Festival D’Benguela comemora protagonismo das mulheres pretas


Dar protagonismo às mulheres pretas, que nesta terça-feira (25) comemoram o Dia Internacional da Mulher Negra Afro-Latina e Caribenha e o Dia de Tereza de Benguela, é o principal objetivo do Festival D’Benguela, que será realizado das 10h às 16h no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab). O museu fica no bairro da Gamboa, zona central do Rio de Janeiro.

Tereza de Benguela, cujo dia é lembrado hoje, viveu no século 18 e foi casada com José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho, até ser assassinado por soldados. Também conhecido como Quilombo do Quariterê, o quilombo ficava na atual fronteira entre o estado de Mato Grosso e a Bolívia. Com a morte de José Piolho, Tereza se tornou a líder do quilombo, que era o maior do estado, e, sob sua liderança, resistiu à escravidão por duas décadas.

Segundo a fundadora do Coletivo Avança Nega, Marcele Oliver, uma das organizadoras do festival, a intenção é fortalecer o empreendedorismo preto e dar visibilidade a essas mulheres. “É um dia para celebrar esse empoderamento”, disse Marcele à Agência Brasil. O evento reunirá 32 empreendedoras da cidade do Rio de Janeiro, que vão expor seus trabalhos como artesãs, estilistas, chefs e trancistas, entre outras profissionais.

Prêmio

Durante o encontro, será entregue o Prêmio D’Benguela para afroempreendedoras que se destacam em diversas áreas.

Marcele Oliver informou que a ideia é fazer o festival todo dia 25 de julho, tanto no Muhcab quanto em outros espaços. Ela enfatizou que se trata de um um evento para honrar todas as mulheres negras, tanto as que se foram quanto as que estão chegando. “Teremos um ato em memória de todas as mulheres que foram vítimas do sistema.”

Para Gabriela Azevedo, do Instituto Trança Terapia, outra organização idealizadora do festival, este é um dia de comemoração pelas vidas das mulheres negras e de conscientização da luta de todas elas.

Além do Coletivo Avança Nega e do Instituto Trança Terapia, participaram da organização do festival os grupos As Josefinas – Colab & Espaço Cultural e Mães de Wakanda, com apoio do Muhcab e da prefeitura do Rio de Janeiro.




Fonte: Agência Brasil

Desaparecido há 15 dias, corpo de homem de 40 anos é encontrado em Martinópolis | Presidente Prudente e Região


De acordo com o Boletim de Ocorrência, o irmão da vítima foi até a casa dele por volta das 17h45 e sentiu um odor forte ao chegar no local. Ele acionou a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, que, ao entrarem na casa, constataram que o homem estava sem vida.




Fonte: G1

Novidades sobre caso Marielle trazem esperança e cobrança por solução


As novidades desta segunda-feira (24) envolvendo as investigações da morte de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes provocaram reações em parentes e amigos da vereadora. O tom das manifestações é de esperança, mas também de cobrança por uma solução definitiva do caso.

A mãe de Marielle, Marinete da Silva, participou de uma manifestação pelos 30 anos da chacina da Candelária, no centro do Rio de Janeiro. Marinete mostrou ter esperança na solução do assassinato de sua filha. “São cinco anos que a gente está lutando com muita esperança também. E acho que nós vamos ter esse júri este ano e vamos continuar lutando para que Marielle e Anderson tenham uma Justiça digna e necessária”.

Nesta segunda, a Polícia Federal (PF) prendeu o sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões, o Suel, amigo de Ronnie Lessa e que monitorou os passos de Marielle desde 2017. O crime ocorreu no dia 14 de março de 2018, por volta das 21h30, na rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na região central do Rio. Marielle e Anderson foram mortos a tiros dentro de um carro. A assessora da vereadora, Fernanda Chaves, também estava no veículo, mas sobreviveu aos ferimentos.

As informações divulgadas hoje pelo Ministério da Justiça indicam que a colaboração entre instituições federais, o Ministério Público do Rio de Janeiro e Polícia Federal levaram à resposta sobre quem matou Marielle e Anderson, concluindo a primeira etapa das investigações.

A assessora da vereadora se manifestou nas redes sociais após as últimas informações: “Recebo a notícia com satisfação. Um passo importante, sobretudo após um imenso hiato, em que ficamos sem qualquer avanço das investigações e nenhuma manifestação das autoridades sobre esse crime”.

Ela afirmou ainda que o assassinato de Marielle foi um crime político. “Esse atentado expôs a vulnerabilidade da nossa democracia e expôs a frágil proteção oferecida aos defensores de direitos humanos. Seu não esclarecimento só fez contribuir para a sensação de impunidade e ainda macula a legitimidade das instituições garantidoras de segurança pública do país – e foi assim nos últimos anos. Quem zela pela democracia irá em busca da resposta, justiça e responsabilização”.

Já a vereadora Mônica Benício (Psol), ex-mulher de Marielle, seguiu o raciocínio de Marinete e exaltou o trabalho da polícia. “A diferença que faz termos um governo comprometido com a segurança pública e com a justiça: a PF realizou hoje operações para avançar na investigação dos assassinatos de Marielle e Anderson. Eu quero respostas. As famílias, o país e a democracia brasileira precisam de respostas”.

Cobrança

A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional Brasil divulgou uma nota cobrando das autoridades a identidade dos mandantes do crime. O documento diz que a identificação dos executores do crime é apenas o primeiro passo.

“É importante conhecermos a identidade dos executores, mas esta é ainda a primeira de muitas respostas que seguem em aberto. É inadmissível que as autoridades responsáveis pelas investigações, depois de tantos recursos investidos nesse processo, não tenham chegado a uma conclusão sobre os mandantes e sequer tenham levado os acusados pela execução do crime a júri popular”.




Fonte: Agência Brasil

Prefeitura abre licitação para 12 lotes comerciais no João Domingos Netto; VEJA LOCAIS




Áreas foram avaliadas pela Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seplan), que indicou os valores mínimos dos lances, que, somados, totalizam R$ 573.356,87. Prefeitura de Presidente Prudente (SP) abre licitação para lotes comerciais no Conjunto Habitacional João Domingos Netto
Cedida/Luciano Diniz Pontes
A Prefeitura de Presidente Prudente (SP) publicou um edital que objetiva a cessão de posse de 12 lotes localizados no Conjunto Habitacional João Domingos Netto, via processo de licitação. Os lotes são destinados à atividade comercial, mediante concorrência pública do tipo maior proposta.
De acordo com o documento, a cessão dos lotes foi autorizada pela lei nº 9.141/2016, aprovada pela Câmara Municipal, e já garantiu a comercialização de algumas unidades.
As 12 áreas disponíveis foram avaliadas pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seplan), que indicou os valores mínimos dos lances, que, somados, totalizam R$ 573.356,87.
Entrega dos documentos
Os interessados deverão entregar os envelopes contendo a proposta para o lote e os documentos para habilitação no Departamento de Compras e Licitações da Prefeitura, no dia 28 de agosto de 2023, às 14h. Para cada licitante, é permitida a apresentação de apenas uma proposta por imóvel.
Os pagamentos poderão ser à vista, com quitação total, ou a prazo, mediante pagamento de no mínimo 20% do valor total à vista, e o restante em doze parcelas mensais, convertidas em UFM.
As regras e os documentos necessários estão elencados no edital, que deve ser consultado pelos participantes do processo.
Prefeitura de Presidente Prudente (SP) abre licitação para lotes comerciais no Conjunto Habitacional João Domingos Netto
Cedida/Luciano Diniz Pontes
Veja os lotes disponíveis:
Avenida Maria Menezes Alcântara, nº 119, com área de 164,46 m², lance mínimo de R$ 41.540,12;
Avenida Maria Menezes Alcântara, nº 107, com área de 166,60 m², lance mínimo de R$ 36.592,02;
Avenida Maria Menezes Alcântara, nº 97, com área de 160,07 m², lance mínimo de R$ 35.157,77;
Avenida Maria Menezes Alcântara, nº 87, com área de 162,26 m², lance mínimo de R$ 40.984,44;
Avenida Maria Menezes Alcântara, nº 1635, com área de 191,17 m², lance mínimo de R$ 35.520,18;
Avenida Maria Menezes Alcântara, nº 1611, com área de 161,72 m², lance mínimo de R$ 48.286,67;
Rua Dulce Lemes Pierett, nº 27, com área de 275,10 m², lance mínimo de R$ 69.486,13;
Rua Maria Laete Izido Silva, nº 323, com área de 215,24 m², lance mínimo de R$ 54.366,40;
Rua Diogo Parra Peres, nº 174, com área de 208,15 m², lance mínimo de R$ 52.575,57;
Avenida Maria Menezes Alcântara, nº 248, com área de 181,23 m², lance mínimo de R$ 45.775,98;
Rua José Gilmar da Silva, nº 282, com área de 304,43 m², lance mínimo de R$ 76.894,45; e
Rua Argemiro Custódio Garcia, nº 9, com área de 181,18 m², lance mínimo de R$ 36.177,12.
Prefeitura de Presidente Prudente (SP) abre licitação para lotes comerciais no Conjunto Habitacional João Domingos Netto
Cedida/Luciano Diniz Pontes
Serviço
O Departamento de Compras e Licitações está localizado na Avenida Coronel José Soares Marcondes, número 1.200, na região central de Presidente Prudente.
Prefeitura de Presidente Prudente (SP) abre licitação para lotes comerciais no Conjunto Habitacional João Domingos Netto
Cedida/Luciano Diniz Pontes
Prefeitura de Presidente Prudente (SP) abre licitação para lotes comerciais no Conjunto Habitacional João Domingos Netto
Cedida/Luciano Diniz Pontes
Prefeitura de Presidente Prudente (SP) abre licitação para lotes comerciais no Conjunto Habitacional João Domingos Netto
Cedida/Luciano Diniz Pontes
Prefeitura de Presidente Prudente (SP) abre licitação para lotes comerciais no Conjunto Habitacional João Domingos Netto
Cedida/Luciano Diniz Pontes

Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.




Fonte: G1

EBC faz estreia do Canal Gov e consolida separação da TV Brasil


A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) dará um importante passo no seu projeto de reestruturação. Entrará no ar, nesta terça-feira (25), às 8h, o Canal Gov. O veículo será responsável pela cobertura das atividades e ações do Poder Executivo, com transmissão de eventos, entrevistas, pronunciamentos, informações de utilidade pública, programas e notícias do governo federal.  

Saiba como sintonizar o Canal Govhttps://canalgov.ebc.com.br/sintonizar.html

Assista aqui à estreia do Canal Govhttps://www.youtube.com/watch?v=WSVZMpyhXrc

“Dessa forma, a empresa concretiza o compromisso de separar a comunicação pública, razão principal da existência da EBC, da comunicação governamental, serviço que a empresa presta ao governo mediante contrato”, explica Hélio Doyle, diretor-presidente da EBC.

Em maio, a diretoria aprovou a estrutura organizacional que separou de forma mais clara as equipes de produção de conteúdos governamentais e públicos. O Canal Gov está sob a responsabilidade da Superintendência de Serviços de Comunicação da EBC, comandada por Flávia Filipini.

“Vamos explicar às pessoas como acessar serviços e programas públicos e sobre a garantia de direitos. Um dos nossos diferenciais é o acesso direto às fontes do governo, o que garante o dinamismo e a credibilidade da informação”, explica Flávia a superintendente.

Nos próximos dias, a EBC também lançará o portal de notícias e outros serviços ligados à publicização de políticas públicas e ações do governo federal.

TV Brasil

Neste novo cenário, a TV Brasil reassume, integralmente, sua função de emissora pública, com programação de caráter cultural e educativo, dedicada à promoção da cidadania e dos valores democráticos. A nova programação da emissora está focada em oferecer ao telespectador informação com credibilidade e entretenimento de qualidade, de forma a refletir a diversidade do país nos seus conteúdos.




Fonte: Agência Brasil

IBGE abre inscrições para seleção de Agente Censitário de Pesquisa


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) abriu nesta segunda-feira (24) as inscrições para o processo seletivo destinado ao cargo temporário de Agente Censitário de Pesquisas e Mapeamento (ACMAP). São disponibilizadas 148 vagas para todo país, com exigência de ensino médio completo. A seleção também contempla a reserva de vagas para candidatos autodeclarados pretos e pardos, bem como para pessoas com deficiência.

As inscrições se encerram no dia 13 de agosto. O edital atualizado encontra-se disponível no site do Instituto Nacional de Seleções e Concursos (SELECON). Para participar, é necessário o pagamento de uma taxa de inscrição no valor de R$ 30,00.

Os aprovados serão remunerados com salário de R$ 3,1 mil, além de contar com benefícios como auxílio-alimentação no valor de R$ 658,00, auxílio-transporte e auxílio pré-escolar. O contrato terá previsão de duração de até um ano, podendo ser prorrogado por mais dois anos. A carga horária semanal será de 40 horas, com expediente de 8 horas diárias.

A seleção dos candidatos será realizada por meio de prova objetiva, com caráter eliminatório e classificatório, marcada para o dia 24 de setembro. O resultado final do processo seletivo sai no dia 25 de outubro. O conteúdo programático abrangerá disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática e Raciocínio Lógico, Ética no Serviço Público e Geografia. O processo seletivo visa a contratação de pessoal para apoio em atividades posteriores ao Censo Demográfico.




Fonte: Agência Brasil

Simulação de acidente de trânsito com carga perigosa irá alterar tráfego de veículos em marginal da Rodovia Raposo Tavares, em Presidente Venceslau; veja a rota | Presidente Prudente e Região


Em seguida, um caminhão da engenharia civil da Cart, que estará trafegando atrás do caminhão-tanque, não conseguirá reagir e irá colidir na traseira do caminhão, que terá a válvula portinhola de descarte de combustível danificada e, por conta disto, causará um vazamento de etanol. Após a colisão, o caminhão da Cart ficará imóvel entre a faixa da direita e o acostamento, resultando, de acordo com a concessionária, em ‘várias vítimas’.




Fonte: G1

Marido arremessa televisão na esposa e acaba preso por violência doméstica em Osvaldo Cruz | Presidente Prudente e Região


Segundo a Polícia Militar, houve uma solicitação para atendimento de uma ocorrência de violência doméstica na residência do casal e, no local, a vítima relatou aos policiais que o seu companheiro, “muito exaltado e agressivo, teria quebrado vários objetos da residência e não permitindo sua entrada no local”.




Fonte: G1

Executores monitoravam Marielle Franco antes do crime


A vereadora Marielle Franco, assassinada no dia 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro, vinha sendo monitorada desde agosto de 2017, ou seja, sete meses antes do crime. A informação é do ex-policial militar Élcio Queiroz em delação à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio de Janeiro.

De acordo com o delegado da PF Guilhermo Catranby, um dos integrantes do grupo de investigação do crime, o colaborador revelou que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, preso nesta segunda-feira (24), começou a participar da elaboração do crime nos meses de agosto e setembro de 2017 até “o exaurimento do crime, leia-se, ocultação dos instrumentos utilizados na ocasião do crime como por exemplo o veículo Cobalt prata usado pelos executores naquela fatídica noite”.

“Em relação a execução em si, o Élcio dá os pormenores do que aconteceu desde a chamada do Ronnie [Lessa, ex-policial] ao meio dia pelo aplicativo de mensagens instantâneas, que se auto deletam após efetivamente lidas. Ronnie chamou o Élcio para a sua residência, chegando lá o Élcio já avistou Ronnie com uma bolsa, ambos se dirigiram ao Cobalt prata na saída do condomínio”, informou.

Rio de Janeiro (RJ), 24/07/2023 - O delegado da Polícia Federal, Guilhermo Catramby, fala em coletiva de imprensa sobre a Operação Élpis, deflagrada pela Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro. que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

Delegado da Polícia Federal Guilhermo Catramby, fala à imprensa sobre a Operação Élpis – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O carro foi visto próximo à Casa das Pretas, na Rua dos Inválidos, na Lapa, centro do Rio de Janeiro, onde a vereadora estava participando de um encontro. O delegado disse que foi comprovada a versão sobre a vigilância do local apresentada por Élcio, ao informar que durante todo o trajeto desde a saída de casa até o centro do Rio, Ronnie estava no banco da frente do veículo, mas chegando ao local, com auxílio do Élcio, foi para o banco de trás, se equipou e permaneceu ali “fazendo a vigilância da vítima”.

Além de confessar a sua participação no crime, Élcio apontou o também o ex-policial militar Ronnie Lessa como autor dos assassinatos. “A partir da saída de Marielle, de Anderson e da Fernanda, ambos seguiram no Cobalt, emparelharam, e todos sabemos o que aconteceu. A rota de fuga ele detalha com minúcias: seguiram pela Leopoldina, pegaram o acesso à Avenida Brasil, dali foram para a Linha Amarela, desceram na última saída da Linha Amarela em direção ao Méier”, revelou.

Já no bairro da zona norte, Ronnie Lessa interfonou para o seu irmão Dênis Lessa, na casa dele. Os dois entregaram os equipamentos utilizados no crime e Ronnie pediu ao seu irmão que chamasse um táxi. “É aí o nosso elemento de corroboração mais efetivo, mais contundente. Conseguimos junto à cooperativa de táxi o rastreamento dessa corrida de ambos do Méier até a Barra da Tijuca, local o qual embarcaram novamente”, disse, acrescentando que ali os dois ativam os seus celulares. “Basicamente esta foi a dinâmica do crime no dia 14 de março de 2018”.

Pesquisas

Dois dias antes do crime, Ronnie Lessa fez pesquisas em uma empresa privada de dados do CPF da Marielle e de sua filha Luyara. O delegado Catranby disse que esse fato ainda não tinha aparecido nas investigações, até agora, e quando apresentado a Élcio Queiroz contribuiu para ele fazer a delação. Outro fato, conforme o delegado, que incentivou a colaboração, foi o depoimento da mulher de Ronnie Lessa, que indicou que nem o marido e nem Élcio estavam na residência do casal, o que contrasta com as versões dos dois à Justiça.

O delegado da PF acrescentou que apesar de ter conhecimento sobre o planejamento do crime, Élcio contou que não participou das execuções, porque começou a integrar as ações do grupo no dia 14 de março de 2018.

“Ninguém colabora se achar que tem alguma chance de ser absolvido, portanto, as provas hoje são muito contundentes contra o Élcio, por isso ele entendeu por bem colaborar”, explicou o promotor de Justiça Eduardo Morais Martins.

Prisão

A delação levou à prisão nesta segunda-feira do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, no âmbito da Operação Élpis, deflagrada pela Polícia Federal e pela Força Tarefa Marielle e Anderson (FT-MA) junto com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ).

“O Maxwell, antes do crime, participa da manutenção e da guarda do carro, participa da vigilância da vereadora e imediatamente no dia seguinte ao crime auxilia os executores a trocar as placas do veículo e auxilia também ao contatar a pessoa que foi responsável em se desfazer do carro. Posterior ao crime, segundo o colaborador, era ele quem auxiliava junto com Ronnie na manutenção da família do Élcio e de sua própria defesa. Ele vinha, até recentemente, auxiliando os executores a se eximir da sua participação”, detalhou Martins, lembrando que Maxwell já tinha sido preso por auxiliar Ronnie Lessa a se desfazer das armas, conforme foi apontado na Operação Submerso, ao jogá-las no mar.

Ainda segundo o promotor, a decisão de pedir a prisão de Suel foi com base em informações de que ele continuava se desfazendo de provas, e também por indícios de participação em atividade de organização criminosa. “Tudo isso foi levado em consideração no nosso pedido, que foi atendido pelo Judiciário”, informou.

Milícia

Rio de Janeiro (RJ), 24/07/2023 - O superintendente regional da Polícia Federal, Leandro Almada da Costa, fala em coletiva de imprensa sobre a Operação Élpis, deflagrada pela Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro. que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

Superintendente da Polícia Federal no Rio, Leandro Almada, fala à imprensa sobre a Operação Élpis – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O superintendente da PF no Rio de Janeiro, Leandro Almada, informou que foi apurado ainda a participação de Suel e Lessa em ações da milícia. No caso de Lessa, segundo Almada, já foi noticiado que ele participava de um grupo de extermínio e exploração de TV por assinatura ilegal em comunidades. “A suspeita existe, mas o diagnóstico do envolvimento nesse nível e qual exatamente no que tange a todo o contexto do fato criminoso, a gente vai exaurir dessa prova para que possa determinar com a certeza necessária isso aí”, explicou.

A Operação Élpis, que resultou na prisão do ex-bombeiro é a primeira fase da investigação que apura os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

Segundo Leandro Almada, “a novidade na apuração do caso é a delação, que não ocorreu por acaso, mas é fruto de muito trabalho da PF e do Ministério Público de revisitar todas as provas”.

“Nós melhoramos o arcabouço probatório para que a gente pudesse ter essa linha estratégica de uma delação, e a versão apresentada foi corroborada depois com um levantamento, e essa é a parte primordial. Não adianta a gente receber a informação por si só. A colaboração só tem efeito quando é corroborada”, disse o superintendente em coletiva na sede da PF.

O que foi divulgado nesta segunda-feira pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, sobre a Operação Élpis, é parte do que foi apurado até agora. O restante está mantido em sigilo para aprofundar as investigações.

“Foi um trabalho iniciado no mês de fevereiro, e hoje a gente entende que do ponto de vista investigativo e de estratégia, que a gente divulgue essa primeira fase desse trabalho que diz respeito exclusivamente à investigação da mecânica do crime, execução e planejamento imediatamente anterior, os atos preparatórios e executórios desses crimes”, disse o superintendente Leandro Almada.

O assassinato da vereador e de seu motorista completou cinco anos, e ainda é feita a pergunta: Quem mandou matar Marielle? Para o superintendente da PF, embora seja uma fase inicial das apurações, foram obtidas provas que confirmam o que Élcio Queiroz contou em delação.

Rio de Janeiro (RJ), 24/07/2023 - O promotor, Fábio Corrêa de Mattos, fala em coletiva de imprensa sobre a Operação Élpis, deflagrada pela Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro. que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

Promotor Fábio Corrêa de Mattos fala à imprensa sobre a Operação Élpis – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

“É uma fase do trabalho que ainda não terminou, mas a gente conseguiu carrear provas muito consistentes para reforçar o trabalho anterior que já vinha sendo feito e não tinha conseguido ser concluído”, disse Leandro Almada, acrescentando que essas provas, entre outros pontos, esclarecem como foi a mecânica do crime.

A Operação Élpis é a primeira realizada após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ter pedido, em fevereiro, a instalação, pela Polícia Federal, de um inquérito para investigar em trabalho conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e a tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, a assessora da parlamentar.

De acordo com o superintendente da PF, o trabalho teve apoio importante do Departamento do Sistema Penitenciário Nacional (Depen) e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Conforme Almada, a equipe da PF nas investigações conta com nove agentes.

O coordenador do Gaeco do MPRJ, promotor de Justiça Fábio Corrêa, disse que “o anunciado hoje é resultado de muita perseverança e responsabilidade” e que essa etapa “é fruto de um trabalho silencioso de cada um dos profissionais que passaram desde o início das investigações”.

“Todo trabalho tem sido desenvolvido de forma muito constante e harmoniosa do MPRJ com a PF, e assim deve seguir dando uma sinalização muito clara que as instituições estão buscando e oferecendo respostas de um crime tão emblemático e, principalmente, em relação ao crime de homicídio, que é um dos crimes mais graves, senão o mais grave no nosso ordenamento jurídico”, disse.

Depoimentos

Já prestaram depoimentos à Polícia Federal Dênis Lessa, irmão de Ronnie Lessa; e Edilson Barbosa dos Santos.

O delegado Guilhermo Catamby informou que pretendia ouvir, ainda nesta segunda-feira, Maxwell Simões Corrêa e a mulher dele. Ainda segundo o delegado, apesar de terem recebido uma intimação para comparecerem à Superintendência da Polícia Federal, eles não foram porque não era coercitivo.




Fonte: Agência Brasil

Visitantes são flagradas tentando entrar com maconha em penitenciárias de Irapuru e Presidente Venceslau | Presidente Prudente e Região


Já na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau, uma mulher foi detida portando em sua genitália 50 gramas de substância análoga a entorpecente, ao tentar entrar na unidade prisional, onde iria visitar seu marido.




Fonte: G1