Boxistas recebem espaços do Camelódromo durante distribuição, em Presidente Prudente




Definição dos locais onde 118 comerciantes irão se estabelecer é realizada, na manhã desta terça-feira (30), no Inova Prudente. Boxistas recebem distribuição de espaços do Camelódromo de Presidente Prudente (SP), na Fundação Inova Prudente
Bruna Bonfim/g1
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Presidente Prudente (SP), a Sedepp, realiza, nesta terça-feira (30), a sessão de distribuição dos novos espaços do Camelódromo, na Fundação Inova Prudente.
A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Ana Paula Atayde Setti, explicou, em entrevista à TV Fronteira, que “ocorrerá a atribuição dos boxes para aqueles boxistas que foram aprovados para o retorno ao Camelódromo”.
Ao g1, a secretária citou qual será o critério de escolha dos boxistas pelos locais onde irão trabalhar.
“Nós temos o projeto do Camelódromo anterior e o projeto novo, então eles terão a oportunidade de, dentro do possível, escolher ficar no local onde eles ficavam. Os novos serão por sorteio”, pontuou.
Boxistas recebem distribuição de espaços do Camelódromo de Presidente Prudente (SP), na Fundação Inova Prudente
Bruna Bonfim/g1
No fim da tarde desta segunda-feira (29), a Prefeitura foi notificada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) para, em caráter de urgência e imediatamente, suspender de forma cautelar a participação de 30 comerciantes na sessão de distribuição dos boxes.
Deste modo, 118 comerciantes estão aptos e participam da distribuição dos boxes.
Ainda de acordo com o Poder Executivo, os 30 boxistas que possuem pendências junto ao Ministério Público terão os direitos resguardados, ou seja, os seus respectivos espaços não serão atribuídos até que o processo seja finalizado.
“Em razão de um ofício, que a Sedepp recebeu ontem, determinando que estes 30 boxistas não participassem da atribuição hoje, por conta de uma denúncia que houve, de que muito provalmente as declarações fornecidas na documentação, não correspondem com a realidade. Eles terão um prazo para apresentar a defesa, tomar conhecimento da denúncia, nós não sabemos qual a razão da denúncia. Os boxes destes boxistas serão reservados até o final da decisão para que, caso eles sejam aprovados, eles tenham a oportunidade dos mesmos que terão hoje, de retornar ao boxe”, adicionou Ana Paula.
Boxistas recebem distribuição de espaços do Camelódromo de Presidente Prudente (SP), na Fundação Inova Prudente
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Etapas
Nesta primeira etapa, haverá um sorteio entre os comerciantes e a confirmação do número do boxe desejado. Em uma etapa posterior, quem não concordar em permanecer com o boxe antigo, poderá escolher aqueles que estiverem disponíveis. A ordem de escolha será sorteada.
Por fim, os trabalhadores receberão uma cópia do termo de permissão de uso e, nesta sexta-feira (2), devem assinar o termo de permissão para receber os boxes e, então, terão 30 dias para se estabelecerem nos locais.
Segundo a secretária, a energia dos boxes deverá ser paga pelos próprios comerciantes, que deverão “solicitar a empresa Energisa para ligar”.
Boxistas recebem distribuição de espaços do Camelódromo de Presidente Prudente (SP), na Fundação Inova Prudente
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Boxistas impedidos
O vendedor José Donizete Marques, que foi impedido de receber um boxe do Camelódromo, nesta terça-feira, disse em entrevista ao g1, que ficou “estarrecido”, porque, segundo ele, “estava dentro do critério”
“No meu caso, eu fiquei estarrecido, porque todos os critérios que eles colocaram, eu estava dentro do critério que eles colocaram, se houve uma denúncia do meu nome, as pessoas vão ter que provar que eu não tenho casa no meu nome, que eu não tenho outro emprego, não sou aposentado, eu acho que estou dentro dos critérios”, argumentou Marques.
Comerciante José Donizete Marques foi impedido de receber um espaço no Camelódromo, em Presidente Prudente (SP)
Bruna Bonfim/g1
O comerciante ainda citou que trabalhava no Camelódromo “há mais de 15 anos” e vai “arrumar um advogado” para tentar regularizar a sua situação.
Eu já tinha o boxe há mais de 15 anos. A gente tem que arrumar um advogado, ir no Ministério Público, pegar o denunciante e ele vai ter que provar o que ele denunciou. Eu estava lá no Terminal [Urbano], sofrendo lá, ficamos semanas sem vender nada, passando quase que necessidade, muitas pessoas tiveram que arrumar emprego para trabalhar, porque de lá não dava para sobreviver”, finalizou ao g1.
Valdete Oliveira de Santana, comerciante impedida de receber distribuição de boxe do Camelódromo, em Presidente Prudente (SP)
Bruna Bonfim/g1
Valdete Oliveira de Santana também foi impedida de participar da distribuição dos boxes.
“Eu tinha sido sorteada e ontem à noite falaram que tinham 30 pessoas que tinham sido eliminadas, mas ninguém sabia quem que era. Hoje eu cheguei aqui, fui enviada para uma sala laranja, que eles falam, onde foi falado que foram feitas denúncias sobre a gente, que a gente teria que recorrer para ver se realmente a gente vai pegar ou não”, alegou ao g1.
Documento entregue aos comerciantes que foram impedidos de receber boxe do Camelódromo, em Presidente Prudente (SP)
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Comerciante há mais de 15 anos no local, Valdete reforçou a sua insatisfação e mencionou que “injusto é, porque se nós já tínhamos sido sorteados, e o Ministério Público já tinha feito a investigação, aí foi uma pessoa lá, fez denúncia anônima, sem ter pelo menos a dignidade de falar seu nome, eu acho que o Ministério tinha que falar ‘já que você é a denunciante, você vai falar o seu nome’, porque qualquer pessoa pode ir lá”.
“É uma perca, porque queira ou não queira, a gente tem um amor por aquilo que a gente está lá há mais de 10, 15 ou 20 anos. Tem gente que é pioneiro de lá e não pegou [boxes]. Tem pessoa que é aposentada, mas o salário não é digno, paga R$ 2 mil de remédios. Todo mundo tem o direito ali, porque não devolver para as pessoas e, o que sobrar, distribuir para quem quer? Eu queria justiça. Nós vamos entrar no Ministério Público, queremos saber quais foram as denúncias sobre nós”, concluiu ao g1.
Dificuldades
A comerciante Marialves dos Santos trabalha no Camelódromo desde 1994, há quase 30 anos, disse estar “calma”, nesta terça-feira, mas citou que, no período em que esteve no Terminal, durante a construção do novo espaço,
“Eu fiquei no Terminal, mas não vendi nada. Gastei o que eu tinha e não tinha, não consegui pagar o aluguel do contêiner, aí eu entreguei e fiquei em casa. Atualmente estou desempregada. Eu acho que ali [no espaço do Camelódromo] vai ser bem evoluído, vai ser diferente, ali vai ser muito bom, principalmente para o comércio da cidade”, salientou ao g1.
Comerciante Marialves dos Santos durante distribuição de boxes do Camelódromo, em Presidente Prudente (SP)
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O relojoeiro Gildo do Nascimento Novais, que trabalha há 20 anos no Camelódromo de Presidente Prudente, conversou com o g1 e citou sobre as expectativas de retorno.
“Que seja uma reunião proveitosa e a gente volte para o local de antigamente, todos nós, que estamos aqui e fomos sorteados. Foi muito sofrimento, onde a gente está, lá no terminal, por três anos e pouco, foi muito judiado e está sendo até agora”, relatou Gildo.
Relojoeiro Gildo do Nascimento Novais, durante distribuição dos boxes do Camelódromo, em Presidente Prudente (SP)
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Lista
A lista de 148 boxistas autorizados a voltar a atuar no Camelódromo da Praça da Bandeira, no Centro da cidade, foi divulgada pela Prefeitura na última quarta-feira (24), em uma edição extraordinária do Diário Oficial Eletrônico (DOE).
Segundo o Poder Executivo, dos 273 boxistas que atuavam no antigo Shopping Popular, 215 manifestaram interesse em retornar ao empreendimento e apresentaram a documentação pertinente. Deste total, 148 pedidos foram deferidos e convocados a comparecer ao procedimento de distribuição dos boxes, que ocorrerá nesta terça-feira (30), às 9h, na Fundação Inova Prudente, no Jardim Itaipu.
No entanto, o Ministério Público notificou a Prefeitura nesta segunda-feira (29) para suspender cautelarmente dessa lista 30 comerciantes.
Planta do novo Camelódromo de Presidente Prudente (SP), apresentada aos boxistas na Fundação Inova Prudente
Bruna Bonfim/g1
Os demais 67 boxistas cujos processos foram indeferidos, por não atenderem aos requisitos da regulamentação do Camelódromo, definida pelo decreto municipal nº 34.256/2023, terão 15 dias corridos, contados a partir da última quinta-feira (25), para apresentarem eventual recurso.
Após a conclusão deste prazo e com a devida deliberação sobre os recursos apresentados, a Prefeitura irá divulgar o processo de licitação dos boxes remanescentes, que atualmente somam 92 unidades. Este processo seletivo ocorrerá após a reinauguração do Camelódromo e será aberto aos comerciantes que preencham os requisitos do decreto de regulamentação.
No total, o novo Camelódromo contará com 240 boxes em funcionamento.
Caso o número de comerciantes interessados seja maior do que o de boxes disponíveis, haverá um sorteio público para definição dos escolhidos.
“É de conhecimento público que havia comerciantes no local que não atendiam ao caráter social do Shopping Popular. Fizemos um procedimento pautado na legalidade, com supervisão direta do MP [Ministério Público], para que o novo Camelódromo cumpra sua verdadeira função. Aqueles que estavam em desacordo com as normas não irão retornar”, afirmou o prefeito Ed Thomas (sem partido).
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Novas regras de funcionamento do Camelódromo de Presidente Prudente entram em vigor; veja o que PODE e o que está PROIBIDO no local
Obras finalizadas
Conforme já havia anunciado à Justiça, a Prefeitura de Presidente Prudente deu oficialmente por encerradas na semana passada as obras de revitalização do Camelódromo.
O prazo de vigência do contrato firmado pelo Poder Executivo com a empresa responsável pela execução das obras foi finalizado no último dia 22 de maio.
No entanto, ainda não existe uma data definida de quando serão retomadas as atividades no Camelódromo, que também é chamado de Shopping Popular.
Ao todo, segundo a Prefeitura, foram investidos R$ 5,8 milhões na revitalização.
Novas regras de funcionamento
O decreto municipal nº 34.256/2023 traz a nova regulamentação do funcionamento do Camelódromo. O texto assinado pelo prefeito Ed Thomas e pelos secretários municipais de Administração, João Donizete Veloso dos Santos, e de Desenvolvimento Econômico, Ana Paula Atayde Setti, revogou decretos anteriores, de 2004 e 2016, que estabeleciam até então as regras para o funcionamento do local. Para baixar o novo decreto, o Poder Executivo levou em consideração a necessidade de regulamentação do funcionamento após a reforma e a modernização do Camelódromo, obras que tiveram início em janeiro de 2020 e deveriam ter sido concluídas em setembro daquele mesmo ano, mas sofreram um atraso que chegou a 32 meses.
Segundo o novo decreto, o Shopping Popular, composto por 240 boxes e praça de alimentação, “tem sua destinação específica para o cumprimento da função social e incentivo ao empreendedorismo e desenvolvimento de atividades econômicas no município de Presidente Prudente”.
A gestão ficará a cargo do Poder Executivo, por meio da Sedepp, que irá exercer os seus poderes de direção, administração e fiscalização, com apoio da Comissão do Shopping Popular, a ser instituída e nomeada por decreto.
Os boxes terão seu uso permitido após procedimento prévio de seleção e posterior formalização de um termo pelo prazo de 60 meses, contados a partir da lavratura do instrumento, com possibilidade de prorrogação por igual período, a critério da administração municipal.
O procedimento de seleção do boxista permissionário levará em conta os seguintes critérios:
residir no município de Presidente Prudente há, no mínimo, um ano;
não possuir bens imóveis, exceto casa própria, em seu nome ou em nome de cônjuge;
não possuir outra atividade ou outro estabelecimento empresarial em seu nome ou em nome de cônjuge;
não possuir boxe em seu nome nem em nome de esposo(a), companheiro(a), pais, filhos, irmãos, que sejam dependentes;
não ser funcionário público municipal, estadual ou federal, em atividade; e
não possuir renda mensal que ultrapasse dois salários mínimos, em caso de aposentado ou beneficiário.
Após a assinatura do termo de permissão, o boxista terá o prazo máximo de 30 dias para:
apresentar comprovante de situação cadastral do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) da atividade que exercerá no boxe, na qual deverá o permissionário constar como sócio majoritário, caso o cadastro não seja de Microempreendedor Individual (MEI);
apresentar a inscrição municipal do referido CNPJ para o exercício da atividade;
apresentar Certidão Negativa de Débito ou Certidão Positiva com Efeito de Negativa, junto ao município, do cadastro de atividade comercial referente ao CNPJ que atuará no boxe;
alvará de funcionamento para o exercício da atividade no boxe de acordo com o CNPJ; e
se instalar e dar início à atividade.
O boxista deverá, com antecedência mínima de 90 dias para o término do termo de permissão, manifestar por escrito, via protocolo encaminhado à Sedepp, a intenção de permanecer no Camelódromo.
Se terminar a permissão e não ocorrer a renovação pelas partes, o boxista se compromete a desocupar imediatamente o espaço utilizado no Camelódromo e a comunicar a situação à Sedepp.
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Preços e condições de pagamento
Pela ocupação dos boxes, os permissionários pagarão outorga mensal à Prefeitura, conforme valor estabelecido em avaliação municipal, emitido pela Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seplan), nos termos do edital de permissão de uso a ser firmado, através de guia de recolhimento da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin).
Segundo a Prefeitura, o valor irá variar entre R$ 338,16 e R$ 424,29, a depender da metragem do boxe.
O pagamento realizado até a data do vencimento da guia de recolhimento terá o desconto de 10% do valor total.
A dívida de três parcelas, consecutivas ou não, provocará o encerramento do contrato com o permissionário, que perderá o direito de explorar o boxe.
Será considerada “inadimplida” a parcela que estiver com mais de 30 dias da data do vencimento sem pagamento.

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Fonte: G1

Seminário discute políticas públicas para a juventude


Cerca de 300 gestores municipais de juventude de todo o país se reúnem nesta terça (30) e quarta-feira (31) no Seminário Nacional de Gestores e Gestoras Municipais de Juventude, no Museu Nacional da República, em Brasília. A proposta é promover a municipalização de políticas públicas de juventude. 

“Com este encontro, a Secretaria Nacional de Juventude dá continuidade ao processo de reconstrução do diálogo com os gestores de políticas públicas para juventude, iniciado durante seminário que reuniu gestores estaduais e de municípios com mais de 500 mil habitantes no final de março, em Brasília.”

De acordo com a secretaria, o seminário deve debater as perspectivas para a Política Nacional de Juventude; desafios orçamentários para a implementação de políticas públicas; e a participação da juventude na elaboração do plano plurianual (PPA), que define as prioridades do governo para os próximos quatro anos.

Durante o seminário, será discutida ainda a reconstrução do Fórum de Gestores Municipais de Juventude, que reúne gestores de juventude para acompanhar políticas públicas, promover a cooperação técnica e política, subsidiar a formulação da Política Nacional de Juventude e criar estratégias de cooperação internacional com entidades que tenham fins semelhantes.




Fonte: Agência Brasil

PM atira bombas de gás contra protesto indígena e libera rodovia em SP


Por volta das 9h, a Polícia Militar (PM) atirou bombas de gás e jatos de água contra a manifestação de indígenas Guaranis que bloqueavam totalmente a Rodovia dos Bandeirantes, no sentido São Paulo, altura do quilômetro (km) 20, desde as 6h desta terça-feira (30). Com isso, a via foi liberada para o tráfego de veículos. 

Os indígenas vivem no Pico do Jaraguá, em São Paulo, e protestavam contra a votação do Projeto de Lei (PL) 490/2007, que pretende estabelecer um marco temporal para a demarcação de terras indígenas e deve ser votado plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (30).

Para lideranças indígenas, o projeto representa grande ameaça à vida e por isso eles se dizem dispostos a lutar e resistir contra a aprovação. Ontem (29), os guaranis de São Paulo fizeram atos no Largo São Francisco, na região central da cidade, e uma grande vigília na Terra Indígena Jaraguá começou no fim da tarde. Segundo eles, novos atos devem ser realizados em todo o país para que essa lei não seja aprovada.

Retrocesso

Para a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o projeto de lei representa um retrocesso para os direitos dos povos indígenas e para a preservação dos biomas brasileiros, junto à Medida Provisória 1154, que retira a competência da demarcação de terras indígenas do Ministério dos Povos Indígenas (MPI).

A urgência sobre a votação do projeto de lei foi aprovada no dia 24 deste mês, o que acelerou a tramitação. Se aprovado pela Câmara, o texto segue para o Senado.

“O que vimos no dia 24 é uma vergonha para a política nacional. Com o PL 490 e a Medida Provisória, o Congresso quer inviabilizar as demarcações de terras indígenas. Isso é um grande retrocesso para os direitos dos povos originários e para a preservação do meio ambiente, visto que somos nós os verdadeiros guardiões dos biomas brasileiros”, disse, em nota, Dinamam Tuxá, coordenador executivo da Apib.

Marco temporal

O projeto de lei que cria o chamado marco temporal estabelece que serão consideradas terras indígenas os lugares ocupados por povos tradicionais até o dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. A Carta Magna não prevê esse marco como critério, já que indígenas são povos originários que estão presentes no país muito antes da colonização europeia.

O tema também é objeto de análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que deve decidir, no próximo dia 7 de junho, se a tese do marco temporal é válida ou não.




Fonte: Agência Brasil

Pneu furado causa acidente de trânsito envolvendo duas motos e um carro, na Rodovia Raposo Tavares




Três pessoas ficaram com ferimentos leves, na manhã desta terça-feira (30), em Presidente Prudente (SP). Pneu furado causou acidente de trânsito envolvendo duas motos e um carro, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Presidente Prudente (SP)
Robson Moreira/TV Fronteira
Um acidente de trânsito, envolvendo duas motos e um carro, deixou três pessoas com ferimentos leves no km 569 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), na manhã desta terça-feira (30), em Presidente Prudente (SP)
De acordo com a Polícia Militar, um homem pilotava uma motocicleta, quando um dos pneus furou e, por conta disso, ele reduziu a velocidade. Neste momento, outra moto, que vinha logo atrás, também diminuiu a velocidade e, por conta disso, acabou sendo colidida por um veículo.
O homem, de 22 anos, que pilotava a moto com o pneu furado, teve escoriações e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as outras duas pessoas envolvidas no acidente foram socorridas pela Concessionária Auto Raposo Tavares (Cart).
O fluxo de veículos segue normal na rodovia, onde uma equipe da Cart realiza a sinalização e orienta motoristas que passam pelo local.
Pneu furado causou acidente de trânsito envolvendo duas motos e um carro, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Presidente Prudente (SP)
Robson Moreira/TV Fronteira

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Fonte: G1

Plataforma amplia indicadores de segurança pública


O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) lança nesta terça-feira (30) o programa Validador de Dados Estatísticos do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), plataforma usada por profissionais de segurança pública dos estados para encaminhar dados “de forma mais eficiente e célere”. 

A nova versão da ferramenta, segundo a pasta, vai possibilitar a ampliação do painel de indicadores de segurança pública dos atuais nove para 28 dados, incorporando feminicídios, estupros, suicídios, desaparecimentos, mortes causadas por agentes do Estado e outros. No novo sistema, dados nacionais oficiais serão validados a cada 30 dias, diferentemente dos atuais 90.

O lançamento do Sistema Validador de Dados Estatísticos ocorre hoje em meio à Jornada Nacional de Integração de Dados de Segurança Pública. O evento segue até amanhã, com um treinamento voltado para representantes da área de estatística de órgãos de segurança pública de todas as unidades da federação.

Dados nacionais

A partir da ampliação de dados nacionais de segurança pública, o ministério contará com informações sobre as seguintes categorias: homicídio doloso; roubo seguido de morte (latrocínio); lesão corporal seguida de morte; tentativa de homicídio; feminicídio; morte por intervenção de agente do Estado; morte a esclarecer, sem indício de crime; morte no trânsito ou em decorrência dele; morte de agente do Estado; suicídio; suicídio de agente do Estado; estupro; roubo de veículos; roubo a instituição financeira; roubo de carga; furto de veículos; tráfico de drogas; apreensão de cocaína; apreensão de maconha; apreensão de arma de fogo; pessoa desaparecida; pessoa localizada; mandado de prisão cumprido; atendimento pré-hospitalar; busca e salvamento; combate a incêndios; emissão de alvará de licença; e realização de vistorias.




Fonte: Agência Brasil

“Recuar, para nós, não é opção”, diz indígena sobre marco temporal


O plenário da Câmara dos Deputados deve votar nesta terça-feira (30) o projeto de lei do marco temporal de demarcação de terras indígenas (PL 490/2007). Para lideranças indígenas, o projeto representa “grande ameaça” à sua vida e por isso eles se dizem dispostos a lutar e resistir contra a aprovação. Na manhã de hoje (30), indígenas guarani, que vivem no Pico do Jaraguá, em São Paulo, bloqueiam a Rodovia dos Bandeirantes, na altura do km 20, no sentido São Paulo, para protestar.

“Não sei dizer se vamos conseguir impedir essa votação. Mas o que posso afirmar é que nós estamos cansados de sofrer essa violência. Estamos cansados de ser ameaçados e de ter nossa vida sob todo esse impacto que o não indígena nos traz”, disse Thiago Karai Djekupe, uma das lideranças da terra indígena Jaraguá, em São Paulo, em entrevista nessa segunda-feira (29) à Agência Brasil.

“Recuar, para nós, não é uma opção. Vamos resistir, vamos nos posicionar e, se tentarem fazer reintegração de posse a qualquer terra indígena, é necessário entender que vão precisar tirar nossa vida. O território é o que nós somos. Se tiver que resistir, se tiver que lutar, se tiver que tombar para que outros continuem erguidos na luta, vamos fazê-lo. Recuar, para nós, não é opção. Independentemente de qualquer ameaça que se coloque à nossa vida, são mais de 500 anos sob essa violência, são mais de 500 anos dessa ignorância e não vai ser nessa geração, na minha geração, que vamos nos curvar”, acrescentou Karai Djekupe.

Segundo ele, os povos originários estão mobilizados em todo o país para acompanhar a votação no Congresso. Ontem (29), por exemplo, os guaranis de São Paulo fizeram atos no Largo São Francisco, na capital paulista, e uma grande vigília na terra indígena Jaraguá. Hoje (30), novos atos devem ser realizados em todo o país cobrando para que a lei não seja aprovada. “O Brasil todo estará se mobilizando e nós vamos nos mobilizar aqui em nossa base, nosso território”, disse o líder indígena.

O projeto de lei que cria o chamado marco temporal estabelece que serão consideradas terras indígenas os lugares ocupados por povos tradicionais até o dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. A Carta Magna não prevê esse marco como critério, já que indígenas são povos originários que estão presentes no país muito antes da colonização europeia. Mas o tema também é objeto de análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que deve decidir, no próximo dia 7 de junho, se a tese do marco temporal é válida ou não.

“Se isso acontecer [a tese do marco temporal for aprovada], significa que várias terras e povos indígenas, que não têm como comprovar o processo de demarcação conforme esse marco exige, vão sofrer a expulsão e a violência de seus territórios – e essa violência estará legitimada por uma ação de reintegração de posse baseada na tese do marco temporal”, afirmou Karai Djekupe. “[Esse projeto de lei é] para fragilizar nossas vidas, para tomar nossos territórios, para fazer reintegração de posse e para cometer violência”, acrescentou.

“Nós, povos indígenas, vamos resistir porque somos nossos territórios. Nosso entendimento de pertencimento à terra é diferente do entendimento do não indígena. O que vai acontecer se o marco temporal for aprovado é isso: eles vão iniciar o processo de reintegração de posse e nós iremos resistir a essas reintegrações”.

A votação do marco temporal não preocupa somente os povos originários. Nessa segunda-feira (29), o escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos na América do Sul divulgou alerta cobrando das autoridades brasileiras “medidas urgentes em prol dessas populações, conforme as normas internacionais de direitos humanos”. Segundo o órgão, iniciativas como essa, do Congresso Nacional, “arriscam a proteção dos povos indígenas no país”.

“Aprovar o projeto conhecido como marco temporal seria um grave retrocesso para os direitos desses povos, contrário às normas internacionais de direitos humanos”, disse Jan Jarab. chefe da ONU Direitos Humanos na América do Sul. “A posse das terras existentes em 1988, após o expansionismo da ditadura militar, não representa a relação tradicional forjada durante séculos pelos povos com o seu entorno, ignorando arbitrariamente os direitos territoriais e o valor ancestral das terras para o seu modo de viver”, diz a nota.

A organização internacional Human Rights Watch também manifestou grande preocupação com a votação do marco temporal. Em comunicado, a organização disse que “o Congresso brasileiro deveria rejeitar um projeto de lei que adota marco temporal arbitrário para o reconhecimento de terras indígenas”.

“O direito de povos indígenas a seus territórios não começa e nem termina em uma data arbitrária”, disse Maria Laura Canineu, diretora da Human Rights Watch no Brasil. “Aprovar esse projeto de lei seria um retrocesso inconcebível, violaria os direitos humanos e sinalizaria que o Brasil não está honrando seu compromisso de defender aqueles que comprovadamente melhor protegem nossas florestas”, acrescentou.




Fonte: Agência Brasil

Povo guarani bloqueia rodovia em São Paulo contra marco temporal


Guaranis da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo, bloqueiam neste momento a Rodovia dos Bandeirantes, no sentido São Paulo, contra a votação do PL 490/2007, que pretende estabelecer um marco temporal para a demarcação de terras indígenas. 

De acordo com a concessionária Autoban, a rodovia está interditada no quilômetro (km) 20 devido à manifestação. A alternativa é a Anhanguera. Pelo menos cinco quilômetros de filas de carros já se formam na estrada.

Ontem (29), os guaranis de São Paulo fizeram atos no Largo São Francisco, na região central da cidade, e uma grande vigília na Terra Indígena Jaraguá começou no fim da tarde. Segundo eles, novos atos devem ser realizados em todo o país para que essa lei não seja aprovada.

A urgência sobre a votação do PL 490 foi aprovada no dia 24 deste mês, o que acelerou a tramitação do projeto de lei. Se aprovado pela Câmara, o texto segue para o Senado.

ONU

O escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos na América do Sul manifestou, nessa segunda-feira (29), preocupação com projetos do Congresso Nacional que podem afetar as causas indígenas. Cobrou as autoridades brasileiras sobre “medidas urgentes em prol dessas populações, conforme as normas internacionais de direitos humanos”.

Segundo a ONU, as iniciativas legislativas do Congresso Nacional “arriscam enfraquecer a proteção dos povos indígenas no Brasil”.

A aprovação do projeto preocupa também instituições de defesa dos direitos humanos, como a Human Rights Watch, e religiosas, como o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs e a Aliança Cristã Evangélica.




Fonte: Agência Brasil

Após duas semanas, Câmara Municipal ainda não define integrantes da CPI que investigará o transporte coletivo em Presidente Prudente


Ressalta, também, as “inúmeras reclamações diárias que chegam até os vereadores, bem como nas redes sociais, de usuários descontentes com o transporte coletivo municipal, como veículos velhos e danificados, atrasos, falta de equipamentos, espaços de tempo muito longos entre uma viagem e outra, ar condicionado com problema etc.”.




Fonte: G1

Relator do PL dos Planos quer proibir rescisão de contrato unilateral


O deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA), relator do Projeto de Lei 7419 de 2006, que propõe alterações na Lei dos Planos de Saúde, informou nesta segunda-feira (29) que irá apresentar o parecer no dia 7 junho, na Câmara dos Deputados. O deputado disse que irá sugerir a proibição da rescisão do contrato unilateralmente pelos planos de saúde.

“A rescisão unilateral do contrato, que já é proibida pelo próprio Código de Defesa do Consumidor, lá no Artigo 51, estabelece essa rescisão unilateral como cláusula nula de pleno direito, mas é importante consignar, ratificar na nova lei dos planos de saúde, para que medidas como essa não possam ser mais realizadas, possam ser extintas”, disse Duarte.

Duarte participou de audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que debateu abusos das operadoras e o papel de fiscalização da Agência Nacional de Saúde (ANS). Foram colhidos depoimentos de usuários sobre o aumento abusivo de mensalidades, o descredenciamento massivo de clínicas e hospitais e o cancelamento unilateral, por parte dos planos, de contratos de pacientes em tratamento.

“Essas empresas têm uma isenção na declaração do Imposto de Renda. Então, elas são incentivadas do ponto de vista fiscal e não podem somente receber, ter o bônus de receber, e não assumir o seu ônus, quando o consumidor mais precisa”, afirmou o parlamentar.

Nas últimas semanas, a deputada estadual de São Paulo, proponente da audiência pública, Andréa Werner (PSB), recebeu, ao menos, 235 denúncias de cancelamentos unilaterais de contratos de operadoras de saúde, citando Unimed Nacional, Bradesco Saúde e Amil, de pacientes com tratamentos em andamento. Entre as terapias interrompidas estão as que tratam Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou mesmo câncer.

“Até agora, a gente já mandou paro Ministério Público mais de 200 casos de cancelamento unilateral de contratos de pessoas em tratamento de câncer, crianças autistas, doenças crônicas graves. Todos [cancelamentos] ilegais”, ressaltou a deputada.

Andréa Werner propõe, como medida emergencial, uma ação civil pública para reverter os cancelamentos abusivos. “Muitas pessoas não têm como pagar um advogado para reverter isso, mas também não têm renda baixa o suficiente para poder ir na Defensoria Pública. A gente espera que isso vire uma ação civil pública e que o MP possa reverter esses cancelamentos para que essas pessoas possam continuar seus tratamentos”.

Além de propor que a nova lei dos planos de saúde proíba o rompimento unilateral dos contratos de usuários em tratamento pelas operadoras, a deputada propõe que as operadoras passem a arcar com os gastos de um acompanhante nos casos em que o paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) for menor de 18 anos ou tiver deficiência.

“A gente colocou também que se for descredenciar alguma clínica, a nova credenciada tem que ter mesma qualidade, porque eles estão descredenciando clínicas que dão tratamento para autistas, ou outras crianças com deficiência, e substituindo por clínicas que, às vezes, não têm nem alvará do Corpo do Bombeiros.”

Decisão da Justiça

O advogado, professor e especialista em Direitos Humanos, Marcelo Válio, destacou que já há um entendimento pacificado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que os planos de saúde não podem rescindir contrato de pacientes em tratamento.

“Se levarmos em consideração somente a legislação, os planos têm a possibilidade do cancelamento unilateral de planos coletivos. Entretanto, o STJ já se posicionou no seguinte sentido: aquele que estiver em tratamento, até a alta médica, não pode ter o seu contrato coletivo rescindido unilateralmente por parte do convênio.”

“Infelizmente, a Agência Nacional de Saúde (ANS), que é uma autarquia especializada, que deveria regulamentar e fiscalizar os planos de saúde, ela se apega tão somente a legislação e se esquece totalmente da realidade que é a decisão por parte do STJ”, criticou o advogado.

Segundo Válio, o STJ não levou em consideração somente as regras contratuais e a legislação específica, uma vez que a questão é de direito à vida. “Nós temos que respeitar certos princípios: princípio do direito à saúde, princípio ao direito à ampla assistência à saúde. E também um dos princípios mais importantes que nós temos, constitucionalmente falando, que é o princípio da dignidade da pessoa humana”.

Plano cortado repentinamente

A acompanhante terapêutica e estudante de psicologia Débora de Mello Rodrigues, mãe de Lourenzo, de 7 anos, diagnosticado com autismo e apraxia da fala, relatou que teve o plano de saúde de seu filho cortado pela operadora repentinamente.

“Ele estava fazendo os tratamentos com terapia ABA, fonoaudiologia, terapia ocupacional. A gente tem uma gama gigante de profissionais e tudo isso foi cortado, do dia para noite. A gente está num momento muito delicado, não tem justificativa. Talvez ele seja uma criança muito cara para o plano”, contou. De acordo com ela, inicialmente, o plano mudou a clínica em que Lourenzo fazia o tratamento. “Eles enviaram um telegrama falando que a gente iria mudar para uma outra clínica. Nós fomos visitar a clínica, e era totalmente sem os profissionais adequados. Primeiro, foi isso que aconteceu”.

Em maio, a família recebeu um e-mail informando que teriam prazo de um mês para fazer a portabilidade para outra plano ou sair.

Negativa de tratamento

O funcionário Público Sadrac Leite Silva, pai de Leonardo, de 8 anos, diagnosticado com câncer, disse que o plano de saúde se negou a fazer o tratamento de radioterapia na criança e, logo em seguida, informou o rompimento unilateral do contrato.

“Nós ficamos desesperados, o que que a gente pode fazer agora, porque o caso dele é um tumor, que já está até prejudicando a visão dele. Não pode esperar meses, ele não pode interromper o tratamento. A gente ficou de mãos atadas sem ter nada que fazer”.

Morador de São Paulo, Silva afirmou que a operadora de saúde chegou a apresentar uma alternativa: levar o filho para fazer o tratamento na Bahia. “De maneira desumana, eles deram uma alternativa para a gente, que teria à disposição um plano no estado da Bahia. A gente não tem condições, como que eu vou fazer um tratamento no estado da Bahia? Eu moro aqui em São Paulo, é sem cabimento. Fiquei completamente desesperado”.

A reportagem da Agência Brasil procurou a ANS, que ainda não se manifestou.




Fonte: Agência Brasil

Operação Watcher cumpre cinco mandados de buscas domiciliares em três estados; vítimas da região de Presidente Prudente foram extorquidas


Após a instauração do inquérito policial, foram identificados os autores intelectuais e executores do crime. Além disso, os agentes também identificaram possíveis crackers, que, conforme a Polícia Civil, são pessoas que usam de suas habilidades tecnológicas para promover “ações maléficas”.




Fonte: G1