Polícia Federal deflagra operação contra fraudes no sistema do Fies


A Polícia Federal (PF), em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou nesta quarta-feira (11) a Operação Falsa Tutela. A ação apura fraudes praticadas entre 2017 e 2021 por meio de recompras indevidas de títulos públicos oriundos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

De acordo com a corporação, 77 policiais federais cumprem 20 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em sete estados: Goiás, Mato Grosso, Sergipe, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Também foi expedida ordem e bloqueio de bens no valor de R$ 21.282.729,85.

As investigações identificaram a participação de ex-servidores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) que, em contrapartida ao recebimento de vantagens indevidas, procediam com o cadastramento de liminares falsas em favor de instituições de ensino superior que não possuíam certidão negativa de débitos ou ordens judiciais que lhes permitissem a recompra dos títulos.

“Além do cadastramento indevido de liminares, também foram identificadas inconsistências quanto ao cadastramento extemporâneo de financiamentos com fins a beneficiar estudantes de modo individual. Em um dos casos, uma empregada terceirizada do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) alterou, de modo indevido, o seu próprio processo de financiamento e o de seu companheiro”.

Ainda de acordo com a PF, também há indícios de atuação de membros de escritórios especializados em direito educacional. Os advogados, representantes de mantenedoras beneficiadas pelas fraudes, atuavam junto aos servidores do FNDE para possibilitar a reativação ou liberação indevida de processos de recompra de certificados do Tesouro Nacional.

“Até o momento, já foi identificado o envolvimento de pelo menos 20 faculdades localizadas em diferentes unidades da federação”, confirmou a corporação.




Fonte: Agência Brasil

Idoso é multado em R$ 21 mil e preso em flagrante por maus-tratos a sete cachorros, em Lucélia




Homem, de 62 anos, ainda mantinha um animal híbrido da espécie javaporco em cativeiro. Homem é autuado em R$ 21 mil e preso por maus-tratos nesta terça-feira (11), em Lucélia (SP)
Polícia Ambiental
Um homem, de 62 anos, foi autuado em R$ 21 mil e preso em flagrante nesta terça-feira (11), por maus-tratos a sete cachorros e por manter animal silvestre em cativeiro, em Lucélia (SP).
De acordo com a Polícia Militar Ambiental, uma equipe foi até um sítio no bairro Guataporanga prestar apoio ao policiamento territorial em uma ocorrência de maus-tratos a cachorros.
No local, constataram que sete cachorros apresentavam magreza excessiva e alimentação inadequada. Os animais das raças pitbull, border collie e sem raça definida, estavam em um ambiente insalubre e com espaço insuficiente para mantê-los.
Questionado pela Polícia Militar sobre os animais, o dono relatou que os utilizava para caça e os alimentava com resto de comida, alegando não ter condições para comprar ração.
Ainda durante fiscalização nas dependências do sítio, um animal híbrido da espécie javaporco foi encontrado mantido em cativeiro, sem autorização do órgão ambiental competente.
No local, ainda foi constatado que a carreta utilizada para o transporte dos cães era um produto de furto.
Uma carreta oriunda de furto também foi localizada na propriedade do homem
Polícia Ambiental
Prisão e multa
O homem, de 62 anos, foi autuado em R$ 21 mil por maus-tratos a animais domésticos. Além disso, ele também foi multado em R$ 200 por introduzir animal exótico no Estado de São Paulo, conforme artigo 26 da Resolução SIMA nº 05/2021.
O envolvido e os animais foram conduzidos à Delegacia de Polícia de Lucélia, onde o delegado ratificou a voz de prisão em flagrante delito e o homem permaneceu à disposição da Justiça.
Os cachorros foram apreendidos e depositados no canil municipal. Já o javaporco foi apreendido e deixado com o infrator por não haver local autorizado e adequado para a destinação.
Sete cachorros eram mantinhos em cativeiro sem alimentação adequada e em ambiente insalubre
Polícia Ambiental
Sete cachorros eram mantinhos em cativeiro sem alimentação adequada e em ambiente insalubre
Polícia Ambiental

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Fonte: G1

Mulher vai a delegacia solicitar medida protetiva contra o sobrinho e tem máquina de lavar furtada por ele, em Presidente Prudente



De acordo com a vítima, o homem ameaçou atear fogo na residência em que mora com o marido após ela negar fornecer dinheiro. Ele foi preso em flagrante nesta terça-feira (11). Um homem, de 41 anos, foi preso em flagrante nesta terça-feira (11), após roubar uma máquina de lavar da casa da tia, na Vila Operária, em Presidente Prudente (SP).
A vítima relatou aos policiais que havia ido à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para registrar um boletim de ocorrência e solicitar medida protetiva contra o sobrinho. Ao retornar a residência, notou a falta da máquina e lavar roupas e um tampo de mesa de vidro.
Desconfiada de que o sobrinho era o possível autor, a vítima e os policiais foram até a casa dele, onde encontraram os itens subtraídos.
Questionado sobre o fato, o homem alegou que a tia havia sumido com a máquina de lavar de propriedade dele e que agiu dessa forma para se ressarcir.
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado, a mulher relatou que o sobrinho estava preso em Sorocaba e foi solto em fevereiro deste ano. Há 15 dias ele perturbava ela e demais parentes durante a noite pedindo dinheiro, provavelmente para utilizar drogas, segundo informou a vítima.
Diante da recusa, ele teria passado a ameaçá-la, dizendo que “vai atear fogo na residência com a declarante e o esposo dormindo”, dentre outras ameaças.
Portanto, nesta terça-feira (11), a mulher foi até a DDM e registrou um boletim de ocorrência de ameaça e solicitou a concessão de medidas protetivas contra o sobrinho. Ao retornar a residência, notou a falta dos itens subtraídos.
A Polícia Militar recuperou os objetos e os deixou na casa da vítima.
O homem foi preso em flagrante e permanece à disposição da Justiça.

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Fonte: G1

Escritor Mia Couto abre série internacional do Clube da Leitura 2023


O escritor moçambicano Mia Couto, premiado mundialmente, inaugura nesta quarta-feira (12), às 17h30m, a série internacional do Clube de Leitura 2023 do Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ), dedicada a autores lusófonos. Em razão da procura pelo público, o evento será realizado no Teatro 1 do CCBB RJ, e não na Biblioteca, que funciona no 5º andar do prédio. Haverá um telão, instalado no saguão de entrada do equipamento, para quem não conseguir entrar. Os ingressos gratuitos podem ser retirados a partir das 9h de hoje na bilheteria do CCBB ou no site da instituição.

O evento será gravado e, na semana seguinte, ficará à disposição dos interessados na página do Banco do Brasil no YouTube. A informação foi dada pela curadora e apresentadora do Clube, Suzana Vargas. “Ele vai além Brasil. As fronteiras se rompem”, disse.

Universalidade

“Quando pensei em chamar o Mia é porque ele é um autor popular, que tem ligação muito forte com o Brasil. A literatura dele tem uma universalidade grande. É, hoje, um dos grandes nomes da literatura da África e está tão traduzido no mundo todo que é universal. Aqui, no Brasil, é muito publicado e querido”, afirmou Suzana. Mia Couto é também ativista de causas sociais e ambientais.

No CCBB RJ, ele vai ler e comentar trechos de sua obra Antes de nascer o mundo, com o qual ganhou o Prêmio Camões 2013 como autor do ano. O livro foi escolhido pelo público no Twitter do CCBB RJ, entre outras duas obras do autor – Cada homem é uma raça e Estórias abensonhadas. “O público soube escolher”, destacou a curadora. A convidada virtual do evento é a escritora Stella Maris Rezende, que fará perguntas a Mia Couto por um telão. O autor foi trazido pelo Clube, para participar com exclusividade do encontro.

Séries

A série internacional do Clube da Leitura se estenderá até o fim do ano, reunindo quatro convidados. Além de Mia Couto, estão previstas as participações de José Eduardo Agualusa, em julho; Gonçalo Tavares, em outubro; e uma escritora cujo nome ainda está sendo definido, em dezembro.

Intercalando com os escritores lusófonos, o CCBB RJ trará grandes nomes da literatura brasileira, envolvendo poesia e prosa, como Milton Hatoum; Gregório Duvivier; Conceição Evaristo; o poeta Eliakin Rufino, de Goiás; a escritora Cida Pedrosa, de Pernambuco, entre outros. “A gente faz um passeio pelo Brasil em termos literários. É isso que pretendemos na série nacional, além de trazer os autores clássicos contemporâneos, como Raduan Nassar”.

O primeiro encontro nacional do Clube este ano foi realizado no dia 8 de março, com homenagem à escritora Nélida Piñon, que morreu em 17 de dezembro de 2022, em Lisboa, Portugal.

Este é o terceiro ano do projeto Clube da Leitura do CCBB RJ e a primeira vez que são trazidos escritores de fora do Brasil. Suzana Vargas adiantou que a ideia, no futuro, é fazer um passeio pela literatura pan-americana e mundial. “Autores do mundo que também possam comparecer”.




Fonte: Agência Brasil

Mostra reúne no Rio 31 longas-metragens do diretor Steven Spielberg


O Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ) recebe a partir desta quarta-feira (12) o Festival Spielberg, maior retrospectiva realizada no Brasil do diretor cinematográfico norte-americano, nascido em 1946, autor de obras que marcaram diversas gerações. O público terá a oportunidade de rever, e os mais jovens de conhecer, muitas obras-primas de Spielberg.

Serão exibidos, no total, 31 longas-metragens do autor que, em seus mais de 50 anos de carreira, ganhou 208 prêmios, entre os quais três Oscars: melhor diretor e melhor filme por A Lista de Schindler (1994) e melhor diretor por O Resgate do Soldado Ryan (1999). A mostra será aberta nesta quarta-feira (12), às 16h, com o filme Louca Escapada (The Sugarland Express), de 1974, com os atores Goldie Hawn, Ben Johnson, Michael Sacks, William Atherton, Gregory Walcott, Steve Kanaly e Louis Latham, classificação 12 anos. O filme mais recente da mostra é Jogador Nº 1 (Ready Player One), de 2018. A programação completa pode ser acessada no site do CCBB RJ.

O evento se estenderá até o dia 8 de maio. Os ingressos têm preços populares de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) e são disponibilizados às 9h do dia da sessão na bilheteria física ou em bb.com.br/cultura. Em todas as sessões, serão reservados cinco ingressos gratuitos para a população de baixa renda, bastando apresentar o CadÚnico na bilheteria.

O festival tem curadoria de José de Aguiar e Marina Pessanha. Haverá uma sessão inclusiva de E.T. O Extraterrestre (1982), com audiodescrição, legendagem descritiva e tradução para Libras, no dia 13, às 16h, com entrada franqueada ao público. Os ingressos serão distribuídos gratuitamente uma hora antes, somente na bilheteria do CCBB RJ.

Rio de Janeiro (RJ) - O Centro Cultural Banco do Brasil (RJ) entre os dias 12 de abril à 08 de maio, promove o festival Steven Spielberg com apresentações dos filmes clássicos do diretor.  
Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – O Centro Cultural Banco do Brasil promove o festival Steven Spielberg, com apresentações dos filmes clássicos do diretor – Divulgação

Nos dias 22 e 23 deste mês, em horários variados, o festival oferecerá aos fãs de Spielberg uma maratona, com exibição de quatro filmes da franquia Indiana Jones, além da presença de cosplay do herói (pessoas que usam fantasias e acessórios para representar um personagem). No dia 26 de abril, às 19h, haverá debate com os críticos Fábio Andrade e Pedro Butcher e mediação do curador José de Aguiar. O evento terá tradução para Libras e entrada franca. Os ingressos estarão disponíveis gratuitamente uma hora antes do evento, na bilheteria do CCBB RJ.

Curso gratuito

Nos dias 3, 4 e 5 de maio, o festival vai oferecer um curso gratuito, com os curadores Marina Pessanha e José de Aguiar, às 13h30. As aulas terão duração de duas horas e os participantes receberão diploma. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail [email protected] até o dia 3 de maio ou até as vagas serem preenchidas. “Vamos fazer um curso sobre a obra e a vida dele [Spielberg], os primeiros anos de sua formação, antes de ser um diretor profissional”, disse Marina à Agência Brasil. O curso abordará também o relacionamento do cineasta com o movimento Nova Hollywood, na década de 70, que promoveu verdadeira revolução cinematográfica, abordando temas polêmicos e trazendo uma nova geração de cineastas, que incluía, além de Spielberg, nomes como Martin Scorsese, Woody Allen, George Luccas, entre outros.

Rio de Janeiro (RJ) - O Centro Cultural Banco do Brasil (RJ) entre os dias 12 de abril à 08 de maio, promove o festival Steven Spielberg com apresentações dos filmes clássicos do diretor.  
Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – O Centro Cultural Banco do Brasil promove o festival Steven Spielberg, com apresentações dos filmes clássicos do diretor. Foto: Divulgação

“Vamos falar também do Spielberg como um dos pais do cinema de blockbuster, ou cinema de entretenimento, vamos passar alguns filmes para mostrar o poder dele na década de 80 e início de 1990. Mostrar como foi influente nesse momento. Falavam que ele era o diretor mais influente do mundo”, disse a curadora. Sua primeira produção foi Encurralado (Duel, 1971), inicialmente feita para a televisão.

Steven Spielberg dominou vários gêneros cinematográficos, passando pelos filmes de ficção científica, como E.T, O Extraterrestre, que encantou crianças e adultos; de aventura, como Indiana Jones; de suspense, como Tubarão e Jurassic Park; além de dramas históricos, “buscando um cinema mais maduro, para adultos”, como A Cor Púrpura, Império do Sol, A Lista de Schindler, que foram “aclamados pela crítica e pelo público”. Marina Pessanha lembrou que muitos dos filmes do cineasta são baseados em livros já consagrados.

Catálogo

O público terá acesso gratuito também a um catálogo feito especialmente para a mostra, com textos inéditos de críticos e pesquisadores e outros já publicados sobre a obra do cineasta. O catálogo inclui a filmografia comentada e ficha técnica de todos os filmes selecionados, além de fotografias, dos bastidores das filmagens e do próprio diretor. Antes de chegar ao Rio de Janeiro, a mostra Spielberg foi realizada no CCBB Brasília (8 de fevereiro a 5 de março), CCBB São Paulo (1 a 27 de março) e CineSesc SP (2 a 8 de março).

Rio de Janeiro (RJ) - O Centro Cultural Banco do Brasil (RJ) entre os dias 12 de abril à 08 de maio, promove o festival Steven Spielberg com apresentações dos filmes clássicos do diretor.  
Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – O Centro Cultural Banco do Brasil promove o festival Steven Spielberg, com apresentações dos filmes clássicos do diretor. Foto: Divulgação

Steven Spielberg recebeu outros prêmios importantes em sua carreira, além do Oscar. São destaques o Prêmio Memorial Irving G. Thalberg (1987), dado pela Academia de Cinema aos produtores que têm produção constante de filmes de qualidade; melhor roteiro, no Festival de Cannes 1974, por Louca Escapada; o César Honorário (1995) e o Leão de Ouro pela carreira, no Festival de Veneza 1993. A premiação mais recente foi o Urso de Ouro Honorário, no Festival de Berlim 2023.




Fonte: Agência Brasil

Ministério da Justiça lança edital para ampliar segurança nas escolas


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assinou, nesta terça-feira (11), o edital de chamamento público para ampliar o programa de segurança nas escolas. A medida já havia sido anunciada na semana passada, após o massacre ocorrido em uma creche de Blumenau (SC). Ao todo, serão investidos R$ 150 milhões com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). As secretarias de segurança de estados e municípios, ou equivalentes, poderão apresentar projetos em seis diferentes áreas temáticas.

O limite mínimo das propostas a serem apresentadas é de R$ 100 mil e máximo de R$ 1 milhão para órgãos municipais e de R$ 500 mil a R$ 3 milhões para os estados e o Distrito Federal. A íntegra do edital pode ser consultada neste link.

Os recursos poderão ser aplicados, por exemplo, em projetos de expansão das rondas escolares, realizadas pela Polícia Militar ou Guardas Municipais, cursos de capacitação para profissionais da área de segurança e cursos que contemplem o acolhimento, a escuta ativa e o encaminhamento para a rede de proteção às crianças e adolescentes. O edital também permite ações de pesquisa e diagnóstico na prevenção em segurança no ambiente escolar, aprimoramento da investigação cibernética e criação de observatórios sobre violência nas escolas. Os entes federativos que aderirem ao programa deverão compartilhar e integrar seus bancos de dados sobre a violência escolar com o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).

Redes sociais

O Ministério da Justiça e Segurança Pública também informou que a pasta prepara a publicação de uma portaria que trata sobre responsabilidades e obrigações das plataformas, dos meios de comunicação eletrônica, dos provedores de conteúdo e de terceiros sobre moderação ativa para conteúdos violentos na internet e outros meios.

Na última segunda-feira (10), Flávio Dino se reuniu com representantes de plataformas digitais e exigiu a criação de canais abertos e ágeis para atender solicitações das autoridades policiais sobre conteúdos com apologia à violência e ameaças a escolas nas redes sociais, como a retirada desses perfis. Na ocasião, participaram da reunião representantes das empresas Meta (Facebook e Instagram), Kwai, Tik Tok, Twitter, YouTube, Google e WhatsApp.

O ministro cobrou ainda o monitoramento ativo das plataformas em relação a ameaças. As plataformas serão notificadas formalmente nesta semana sobre os perfis e conteúdos suspeitos identificados pela pasta da Justiça em conjunto com as polícias dos estados.

Canal de denúncia

Denúncias sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com SaferNet Brasil. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

Acesse o site para fazer uma denúncia.

Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.




Fonte: Agência Brasil

Fundação Palmares: Pelourinho pode ser referência para Cais do Valongo


O Cais do Valongo, antigo porto de escravos e patrimônio mundial desde 2017, e os demais equipamentos públicos do circuito cultural Pequena África, no Rio de Janeiro, receberam nesta terça-feira (11) a visita do presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues. Para ele, além da recuperação da estrutura física, é preciso assegurar a ocupação humana dos espaços para que eles não se deteriorarem com o tempo.

“Os prédios históricos não só sobrevivem com o tempo, mas também se desgastam com o tempo. Eu venho de Salvador e isso é um fato marcante. Também visitei Roma, visitei vários lugares do mundo onde o tempo é, às vezes, avassalador. Ele é um amigo para dizer que um prédio é importante, mas é o inimigo quando não há preservação”, pontuou.

Na visita ao Rio de Janeiro, João Jorge disse acreditar que o aprendizado com o Pelourinho, na capital baiana, pode ser útil para as discussões acerca do Cais do Valongo. Ao mesmo tempo, ele destacou que a sociedade civil, através do comitê gestor participativo, é quem deve indicar a melhor forma de ocupação do local.

“O Pelourinho é um museu a céu aberto, como vários espaços que foram recuperados a partir de 1991 e 1992. E hoje tem uma proteção do espaço físico”, disse. Embora observe que esse processo envolveu alguns dilemas de ocupação, ele avalia que a experiência pode ser uma referência. “Queremos que a ocupação humana dê gás, que ajude a preservar pelo calor das pessoas. Todo lugar abandonado fisicamente entra em deterioração”, reitera.

O termo pelourinho se refere a uma coluna de pedra onde criminosos eram expostos e punidos. No período colonial, era usado no Brasil principalmente para castigar escravos. Em Salvador, um pelourinho havia sido erguido no centro da cidade. Com o passar do tempo, o nome Pelourinho se popularizou passando a ser usado para designar a região mais antiga da capital baiana, que atualmente é um polo de efervescência cultural. Segundo João Jorge, houve uma transformação de um lugar de dor para um lugar de alegria.

“Já visitei vários lugares que têm a ver com a escravidão em Gana, no Senegal, em Luanda. Também estive na África do Sul, em lugares que documentam a dor do Apartheid. E conheço bem os campos de concentração na Alemanha. Esses lugares devem existir e essas histórias devem ser contadas. Mas também precisamos falar da experiência de resistência, da alegria e de todas as formas incríveis de sobrevivência que os africanos deram ao Brasil. A população brasileira é resistente por causa da africanidade”.

Rio de Janeiro (RJ), 11/04/2023 - O presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, visita o Cais do Valongo com representantes do movimento negro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, visita o Cais do Valongo com representantes do movimento negro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Revelado em 2011 em escavações realizadas durante as obras de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro, o Cais do Valongo foi local de desembarque de mais de um milhão de escravos, provenientes da África. Sua importância histórica desperta a atenção de estudiosos e pesquisadores. Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi o maior porto receptor de escravos do mundo.

A situação do local já vinha preocupando o Ministério Público Federal (MPF) nos últimos anos, que chegou a mover ações judiciais para que fossem cumpridos compromissos assumidos com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2017, quando local recebeu o título de Patrimônio Mundial. Pesquisadores chegaram a temer pela perda do título diante de decisões do governo de Jair Bolsonaro, que extinguiu o comitê gestor participativo e o plano de gestão.

Com outros espaços localizados ao seu redor, o Cais do Valongo forma hoje o circuito Pequena África, que resgata o apelido dado pelo sambista Heitor dos Prazeres à zona portuária da cidade. Ele inclui, por exemplo, o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), o Instituto Pretos Novos (IPN) e a Pedra do Sal. Um guia lançado pela prefeitura do Rio lista 38 pontos culturais e gastronômicos entre locais e edificações históricos, espaços culturais, bares e restaurantes.

Galpão

O galpão do Armazém Docas Dom Pedro II, cuja construção original na segunda metade do século 19 foi conduzida pelo engenheiro negro André Pinto Rebouças, também é parte do circuito. Atualmente sob responsabilidade da Fundação Palmares, ele se encontra bastante deteriorado e está fechado. João Jorge avaliou que será preciso um projeto mais ambicioso para a recuperação do imóvel. Segundo ele, a Fundação Palmares já assumiu um compromisso com a Justiça Federal e com o MPF nesse sentido e irá atrás dos recursos.

“Esse é um caso emblemático. Os últimos três anos foram de total abandono. Vejam um lugar bonito como esse, com essa luz. Se puder ser utilizado, se for devolvido à comunidade, vai ser maravilhoso”, disse. Em fevereiro, o Iphan defendeu que o local se torne um Centro de Referência da Celebração da Herança Africana. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através de seu presidente, Aloizio Mercadante, já anunciou disposição para investir em um museu sobre a história da escravidão.

“Temos alguns recursos sinalizados, a gente sabe que não é o suficiente, mas já é um começo. Alguns projetos já estão em fase de preparação de contratação. Vamos fazer uma limpeza, restabelecer a energia elétrica e a rede hidráulica, reparos de telhado e estrutura”, disse Marco Antônio Evangelista da Silva, servidor de carreira da Fundação Palmares escolhido por João Jorge Rodrigues para assumir o Departamento de Proteção ao Patrimônio.

Ele destacou que a forma de ocupação do espaço e o nome que será dado passará por uma definição do comitê gestor participativo, já reativado pelo governo Lula. Composto por representantes de diferentes órgãos públicos e de entidades da sociedade civil, ele reassume a responsabilidade pela definição de diretrizes de gestão e de valorização do Cais do Valongo, tal como previsto em compromisso firmado junto à Unesco. Alguns integrantes do comitê acompanharam a visita realizada pelo presidente da Fundação Palmares.

“Tem que haver um protagonismo da sociedade civil, principalmente das comunidades sensíveis do território”, pontua Leonardo Matos da Costa, que é chefe-executivo da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura do Rio de Janeiro (Cepir) e representa o órgão no comitê.

Nova direção

Ativista cultural e militante do movimento negro, João Jorge Rodrigues ocupava a presidência do grupo Olodum e foi nomeado há três semanas pelo presidente Lula para comandar a Fundação Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura. Suas primeiras medidas buscaram reverter decisões tomadas pelo presidente anterior, Sérgio Camargo, que ficou no cargo durante a maior parte do governo de Jair Bolsonaro. Decretos que dificultavam o registro de comunidades quilombolas e que vedavam homenagens a pessoas negras em vida, por exemplo, foram revogados.




Fonte: Agência Brasil

MP denuncia policial penal por homicídio de torcedor do Fluminense


O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta terça-feira (11), o policial penal Marcelo de Lima por homicídio triplamente qualificado. No sábado, 1º de abril, após a partida entre Flamengo e Fluminense, pelo Campeonato Carioca, no estádio do Maracanã, Marcelo atirou por nove vezes de pistola automática contra os torcedores do Fluminense Thiago Leonel Fernandes da Motta e Bruno Tonini Moura, em frente a uma pizzaria, causando a morte de Thiago. O agente, lotado na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), teve a prisão preventiva decretada pela Justiça em audiência de custódia.

A denúncia relata que, por volta das 22h52, em frente à pizzaria Os Renatos, em frente ao estádio, Marcelo teria dito que “petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão”, o que provocou a revolta das vítimas. Após discussão, o denunciado, atirou contra as vítimas, causando a morte de Thiago e ferindo Bruno Moura, que foi levado às pressas para o hospital, onde foi operado e conseguiu se salvar.

O documento encaminhado à 4ª Vara Criminal da Capital informa que “os crimes foram praticados por motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições políticas expressadas pelas vítimas após suas declarações, com emprego de meio que resultou em perigo comum, uma vez que o denunciado atirou em via pública, com grande número de pessoas circulando e confraternizando em bares locais. Além disso, os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pegas desprevenidas pela ação inesperada do denunciado”.




Fonte: Agência Brasil

Escola de samba mais antiga do Rio, Portela celebra 100 anos


Mais antiga e maior vencedora do carnaval carioca, a escola de samba Portela completa 100 anos hoje (11). Fundada em 11 de abril de 1923 no bairro de Oswaldo Cruz, parte da região administrativa de Madureira, zona norte do Rio de Janeiro, a agremiação coleciona 22 títulos. O último foi conquistado em 2017, depois de mais de três décadas de jejum. Conhecida pelas cores azul e branca, e pelo símbolo da águia, é a única a participar de todos os desfiles da cidade.

Entre os sambas-enredo mais emblemáticos, alguns se destacam, como Lendas e Mistérios da Amazônia, de 1970, que trazia referências aos povos, lendas e folclores da floresta; Contos de Areia, de 1984, que homenageava Paulo da Portela, Natal e Clara Nunes, representados pelos orixás Oranian, Oxóssi e Iansã; e Gosto que me Enrosco, de 1995, sobre a história do carnaval no Brasil.

Nomes famosos do samba carioca fazem parte da história da escola: Paulo da Portela, Natal, Candeia, Monarco, Paulinho da Viola e Tia Surica. Esta última é a atual presidenta de honra. O presidente em exercício é Fábio Pavão, eleito no ano passado. Quem conhece bem esse legado centenário é o compositor Noca da Portela. Ele tem 90 anos de idade e é autor de sambas-enredo premiados no carnaval.

“Para mim, Portela não é somente uma escola. É uma religião onde todos nós, velhos e moços, cantamos, compomos, no mesmo catecismo do samba. É uma tradição. A Velha Guarda é toda descendente dos grandes poetas da escola. Desde pequeno, o portelense aprende a amar a escola, dar tudo na avenida e fazer de tudo para a Portela ser vitoriosa. É uma grande família.”

Com 84 anos, a porta-bandeira Vilma Nascimento, também conhecida como Cisne da Avenida, tem muito orgulho da Portela. Ela desfila pela agremiação desde 1957.

“Eu amo aquela avenida, eu posso até deixar de aparecer na quadra da escola, mas na avenida eu já disse: me levem até de cadeira de rodas. Quando sofri um desastre em São Paulo, levei 32 pontos na cabeça. Fui operada na semana do carnaval. Eu fui para a avenida cheia de pontos. Gosto muito de carnaval. Fui criada desde pequenininha no meio. Eu vivo pra isso.”

Rio de Janeiro (RJ), 20/02/2023 - A escola de samba Portela desfila enredo sobre a história de seu centenário, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Portela leva ao Sambódromo em 2023 enredo sobre a história de seu centenário – Fernando Frazão/Arquivo/Agência Brasil

A agremiação celebra o passado, mas também pensa na construção de novos capítulos vitoriosos na Sapucaí. Entre os novos integrantes, há três gerações de porta-bandeiras na família de Vilma Nascimento. Filha, neta e bisneta estão seguindo os passos dela agora.

“Desde pequena eu sou portelense. E não foi por influência da minha família. Eu bati o olho e me apaixonei”, declara Clarice Nascimento, a bisneta de 15 anos de idade. “A Portela tem uma grande parte do meu coração. Gosto muito de ir para a quadra, de falar com as pessoas, de criar amizades. A Portela é um grande amor pra mim.”

O sambista e compositor Ciraninho, de 42 anos, diz que o segredo para a escola continuar empolgando na avenida é olhar para a história centenária.

“Preservar os compositores e a Velha Guarda é praticamente uma questão de sobrevivência para a nossa geração. É saber olhar para trás, para o que eles fizeram, e saber levar os legados para frente. Para que a Portela possa celebrar 100 anos de história magníficos e ter mais 100 anos de glória pela frente.”

Desfile da Portela no Carnaval 2019 no Rio de Janeiro

Desfile da Portela no Carnaval 2019 no Rio de Janeiro, em homenagem a Clara Nunes – Tomaz Silva/Arquivo/Agência Brasil

Programação

A Portela montou uma série de eventos para comemorar o aniversário. Hoje, pela manhã, uma missa no Cristo Redentor celebrou os 100 anos. Agora à noite, um show na Praça Paulo da Portela, em Madureira, traz apresentações da Velha Guarda e o Grupo-Show da escola. No próximo domingo (16), haverá um desfile da escola pela comunidade, com sambas históricos previstos no repertório.

Carnaval 2024

Os trabalhos para o desfile do ano que vem na Sapucaí também estão em andamento. Sob o comando dos carnavalescos Antônio Gonzaga e André Rodrigues, a Portela vai apresentar o enredo Um Defeito de Cor. Ele é baseado no romance de mesmo nome da escritora Ana Maria Gonçalves. A proposta é apresentar novas perspectivas da história brasileira, a partir da trajetória da mãe negra, Luisa Mahim. Uma africana idosa, cega e à beira da morte que sai da África para o Brasil em busca de um filho perdido e presencia uma série de violências relacionadas à escravidão.




Fonte: Agência Brasil

Rio registra aumento de quase 80% nas vítimas de bala perdida


O Instituto Fogo Cruzado divulgou hoje (11) um relatório sobre a violência armada nos primeiros 100 dias dos novos governos nos estados monitorados pela instituição. A região metropolitana do Rio de Janeiro lidera o ranking com 1.014 tiroteios, seguido de 497 na região metropolitana do Recife e 396 na região metropolitana de Salvador. Esses intensos tiroteios, principalmente no Grande Rio, na maioria com o uso de fuzis, deixaram 497 vítimas na região metropolitana. No Grande Recife foram 559 registros e na região metropolitana de Salvador foram 365 baleados.

De 1º de janeiro a 10 de abril deste ano, 52 pessoas foram vítimas de balas perdidas na região metropolitana do Rio. Isso representa um crescimento de 79% em relação ao mesmo período em 2022, com 29 atingidos. No Recife, 17 pessoas foram vítimas de balas perdidas, superando o mesmo período de 2022, com 15 casos.

De acordo com o relatório, as balas perdidas são um grande problema, com tendência de alta, a ser enfrentado pela segurança pública das metrópoles; A situação é agravada pelo uso de armas de guerra, como fuzis, que têm poder de alcance de mais de 2 mil metros de distância.

Na Bahia houve 19 vítimas de balas perdidas em Salvador e região metropolitana, mas como o instituto passou a atuar na região apenas em julho de 2022, não há comparativo para o mesmo período.

A diretora de Dados e Transparência do Instituto Fogo Cruzado, Maria Isabel Couto diz em nota que é importante articular as estatísticas sobre violência armada às políticas já propostas para compreender se houve ou não avanços no campo da segurança pública. “É sintomático que olhemos para três grandes regiões metropolitanas brasileiras e vejamos um padrão: de um lado, as balas perdidas apresentam tendência de alta, do outro, os novos governos apontam para o retrocesso no que se refere à transparência”.

Instituto

O Fogo Cruzado é um Instituto que divulga dados abertos e colaborativos sobre violência armada. São mais de 20 indicadores sobre violência nas regiões metropolitanas do Rio, do Recife e de Salvador.




Fonte: Agência Brasil