Espetáculo inspirado na tradição Guarani é realizado com acessibilidade em Libras, em Presidente Prudente




Apresentação gratuita de ‘Os Filhos de Iauaretê, a Onça Rei’ será às 15h, neste domingo (16). Espetáculo ‘Os Filhos de Iauaretê, a Onça Rei’ será realizado neste domingo (16), no Sesc Thermas de Presidente Prudente (SP)
Sawara Silva Santos
A Companhia Pé do Ouvido apresentará o espetáculo “Os Filhos de Iauaretê, a Onça Rei” de forma gratuita neste domingo (16), às 15h, no Sesc Thermas de Presidente Prudente (SP).
A apresentação é acessível à Língua Brasileira de Sinais (Libras) e conta a história de dois irmãos muito diferentes, Juruá e Iauaretê-Mirim, que são filhos da onça-rei Iauaretê e da jovem indígena Kamakuã.
Por meio dos caminhos opostos dos irmãos e a partir de uma lenda de tradição Guarani, o público é convidado a refletir sobre a relação entre ser humano e a natureza.
O espetáculo é livre para todos os públicos e acontecerá na Área de Convivência do Sesc.
Serviço
O Sesc Thermas fica na Rua Alberto Peters, nº 111, no Jardim das Rosas, em Presidente Prudente. Para mais informações, o telefone para contato é (18) 3226-0400.

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Fonte: G1

Maria Marighella planeja diversificar políticas públicas da Funarte


Há pouco mais de dois meses como presidenta da Fundação Nacional das Artes (Funarte), Maria Marighella diz ter encontrado uma instituição com dívidas e descaracterizada da função original: a promoção de políticas públicas na área da cultura. As contas estão sendo colocadas em dia com o orçamento desse ano de R$ 160 milhões. Mas a reconstrução institucional envolve desafios maiores e, portanto, mais tempo. A presidenta promete recuperar a relevância da Funarte, torná-la mais diversa em termos nacionais e promover a cultura como um vetor de desenvolvimento econômico.

Maria Marighella recebeu a equipe de reportagem na sede atual da Funarte no bairro da Cidade Nova, região central do Rio. A instituição está no local desde 2017, mas uma mudança de lar deve acontecer em breve. Conforme adiantou em entrevista exclusiva à Agência Brasil, a instituição vai voltar ao Palácio Capanema até dezembro, quando as obras no prédio estiverem mais avançadas. O movimento é simbólico pela recuperação do edifício, um marco histórico do modernismo brasileiro que o governo Jair Bolsonaro tentou vender, e também pelo esperado retorno de protagonismo da Funarte.

A nova presidenta tem currículo e experiências coerentes com o novo cargo. Ao contrário de gestões anteriores, que incluíram um assessor de vereador e até um coronel do Exército. Natural de Salvador, Marighella é formada em artes cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Trabalhou como atriz, professora e produtora teatral. Foi coordenadora de Teatro da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e ocupou cargo semelhante na Funarte em 2015. Também foi assessora especial da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA).

Em 2020, foi eleita vereadora da capital baiana (PT-BA). Durante o mandato na Câmara Municipal, assumiu a gestão do Centro de Cultura Vereador Manuel Querino e integrou comissões permanentes de cultura e de defesa dos direitos da mulher. Integrou o Conselho Municipal de Política Cultural e virou conselheira da Academia de Letras da Bahia. Para assumir a presidência da Funarte, se licenciou do cargo de vereadora em Salvador.

Rio de Janeiro (RJ), 13/04/2023 - Entrevista com a atriz Maria Marighella, presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 “Vida das artes brasileiras passa pela Funarte de algum modo’, avalia Maria Marighella – Fernando Frazão/Agência Brasil

E, sim, como fica óbvio pelo sobrenome, ela é neta de Carlos Marighella, um dos principais nomes da luta contra a ditadura militar no Brasil, assassinado em 1969. A herança familiar é motivo de orgulho. Maria atuou no filme Marighella, de 2021, no papel da avó Elza Sento Sé. E diz tirar dessa ancestralidade uma “força suplementar” para encarar grandes responsabilidades, como a que tem agora pela frente na presidência da Funarte.

Agência Brasil: Você tem uma formação profissional e intelectual que passa pela interseção de diferentes caminhos como os das artes cênicas, da gestão pública e da política. Como essa trajetória foi construída até aqui, antes de assumir a presidência da Funarte?
Maria Marighella: Eu nasci em 1976 no momento em que o Brasil vivia ainda uma ditadura. Meu pai, Carlinhos Marighella, estava preso naquela época. Ele havia sido preso em 1975 na Operação Radar, comandada por Carlos Alberto Brilhante Ustra. Uma operação nacional que foi responsável pela prisão, tortura e morte de Vladimir Herzog. E na Bahia foi responsável pela prisão de dezenas de comunistas que tentavam ali reorganizar a atividade partidária, sindical e o retorno da democracia brasileira. Então, o teatro foi o meio que eu pude encontrar um lugar nessa história tão atravessada pela violência, autoritarismo e brutalidade. O teatro e as artes eram como uma dimensão restauradora da minha vida em sociedade. Estudei em uma escola fundada pela feminista Amabília Almeida, a Escola Experimental, que vai ser uma escola de grandes atores. Nela, eu começo a fazer teatro e vou depois fazer cursos de extensão na universidade. Depois vou fazer uma formação nos anos 90 que tinha o teatro de grupo como um teatro mais ativista, militante, que se conectava com outras experiências do Brasil. Embora eu tivesse a tradição da política como ancestralidade, foi no teatro que eu encontrei um ativismo e uma militância muito própria.

Ali já no final dos 1990, início dos 2000, eu passo a ser gestora de espaço cultural. E essa experiência me leva a experimentar a gestão em outras instituições. Como o Sesc, por exemplo, que me leva pela primeira vez à gestão pública em 2012 na Bahia. A Bahia no governo de Jaques Wagner passa pela primeira vez a ter uma Secretaria de Cultura em 2007. E a Fundação Cultural do Estado da Bahia, que é construída em um tempo próximo à Funarte, se torna responsável pelas políticas das artes. O secretário da época, o professor Albino Rubim, me convida para assumir a coordenação de teatro nesta fundação. Essa experiência faz com que em 2015, na segunda gestão do governo Dilma, quando Francisco Bosco preside a Funarte, eu seja convidada para a coordenação de teatro da instituição.

Só que esse período é tão intenso quanto curto. Ele é interditado pelo impeachment da presidenta Dilma, eu volto para Bahia e para a Secretaria de Cultura. E volto com uma convicção de que nós precisaríamos nos organizar politicamente em uma frente insurgente de ocupação de espaços, disputando linguagem, modos, integrando essa frente feminista, negra, indígena e LGBT na cena institucional. E em 2020, em plena pandemia, sou eleita vereadora de Salvador. Em 2022, me candidatei a deputada federal pelo PT da Bahia e tive uma votação muito expressiva, apesar de não eleita. No contexto da transição do governo Lula, fui convidada a integrar a equipe e escrever sobre a política nacional das artes e a Funarte.

E aí sou convidada por Margareth [Menezes, ministra da Cultura] por causa disso, eu imagino, para presidir a Funarte. Um convite absolutamente inesperado, que entendi como um chamado para participar daquilo que nós estamos chamando de refundação do Ministério da Cultura. E aí no retorno do Ministério da Cultura, no dia 24 de janeiro de 2023, tem o decreto que estabelece a política nacional das artes como atribuição primeira do Ministério da Cultura. Isso é absolutamente inédito para mim e significa dizer que a política nacional das artes não é apenas uma atribuição da Fundação Nacional de Artes, mas de todo o Ministério da Cultura. Então, essa é a primeira tarefa para a gente aqui, atuar nesse ministério refundado no restabelecimento das suas políticas, mas também no futuro dessas políticas na recuperação institucional dessas políticas, mas sobretudo numa necessidade de materializar no país a política nacional das artes.

Rio de Janeiro (RJ), 13/04/2023 - Entrevista com a atriz Maria Marighella, presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Maria Marighella diz que é preciso materializar no país a política nacional das artes no país – Fernando Frazão/Agência Brasil

Agência Brasil: Como é voltar para a Funarte depois de tanto tempo? O que mudou na instituição em relação ao ano de 2015? O quanto você já conseguiu mapear de desafios, principalmente daqueles herdados do governo anterior? E quais são os planos da sua gestão para a Funarte?
Maria Marighella: A Funarte é uma jovem senhora quase da minha idade, que vai completar 50 anos em 2025. E, portanto, uma instituição quase cinquentenária já fez muito pelo país. Ela é anterior até mesmo ao Ministério da Cultura. A vida das artes brasileiras passa pela Funarte de algum modo. Nós temos um dever político, democrático, institucional, de reconectar essa instituição com a vida do país. Então, a gente precisa recuperar a memória como uma dimensão importante de qualquer política. A gente vai recuperar a memória das artes e os acervos, mas eu tenho falado muito também de recuperar a memória institucional da Funarte. Para relembrar ao Brasil que as artes brasileiras passam de algum modo por essa instituição.

Isso permite que o resto do Brasil reivindique também essa instituição. Porque você só reivindica aquilo que conhece. Esse ciclo de refundação passa por isso. É ativar o desejo de conexão com essa instituição. O que acontece em períodos de ataque às políticas e às instituições? Elas vão sendo depreciadas. Servidores vão se escondendo em cantinhos para não serem notados e conseguirem fazer seus trabalhos. A gente tem uma tarefa de contar a grandiosidade dela para que ela possa cumprir o seu papel institucional.

E aí, o que eu encontro? Uma Funarte que já havia desde 2015 perdido a capacidade institucional, a capacidade de promoção de políticas públicas. Então não é algo que começa com bolsonarismo, nem com o último governo. Mas é óbvio que a crise com a qual a gente já lidava se torna real nesse governo, se materializa e se agudiza, de maneira intencional, declarada e radicalizada. Então o que eu encontro é uma fundação com uma perda brutal das suas atividades finalísticas. Não por incapacidade, mas por deliberação. Então, uma fundação que perde. Em uma perspectiva de investimento e custeio, é uma instituição que custa mais ao erário do que promove em termos de política pública.

Então, poderia dar muitos exemplos, mas acho que esse é o mais central. Para esses primeiros 100 dias, nós tínhamos uma tarefa que foi realizada logo no primeiro momento pelo governo Lula e pela ministra, que é a recomposição imediata desse orçamento para as áreas finalísticas. E uma mudança radical: uma instituição que estava na iminência de perder a vocação e finalidade tem como primeiro ato a recuperação orçamentária. A gente não só garante esse orçamento, como a gente paga dívidas que a Funarte contraiu no último período e não pagou. Por exemplo, a Funarte descentralizou recursos, através de convênios, sem conseguir pagar prêmios.

De maneira imediata é fazer com que a instituição se mova. Veja a Escola Nacional de Circo. É uma riqueza. Imagina que hoje a escola tem 53 alunos vindo de toda a parte do Brasil e mesmo alunos estrangeiros. É uma referência na América Latina. Hoje, cada aluno para estudar na escola recebe uma bolsa de R$ 2,5 mil. Então, a Funarte tem equipamentos e mecanismos vigentes. Temos um processo desde 2015 sobre a patrimonialização do circo familiar, tradicional, itinerante, através de pequenas bolsas de R$ 20 mil.

A Funarte tem em andamento dois projetos importantes da internacionalização: o Ibermúsica e o Iberescena. Eu inclusive vou segunda-feira a Lisboa para encontrar os 15 países que compõem o programa Iberescena: o comitê de investimento dos países americanos em relação às artes cênicas. E quando eu voltar, na outra semana, estaremos juntos reunidos pela primeira vez no Brasil com o Ibermúsica com os 15 países que compõem a América.

Então, é avançar na construção e na materialização da política nacional das artes, nos mecanismos de fomento que devem começar a ser lançados, na organização do GT [grupo de trabalho] que vai apresentar a regulamentação da Lei Paulo Gustavo, no retorno da lei de fomento à cultura mais longeva que temos, que é a Lei Rouanet. Sessenta e cinco por cento de todo o projeto que tramita pela Rouanet passa pela Funarte. E a gente faz bem pouco nessa história. A ideia não é que a Funarte seja um equipamento apenas de fluxo, mas que ela possa dotar de inteligência esse mecanismo. Que a gente possa extrair informações, dados, indicadores. Que a gente possa ler melhor essa produção, tratar esse mecanismo de forma a descentralizar e garantir mais equidade.

Rio de Janeiro (RJ), 13/04/2023 - Entrevista com a atriz Maria Marighella, presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Presidenta da Funarte destaca importância da dimensão econômica da cultura – Fernando Frazão/Agência Brasil

Agência Brasil: Tornar a Funarte mais conhecida da população brasileira passa pela diversificação regional das políticas públicas? Em não focar excessivamente no eixo Sul-Sudeste?
Maria Marighella: Sim, falamos em descentralização regional. Hoje, há uma expectativa imensa do Norte na conexão dessas políticas. A gente sabe que o Brasil é um país muito desigual, com oportunidades muito desiguais. E você não consegue promover igualdade, equidade e justiça social sem política pública. Mas eu falaria não só em relação às regiões. Eu falaria também numa desigualdade entre territórios, entre o que é centro e o que é periferia. A gente está falando de desigualdades de gênero, de desigualdades raciais. Quando a gente fala, por exemplo, das artes indígenas, tem um passivo enorme sobre esse tema.

Então, é preciso olhar a nacionalização não só na sua dimensão regional, mas também na dimensão redistributiva. A gente tem uma superconcentração no Sudeste, por exemplo. Mas a gente não está falando de todo o Sudeste. Está falando de dois estados, de duas capitais, dos centros dessas capitais. Os nossos desafios não são apenas regionais. Eles têm camadas muito mais complexas.

A gente está falando de políticas para as artes nas infâncias também. Vivemos agora uma crise relacionada à violência no ambiente escolar, mas nós não falamos que muitas vezes a infância e juventude brasileira estão sendo bombardeadas por um conteúdo que a gente não tem controle.  Não temos uma política de composição de um conteúdo cultural e artístico. Estamos falando de uma população com deficiência que vive e não tem o direito a fluir ou produzir arte, porque a gente tem equipamentos e políticas radicalmente capacitistas.

Precisamos reivindicar outros componentes, para que realmente façamos essa cultura que é absolutamente democrática na dimensão do fazer. Ou seja, todo ser vivente é um ser produtor de cultura. Ela está em todos os lugares. É o que Antônio Pitanga dizia: “De onde eu vim, não tinha nada, mas nesse nada, tinha cultura”. É sobre transformar esse saber tão nosso que está em todo lugar em um direito. E isso precisa ser mediado pela política pública.

Agência Brasil: Como está o cronograma em relação ao retorno da Funarte para o Palácio Capanema, aqui no Rio de Janeiro? Já existe uma previsão de conclusão das obras?
Maria Marighella: Sim! Voltaremos! Recebemos uma mensagem esta semana que até dezembro o palácio estará apto a nos receber. Primeiro queria celebrar muito, porque isso significa celebrar também a volta do Minc e a forma como a ministra Margareth Menezes está conduzindo esse sistema. Queria celebrar muito o Iphan também, que assumiu essa responsabilidade de acelerar a obra. O Palácio Capanema até outro dia estava ameaçado de ser vendido. Um patrimônio do modernismo brasileiro ameaçado por um governo privatista. Foi a força da sociedade civil que fez com que esse prédio não fosse vendido e continuasse como um patrimônio nosso. A Sala Sidney Miller, que é uma sala da Funarte, já está reformada. A assembleia dos servidores, que é uma tradição, será na sala. É uma tentativa de nos aproximarmos gradativamente do Capanema. Temos uma expectativa de fazer uma “Funarte em obras”, de voltar gradativamente algumas atividades, de promover uma nova construção da política e dos pensamentos.

Agência Brasil: Historicamente, questões estritamente econômicas costumam ganhar destaque nas transições de governo. De que forma políticas relacionada à cultura e às artes também podem contribuir nesse campo?
Maria Marighella: Eu acho muito importante tratar da dimensão econômica da cultura. A ministra Margareth Menezes falou outro dia de uma coisa muito bonita, que a cultura é uma mina de ouro do Brasil. Em um país severamente marcado por uma crise econômica, sem dúvida a cultura é um vetor do desenvolvimento econômico que pode ser ampliado. Com pouco investimento, você tem muito retorno. Os números são muito positivos em relação ao investimento e ao retorno dessa dimensão. Só que eu gosto muito de pensar naquela frase de Conceição Tavares: uma economia que não é redistributiva, ela interessa muito pouco ao desenvolvimento de um país. Eu gosto de pensar assim na dimensão econômica, mas ela não pode estar desassociada da dimensão redistributiva. Eu gosto de pensar que a cultura é uma riqueza, mas, como toda a riqueza, ela precisa ser redistribuída. Isso é muito importante em um país que viveu crises diversas – social, política, ambiental, sanitária e econômica.

A atividade cultural move bilhões no mundo. Mas não necessariamente essa dimensão redistribui. Muitas vezes há dimensões que colonizam e são concentradoras. Ao passo que a gente precisa valorizar cultura. Uma política para as artes precisa pensar não só no potencial de fomento, mecanismo de indução, mas também nas leis de amparo aos trabalhadores das artes. As questões trabalhistas, previdenciárias e de proteção social. Organizar esse sistema e fazer com que ele seja sustentável, amoroso e solidário é um desafio do século 21.

Agência Brasil: De que forma a memória do seu avô, Carlos Marighella, e de tudo o que ele representa na história do país, atravessa a sua própria trajetória? De que forma ele faz parte da construção da sua identidade?
Maria Marighella: É uma pergunta que, claro, sempre me fazem. E eu mudo a resposta, às vezes, porque estou sempre sendo surpreendida por novas dimensões. A gente nunca para de pensar sobre nós mesmos no mundo. As pessoas perguntam: “Marighella é um peso”? E eu digo: “Não, Marighella é um chão”. É algo sólido que sustenta, não pesa. É muito importante se sentir raiz de uma árvore boa do Brasil. Raiz, uma ancestralidade na dimensão da natureza de uma árvore boa. E é óbvio que quando você tem isso, não é um peso, é um chão, é um fundo, é um horizonte, é uma orientação quando tudo está muito difícil. É ter a quem recorrer em uma dimensão de ancestralidade. É muito importante, é uma força suplementar.

Óbvio que não é apenas isso. É uma responsabilidade imensa. Não se anda impune pelo mundo quando se sabe tanto. É impossível ler uma sessão da admissibilidade do impeachment e não entender que nós estávamos ali avançando por um abismo, um esgarçamento da democracia brasileira. Por isso que o bolsonarismo me indignou todos os dias, mas ele nunca me espantou. Então, a responsabilidade com a memória e com essas informações da história nos dá um horizonte de responsabilidade muito profundo e nós não pretendemos recuar dessa responsabilidade com o país. E acho que, enquanto o Brasil precisar reencontrar com a sua história, Marighella será esse horizonte que nos orientará.




Fonte: Agência Brasil

Chega a 70 número de municípios no MA em emergência por causa da chuva


Subiu para 70 o número de cidades que já decretaram situação de emergência no Maranhão devido às fortes chuvas, de acordo com nota divulgada hoje (15) pela Defesa Civil do estado. A cidade de Buriticupu, cercada por erosões, chamadas de voçorocas, decretou estado de calamidade pública. Até o momento, 40.678 famílias foram afetadas, 8.434 estão desabrigadas e desalojadas e seis mortes foram confirmadas.

A Defesa Civil segue monitorando os episódios em que prejuízos e danos foram causados à população por conta do período chuvoso.

Equipes do Corpo de Bombeiros, das prefeituras, da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (Sedes) estão realizando operação para auxiliar as vítimas no interior do Maranhão. Já foram enviadas 34,7 mil cestas básicas e 34 mil litros de água e 3,45 mil colchões foram entregues.

Os restaurantes populares dos municípios atingidos vão ampliar a oferta de refeições no modelo híbrido (distribuição de quentinhas). Até o momento, 200 mil refeições foram entregues.

A situação de emergência é declarada quando ocorre uma de situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos à comunidade afetada. Nesses casos, o comprometimento da capacidade de resposta do Poder Público do ente atingido é “parcial”.

Com a decisão, os municípios podem ter acesso a recursos federais de forma facilitada, fazer compras emergenciais sem licitação e ultrapassar as metas fiscais previstas para custear ações de combate à crise.

Veja a lista dos municípios em situação de emergência:

Açailândia
Afonso Cunha
Alto Alegre do Pindaré
Arame
Arari
Bacabal
Barra do Corda
Barreirinhas
Boa Vista do Gurupi
Buriti
Buriticupu
Cajari
Cantanhede
Centro Novo do Maranhão
Codó
Conceição do Lago-Açu
Coroatá
Esperantinópolis
Governador Nunes Freire
Graça Aranha
Grajaú
Icatu
Igarapé Grande
Itaipava do Grajaú
Itapecuru
Itinga do Maranhão
Jenipapo dos Vieiras
Joselândia
Lago da Pedra
Lago dos Rodrigues
Lagoa Grande do Maranhão
Lima Campos
Marajá do Sena
Mirinzal
Monção
Nina Rodrigues
Olinda Nova do Maranhão
Paço do Lumiar
Pedreiras
Pedro do Rosário
Penalva
Pindaré-Mirim
Pinheiro
Poção de Pedras
Presidente Juscelino
Presidente Vargas
Raposa
Rosário
Santa Helena
Santa Inês
Santa Luzia
Santo Antônio dos Lopes
São Benedito do Rio Preto
São Bento
São João Batista
São João do Carú
São José de Ribamar
São Luís
São Luís Gonzaga
São Roberto
São Vicente Ferrer
Satubinha
Serrano
Trizidela do Vale
Tufilândia
Tuntum
Tutóia
Viana
Vitória do Mearim
Zé Doca




Fonte: Agência Brasil

Motocicleta furtada em frente à casa do proprietário durante a madrugada é recuperada, em Junqueirópolis




Veículo havia sido levado na última segunda-feira (10) e foi localizado pela Polícia Civil “sem nenhum dano aparente” quatro dias depois. Motocicleta furtada em frente à casa do proprietário durante a madrugada é recuperada, em Junqueirópolis (SP)
Polícia Civil
Uma motocicleta, que havia sido furtada na última segunda-feira (10), em Junqueirópolis (SP), foi localizada e devolvida ao seu proprietário pela Polícia Civil, nesta sexta-feira (14).
A vítima relatou aos agentes que a moto estava estacionada na frente de sua casa quando foi levada, durante a madrugada.
Quatro dias depois, a equipe conseguiu recuperar o veículo “sem nenhum dano aparente”.
A moto foi restituída ao proprietário.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações continuam com o objetivo de identificar o autor do furto.

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Fonte: G1

Estação do metrô recebe nome de professora morta em ataque


A Estação Vila Sônia da Linha 4 – Amarela do Metrô de São Paulo foi renomeada para Professora Elisabeth Tenreiro, em homenagem à educadora assassinada em ataque a uma escola no último dia 27 de março. Naquela ocasião, um adolescente armado com uma faca matou a professora e feriu quatro pessoas antes de ser contido.

A Escola Estadual Thomazia Montoro, onde aconteceu o ataque, fica a pouco mais de 200 metros da estação de metrô que recebeu a homenagem. O decreto com a mudança, assinado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi publicado neste sábado no Diário Oficial.

Elisabeth Tenreiro tinha 71 anos e era funcionária aposentada do Instituto Adolfo Lutz. Ela trabalhava como professora desde 2013 e tinha começado a dar aulas de ciências na Thomazia Montoro, neste ano.

Denúncias

Após o registro de ataques a escolas nas últimas semanas, o serviço Disque 100 passou a receber denúncias de ameaças de ataques a escolas. As informações podem ser feitas por WhatsApp, pelo número (61) 99611-0100.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública também dispõe de um canal para receber denúncias de violência escolar. Informações sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

>> Acesse o site para fazer uma denúncia.

Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.




Fonte: Agência Brasil

Pandemia e insegurança levam ao fechamento de lojas em São Paulo


Na tradicional Rua Barão de Itapetininga, no centro da capital paulista, e em muitas outras no calçadão, dezenas de estabelecimentos comerciais foram fechados. Por toda a parte, portas abaixadas, placas de “aluga-se”, pouco movimento na rua e comerciantes desanimados.

Ruas famosas pelo seu comércio estāo fechando as portas em Sāo Paulo.
Foto: Frame Tv Brasil/Agência Brasil

Lojas abertas deram lugar a placas de “aluga-se” na região central de São Paulo – Frame TV Brasil/Agência Brasil

Proprietário de uma banca de revistas desde 1986, Paolo Pellegrini avalia que este é o pior momento. “Hoje é uma rua com 80% abertos e 20% fechados. É muita coisa num trecho tão curto”, disse à TV Brasil.

O Edifício João Brícola é um prédio icônico do começo do século passado. Ele abrigou a primeira loja de departamentos do Brasil. Outras lojas vieram depois. A última ficou neste mesmo prédio por 19 anos, mas fechou no mês passado.

“Era um comércio muito bom, ocupava quase todos os andares aqui e era muito bom. Procurava de tudo e achava aqui. Parecia um shopping”, relembrou a vigilante Edneide Dias.

Outras ruas importantes do comércio popular de São Paulo seguem na mesma direção. Na Rua José Paulino, tradicional rua de roupas femininas, as lojas continuam abertas, mas o movimento está bem abaixo do que já foi. “Caiu bastante o movimento. Todos aqui estão falando a mesma coisa”, aponta a vendedora Solânia Silva.

São Paulo (SP), 12/04/2023 - Prédio antigo na esquina da rua Aurora com Santa Ifigênia, no centro da capital. Entidades que realizam trabalhos sociais na região da Cracolândia, no centro da capital paulista, estão pedindo para que o governo federal assuma a implementação de programas para o atendimento dos dependentes químicos que vivem no território. Segundo as entidades, os projetos da prefeitura e do governo do estado de São Paulo não estão dando resultado e acumulam denúncias de violações de direitos humanos. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Comerciantes da Rua Santa Ifigênia dizem que movimento na região caiu nos últimos anos – Rovena Rosa/Agência Brasil

Outra rua emblemática do comércio é a Rua Santa Ifigênia, voltada para a venda de eletrônicos. Lojas abertas também, mas com bem menos consumidores. “Três anos atrás era 100% do movimento, agora 60%, 70% e olhe lá”, avaliou o vendedor João Carlos Costa.

Assista à reportagem da TV Brasil:

Cenário

Uma das explicações para esse cenário é a grave crise econômica causada pela pandemia que contribuiu para o fechamento de muitas lojas e deixou milhares de pessoas vivendo nas ruas de São Paulo. Hoje, segundo o levantamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), são 52 mil pessoas em situação de rua. Outra explicação são os constantes roubos e furtos especialmente de celular nas ruas do centro.

Para o urbanista Aluízio Marino, coordenador do Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (Labcidade), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), outro grande problema são as políticas públicas mal sucedidas voltadas aos dependentes químicos da Cracolândia, que pulverizaram essa população para todo o centro.

“Essa política está sendo permanente. Antes a gente tinha uma dispersão que depois, em algum momento, voltava para algum lugar. Então essa política permanente de manter a dispersão, no caso especificamente desse território da Luz, Santa Ifigênia, Campos Elíseos, tem transformado esse território em um barril de pólvora”, apontou.

Para ele, a solução demanda menos polícia e mais ações para moradia, cuidados e combate ao tráfico.

“Operar o combate ao tráfico em uma escala que não é a escala ali do local ou, pelo menos, não apenas a escala ali do local. E, ali no território, precisa ter uma ação conjunta e forte do Estado para pensar políticas de moradia e de cuidado”, acrescentou.

Plataforma

Na quinta-feira (13), o governo paulista lançou uma plataforma com um diagnóstico das ações de segurança e crimes cometidos na região central da capital paulista, em especial nas áreas de uso de entorpecentes, conhecida como Cracolândia.

A ferramenta já estava em uso desde março pelos agentes de segurança. “O objetivo é facilitar a identificação dos hot spots criminais e a definição de ações para enfrentar a criminalidade para que os resultados obtidos sejam mais assertivos e eficientes”, informou o governo em nota.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) espera que o sistema democratize o acesso a informações na região central, tendo em vista que ela está disponível para toda a população. O diagnóstico será atualizado semanalmente com os registros dos roubos e furtos, além das respectivas ações policiais.




Fonte: Agência Brasil

Sesc transforma Palácio Quitandinha em centro cultural


Inaugurado na década de 1940 para ser um hotel-cassino suntuoso, o Palácio Quitandinha, em Petrópolis, passa abrigar a partir deste sábado (15) o Centro Cultural Sesc Quitandinha em seu térreo, com exposições e atividades culturais gratuitas para a população da cidade e turistas.

Petrópolis (RJ), 14/04/2023 – Exposição Um oceano para lavar as mãos inaugura o Centro Cultural Sesc Quitandinha. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Exposição Um Oceano para Lavar as Mãos, no Centro Cultural Sesc Quitandinha – Tomaz Silva/Agência Brasil

Com uma arquitetura marcada pela monumentalidade, o prédio é um icônico ponto turístico da cidade serrana, com fachada em estilo normando-francês, e o interior decorado com base em cenários da Hollywood antiga. O jardim do palácio, que conta com lago e amplo gramado, é um ponto tradicional de visitação e lazer para quem está na região.

Em uma cidade que costuma ser resumida a seu passado imperial e imigração europeia, o Sesc programou uma exposição de longa duração que propõe uma revisão da história do país e de Petrópolis. Doze artistas e dois curadores, cada um a sua maneira, abordam os laços atlânticos entre Brasil e África, o período das navegações e o sofrimento provocado pelo tráfico de africanos escravizados.

Petrópolis (RJ), 14/04/2023 –  O curador, Marcelo Campos durante inauguração do Centro Cultural Sesc Quitandinha, que apresenta a exposição Um oceano para lavar as mãos. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O curador Marcelo Campos destaca que os artistas buscam reler a história de Petrópolis – Tomaz Silva/Agência Brasil

O título Um Oceano para Lavar as Mãos convida o público a pensar na diáspora negra provocada pela escravidão, e o objetivo dos artistas também é reler a história de Petrópolis, cidade que antes de receber imigrantes alemães já era território de resistência quilombola. O próprio nome Quitandinha, lembra o curador Marcelo Campos, vem da palavra quitanda, que é de origem africana.

“Fazer cultura e arte no Brasil não pode nunca estar dissociado do elemento da responsabilidade social. Isso, para nós, é fundamental, para ter um espaço com uma horizontalidade que nem sempre aconteceu e trazer artistas negros, negras e negres para esse palácio em que sempre estivemos, mas talvez ocupássemos áreas invisibilizadas. Isso faz com que a gente entenda cultura e arte como lugar de responsabilidade em que a gente não pode mais recuar.”

Fazem parte da exposição 40 obras dos artistas Aline Motta, Arjan Martins, Ayrson Heráclito, Azizi Cypriano, Cipriano, Juliana dos Santos, Lidia Lisbôa, Moisés Patrício, Nádia Taquary, Rosana Paulino, Thiago Costa e Tiago Sant’ana.

Petrópolis (RJ), 14/04/2023 –  Os curadores e os artistas presente na exposição Um oceano para lavar as mãos que inaugura o Centro Cultural Sesc Quitandinha. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Curadores e artistas da exposição Um Oceano para Lavar as Mãos – Tomaz Silva/Agência Brasil

Idealizador do Museu de Memória Negra de Petrópolis e coordenador de Promoção da Igualdade Racial da cidade, Filipe Graciano assina a curadoria  da exposição com Marcelo Campos e conta que o oceano é o lugar do trauma da diáspora, mas também é lugar em que se banha buscando a cura.

Petrópolis (RJ), 14/04/2023 –  O curador, Filipe Graciano durante inauguração do Centro Cultural Sesc Quitandinha, que apresenta a exposição Um oceano para lavar as mãos. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Filipe Graciano assina a curadoria da exposição junto com Marcelo Campos – Tomaz Silva/Agência Brasil

“A cura está no processo de reencontro com esse outro atlântico que é negro”, conta ele. “Falar da história de Petropólis inevitavelmente é se aproximar de um passado diaspórico que invisibiliza essas presenças negras. A gente reivindica essas memórias e essas presenças negras que se deram e se dão no presente. Se conta uma história de que Petropólis começou com a chegada dos colonos [europeus], só que, antes, há 166 anos em que Petrópolis se fez pela mão de obra e intelectualidade africana. Essa exposição pensa e reinvidica o que foi feito por essas mãos que fizeram não só Petropólis, mas também o Brasil.”

Como parte dessa memória, a cidade ainda conserva o Quilombo da Tapera, no Vale das Videiras, reconhecido pela Fundação Palmares em 2011. Há registro também de outras comunidades quilombolas que existiram em Petrópolis, como o Quilombo Manoel Congo, o Quilombo Maria Comprida e o Quilombo da Vargem Grande.

Um dos artistas convidados é Ayrson Heráclito que propõe com seu trabalho um “sacudimento”, um ritual de limpeza registrado em foto e vídeo para exorcizar as energias de dois portos ligados ao tráfico de africanos escravizados, a Casa da Torre, em Salvador, e a Casa dos Escravos, na Ilha de Goré, no Senegal.

“Trazer esse ritual para um palácio que, de certa forma, restringiu durante muito tempo a existência e a visibilidade da população negra em cargos de subserviência é muito importante, porque é uma forma de limpar. A gente precisa limpar esses fantasmas coloniais, porque limpando a gente consegue produzir processos de cura e de superação. É uma obra que reivindica e oferece uma saída para essa crise que fere a história moral do Brasil e do planeta.”

Ao longo do período de seis meses em que a exposição estará montada no Quitandinha, o palácio receberá também uma programação paralela que vai complementar a discussão proposta. O Café Concerto do Centro Cultural Sesc Quitandinha, com capacidade para 270 pessoas, vai sediar uma programação de música e de cinema, toda ela assinada por curadores negros. Também haverá atividades literárias e oficinas.

Além da exposição, a programação de inauguração terá, neste sábado, show gratuito da cantora Juçara Marçal, às 19h. A cantora apresentará o repertório de seu premiado álbum Delta Estácio Blues, com música eletrônica em diálogo com o pop e a música brasileira. No domingo (16), às 16h, o público infantil poderá conferir o espetáculo Lasanha e Ravioli em Cinderela, selecionado pelo Edital de Cultural Sesc RJ Pulsar.

Para o futuro, o Sesc planeja ainda a inauguração de um cinema no Salão Roosevelt e de um mercado gastronômico na imensa Cozinha, projetada para servir até 10 mil refeições em uma noite. O presidente do Sesc, Senac e Fecomércio, Antônio Florêncio, espera que o número de visitantes na exposição chegue a 300 mil ao longo de um ano. A proposta da atração de público também é fomentar o desenvolvimento turístico da cidade, para gerar emprego e renda.

Petrópolis (RJ), 14/04/2023 –  O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomercio-RJ), Antônio Queiroz durante inauguração do Centro Cultural Sesc Quitandinha, que apresenta a exposição Um oceano para lavar as mãos. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Presidente do Sesc, Antônio Florêncio diz que o objetivo é atrair cada vez mais visitantes ao Centro Cultural Sesc Quitandinha – Tomaz Silva/Agência Brasil

“O Quitandinha é uma joia não só do estado do Rio de Janeiro, mas do Brasil todo. A beleza do Quitandinha é inigualável, mas estava faltando vida nessa área. Optamos por fazer um centro cultural para que tenha atividades diariamente e possa atrair cada vez mais visitantes”, afirma ele, que adianta que o palácio será central no Festival Sesc de Inverno deste ano.

“O foco maior é o Quitandinha, não só em Petrópolis, mas em todo o festival de inverno, valorizando, mostrando e utilizando cada vez mais esse espaço.”

O novo momento do Palácio Quitandinha também vai contar com o Q Bistrô, um local dedicado à gastronomia tropical com cardápio assinado por Andressa Cabral, chef carioca formada pela Alain Ducasse Formation, escola internacional de gastronomia. O restaurante funcionará das 10h às 17h no espaço do antigo Bar Central, local que recebeu os primeiros visitantes do palácio quando ele ainda estava em construção no início dos anos 1940.




Fonte: Agência Brasil

Plano contra desmatamento na Amazônia recebe sugestões até dia 26


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O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima abriu uma consulta pública para receber contribuições ao Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Criado em 2004, o plano tem por objetivo reduzir de forma contínua o desmatamento e criar as condições para a transição para um modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal. As contribuições poderão ser encaminhadas até o dia 26 de abril na página do PPCDAm.

O plano foi o principal responsável pela redução de 63,5% da taxa de desmatamento até 2019, quando foi extinto pelo governo anterior. A versão atual do plano tem por objetivo alcançar a meta de desmatamento zero até 2030. O documento completo pode ser visualizado aqui.

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O desmatamento zero se dá pela manutenção ou incremento da área de vegetação nativa no nível do bioma. Para tanto, é preciso adotar ações de combate ao desmatamento ilegal, estímulo à conservação das áreas passíveis de autorização de supressão previstas em lei específica mediante instrumentos econômicos e fomento à restauração e plantio de vegetação nativa.

Os planos de Prevenção e Controle do Desmatamento nos Biomas preveem o desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis, com a retomada das políticas de exploração sustentável de florestas públicas, incentivos à restauração florestal, à bioeconomia, à agricultura de baixo carbono e ao estabelecimento de infraestrutura “verde”.

O documento também trata do monitoramento e controle ambiental. Isso envolve a retomada do controle de territórios ocupados por atividades ilegais, desintrusão de unidades de conservação e terras indígenas, implementação de instrumentos de apoio à fiscalização e melhoria da rastreabilidade de produtos agropecuários.

Outro ponto trata do ordenamento fundiário e territorial, com a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), titulação de territórios tradicionais, criação de unidades de conservação e de instrumento normativos e econômicos, como o Fundo Amazônia e o Bolsa Verde, pagamento por serviços ambientais e regulamentação de mercado de carbono e das cadeias de commodities, além de normas de reforço às ações de comando e controle em municípios críticos e em emergência ambiental por desmatamento.

“Um dos principais desafios é integrar o combate ao desmatamento nas políticas de Estado brasileiras, partindo-se do princípio de que o combate às causas do desmatamento não pode ser conduzido de forma isolada pelos órgãos ambientais”, informou o ministério.
Além de se comprometer em acabar com o desmatamento ilegal, o governo brasileiro, ao assinar o Acordo de Paris, também se comprometeu em reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) brasileira de 2015 estabelece que o Brasil deve reduzir as suas emissões em 37% até 2025,  em 50% em relação a 2005 até 2023, e alcançar a neutralidade climática até 2050.




Fonte: Agência Brasil

Alça de acesso à Rodovia Prefeito Homero Severo Lins é interditada para manutenção emergencial no sistema de drenagem




Segundo a Concessionária Eixo SP, obras tiveram início nesta sexta-feira (14) e devem durar três semanas no ponto onde asfalto está afundado, em Martinópolis (SP). Alça de acesso à Rodovia Prefeito Homero Severo Lins é interditada para manutenção emergencial no sistema de drenagem, em Martinópolis (SP)
Eixo SP
A alça de acesso à Rodovia Prefeito Homero Severo Lins (SP-284), em Martinópolis (SP), foi interditada nesta sexta-feira (14) para manutenção emergencial no sistema de drenagem. A previsão é de que as obras durem três semanas.
De acordo com a Concessionária Eixo SP, o condutor que segue no km 520 da pista leste, no sentido de Rancharia (SP) a Maracaí (SP), irá encontrar a Rodovia Brigadeiro Eduardo Gomes (SP-457) fechada por cones.
A opção é utilizar o próximo trevo de acesso e retorno, poucos metros à frente, na altura da estação de energia de Rancharia (SP). O local estará devidamente sinalizado para a orientação dos motoristas.
Conforme a administradora do trecho, a interdição foi executada com o apoio do policiamento rodoviário depois que equipes de engenharia constataram o afundamento de asfalto no local.
“As frentes de engenharia fazem um trabalho incessante de monitoramento das rodovias. Esta presença é determinante para identificarmos e corrigirmos com celeridade qualquer intercorrência que possa afetar a fluidez do tráfego e a segurança do viajante”, observou José Geraldo de Andrade, superintendente de Obras da Eixo SP.
A previsão é de que as obras na alça de saída no sentido de Bastos (SP) durem três semanas, ainda de acordo com a concessionária.

Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.




Fonte: G1

Museu Nacional lança primeiro catálogo impresso de obras raras


O Museu Nacional lançou, nesta semana, o primeiro catálogo impresso de seu acervo de obras raras. Embora cerca de 85% dos 20 mil itens do museu tenha sido destruído por um incêndio de grandes proporções, em setembro de 2018, o diretor da instituição, Alexander Kellner, contou à Agência Brasil que as obras raras já estavam fora do museu quando o fogo consumiu o Paço Imperial, na Quinta da Boa Vista.

Chamas destroem Museu Nacional , na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão

Sede do Museu Nacional foi destruída em incêndio, há cinco anos – Tânia Rego/Agência Brasil

“Felizmente, graças a uma política que a gente já tinha de retirar o acervo do Palácio de São Cristóvão e alojar em outros locais, nós conseguimos mudar a nossa biblioteca de lugar”. Além das obras raras, outras coleções também já estavam fora do museu.

“Hoje, graças ao trabalho feito pela nossa equipe de bibliotecárias, que tem a Leandra Pereira à frente, nós conseguimos brindar a sociedade brasileira com esse catálogo das obras raras, para que todos saibam um pouquinho mais dos tesouros que ficaram preservados em nossa instituição.”

Além da versão impressa, o Catálogo de Obras Raras do Museu Nacional também está disponível para download gratuito desde a última quinta-feira (13), quando foi lançado. O catálogo foi organizado pelas pesquisadoras Leandra Pereira de Oliveira, Mariângela Menezes e Vânia de Jesus Alves.

Raridades

Rio de Janeiro (RJ) - Catálogo impresso de obras raras do Museu Nacional. Foto: Museu Nacional/Divulgação

Catálogo impresso de obras raras do Museu Nacional – Museu Nacional/Divulgação

Chefe da Biblioteca Central Museu Nacional, Leandra contou à Agência Brasil que o catálogo lista 1.408 obras raras. Entre as preciosidades, ela destacou a Torá (a bíblia hebraica), de 1.300, que pertenceu ao Imperador Pedro II e tem registro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Ela citou ainda o livro Historia Naturale, escrito por Plínio (O Velho), de 1481. A obra é chamada de incunábulo, que são as publicações dos primeiros tempos da imprensa no país, e pertenceu à Imperatriz Leopoldina.

Para a especialista em livros raros Ana Virginia Pinheiro, outra obra do catálogo que merece destaque é a Arte de grammatica da lingoa mais usada na Costa do Brasil, de José Anchieta. O exemplar original tem duas folhas preliminares e 59 folhas de texto. Apenas oito exemplares são conhecidos no mundo, sendo que dois estão no Brasil e os outros seis em instituições de Portugal, Inglaterra, Espanha e Itália.

“A descoberta de um exemplar no Museu Nacional foi uma grande surpresa”, disse Ana Virginia.

A biblioteca do Museu Nacional (MN) tem cerca 506 mil volumes, a maioria dos quais obtidos por meio de permuta institucional. Quando foi criado o periódico Arquivos do Museu Nacional, em 1876, ficou estabelecida a permuta institucional com bibliotecas de museus do mundo todo.

“Atualmente, a gente tem parcerias com mais de 140 instituições de 41 países. Ela [a biblioteca] é muito grande. A gente tem 16 mil títulos de periódicos e está entre as quatro maiores bibliotecas da universidade [Federal do Rio de Janeiro – UFRJ]”, contou Leandra.

Projetos

A chefe da Biblioteca Central do Museu Nacional contou à Agência Brasil sobre dois novos projetos em andamento. Um deles é o fac-símile da primeira obra que entrou para o acervo do MN. Trata-se do manuscrito doado pelo Barão Wilhelm Ludwig von Eschwege, um dos membros da comitiva da Imperatriz Leopoldina. O Barão de Eschwege era geólogo e foi pago pela coroa portuguesa para pesquisar o potencial mineral do Brasil.

“Ele entregou esse manuscrito para o Museu Nacional e ele nunca foi publicado, ou seja: se ele se perder, se perdeu. Minha ideia é fazer um fac-símile desse livro”.

O segundo projeto consiste em fazer uma edição ampliada e atualizada da história da Biblioteca do Museu Nacional. “A gente tem um livro, que foi publicado em 1966, por Dulce Cunha, comemorando os 100 anos da biblioteca, completados em 1963”. Os dois projetos serão em formato digital e devem levar de um a quatro anos para estarem concluídos.

Embora a previsão de reabertura do Museu seja para 2026, o diretor do museu Alexander Kellner disse que, em junho de 2024, pretende abrir parte do MN para visitação pública, incluindo a sala dos meteoritos, o hall de entrada e a escadaria coberta por uma claraboia.




Fonte: Agência Brasil