anos, que teve ferimentos leves, segue internada na Santa Casa de Misericórdia de Osvaldo Cruz (SP). Ônibus com trabalhadores rurais perde o controle e se choca contra barranco em Sagres (SP)
Cristiano Nascimento/Jornal Cidade Aberta
Um ônibus que transportava cinco trabalhadores rurais mais o motorista, perdeu o controle e se chocou contra um barranco nesta sexta-feira (17) em Sagres (SP).
De acordo com a Polícia Militar, a causa do acidente foi o eixo dianteiro do veículo que quebrou e fez com que o ônibus perdesse o controle, na vicinal que liga Osvaldo Cruz (SP) a Sagres, perto da ponte do Rio do Peixe.
O motorista não precisou de atendimento médico, já os cinco trabalhadores foram socorridos à Santa Casa de Misericórdia de Osvaldo Cruz. Quatro foram liberados e, segundo o hospital, um homem de 41 anos que teve ferimentos leves, segue internado.
Ônibus com trabalhadores rurais perde o controle e se choca contra barranco em Sagres (SP)
Cristiano Nascimento/Jornal Cidade Aberta

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Fonte: G1

BNDES bloqueia financiamento a 58 proprietários rurais que desmataram


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) bloqueou R$ 25 milhões em recursos de financiamento de 58 proprietários rurais envolvidos com desmatamentos irregulares.

Para verificar quem são os desmatadores ilegais, o banco tem usado dados de monitoramento do desmatamento do MapBiomas desde fevereiro deste ano. A ferramenta dotada de mapas de georreferenciamento aponta com precisão como está a cobertura e o uso do solo, em cada um dos biomas do país. A tecnologia permite detectar diariamente a derrubada de árvores.

O BNDES cruza, então, as informações do MapBiomas com os registros do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para localizar os imóveis rurais. Antes de determinar o bloqueio, o BNDES confere, também, se existe autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o desmatamento legal da área identificada. Em caso negativo, o bloqueio do financiamento é realizado imediatamente.

Em entrevista à Agência Brasil e à Rádio Nacional, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, avaliou as vantagens da tecnologia empregada.

“É inquestionável porque é imagem. Como questionar? É muito mais eficiente usar a tecnologia do que simplesmente mandar o fiscal descer na área, andar na propriedade, identificar problemas. A imagem de satélite é um salto revolucionário, é uma tecnologia disruptiva”.

Mercadante adiantou que os bloqueios de financiamentos vão ser a linha do banco, daqui para frente. “O BNDES vai ser implacável. Nós não aceitamos mais empresários criminosos que desmatam e têm financiamento em bancos públicos e também privados, porque estamos trabalhando com vários parceiros”.

Brasília (DF), 17/03/2023 - Entrevista exclusiva com o Presidente do BNDS Aloizio Mercante.

Entrevista exclusiva com o Presidente do BNDS Aloizio Mercante. – Antônio Cruz/Agência Brasil

Valores

Somente no primeiro mês da parceria com o MapBiomas, o BNDES bloqueou cerca de R$ 25 milhões destas 58 propriedades rurais, equivalentes a 1,3 mil campos de futebol. Os nomes dos proprietários não foram divulgados porque os processos seguem em sigilo bancário.

Contudo, o BNDES confirma que a maior parte das terras são unidade produtoras de soja e milho. De acordo com o banco, em fevereiro, os estados com os maiores bloqueios de crédito rural foram Tocantins, Pará, Rondônia, Paraná e Minas Gerais, com ocorrências em outras unidades da federação.

Do total de proprietários que perderam a concessão de crédito rural, três recorreram da decisão. As defesas alegam que possuíam licenças estaduais para desmatar. O BNDES vai analisar as documentações apresentadas nos recursos. Se houver fundamento legal, o financiamento volta a ser autorizado.

O presidente Mercadante destaca que a próxima etapa é, justamente, firmar parcerias com os governos estaduais para receber essas informações.

“Temos o desafio de ter acesso às informações de autorizações de desmatamento dos órgãos estaduais. Na próxima etapa, em um primeiro momento, vamos fazer um acordo com os estados da Amazônia, depois, com os outros biomas para a gente ter uma checagem completa”.

O BNDES envia ao Ibama as imagens de satélite do MapBiomas com a identificação das irregularidades. O objetivo é dar suporte ao instituto para tomar as providencias cabíveis para enfrentar o desmatamento ilegal, como multas e exigência de reparação dos danos.

Para voltar a ter acesso ao crédito rural, a propriedade onde foi detectada a ilegalidade precisará regularizar e reparar os danos à área devastada, perante os órgãos de controle ambiental.

Mercadante revelou que o pioneirismo da ação está sendo apresentado pela diretoria do BNDES, durante assembleia anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que ocorre no Panamá entre 16 e 19 de março.

“Nós estamos dispostos a assessorar, repassar e trabalhar em parceria. Seria muito bom, por exemplo, para os países da região amazônica usassem o mesmo instrumento. Isso seria um impacto muito grande, inclusive muito bem recebido pela comunidade internacional”.

“A crise climática não vai ser revertida, se o sistema financeiro não mudar. Se quem tem dinheiro e financia a economia não mudar os critérios de financiamento, a humanidade está em risco”.

BNDES verde

Em sua gestão à frente do BNDES, Aloizio Mercadante quer aumentar os investimentos do BNDES para o Brasil reduzir os impactos ambientais das mudanças climáticas. Ele citou o Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES.

“Nós temos uma responsabilidade única. Ao mesmo tempo que nós temos que ter rigor e combater o desmatamento no Brasil, as emissões dos gases de efeito estufa, isso vai permitir atrair mais financiamentos, investimentos e alternativas. É o caso do Fundo Amazônia”.

O Fundo Amazônia já recebeu R$ 3,3 bilhões em doações, com R$ 1 bilhão da Noruega e R$ 200 milhões vindos da Alemanha. Mercadante ressalta que o Reino Unido e os Estados Unidos já manifestaram interesse em colaborar para o fundo.

No total, o fundo acumula cerca de R$ 5,4 bilhões, com R$ 1,8 bilhão já contratados para financiar projetos de preservação socioambiental. O restante ainda está disponível, conforme edital do banco. )




Fonte: Agência Brasil

Flora Rica, a cidade da paz e tranquilidade da Nova Alta Paulista, completa 70 anos | Especial Publicitário – Prefeitura Municipal de Flora Rica


Quem mora nesse lugar, evidencia a paz, tranquilidade e o clima recorrente de sossego. E com certeza, não troca o lugar por outro, afinal, foi a cidade escolhida para constituir família, onde muitos se criaram, cresceram e vão permanecer nesse canto até os últimos dias de vida.




Fonte: G1

Iphan recomenda novo estudo sobre impacto de parque eólico no RN e PB


Parecer do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) recomenda estudos complementares sobre os impactos da construção do Complexo Eólico da Pedra Lavrada nos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba.

O parecer pede que a empresa explique o uso de explosivos e aponta o risco de soterramento de bens arqueológicos situados nos cursos d’água.

A medida surge após entidades apontarem falhas em estudo ambiental da empresa responsável pela obra. Eles identificaram possíveis danos ao patrimônio histórico, arqueológico e paisagístico da região.

O empreendimento vai ocupar 1.600 hectares com a instalação de 372 aerogeradores, distribuídos em 27 parques eólicos em oito municípios.

O coordenador-geral de Licenciamento Ambiental do Iphan, Roberto Stanchi, explica que o processo de licenciamento do complexo eólico está na fase de estudos técnicos. Ele conta que o parecer do técnico é uma recomendação. “O que consta nesse documento são recomendações para que o Iphan verifique se de fato essas informações procedem ou não. E caso haja concordância com esse parecer técnico, que é a primeira etapa do processo de avaliação, o que o Iphan irá fazer é questionar o empreendedor sobre essas informações, se são verídicas ou não ou eventualmente solicitar estudos complementares, o que é natural também no processo de licenciamento.

Para o arqueólogo Joadson Silva, voluntário do Instituto Seridó Vivo, grupo responsável pela nota técnica que baseou o parecer do Iphan, a obra pode causar desmatamento, prejuízos às comunidades tradicionais e danos à fauna e à flora.

Em nota, a Casa dos Ventos, responsável pela obra, esclarece que, durante a fase de implantação dos parques, as atividades de desmonte de rochas e de movimentação de terra seguem as melhores práticas da engenharia, sendo todas elas validadas com o Iphan no processo de licenciamento arqueológico.

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Fonte: Agência Brasil

Operação Normandia investiga suspeitos de tráfico e assalto no RN


Uma operação envolvendo policiais civis, militares e federais foi deflagrada nesta sexta-feira (17) no Rio Grande do Norte com o objetivo de “desarticular uma organização criminosa que atuava no litoral sul” do estado. Um dos chefes dessa facção criminosa é também suspeito de ser “um dos mandantes dos ataques criminosos” registrados nos últimos dias na região.

A Operação Normandia cumpriu, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), 54 mandados judiciais em 22 alvos, sendo 30 de prisões preventivas e 24 buscas. Mais de 100 policiais participam das ações, que contam com o apoio de um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

O grupo criminoso estaria, de acordo com os investigadores, envolvido com tráfico de drogas e assaltos. Além disso, “tinha como característica principal matar e atentar contra agentes de segurança pública”, informou, em nota o governo potiguar. “Pelo menos 4 policiais foram alvos de atentados nos últimos 5 anos. Um policial e a esposa de um policial foram mortos”, detalhou.

De acordo com os investigadores, a organização criminosa movimentaria aproximadamente R$ 150 mil por mês apenas com tráfico e assaltos. Os valores seriam repassados a José Kemps Pereira de Araújo, de 45 anos, que é mais conhecido como “Alicate”.

Preso em janeiro, Alicate é apontado como um dos chefes do grupo. Na quarta-feira (14), ele foi transferido da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, para o Presídio Federal de Mossoró, “por ser apontado como um dos mandantes dos ataques criminosos que vem ocorrendo no estado”.




Fonte: Agência Brasil