Edifício A Noite, no RJ, é vendido e será transformado em residencial


A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou, nesta terça-feira (25), a venda do Edifício Joseph Gire, de 22 andares, conhecido como A Noite, que abrigou a Rádio Nacional do Rio e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O comprador, um investidor privado, transformará o prédio em um residencial com 447 unidades e, ainda, três lojas no térreo.

Foram analisadas quatro propostas e o escolhido foi o grupo QOPP Incorporadora, que ofereceu R$36 milhões, além de 50% do potencial adicional gerado pelas regras do Reviver Centro – plano de recuperação urbanística, cultural, social e econômica da região central do Rio –, estimado em mais de R$ 24 milhões.

Em frente à Baía de Guanabara, o edifício tem uma vista privilegiada de toda a cidade e de lá se avista o Dedo de Deus, pico localizado em Teresópolis, na região serrana do Rio. Nos últimos anos, no entanto, o edifício estava em situação de abandono.

Edifício histórico

Nos áureos tempos do rádio, o prédio abrigou a partir de 1936 a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, que ocupava os 4 últimos andares do edifício. Pelos corredores dos quatro andares ocupados pela emissora, passaram grandes artistas da cultura popular brasileira, como Emilinha Borba, Marlene, Dalva de Oliveira, Luiz Gonzaga, Cauby Peixoto, Elizeth Cardoso. Entre tantos outros.

Os programas de auditório com César de Alencar e Paulo Gracindo, as novelas que marcaram época e paravam o Brasil, a exemplo do Repórter Esso, o primeiro jornal radiofônico, com quatro edições diárias na voz marcante de Heron Domingues. O slogan era “Aqui fala o Repórter Esso, testemunha ocular da história”. A Rádio Nacional permaneceu operando no A Noite até 2012, quando desocupou o imóvel para a realização de reformas.

Antes, o edifício era endereço do Jornal A Noite e também do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O primeiro arranha-céu do país foi construído com óleo de baleia e sobre rochas.

Durante a Segunda Guerra, o último andar funcionava como um posto de observação da Marinha, com dois funcionários que se revezavam e, através de um binóculo potente, vigiavam a possível entrada de embarcações inimigas do mar aberto para a Baía de Guanabara.

O prédio foi tombado em 2013 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pelas suas características arquitetônicas e históricas e se tornou ícone da região portuária da cidade.

Projeto

O projeto prevê ainda acesso público ao terraço, em um futuro restaurante com vista para a Praça Mauá, e um centro cultural da Rádio Nacional. As obras têm previsão de início no segundo semestre de 2024.

A negociação é um marco na revitalização da região central do Rio. O prédio é um ícone da cidade na Praça Mauá, coração do Porto Maravilha, ao lado do Centro. O entorno já revitalizado pelas obras do Porto deve ganhar ainda mais potencial com a venda do edifício, que fica em endereço privilegiado, em frente ao museu mais visitado do Brasil e símbolo da renovação da área: o Museu do Amanhã.

Arquitetos responsáveis pelo novo projeto do Edifício A Noite, Duda Porto e André Alvarenga ressaltaram que o maior desafio dessa iniciativa foi resgatar toda a história do prédio. “Era inevitável proporcionar isso aos cariocas e aos turistas que visitam o Rio, essa vista perfeita. Partindo desse princípio, nos andares superiores teremos um restaurante para que a gente possa ter a presença do público. Haverá um elevador próprio. Vai trazer movimento e vida ao empreendimento”, disse Duda Porto.




Fonte: Agência Brasil

Brasil propõe à Nasa parceria para construir satélite


Em reunião realizada hoje (25) no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, no interior de São Paulo, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, propôs ao administrador da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa), Bill Nelson, que Brasil e os Estados Unidos (EUA) desenvolvam, em conjunto, novos satélites e tecnologias aeroespaciais para monitorar a Amazônia.

Também participaram do encontro o diretor do Inpe, Clezio Nardin, e o presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antonio Chamon.

O representante da agência norte americana está em visita ao Brasil para tentar ampliar a parceria no monitoramento do desmatamento da floresta Amazônica e em ações de preservação. Ontem (24), ele teve encontro com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na capital federal.

“Essa é uma proposta que o administrador da Nasa trouxe na visita ao presidente Lula. No caso específico, é a gente ter acesso aos dados de satélites que já estão sendo lançados. E nós estamos propondo uma outra possibilidade, que seria a gente desenvolver conjuntamente outras iniciativas”, disse a ministra, em entrevista após a reunião.

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o monitoramento da Amazônia, atualmente, é feito pelos satélites de sensoriamento remoto CBERS e Amazonia-1 – esse último totalmente brasileiro. Uma nova tecnologia em desenvolvimento pelo Inpe, o Radar de Abertura Sintética (SAR), vai permitir a geração de dados em qualquer condição climática, já que o sistema “vê” através de nuvens, o que é fundamental na região amazônica.

“Acabamos de receber a proposta do Bill e estamos avaliando. A nossa contraproposta é essa, que nós estudemos o desenvolvimento de um satélite conjunto. Mas é óbvio que nós precisamos ter a decisão política [do governo federal]”, disse o diretor do Inpe, Clezio Nardin.

De acordo com o administrador da Nasa, Bill Nelson, a agência propõe ao Brasil o acesso aos dados de dois satélites, já em fase de lançamento. Um deles, desenvolvido em parceria com a Índia, deverá ser lançado no próximo mês de janeiro. O equipamento conseguiria, de acordo com Nelson, “enxergar” inclusive  através da copa das árvores.

“Ele será capaz de olhar através da copa da floresta para que possamos ver se alguém queimou a vegetação rasteira que acabaria matando as árvores grandes”, disse. “Leva anos e anos para desenvolver esses satélites. [No satélite que será lançado em janeiro], as informações estarão disponíveis agora”, acrescentou.




Fonte: Agência Brasil

Histórias sobre Clementina de Jesus inspiram crianças na Mangueira


“Antes de a minha vó ser a cantora Clementina de Jesus, ela era empregada doméstica. E sempre que ela cantava no trabalho, a patroa dizia: ‘Clementina, está cantando ou está miando?’ Vovó ria, mas não levava aquilo para o coração, porque nunca foi rancorosa”.

Enquanto Vera de Jesus contava a história que ouviu da própria avó, dezenas de olhinhos a observavam atentos. As crianças participaram hoje (25) de um evento educativo chamado Ação Griô, promovido pelo Museu do Samba, localizado aos pés do Morro da Mangueira e a poucos metros da quadra da agremiação. A atividade integra as celebrações do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, e propõe difundir a cultura afro-brasileira entre os pequenos e familiares deles.

A sequência da história narrada por Vera traz uma virada surpreendente. Se os ouvidos amargurados da patroa desprezaram a voz de Clementina de Jesus, o mesmo não pode ser dito dos ouvidos treinados de um especialista. O compositor e produtor musical Hermínio Bello de Carvalho ouviu Clementina cantando em uma roda de samba e percebeu que ali havia uma grande artista.

“Ele disse que a voz da minha avó era impressionante. Diferente de tudo, parecia vir direto da África. Lembrava uma oração. E a convidou para a casa dele para fazer uma gravação. Quando ela chegou lá, encontrou o Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Anescarzinho do Salgueiro, Jair do Cavaco e Nelson Sargento. E todos ficaram encantados com ela”, conta Vera de Jesus que, assim como a avó, é cantora e compositora.

Desses encontros na década de 1960 até a morte em 1987, Clementina de Jesus construiu uma carreira emblemática. Gravou 13 álbuns e fez participações especiais em produções de artistas como Milton Nascimento, Clara Nunes e João Bosco. Foi chamada de a Rainha do Partido-alto, um estilo de samba, e contribuiu para valorizar a herança africana na música brasileira.

É com histórias de vida como a de Clementina que o projeto Ação Griô pretende inspirar as crianças ao longo do ano com iniciativas de afro-letramento e reforço escolar.

“Essa é uma roda de conversa ampliada. Recebemos muitas crianças aqui. Para além das crianças pretas e pobres da Mangueira, levamos esse projeto para colégios particulares e crianças ricas. Falamos de histórias e significados que não aparecem em livros didáticos. Mas que fazem toda diferença para fortalecer essas crianças diante de uma sociedade tão racista e excludente”, diz Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu do Samba, e neta de Cartola e Dona Zica.

No evento de hoje, além das histórias sobre Clementina de Jesus, as crianças participaram de atividades musicais. E ouviram palavras de acolhimento e estímulo para lutarem contra os diferentes tipos de discriminação no dia a dia. O educador Fábio Douglas, que levou os dois e filhos e um amigo deles para o Museu do Samba, ficou feliz com a experiência.

“Bom ter uma abordagem para além do espaço escolar institucional e com esse tipo acolhimento. As crianças estão tendo acesso de maneira interessante a esses saberes. Nem sempre a escola vai abordar referências anteriores do samba. E é uma grande oportunidade ouvir isso de parentes diretos, porque a gente consegue conhecer melhor a história através dos nossos, e não só por meio da história oficial”, disse Fábio.

Vera de Jesus espera que mais crianças e adultos sejam tocados pelas histórias que ela contou. E que o samba continue sendo um meio de luta contra o racismo.

“O povo preto sempre foi muito discriminado. Mas nós batalhamos para mudar isso. É preciso olhar para o povo preto de um jeito positivo. Nós somos muito talentosos. E a luta continua, não vai parar hoje, nem amanhã”, diz Vera. “Nós viemos para mostrar que nós somos maravilhosos. Somos mulheres e homens lindos. Nós somos força, resistência, felicidade, amor e esperança”.




Fonte: Agência Brasil

Histórias sobre Clementina de Jesus inspira crianças na Mangueira


“Antes de a minha vó ser a cantora Clementina de Jesus, ela era empregada doméstica. E sempre que ela cantava no trabalho, a patroa dizia: ‘Clementina, está cantando ou está miando?’ Vovó ria, mas não levava aquilo para o coração, porque nunca foi rancorosa”.

Enquanto Vera de Jesus contava a história que ouviu da própria avó, dezenas de olhinhos a observavam atentos. As crianças participaram hoje (25) de um evento educativo chamado Ação Griô, promovido pelo Museu do Samba, localizado aos pés do Morro da Mangueira e a poucos metros da quadra da agremiação. A atividade integra as celebrações do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, e propõe difundir a cultura afro-brasileira entre os pequenos e familiares deles.

A sequência da história narrada por Vera traz uma virada surpreendente. Se os ouvidos amargurados da patroa desprezaram a voz de Clementina de Jesus, o mesmo não pode ser dito dos ouvidos treinados de um especialista. O compositor e produtor musical Hermínio Bello de Carvalho ouviu Clementina cantando em uma roda de samba e percebeu que ali havia uma grande artista.

“Ele disse que a voz da minha avó era impressionante. Diferente de tudo, parecia vir direto da África. Lembrava uma oração. E a convidou para a casa dele para fazer uma gravação. Quando ela chegou lá, encontrou o Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Anescarzinho do Salgueiro, Jair do Cavaco e Nelson Sargento. E todos ficaram encantados com ela”, conta Vera de Jesus que, assim como a avó, é cantora e compositora.

Desses encontros na década de 1960 até a morte em 1987, Clementina de Jesus construiu uma carreira emblemática. Gravou 13 álbuns e fez participações especiais em produções de artistas como Milton Nascimento, Clara Nunes e João Bosco. Foi chamada de a Rainha do Partido-alto, um estilo de samba, e contribuiu para valorizar a herança africana na música brasileira.

É com histórias de vida como a de Clementina que o projeto Ação Griô pretende inspirar as crianças ao longo do ano com iniciativas de afro-letramento e reforço escolar.

“Essa é uma roda de conversa ampliada. Recebemos muitas crianças aqui. Para além das crianças pretas e pobres da Mangueira, levamos esse projeto para colégios particulares e crianças ricas. Falamos de histórias e significados que não aparecem em livros didáticos. Mas que fazem toda diferença para fortalecer essas crianças diante de uma sociedade tão racista e excludente”, diz Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu do Samba, e neta de Cartola e Dona Zica.

No evento de hoje, além das histórias sobre Clementina de Jesus, as crianças participaram de atividades musicais. E ouviram palavras de acolhimento e estímulo para lutarem contra os diferentes tipos de discriminação no dia a dia. O educador Fábio Douglas, que levou os dois e filhos e um amigo deles para o Museu do Samba, ficou feliz com a experiência.

“Bom ter uma abordagem para além do espaço escolar institucional e com esse tipo acolhimento. As crianças estão tendo acesso de maneira interessante a esses saberes. Nem sempre a escola vai abordar referências anteriores do samba. E é uma grande oportunidade ouvir isso de parentes diretos, porque a gente consegue conhecer melhor a história através dos nossos, e não só por meio da história oficial”, disse Fábio.

Vera de Jesus espera que mais crianças e adultos sejam tocados pelas histórias que ela contou. E que o samba continue sendo um meio de luta contra o racismo.

“O povo preto sempre foi muito discriminado. Mas nós batalhamos para mudar isso. É preciso olhar para o povo preto de um jeito positivo. Nós somos muito talentosos. E a luta continua, não vai parar hoje, nem amanhã”, diz Vera. “Nós viemos para mostrar que nós somos maravilhosos. Somos mulheres e homens lindos. Nós somos força, resistência, felicidade, amor e esperança”.




Fonte: Agência Brasil

Policiais militares identificam moto roubada pela numeração do motor e rapaz acaba preso em flagrante no bairro Brasil Novo




Equipe abordou o motociclista, que alegou ter comprado a moto por R$ 2 mil há cerca de oito meses, após conhecer o vendedor pela internet, em Presidente Prudente (SP). Policiais militares identificam moto roubada pela numeração do motor e rapaz acaba preso em flagrante em Presidente Prudente (SP)
Polícia Civil
Um rapaz, de 34 anos, foi preso em flagrante na tarde desta terça-feira (25) após a motocicleta que ele conduzia ser identificada pela Polícia Militar como roubada, no bairro Brasil Novo, em Presidente Prudente (SP).
Os policiais realizavam um patrulhamento no local quando se depararam com o veículo e se recordaram de que sua placa de identificação pertencia a outra moto, sendo que seu verdadeiro dono já havia recebido 24 multas indevidas.
A equipe, então, abordou o motociclista, que alegou ter comprado a moto por R$ 2 mil há cerca de oito meses, após conhecer o vendedor pela internet.
O homem também informou que a placa do veículo já pertencia à moto quando a comprou, desconhecendo o fato de a identificação ser de outro veículo. Ele ainda disse saber que a moto não possuía documentação, já que “seria de leilão”.
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil, em Presidente Prudente, o chassi da moto estava raspado, motivo pelo qual ela foi identificada através da numeração do motor.
A motocicleta foi apreendida.
O rapaz foi preso em flagrante por adulteração de sinal identificador de veículo automotor, com base no artigo 311 do Código Penal Brasileiro, e por dirigir sem permissão ou habilitação, conforme o artigo 309 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Ele passará por audiência de custódia nesta quarta-feira (26).
De acordo com o delegado Eduardo Iasco, recentemente, uma mudança na lei fez com que a pena para quem é pego dirigindo veículos com placas adulteradas chegue a seis anos, “com prisão inafiançável na fase policial”.

Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.




Fonte: G1

Projetos de proteção ao patrimônio permitirão acesso ao “Brasil real”


O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, afirmou, nesta terça-feira (25), que a destinação de R$ 7,5 milhões para apoio a projetos de proteção ao patrimônio cultural constitui uma das principais ferramentas que permitirão à instituição chegar ao “Brasil real, ao Brasil profundo, às comunidades da cultura popular”.

Grass fez a declaração durante o lançamento, em Brasília, do edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI). O período de inscrições começa amanhã (26) e vai até 8 de setembro. O edital não era realizado desde 2015, lembrou o presidente do Iphan.

Conforme o edital, foram disponibilizadas linhas de pesquisa relacionadas a projetos de identificação de bens culturais imateriais, de bens culturais registrados como patrimônio cultural do país e sociolinguística.

Segundo a ministra da Cultura, Margareth Menezes, a pasta está trabalhando pela reconstrução das políticas públicas para o setor. “Todas as ações que o Ministério da Cultura tem tido nas suas secretarias, nas suas políticas públicas, preveem uma visão, uma sensibilidade para a cultura popular, porque essa é a força do nosso povo”, disse.

Os interessados em participar do edital poderão submeter os trabalhos até 8 de setembro. Podem participar da seleção organizações da sociedade civil e órgãos e entidades dos governos federal e estadual.

A íntegra do edital pode ser consultada no site do Iphan.




Fonte: Agência Brasil

Ministra da Cultura defende presença negra no jornalismo e na política


No Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado nesta terça-feira (25), a ministra da Cultura, Margareth Menezes, convidou jornalistas negras para um encontro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília. Cerca de 40 profissionais de diferentes veículos participaram do evento.

Brasília (DF) 25/07/2023 - A Ministra da Cultura, Margareth Menezes, participa de uma café da manhã com as profissionais de imprensa por ocasião do Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Ministra Margareth Menezes participa de café da manhã com jornalistas negras por ocasião do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha – Joédson Alves/Agência Brasil

“Precisamos de mulheres negras nesses espaços pois elas amplificam a comunicação para que as informações sobre políticas públicas cheguem aonde elas precisam chegar. O povo brasileiro precisa se ver na televisão e em todos os lugares”, destacou Margareth, que também mencionou a importância das mulheres na política e de respostas para crimes como o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

“Esse tipo de maneira de calar as pessoas e de calar as vozes das pessoas que se colocam à dispor da luta antirracista é uma prática da sociedade brasileira. Estamos buscando um outro momento, uma virada dessa coisa tão perversa. Estamos fazendo uma revolução sem armas na mão. A custo de muito sangue, de muita luta.”

Com relação ao trabalho à frente do Ministério da Cultura, Margareth ressaltou que deseja avançar com a descentralização da política de fomento e a reestruturação do órgão, que chegou a ser extinto no governo Bolsonaro. A ministra também pretende investir nas políticas de incentivo ao livro e à leitura, estimular o retorno das aulas de arte e cultura na rede de ensino, além de apoiar a retomada do crescimento do setor audiovisual e a integração com países do Mercosul.

Brasília (DF) 25/07/2023 - A Ministra da Cultura, Margareth Menezes, participa de uma café da manhã com as profissionais de imprensa por ocasião do Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Cerca de 40 jornalistas de diferentes veículos participaram do encontro com a ministra Margareth Menezes – Joédson Alves/Agência Brasil

Ao ser perguntada sobre possíveis mudanças na composição do governo, Margareth disse que a decisão compete ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela destacou a importância do apoio da sociedade ao trabalho que vem sendo desenvolvido, especialmente por lideranças negras e mulheres. “O presidente Lula tem buscado diálogo entre as forças políticas e é nesse lugar que precisamos nos equilibrar. Não é fácil chegar nesse lugar de poder para implementar políticas sociais que estavam sendo desconstruídas.”




Fonte: Agência Brasil

Conselho aprova pausa na cobrança de financiamentos imobiliários


O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou, nesta terça-feira (25), a suspensão temporária da cobrança de financiamentos imobiliário contratados com recursos do fundo, no âmbito de programas de habitação popular como o Minha Casa, Minha Vida.

Válida por seis meses, a medida pode beneficiar até 700 mil famílias que, por dificuldades financeiras momentâneas, não têm conseguido saldar as parcelas mensais do financiamento.

“Vamos beneficiar 700 mil famílias, permitindo que elas se readéquem para poder continuar fazendo os pagamentos normais”, afirmou o secretário-executivo do Ministério das Cidades, Hildo Rocha, explicando que a suspensão temporária das cobranças foi proposta pela Caixa, principal agente financeiro do programa.

“Isso é importante para o mercado e está de acordo com a política adotada pelo governo federal de garantir o crédito [à população]”, acrescentou Rocha, alegando haver estudos que apontam que mais de 90% das famílias com dificuldades financeiras temporárias voltam a pagar suas contas em dia se conseguem estender os prazos e, assim, evitar que as dívidas se acumulem.

De acordo com o Ministério das Cidades, a medida não acarretará prejuízos nem para os trabalhadores com contas vinculadas ao FGTS, nem para os bancos que pausarem os pagamentos das prestações, pois os valores pactuados com os clientes inadimplentes será incorporado ao saldo devedor.

Também a pedido do ministério, o Conselho Curador autorizou que mais R$ 28,85 de recursos do FGTS sejam destinados ao custeio de projetos habitacionais populares. Com a suplementação, o orçamento inicialmente aprovado para este fim, que era de R$ 68,1 bi, saltará para cerca de R$ 97 bilhões.

“Será o maior recurso [montante] nominal aplicado pelo Estado [brasileiro] em habitação popular, com recursos do FGTS. Quarenta por cento maior que no ano passado. E, sem dúvida nenhuma, vai criar um sistema muito positivo, [ajudando a gerar] quase 3 milhões de empregos diretos e a movimentar toda uma importante cadeia produtiva”, afirmou Rocha.




Fonte: Agência Brasil

País teve 2,15 milhões de hectares queimados no primeiro semestre


No primeiro semestre deste ano, 2,15 milhões de hectares foram queimados no Brasil, revela mapeamento feito pelo MapBiomas Brasil, uma rede colaborativa formada por organizações não governamentais (ONGs), universidades e empresas de tecnologia, que produz um relatório sobre a cobertura e uso da terra. Segundo o mapeamento, isso significou queda de 1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Se for considerada apenas a região da Amazônia, no entanto, as queimadas aumentaram 14% em relação ao último ano. De acordo com o MapBiomas, a Amazônia foi o bioma com a maior área queimada no semestre, com 1,45 milhão de hectares devastados em 2023, o que corresponde a 68% de toda a área queimada do Brasil nesse período.

Em segundo lugar, vem o Cerrado, com 639 mil hectares, o que representou 30% sobre o total de área queimada no país e aumento de 2% em comparação com o mesmo período de 2022.

“A área queimada no primeiro semestre de 2023 no Cerrado está dentro da média dos últimos anos, com destaque para ações de queimas prescritas que são realizadas nesse período como parte da estratégia de prevenção de incêndios florestais do MIF (Manejo Integrado do Fogo). Porém, a área queimada em junho foi maior do que nos meses anteriores, porque o período de seca no bioma está só começando. A situação pode se agravar ainda mais com a chegada do fenômeno El Niño”, diz, em nota, a coordenadora operacional do MapBiomas Fogo, Vera Arruda, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.

De toda a área queimada no primeiro semestre deste ano no país, 84% eram de vegetação nativa, a maioria em formações campestres. Segundo o MapBiomas, as pastagens se destacaram entre os tipos de uso agropecuário, representando 8,5% de toda a área queimada.

O relatório revelou ainda que, na Mata Atlântica (10.220 hectares) e no Pantanal (13 mil hectares), a área queimada no primeiro semestre deste ano foi a menor dos últimos cinco anos.

A Caatinga seguiu a tendência de queda, com a área queimada no primeiro semestre inferior à dos anos anteriores, com 818 hectares atingidos. Já no Pampa foram queimados 7 mil hectares.

Roraima

Quase metade da área queimada no país entre janeiro e junho deste ano esteve concentrada em um único estado da Amazônia: Roraima, principalmente nas cidades de Normandia, Pacaraima e Boa Vista.

Só neste estado, foram queimados 1 milhão de hectares no primeiro semestre deste ano. Em seguida, apareceram os estados de Mato Grosso (258 mil hectares) e do Tocantins (254 mil hectares). Juntos, os três estados respondem por 82% da área queimada total no período.

Junho

Apesar de os dados semestrais terem mostrado relativa estabilidade, os números do mês de junho mostraram avanço nas queimadas em relação ao ano passado. Pelo relatório, os 543 mil hectares queimados no mês passado estão 203% acima da área queimada em maio de 2023. Segundo o relatório, a vegetação nativa respondeu por 81% da área queimada em junho.

O bioma com maior área queimada no mês de junho foi o Cerrado, com 425 mil hectares, seguido pela Amazônia, com 102 mil hectares.

As unidades de conservação que lideraram o ranking de áreas queimadas no mês de junho foram a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, o Parque Nacional dos Campos Amazônicos e o Parque Nacional do Araguaia.




Fonte: Agência Brasil

Fogo consome 80 m² em área urbana do Parque Alexandrina, em Presidente Prudente




Trabalho de combate ao incêndio levou cerca de 1h e não houve vítimas. Incêndio é registrado nesta terça-feira (25), no Parque Alexandrina, em Presidente Prudente (SP).
Defesa Civil
Um incêndio atingiu 80 m² de uma área verde, na tarde desta terça-feira (25), na área urbana do Parque Alexandrina, em Presidente Prudente (SP).
De acordo com a Defesa Civil do Município, o trabalho de combate ao fogo levou cerca de 1h e teve o apoio do caminhão pipa da Secretaria de Meio Ambiente (SEMEA), viatura da Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros realizou o rescaldo.
Não houve vítimas na ocorrência.
Incêndio é registrado nesta terça-feira (25), no Parque Alexandrina, em Presidente Prudente (SP).
Defesa Civil
Ainda segundo a Defesa Civil, moradores disseram que um vizinho teria colocado fogo no local, mas não quiseram identificar o envolvido.
Denúncias podem ser realizadas pelo número da Polícia Militar Ambiental: (18) 3906-9200 ou pelo 190.
Para combate aos incêndios, Corpo de Bombeiros no 193 ou Defesa Civil (18) 99744-0199.
Incêndio é registrado nesta terça-feira (25), no Parque Alexandrina, em Presidente Prudente (SP).
Defesa Civil

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Fonte: G1