Hallyu: a onda coreana que é um fenômeno de exportação da cultura pop


Parasita, Oldboy, Round 6, BTS, Blackpink. Parecem fenômenos isolados, mas todos eles são exemplos de um alvoroço cultural que tem feito o entretenimento pop da Coreia do Sul ascender ao centro do mundo. A popularização de k-dramas, k-pop, Manhwa (os mangás), jogos online e filmes sul-coreanos têm ajudado a divulgar a cultura da Coreia do Sul para o restante do mundo. E isso não está acontecendo por acaso. Esse aumento na divulgação da cultura coreana é resultado de um forte investimento e incentivo da Coreia do Sul no setor. E a isso se chama Hallyu, ou onda coreana.

“A onda coreana é um fenômeno cultural de origem sul-coreana, o momento em que a Coreia do Sul começa a exportar de forma massiva todos os seus produtos culturais, a sua indústria cultural de cultura pop. Não é uma indústria cultural ligada a uma tradição da cultura coreana, mas sim ligada à sua produção de cultura pop. Resumindo: a onda coreana é um fenômeno de exportação da cultura pop sul-coreana, que se expandiu no primeiro momento para os mercados regionais, mercados vizinhos da Coreia do Sul, e hoje nós já podemos considerá-la como um fenômeno global”, explicou Daniela Mazur, doutoranda em comunicação pelo programa de pós da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisadora associada ao MidiÁsia, grupo de pesquisa em mídia e cultura asiática contemporânea.

São Paulo 24/06/2023 - Migração coreana- Feira do Bom Retiro, que reune a comunidade coreana. Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

Apresentação na Feira Coreana do Bom Retiro que ocorre aos sábados. Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

Em entrevista à Agência Brasil, Daniela Mazur disse que esse salto da cultura pop sul-coreana é recente e mostra a ascensão de um país que foi arrasado por diversas guerras e invasões e se transformou em um dos principais players globais neste século. Para isso, houve participação do governo, que criou leis de incentivo para que essa indústria cultural pop – e forte – pudesse se estruturar.

“O papel do governo da Coreia, especialmente no início da estruturação dessa indústria cultural, nacional e local, foi primeiramente legislativo, de dar condições de leis e de incentivos para que essa indústria começasse a se estruturar. No final dos anos 90, o país passou por uma crise financeira muito forte, que atingiu não só a Coreia do Sul. Na realidade, foi a crise financeira asiática, que abalou e destruiu várias economias regionais. A Coreia do Sul também foi um desses países que sentiu isso de forma muito intensa. Foi necessário então repensar as estratégias econômicas nacionais, no qual a cultura se mostrou como uma vertente importante não só para a economia do país, mas também para se pensar a estrutura de uma identidade nacional a ser exportada e ser pensada para além das fronteiras nacionais”, destacou.

Foi assim que o governo sul-coreano estabeleceu não só leis de incentivo, mas abriu cursos de comunicação nas universidades para formar pessoas que pudessem trabalhar nessa nova indústria.

“Essas leis de incentivo, que acontecem até hoje, têm essa perspectiva de ligar a iniciativa privada à iniciativa pública. São essas leis de incentivo que incentivaram as empresas privadas a investir na cultura”, ressaltou Daniela.

Foi a partir do final dos anos 1990 que essa indústria cultural, já com perspectiva de exportação de seus produtos, começou a se estruturar. Mas foi somente no início dos anos 2000 que ela passou a adentrar o Leste e o Sudeste Asiático e, dez anos depois, começou a ser consumida de forma global. “Em 2010, a gente vê mais claramente os produtos chegando a um universo que a gente considera como esse de consumo global, com exportações e vendas de produtos variados tanto de drama de TV quanto k-pop, filmes, animações e jogos sul-coreanos”, observou a doutoranda.

A onda coreana começou a invadir os mercados globais impulsionada pelas novas tecnologias de comunicação de web 2.0 e pelas redes sociais. “E os fãs tiveram um papel muito importante nisso, com esse papel de traduzir esses conteúdos. O coreano é um idioma com pouquíssima penetração global: apenas dois países falam coreano, só a Coreia do Sul e a Coreia do Norte. Então, o trabalho de tradução desses conteúdos foi essencial para que a Hallyu como um todo pudesse chegar a diferentes partes do mundo, especialmente através de um consumo não oficial. Quando eu falo não oficial é quando não é vendido para uma emissora de televisão, para cadeias de cinema ou é tocado na rádio, mas sim através dessa circulação pirateada pelos fãs”, explicou Daniela.

São Paulo 24/06/2023 - Migração coreana- Feira do Bom Retiro, que reune a comunidade coreana. Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

Feira no Bom Retiro ocorre aos sábados e reúne a comunidade coreana. Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

No Brasil, esses produtos começaram a chegar de forma crescente há pouco mais de dez anos, principalmente com o avanço das redes sociais e os primeiros shows de k-pop no país. “O marco que nós temos dessa virada é o início dos anos 2010 especialmente porque, nessa década, os primeiros grandes eventos de k-pop são realizados aqui no Brasil. Em 2011, recebemos um primeiro evento oficial, a vinda de um grupo de k-pop no Brasil, primeiramente através de um evento de fã, algo bem específico e, no final do ano, um show de grande porte realizado ali no Espaço Unimed [antigo Espaço das Américas], em São Paulo”, lembrou ela.

Dois anos depois, já marcado por esse impulso, instalou-se no Brasil o Centro Cultural Coreano, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo. “Isso apontou para um consumo crescente aqui no Brasil e uma relevância do Brasil nesse meio para o governo da Coreia, já que o Centro Cultural Coreano é ligado ao consulado da Coreia aqui no Brasil. Na década de 2010 a gente vê esse crescimento no consumo. Não só o crescimento, mas também um enraizamento desse consumo aqui no Brasil”, disse.

“O Brasil é um mercado importante para a onda coreana hoje, especialmente pelo fato de estar literalmente do outro lado do mundo. O Brasil acaba sendo uma bandeira, uma prova, de que a onda coreana realmente tem uma penetração global bastante intensa”, acrescentou.

“O Centro Cultural Coreano, desde 2013, quando foi inaugurado, começou a apresentar a cultura coreana para o povo brasileiro”, explicou Cheul Hong Kim, diretor do Centro Cultural Coreano do Brasil (CCCB), em entrevista à Agência Brasil. “Mas, desde 1963 [quando os primeiros coreanos chegaram de forma oficial ao Brasil], a vida dos coreanos já é uma apresentação cultural, já projetou a cultura coreana para o Brasil”, disse ele.

Segundo o diretor do centro, o governo tem realmente incentivado a onda coreana. “O governo tem visto que bastante gente gosta da cultura coreana, então apoia bastante.”

Atração

Para a pesquisadora Daniela Mazur, o que torna a cultura pop coreana tão atrativa para o mundo é que ela começa a pensar as estruturas culturais para além do “consumo cultural estruturado através do imperialismo estadunidense”.

“O pop sul-coreano, no final das contas, é uma perspectiva local de lógica global que a gente já conhece mas, que de forma específica, se transforma e cria suas próprias identidades de forma local. Então, graças à força da onda coreana nas lógicas regionais e de suas próprias características – e graças às novas tecnologias da comunicação – estes produtos começam a chegar até nós e também a aderir outros consumidores que estão, em realidade, procurando outras formas de consumo desses produtos midiáticos. O interessante desses fluxos midiáticos globais é que cada vez mais eles estão mais diversos”, destacou.

E, com isso, a onda coreana mostra ao mundo que o entretenimento é muito mais diverso do que anteriormente se conhecia. “A onda coreana tem esse viés muito importante de trazer uma nova perspectiva cultural, nacional, não ocidental, não branca e não anglófona, para sermos lembrados, novamente, de que existe muito mais mundo para além desse mundo que a gente aprendeu a enxergar. Existe um universo de produção cultural, de produção midiática, que a gente pode conhecer e que a gente pode engajar para além desses polos centrais e ocidentais de consumo”, disse Daniela.

O superpremiado filme Parasita, que recebeu o prêmio de melhor filme no Oscar de 2020, ajuda a explicar essa importância da onda coreana para o mundo. “De uma forma ou de outra virou-se uma chave para poder mostrar para o resto do mundo que não existe só um centro produtor e de influência cultural global. Na realidade, estamos vivendo uma transição para um mundo multipolar de influências e de produção cultural”, ressaltou a pesquisadora.




Fonte: Agência Brasil

Quina de São João: oito apostas ganham e vão dividir R$ 216,7 milhões


O concurso especial da Quina de São João de 2023 teve oito apostas que acertaram as cinco dezenas sorteadas na noite deste sábado (24), no Espaço da Sorte, em São Paulo (SP). As dezenas sorteadas foram 12,13, 45, 47, e 70.  

As apostas vencedoras do concurso n 6.172 da Quina foram registradas em Anápolis (GO), Campo Grande (MS), Jaú (SP), Itaobim (MG), Belo Horizonte (MG), São Mateus do Maranhão (MA), Itabuna (BA) e Guaratuba (PR).

De acordo com a Caixa Econômica Federal, os ganhadores vão dividir o prêmio de mais de R$ 216,76 milhões e cada aposta vencedora levará o prêmio de R$ 27.098.455,57. É a maior premiação já paga na Quina de São João. O maior prêmio do concurso especial havia sido o de 2021, que pagou R$ 204,8 milhões, também, para oito apostas.

Considerando todas as quatro faixas de premiação, a Quina de São João premiou mais de 5 milhões de apostadores. Na segunda faixa de premiação, para o acerto de quatro números, 2.567 apostas vão levar R$ 7.431,19 cada. E as 194.275 apostas que acertaram três números vão receber R$ 93,51 cada. Também vão receber premiação da Quina de São João as 4.960.265 apostas que acertaram dois números, com R$ 3,66 cada uma.

Resgate dos prêmios

Os prêmios de até R$ 2.112,00 podem ser recebidos em qualquer casa lotérica credenciada ou nas agências bancárias da Caixa Econômica Federal. Mas, os prêmios brutos superiores a este valor são pagos exclusivamente nas agências da instituição.

A Caixa recomenda que o apostador já escreva no verso do recibo da aposta premiada o nome completo e CPF para assegurar que ninguém retire o prêmio em seu lugar. O bilhete ficará intransferível. Caso contrário, o bilhete é ao portador. Em caso de bolão, cada participante pode fazer o mesmo no verso de seu recibo individual de cota.

Os prêmios de loterias devem ser retirados em até 90 dias após o sorteio. Após este prazo, o prêmio prescrito é repassado ao Fundo de Financiamento ao Ensino Superior (Fies), conforme Lei 13.756/18.




Fonte: Agência Brasil

Multicultural, Bom Retiro tem projeto de se tornar bairro de coreanos


Localizado entre os rios Tietê e Tamanduateí, próximo à Estação da Luz e bem na região central de São Paulo, o bairro do Bom Retiro reúne uma grande variedade de lojas, centros culturais, instituições religiosas e restaurantes, mas a sua marca principal são as confecções. A história do bairro remonta a 1880, quando o barão do café, Joaquim Egídio de Sousa Aranha, que tinha uma propriedade na região, chamada de Chácara do Bom Retiro, decidiu lotear a fazenda para a construção de casas para os trabalhadores da indústria.

Isso ocorreu pouco tempo depois da inauguração de uma linha de trem que passava pela região e que ligava as cidades de Jundiaí e de Santos, com passagem pela capital paulista. Trajeto que era muito utilizado pelos imigrantes, que desembarcavam no Porto de Santos.

“O Bom Retiro é um bairro que, desde o final do século 19, recebe fluxos sucessivos de estrangeiros que chegam a São Paulo. Não é o único bairro, mas ele tem algumas particularidades: primeiro por causa da localização, que é central, próxima da Estação da Luz. Ele também tem uma atividade econômica importante desde os anos 20, com a indústria de comércio e de confecções, que começa a se estruturar. E ele oferece, além de condições de trabalho, condições de moradias para quem chega A São Paulo”, explicou Sarah Feldman, professora do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) do campus de São Carlos.

Ex-moradora do bairro, ela ajudou a levantar informações para o documentário O Bom Retiro É o Mundo, de André Klotzel. “O Bom Retiro tem essa atividade de comércio de confecções, que permanece hoje com os coreanos, e ele oferece uma forma de moradia de aluguel. Ele sempre foi – e continua sendo – um bairro concentrador de cortiços, que é uma solução de moradia de aluguel, em condições precárias, mas é uma alternativa de moradia na periferia, próxima a emprego e equipamentos públicos. Isso é uma alternativa de moradia para a população de baixa renda e para quem chega a São Paulo”, acrescentou Sarah.

Os primeiros a chegarem ao bairro e que o transformaram em uma vila operária foram os ingleses. “Já na construção da ferrovia, os engenheiros ingleses ocupavam as chácaras porque, antes da urbanização, ali era constituído por chácaras. Depois tem uma sucessão de grupos estrangeiros: os portugueses, os italianos, os espanhóis, os judeus, os gregos, os iugoslavos, os coreanos. E então vem o ciclo de imigrantes latino-americanos, africanos e, os bolivianos”, destacou Sarah.

É por isso que uma das principais características desse bairro é a sua multiculturalidade. “Esses grupos se instalam no bairro mantendo relações de trabalho e de moradia. E é só caminhar pelo bairro para você ver essa diversidade. Toda essa diversidade da população do Bom Retiro está marcada no território”, disse Sarah.

Os coreanos

A partir da década de 1960, os coreanos começaram a vir ao Brasil. O primeiro grupo de imigrantes a chegar ao território brasileiro de forma oficial veio em 1963, há exatos 60 anos, num tipo de imigração que a professora e socióloga Margareth Rogante denomina como familiar.

“Os [coreanos] mais antigos contavam que vieram com a família. Acho que 90% deles vieram por indicação dos parentes que já estavam aqui e vieram com toda a família”, disse ela, em entrevista à Agência Brasil. “Os coreanos vieram com a família, com a intenção de fixar-se. E eles fixaram-se, cresceram e estão aqui [no Brasil]”, acrescentou a socióloga, que há alguns anos desenvolveu o estudo A Imigração Coreana: o Processo de Fixação e Ascensão Social dos Imigrantes e Descendentes do Bairro do Bom Retiro.

Segundo ela, esses imigrantes chegaram ao país inicialmente com uma proposta de ir para o interior, trabalhar no campo. “Eles compraram terras, em princípio, para produção de alimentos na área rural, mas os projetos não deram certo e eles acabaram voltando para a cidade. A massa dessa imigração veio entre as décadas de 60, 70 e 80. E aí eles começaram a se fixar nos bairros centrais”, contou.

E foi assim que os coreanos começaram a ocupar principalmente o bairro do Bom Retiro. “O Bom Retiro tinha características que foram imprescindíveis para a escolha porque eles [coreanos] já vieram com o ofício da costura, a comunidade já tinha esse conhecimento. Então foi uma área mais fácil de atuar, embora muito dificultosa. Eles se reuniam em associações e em igrejas e tiveram que se dar muito apoio. Uma característica muito importante é que uma parte deles [desses imigrantes coreanos] declarou que veio com pouco dinheiro mas, por meio desses consórcios, as pessoas se reuniam e as lideranças entregavam o consórcio de acordo com a necessidade da família e já indicava: ‘olha, está faltando botão de pressão, você pode entrar nesse ramo?’ Então eles foram se agrupando e se organizando desta forma. Por isso a escolha do Bom Retiro. Todos que vinham já tinham mais ou menos a indicação do bairro”, explicou Margareth.

São Paulo 24/06/2023 - Migração coreana- Feira do Bom Retiro, que reune a comunidade coreana. Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

Feira coreana no Bom Retiro ocorre aos sábados e reúne a comunidade coreana. Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

A médica Hee Jeung Hong, que desenvolveu um estudo chamado Imigração e Envelhecimento em São Paulo: Perfil de um Grupo de Idosos Coreanos, também constatou que a maior parte dos coreanos que chegaram ao Brasil preferiu viver no Bom Retiro “pela facilidade dos relacionamentos, acesso a restaurantes e produtos culinários típicos”.

À época, o Bom Retiro era conhecido principalmente como um bairro judeu. “Os judeus instalaram toda uma cadeia produtiva ligada à indústria e comércio de confecções. A partir dos anos 20 e até metade da década de 40, os judeus estavam mais presentes nesses estabelecimentos que constituem toda a cadeia produtiva do comércio de confecções, desde as oficinas de costura até as gráficas que imprimiam os talões de nota”, explicou Sarah.

Ao chegar ao Brasil, os coreanos passaram a adquirir esse comércio dos judeus. “E aí ele passa a ser chamado de bairro dos coreanos. Mas nem os judeus e nem os coreanos nunca foram a maioria da população do Bom Retiro. Ele é um bairro marcado sempre pela mistura”, ressaltou a arquiteta e urbanista.

Para a socióloga, o que contribuiu para que os coreanos fincassem raízes principalmente nesse bairro é o fato de eles serem um povo cosmopolita. “Acho que a maior característica que o bairro deu para que os coreanos se fixassem por lá é essa heterogeneidade de grupos étnicos. O Bom Retiro tem essa característica e forte inclinação para o comércio de vestuário. Eles já vinham com conhecimento sobre esse ofício. Outra característica é que os coreanos são muito unidos e se propuseram a trabalhar muito. Então a maioria deles conta que trabalhava de 18 a 20 horas por dia e os mais jovens saíam para vender de porta em porta. Esse trabalho possibilitou que a família toda fosse englobada, todos participavam: os pais cortavam [o tecido], a maioria das mães costuravam e os filhos vendiam. Então como eles vieram com o projeto familiar, eles não se dispersaram como os outros, tentando emprego em outros lugares. Eles acabaram se concentrando nesse ramo que deu possibilidade da família toda participar.”

São Paulo 24/06/2023 - Migração coreana- Feira do Bom Retiro, que reune a comunidade coreana. Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

Feira coreana no Bom Retiro ocorre aos sábados e reúne a comunidade coreana. Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

Korea Town

Embora não sejam o maior grupo que vive no bairro hoje, é pelos coreanos que atualmente o Bom Retiro é mais conhecido. Há inclusive projetos sendo planejados que propõem que o bairro se transforme em uma Korea Town. Um desses projetos, por exemplo, já foi aprovado pelo atual prefeito, Ricardo Nunes, e conseguiu mudar o nome da Rua Prates para Prates-Coreia.

O Korea Town é uma proposta do cônsul-geral na cidade, Insang Hwang. A ideia, por exemplo, é instalar luminárias típicas pelo bairro, acrescentar o nome Coreia à Estação Tiradentes do metrô e pintar murais pelo bairro. A ideia não é nova. Em 2017, por exemplo, o então prefeito João Doria chegou a divulgar a proposta da Little Seul, que acabou não indo para a frente.

“Esse é um projeto da Coreia, um projeto global deles, liderado pelo cônsul no Brasil. Eles elaboraram o Korea Town. No Bom Retiro, eles conseguiram fazer com que a Rua Prates virasse Rua Prates-Coreia. E eles têm uma proposta para a Rua Três Rios. Eles também têm uma proposta de mudar o nome da Estação Tiradentes para Estação Tiradentes-Coreia. Mas eu acho que não precisa disso. Primeiro porque não é um bairro de coreanos. E, quando se acrescentam nomes de cidades coreanas, está se omitindo a diversidade que tem no Bom Retiro. A Estação Tiradentes, por exemplo, remete ao nome da avenida, mas também ao presídio Tiradentes [onde diversas pessoas foram presas e torturadas na época da ditadura militar]. Não é assim que se muda o nome das coisas”, criticou Sarah.

Já a socióloga Margareth Rogante considera que o projeto tem como base uma característica cultural que é particular do povo coreano, de cuidado com o local onde se vive.

“Eu acho que as nossas elites têm muito preconceito ao não branco. A comunidade judia teve algumas dificuldades [no bairro], mas eu acho que a coreana enfrentou ainda mais. Poucos lugares, por exemplo, ofereciam comida. Hoje se tem bastante, mas eles enfrentaram todo choque cultural: comida, língua, a questão mesmo de participação na comunidade, o cuidado com o bairro. Você está vendo que eles estão propondo melhorar o bairro. Ele se preocupam muito. A comunidade asiática em geral é assim, quer melhorar a vida de todos”, disse.

“Eles estão com a proposta de pôr algumas lâmpadas que são representativas da comunidade coreana. E há muita resistência em falar que eles querem se apropriar do bairro, de falar que eles querem negar ou invisibilizar as outras imigrações. Eu não acho isso. Acho que eles querem se inserir. Eu acho que ele só querem contribuir. Eles são cosmopolitas e eles têm preocupações com o bairro. Eles fazem ações em peso por ali, em favor do bairro todo e de toda a comunidade”, citou Margareth. “Eles estão inseridos na comunidade e precisam ficar visibilizados não só porque a gente vai ao Bom Retiro e olha para eles, mas também para reconhecer a contribuição dessa imigração para São Paulo e para o Brasil. Do ponto de vista econômico e do ponto de vista cultural, acho que eles fazem todos os esforços para se inserirem e participarem da comunidade e se fazerem sentir pertencentes ao Brasil”, acrescentou.

São Paulo (SP), 18.06.2023 - “Luzes da Coreia – Exposição da Cidade de Jinju”, organizado pelo Centro Cultural Coreano no Brasil, em parceria com a cidade de Jinju. As lanternas são um símbolo tradicional da cultura coreana e remontam à Guerra Imjin. Foto: Elaine Cruz/Agência Brasil

A exposição “Luzes da Coreia”, organizado pelo Centro Cultural Coreano no Brasil, exibe as lanternas que são símbolo tradicional da cultura coreana e remontam à Guerra Imjin. Foto: Elaine Cruz/Agência Brasil

Já a arquiteta e urbanista considera que os coreanos poderiam sim homenagear sua terra natal. Mas em outros espaços como praças ou ruas que não sejam tão significativos para a história do bairro. “Tudo bem quererem homenagear alguém da Coreia. Não há problema nisso. Acho ótimo eles quererem colaborar para a melhoria do bairro. Mas a história das lanternas na Liberdade [bairro paulistano que é frequentemente associado à imigração japonesa] já foi bastante criticada do ponto de vista do patrimônio e da memória da cidade. Acho que essa é uma visão superada”, disse ela.




Fonte: Agência Brasil

“Não sou de lá e nem daqui”, diz coreano que vive há 57 anos no Brasil


“Os imigrantes vivem em um terceiro mundo desse espaço/tempo. Não são de lá de onde vêm, nem são de onde estão”. Foi com essa frase que o escritor e professor Jung Mo Sung (foto), da Universidade Metodista de São Paulo, resumiu sua história de imigração à Agência Brasil. Segundo ele, essa realidade é comum a todas as pessoas que saem de seus lugares de origem para viver em uma nova região. Neste domingo (25), data em que se celebra o Dia do Imigrante, o professor diz que estar nessa condição é viver sempre como um estrangeiro.

Jung Mo Sung deixou a Coreia do Sul em 1966, quando tinha 8 anos de idade. Ele faz parte do segundo grupo de coreanos que chegou oficialmente ao Brasil. O primeiro, formado por 109 pessoas, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, chegou em fevereiro de 1963, há exatos 60 anos. Já ele saiu de Busan, em um navio, e chegou em território brasileiro em 1966, junto com a mãe e seus três irmãos.

Nesse navio havia dezenas de famílias coreanas que tinham como destino o Brasil, a Argentina e o Paraguai. Só aqui no país, segundo ele, desembarcaram 53 famílias. “Eu tinha 8 anos quando eu cheguei aqui, em 1966. Sou do segundo grupo de coreanos que chegaram. O primeiro foi em 63. Tinha um grupo pequeno em 63 e daí, em 66, veio a segunda turma”, explicou.

A viagem durou longos 57 dias, em um navio que também era de carga. “Saímos de Busan, segunda cidade mais importante da Coreia do Sul, e chegamos a Paranaguá. Antes, o navio havia feito a primeira descida no Rio de Janeiro e, depois, em Santos. O navio era misto, de carga e de passageiros”, contou.

Dessa longa jornada, ele se recorda principalmente das brincadeiras com outras crianças e de um horizonte que nunca chegava.

“Isso me marcou muito. Teve uma passagem de 17 dias sem ver terra, que acho que foi das Filipinas até a África do Sul. Essa foi uma experiência muito marcante para mim. A gente via baleias e também peixe-voador”, lembrou.

Do Porto de Paranaguá, no Paraná, esses imigrantes coreanos que chegaram ao Brasil em 1966 seguiram para a cidade de Castro, onde foram alojados em um quartel do Exército. “Nós ficamos na colônia um ano só, porque a colônia era muito ruim, a terra era muito ruim. Enquanto a colônia não ficou pronta, nós ficamos um tempo no quartel de Castro e aí, depois, fui morar em Ponta Grossa para aprender português, na escola. Fui morar com uma família de brasileiros, de tradição italiana. E aí ficamos um ano: meu pai conseguiu emprego na prefeitura de Apucarana, no norte do Paraná, e fomos para lá. E, depois de dois anos, nós viemos para São Paulo. Em São Paulo, meu pai resolveu morar em bairros onde não tivessem coreanos para aprender rapidamente o português. Não tive muito contato com coreanos”, contou.

Já a médica Hee J. Hong, chamada de Beth por aqui, chegou ao Brasil em 1969, com 3 anos de idade. Sua mãe era produtora e apresentadora de um programa infantil na KBS (um canal de televisão da Coreia do Sul) e seu pai era técnico na mesma empresa. Eles deixaram Seul de avião, com a promessa de chegar ao Brasil e “trabalhar junto com uma tia que comercializava perucas na época”.

“Possivelmente, minha família tenha sido uma das primeiras a chegarem ao Brasil via aérea”, contou a médica.

No entanto, a ideia inicial de sua família não funcionou e o pai decidiu abrir uma loja para reparo de equipamentos eletrônicos.

Jung Mo Sung e Hee Hong são dois exemplos dos mais de 50 mil coreanos que se estima viverem atualmente no Brasil. A maioria deles, como o professor e a médica, mora em São Paulo. Segundo dados do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), o Brasil recebe, somente neste ano, 265 imigrantes coreanos. Desse total, 215 se estabeleceram em São Paulo. Em todo o ano passado, o Brasil recebeu 719 imigrantes coreanos, dos quais 555 escolheram o estado de São Paulo como local de destino.

A Coreia

A Coreia que o professor Jung Mo Sung havia deixado para trás era um país na época bastante pobre, vivendo uma crise econômica e uma ditadura militar. “Com a crise econômica, meu pai falou: ‘vamos tentar outra vida’. Ele tinha uma vida de classe média na Coreia, mas havia uma tensão política muito grande lá por causa da ditadura. Então meu pai falou: ‘vamos cair fora daqui’’’. E foi assim que o pai dele, que era engenheiro-arquiteto, veio antes ao Brasil, em um avião, para trabalhar na construção de casas para uma colônia coreana no Paraná. Ele, a mãe e os irmãos vieram depois, de navio.

“A data comemorativa de 60 anos faz menção ao primeiro grupo de migrantes coreanos que chegaram de maneira oficial, ou seja, de uma migração que foi incentivada pelo governo coreano e que passou por negociações bilaterais entre Brasil e Coreia. Então, no ano de 1963 chegaram 103 pessoas [na contagem do Museu da Imigração seriam 103 pessoas, não 109, como diz o ministério] em famílias e indivíduos. Eles partiram da Coreia do Sul no dia 18 de dezembro de 1962 e viajaram por 54 dias”, explicou Thiago Haruo, gestor de Pesquisa do Museu da Imigração, em entrevista à Agência Brasil.

“A década de 60 era o período do pós-guerra para eles, em que estavam lidando com as consequências da guerra da Coreia, que devastou o país. Então você tinha um cenário de um país empobrecido. E isso a gente pode identificar em várias falas de migrantes que gravaram entrevistas aqui com a gente [do Museu da Imigração]. Ao mesmo tempo, o Brasil estava em seu contexto de reabertura da imigração internacional no pós-guerra”, acrescentou Haruo.

Esses migrantes coreanos eram em geral da classe média, ressaltou Haruo. “Normalmente não são nem as pessoas mais pobres que migram porque elas não têm recursos, nem as pessoas mais ricas. Então são as pessoas de classe média que, de alguma forma, conseguem os recursos. No cenário de guerra ali na década de 60, muitas pessoas que tinham um ensino médio, uma escolaridade razoavelmente alta, migraram.”

Os coreanos que chegaram ao Brasil em 1963, contou Haruo, desembarcaram no Porto de Santos e subiram, de ônibus, para a então Hospedaria de Imigrantes, local onde hoje está localizado o Museu da Imigração, na capital paulista, e que era um local de passagem para os estrangeiros que chegavam ao país. “Eles vieram para a Hospedaria para esperar porque eles iriam pra uma cidade chamada Miracatu, a 140 quilômetros da cidade de São Paulo, local onde supostamente eles iriam conseguir comprar uma terra para poder trabalhar. Essa espera virou um drama porque o terreno não era o que tinha sido prometido: as condições do terreno não estavam agricultáveis e, além de tudo, tinha uma ocupação de outras pessoas já trabalhando nesse terreno e esses imigrantes não sabiam. Houve uma fraude. Posteriormente eles decidiram por não prosseguir com a compra dessas terras”, explicou Thiago Haruo.

Com essa “mudança” forçada nos planos, os primeiros coreanos que chegaram de forma oficial ao Brasil decidiram então se dedicar ao comércio. E foi assim que eles se firmaram principalmente no Bom Retiro, no centro de São Paulo, bairro onde há muitas confecções. “Tem uma questão interessante que vem justamente no momento de mudança da migração [no Brasil]. A migração deixa de ser aquilo que era antes, que era um fator econômico para desenvolver as plantações e para desenvolver a economia cafeeira, para virar um problema social. Então esse é um grupo que chega bem nessa transição”, contou o gestor do museu.

São Paulo 24/06/2023 - Migração coreana- Feira do Bom Retiro, que reune a comunidade coreana. Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

Bairro Bom Retiro, na região central de São Paulo, é referência para a comunidade coreana. Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

“Nas décadas de 60 e 70, a própria migração interna é superintensa do campo pra cidade. O Brasil deixa de ser rural. Então esses migrantes coreanos já vêm nesse momento em que os postos de trabalho no campo já não são tão interessantes. Como eles já tinham algumas experiências de trabalho em cidade e uma certa escolaridade, eles decidem não seguir no campo. O comércio, inicialmente, se tornou um foco de atuação. Trabalhos acadêmicos mencionam muito sobre esse trabalho de sair pra vender, principalmente as mulheres, que saiam à noite tocando nas portas, vendendo as roupas que elas conseguiam adquirir em outros lugares e vendiam, repassavam, mesmo com a dificuldade da língua. Isso depois vai se desdobrar para a aproximação desse grupo no campo da confecção de roupas, como eles vêm a ficar muito conhecidos aqui na cidade de São Paulo”, disse Haruo.

Isso não aconteceu somente com esse primeiro grupo de imigrantes coreanos. Esse foi o caso, por exemplo, do pai do professor Jung Mo Sung, que era engenheiro/arquiteto na Coreia e, quando chegou ao Brasil, passou também a trabalhar com confecções.

“Em São Paulo [meus pais] trabalharam no comércio, em confecção. Começaram fazendo costura, depois tentaram vender. Montaram uma fabriquinha e foi. Começamos em uma casa, [no bairro] na Aclimação para fazer costura. Depois fomos para [os bairros] a Mooca e Brás. O custo para pagar uma loja no Brasil é muito alto, então a gente tinha uma fábrica e a gente alugava uma sala”, contou o professor.

Ditaduras e traumas

Fugindo de um regime ditador por lá, os coreanos chegam ao Brasil no período em que o país também vive uma violenta ditadura. Associada a uma dificuldade de se comunicar, pela questão linguística, os coreanos passam a viver no Brasil sob intenso receio e preconceitos. “O primeiro grupo social [de coreanos] migrou em 63 e pegou o período da ditadura [no Brasil]. E esse é um período em que a politica migratória passou a enxergar no migrante um inimigo, um inimigo nacional. Então a população migrante, não só coreana, que também tem essa questão da dificuldade da língua, tem também uma dificuldade enorme de se regularizar. E isso tem consequências para os seus negócios. Até hoje, as pessoas mais antigas da comunidade têm um pouco de receio de abrir suas portas e de explicar como são os seus negócios”, contou Haruo.

Dificuldades provocadas pela língua, ausência de políticas públicas voltadas para o acolhimento e o sentimento de não pertencimento ou de crise de identidade. Ser migrante é também enfrentar dificuldades e aprender a lidar com traumas, provocados principalmente pelas diferenças culturais.

“Acho que para um imigrante, principalmente oriental, tudo é mais complicado. E, apesar dos imigrantes japoneses já estarem no Brasil nessa época, os brasileiros ainda estranhavam a presença de pessoas com essas características físicas, com os olhos diferentes, puxados. Minha mãe conta histórias de pessoas que devolveram o tofu por estar com uma consistência e sabor diferente do queijo”, recordou a médica.

“Vamos tocando a vida, mas vamos descobrindo que [a migração] marca muito. É tudo diferente, a forma como se come, a forma como se senta à mesa. Para se comer no Brasil, você enche a boca, espera, termina de mastigar e depois coloca outro pedaço. Na cultura coreana, você coloca arroz, depois você começa a colocar várias misturas e junta na boca e mastiga. O coreano, quando já tem a boca cheia de comida, vai colocando mais comida. Então, até a noção do que é ser educado é uma confusão. Lá eu era visto como uma pessoa educada, que come bem, direitinho. Mas aqui, no Brasil, estava totalmente errado. Então se cria uma crise de identidade, vamos dizer assim”, disse Jung Mo Sung.

Já adulto, Jung Mo Sung retornou para a Coreia algumas vezes. Mas lá também não conseguiu se sentir em casa. “Quando eu voltei para a Coreia, pela primeira vez, para participar de um congresso, chegando lá eu falei: ‘aqui é meu lugar’. Três dias depois, eu queria voltar para casa porque a cultura lá é completamente diferente. Mas, quando volto para cá, aqui também não é a minha casa porque sou estrangeiro aqui. Tive um AVC [acidente vascular cerebral] há cinco anos e perdi só a fala. Perdi o coreano, estou aprendendo de novo o inglês, estou aprendendo de novo. Mas uma das coisas que percebi é que eu voltei a ter hábito coreano. Por exemplo, na universidade, a pessoa vinha para me cumprimentar e eu abaixava a cabeça, o que é o automático na Coreia, e não dava a mão. Eu dizia para as pessoas que estava recuperando a minha identidade de coreano”, contou.

Para ele, a história do migrante está sempre associada à adaptação, a dificuldades e sofrimento. “E há duas formas de se lidar com esse sofrimento: resolver, e isso leva tempo, já que é [preciso] abrir de volta as feridas para poder limpar; ou então você fecha e faz de conta que não tem. Mas como isso está lá, isso volta como uma forma de neurose, repressão, etc.”, destacou. “Precisamos entender o processo do mundo em relação à imigração, à globalização cultural e de convívio com gentes estranhas”, acrescentou.




Fonte: Agência Brasil

Caminhoneiro é preso com quase 6 mil quilos de maconha escondidos em compartimento de carga




Veículo, com placas de Cambé (PR), seguia pela Rodovia Jorge Bassil Dower (SP-421) quando foi abordado na altura do km 104, na noite deste sábado (24), em Iepê (SP). Apreensão ocorreu na Rodovia Jorge Bassil Dower (SP-421) , em Iepê (SP), na noite deste sábado (24)
Polícia Militar Rodoviária
Um caminhoneiro foi preso em flagrante por tráfico de drogas na noite deste sábado (24), na Rodovia Jorge Bassil Dower (SP-421), em Iepê (SP).
Durante uma operação conjunta entre a Polícia Militar Rodoviária e a Polícia Federal, o motorista, que dirigia um caminhão-trator com dois semirreboques, foi abordado na altura do km 104.
Ao longo da fiscalização e da entrevista, o condutor apresentou certo nervosismo, o que motivou uma busca minuciosa pelo veículo, segundo a polícia.
Em um dos compartimentos de carga, foram localizados 5.857 quilos de maconha, distribuídos em 199 fardos. O entorpecente foi apreendido.
Os agentes também confiscaram dois celulares, R$ 1 mil em dinheiro e o caminhão, com placas de Cambé (PR).
A ocorrência foi apresentada na Delegacia de Polícia Federal, em Presidente Prudente (SP), e o motorista foi indiciado por tráfico de drogas.

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Fonte: G1

Hoje é Dia: Orgulho LGBTQIA+, Allende e Dia de São Pedro são destaques


A semana entre os dias 26 de junho e 1º de julho de 2023 se notabiliza por celebrações voltadas à conscientização de causas. Em 28 de junho, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. A data marca o “Incidente de Stonewall” de 28 de junho de 1969, quando frequentadores do bar Stonewall Inn em Greenwich Village, Nova York, reagiram pela primeira vez contra as constantes ações de truculência policial. 

Em 2021, o Viva Maria, da Rádio Nacional da Amazônia, fez um programa especial sobre a data e debateu a importância da lembrança de pautas pró-movimento LGBTQIA+:  

O 26 de junho é o Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas. A data foi instituída pela Assembleia Geral da ONU de 7 de dezembro de 1987. No Brasil, essa data foi oficializada por um decreto em 28 de maio de 1999, que estabeleceu a “Semana Nacional Antidrogas” para os brasileiros. A Agência Brasil já noticiou a realização de alguns eventos relacionados à Semana Nacional de Políticas sobre Drogas (como em 2002 e 2020). O 26 de junho também é o Dia Internacional das Nações Unidas em apoio às Vítimas de Tortura. A data foi instituída pela ONU em resolução de dezembro de 1997, para relembrar o 26 de junho de 1987, quando entrou em vigor nos países-membros signatários, a “Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes”. Em 2017, o História Hoje falou sobre a efeméride:

No dia 29 de junho, é comemorado o Dia de São Pedro. A data, que fecha as festividades juninas, já foi tema de conteúdos do Portal EBC e também do História Hoje:  
 

Nascimentos e mortes

A semana também tem datas que celebram a biografia de figuras famosas. No dia 26 de junho, o nascimento do ex-presidente chileno Salvador Allende completa 115 anos. Em 1973, Allende foi deposto por um golpe de Estado liderado por Augusto Pinochet, chefe das Forças Armadas. Em 2013, o Portal EBC contou a sua trajetória.

No dia seguinte, o nascimento do escritor, diplomata e médico mineiro João Guimarães Rosa também completa 115 anos. Figura das mais importantes da literatura brasileira, ele foi destaque no Momento Literário (quadro do programa Antena MEC) em 2019:

No dia 30 de junho, a morte do comunicador de rádio e televisão pernambucano José Abelardo Barbosa de Medeiros, conhecido como Chacrinha, completa 35 anos. Nesse mesmo dia, também é lembrado o falecimento do padre católico, cientista e inventor gaúcho Roberto Landell de Moura.

Landell de Moura, que faleceu há 95 anos, foi lembrado como o “padre que inventou o rádio no Brasil” em matéria sobre os 100 anos de rádio no Brasil publicada na Agência Brasil em 2022.

EBC e Copa do Mundo

A semana tem ainda duas datas relacionadas à Empresa Brasil de Comunicação. Em 29 de junho, o programa Garimpo na Rádio Nacional AM do Rio de Janeiro celebra 13 anos.

No dia 1º de julho, o programa Sem Censura completa 38 anos. Foi em 1º de julho de 1985 que o programa entrava no ar na extinta TVE do Rio de Janeiro. Em 2020, o Sem Censura fez um programa especial relembrando a estreia:

Por fim, a semana marca a lembrança o primeiro título mundial do Brasil. No dia 29 de junho de 1958, o Brasil goleava a Suécia por 5 a 2 e conquistava a Copa do Mundo daquele ano. Em 2012, o Portal EBC publicou, na íntegra, os áudios daquela decisão (transmitida pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro).  

Confira a lista semanal do Hoje é Dia com datas, fatos históricos e feriados:




Fonte: Agência Brasil

Mulher leva socos, chutes e tem rosto esfregado no chão por namorado, em Tupi Paulista


De acordo com a Polícia Militar, a vítima apresentava lesões no rosto, perna e braços e, segundo ela, na noite de sexta-feira (23), após um desentendimento com o suspeito, teria sido agredida com socos e chutes, caindo no chão, onde ele esfregou o rosto da mulher, causando lesões.




Fonte: G1

Corpo de mulher é encontrado por pescador no Rio Paraná, em Presidente Epitácio



De acordo com a Polícia Militar, a suspeita é de morte por afogamento. O corpo de uma mulher foi localizado na tarde deste sábado (24), às margens do Rio Paraná, no distrito de Campinal, em Presidente Epitácio (SP).
De acordo com informações da Polícia Militar, um pescador encontrou o corpo da vítima boiando perto da Avenida Pôr do Sol, próximo a alguns ranchos, e ele mesmo avisou o policiamento.
Ainda segundo os policiais, a suspeita é de que a morte tenha sido por afogamento.
A ocorrência foi registrada às 16h43 e ainda está em atendimento.
O Corpo de Bombeiros disse que não foi chamado para o atendimento da ocorrência. A perícia foi acionada e as causas da morte serão apuradas.

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Fonte: G1

Amor canino: Drive-thru ‘Mania de Cão’ reúne tutores e pets no Parque do Povo, em Presidente Prudente




Evento faz parte de uma ação três em um da TV Fronteira, com atividades na TV, internet e presencialmente. Drive-thru “Mania de Cão” mobiliza amantes de pets em Presidente Prudente (SP) neste sábado (24)
Leonardo Jacomini/g1
Os amantes de pets tiveram neste sábado (24) uma tarde diferente em Presidente Prudente (SP). O drive-thru “Mania de Cão”, da TV Fronteira, foi realizado no Parque do Povo e reuniu donos de cãezinhos que se inscreveram no site, participaram do evento e fizeram a retirada de vários brindes.
A ação foi realizada em frente à emissora, depois da exibição do programa Mania de Cão, a partir das 15h e seguiu até as 17h.
A gerente de Marketing da Tv Fronteira, Marcela Marino, lembra que o evento é um grande plano de logística na emissora, já que o trabalho começa bem antes do drive-thru e precisa de sincronia entre as produções, que começam na TV, passam pelo online e terminam no presencial.
“Esse é um evento que reúne três coisas diferentes, o drive é só a ponta do evento. O programa já passou, agora vem o drive e no final a gente ainda entrega os prêmios do concurso. Nós estamos acostumados a fazer esse evento, a gente tem um parceiro maravilhoso, que está sempre conosco, o pessoal da Semob também nos ajuda e a expectativa é que venham as 300 pessoas cadastradas”, pontua Marcela.
Drive-thru “Mania de Cão” mobiliza amantes de pets em Presidente Prudente (SP) neste sábado (24)
Leonardo Jacomini/g1
No drive-thru, os inscritos no site do Mania de Cão fizeram a retirada de brindes para os animais, como fantasia, copo dosador de ração, bandana e chaveiro.
Para Regiane Viana Giroto, diz que ficou feliz em participar do drive e trazer a cachorrinha Melody. “Ela está fazendo 90 dias hoje, então as meninas sempre tinham o sonho de trazer o animalzinho para passear e nós já temos o Hulk e o Piti, que tem quatro anos. E aqui [no carro] temos a vó, a tia, as primas, a mãe, uma família”, destacou ao g1.
“Para mim é uma felicidade, né? E para eles também. Eu tenho seis, mas não dá para trazer todos, então pelo menos um para representar os outros a gente traz, é uma graça.” declara Franciele Flores de Lima Pena, que participou do evento.
Drive-thru “Mania de Cão” mobiliza amantes de pets em Presidente Prudente (SP) neste sábado (24)
Leonardo Jacomini/g1
Premiação
Durante os dias 19 de maio e 11 de junho, os internautas puderam participar de uma votação online, em três categorias do Mania de Cão:
Fantasia de Super-Herói/Personagem;
Fantasia Fashion/Estilosa; e
Fantasia Criativa/Divertida.
Foram mais 200 cachorros e 30 cães foram selecionados para a etapa de votação, que ocorreu de 12 a 19 de junho.
Foram mais de 143 mil votos computados, 49% a mais do que no ano passado.
A premiação foi entregue para os vencedores após o término do Drive-thru Mania de Cão, no Parque do Povo.
Bob levou o primeiro lugar na categoria Super-herói/Personagem do Mania de Cão
Leonardo Jacomini/g1
Na categoria Fantasia de Super-Herói/Personagem, o vencedor foi o Bob, de quatro anos, com a fantasia baseada no anime Naruto. Ele também levou o primeiro lugar no ano passado.
“Foi emocionante ganhar o prêmio, pela segunda vez. A família toda participou, votou, comemorou junto, foi muito animado. E ano que vem vou participar de novo, com outra fantasia”, conta a tutora Tamires de Oliveira Onório.
A gerente comercial da emissora, Camila Santos, diz que o evento foi um sucesso e que a participação das pessoas inscritas também foi positiva.
“A TV Fronteira tem uma grande expectativa desse evento, que é um evento tradicional, que a gente reúne família, e agora com o programa também, então a gente sempre tem uma boa expectativa e como sempre as pessoas aderem ao evento, participam, trazem seus animais, passam pelo drive e isso para a gente é uma grande satisfação, a gente fica feliz com isso e fica perto da população também”, ressaltou Camila.
Confira os ganhadores de cada categoria.
Criativa/Divertida
1º George, de Rancharia (SP), com a fantasia de príncipe.
George levou o primeiro lugar na categoria Criativa/Divertida do Mania de Cão
Pablo Henrique/TV Fronteira
Fashion/Estilosa
1º Luize, de Presidente Prudente, com a fantasia de sapinha.
Luize levou o primeiro lugar na categoria Fashion/Estilosa do Mania de Cão
Pablo Henrique/TV Fronteira
Super-herói/Personagem
1º Bob, de Álvares Machado (SP), com a fantasia do Naruto.
Bob levou o primeiro lugar na categoria Super-herói/Personagem do Mania de Cão
Pablo Henrique/TV Fronteira

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Fonte: G1

Ações ambientais ajudam na recuperação de 254 hectares de florestas


A Petrobras contribuiu para a recuperação ou conservação direta de 254 mil hectares de florestas localizadas nos biomas da Mata Atlântica, Amazônia, Caatinga e Cerrado, graças aos projetos sociais apoiados pela empresa. A área restaurada equivale a mais de duas vezes o município do Rio de Janeiro.

Este é um dos resultados apresentados no Relatório de Sustentabilidade 2022 da companhia, com informações, indicadores e compromissos relacionados às questões ambientais, sociais e de governança, em relação à descarbonização das operações, além da redução de emissões de gases do efeito estufa em 39%.

O gerente-executivo de Responsabilidade Social, José Maria Rangel disse que “esse trabalho de conservação e restauração nos biomas brasileiros reflete nosso compromisso com a garantia de um futuro sustentável para as próximas gerações e com a redução de emissões de gases de efeito estufa. Os projetos que apoiamos contribuíram para evitar as emissões de 2,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente, que previnem o desmatamento”, explicou.

Redução de gases

Entre 2015 e 2022, a Petrobras conseguiu reduzir em 39% suas emissões absolutas operacionais de gases de efeito estufa (GEE), com aumento da eficiência em emissões em todos os segmentos onde atua. Esta redução, alinhada com a ambição de zerar emissões absolutas operacionais até 2050, reforça o compromisso da empresa em expandir sua atuação em negócios de baixo carbono.

A companhia abriu em 2023 a maior seleção pública para projetos socioambientais, com previsão de investir R$ 432 milhões em projetos sociais e ambientais, a maioria nas regiões Norte e Nordeste, além de apoiar iniciativas para preservação da fauna, com 236 espécies da fauna monitoradas, estudadas ou protegidas, das quais 58 ameaçadas de extinção, incluindo a onça-parda, anta, tatu-bola, muriqui-do-sul, além de espécies de corais, aves e tartarugas.

Também desenvolve ações de educação ambiental junto às comunidades que convivem com os ecossistemas marinhos, como pescadores, turistas e moradores de regiões costeiras. Dois projetos se destacam: a Rede Biomar, formada por projetos de conservação da biodiversidade marinha, e a Redágua, com foco em ações ambientais no entorno da Baía de Guanabara.




Fonte: Agência Brasil