Glossário explica termos para debate sobre crise do clima


Trazer informação mais direta, clara e transparente para esclarecer a população sobre diversos termos que entraram nos debates sobre a crise climática é o objetivo do Glossário Ilustrado de Justiça Climática.

A publicação – elaborada em parceria por diversos movimentos ambientais – reúne 43 expressões ilustradas em versão trilíngue (português, espanhol e inglês), que abordam termos como Net Zero, descarbonização, maquiagem verde e siglas como BECCS e REDD, além de conceitos sobre agroecologia, desperdício zero, refugiados ambientais e racismo ambiental.

O glossário é uma parceria do projeto ArvoreAgua com a Plataforma Latinoamericana de Justiça Climática e a campanha Que Os Grandes Poluidores Paguem. As ilustrações do glossário começaram a ser produzidas no ano passado.

Na avaliação dos movimentos, a utilização de uma linguagem técnica especializada em fóruns internacionais sobre negociações climáticas “esconde a realidade”, e dificulta ou confunde o real entendimento de pessoas leigas no assunto.

Outro ponto destacado é que o uso cada vez maior desse tipo de linguagem acaba por tirar o protagonismo e limitar a participação de povos indígenas, comunidades tradicionais protetoras da floresta e de integrantes de movimentos sociais que atuam no combate à crise climática sobre os problemas e soluções da Amazônia a partir da própria sociedade civil de base.

O documento será lançado na quinta-feira (29), em Santarém, no IV Cinturão Cultural do Tapajós – Territórios e Resistência, encontro de lideranças indígenas e movimentos amazônicos, juristas de povos atingidos por grandes projetos de exploração mineral na América Latina, pesquisadores, jornalistas, artistas, produtores de alimentos e bioprodutos medicinais da floresta.

No lançamento do evento – organizado pelo Instituto Sebastião Tapajós com o Ministério Público do Pará, em parceria com o projeto Luz e Ação da Amazônia, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Coletivo de Mulheres Indígenas As Karuana e Instituto Cabana Tapajós – 100 livros serão distribuídos. Além da versão digital a ser disponibilizada em julho, a intenção é produzir mais exemplares a serem distribuídos gratuitamente.

Vocabulário técnico

Uma das parceiras do glossário, a jornalista e estudante de Engenharia da Ufopa, Patrícia Kalil, disse que os povos da floresta precisam se apropriar de vocabulário técnico usado nesses grandes encontros, como a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) na Amazônia, para não serem enganados e garantir espaço de participação e direito a voz, pois está havendo uma captura corporativa desses espaços de tomadas de decisão. A COP30 está marcada para novembro de 2025, em Belém.

“Trabalhamos para esclarecer toda essa terminologia técnica e superespecializada usada em mesas de negociações internacionais, COPs e relatórios corporativos. Como vamos discutir sem entender? Como vamos questionar os planos Net Zero sem entender que é uma trapaça maquiada de verde? Se o compromisso é de redução de emissões, queremos reduções reais, nada de compensações mentirosas e que não englobam toda a cadeia de produção e consumo”, afirmou a jornalista à Agência Brasil.

O glossário também destaca que, atualmente, as negociações climáticas têm se centrado mais em reduzir o problema das emissões do que em questionar sua causa, centrada no modelo de desenvolvimento calcado no uso de combustíveis fósseis, no extrativismo predatório e na desigualdade.

O documento diz, ainda, que muitas vezes essa linguagem facilita os grandes poluidores que não assumem suas responsabilidades e até geram falsas soluções para uma questão extremamente complexa. “Precisamos entender como os grandes poluidores manipulam as notícias, fazem lobby e infiltram seus interesses no governo, em organismos internacionais e na academia”, sintetizou Patrícia.

Segundo as organizações, esse jargão esconde a dimensão da crise climática e apresenta “falsas soluções” para o problema. Um dos termos apresentados no glossário para justificar o posicionamento é o de “neutralidade de carbono” cujo uso tem sido cada vez mais frequente nos debates ambientais.

Vista aérea mostra a floresta amazônica perto da cidade de Santarém (PA)

  Glossário aborda importância da Amazônia e explica vocabulário técnico     – Nacho Doce/Reuters/Direitos Reservados

O glossário aponta que o termo “neutralidade de carbono” é apresentado por empresas e governos como uma mudança radical que alcançaria um equilíbrio em que a mesma quantidade de gases de efeito estufa emitida pela geração de determinada atividade fosse eliminada “na medida do possível”. Ou seja, cada tonelada de dióxido de carbono fóssil emitida seria igualada a uma tonelada absorvida por plantas, oceanos, solos ou rochas. Segundo o documento, nenhum modelo dependente de petróleo e consumidor de energia fóssil pode ser neutro em carbono.

“Esse falso discurso de ‘neutralidade de carbono’, embora não tenha base científica, na prática contribui para perpetuar a crença na salvação tecnológica e diminui o senso de urgência em torno da necessidade de começar a parar de extrair hidrocarbonetos fósseis subterrâneos. As corporações procuram “queimar agora, compensar depois”, ou o que é o mesmo ‘pagar para poluir’, o que fez com que as emissões de carbono continuassem a aumentar. Também acelerou a destruição do mundo natural, aumentando o desmatamento e o enorme risco de elevar ainda mais a temperatura do planeta,” assegurou Patrícia.

“Falsas soluções”

Outros exemplos de “falsas soluções”, que não estão voltadas para a redução da emissão dos gases de efeito estufa, seriam as calcadas nas expressões “Emissões Net Zero” ou “emissões líquidas zero”, “mecanismos de compensação”, “Bioenergia com Captura e Armazenamento de Carbono (BECCS, na sigla em inglês), Redução de Emissões por Degradação e Desmatamento (REDD), Geoengenharia e a Agricultura Climaticamente Inteligente (ACI, na sigla em inglês).

No primeiro caso, o glossário aponta que o termo está sendo usado para fazer as pessoas pensarem que um poluidor está diminuindo sua poluição se compensar as emissões. “Esse modelo transforma as emissões em uma equação matemática simplista: as emissões adicionadas em uma área são ‘equilibradas’ pela apreensão do território em outra”.

Os mecanismos de compensação, quando poluidores, dizem “compensar” os danos ambientais de suas atividades por meio de ações da promoção de projetos ambientais no mesmo local ou em um local distante. Já a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal implica uma visão reducionista do que é uma floresta, tratando as árvores apenas como sumidouros de carbono, sem levar em conta o seu papel fundamental para a biodiversidade.

“Em muitos casos, projetos de REDD favorecem grandes empresas poluidoras e especuladores financeiros, pois o valor de uma floresta é calculado de acordo com a quantidade de carbono armazenado” diz o glossário.

“Um comprador de crédito de carbono oferece uma compensação em dinheiro para uma comunidade – muitas vezes comunidades indígenas ou comunidades tradicionais guardiãs de florestas – para não destruírem suas terras. Acontece que eles não planejavam destruir e já estavam preservando. Em troca, o comprador recebe licenças de carbono que podem ser usadas por poluidores ou como ativos financeiros”, diz o glossário.

Agrotóxicos

A Agricultura Inteligente para o Clima é apontada como uma falsa solução uma vez que é voltada apenas para transformar o agronegócio, já que condiciona a segurança alimentar à dependência de produtos agrotóxicos e ao uso de sementes geneticamente modificadas vendidas por grandes populações, além de promover a monopolização do uso da água.

“Mas, na realidade visa deslocar a agricultura familiar e camponesa, acabando com os conhecimentos e técnicas agrícolas tradicionais, com os cuidados e manutenção de variedades de sementes nativas guardadas, guardadas desde tempos imemoriais”, afirma o documento.

Também seria uma falsa solução o modelo proposto pela BECCS, que consiste na produção de energia por meio da queima de biomassa em larga escala e, depois, com o auxílio de maquinários, eliminar o excesso de dióxido de carbono na atmosfera em sumidouros de carbono, como o solo ou o oceano, “neutralidade de carbono”.

Para as organizações, a proposta é arriscada, não validada e perigosa, uma vez que desvia a atenção para a necessidade de redução drástica das emissões de carbono.

“As corporações de combustíveis fósseis tentaram introduzir essa proposta como uma fórmula mágica para enfrentar as mudanças climáticas, buscando lucrar com a destruição de nossos ecossistemas e comunidades. Essas empresas e os governos que as apoiam estão apostando tudo nesse tipo de reengenharia de eficácia questionável, ou tecnologia falha e arriscada”, critica o texto.

As organizações afirmam que a aplicação dessas falsas soluções não apenas acelerará a crise climática, “mas também aumentará as desigualdades e injustiças estruturais e condenará os povos – historicamente excluídos e vulneráveis – a condições de vida cada vez mais adversas, aumentando a vulnerabilidade”.

Efeito estufa

As organizações defendem que é necessário mudar o modelo de desenvolvimento centrado no uso de combustíveis fosseis e que tem resultado em emissões enormes de dióxido de carbono, um dos principais causadores do efeito estufa e da crise climática.

Também deve haver responsabilização dos grandes poluidores, a exemplo do Estados Unidos e da Europa, mas também de grandes corporações transnacionais, privadas e estatais, e de oligarquias e elites financeiras, que lucram com a destruição do planeta.

Rio de Janeiro (RJ) -  Glossário Ilustrado de Justiça Climática.
Foto Divulgação

Glossário Ilustrado de Justiça Climática. Divulgação

“Com a crise climática, é cada vez mais urgente promover discussões sérias sobre os reais desafios brasileiros e globais relacionados ao impacto dos grandes poluidores no planeta. Sim, precisamos de uma mudança que reestruture nossos modelos de organização, responsabilize os culpados pela crise e restaure a harmonia com a natureza, ao mesmo tempo em que promova a justiça social e a equidade”, sugere Patrícia.

Segundo a publicação, essa transição não diz respeito apenas a uma troca de tecnologia, mas sim a um processo que coloca no centro os direitos da natureza e dos povos mais afetados. Modelos que não tenham por base o uso de combustíveis fósseis e centrados na gestão comunitária dos territórios, soberania alimentar e energética, na agroecologia, no desperdício zero, na reciclagem, redução de resíduos, compostagem, no biogás e na redução do consumo e da produção de forma a aumentar o bem-estar humano para garantir o bem-estar da natureza e dos seus recursos.

Por fim, as organizações apontam que essas mudanças devem se centrar na promoção do coletivo, na distribuição igualitária da riqueza, na promoção de uma vida digna, especialmente para as pessoas historicamente marginalizadas, deslocadas e afetadas pelo sistema, no consumo do que é apenas necessário e na promoção dos direitos humanos, respeito às comunidades indígenas, ancestrais, mulheres, camponeses e trabalhadores, bem como no respeito aos direitos da natureza.




Fonte: Agência Brasil

Censo do IBGE: confira a população atualizada dos municípios da região de Presidente Prudente


Todos os 5.568 municípios brasileiros, mais dois distritos (Fernando de Noronha e Distrito Federal), num total de 5.570 localidades, receberam visita de recenseadores. Segundo o IBGE, foram visitados 106,8 milhões de endereços em 8,5 milhões de quilômetros quadrados.




Fonte: G1

Acidentes de trânsito com postes afetam mais de 4 mil moradores em Presidente Prudente e região




Custos financeiros dos equipamentos danificados devem ser arcados pela pessoa responsável pelo acidente. Acidentes de trânsito com poste afetaram 4.166 moradores em Presidente Prudente (SP) e região
Energisa
Nos primeiros cinco meses de 2023, mais de 4 mil moradores dos 24 municípios da região de Presidente Prudente (SP) tiveram a energia interrompida temporariamente após veículos atingirem postes e causarem estragos à rede elétrica.
Segundo a empresa Energisa, responsável pela distribuição de energia nesses locais, o trabalho de resgates, seguido da substituição de cabos, equipamentos e postes danificados podem levar horas, dependendo da complexidade da colisão. Desta forma, o tempo do fornecimento de energia para determinados clientes pode ser prolongado.
“Mas, nem sempre é possível restabelecer todos de uma única vez. Nosso compromisso é sempre trabalhar para que o cliente tenha a energia normalizada o quanto antes, no entanto, há situações que, por segurança, os reparos precisam ser feitos com a rede desligada”, acrescenta Luiz Moreto, gerente de Operação da Energisa Sul-Sudeste.
Isso explica o fato de alguns moradores nas áreas urbanas e rurais, entre residências, estabelecimentos comerciais e imóveis, terem sido impactados com a interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica.
Custos dos danos
Conforme a empresa, a substituição de um poste pode custar até R$ 4 mil. No entanto, esse valor varia de acordo com o tipo de estrutura e equipamentos instalados. Ou seja, se for necessário trocar outros equipamentos, esse valor pode ser ainda maior.
Tais custos financeiros deverão ser arcados pela pessoa responsável pelo acidente. A cobrança é feita a partir das investigações que vão indicar as causas e responsáveis pelo acidente.
Em caso de acidentes, as pessoas que presenciarem o fato precisam manter a distância e acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros e a Energisa para fazer o socorro de maneira adequada, segundo a empresa.
O telefone para contato da Energisa é 0800 70 10 326.

Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.




Fonte: G1

Sete cidades superam 100 mil habitantes após aumento acima de 40%


Sete cidades brasileiras que registraram um aumento populacional acima de 40% nos últimos 12 anos superaram a marca dos 100 mil habitantes. São elas: Senador Canedo (GO), Fazenda Rio Grande (PR), Luís Eduardo Magalhães (BA), Sorriso (MT), Camboriú (SC), Nova Serrana (MG) e Sarandi (PR).

Nesta quarta-feira (28), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou as primeiras informações populacionais do Censo 2022, revelando que o Brasil registrou um aumento de 12,3 milhões de habitantes desde 2010, quando houve a última operação censitária. Dessa forma, vivem no país um total de 203 milhões de pessoas.

arte população censo 2022

arte população censo 2022 – Arte/Agência Brasil

Entre os dados já divulgados pelo IBGE, está a lista dos maiores aumentos percentuais considerando cidades que possuem atualmente mais de 100 mil habitantes. As taxas variam entre 84,3% e 38,5%. Dos municípios relacionados, 13 já tinham ao menos 100 mil habitantes em 2010. Os outros sete, que tiveram ao menos 40% de crescimento populacional, atingiram essa marca ao longo dos últimos 12 anos.

Chama atenção que mais da metade dos municípios relacionados situam-se no Sul e no Centro-Oeste. Destaca-se o estado de Santa Catarina, com quatro cidades na lista: Camboriú (SC), Palhoça (SC), Itajaí (SC) e Chapecó (SC). Contando ainda Fazenda Rio Grande (PR) e Sarandi (PR), o Sul aparece com seis representantes.

Entre as cidades do Centro-Oeste, está Senador Canedo (GO), que lidera a lista, com um crescimento de 84,3%, saltando de 84.443 habitantes em 2010 para 155.635 em 2022. Aparecem ainda Sinop (MT) na 4ª posição, Sorriso (MT) na 6ª posição, Valparaíso de Goiás (GO) na 11ª posição e Águas Lindas de Goiás (GO) na 18ª posição.

Os dados divulgados pelo IBGE também revelam um intenso crescimento populacional no Centro-Oeste a partir das capitais. É a única região do país onde houve aumento em todas elas. As taxas superam 10% em todas as três capitais estaduais: Goiânia, Campo Grande e Cuiabá.

Confira a lista das cidades com mais de 100 mil habitantes que tiveram maior crescimento populacional em termos percentuais:

1. Senador Canedo (GO) 84,3%

2. Fazenda Rio Grande (PR) 82,3%

3. Luís Eduardo Magalhães (BA) 79,5%

4. Sinop (MT) 73,4%

5. Parauapebas (PA) 73,1%

6. Sorriso (MT) 66,3%

7. Camboriú (SC) 65,3%

8. Palhoça (SC) 62,1%

9. Maricá (RJ) 54,8%

10. São José De Ribamar (MA) 50,0%

11. Valparaíso De Goiás (GO) 49,5%

12. Rio Das Ostras (RJ) 48,1%

13. Boa Vista (RR) 45,4%

14. Itajaí (SC) 44,0%

15. Nova Serrana (MG) 43,2%

16. Sarandi (PR) 43,0%

17. Santana De Parnaíba (SP) 41,6%

18. Águas Lindas De Goiás (GO) 41,6%

19. Chapecó (SC) 38,8%

20. Paço Do Lumiar (MA) 38,5%

arte crescimento população brasileira censo 2022

arte crescimento população brasileira censo 2022 – Arte/Agência Brasil




Fonte: Agência Brasil

Censo 2022: região de Presidente Prudente ultrapassa 880 mil habitantes




As cidades que tiveram maior crescimento populacional desde a última pesquisa, em 2010, foram: Narandiba (SP), Paulicéia (SP), Álvares Machado (SP), Alfredo Marcondes (SP) e Pacaembu (SP). Calçadão de Presidente Prudente (SP), em 27 de junho de 2023
Leonardo Jacomini/g1
A região de Presidente Prudente (SP) chegou a marca de 882.764 habitantes, conforme dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira (28).
Na última pesquisa, realizada em 2010, os 56 municípios que compõem o Oeste Paulista tinham 858.459 pessoas morando na região. Isso quer dizer que, após 12 anos, o número de habitantes aumentou 2,83%.
As cinco cidades que tiveram maior crescimento populacional neste período foram: Narandiba (33,23%), Paulicéia (25,49%), Álvares Machado (15,87%), Alfredo Marcondes (14,23%) e Pacaembu (12,48%).
Já os cinco municípios que mais encolheram durante o intervalo entre as pesquisas foram: Irapuru (-23,76%), Euclides da Cunha Paulista (-17,33%), Flora Rica (-15,13%), Santo Anastácio (-12,27%) e Rosana (-11,43%).
Confira abaixo a população de cada um dos municípios da região de Presidente Prudente.
Número de habitantes
Censo 2022
O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país, já que conta os habitantes do território nacional, identifica suas características e revela como vivem os brasileiros.
Todos os 5.568 municípios brasileiros, mais dois distritos (Fernando de Noronha e Distrito Federal), num total de 5.570 localidades, receberam visita de recenseadores. Segundo o IBGE, foram visitados 106,8 milhões de endereços em 8,5 milhões de quilômetros quadrados.
Foram respondidos 79.160.207 questionários, dos quais 88,9% com 26 quesitos e 11,1% com 77 quesitos. No total, 98,88% das entrevistas foram presenciais; o restante foi pela internet ou telefone.

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Fonte: G1

PF investiga grupo suspeito de roubar carga contrabandeada


A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (27) a Operação Corsário, que investiga grupo que teria roubado cargas provenientes de “contrabando e descaminho”, em municípios localizados no oeste do Paraná – mais especificamente em Guaíra, Altônia e Umuarama.

As buscas e apreensões foram cumpridas por determinação da Justiça Federal da 1ª Vara Criminal de Guaíra. De acordo com a PF, os suspeitos roubavam “mercadorias contrabandeadas de outros grupos criminosos, muitas vezes utilizando vestimentas e insígnias da Polícia Federal e outras forças policiais”.

A investigação teve início após o recebimento de denúncia que levantou suspeita contra uma residência abandonada, localizada em Guaíra, utilizada para guardar produtos ilícitos.

Após entrar na residência, os agentes descobriram um porão com dois veículos e vários volumes de produtos contrabandeados do Paraguai. Entre eles, “tabaco aromatizado, substância análoga a maconha, brinquedos, aparelhos de telefone celulares, cigarros, Sky TV, além de capas de coletes balísticos, carregadores de pistolas municiados, e várias peças de uniformes militares camuflados”.




Fonte: Agência Brasil

Polícia faz ação contra extorsão mediante sequestro no Rio 


A Policia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumprem, nesta quarta-feira (28), 54 mandados de prisão e 55 de busca e apreensão contra suspeitos de extorsão mediante sequestro no Rio. O grupo sequestrava vítimas e exigia transferências de dinheiro por PIX. 

Segundo a Polícia Civil, os criminosos publicavam falsos anúncios de compra e venda de veículos na internet para atrair as vítimas. Em seguida, faziam o sequestro e as levavam para favelas. Lá exigiam a transferência dos valores.

A organização criminosa atua na cidade do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense e outros municípios do Grande Rio, como São Gonçalo. Pelo menos 35 vítimas do grupo foram identificadas pela polícia.

A Operação Market Fake envolve o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ, além de delegacias de polícia da capital, da Baixada, do interior e especializadas.




Fonte: Agência Brasil

PF faz operação contra fraudes bancárias no Rio de Janeiro


Policiais federais fazem nesta quarta-feira (28) uma operação para desarticular organização criminosa especializada em fraudes bancárias eletrônicas. A operação Não Seja um Laranja 2 cumpre três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 6ª Vara Federal Criminal, em casas na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

A Polícia Federal (PF) identificou três pessoas que teriam emprestado suas contas bancárias para o esquema, que causou um prejuízo “multimilionário” à Caixa Econômica Federal e a seus correntistas.

De acordo com as investigações, essas pessoas atuam como “laranjas” emprestando suas contas em troca de um pagamento.

As fraudes envolviam a emissão de boletos fraudulentos que enganavam correntistas da Caixa, os quais faziam o pagamento e acabavam levando prejuízo. O dinheiro pago através desses boletos eram direcionados às contas dos “laranjas”.

A PF informou que tem detectado aumento considerável no número de pessoas que conscientemente aceitam participar desses esquemas criminosos, através do empréstimo de suas contas bancárias.

Os crimes investigados podem chegar a oito anos de prisão mais multas. São agravantes se for usado um servidor localizado fora do Brasil ou se a vítima for pessoa idosa ou vulnerável.

A operação é parte do projeto Tentáculos, fruto de uma parceria da PF com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).




Fonte: Agência Brasil

Abertas inscrições para artistas negros ao edital Sesc – O Corpo Negro


Artistas negros de todo o país podem se inscrever – a partir do próximo dia 30 – no 3º Edital de Cultura do Sesc RJ Pulsar – O Corpo Negro, que vai distribuir R$ 850 mil para projetos selecionados na área da dança.

As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de julho no neste endereço. Os classificados serão conhecidos no dia 26 de outubro. Além de selecionar atrações artísticas para a programação, o edital inclui os projetos estratégicos O Corpo Negro, Baixada em Foco, Nova Música Convida e Palavra Líquida, como aconteceu na edição de 2022, cujas apresentações foram realizadas no início de 2023.

O projeto de dança O Corpo Negro é realizado anualmente no estado do Rio de Janeiro, sendo considerado um dos maiores do gênero no país, englobando artistas, coletivos, grupos artísticos, estudantes, professores e produtores culturais negros.

Os programas selecionados terão apresentações no período de 27 de abril a 2 de junho de 2024, totalizando 14 polos com acesso ampliado para diferentes públicos. No Rio, a agenda contempla o Espaço Cultural Arte Sesc (Flamengo) e as unidades do Sesc na Tijuca, Copacabana e Ramos. Na região metropolitana do Rio e no interior, o projeto percorrerá Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Niterói, São Gonçalo, Petrópolis (Sesc Nogueira e Centro Cultural Sesc Quitandinha), Teresópolis, Barra Mansa e Nova Friburgo.

Novidades

O 3º Edital de Cultura do Sesc RJ Pulsar – O Corpo Negro mostra novidades em relação ao anterior. Os investimentos serão de R$ 850 mil, contra R$ 690 mil do edital passado e o número de municípios incluídos na grade da programação é maior.

“Este ano, a gente tem novas categorias, voltadas para a criação em dança, que contemplam elaboração, montagem e apresentação de obras inéditas e também de criação e danças para a infância, que são espetáculos voltados para a criança”, informou à Agência Brasil a analista de Artes Cênicas do Sesc RJ, Camila Barbosa.

Esclareceu que as categorias de criação de dança para adultos e crianças, bem como ações educativas em dança, são voltadas para artistas residentes no estado do Rio. Já projetos de difusão em dança e urbanidades em dança são abertos para artistas de todo o território nacional. “Têm uma abrangência maior”, esclareceu.

O edital vai contemplar também projetos audiovisuais, como a criação de um curta-metragem e a dança em todos os seus âmbitos.

“O produto final pode ser um documentário, uma performance que envolva a linguagem corporal, e, principalmente, com protagonismo desses corpos negros”, disse Camila. Destacou, ainda, a produção audiovisual para a infância, que pode ser uma animação, um curta-metragem, também com protagonismo de artistas negros.

“O edital é voltado para participação cada vez maior de artistas negros e negras do país. É um edital de ação afirmativa em que a gente quer trazer para a cena o trabalho desses artistas para reiterar o nosso compromisso em articular a cultura, o debate público e os espaços qualificados para fortalecimento do protagonismo dos artistas pretos no campo das artes cênicas”, sustentou a analista do Sesc RJ.

Com essa visão, o edital foi ampliado, contemplando mais categorias, além de espetáculos e performances. “Porque, agora, a gente está atuando com audiovisual e a categoria infantil. Dessa forma, a gente também consegue ampliar a questão da empregabilidade”, salientou.

Empregabilidade

Este ano, cerca de 10 mil pessoas compareceram às programações do edital de 2022, com entrada gratuita. O projeto empregou cerca de 200 profissionais negras e negros em mão de obra direta para viabilizar as apresentações e demais atividades.

“A gente movimenta esse cenário cultural e fortalece também esses artistas negros e amplia o cenário cultural para receber os trabalhos desses protagonistas”, frisou. Em 2024, os trabalhos selecionados no 3º edital serão apresentados em escolas de teatro e de dança e em universidades, além das unidades do Sesc RJ e praças municipais.

A proposta do projeto é realizar ainda ações educativas em dança e intermediação cultural e proporcionar também intercâmbio entre técnicas de artistas e grupos para difundir e fomentar cada vez mais o que esses artistas estão produzindo.

O edital 2022 – cujos projetos foram realizados em 2023 – envolveram 51 apresentações de espetáculos e oito oficinas formativas. Para 2024, a expectativa é mais que dobrar esse número, atingindo uma meta de 126 apresentações, oficinas e palestras.

“A ideia é que o projeto cresça bastante”, antecipou Camila. Admitiu, contudo, que isso vai depender das composições dos trabalhos que o Sesc RJ vai receber. “Estou muito empolgada para receber esses artistas”, finalizou.




Fonte: Agência Brasil

Vida e obra de Heitor dos Prazeres são tema de exposição no Rio


“Este prazer que eu tenho no nome é o prazer que eu divido com o povo. Este povo com quem eu reparto este prazer. Este povo que sofre, este povo que trabalha, este povo alegre que eu compartilho a alegria desse povo”. O verso, escrito por Heitor dos Prazeres (1898-1966), além de uma apresentação pessoal, ajuda a dimensionar a vida e a obra do artista. Alguém com múltiplos talentos e habilidades, conectado intensamente com a cultura popular do país, especialmente da população afro-brasileira. A partir desta quarta-feira (28), Heitor é o tema da nova exposição em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Rio de Janeiro.

Mais de 200 obras estão presentes na mostra “Heitor dos Prazeres é meu nome”, uma espécie de retrospectiva da produção artística nos campos visual, musical, literário e da moda. Quem visitar as dez salas da exposição vai ter uma pequena amostra de um trabalho que é marcado pela variedade de materiais e linguagens. São pinturas, canções, partituras, projetos, desenhos, discos e indumentárias que marcaram a trajetória do pintor, sambista, compositor e instrumentista.

Rio de Janeiro (RJ), 27 /06/2023 - Uma das maiores retrospectivas de Heitor dos Prazeres (1898-1966) no país,

Rio de Janeiro (RJ), 27 /06/2023 – Uma das maiores retrospectivas de Heitor dos Prazeres (1898-1966) no país, “Heitor dos Prazeres é meu nome” reúne mais de 200 trabalhos do artista no Centro Cultural Banco do Brasil(CCBB). Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

“A produção do Heitor era tão rica e diversa que sempre vai faltar algo. Daria para fazer uma exposição com ênfase no samba, na música, no carnaval. Sobre qualquer um desses temas. Nossa opção foi pelas artes visuais e em apresentar o Heitor dos Prazeres às novas gerações, a partir da complexidade da obra dele. Destacamos algumas temáticas, como a modernidade negra, o campo da afetividade e a sociabilidade”, afirma uma das curadoras da exposição, Raquel Barreto.

Na carreira musical, Heitor dos Prazeres foi fundamental na criação de blocos, ranchos e das primeiras escolas de samba do Rio: Mangueira, Portela e Deixa Falar, que mudaria de nome para Estácio de Sá. Ele compôs mais de duzentas canções, em ritmos que incluíram também a marcha, o choro, a valsa e o baião. Ele frequentou a famosa casa de Tia Ciata, que reuniu nomes importantes do samba como Noel Rosa, Cartola, Paulo da Portela e Pixinguinha.

Em um dos espaços da mostra, uma reprodução do jornal Diário da Noite traz a letra escrita pelo artista de um “Hino do Carnaval”, o samba “Alegria do Nosso Brasil”. Logo ao lado, também está exposto o método prático de cavaquinho de cinco cordas, escrito por ele de forma manual em uma folha simples, amarelada pela ação do tempo.

Na área das artes plásticas, as primeiras pinturas vieram depois que Heitor já era conhecido no meio do samba. Com um traço colorido e vivo, com temas do cotidiano urbano e rural, as obras ganharam importância nacional e internacional. Ele venceu um prêmio na I Bienal de Arte de São Paulo, de 1951, na categoria pintura nacional. E participou da II Bienal de São Paulo, de 1953, com a exposição de algumas obras. Participou ainda de mostras no Museu de Arte Moderna do Rio (MAM), em 1961, e do I Festival de Artes Negras em Dakar, no Senegal, em 1966.

Rio de Janeiro (RJ), 27 /06/2023 - Uma das maiores retrospectivas de Heitor dos Prazeres (1898-1966) no país,

Rio de Janeiro (RJ), 27 /06/2023 – Uma das maiores retrospectivas de Heitor dos Prazeres (1898-1966) no país, “Heitor dos Prazeres é meu nome” reúne mais de 200 trabalhos do artista no Centro Cultural Banco do Brasil(CCBB). Foto – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Na mostra em cartaz no CCBB, as pinturas destacam o contexto pós-abolição da escravidão (1898) e as manifestações das experiências coletivas negras. Nascido no Rio de Janeiro, Heitor cresceu na região conhecida hoje como Pequena África. Nome que os organizadores da mostra explicam derivar de um título criado pelo artista: a África em miniatura, que compreende os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, na zona portuária.

Esse ambiente seria frequente em suas pinturas, como é o caso das obras que retratam o Morro da Providência. Em uma delas, de 1965, enquanto o fluxo de veículos e de pessoas acontece em um primeiro plano, ao fundo uma série de casinhas coloridas se amontoam e parecem formar um grande mosaico em meio aos morros da capital carioca. Em outra tela do mesmo ano, o céu nublado e as construções em tons predominantemente cinzas da Praça XV contrastam com as cores vivas das roupas dos homens e mulheres que circulam pelo local. Nas duas obras, todas as pessoas são negras.

“Ele foi um artista que colocou a população brasileira no centro de tudo e tornou as pessoas negras sujeitas da própria história. E o Heitor foi protagonista da própria vida. Apesar de todas as adversidades estruturais, que tendem a diminuir a capacidade do povo negro de estar no mundo, ele foi capaz de produzir uma obra e deixar registros primorosos com inúmeras possibilidades visuais, como podemos perceber pelas pinturas aqui da exposição”, explica Raquel Barreto.

Serviço

Exposição “Heitor dos Prazeres é meu nome”

De 28 de junho a 18 de setembro de 2023

Centro Cultural Banco do Brasil

Endereço: Rua Primeiro de Março 66 – 1º andar – Centro, Rio de Janeiro

Funcionamento: Segundas, quartas, quintas, sextas e sábados, das 9h às 21h; e Domingos, das 9h* às 20h.

*Aberto ao público com deficiência mental / intelectual das 8h às 9h, em atendimento à Lei Municipal nº 6.278/2017.

Entrada Gratuita




Fonte: Agência Brasil