Hoje é Dia: Museu Nacional faz 205 anos ainda em reconstrução


Mais antigo museu do país, instalado em um palácio construído com dinheiro da escravidão, o Museu Nacional já foi a residência do imperador, e abrigou o maior acervo da América Latina, com 20 milhões de peças.

Em 2018, o prédio foi quase inteiramente destruído em um incêndio, que mostrou ao Brasil como o patrimônio histórico nacional precisa ser protegido, financiado e valorizado. O Museu Nacional completa 205 anos nesta terça-feira (6).

Ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi fundado por D. João VI em 1818. O acervo de 20 milhões de itens abrigava de esqueletos de animais pré-históricos a múmias do Egito Antigo, passando por coleções de rochas, plantas, livros raros e utensílios de diversas sociedades.

Os eventos relacionados à instituição sempre foram acompanhados pelos veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Dois programas da TV Brasil transportam os telespectadores a conhecer um acervo que já não existe mais do jeito que foi retratado, desde o dia 2 de setembro de 2018, quando o fogo destruiu a maioria de seu acervo.

Um deles é do programa Expedições:

O outro, é um episódio da série Conhecendo Museus, que levou à TV mais de 50 instituições brasileiras dos mais variados tamanhos e temas:

No ano do incêndio o clima era de festa: o Museu Nacional comemorava 200 anos de existência. A instituição foi homenageada pela Imperatriz Leopoldinense – e a Rádio Nacional conversou com o carnavalesco Cahê Rodrigues:

E no mês anterior à tragédia, a Agência Brasil divulgava a reabertura de uma sala. Até que, no dia 2 de setembro, o incêndio atinge o Museu.

Das ruínas à recuperação

A cobertura dos veículos da EBC foi intensa em todas as etapas que se sucederam ao fogo. Representantes de entidades científicas foram ouvidos para analisar o caso. A vice-diretora do Museu Nacional de então, Cristiana Serejo, detalhou, ao programa Arte Clube, como o sistema contra incêndio da instituição era precário:

O radiojornalismo ampliou a discussão para o estado frágil de outros museus do país. E o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, fez uma retrospectiva do incêndio e mergulhou na história da instituição e de seu acervo:

A equipe do Museu Nacional trabalhou para desenterrar o que antes já tinham descoberto em suas regiões de origem. A escavação, agora, era nos escombros da instituição. E o trabalho deu resultado. A EBC acompanhou a recuperação de parte do acervo. O programa Natureza Viva, da Rádio Nacional da Amazônia, comemorou o resgate do crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigos das Américas:

O trabalho de recuperação rendeu um livro lançado em 2021. E quatro anos depois do incêndio, em uma fase de reinvenção, a equipe, acostumada a escavar em busca da história, enterrou fragmentos da memória do nosso tempo para futuros estudiosos.

Neste ano a EBC segue acompanhando o processo de recuperação do Museu Nacional. Apesar de peças restauradas já estarem em exposição e a fachada, por exemplo, já ter sido entregue, a previsão para reabertura do espaço é para 2026. Ainda é preciso captar R$ 400 milhões para finalizar o trabalho, como mostra a TV Brasil:

Datas ambientais

Nesta semana, também, celebram-se duas datas instituídas para promover discussões e mobilizar países para temas como preservação de ecossistemas e mudanças climáticas.

No dia 5 de junho de 1972 a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente. A entidade sempre promove temas que gerem debate na data. O Viva Maria já ouviu uma representante da ONU para falar de biodiversidade:

Em 8 de junho é a vez do Dia Mundial dos Oceanos, comemoração estabelecida em 1992 durante a Eco-92, ou Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro. O História Hoje, distribuído pela Radioagência Nacional, conta essa história:

O programa Viva Maria também destacou a data em várias oportunidades, como aqui e aqui.

E a TV Brasil, no programa Ciência é Tudo, mergulha na ciência dos oceanos para que os telespectadores aprendam mais sobre a riqueza dos mares:

Nesta semana há ainda o Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão, celebrado neste domingo (4), e o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, na próxima quarta-feira (7).

Símbolo do Cangaço

Há 125 anos, no dia 4 de junho, o registro de batismo indica que nascia o mais famosos dos cangaceiros: o pernambucano Virgulino Ferreira da Silva, ou Lampião.

O programa Na Trilha da História, da Rádio Nacional, tem dois episódios em que aborda o universo do Cangaço e Lampião. Em um deles, o jornalista e escritor Wagner Barreira, autor de Lampião e Maria Bonita – Uma história de amor e balas, conta como Virgulino entrou para o imaginário brasileiro como herói:

Na outra edição, o foco da entrevista com Adriana Negreiros é a companheira de Lampião, Maria Bonita, e a história das mulheres do Cangaço, dos cangaceiros com os quais se relacionavam e, claro, do ilustre pernambucano que faz aniversário neste dia 4:

A TV Brasil já registrou, também, memórias da filha dos dois, Expedita, e como ela foi entregue para que outra família a criasse.

Outros nascimentos e mortes

Nesta semana nasceram, ainda, o poeta e dramaturgo espanhol Federico García Lorca ( há 125 anos); o general José Doroteo Arango, o Pancho Villa (há 145 anos), um comandante da Revolução Mexicana; e o economista britânico John Maynard Keynes (há 140 anos) – todos no dia 5 de junho.

Já sobre mortes de pessoas ilustres nesta semana, temos Robert Kennedy, senador assassinado nos Estados Unidos no dia 6 de junho; e o imperador Nero, acusado de incendiar Roma.

Corpus Christi

Uma celebração religiosa que em 2023 cai nesta semana, no dia 8 de junho, é Corpus Christi. A data também representa descanso para muita gente, já que o dia é considerado ponto facultativo.

Confira a lista semanal* do Hoje é Dia com datas, fatos históricos e feriados:

4 a 10 de Junho de 2023

4

Nascimento do compositor fluminense Arlindo Marques Junior (55 anos)

Nascimento do empresário paulista Antônio Ermírio de Moraes (95 anos) – presidente do grupo Votorantim

Morte do escritor e aventureiro veneziano Giacomo Casanova (225 anos)

Nascimento do líder cangaceiro pernambucano Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião (125 anos)

Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão – comemoração instituída pela ONU na sua Resolução E-08/07 de 19 de agosto de 1982, que conta com o apoio da UNICEF

5

Nascimento do poeta e dramaturgo espanhol Federico García Lorca (125 anos)

Nascimento do economista britânico John Maynard Keynes (140 anos) – suas ideias mudaram fundamentalmente a teoria e prática da macroeconomia, bem como as políticas econômicas instituídas pelos governos

Nascimento do general mexicano José Doroteo Arango, o Pancho Villa (145 anos) – foi um dos mais conhecidos generais e comandantes da Revolução Mexicana

Nascimento do cantor, compositor e ator mineiro Ivo José Curi, o Ivon Curi (95 anos)

Dia Mundial do Meio Ambiente – comemoração internacional, que foi instituída pela 27ª sessão da Assembleia Geral da ONU na Resolução Nº 2994 de 15 de dezembro de 1972

6

Morte do político estadunidense Robert Francis Kennedy, o Bobby Kennedy (55 anos) – o senador foi assassinado em um hotel em Los Angeles

Fundação do Museu Nacional (205 anos) – mais antiga instituição científica do Brasil e o maior museu de história natural e antropológica da América Latina; foi criado por Dom João VI e, inicialmente, foi sediado no Campo de Sant’Anna com o nome de Museu Real; foi incorporado à Universidade do Brasil em 1946 e integra atualmente a estrutura acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro

7

Nascimento do cantor estadunidense Prince Rogers Nelson, o Prince (65 anos)

Dia Nacional da Liberdade de Imprensa

8

Dia Mundial dos Oceanos – comemoração estabelecida em 1992 durante a “Eco92” ou “Cimeira da Terra” ou “Conferência do Rio” sobre Meio Ambiente, com o fim de enfatizar a importância de todos os produtos fornecidos pelo Oceano Atlântico, Oceano Pacífico, Oceano Antártico, Oceano Índico e Oceano Ártico

9

Morte do imperador romano Nero Cláudio César Augusto Germânico, o Nero (1955 anos)

Dia Nacional de Anchieta – comemorado por brasileiros, conforme decreto Nº 55.588 de 18 de janeiro de 1965 e Lei Nº 5.196 de 24 de dezembro de 1966, que deverá ser celebrado nas escolas primárias e médias do Brasil com palestras alusivas à vida e à obra de Anchieta

Dia Internacional dos Arquivos – comemorado para marcar a data da criação do Conselho Internacional dos Arquivos, que foi instituído pela UNESCO em 9 de junho de 1948, quando se aproveita a data da celebração para se promover o valor das instituições de arquivos no serviço da pesquisa, da cultura, da memória, e da transparência

10

Ocorre o lançamento à Marte do robô geológico Spirit (20 anos)

Inicia-se a Copa do Mundo FIFA, na França (25 anos)

Dia Mundial dos Alcoólicos Anônimos – comemorado para marcar aquela que é tradicionalmente tida como a data da fundação do grupo de Auto-ajuda de homens e mulheres que partilham entre si sua dependência das bebidas alcoólicas, ocorrida na cidade estadunidense de Akron OH-EUA em 10 de junho de 1935

*As datas são selecionadas pela equipe de pesquisadores do Projeto Efemérides, da Gerência de Acervo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que traz temas relacionados à cultura, história, ciência e personalidades, sempre ressaltando marcos nacionais e regionais. A Gerência de Acervo também atende aos pedidos de pesquisa do público externo. Basta enviar um e-mail para [email protected].




Fonte: Agência Brasil

Motorista fica ferida após capotamento de carro em estrada de acesso à Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros



Acidente de trânsito foi registrado na tarde deste sábado (3), em Mariápolis (SP). Uma mulher ficou ferida em decorrência de um acidente de trânsito, na tarde deste sábado (3), no km 16 da Estrada Vicinal SPA-592/294, uma via de acesso à Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Mariápolis (SP).
Ela era a condutora de um carro, com placas de Flórida Paulista (SP), que capotou no local.
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, a vítima teve somente ferimentos leves.
As causas do acidente ainda serão apuradas.

Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.




Fonte: G1

Militante LGBTQIA+ Brenda Lee é tema de musical em São Paulo


Vencedor do Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como Melhor Espetáculo de 2022, o musical Brenda Lee e o Palácio das Princesas encerra a temporada com casa cheia neste fim de semana no Sesc Bom Retiro, no centro de São Paulo. Com ingressos esgotados para as apresentações deste sábado (3) e domingo (4), a peça narra a trajetória da militante Brenda Lee, conhecida pelo seu pioneirismo na defesa de pessoas que viviam com o HIV/Aids, em uma época na qual o estigma era ainda maior.

O musical recebeu o Prêmio APCA de Melhor Espetáculo de 2022. Também teve reconhecimento pelo Prêmio Bibi Ferreira de Peça Revelação em Musicais, Melhor Atriz Coadjuvante para Marina Mathey e Melhor Roteirista para Fernanda Maia, responsável pelas letras e pela dramaturgia.

Sāo Paulo (SP) - O musical Brenda Lee e o Palácio das Princesas traz um pouco da história de Brenda Lee, chamada de o “anjo da guarda das travestis”, ativista que fundou a primeira casa de apoio para pessoas com HIV/Aids, do Brasil. Foto:

Musical Brenda Lee e o Palácio das Princesas, por Divulgação

Luta e acolhimento

Nos anos 1980, surgia a epidemia de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids) e, com ela, ganhava notoriedade na capital paulista a travesti Brenda Lee, por oferecer a outras travestis, mulheres transexuais e gays de baixa renda o acolhimento que quase ninguém ousava dispor, uma vez que o estigma social quanto à infecção ficou fortemente reservado à comunidade LGBTQIA+. Como se sabe, famosos como os cantores Cazuza e Renato Russo sofreram discriminação por serem soropositivos. A história de Brenda Lee faz pensar também, além do efeito de segregação, até que ponto a desinformação em torno do tema induziu muitas pessoas a imaginar que somente a população LGBTQIA+ contrairia o vírus, levando a parcela heterossexual a se descuidar, como acontece ainda hoje.

Brenda Lee tinha como nome de batismo Cícero Caetano Leonardo, nasceu em Bodocó, Pernambuco, em 1948, e adotava como nome de dona de pensão “Caetana”. Em uma fase em que a ignorância e a marginalização prevaleciam, ela fundou a primeira casa de apoio a pessoas que vivem com HIV/Aids do Brasil. Apelidada de “anjo de guarda das travestis”, Brenda as recebia em seu sobrado, no bairro Bela Vista, com “carinho, cuidado e muita mão de obra”, como ela mesma define no documentário Dores de amor, em que assume também que nem tudo era um mar de rosas e que havia instantes de conflito, como em toda relação humana.

As travestis, sobretudo, tinham dificuldade para alugar um imóvel ou quarto. Por isso, muitas vezes o jeito era recorrer às cafetinas, outras mulheres que viviam à margem da sociedade e sublocavam seus imóveis a elas. Assim, além da pensão, havia a possibilidade de receber cuidados no lugar, na condição de pessoa que vive com HIV/Aids. “Pelo que consta dos depoimentos, e há muita controvérsia neles, muitas pessoas dizem que ela não explorava as pessoas, ela era uma cafetina também fora da curva, porque não arrancava dinheiro das suas filhas”, diz Fernanda Maia, roteirista e diretora do musical.

Uma vez na casa de Brenda Lee, por exemplo, as travestis passavam a se denominar de “filha de Brenda”, como em outros locais parecidos, de acordo com a região da cidade. “Justamente porque são pessoas que saíram da família muito cedo e precisaram estabelecer vínculos e laços familiares outros, que não fossem da sua família de sangue”, observa a diretora. “Ela era uma pessoa muito aguerrida e consta que andava armada – era o jeito que se dava, não adianta, era noite, uma situação muito violenta. Andava armada e consta que ninguém mexia com as filhas da Caetana. Muitas queriam ser filhas da Caetana, porque sabiam que estariam bem protegidas.”

No mesmo documentário, Brenda classifica a condição de travesti como “pesada”. Pela obra fílmica, percebe-se como as identidades de gênero transexual e travesti e as orientações sexuais foram se consolidando gradualmente, pois em sua fala misturavam-se. Do mesmo modo, em cada uma de suas palavras nota-se a carga de medo da perseguição que historicamente se praticou contra esse grupo minorizado. Ali também se vê, de modo evidente, tanto a coragem e o carisma de Brenda Lee como sua maneira despretensiosa.

Ela narra que, quando era adolescente, só tinha duas opções drásticas se a família descobrisse sua homossexualidade. “Naquela época, eu era uma pessoa muito frágil, a mente não estava com a personalidade formada ainda, então eu tinha dificuldade de encarar a família. Se, por acaso, algum dia, meu pai, minha mãe ou algum dos meus irmãos descobrisse que eu era homossexual, eu já tinha até por escrito que eu me suicidaria, de tanta vergonha que eu tinha. Quer dizer, eu não ia assumir mesmo. Com essas dificuldades e como é uma coisa que mexe com o sangue da gente, e a gente sempre tem que fazer aquilo que a gente tem vontade, eu percebi que, aos poucos, alguém ia descobrir e provar que eu era homossexual. Então, o que eu fiz? Eu tive que fugir fora da família, depois me tornei uma travesti e foi aí que eu encarei a realidade. Hoje em dia, estou aqui para encarar qualquer tipo de vida”, diz Brenda Lee no documentário, finalizando o trecho da entrevista com um sorriso.

Apagamento

A parceria entre Fernanda Maia e o compositor das canções do musical, o pianista Rafa Miranda, começou em 2016. Naquele período, ambos tiveram contato com pessoas da Federação Espírita que atuaram na casa de apoio de Brenda Lee, como voluntários. “Ela começou a me contar fatos incríveis, interessantes, como a Brenda dava a cama dela para pessoas que chegavam e ia dormir no sofá. Ou como a Brenda lavava a roupa das pessoas que estavam ali, fazia comida para as pessoas, ajudava a dar banho. E como ela, sendo uma travesti na década de 80, quando as travestis sequer saíam às ruas durante o dia, foi enfrentando o poder público. Fez uma parceria com a Secretaria de Saúde e foi tendo conquistas muito importantes para essa população. Essa senhora foi me falando, esse país não fez justiça à Brenda Lee, ela precisa de um musical sobre ela e quem tem que escrever é você”, conta Fernanda, sobre uma senhora que fez voluntariado no local.

Brenda Lee, a mulher trans que resistia e não se sujeitava, passou a encantar Fernanda, que resolveu aprofundar a pesquisa sobre a militante e acabou se defrontando com a falta de informações sobre ela. “Fiquei fascinada pelas histórias e também fiquei muito surpresa. Quer dizer, não digo surpresa. Eu constatei que não se tinha muitos registros sobre ela e o trabalho dela, justamente porque ela era uma travesti, fazendo parte de uma população marginalizada. Então, não havia muitos registros formais sobre o trabalho dela. Comecei a estudar e a colher depoimentos de pessoas que a conheceram e, a partir daí, comecei a ficar cada vez mais interessada no assunto e decidi escrever o musical”, comenta.

Para Fernanda, a homofobia e, mais tarde, a transfobia, são elementos claros na vida de Brenda Lee e se manifestam de diversas formas, como nos obstáculos que ela enfrentou para ascender profissionalmente. “Ela era uma pessoa muito dedicada ao trabalho, mas nunca conseguia crescer, justamente por ser vítima da homofobia. Então, ela resolve que nunca mais vai trabalhar para ninguém. Ela diz ‘nunca vi nenhuma travesti morrer de fome’. Resolve concluir sua transição e vai se prostituir, o que, na época, era uma das únicas opções para uma travesti. Elas não tinham acesso à educação, ao mercado de trabalho, a cuidados, a nada quase. Como, ainda hoje, é muito difícil. Mas, naquela época, era muito pior. Ela tinha um temperamento muito forte. E começou a defender suas amigas, principalmente da ação da polícia, que, naquela época, perseguia, torturava e até matava as travestis. Ela foi estudando, conseguiu estudar de uma maneira muito inconstante, porque só conseguia estudar enquanto estava trabalhando”, relata, acrescentando que Brenda Lee se prostituiu também na França, de onde foi deportada.

“Ela conseguiu ter um patrimônio, ela tinha uma inteligência financeira, eu imagino. Ela vem com certo dinheiro e vai comprando algumas coisas para ela. Ela comprou um posto de gasolina, montou um salão de cabeleireiro. Alguns apartamentos. Ela tinha carro. Ela conseguiu ter um patrimônio. Isso também era muito raro, a não ser as [travestis] que iam para a Europa”, pontua Fernanda.

Segundo a dramaturga, Brenda Lee teria vendido o posto de combustível para ajudar a manter a casa de apoio e concluiu o primeiro ano da graduação de Direito. “Isso faz com que ela vá às delegacias brigando com os delegados, para soltar as amigas”, acrescenta a dramaturga.

Operação Tarântula

No final da década de 1980, à medida que aumentava a circulação do HIV pelo Brasil e pelo mundo, nas ruas de São Paulo o efetivo da Polícia Civil criminalizava a própria existência das travestis. Segundo Fernanda, o que a Operação Tarântula fazia era colocar um alvo no corpo das travestis da capital, promovendo uma verdadeira caça a elas, concedendo licença aos agentes policiais para conduzir um processo de “higienização” da cidade, expulsando quem fosse considerado um “mau elemento”.

“Nada mais é do que a polícia perseguindo, atirando, metralhando e matando as travestis. Porém, com uma diferença: acompanhada de jornalistas, que retratavam, registravam e depois publicavam nos jornais. E a polícia fazia uma propaganda de que estaria limpando as ruas de São Paulo”, afirma Fernanda. “Com o endosso da imprensa, do poder público e da sociedade”, acrescenta a diretora.

De acordo com depoimento de Brenda Lee, revisitado por Fernanda, travestis da casa dela foram atingidas pelos disparos da polícia. Uma delas morreu, uma segunda ficou com danos de saúde irreversíveis e outras ficaram feridas. “Ela vai denunciar. Óbvio que ela sabe que não vai ter o respaldo da sociedade, que ela não vai ter a aprovação da opinião pública, mas, mesmo assim, ela não se abate, ela vai e denuncia. Um dos repórteres chega e pergunta: ‘você vai enterrar? O que vai fazer com a que morreu?’ Ela fala: ‘eu vou fazer o enterro dela e essa menina que ficou inválida, nós vamos cuidar, vivemos em uma comunidade e vamos cuidar dela”.

Pela fibra e luta de Brenda é que o Palácio das Princesas conseguiu firmar um convênio com a Secretaria Estadual de Saúde, em 1988. “Como a Aids era um assunto que estava chamando muito a atenção da imprensa, um assunto que rendia muitos holofotes, muitas matérias sensacionalistas, um repórter pergunta a ela: ‘e se aparecer alguém com Aids na sua casa?’ Então, ela declara publicamente, na imprensa, que, se aparecesse alguma pessoa com Aids e não tivesse aonde ir, que poderia ir para a casa dela, que ela cuidaria sem nenhuma discriminação. Essa notícia vai parar nas mãos do doutor Paulo Roberto Teixeira [criador do Centro de Referência e Treinamento de Aids de São Paulo]”, adiciona Fernanda.

Com a ponte aberta por Teixeira, a casa de Brenda Lee, assim, se aproxima da Secretaria Estadual de Saúde. O médico Paulo Roberto Teixeira foi, como ela, visionário em ações de enfrentamento ao HIV/Aids, no estado de São Paulo, no Brasil e no mundo, sendo o fundador do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, um dos criadores do Conselho de Administração do Fundo Global de Tuberculose, Aids e Malária e atuante na Organização Mundial da Saúde.

Além de inúmeros trabalhos acadêmicos que denunciam e esmiúçam a Operação Tarântula, iniciada em 27 de fevereiro de 1987, enquanto resposta institucional, o tema é abordado no documentário Temporada de Caça, da diretora Rita Moreira. O filme foi lançado em 1988 e ficou conhecido por um trecho da abertura, em que uma repórter pergunta a uma transeunte se ela é a favor do assassinato de pessoas homossexuais, ao que responde, sem nenhum constrangimento, afirmativamente.

Ódio constante

Conforme destaca a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) na mais recente edição do relatório sobre assassinatos de pessoas transexuais e travestis no Brasil, o ódio a esse grupo ainda permanece. “Em 2022, tivemos pelo menos 151 pessoas trans mortas, sendo 131 casos de assassinatos e 20 pessoas trans suicidadas. A mais jovem trans assassinada tinha 15 anos, e vimos um acirramento na patrulha contra crianças e adolescentes trans, sendo inclusive vítimas de violências dentro do ambiente escolar. E embora haja uma leve queda em relação a 2021, o perfil das vítimas se manteve o mesmo. Chama atenção o país figurar novamente como o que mais consome pornografia trans nas plataformas digitais de conteúdo adulto no mesmo momento em que o Brasil figura como o país que mais assassinou pessoas trans pelo 14º ano consecutivo”, escreve a entidade.

“Houve ainda 142 violações de direitos humanos e os casos de impedimento de uso do banheiro foram os que mais tiveram destaque nessa edição. Seguimos vendo a política estatal de subnotificação da violência lgbtifóbica, e os estados insistem em não levantar os dados sobre violência contra a população LGBTQIA+, em especial os assassinatos. Mantém-se a falta de dados sobre o perfil dos suspeitos, no mesmo momento em que os nomes de registro das vítimas são expostos, sem menção aos seus nomes sociais”, destaca o relatório.

Brenda Lee morreu aos 48 anos, em 28 de maio de 1996, assassinada a tiros. O principal suspeito apontado na época era um funcionário da casa de apoio que ela comandava. Especula-se que ele tenha tirado sua vida no contexto de um golpe financeiro. Brenda Lee foi encontrada no interior de uma Kombi, estacionada em um terreno baldio. Em 2008, foi criado o “Prêmio Brenda Lee”, que contempla personalidades que se destacam na luta contra o HIV e prevenção da Aids.




Fonte: Agência Brasil

Brasil e Argentina assinam declaração que fortalece economia cultural


Os governos do Brasil e da Argentina assinaram hoje (3) uma declaração conjunta para fortalecer ações coletivas de apoio às economias culturais dos dois países. A declaração foi efetivada durante a realização da 7ª edição do Mercado de Indústrias Culturais Argentinas (Mica), em Buenos Aires, evento para o qual o Brasil é convidado de honra.

O texto afirma ainda a necessidade de se fortalecer a capacitação, formação e educação digital de trabalhadores da cultura – para que o avanço na digitalização não implique em maiores níveis de exclusão –, e realça a centralidade do Mercosul Cultural para ambos os governos, assim como a necessidade de continuar trabalhando para fortalecer e aprofundar a integração regional no setor.

A declaração ocorre após o Brasil assumir, simbolicamente, a presidência pro tempore (provisória) do Mercosul Cultural. Com duração de seis meses, a gestão brasileira começa oficialmente em julho.

Inicialmente, estava prevista a assinatura de um Protocolo para o Fomento à Coprodução de Filmes de Longa-Metragem entre a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e o Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales, mas, conforme informou a assessoria do Ministério da Cultura (Minc), o documento ainda recebe ajustes finais em seus termos.

Agenda

Principal foro multilateral de atuação do Ministério da Cultura no continente americano, o Mercosul Cultural reúne uma agenda temática do bloco voltada para o delineamento de programas conjuntos com ênfase na integração de políticas e planos nacionais de cultura, o desenvolvimento de estudos, a integração de sistemas de informação e estatísticas de cultura, a circulação de bens e serviços culturais, a promoção do intercâmbio técnico e artístico, universalização do acesso à cultura e gestão do patrimônio cultural e valorização da memória social e da diversidade cultural da região.

O grupo trabalha de forma ampliada com os quatro Estados Partes do bloco: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e sete Estados Associados (Chile, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname). As reuniões regulares são realizadas semestralmente.

“A liderança de Argentina e Brasil, junto com o esforço que realizam todos os Estados Membros do bloco, é fundamental para estabelecer um Mercosul Cultural forte, que possa gerar acordos concretos a nível regional para enfrentar de maneira conjunta os desafios do setor cultural e contar com critérios comuns nos momentos de participação em outros foros, organismos e blocos multilaterais”, diz o texto da declaração.

O documento também aborda a importância de fortalecer as políticas culturais de base comunitária através do apoio a iniciativas artísticas e culturais que “promovam a inclusão social, a identidade local e a participação cidadã”, além de ressaltar a necessidade da promoção de ações coletivas de apoio às economias culturais, “que são motor de crescimento econômico, de geração de postos de trabalho e fontes de inovação”.

A declaração representa uma sinalização dos dois países em fortalecer as cadeias de valor de todos os setores das indústrias culturais para a região de forma articulada. O entendimento é de que o segmento cultural tem papel fundamental para impulsionar o desenvolvimento dos países do continente e “sua capacidade de gerar mudanças sociais estruturais que promovam sociedades mais inclusivas, acessíveis, diversas e equitativas”, para garantir o desenvolvimento sustentável. O texto também reitera a necessidade de incorporar a cultura como um objetivo específico entre os próximos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

“Em um mundo interconectado no qual existem desafios globais, tanto as ações individuais como as políticas públicas implementadas por um país têm impacto sobre o conjunto. Sem perder a originalidade e conscientes da importância da diversidade cultural, é fundamental gerar acordos globais com vistas ao futuro”, diz a declaração.

O documento termina com o entendimento entre os dois países no sentido de atualizar o marco normativo da relação cultural, com base na proposta argentina de um memorando de entendimento sobre cooperação em matéria cultural entre os ministérios da Cultura do Brasil e da Argentina.

Mica

Maior evento de cultura no país vizinho, o Mica 2023 tem o Brasil como convidado de honra. Com seminários, palestras, shows, encontros entre produtores culturais, entre outras programações, o movimento tem por objetivo articular os setores das indústrias culturais, para potenciar os intercâmbios comerciais, artísticos e intelectuais entre os dois países.

A intenção é fortalecer os vínculos institucionais, comerciais e artísticos com o Brasil, para a divulgação da cultura dos dois países e a concretização de negócios.




Fonte: Agência Brasil

Após mortes de onças-pintadas atropeladas, Estado anuncia investimento de R$ 23 milhões para aumentar segurança no entorno do Morro do Diabo




Serão instalados mais quatro radares de controle de velocidade dos veículos e construídas três novas passagens subterrâneas de fauna na Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), que corta o parque. Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), onde morreram duas onças-pintadas atropeladas no último mês de abril, corta o Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP)
Semil
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) anunciou, neste sábado (3), um investimento de R$ 23 milhões em iniciativas para aumentar a segurança da biodiversidade no entorno do Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP).
Entrarão em operação quatro novos radares de controle de velocidade dos veículos, além dos dois já existentes, totalizando seis em funcionamento, ao longo da Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), via que corta o parque, e serão construídas três novas passagens subterrâneas de fauna, com dimensões para animais de maior porte e direcionamento dos bichos.
Também serão implantados 30 quilômetros de cercas de segurança ao longo da via e outros 10 quilômetros na Estação Ecológica do Mico-leão-preto.
Ainda foi anunciada a instalação de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) no Oeste Paulista para o atendimento de bichos atropelados e apreendidos.
As medidas foram anunciadas após duas onças-pintadas terem morrido atropeladas na Rodovia Arlindo Béttio em um intervalo de menos de uma semana no último mês de abril. O primeiro caso, no dia 23 de abril, havia vitimado um filhote de aproximadamente nove meses de idade, no km 16. O segundo atropelamento, no dia 28 de abril, tinha causado a morte de uma onça-pintada com cerca de dois anos, no km 15. Os felinos pertenciam a uma espécie ameaçada de extinção.
Neste sábado (3), a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, visitou o parque e vistoriou a SP-613, que atravessa a área da unidade de conservação da Mata Atlântica.
“Esse é um ótimo exemplo de política transversal e integrada da Semil, a partir de uma iniciativa em prol da preservação da fauna local, unindo um dos braços ambientais da secretaria, a Fundação Florestal, e o Departamento de Estradas de Rodagem [DER]”, comentou.
Não foram estabelecidos prazos para a execução das medidas anunciadas pelo Estado, mas apenas um cronograma que seguirá até 2026.
Os prazos ainda estão indefinidos porque, segundo o Estado, dependem de procedimentos burocráticos, como a elaboração de projetos e a abertura de licitações.
Governo do Estado anunciou neste sábado (3), em Teodoro Sampaio (SP), um investimento de R$ 23 milhões para aumentar a segurança da biodiversidade no entorno do Morro do Diabo
Murilo Zara/TV Fronteira
Mata Atlântica
Localizado no Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo, e próximo ao bioma do Cerrado, o Parque Estadual do Morro do Diabo é um dos raros trechos de Floresta de Planalto do país, abrangendo quase 34 mil hectares de Mata Atlântica interiorana.
O parque abriga espécies ameaçadas de extinção, como anta, queixada, bugio, puma e onça-pintada, além de ser o lar da maior população livre do mico-leão-preto, uma espécie de primata entre as mais ameaçadas do planeta. Além disso, a unidade de conservação possui a maior reserva de peroba-rosa do país, desempenhando um papel importante nos trabalhos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.
Além de ser utilizado para atividades de lazer e esporte, o Parque Estadual do Morro do Diabo desempenha um papel importante nas pesquisas científicas. O parque serve como base para o Programa Monitora BioSP, da Fundação Florestal, instituição ligada à Semil.
Os estudos realizados no parque fornecem subsídios para a tomada de decisões, não apenas para a proteção de espécies e a conservação da biodiversidade, mas também para a implementação de ações relacionadas ao aumento da cobertura vegetal e à redução da fragmentação das paisagens. Isso contribui para ampliar os serviços ecossistêmicos e ambientais das unidades de conservação e das zonas de amortecimento.
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Em 2022, o governo de São Paulo realizou investimento de R$ 6 milhões na reforma das edificações do Parque Estadual do Morro do Diabo. Essas melhorias incluíram a revitalização do centro de visitantes, alojamentos, hospedarias, playground e museu. Além disso, recursos foram destinados para aprimorar as áreas das churrasqueiras e pontos de apoio para atividades de camping, bem como para receber motorhomes e trailers.
O Morro do Diabo é considerado um dos quatro “parques-modelo” do Estado, ao lado dos parques estaduais da Ilha Anchieta, em Ubatuba (SP), da Ilha do Cardoso, no Vale do Ribeira, e de Intervales, na Serra de Paranapiacaba.
Oferece atrações como a Trilha do Morro do Diabo, que conduz ao topo da montanha e proporciona uma vista panorâmica exuberante. Também está disponível a ciclorrota Caminho das Onças, um percurso de 51 quilômetros. Além disso, o parque conta com trilhas inclusivas, como a Trilha da Lagoa Vede, que pode ser percorrida utilizando cadeiras Julietti, especialmente projetadas para pessoas com limitações físicas.
Risco de extinção da onça-pintada
A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino do continente americano. Tem até 1,90 metro de comprimento e 80 centímetros de altura. Os machos pesam cerca de 20% a mais do que as fêmeas, podendo chegar a 135 quilos.
A onça-pintada pode viver em vários tipos de hábitats, desde que uma parte da vegetação seja densa. É um animal solitário e territorial. Tem hábitos noturnos. Pode ocupar áreas de 22 km² a mais de 150 km² (dependendo da disponibilidade de presas). A espécie era encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Mas está oficialmente extinta nos Estados Unidos e já é uma raridade no México.
Na onça-pintada, ocorre também o fenômeno do melanismo, comum em outros felinos. A coloração amarela é substituída por uma pelagem preta. Dependendo da luz em que o animal se encontra, percebem-se as rosetas. O animal na forma melânica é chamado de onça-preta.
As populações vêm diminuindo devido ao confronto com atividades humanas, como a pecuária. A espécie é classificada pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como vulnerável e está no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (Cites).
Ou seja, o risco de extinção está associado ao comércio e sua comercialização só é permitida em casos excepcionais, mediante autorização expressa.

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Fonte: G1

Bonecas de pano trazem referências às matriarcas do samba


Enquanto manuseava carreteis, linhas e agulhas, a mente de Gabriela Sarmento vagava à procura de um tema para o trabalho de conclusão do curso de Belas Artes, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). E aí, veio a ideia de juntar três elementos centrais na formação da própria identidade: a costura, o carnaval e a cultura negra. O TCC entregue em 2021 tratou das roupas usadas pelas baianas nas escolas de samba do Rio de Janeiro, uma das alas mais tradicionais da Sapucaí. Além da parte teórica, ela apresentou uma boneca de pano com fantasia de baiana inspirada nos tempos mais remotos da folia.

O projeto foi além do diploma: hoje ela confecciona e vende as bonecas na internet. Elas têm 30 cm de altura, podem ser personalizadas nas cores de todas as escolas de samba e custam R$ 80.

Rio de Janeiro (RJ), 01/06/2023 – A estudante Gabriela Sarmento e suas bonecas confeccionadas a partir de pesquisas sobre tradições negras e indumentárias baianas nas escolas de samba. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Gabriela Sarmento e suas bonecas confeccionadas a partir de pesquisas sobre tradições negras e indumentárias baianas nas escolas de samba  Tomaz Silva/Agência Brasil

“Dentro da faculdade de Artes, eu sentia essa necessidade de falar sobre arte brasileira e indumentárias a partir de uma ótica que não fosse europeia. Eu não via nada sobre isso nas disciplinas que cursava. Então, decidi pelo tema para mergulhar um pouco mais nesse universo e fazer uma crítica com relação a essa ausência no curso”, recorda. “Quando eu comprei a minha primeira máquina de costura e passei a produzir um pouco mais, tive a ideia de fazer uma boneca de pano a mão. Eu não queria que fosse uma boneca de plástico, tipo uma Barbie, porque achava que ela não teria a estética que eu gostaria”.

A estética escolhida por Gabriela Sarmento, que hoje tem 27 anos e mora em Realengo, zona oeste da cidade, traz referências de uma cultura ancestral e diaspórica. As bonecas negras de pano com vestes tradicionais remetem às raízes africanas, aos costumes das mulheres que foram escravizadas e trazidas para a América portuguesa e, finalmente, aos trajes das “tias baianas”. Estas últimas eram recém-libertas e costumavam trabalhar como cozinheiras e vendedoras de quitutes pelas ruas do país no fim do século 19 e início do 20.

No Rio de Janeiro, as casas de muitas delas passaram a ser lugares de reunião, onde aconteciam cultos de religiões afro-brasileiras, rodas de capoeira e ensaios de música. O samba nasceu em ambientes como esses. Por isso, é comum dar a elas o título de “matriarcas do samba”. Esse reconhecimento veio a partir de alas específicas em blocos e ranchos carnavalescos, e nas agremiações que começaram a desfilar na virada da década de 1920 para a de 1930. E continua até os dias atuais: as baianas compõe uma ala obrigatória do carnaval carioca.

De lá para cá, as fantasias passaram por uma série de modificações. O processo de modernização começou na década de 1960. A partir da base tradicional, foram inseridos novos elementos de acordo com a criatividade do carnavalesco. Hoje, as fantasias podem pesar até 15kg. Bem diferente do que era no passado.

Para chegar a um resultado mais fiel do que eram as vestimentas tradicionais, Gabriela pesquisou referências bibliográficas e entrevistou baianas mais experientes. Uma delas foi a Tia Nilda, que estreou na função em 1979 na Mocidade Independente de Padre Miguel. Ela lembrou que a fantasia tradicional incluía apenas turbante, pulseiras, uma bata leve e, por baixo, uma anágua com conduíte.

Para a Gabriela, as bonecas são mais do que objetos decorativos. Funcionam como suporte material de uma cultura construída historicamente por mulheres negras que deve ser preservada. Ela defende que os carnavalescos deem maior protagonismo às baianas que desfilam na Sapucaí na hora de planejar as fantasias. Seria a melhor maneira de não descaracterizar completamente uma tradição de tantos anos, carregada de significados sociopolíticos.

“As bonecas contam parte dessa história das baianas, porque trazem um pouco de como eram as fantasias lá atrás quando as escolas de samba começaram. Então, são um símbolo daquela época e do papel das mulheres negras. E podem servir ainda como material educativo. Seja para as crianças, seja para os adultos, são uma forma de estudar e conhecer mais desse passado”.

Quilombo do Samba

O trabalho da Gabriela também está integrado ao grupo Quilombo do Samba, do qual faz parte, e que ajuda a divulgar as bonecas. Ele foi formado em 2019 com profissionais de diferentes áreas (artes, pedagogia, biologia e publicidade) com o propósito de estudar e divulgar a contribuição da população negra para o samba. O grupo se equilibra entre o meio acadêmico e as atividades do universo do carnaval.

Guilherme Niegro, de 32 anos, é um dos membros. Pedagogo e especialista em relações étnico-raciais, ele pesquisa a influência bantu, grupo etnolinguístico que vive na África subsaariana, no carnaval brasileiro. Além de pensar em artigos científicos e cursos de extensão, o Quilombo do Samba quer produzir conhecimento sobre o protagonismo negro atual nos desfiles.

“Começamos a organizar conversas pela internet com pessoas do mundo do samba e elas tiveram um grande alcance. Percebemos o potencial disso. Entrevistamos pessoas como porta-bandeiras, intérpretes, presidente da Liga-RJ. Foram 52 entrevistas. Depois, fomos nas quadras, nos barracões da Série Especial e da Série Ouro. Com foco sempre em destacar o papel das pessoas pretas que constroem o carnaval”.




Fonte: Agência Brasil

Nasa usará ciência para estudar fenômenos anômalos não identificados


A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) quer entender melhor os chamados “fenômenos anômalos não identificados” (Uaps, sigla em inglês; ou Fanis, em português). O termo se refere ao que, em muitos casos, é associado a objetos voadores não identificados (Ovnis) e objetos subaquáticos não identificados (Osnis).

Ao classificar como Uaps as “aparições estranhas” eventualmente flagradas voando pelos ares ou se movimentando pelos oceanos, a Nasa busca criar condições para, à luz da ciência, tentar explicar tais eventos. A maior parte, de fato, acaba tendo alguma explicação. No entanto, segundo a própria agência, entre 2% e 5% permanecem no campo de “fenômenos anômalos não identificados”.

Com o objetivo de estabelecer metodologias mais adequadas para fazer levantamentos e obter dados mais apurados sobre esses fenômenos, a Nasa reuniu, nesta semana, uma equipe de estudo independente que explicou, por teleconferência, como pretende categorizar e avaliar tais eventos.

Relatório

“O foco desta reunião pública é realizar as deliberações finais, antes que a equipe de estudo independente da agência publique um relatório”, informou a Nasa. Segundo a agência, o relatório será publicado em breve.

O documento descreverá como avaliar e estudar os Uaps usando dados, tecnologia e ferramentas da ciência. “Não é uma revisão, ou avaliação de observações anteriores não identificadas. O relatório informará a Nasa sobre quais possíveis dados podem ser coletados no futuro para esclarecer a natureza e a origem do Uap”, acrescentou.

A equipe de estudo independente de Uaps é um conselho composto por 16 cientistas de diversas áreas, especialistas em assuntos relevantes para métodos potenciais de estudo de fenômenos anômalos não identificados. Posteriormente, será criado um roteiro sobre como usar os dados e as ferramentas da ciência para avançar nossa compreensão.

“No momento, as observações limitadas de alta qualidade do Uap tornam impossível tirar conclusões científicas dos dados sobre a natureza de tais eventos”, justificou a agência.

Uap é realidade

A teleconferência foi acompanhada pelo astrônomo e coordenador do projeto Exoss de pesquisas de meteoros, ligado ao Observatório Nacional, Marcelo De Cicco. Segundo De Cicco, o encontro deixa claro que a Nasa admite que o fenômeno Uap é uma realidade.

“A agência mostrou também quais são os pontos fortes e fracos desse tipo de estudo, bem como as dificuldades para a obtenção de dados de boa qualidade, com sensores adequados. Outro ponto interessante é a iniciativa de não admitir qualquer forma de assédio moral contra aqueles que estudam esse tipo de fenômeno”, disse à Agência Brasil De Cicco.

Outra questão que chamou a atenção do astrônomo brasileiro foi o fato de os representantes da Nasa terem afirmado, de forma até enfática, que a agência não tem nenhuma informação privilegiada, nem esconde qualquer prova da existência de discos voadores.

Com isso, “caem por terra as centenas de teorias conspiratórias envolvendo Nasa e extraterrestres”, pois o comitê veio a público também para deixar claro que “seria difícil conter os cientistas sobre o sigilo desse tipo de informação, pois o homem da ciência, fundamentalmente, tem independência de pensamento e não costuma aceitar passivamente opiniões hierárquicas que não sejam da busca pela verdade”, afirmou.




Fonte: Agência Brasil

Crianças podem participar de performance interativa de forma gratuita neste domingo em Presidente Prudente




Os pequenos, sentados ao redor de uma grande folha branca, assistem e participam da criação ao vivo de um desenho. Crianças podem participar de performance interativa neste domingo (4) no Sesc Thermas de Presidente Prudente (SP)
Felipe Cohen
A programação infantil do Sesc Thermas de Presidente Prudente (SP) apresenta uma novidade para este domingo (4). Dessa vez, o Artefactos Bascos apresenta sua intervenção FLOU – Performance Interativa para Crianças, às 15h, no Quintal.
Os pequenos, sentados ao redor de uma grande folha branca, assistem e participam da criação ao vivo de um desenho.
Os rabiscos dançantes e as tintas vão tomando vida e dialogam com o performer. Brincando, as crianças compõem novos desenhos e formas, ressignificando a experiência.

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Fonte: G1

Filme sobre desaparecimentos na Baixada vence festival internacional


O filme curta-metragem Desova, que fala sobre desaparecimentos forçados na Baixada Fluminense, venceu, nesta semana, o 12º Festival Internacional de Cine Político (Ficip), em Buenos Aires, na categoria Melhor Curta. Finalizado em 2022, foi a primeira exibição pública da produção. 

Dirigido e roteirizado por Laís Dantas e produzido pela Quiprocó Filmes, Desova retrata as consequências na vida de mães que perderam seus filhos nessa situação, ainda recorrente na região. A produção foi apresentada pelo Fórum Grita Baixada e viabilizada por uma emenda parlamentar de 2020, do então deputado federal Marcelo Freixo.

O trabalho também incluiu a pesquisa Mapeamento Exploratório sobre Desaparecidos e Desaparecimentos Forçados em Municípios da Baixada Fluminense, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Aos 28 anos, Laís é cria de Duque de Caxias, na Baixada, e já assinou a direção de projetos no Canal Brasil, Instagram, Porta dos Fundos, Quebrando o Tabu e Instituto Marielle Franco. Entre eles, a direção de fotografia do curta A Mulher do Fim do Mundo, dirigido por Geo Abreu; do mini-doc Respeita Nosso Sagrado, dirigido por Fernando Sousa e Gabriel Barbosa; e do longa Rio, Negro.

Em conversa com a Agência Brasil, a jovem cineasta explica que Desova busca compreender as dinâmicas do desaparecimento forçado de pessoas, que incluem técnicas do Estado de desaparecer com corpos, bem como a tentativa de mães e familiares das vítimas em lidar com esse trauma, por meio da criação de grupos e coletivos de apoio.

Rio de Janeiro (RJ) - ‘Desova’: Curta sobre o desaparecimento forçado na Baixada Fluminense vence como Melhor Curta no 12º Festival Internacional de Cine Político - FICIP, em Buenos Aires. 
Foto: Quiprocó Filmes/Divulgaçāo

A diretora Laís Dantas, durante as filmagens do filme Desova, vencedor como Melhor Curta no 12º Festival Internacional de Cine Político, em Buenos Aires Filmes/Divulgaçāo

Agência Brasil: Como tratar um tema tão difícil em uma produção artística audiovisual?
Laís Dantas: O Desova é um filme sobre desaparecimentos forçados, mas ele é totalmente centrado nas mães que perderam os filhos. O Fórum Grita Baixada fez umas ações com arte terapia com essas mães e a gente acompanhou essas sessões, né? A gente tentou criar um filme todo baseado na visão das mães, é um filme mais delicado. A gente vai trazer um pouco da religião também, de como essas mães lidam com o seu luto. O que fica depois que acontece essa tragédia. A gente traz um pouco como elas lidam com isso, depois da perda.

Agência Brasil: Uma das questões mais duras no desaparecimento forçado é que se trata de uma dor que não tem encerramento, em função da ausência do corpo.
Laís Dantas: O maior desafio de fazer esse filme é a ausência do corpo. Muitas vezes, ali durante o roteiro, eu me vi sem chão, como trazer para o filme de uma forma menos dura, que não deixa de ser duro, mas tem uma poesia ali na narrativa que eu criei.

Agência Brasil: Como nasceu a ideia do filme?
Laís Dantas: Esse filme chega a convite da Quiprocó, que já tem uma parceria com o Fórum Grita Baixada. Eu já trabalho com a Quiprocó como diretora de fotografia e sou cria da Baixada Fluminense, cria de Duque Caxias. Então eu começo a produzir imagens a partir do meu território e as pessoas sempre falaram que eu tenho um olhar muito sensível. Eles estavam atrás de uma diretora sensível, com outra perspectiva para contar essa história de uma forma menos dura.

Agência Brasil: O desaparecimento forçado é uma questão violenta muito presente na Baixada Fluminense?
Laís Dantas: Acho que a gente, no filme, traz um pouco dos relatos da América Latina, mas falando da Baixada, é uma realidade da Baixada Fluminense, e falando a partir do meu conhecimento. A gente cresce ali, meio que dentro dessa realidade, meio que sem saber o que está acontecendo. A partir do filme, eu começo a entender quais são esses fatores, porque a gente vai ter o Estado e a gente vai ter o tráfico ao mesmo tempo. É uma realidade que está ali e que não tem política pública para isso. Fica muito assim: aconteceu. Quem resolve? Quem olha por essas mães? Como se lida com isso tudo, sabe?

Agência Brasil: E como esse filme pode impactar a comunidade na Baixada para melhorar a vida dessas pessoas que sofrem com esse problema?
Laís Dantas: É muito louco, porque quando a gente começa a filmar, as mães olham para a gente com um olhar muito de “caramba, mais um filme, vai resolver meus problemas”. Eu espero que esse filme abra muitas portas para o diálogo sobre a importância de se criar política pública para esse enfrentamento, para a dinâmica do desaparecimento. Que as pessoas entendam o que é, que tudo muda quando alguém desaparece. Um desaparecido desapareceu, mas o que é isso? O que isso causa? Espero que abra mais portas para esse diálogo.

Rio de Janeiro (RJ) - ‘Desova’: Curta sobre o desaparecimento forçado na Baixada Fluminense vence como Melhor Curta no 12º Festival Internacional de Cine Político - FICIP, em Buenos Aires. 
Foto: Quiprocó Filmes/Divulgaçāo

Laís Dantas em Bueno Aires com o prêmio de melhro curta em mãos – Quiprocó Filmes/Divulgaçāo

Agência Brasil: Desova estreou no 12º Festival Internacional de Cine Político e já foi premiado. Como foi essa experiência?
Laís Dantas: Foi um festival incrível, foi a primeira vez que eu saí do Brasil, inclusive. Primeiro festival como diretora. A gente participou da categoria de curtas-metragens internacional, concorremos com filmes de vários países, como Paquistão, México, Bolívia. Foi incrível, fiquei muito emocionada, não esperava ganhar. Porque, apesar de ser um filme que ficou pronto no ano passado, foi um processo muito louco, meio truncado. Se inscrever em festival, primeiro festival, ganhar fora do país. O tema é tão duro, eu não sabia nem se eu ficava feliz ou se eu ficava triste, foi um misto de emoções, sabe? Muita emoção de ganhar, feliz com tanta história, com tanta coisa, meu Deus. Mas foi incrível e o festival é de cinema político, então tinha muitos filmes com essa temática também, então ir lá assistir e aprender também foi muito incrível.

Agência Brasil: O prêmio dá mais visibilidade para o tema. Você tem algum comparativo sobre a situação dos desaparecimentos forçados em outros lugares?
Laís Dantas: A gente tem registros na América Latina, na Argentina isso acontece, também no México. A gente consegue ter um panorama sobre o que as pessoas estão criando a partir dos seus territórios. Nem todos os filmes foram sobre desaparecimentos forçados, mas é um tema caro para eles, é algo que acontece. Veio até uma senhora me perguntar, “ah, mas não é uma técnica da ditadura e tal?” As pessoas veem muito os desaparecimentos que acontecem aqui no Brasil como uma técnica só da ditadura, parece que isso só aconteceu lá e não aconteceu no governo Lula, não aconteceu no governo Bolsonaro.

Agência Brasil: Podemos citar, por exemplo, o caso Amarildo, de 2013, os três meninos de Belford Roxo, de 2021, os 43 estudantes do México de 2014…
Laís Dantas: Sim, não é uma prática exclusiva de um período político. Baixada Fluminense, periferia. As pessoas questionam, mas continua acontecendo.




Fonte: Agência Brasil

Praças de pedágio no Oeste Paulista administradas pela Eixo SP terão 4,18% de aumento nas tarifas a partir deste domingo; veja valores




Correção será aplicada nas cidades de Parapuã (SP), Inúbia Paulista (SP), Pacaembu (SP), Indiana (SP), Rancharia (SP), Martinópolis (SP) e Santa Mercedes (SP). Praças de pedágio em cidades do Oeste Paulista terão aumento a partir deste domingo (4)
Betto Lopes/TV Fronteira
Praças de pedágios em rodovias administradas pela concessionária Eixo SP no Oeste Paulista terão reajuste de 4,18% a partir da 0h deste domingo (4). A atualização dos valores será aplicada nas cidades de Parapuã (SP), Inúbia Paulista (SP), Pacaembu (SP), Indiana (SP), Rancharia (SP), Martinópolis (SP) e Santa Mercedes (SP).
O reajuste anual, previsto em contrato de concessão é feito com base na inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período.
A correção dos valores foi homologada pela Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo) e publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (2).
Confira os novos valores:
Parapuã
Inúbia Paulista
Pacaembu
Indiana
Rancharia
Martinópolis
Santa Mercedes
Desconto progressivo
Os motoristas de veículos de passeio (categoria 1) que utilizam o sistema de cobrança automática têm descontos por uso contínuo.
O Desconto de Usuário Frequente (DUF) está integrado às operadoras do sistema eletrônico de pagamento de pedágio. Na prática, o desconto para veículos de passeio (categoria 1) começa a contar a partir da segunda passagem realizada na mesma praça de pedágio, no mesmo sentido de fluxo e dentro de um mesmo mês calendário. Os descontos no mês podem chegar a até 90%.
Benefício nas pistas automáticas
Os usuários de qualquer categoria de veículo que utilizam as pistas automáticas com tags nas rodovias administradas pela Eixo SP têm 5% de desconto no pagamento das tarifas.
O benefício para veículos na categoria 1 é válido na primeira passagem no mês calendário. A partir da segunda passagem, ocorre a inclusão automática no sistema DUF.

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Fonte: G1