Exposição Faveladas mostra cotidiano de mulheres da Maré


O Observatório de Favelas, por meio do programa Imagens do Povo (IP), inaugura nesta quinta-feira (20), às 19h, a exposição Faveladas, da artista Kamila Camillo. Moradora da comunidade da Maré, Kamila conhece muito bem a região, com a qual tem uma “relação horizontal”, disse a coordenadora do programa Imagens do Povo, Érika Tambke.

A mostra gratuita ficará aberta à visitação popular na Galeria 535, até o próximo mês de junho, reunindo 23 fotos do cotidiano de mulheres residentes na Maré, na área conhecida como Tijolinho. Foi no Conjunto Habitacional do Tijolinho que a maior parte das mulheres foi fotografada. A ideia é enobrecer essas mulheres e reverter o uso e o sentido da palavra favelada.

A galeria funciona no endereço do próprio Observatório de Favelas, à Rua Teixeira Ribeiro, 535, Nova Holanda, na Maré. A visitação é de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h. A exposição Faveladas abre o programa da Galeria 535 deste ano. A curadoria é de Jean Azuos e Rosilene Miliotti, ambos também nascidos e criados na comunidade. Érika Tambke disse que Kamila compartilha o olhar que tem sobre essas mulheres que trazem a beleza e a força do cotidiano na favela. “A própria fotógrafa conhece a Maré em primeira pessoa, demonstrando o seu conhecimento com cenas diversas, oscilando entre os dias comuns e os de festa”, disse Érika.

Currículo

Psicóloga, fotógrafa popular, artista visual, ativista social, comunicadora e fundadora das Crias do Tijolinho, Kamila Camillo produziu, em 2018, a série de fotografias de casais LGBTQIA+, homenageou as crianças com a mostra Crias do Tijolinho, além de ter criado o projeto Mulheres Gordas de Favelas.

Em 2019, participou da escola de formação Elã, no Galpão Bela Maré. Nos anos seguintes, fez parte de exposições coletivas, como Candongas e Corpo Morada. Em 2022, realizou sua primeira exposição individual, Mulheres do Tijolinho.

Este ano, a fotógrafa participou da exposição coletiva Negras Marés, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Kamila afirmou que acredita na potência da rua, na potência das crianças e, também, que a arte transforma vidas. “Assim, transforma diariamente a minha”.

Imagens

O programa Imagens do Povo foi criado pelo Observatório das Favelas em 2004, em parceria com o fotógrafo documentarista João Roberto Ripper, e começou com a proposta de organizar uma turma de fotografia com pessoas de diferentes espaços da favela da Maré. “Esse foi o começo, com a Escola de Fotografia Popular da Maré, em 2004”, informou Érika. Desde então, foram várias turmas da escola, que alia a técnica fotográfica à promoção de direitos e à democratização da comunicação.

No momento, a escola prepara a turma deste ano, que deverá começar as atividades no próximo dia 2. Serão seis meses de duração, com aulas três dias por semana e aos sábados, quizenalmente. A turma terá 40 alunos. O objetivo é criar novas representações sobre os espaços populares, contribuindo para desconstruir estigmas relacionados a esses territórios.

Marca

Érika explicou que a escola tem muito a ver com o método de João Roberto Ripper, que defende a ideia de fotografia compartilhada. “É um método de você pensar o material junto com o retratado”. Na avaliação da coordenadora do programa, as imagens da favela retratadas pela mídia são, em geral, estereotipadas, muito ligadas à violência e à pobreza. “A maioria das pessoas que mora na favela é trabalhador, com o seu dia a dia, que varia desde o trabalho às festas de aniversário, festa junina, Natal, outros assuntos. A escola parte desse ponto de vista, de que cada pessoa tem sua história para contar. Ao longo desses anos, acho que isso é uma marca também do projeto”.

A Escola de Fotografia Popular é voltada para a formação de fotógrafos profissionais. “A gente pode dizer muito tranquilamente que é o único curso com essa intensidade de carga horária, duração, voltada para formação em fotografia e direitos humanos”. O número de fotógrafos formados já chega a 300. Todos já tiveram trabalhos expostos na galeria.

O Programa Imagens do Povo – Exposição Faveladas é apresentado pelo Ministério da Cultura e Observatório de Favelas. Tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, Itaú Unibanco e White Martins, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.




Fonte: Agência Brasil

Acidente envolvendo dois carros e uma carreta mata uma mulher e deixa cinco pessoas feridas, em Martinópolis




Colisão foi registrada no km 422 da Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), nesta quarta-feira (19). Entre os feridos, estão uma criança de três anos e outra de três meses de vida. Acidente envolveu dois carros e uma carreta na Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), em Martinópolis (SP)
Polícia Rodoviária
Uma mulher, de 31 anos, morreu e cinco pessoas ficaram feridas devido a um acidente de trânsito entre dois carros e uma carreta na Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), nesta quarta-feira (19), em Martinópolis (SP).
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, a equipe foi acionada para atender uma colisão de veículos com várias vítimas que, por consequência, interditou a via na altura do km 422,900.
Um carro com placas de Santo Anastácio (SP) e uma carreta com placas de Chopinzinho (PR), transitavam no sentido Sagres (SP) a Indiana (SP), quando se depararam com um terceiro veículo vindo na direção contrária.
Na tentativa de realizar uma ultrapassagem, um carro com placas de Curitiba (PR) colidiu frontalmente com o primeiro veículo. Com o impacto, o automóvel, com placas de Santo Anastácio, foi lançado na frente da carreta e houve uma nova colisão.
Conforme a polícia, uma mulher de 31 anos não resistiu aos ferimentos e morreu. O marido dela, um homem de 30 anos, ficou gravemente ferido.
Além disso, duas pessoas, de 25 e 26 anos, sofreram leves lesões, assim como uma criança de três anos e uma de três meses de vida.
O motorista da carreta, de 38 anos, não se feriu.
Devido a colisão, o km 422,900 ficou interditado por 2h na Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425)
Polícia Rodoviária
Local interditado
Devido ao acidente, o local permaneceu interditado por cerca de 2h em razão da imobilização de um dos veículos na faixa de circulação e em razão das medidas de segurança para as equipes do Corpo de Bombeiros remover uma das vítimas que ficou presa nas ferragens.
Os motoristas realizaram teste de etilômetro e todos resultaram em negativo para influência de bebida alcoólica.
O local e os veículos foram periciados.

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Fonte: G1

Concerto homenageia Tchaikovsky e abre projeto Municipal ao Meio-Dia


Um concerto sinfônico, que homenageia os 130 anos de morte do compositor russo Tchaikovsky, considerado um dos maiores gênios da música erudita, dará início à Série Celebrações 2023 do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira (20), às 12h, será realizado o primeiro concerto, abrindo o projeto Municipal ao Meio-Dia, com preços populares (R$ 2) e em horário alternativo. No sábado (22), o segundo concerto está programado para as 17h, dentro da programação normal do teatro. O patrocínio é da Petrobras. A classificação é livre.

O programa inclui o Concerto para violino em Ré Maior, Opus 35, e o Concerto para piano nº 1, em si bemol menor, Opus 23, que serão executados pela Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal (OSTM), tendo como solistas Ricardo Amado (violinista) e Alvaro Siviero (pianista). A regência será de Felipe Prazeres, maestro titular da OSTM.

“Tocar Tchaikovsky é sempre um prazer para quem escuta, para quem executa. É um prazer para quem vai fazer solo. Esses dois concertos que vamos abordar, tanto para violino quanto para piano, fazem parte da galeria dos grandes concertos para instrumento e orquestra. Eles já fazem parte do grande repertório sinfônico; são obras muito celebradas no Rio de Janeiro. Agora, a gente vai reviver esse momento com Tchaikovsky, no próximo sábado”, disse Prazeres à Agência Brasil.

Construção

Prazeres comentou também a nova iniciativa do teatro, que é o Municipal ao Meio-Dia, para atrair público no horário do almoço. “É uma oportunidade para estar no Municipal e usufruir de um concerto, um ensaio, com a orquestra construindo um repertório e participando dessa construção. É muito interessante as pessoas verem um ensaio, como é elaborado esse trabalho até a gente chegar ao resultado, que vai ser a ‘performance’”, disse o maestro.

Para a presidente da Fundação Theatro Municipal, Clara Paulino, o projeto é mais um passo rumo à democratização de acesso ao equipamento, “aproximando o carioca dessa instituição centenária”.

Entre 60 e 65 músicos compõem o efetivo da OSTM. “É uma orquestra completa, com todas as famílias (de instrumentos) sendo representadas. É uma grande orquestra sinfônica, bem condizente com a forma de Tchaikovsky, no auge do romantismo, escrever, utilizando tudo que tinha a seu favor”, completou Felipe Prazeres. O pianista convidado, Alvaro Siviero, explicou que o Concerto para piano, Opus 23, em especial, pede ao solista uma entrega plena, devido ao caráter fortemente romântico da obra. “Todas as vezes que o interpreto, revigoro minha vida como músico. Espero que os presentes também saiam dessa apresentação renovados, revigorados, transformados. Essa é a finalidade da boa música”.

Palestras

Antes de cada espetáculo haverá uma palestra gratuita. A primeira, programada para as 11h45 de hoje, será realizada na Sala de Espetáculos, terá como tema Uma Conversa com Tchaikovsky e contará com a participação de Eric Herrero, diretor artístico do TMRJ; e Antonella Pareschi, primeiro violino da orquestra. No dia 22, a palestra ocorrerá às 16h, no Salão Assyrio, com o tema Tchaikovsky e o brilho da orquestração. Participam o pianista Alvaro Siviero e Priscila Bomfim, regente titular do Coro do Theatro Municipal. A mediação será de Jayme Chaves., pesquisador e editor de programas da diretoria artística da instituição.

No concerto de sábado (22), os preços variam de R$ 15 (galeria lateral e galeria central); R$ 30 (balcão superior lateral e balcão superior), R$ 40 (plateia e balcão nobre) até R$ 60 (frisas e camarotes ingresso individual) ou R$ 360 (frisas e camarotes seis lugares). Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou pelo site https://theatromunicipalrj.eleventickets.com/#!/evento/425b777d1fc9fe47c28a8795c6a2255f7ee615f2.




Fonte: Agência Brasil

Documento histórico, disco de vinil se recicla e ganha novos sentidos nas mãos de talentos do Oeste Paulista




Seja na discotecagem, na comercialização, nas artes ou no colecionismo, artigo se mantém vivo na rotina e no coração de moradores de Santo Anastácio (SP) e Presidente Prudente (SP). Artista visual Zeca Agostini comercializa discos de vinil pintados à mão, em Santo Anastácio (SP)
Cedida/Zeca Agostini
Consumido por amantes da música, o disco de vinil foi responsável por dar ritmo à vida das pessoas ao redor do mundo entre as décadas de 50 e 80. Mesmo após 70 anos, esse artigo se mantém vivo na memória, no coração e nas mãos de colecionadores, músicos e artistas do Oeste Paulista.
Dados da Pró-Música Brasil: Produtores Fonográficos Associados mostram que o disco de vinil ocupa o segundo lugar no ranking de comercialização de modelos físicos, com faturamento de R$ 4,7 milhões em 2022, ficando apenas atrás do CD, que conquistou R$ 6,7 milhões.
Ainda conforme o relatório intitulado Mercado Fonográfico Brasileiro, da afiliada da International Federation of the Phonographic Industry (IFPI) no país, houve um crescimento de 3% no faturamento com a venda de discos de vinil no comparativo com 2021, quando estava na casa dos R$ 2 milhões.
Eugenio Valentim Balan vende e coleciona discos de vinil há mais de 50 anos, em Presidente Prudente (SP)
Cedida/Eugenio Valentim Balan
Esse é o reflexo de um mercado que vem ressignificando e moldando seu comportamento frente às produções musicais que fizeram e continuam fazendo sucesso, mesmo com o passar dos anos.
“Com um bom equipamento, a sonoridade do disco de vinil é a que mais se aproxima do real. Além disso, a arte de capa, o encarte, trazendo todas as informações das sessões de gravação, quem compôs, quem tocou, as letras, alguns com tradução, faz com que o audiófilo, mesmo consumindo outras tecnologias, se apegue ao disco. Costumo dizer que é ritualístico o processo de ouvir um disco de vinil”, afirmou ao g1 o comerciante Eugenio Valentim Balan, de 70 anos.
Desde 1972, ele trabalha vendendo discos de vinil em Presidente Prudente (SP). Como colecionador, já são 53 anos. Seu acervo particular conta, hoje, com aproximadamente 900 discos de variados estilos, como rock, Música Popular Brasileira (MPB) e jazz, mas esse número já chegou a 4 mil.
Eugenio Valentim Balan vende e coleciona discos de vinil há mais de 50 anos, em Presidente Prudente (SP)
Cedida/Eugenio Valentim Balan
“Ainda que nascido e morado na zona rural, meus avós, meus pais e meus irmãos mais velhos gostavam de ouvir música, então cresci ouvindo os mais variados estilos musicais, de opereta e tarantela às novidades, como o rock e o jazz. Já morando em Araraquara (SP), passei a ouvir o que tinha no momento, The Beatles, Stones, Renato e Seus Blue Caps, instrumental, de tudo que aparecesse. Nunca fui radical, não gosto de radicalizar. Esses fatores foram determinantes para que eu entrasse no mercado fonográfico”, relembrou.
Ao g1, Eugenio Balan ressaltou que a venda de discos de vinil ultrapassa a de CDs em sua loja, hábito cada vez mais precoce, já que o consumo desses artigos começa pelos pré-adolescentes. Para ele, no entanto, o modelo físico tornou-se caro, além da dificuldade para adquirir ou dar manutenção aos aparelhos adequados. Mesmo assim, garante que existe um mercado composto, sobretudo, pelos colecionadores.
“Com o ressurgimento de gravadoras, estas vão realimentando o mercado e assim dando suporte para que os colecionadores se sintam atualizados, ao invés de simples e saudosos admiradores de um formato, que considero o real documento de uma história que se recicla através dos novos talentos, nos mais diversos estilos”, enfatizou.
Eugenio Valentim Balan vende e coleciona discos de vinil há mais de 50 anos, em Presidente Prudente (SP)
Cedida/Eugenio Valentim Balan
‘Vinil com Tinta’
Uma placa circular preta, com um pequeno furo ao centro, e texturas sensíveis ao toque. Essas são características que singularizam o disco de vinil. Nas mãos do artista visual Zeca Agostini, de 60 anos, o também conhecido LP – ou long-play, em inglês – se transforma em uma tela de pintura.
O projeto, que recebe o nome de Vinil com Tinta, existe há seis anos e já fez muitos sucessos serem eternizados de uma forma diferente.
“Eu sou da época do vinil. Eu gosto de rock, jazz e blues, e eu sempre tive os discos. Quando começou essa transição para o CD, muita gente parou de ouvir. Eu não. Eu continuei ouvindo os meus discos, tanto que muitos deles ganhei de amigos meus. Eu ganhava muitos discos riscados e danificados, daí surgiu a ideia de pintá-los”, relembrou ao g1.
Artista visual Zeca Agostini comercializa discos de vinil pintados à mão, em Santo Anastácio (SP)
Cedida/Zeca Agostini
Natural de Santo Anastácio (SP), Zeca Agostini começou a trilhar seu caminho no universo das artes aos 11 anos, “brincando de desenhar”. Aos 15, pintava camisetas para vender. Já na capital paulista, se formou pela Panamericana Escola de Arte e Design e pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Também foi professor na Oficina Paulista de Artes e Artesanato.
Da “brincadeira de criança” Agostini fez seu nome e foi reconhecido pelo Salão da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, que o premiou como artista revelação, além de ser destaque na 1ª Mostra de Artes Plásticas, também na capital.
São 40 anos vivendo da arte e, de volta à terra natal, Zeca Agostini continua apresentando ao mundo suas criações, sobretudo, por meio dos discos de vinil. Dentre as mais pedidas, estão retratos fielmente reproduzidos pelo artista nos LPs, sob encomenda.
Artista visual Zeca Agostini comercializa discos de vinil pintados à mão, em Santo Anastácio (SP)
Cedida/Zeca Agostini
“Você acaba reciclando. É um material que poderia ir para o lixo, que estava perdido ou jogado, e sabe-se quanto tempo demoraria para ser decomposto. As pessoas acham a ideia bem interessante. Agora que os discos estão bem na moda, que todo mundo voltou ao vinil, valorizou bastante o trabalho”, disse ao g1.
Segundo ele, os discos pintados à mão são comercializados pelo preço médio de R$ 60 e têm como base aqueles em desuso, como o de novelas, os riscados ou mofados.
“A pintura de retratos dá um ar meio retrô para os discos, e o pessoal gosta bastante. Vende bem, porque é um preço mais acessível. Aqueles discos que eu ganho e que estão em bom estado, mas não ouço, ainda comercializo para alguém que possa ouvir”, finalizou.
Artista visual Zeca Agostini comercializa discos de vinil pintados à mão, em Santo Anastácio (SP)
Cedida/Zeca Agostini
Resgate cultural
Comemorado em 20 de abril, o Dia do Disco de Vinil cultua desde 1979 o artigo que novamente vem ganhando espaço nas prateleiras. Diante desse cenário, outra figura que resistiu às mudanças do mercado é a do Disk Jockey, o popular DJ.
Exaltando o valor histórico e cultural dos LPs, o músico Thiago dos Santos Lima embala as noites prudentinas há dois anos com a sua discotecagem. Influenciado por amigos DJs que já eram do ramo, suas pesquisas e seu trabalho são referenciados em artistas brasileiros dos anos 50 até os 80.
Thiago Lima valoriza a música brasileira por meio da discotecagem com discos de vinil
Cedida/Thiago Lima
“A música brasileira é muito rica e influencia muitos artistas no mundo todo. Muitos países, inclusive, regravaram e regravam nossas músicas. Não é só o valor de custo do disco que temos que nos ligar, mas também a mensagem que ele passa, a proposta que ele apresenta e o que ele queria dizer naquela época. A música não tem fronteiras”, enfatizou ao g1.
Para ele, muitos artistas brasileiros foram descobertos graças à circulação dos discos pelo mundo, o que permitiu que a cultura do vinil não morresse e que o trabalho do Disk Jockey fosse valorizado.
“Na minha infância, tive contato com discos de vinil, mas não dava a atenção de hoje. Penso que, atualmente, muitas crianças não sabem o que é isso. Dias desses, em meu trabalho, quando o carteiro foi entregar um disco que comprei na internet, uma pessoa de 18 anos que estava no local não sabia o que era isso”, lembrou o vendedor.
Thiago Lima valoriza a música brasileira por meio da discotecagem com discos de vinil
Cedida/Thiago Lima
Ainda de acordo com o pesquisador autointitulado “garimpeiro” do universo da discotecagem, a presença dos discos de vinil na sociedade não é efêmera, mesmo que a sua fabricação tenha reduzido com o surgimento de novas tecnologias, como as plataformas de streaming.
“A produção do disco de vinil parou aqui, no Brasil, em boa parte, no ano de 1997, quando a era do CD teve início. Hoje, existem discos raríssimos lançados neste período, muito valiosos, por sinal, pelo motivo de terem saído em pequenas prensagens. O disco nunca morrerá, na verdade”, observou o DJ.
Thiago Lima valoriza a música brasileira por meio da discotecagem com discos de vinil
Cedida/Thiago Lima

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Fonte: G1

Petrobras e BNDES anunciam criação de comissão mista


Os presidentes da Petrobras, Jean Paulo Prates, e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciaram nesta quarta-feira (19), no Rio de Janeiro, a criação de comissão mista BNDES-Petrobras. A medida tem o objetivo de facilitar a apresentação de projetos em matérias de interesse comum às duas instituições.

O trabalho será desenvolvido por meio de subcomissões temáticas compostas por integrantes das duas empresas. Entre os principais focos da parceria estão medidas catalisadoras da transição energética, reindustrialização e fomento à pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

“Demos um passo importante para fortalecer uma aliança de trabalho com o BNDES em prol do desenvolvimento de propostas e projetos relevantes para o Brasil. É o começo de uma parceria estratégica para a Petrobras e para o país”, avaliou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.




Fonte: Agência Brasil

Perita legista da Polícia do Rio é assassinada a tiros na Baixada


A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga a morte da perita legista da Polícia Civil do Rio de Janeiro Denise Macedo Jana, de 61 anos. Ela foi assassinada com 14 tiros depois de ter sido vítima de assalto perto da Favela do Lixão, na saída de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no início da tarde desta quarta-feira (19). O Disque Denúncia está recebendo colaborações para obter informações que levam aos envolvidos.

De acordo com informações de colegas de trabalho da vítima, a perita foi rendida por dois criminosos que ocupavam uma moto, próximo à comunidade do Lixão. Ao ser retirada do veículo, os criminosos viram a arma da vítima e efetuaram diversos disparos. Os criminosos conseguiram fugir levando a arma de Denise, uma pistola automática da corporação.

Lotada no Instituto Médico Legal (IML), a policial civil chegou a ser socorrida pelo filho, que estava no carro com ela no momento do assalto. Denise foi levada às pressas para o Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, em Caxias. A direção da unidade informou que a perita deu entrada às 12h16, já em óbito, com pelo menos 14 perfurações no corpo.

Com a morte da perita legista, sobe para 22 o número de agentes de segurança mortos em ações violentas no Estado do Rio de Janeiro desde o início deste ano. Foram mortos 20 policiais militares, incluindo em serviço, de folga e reformados ou da reserva e um militar do Corpo de Bombeiros.

Para denunciar a identificação e localização dos envolvidos na morte da policial civil, de forma anônima, testemunhas podem usar o canal do Disque Denúncia. O número Central de atendimento é (21) 2253 1177.




Fonte: Agência Brasil

Operação Impacto reforça segurança em estabelecimentos de ensino em Presidente Prudente


O assunto foi abordado em uma reunião nesta quarta-feira (19), no Centro Cultural Matarazzo, na Vila Marcondes, que contou com a participação de representantes da Prefeitura, do Poder Judiciário, do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), das polícias Civil e Militar e da Diretoria Regional de Ensino.




Fonte: G1

Terras indígenas são as que mais protegem biodiversidade


A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, defendeu, nesta quarta-feira (19), mais reconhecimento dos povos indígenas como parte da solução para os problemas ambientais e a crise climática. Em cerimônia para comemoração do Dia dos Povos Indígenas, a ministra destacou que dados sobre desmatamento nos diferentes biomas mostram que as terras indígenas são os locais com maior proteção à biodiversidade no país.

Sônia disse que é preciso avançar na demarcação de terras e que a sociedade não indígena também deve reconhecer a necessidade de que essa pauta esteja no centro do debate político, tanto quanto o debate ambiental e das mudanças climáticas.

“Não é só com a nossa presença, mas com esse reconhecimento, mudança de postura, com respeito aos modos de vida, com respeito a Constituição Federal, com o cumprimento da demarcação dos territórios indígenas. Não dá mais para negar que os territórios indígenas são essenciais para conter essa crise climática, não dá mais para negar que os territórios indígenas são os espaços onde há maior proteção da biodiversidade”, afirmou.

“Não [é] só olhar para nós e achar os cocares e os enfeites bonitos, mas olhar para nós como sujeitos de direitos. Temos que ser reconhecidos como parte da solução para o problema que o mundo enfrenta hoje”, disse Sônia durante a abertura do Encontro MPI-Funai pelo Fortalecimento da Política Indígena, hoje em Brasília.

A ministra disse que, após anos de retrocesso no debate da pauta indígena, alguns avanços começam a ser conquistados, como a criação do Ministério dos Povos Indígenas e a presença de indígenas em posições de comando, em espaços como a presidência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a cargo de Joenia Wapichana, e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde.

Contudo, Sônia frisou que a demarcação de terras continua sendo a maior pauta para os povos indígenas. Ela destacou que há um passivo muito grande de territórios a serem regularizados, demarcados e homologados.

“Nós somos o resultado das lutas dos povos indígenas, resultado dessa resistência, somos essa trajetória que não desistiu, essas pessoas que não recuaram, e hoje assumimos esse lugar [de destaque]. E aqui a gente dá continuidade à luta que nos trouxe até aqui, a nossa bandeira de luta, que é a conquista dos nossos territórios”, afirmou a ministra.

Alterações

Brasília (DF) 19/04/2023 - A Presidente da Funai, Joenia Wapichana, participa de um evento Retomar e Reconstruir e o fortalecimento da política indígena com a participação de servidores da Funai e do Ministério dos Povos Indígenas. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Joenia Wapichana disse que trabalha por plano de carreira e concurso público para a Funai – Antonio Cruz/ Agência Brasil

Entre os avanços, a presidente da Funai, Joenia Wapichana, destacou a alteração no nome da fundação, após a aprovação de projeto de lei de sua autoria (PL 5.466/2019), enquanto exercia mandato de deputada federal. Aprovada pelo Congresso em 2022, a mudança do nome Fundação Nacional do Índio para Fundação Nacional dos Povos Indígenas teve o objetivo de representar de maneira mais apropriada a diversidade cultural e étnica dos povos originários.

Segundo Joenia, a alteração foi fundamental para a celebração da diversidade dos povos indígenas, pois o termo “índio” tem conotação pejorativa. “O propósito é reconhecer o direito desses povos de, mantendo e fortalecendo suas identidades, línguas e religiões, assumir tanto o controle de suas próprias instituições e formas de vida quanto de seu desenvolvimento econômico”, afirmou Joenia, à época.

Ela lembrou ainda a mudança no nome do Dia Nacional do Índio para Dia Nacional dos Povos Indígenas, afirmando que, com isso, os povos indígenas são apresentados “como coletividade, como detentores de direitos constitucionais”.

A presidente da Funai destacou também a retomada das discussões para demarcação de terras indígenas em diferentes regiões do país, após a constituição de oito grupos de trabalho, bem como a restrição de uso em áreas onde vivem povos isolados.

De acordo com Joenia, a instituição atravessa um quadro extremamente grave, após anos de sucateamento e de desvalorização dos servidores. Ela informou que vai trabalhar para que o plano de carreira da Funai avance e para que seja realizado novo concurso público para o órgão neste ano.

Joenia disse que, quando lideranças indígenas reivindicam a demarcação de suas terras, elas estão reivindicando a proteção dos recursos naturais e, por consequência, suas próprias vidas.

“Cabe a nós, Funai, juntamente com o Ministério dos Povos Indígenas, ter esse olhar de urgência. Acontece que não é tão rápido como a gente gostaria que fosse. A Funai hoje tem seus gargalos, que ultrapassam anos. E não vai ser de um dia para o outro que a gente vai resolver esse gargalo todo”, afirmou.




Fonte: Agência Brasil

Polícia Civil do Rio recupera carga desviada dos Correios


A Polícia Civil do Rio prendeu hoje (19), em flagrante, três homens que forjaram o roubo de um caminhão da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e da carga, além de falsa comunicação de crime.

Segundo as investigações, o motorista e dois ajudantes, funcionários de uma transportadora que prestava serviço aos Correios, procuraram a delegacia e informaram que foram assaltados próximo ao Sambódromo, no centro do Rio. Os agentes da 21ª delegacia policial, de Bonsucesso, ouviram os envolvidos e desconfiaram da versão apresentada.

A equipe fez o levantamento e foi até a região do suposto roubo. Durante a diligência, os policiais receberam a informação de que o veículo estaria no bairro de Ramos, na zona norte, e foram até o endereço.

O caminhão foi localizado, os agentes coletaram imagens de câmeras de segurança instaladas na região, analisaram e constataram que os homens não foram roubados e que deixaram o veículo no lugar para que a mercadoria, avaliada em R$ 500 mil, fosse levada por outro integrante da quadrilha.

Os policiais interrogaram novamente os três homens e apresentaram as imagens. Os autores confessaram o plano e disseram que combinaram o falso roubo com mais dois homens, ainda não identificados, e que todos receberiam um determinado valor. O caminhão e a carga foram recuperados e entregues ao dono.

A operação contou com a participação de policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC). A equipe realizava diligências na região e percebeu o caminhão sendo escoltado por criminosos em diversas motos. Ao avistarem os policiais, os criminosos fugiram para a comunidade Nova Holanda, que fica ali perto. Os agentes recuperaram a carga intacta e libertaram o motorista, que era feito refém.

A ação é parte da Operação Torniquete, criada pelo Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) para coibir roubos de cargas e de veículos no Rio de Janeiro e diminuir o índice dessa mobilidade de crime.

Os agentes da especializada mantém equipes principalmente na Avenida Brasil, maior via expressa da cidade, que liga a região portuária à zona oeste da cidade, com 54 km de extensão. A Avenida Brasil dá acesso à rodovia Presidente Dutra e também à BR-040, que liga o Rio à Juiz de Fora e também à região serrana do Rio.




Fonte: Agência Brasil

Período chuvoso eleva vazão de água da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, no Rio Paraná


Para as comunidades localizadas na margem direita do Rio Paraná, ou seja, nas cidades do Estado de Mato Grosso do Sul que ficam abaixo da usina de Porto Primavera, ainda segundo a Cesp, “é importante que seja observado também o volume de água dos rios afluentes, como o Paranapanema e o Ivinhema, sobre os quais a companhia não tem gestão e podem impactar o nível do Rio Paraná nessa região”.




Fonte: G1