Vereadora sofre ameaças durante três dias, por mensagens, para votar a favor da cassação do prefeito de Martinópolis e registra o caso na Polícia Civil




Suspeito, de 58 anos, que trabalha como vigilante patrimonial na Prefeitura, já foi identificado, confessou as ameaças e teve o celular apreendido para a perícia técnica. Vereadora Sonia Pires Bueno Chanquini (PSD), de Martinópolis (SP)
Reprodução/Instagram
A vereadora Sonia Pires Bueno Chanquini (PSD) registrou na Polícia Civil um Boletim de Ocorrência por ameaça, nesta segunda-feira (22), contra um funcionário público municipal, de 58 anos, que mandou mensagens para a parlamentar, durante três dias, em Martinópolis (SP), exigindo dela um voto favorável à cassação do prefeito Marco Antonio Jacomeli de Freita (Republicanos), que é alvo de uma Comissão de Investigação Processante (CIP) na Câmara Municipal.
A Polícia Civil informou ao g1 que as mensagens, “com ameaças diretas a ela e aos filhos” da vereadora, começaram a ser encaminhadas na última sexta-feira (19) e perduraram até domingo (21).
A polícia ainda pontuou que, assim que o registro da ocorrência foi elaborado, as investigações foram iniciadas e, então, a identidade do suspeito, que trabalha como vigilante patrimonial na Prefeitura, foi descoberta ainda nesta segunda-feira (22).
“O funcionário público foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil, em Martinópolis, e confessou ser o autor das ameaças”, explicou.
Depois de prestar declarações, o homem foi liberado. O seu aparelho celular, que havia sido utilizado para fazer o envio das mensagens, foi apreendido e será “encaminhado à perícia técnica” para passar por análise.
O delegado Renato Pinheiro, responsável pelo caso, adicionou ao g1 que está “aguardando a representação da vítima para instaurar o Termo Circunstanciado de Ocorrência”.
Vereadora
Em conversa com o g1, nesta terça-feira (23), a vereadora Sonia Chanquini disse que ficou “desesperada” com a situação.
“A princípio, eu ia abandonar tudo, pegar meu filho e ir embora para Portugal. Eu só ia avisar o Jurídico da Câmara depois e ia embora, porque nas ameaças ele falava para eu não abrir a boca, falou que tinha político envolvido, falou que tinha polícia e pessoas da minha igreja, e aí foi onde me desesperou”, citou.
Sonia ainda mencionou que, durante as ameaças, seu filho “estava chorando, com medo de matarem ele no caminho da escola”. “Enfim, eu não sabia o que fazer”, admitiu a vereadora.
Ela ainda ressaltou ao g1 que, mesmo após esta situação, mantém a posição de votar contra a cassação do prefeito.
“Só [votaria contra] se houvesse denúncia de corrupção e desvio do dinheiro público, aí sim eu voto para cassar”, concluiu a parlamentar.
Segundo o relato que a própria vítima apresentou à TV Fronteira, uma das mensagens ameaçadoras que lhe foram enviadas é a seguinte:
Uma das mensagens com ameaças que a vereadora Sonia Pires Bueno Chanquini (PSD) recebeu
Reprodução
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Prefeito
O conteúdo das ameaças enviadas através das mensagens faz alusão à abertura da Comissão de Investigação Processante, aprovada na última segunda-feira (15), que irá apurar um pedido de cassação do prefeito de Martinópolis, Marco Antonio Jacomeli de Freita.
Na ocasião, a abertura da CIP na Câmara Municipal teve seis votos a favor e quatro contra.
Em nota à TV Fronteira, nesta terça-feira (23), o prefeito informou que foi notificado e, no prazo legal, apresentará a sua defesa.
Freita ainda lamentou a situação envolvendo a vereadora e mencionou que a “Polícia Civil está investigando e, com o autor das ameaças e a divulgação dos fatos, a cassação do prefeito tomará um outro rumo”.
O pedido de cassação foi feito por meio de um requerimento de uma moradora, no dia 8 de maio, e tem como motivo a procedência de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo, além de um caso de maus-tratos a um animal, ocorrido no ano passado. No pedido também constam supostos atos de improbidade administrativa.
Depois da manifestação do prefeito, será realizada uma nova votação para decidir se será dado andamento na investigação ou se a CIP será arquivada.

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Fonte: G1

Alunas adolescentes envolvem-se em briga em escola estadual no Parque Castelo Branco, em Presidente Prudente


O pai de uma das garotas entrou na escola, forçando o portão. Ele também forçou a porta de entrada da diretoria. Segundo o Boletim de Ocorrência, a porta bateu na mão da diretora, o que lhe causou lesões corporais de natureza aparentemente leve.




Fonte: G1

Rapaz de 19 anos é preso com 10 kg de maconha escondidos dentro de porta-malas, em Tupi Paulista


Durante busca veicular, foram localizados, no compartimento do estepe, que fica no porta malas do veículo, 13 tabletes de maconha. Além disso, embaixo do painel, ao lado do banco do motorista, mais três porções fracionadas da droga, envoltas em plástico transparente, R$ 589 em espécie e um aparelho celular foram encontrados pelos policiais.




Fonte: G1

Mais de 150 oportunidades de trabalho para diferentes áreas estão disponíveis na região de Presidente Prudente




Há oportunidades para auxiliar de manutenção, designer gráfico, operador de caixa, repositor, vigilante, entre outros. Mais de 150 oportunidades de emprego estão disponíveis na região de Presidente Prudente (SP)
Leonardo Bosisio/g1
O Emprega Prudente, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedepp) de Presidente Prudente (SP), está com 153 oportunidades disponíveis para profissionais de diversas áreas e escolaridades, nesta terça-feira (23).
Todos os cargos podem ser consultados no Mural de Vagas do site, plataforma que substituiu o antigo sistema do Balcão de Empregos.
Com o novo portal, as propostas podem ser consultadas de acordo com o setor de interesse. Além disso, os trabalhadores também podem cadastrar dados pessoais.
Há oportunidades para candidatos com ensino superior, técnico, médio e fundamental completos ou em andamento.
Confira as vagas disponíveis e as quantidades ofertadas:
Eletricista industrial (2);
Auxiliar de manutenção (11);
Auxiliar de vendas (1);
Administração (4);
Vendedor (12);
Motorista truck (10);
Motorista toco (10);
Auxiliar administrativo (2);
Consultor de vendas (3);
Balconista (1);
Estoquista (3);
Motorista entregador (13);
Técnico em refrigeração (2);
Coordenador de logística (1);
Técnico em manutenção de máquinas (1);
Coordenador (2);
Designer gráfico (1);
Servente de pedreiro (4);
Operador de caixa (1);
1º emprego (1);
Ajudante de motorista (1);
Auxiliar de produção (7);
Almoxarife (1);
Auxiliar de limpeza (1);
Auxiliar de departamento pessoal (4);
Marceneiro (2);
Refilador (4);
Motorista (1);
Auxiliar de escritório (1);
Costureiro (8);
Jardineiro (1);
Mecânico (1);
Vigilante/segurança (1);
Farmacêutico (1);
Porteiro (1);
Auxiliar de lavanderia (1);
Serviços gerais (2);
Operador de empilhadeira (1);
Desossador (1);
Auxiliar de marcenaria (3);
Eletricista automotivo (2);
Instrutor de educação física (1);
Soldador (5);
Operador de máquinas (1);
Auxiliar (1);
Auxiliar de cozinha (2);
Repositor (1);
Auxiliar de enfermagem (7);
Motoqueiro entregador (1); e
Chapeiro (1).
Serviço
Para aqueles que não tiverem acesso à internet, a Sedepp disponibiliza o acesso. A Câmara Municipal também oferta o serviço nos gabinetes dos vereadores.
Mais informações sobre o novo sistema podem ser obtidas diretamente na Sedepp, por meio do telefone 3918-4200.
A secretaria fica localizada na Rua Marrey Júnior, 250, no Jardim Bongiovani, em Presidente Prudente.

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Fonte: G1

Jovem é preso após matar homem a facadas por demonstrar interesse pela irmã de 12 anos, em Teodoro Sampaio




Vítima, de 45 anos, era conhecida por assediar menores de idade, informou o indiciado, de 18 anos. Conforme o delegado Edmar Rogério Caparroz, ele disse que não se arrepende de ter praticado o homicídio. Arma do crime foi encontrada próximo a um parquinho infantil, em Teodoro Sampaio (SP)
Polícia Civil
Um jovem, de 18 anos, foi preso nesta segunda-feira (23) após confessar ter matado um homem, de 45 anos, a facadas, em Teodoro Sampaio (SP). Segundo o indivíduo, a vítima era conhecida por assediar menores de idade e teria demonstrado interesse na sua irmã, de 12 anos.
De acordo com o Delegado Edmar Rogério Caparroz, o indivíduo possui cinco irmãos e mora com os avós no distrito de Planalto do Sul. Durante a noite desta segunda-feira, ele contou aos policiais que saiu de uma confraternização na casa de um amigo, mas notou que havia esquecido o carregador do celular ao chegar na residência em que mora.
Ao retornar na casa do amigo, ouviu o homem, de 45 anos, conversando com outra pessoa na calçada do imóvel ao lado sobre “umas meninas”. Por já ter ouvido falar que ele assediava menores de idade para manter relações sexuais, o jovem os abordou. O homem, por sua vez, desconversou e pediu ao rapaz um prato de comida, que disse que ter uma refeição na casa do avô. O indivíduo aceitou acompanhá-lo.
Durante o caminho da residência, o homem teria demonstrado interesse por uma adolescente, tratando-se, por coincidência, da irmã de 12 anos do jovem.
Neste momento, tomado por uma raiva incontrolável, conforme relatou, ele aplicou uma “gravata” no homem e passou a arrastá-lo até uma calçada, onde bateu a cabeça dele contra uma sarjeta. Em seguida, colocou o joelho na garganta dele e passou a desferir socos na vítima. Ainda na sequência, o golpeou com uma pedra e com um pedaço de madeira.
Homem foi morto com golpes de facas na noite desta segunda-feira (23), em Teodoro Sampaio (SP)
Polícia Militar
“Intenção de decapitar”
Após a agressão, o jovem foi até a casa do avô e pegou uma faca. No caminho, ouviu uma ambulância passando na via e voltou ao imóvel para guardar a arma branca. Ele voltou até a rua onde havia agredido a vítima e verificou que ela não havia sido socorrida, pois estava no mesmo local. Portanto, ele voltou até a residência e pegou a faca novamente.
Ainda conforme o delegado, o jovem voltou ao local do crime e aplicou um violento golpe de faca nas costas da vítima, quebrando a ponta do instrumento. Ele pediu para o homem repetir o nome da irmã novamente e a vítima repetiu. Em seguida, ele finalizou o homicídio “passando a faca, por diversas vezes, no pescoço com a intenção de decapitar, mas não conseguiu por encontrar resistência em um osso”.
O indiciado viu o vulto de uma uma pessoa em uma residência próximo ao local do e pediu para que o morador ligasse para a polícia e o corpo de bombeiros.
Ele desceu até uma praça, jogou a faca utilizada no homicídio próximo a um parquinho e sentou, esperando a chegada da Polícia Militar.
A corporação chegou ao local logo em seguida e o jovem se apresentou aos policiais confessando o crime.
“[O homem] Não se arrepende de ter praticado o homicídio”, informou Caparroz.
O homem, de 18 anos, foi preso em flagrante por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e à traição.
Ainda conforme a Polícia Civil, ele contou que não sofreu qualquer violência física ou psicológica dos agentes públicos responsáveis pela sua prisão.
Os avós do indiciado foram avisados sobre o ocorrido e ele permanece à disposição da Justiça.
Jovem, de 18 anos, se apresentou à polícia e confessou ter matado o homem, em Teodoro Sampaio (SP)
Polícia Civil

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Fonte: G1

Garoto de 12 anos vítima de atropelamento no Conjunto Habitacional João Domingos Netto segue internado em estado grave na UTI do HR, em Presidente Prudente




Hospital informou ao g1, na manhã desta terça-feira (23), que o adolescente está necessitando de bolsas de sangue para transfusão. Garoto de 12 anos vítima de atropelamento segue internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional, em Presidente Prudente (SP)
Reprodução/TV Fronteira
O adolescente, de 12 anos, que foi vítima de atropelamento no Conjunto Habitacional João Domingos Netto, segue internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conforme o Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente (SP), nesta terça-feira (23).
Em nota ao g1, o hospital informou que o paciente “deu entrada na unidade na noite do último domingo (21), às 18h35, onde foi prontamente atendido pela equipe médica e multiprofissional”.
“Neste momento, ele se encontra na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e seu estado de saúde é considerado grave, porém, estável”, acrescentou.
O HR ainda apontou que o adolescente está “necessitando de bolsas de sangue para transfusão, que será realizada em um procedimento cirúrgico”.
“Estamos com estoque extremamente crítico dos tipos sanguíneos A-, B- e O-“, finalizou o Hospital Regional ao g1.
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O atropelamento
De acordo com as informações do Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil, o adolescente foi atropelado por um carro, que era conduzido por um homem, de 32 anos, na Avenida Maria Menezes Alcântara, em frente à Praça do Wi-fi.
A vítima foi socorrida em estado grave pelo Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Same) e levada para o HR.
O Instituto de Criminalística foi acionado e realizou a perícia no trecho do atropelamento, que estava prejudicado porque o motorista havia estacionado o veículo em local seguro, descendo para prestar socorro à vítima.
Ainda conforme o boletim, testemunhas que estavam no local e o avô da vítima informaram que o garoto estava brincando, na Praça do Wi-fi, quando foi empurrado por outra criança em direção à via. No entanto, não souberam dizer qual das crianças que estavam na praça o havia empurrado.
Além disso, a esposa do motorista disse que o menino empurrado para a via bateu no capô do veículo e caiu no chão, quando o carro passou sobre ele.
O caso foi registrado pela Polícia Civil como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.

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Fonte: G1

Unicef lança estratégia para prevenir racismo na primeira infância


Em parceria com o Instituto Promundo, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lança nesta terça-feira (23) a estratégia Primeira Infância Antirracista (PIA). A solenidade será às 9h, na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, zona norte do Rio de Janeiro.

Cerca de 250 profissionais das áreas de educação, saúde e assistência social, além de lideranças sociais e adolescentes, participarão do ato. Após palestra e roda de conversa com especialistas, autoridades e jovens, será realizada oficina com profissionais para troca de experiência e proposta de novas práticas.

A PIA é uma estratégia de sensibilização sobre os impactos do racismo no desenvolvimento infantil na primeira infância e, também, uma estratégia de mobilização social voltada para profissionais de saúde, famílias, pais e cuidadores sobre como ter práticas antirracistas no cotidiano de serviços de educação infantil, assistência social e saúde. “Também a gente fala como as famílias e cuidadores podem promover uma parentalidade antirracista, uma educação antirracista, independentemente se seus filhos são crianças negras, indígenas ou brancas”, disse a especialista em Desenvolvimento Infantil do Unicef, Maíra Souza, em entrevista aos veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“A PIA nasce com essa provocação, ou seja, com a ideia de não só sensibilizar sobre os impactos do racismo, mas também ter algo propositivo, oferecer caminhos, soluções e ferramentas que as pessoas possam incorporar e serem, de fato, antirracistas”, afirmou Maíra.

Desenvolvimento

O fato de a PIA ser direcionada à primeira infância é explicado porque esse é o período da vida – de zero a seis anos de idade – em que o cérebro da criança se desenvolve com maior facilidade e as bases do desenvolvimento se estruturam.

“A gente já tem inúmeras evidências que mostram que é na primeira infância que as crianças vivenciam o racismo pela primeira vez. Entre os oito meses e os dois anos de idade a criança começa a perceber as diferenças físicas, de traços, de cor de pele, de altura e tamanho. É também nessa etapa da vida que elas começam a internalizar que há hierarquias nessas diferenças”, explicou.

Segundo Maíra, é muito nocivo e prejudicial para o desenvolvimento infantil quando uma criança pequena, ainda nesses primeiros anos de vida, percebe que os seus traços são considerados inferiores, que sua pele é considerada inferior. Ela começa a perceber que existem essas diferenças de tratamento e isso acontece tanto no âmbito das brincadeiras, como também no atendimento profissional que essas crianças recebem. Por isso, o Unicef traz esse olhar para a primeira infância, para mostrar que o racismo é uma forma de violência que acontece durante toda a vida, mas não é muito falado na primeira infância. “É como se não existisse”, salientou Maíra.

Com o lançamento da estratégia PIA, o Unicef procura dar visibilidade para o racismo e pensar em formas de prevenir e reduzir os efeitos tão prejudiciais que o racismo impacta nas crianças.

Será lançada uma série de materiais englobando quatro cadernos, além de uma websérie com sete vídeos sobre parentalidade antirracista com influenciadores e especialistas. Todos esses materiais estarão disponíveis gratuitamente para todo o Brasil no site do Unicef.

Conceitos

Os cadernos se dividem, em um primeiro momento, sobre conceitos focados no racismo estrutural, institucional e sistêmico, branquitude, inconsciente e identidade. Em um segundo momento, os técnicos do Unicef orientam sobre os caminhos e possibilidades.

“A ideia é sempre começar a discussão, mas não tem uma forma muito prescritiva”. No caderno de assistência social, por exemplo, um dos caminhos propostos para os gestores é a incorporação da temática de relações étnico-raciais em programas de visitas domiciliares, o que ainda não existe no Brasil. Em termos de educação infantil, são oferecidos caminhos para o professor fazer um exercício sobre quais são as crianças que sentem mais afinidade, as que chamam mais atenção ou que oferecem mais afeto.

“É um tipo de provocação, mas também traz algumas sugestões menos subjetivas e mais objetivas como, por exemplo, disponibilizar em sala de aula materiais que tenham referências afro-brasileiras ou indígenas, visando estimular o ambiente com representatividade em sala de aula”, acentuou.

Em relação à saúde, a atenção é voltada ao acesso a direitos, como o pré-natal adequado, que é menor entre mães indígenas e negras do que entre mães brancas, conforme indicam alguns estudos.

A atenção é despertada também para práticas mais recorrentes, como mães negras e indígenas receberem menos anestesia e não terem acesso ao parto humanizado. Há destaque ainda para comorbidades que são mais comuns em crianças negras, caso da anemia falciforme.

“A ideia é aprofundar um pouco mais nessas áreas setoriais e também na parte dos vídeos e da web serie, e trazer esse olhar da parentalidade. Como falar sobre racismo e sobre relações étnico-raciais com seus filhos; como ensinar que as diferenças não devem ser hierarquizadas; como valorizar os traços das crianças; e como conversar e falar mesmo que não existe brincadeira com racismo”, frisou Maíra.

Territórios

A partir do lançamento no Rio de Janeiro, o projeto será focalizado também em mais sete capitais em que a Unicef já tem uma estratégia de atuação voltada para a prevenção da violência, que é a #AgendaCidadeUNICEF.

A programação prevê o lançamento em São Paulo (dia 24), Manaus (25), Salvador (31), Recife (2/6), Belém (5) e Fortaleza (26), além de São Luis, que já teve uma oficina piloto no dia 12 de maio. Atores locais serão convidados a participar das dinâmicas. Nas capitais, o alvo da PIA são oito territórios vulneráveis onde moram, ao todo, 8,2 milhões de crianças e adolescentes, de acordo com dados de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os territórios onde as agendas serão aprofundadas são, nas capitais mencionadas, Pavuna, Cidade Tiradentes, Colônia Antonio Aleixo, Valéria, Ibura, Distrito d’Água, Jangurussu e Cidade Operária. Em cada capital, o Unicef pretende expor um contexto local. Em Manaus, por exemplo, será dada mais visibilidade para a pauta de influências indígenas.

“Nosso objetivo é levar esses materiais para as mãos dos profissionais, dos gestores públicos, dos tomadores de decisão e, um dia, fazer oficinais para discutir não só essa temática, mas sobre o que o material propõe, convidar os profissionais a definirem práticas antirracistas nos seus serviços, no seu cotidiano profissional, para conseguir ir além, que sejam materiais trabalhados de fato. Por isso, estamos indo para essas oito cidades”, detalhou Maíra. |

A intenção é fazer com que os materiais da PIA tenham essa penetração e aderência na rede pública das oito capitais e de todo o país. Aproveitando a estratégia social #AgendaCidadeUNICEF, a ideia é ter uma atuação próxima das prefeituras e, após as oficinas, monitorar quais foram os acordos que surgiram – principalmente na parte de práticas antirracistas – para romper o racismo estrutural na primeira infância.

A especialista em Desenvolvimento Infantil do Unicef afirmou que, após o lançamento nas oito capitais, será feito um planejamento para avaliação dos resultados alcançados. Formulários vão colher as diferentes percepções dos participantes e em que medida a PIA, seus materiais e esses momentos formativos, conseguem mudar a percepção do participante sobre as diferentes temáticas. “Acho que a gente vai ter um material bem rico”, disse ela.

Desigualdades

Vários indicadores confirmam a desigualdade racial na garantia de direitos nos primeiros anos de vida. De acordo com dados divulgados pelo Unicef, a proporção de bebês pretos e pardos que nascem de mães que não tiveram pelo menos sete consultas de pré-natal atinge 30%, contra 18% para bebês brancos.

Entre as crianças indígenas, a taxa de mortalidade infantil (até um ano de idade) é o dobro da taxa de mortalidade infantil média brasileira: 23,4 por 100 mil contra 11,9 por 100 mil, segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, referente a 2021.

As desigualdades se repetem no acesso à educação, observa o Unicef. Em 2019, mais de 330 mil crianças entre quatro e cinco anos estavam fora da escola, revela o estudo Desigualdades na Garantia do Direito à Pré-escola, lançado pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, com apoio do Unicef e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), em 2022. O Unicef reforça que a probabilidade de crianças pretas, pardas e indígenas estarem nesse grupo era 25% maior do que crianças brancas.

Na assistência social o desafio é grande. Quase 70% das crianças de zero a quatro anos que estão cadastradas no CadÚnico são negras, de acordo com dados da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação, do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa é referente a março de 2023.

Ativação

O desejo do Unicef é que o projeto permaneça, se enraíze e se desdobre. Além dos encontros presenciais, a equipe do fundo pretende promover uma ativação da PIA em redes sociais, para que a discussão esteja mais presente junto aos profissionais e aos adultos das famílias, fazendo parte da estratégia mais longa que é #AgendaCidadeUNICEF, lançada no ano passado e que tem previsão de se estender por três anos. A intenção é mostrar que é possível construir uma prática antirracista e que isso permaneça na discussão das equipes por meio dessa agenda.




Fonte: Agência Brasil

PF cumpre mandado de prisão em operação sobre atos antidemocráticos


A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (22), a 12ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos golpistas praticados contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. Nesta fase, o objetivo é identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os atos, que resultaram em “violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições”.

Segundo os investigadores, um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, informou, em nota, a PF, sem dar mais detalhes sobre as ações de hoje.

A Operação Lesa Pátria segue em curso, com atualizações periódicas sobre o número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

Matéria alterada às 8h46 para corrigir informação sobre mandado de prisão: é somente um, não dois como informado anteriormente pela PF.




Fonte: Agência Brasil

Pistola é encontrada embaixo de tapete de carro e homem acaba preso por porte ilegal de arma de fogo na Rodovia Raposo Tavares




Motorista, de 49 anos, teve uma fiança de R$ 1,1 mil arbitrada, nesta terça-feira (23), em Presidente Venceslau (SP). Homem foi preso por porte ilegal de arma de fogo, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Presidente Venceslau (SP)
Polícia Rodoviária
Um homem, de 49 anos, foi preso por porte ilegal de arma de fogo, nesta terça-feira (23), no km 616,500 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Presidente Venceslau (SP).
Segundo a Polícia Rodoviária, o motorista, que conduzia um carro com placas de Tangará da Serra (MT), foi parado e, durante a abordagem, demonstrou “elevado nervosismo, o que motivou a equipe a realizar uma vistoria minuciosa no interior do veículo”.
Durante as buscas no carro, os policiais encontraram uma pistola, calibre 6.35mm, municiada com seis cartuchos intactos.
O homem “não apresentou nenhuma documentação do armamento” e foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Ele foi conduzido à Delegacia da Polícia Civil, em Presidente Venceslau, onde pagou uma fiança de R$ 1,1 mil e, posteriormente, foi ouvido e liberado para “responder ao processo em liberdade”.
A arma de fogo permaneceu apreendida.

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Fonte: G1

Cena teatral nordestina conquista público do Rio


A cena teatral nordestina conquistou lugar de destaque com o público carioca, que tem garantido a continuidade das produções no Rio. Uma das atrações é a do ator e produtor piauiense Vitorino Rodrigues, integrante do grupo Truá Cia de Espetáculos do Piauí, em temporada na cidade até o próximo domingo (28).

Vitorino Rodrigues, que investiga as novas escritas teatrais no Nordeste, apresenta o monólogo O Que Te Escrevo É Puro Corpo Inteiro, no Teatro Dulcina, no centro da capital, com texto de Nathan Sousa e direção de Wellington Júnior. O texto trata do conflito de um professor de literatura, escritor e ator que, ao passar a limpo sua história de vida, faz uma reflexão sobre a relação com alunos, leitores, público e todas as questões que se relacionam a este percurso socioafetivo.

Este é um dos exemplos da chegada das produções teatrais nordestinas ao Rio, que têm como característica a diversidade de temas. De acordo com os produtores, acabou a ideia de que, para falar de Nordeste, tinha que abordar somente a seca e a miséria do povo. Para o ator, esse aspecto resultou em maior visibilidade das produções e fortaleceu o interesse do público na cena teatral nordestina.

Vitorino Rodrigues acrescentou que a visibilidade tem se ampliado também com a televisão, que tem incluído mais atores nordestinos em novelas e seriados e feito produções com o elenco formado, na maioria, por artistas da região. “Há vários nordestes e possibilidades de se exercitar as artes cênicas que estão aí”, disse, em entrevista à Agência Brasil.

Para a atriz Quitéria Kelly, fundadora do Grupo Carmin, de Natal, embora o tema regional ainda seja abordado, as fronteiras vêm sendo quebradas, e as produções passaram a ter temas mais diversos.“Existe uma complexidade cultural quando se fala de Nordeste, porque Nordeste parece que só é a coisa regionalista, mas o Nordeste é múltiplo. Nosso grupo nunca fez peça regionalista, e não deixa de ser um grupo nordestino”, disse Quitéria à reportagem. Segundo a atriz, não se pode esquecer que cada estado que compõe a região tem uma cultura específica.

“Quando se fala sobre um grupo nordestino, fala-se do Nordeste a partir de onde? Do Maranhão? É uma cultura completamente diferente da de Pernambuco, que é completamente diferente da da Bahia. Então, é muito difícil definir o que é o teatro nordestino, porque já não se enquadra mais nessas amarras do regionalismo. A gente está falando de tudo. Os temas são diversos”, afirmou.

A produtora Mariana Areia Leão Hardi faz coro com a questão da regionalização. Para Mariana, as produções estão se destacando com vários temas. “Encaixotar tudo em seca é resumir bastante um espectro enorme como é a Região Nordeste”, disse à Agência Brasil.

Mariana destacou que o aumento de produções nordestinas no Sudeste não se restringe ao teatro, ocorrendo também na área cinematográfica, em um processo de autoconhecimento da classe, que busca se impor em outras regiões sem ser de maneira negativa. “Cada vez que uma obra dessas ocorre fora do seu eixo, ela inevitavelmente provoca reflexão e discussão, tornando o público mais disponível para visualizar e entender.”

“É um trabalho continuado, um processo de reconhecimento de que nosso trabalho é digno, bem-feito, pode chegar a qualquer lugar e que o nosso produto dialoga com o público”, completou Mariana, que está envolvida ainda com a proposta de um laboratório da produtora Casa da Praia Filmes, previsto para o período de 26 a 30 de junho, com 15 projetos de todo o Nordeste, que serão escolhidos por meio de um edital. Os autores passarão uma semana em Natal trabalhando nos projetos de longas-metragens. O nome dos escolhidos será divulgado na próxima sexta-feira (26).

Editais

Na visão do ator e produtor Vitorino Rodrigues, os editais de apoio à cultura contribuíram para o aumento das produções na cidade. “Com isso os grupos têm conseguido de alguma forma se financiar para circular, porque não é fácil circular”, disse.

Quitéria lembrou que, de uns dez anos para cá, tem sido cada vez mais constantes as apresentações de grupos de artistas do Nordeste no Rio e ressaltou que isso também é reflexo dos editais. Segundo a atriz, o panorama dos editais começou a mudar na época em que Gilberto Gil foi ministro da Cultura, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Naquele momento, o governo tomou a decisão de pulverizar os editais por todas as regiões do país, o que evitou a concentração de contemplados no eixo Rio-São Paulo, como costumava ocorrer.

Ela disse que o Grupo Carmin está participando agora do Palco Giratório do Sesc, projeto de difusão e intercâmbio das artes cênicas, que leva as produções de circo, dança e teatro para diversas cidades do país. Na 17ª edição, que está ocorrendo em Porto Alegre, o Carmin está na programação com a peça A Invenção do Nordeste, premiada no Rio no ano passado e bem recebida pelo público. “Ele [Palco Giratório] é um dos grandes promovedores da circulação de espetáculos tanto do Nordeste quanto do Norte no país inteiro. Os espetáculos giram o mapa inteiro, permitindo que o público do Sudeste conheça as produções do Norte, Nordeste e do Sul.”

A atriz lamentou a redução do número de festivais que ajudam no surgimento de novos grupos. Para Quitéria, os festivais ainda são uma porta aberta para os produtores independentes investirem em grupos e outros públicos terem acesso à produção que está sendo feita no Nordeste.

“A produção é muito atuante no Nordeste e tem grupos de longa data. Tem grupo no Rio Grande do Norte que tem 45 anos de história. Tem muita coisa. Tem o Grupo Macaxeira, no Ceará, o Ser Tão, da Paraíba, e o Carmin, do Rio Grande do Norte. Tem agora o pessoal da Casa de Zoé, que tem chegado pelo Sudeste com muita força e também é do Rio Grande do Norte. Então, tem um movimento legal que tenta chegar até aqui e tem conseguido a duras penas, mas tem conseguido”, concluiu a atriz




Fonte: Agência Brasil