Polícia Federal combate financiadores de garimpo ilegal em Roraima


A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (10), a Operação Frutos do Ouro, para investigar um grupo criminoso ligado ao financiamento de garimpo ilegal em Roraima. Os suspeitos podem estar relacionados à apreensão de mais de cinco quilos  de ouro no Aeroporto de Boa Vista, em 2019, e teriam movimentado aproximadamente R$ 80 milhões. 

De acordo com a PF, as investigações tiveram início a partir da prisão de uma pessoa que tentava embarcar com mais de 5 quilos de ouro no Aeroporto de Boa Vista, com destino a Campinas (SP). “O inquérito policial identificou uma rede dedicada à exploração de ouro extraído da Terra Indígena Yanomami e à lavagem de dinheiro”, diz nota da Polícia Federal.

Joalheria é investigada

O inquérito investiga, ainda, uma joalheria, em São Paulo, com mais de R$ 50 milhões de movimentação financeira. Ela teria enviado valores ao suspeito responsável pelo ouro apreendido em 2019. Outro investigado teria recebido salários que somam aproximadamente R$ 5 mil e mais de R$ 15 milhões em movimentações financeiras.

O grupo criminoso utilizaria uma empresa de comércio de frutos do mar, localizada na capital de Roraima, para movimentar parte do dinheiro utilizado na aquisição do ouro. Mais de 30 policiais cumprem cinco mandados de busca e apreensão em Boa Vista e em São Paulo, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal, em Roraima.




Fonte: Agência Brasil

Shokonsai mantém tradição centenária no Cemitério Japonês em Álvares Machado; FOTOS




Festividade oriental chegou a 103ª edição e foi celebrada neste fim de semana. A 103ª edição da cerimônia oriental ‘Shokonsai’ foi realizada neste fim de semana no Cemitério Japonês, em Álvares Machado (SP).

Veja abaixo fotos da celebração encerrada neste domingo (9).
103º Shokonsai no Cemitério Japonês, em Álvares Machado (SP)
Betto Lopes/TV Fronteira
103º Shokonsai no Cemitério Japonês, em Álvares Machado (SP)
Betto Lopes/TV Fronteira
103º Shokonsai no Cemitério Japonês, em Álvares Machado (SP)
Betto Lopes/TV Fronteria
103º Shokonsai no Cemitério Japonês, em Álvares Machado (SP)
Betto Lopes/TV Fronteira
103º Shokonsai no Cemitério Japonês, em Álvares Machado (SP)
Betto Lopes/TV Fronteira
103º Shokonsai no Cemitério Japonês, em Álvares Machado (SP)
Betto Lopes/TV Fronteira
103º Shokonsai no Cemitério Japonês, em Álvares Machado (SP)
Betto Lopes/TV Fronteira
103º Shokonsai no Cemitério Japonês, em Álvares Machado (SP)
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103º Shokonsai no Cemitério Japonês, em Álvares Machado (SP)
Betto Lopes/TV Fronteira
103º Shokonsai no Cemitério Japonês, em Álvares Machado (SP)
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103º Shokonsai no Cemitério Japonês, em Álvares Machado (SP)
Betto Lopes/TV Fronteira

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Fonte: G1

Festival Latinidades termina em Brasília valorizando mulheres pretas


Sabedoria, narrativas sobre a afro-ancestralidade e o poder das mulheres negras e indígenas, trocas de vivências, além de canto, dança e percussão, no chão de terra batida. Essa foram as marcas do último dia do 16° Festival Latinidades, etapa Brasília, que ocorreu neste domingo (9), da casa de religião de matriz africana Ilê Asè Oya Bagan, localizada na cidade do Paranoá, a 25 km do centro da capital federal. 

Em uma gira de conversa, três palestrantes debateram sobre o Bem Viver Ubuntu, nas relações entre as pessoas, pautadas pelos valores da coletividade, do respeito, solidariedade e empatia.

Natureza não é mercadoria

Brasília, DF 09/07/2023 Nilma Bentes participa de Gira de conversa no encerramento do Festival Latinidades.  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom

Brasília, DF 09/07/2023 Nilma Bentes participa de Gira de conversa no encerramento do Festival Latinidades. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/

A engenheira agrônoma, ativista negra e propositora da Marcha das Mulheres Negras, Nilma Bentes, relatou os desafios para mobilização do público para realizar a primeira marcha, que desde sua concepção, em 2015, buscou ser um protesto contra o racismo, a violência, a desigualdade social e de gênero no Brasil, pelo bem viver.

A ativista negra defende que não é aceitável haver mercantilismo sobre elementos da natureza e citou a terra, os minérios, águas e corpos humanos. Para ela, é preciso diminuir o consumismo para preservar a vida e o planeta. “A colaboração deve estar acima da competição. E economia tem que ser subordinada à ecologia, não é o contrário. A economia tem devastado muito”.

Nilma Bentes defendeu uma mudança de paradigmas: ao invés das pessoas buscarem o sucesso, devem voltar-se ao autocuidado e o cuidado com os outros. “É preciso cuidar do planeta, da florestania. A humanidade precisa ser respeitada”. Ela destaca o conceito de florestania como uma afirmação de possibilidade de vida cidadã dentro da floresta.

Bentes se disse agnóstica e deixou o questionamento sobre a opressão ao feminino. “Se metade da humanidade são mulheres, e a outra metade são filhos delas, por que existe essa hegemonia do masculino?”.

Ética amorosa

Brasília, DF 09/07/2023 Carla Akotirene e Mãe Beth de Oxum na Gira de conversa no encerramento do Festival Latinidades. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom

Brasília, DF 09/07/2023 Carla Akotirene e Mãe Beth de Oxum na Gira de conversa no encerramento do Festival Latinidades. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/

Assistente social do sistema prisional baiano e doutora em estudos feministas pela Universidade Federal da Bahia, Carla Akotirene, destacou que é uma decisão política estar na militância pela valorização dos negros e quem rege essa luta é o amor. “A gente só recebe pedradas, recebe achincalhamentos, chacotas. O que é totalmente oposto à epistemologia de Oxum, se for considerada a ética amorosa que está dentro do terreiro e a conexão da água à nossa ancestralidade. E a gente confia em ogum, na justiça, respeita as crianças, os mais velhos. A ética amorosa está na filosofia dos terreiros”.

Após estudos, orientações da família e do terreiro que frequenta, a militante disse entender que os saberes não estão apenas retidos às pessoas que tiveram acesso ao ensino superior. E que é preciso olhar para os antepassados.

“Eu penso que o Sankofa dos mais novos está com torcicolo, porque há uma dificuldade tremenda em olhar para trás. A gente não tem se tratado como divindade. Estão se tratando como ‘eu-tidade’, visto que tudo que estão fazendo é mais importante do que os mais velhos fizeram. Então, a tecnologia acaba imprimindo a ideia de que o que os mais velhos fizeram é ultrapassado, obsoleto e não merece reverência. Isso pra mim é muito perigoso”.

Sankofa é o símbolo africano representado por um pássaro com a cabeça voltada para trás, para recordar erros do passado, para que não voltem a ser cometidos. Acredita-se que esse olhar para o passado serve para adquirir conhecimento e sabedoria.

Oralidade

A Iyalorixá do Ilê Axé Oxum Karê, mestra coquista e comunicadora pernambucana de Olinda, Beth de Oxum, destacou o poder da oralidade para transferência de saberes pelos mais velhos e valorização das mulheres, sobretudo daquelas de terreiros de religiões de matriz africana. Ela pede que as pessoas andem descalças na terra para que possam sentir o sagrado.

“Devido à força que há na terra, esta não pode ser vendida, nem comprada. E a disputa de terra é uma das coisas mais perversas que a humanidade atravessa. Os povos originários, tanto os indígenas, como os povos de terreiros, a gente compreender a terra como algo extremamente coletivo”.

Beth de Oxum também destaca a força feminina valorizada pelas religiões de matriz africana. “O poder de nutrir é das mulheres, desde o gerar da vida e a amamentação. Nos terreiros, a mulher é a força. O terreiro é o matriarcado. Já o patriarcado está no sistema que se apropriou de tudo”.

A Iyalorixá pernambucana repeliu o racismo e a discriminação religiosa. “Ninguém pode ser humilhado, nem ser escarnecido e vilipendiado perante sua fé. Mas é o que acontece todos os dias e todas as noite. E ninguém faz nada”, lamenta Beth de Oxum.

Impressões

A responsável pelo terreiro Ilê Asè Oya Baga, que recebeu as atividades do último dia do 16° Festival Latinidades, mãe Baiana, disse que a casa está de portas abertas e citou os orixás do candomblé. “Ilê Asè Oya Baga é a casa que acolhe, que sempre está de portas abertas. Cada um que passa naquela porteira, Exu recebe. Cada um que chega aqui dentro, Iansã acolhe. E no meio caminho, Ogum cai para dentro das batalhas e livra cada um de nós de todos os males”.

A mediadora da gira de conversa, a produtora de conteúdo digital Janaína Costa, de 30 anos, disse que voltará ao Quilombo do Macuco, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, impactada pelo que ouviu das mulheres painelistas. “Estou indo para casa agora, literalmente, com muito mais perguntas, mais sede de saber mais sobre mim, sobre a minha própria história e me conectar. Então, tudo que foi dito sobre conexão com a natureza, com a terra, me ajudará a chegar em casa e a olhar com muito mais atenção e com mais beleza, porque sempre esteve lá”.

A mestre de cerimônia do Festival Latinidades desde 2011, Maria Paula Andrade Sato, fez um balanço da 16ª edição, que ocorreu em Brasília desde quinta-feira (6). “Houve muita potência e amor. É a prova viva de que nós, mulheres, todas juntas, sejam mulheres negras, mulheres indígenas, latinas, somos as donas disso tudo, dessa roda toda, desse mundo. Tudo isso só gira porque tem a nossa força feminina. Por isso, temos que estar em todos os espaços: nas políticas públicas, na televisão, no judiciário, em todos os espaços. Temos o poder de curar, porque o que não falta em nós, mulheres, é o amor”.

Encerramento

Brasília, DF 09/07/2023 Show da Mestre Martinha do Coco na Gira de conversa no encerramento do Festival Latinidades. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom

Brasília, DF 09/07/2023 Show da Mestre Martinha do Coco na Gira de conversa no encerramento do Festival Latinidades. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/

A apresentação da mestra Martinha do Coco com tambores, cantas e danças em roda com todos os presentes no terreiro Ilê Asè Oya Bagan encerrou o 16 Festival Latinidades, etapa Brasília. Nos momentos finais, a diretora Geral do Latinidades, Jaqueline Fernandes, conversou com a reportagem da Agência Brasil e avaliou que o festival acerta em estar em vários espaços representativos. “Acho que ser o maior festival de mulheres negras da América Latina é poder estar, também, em espaços da micropolítica, em ilês, em terreiro de axé como este de hoje. Então, nem sempre ser maior é estar como estivemos ontem, com milhares de pessoas, na Esplanada dos Ministérios. Estou muito orgulhosa por essa edição do Latinidades”.

Pela primeira vez desde que foi criando, em 2008, o Festival Latinidades terá programação em outras três capitais, além de Brasília: Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. O festival chega ao Rio de Janeiro em 15 julho. Estão previstos cortejo, painéis, rodas de conversa e lançamento literário. Confira a programação oficial no site do evento. As inscrições são gratuitas.




Fonte: Agência Brasil

Rede de museus sociais conecta memórias e lutas de comunidades do Rio


Em um muro da favela do Cantagalo, no Rio de Janeiro, o grafite mostra uma mulher carregando uma lata na cabeça. Lembrança dos tempos em que não havia abastecimento de água e cada um se virava como podia. Um pouco mais à frente, já na favela do Pavãozinho, a imagem é de cinco policiais sisudos. Houve uma época em que eles vigiavam os moradores que eram proibidos de construir casas de alvenaria. E, com um pouco mais de fôlego, chega-se à casa no Pavão com referências às brincadeiras das crianças na comunidade: bola de gude, pipa e amarelinha.

Esta é a descrição da visita a um museu. Não é um daqueles tradicionais, com pinturas de artistas renascentistas ou artefatos arqueológicos, mas, ainda assim, um museu. No acervo, casas, muros, ruas, cerca de 20 mil moradores e o modo de vida deles. O Museu de Favela é uma das organizações que compõem a Rede de Museologia Social do Rio de Janeiro, grupo que completa 10 anos em 2023. A rede defende um conceito mais abrangente de museu, incluindo espaços de memória, experiências coletivas e ações voltadas para educação, entretenimento e conhecimento.

Fazem parte da rede os museus da Maré, Sankofa da Rocinha, do Horto, o da Arte e da Cultura Urbana e o Ecomuseu Rural de Barra Alegre. Em encontros mensais, há troca de experiências sobre as comunidades e os movimentos sociais que representam. Para o grupo, a memória é um fator de inclusão e transformação social. Por isso, o objetivo é ampliar a diversidade de vozes e narrativas históricas da sociedade.

“Os museus tradicionais partiam de uma perspectiva distante em relação ao outro. Quando falavam de povos indígenas, quilombos e favelas, sempre falavam em terceira pessoa. A museologia social traz uma experiência na primeira pessoa do singular e do plural. São museus comunitários que falam sobre si mesmos e rompem com qualquer intermediação. Não precisam de alguém que fale por eles”, explica o museólogo, poeta e diretor do Museu da República Mario Chagas, que é membro da rede.

Rio de Janeiro (RJ) -  Rede de museus sociais conecta memórias e lutas de comunidades do Rio, ruas, casas, pessoas e hábitos culturais formam acervo dinâmico e vivo das periferias.
Foto:Museu das Remoções/Divulgação

Grafite lembra tempo em que era proibido construir casas de alvenaria no Pavãozinho – Museu das Remoções/Divulgação

Território

O Museu de Favela foi criado em 2008 como uma organização não governamental (ONG) liderada por moradores do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho. Como ruas e becos recebiam visitas frequentes de turistas, eles resolveram contar a história das comunidades por meio de grafites nos muros das casas. Com curadoria do artista Acme, pintaram os muros e inauguraram em 2010 o Circuito das Casas-Tela: uma visita guiada, com duração de até três horas, que inclui a observação e de 27 moradias.

Os organizadores entenderam que o projeto era coerente com o conceito de museologia social. Nas telas do museu, há referências aos primeiros moradores e às transformações culturais ao longo do tempo. Heranças indígenas, afro-brasileiras e nordestinas são destacadas. Na construção dessas memórias, os líderes do Museu de Favela precisaram incluir toda a comunidade. Os donos das casas participavam da decisão sobre o que ia ser grafitado nos muros.

“Passamos um ano fazendo a mediação com os moradores, para saber se concordavam ou não. Foi, de fato, um trabalho coletivo. Tinha morador que não achava legal o jeito como a história estava sendo pensada para a parede dele. E aí, aconteciam as conversas para chegar a um consenso. Tem 13 anos que as pinturas estão lá. Os moradores não pintam nada por cima. E são eles que, muitas vezes, avisam quando precisa restaurar algum grafite”, diz Márcia Souza, uma das fundadoras do Museu de Favela.

Resistência

Na Vila Autódromo, à margem da Lagoa de Jacarepaguá, o museu tem uma configuração distinta. Boa parte do acervo não é constituída de casas e sim de escombros e memórias dos que viveram ali. Nos anos que antecederam os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, centenas de famílias foram removidas para a construção do Parque Olímpico, do Centro de Mídia e de vias expressas. Apenas 20 conseguiram permanecer.

O Museu das Remoções foi criado em 2016 para impedir que tais acontecimentos fossem esquecidos. O percurso expositivo pelas ruas da comunidade é uma das principais atividades, e inclui ouvir dos moradores remanescentes as histórias de violência e as de resistência. Eles lembram dos vizinhos que tiveram de deixar o local. Falam sobre as agressões físicas e psicológicas da Guarda Municipal e de medidas intimidatórias da prefeitura, como corte de iluminação pública e suspensão da coleta de lixo e da entrega de correspondência.

Existem no percurso suportes materiais dessa memória: esculturas feitas em 2016 a partir de escombros, com o apoio de estudantes de arquitetura e urbanismo. Algumas obras foram destruídas por tratores durante as remoções, mas outras foram salvas pelos moradores, que criaram novas atividades para o museu. Exposições temporárias de fotografias e festivais de arte são alguns exemplos. Para breve, está prevista a inauguração de um centro cultural, que vai ajudar a ampliar o número de atrações.

“Começamos a olhar para a museologia de uma forma diferente. Pensamos em algo a partir dos escombros e do caos e também refletimos sobre o impacto que a sociedade sofria em função da especulação imobiliária. E começamos a perceber que era possível organizar nossa própria memória e cuidar para que não fosse apagada, como aconteceu com tantas outras favelas removidas na cidade, cuja história se perdeu”, destaca Sandra Maria, uma das fundadoras do Museu das Remoções.

Rio de Janeiro (RJ) -  Rede de museus sociais conecta memórias e lutas de comunidades do Rio, ruas, casas, pessoas e hábitos culturais formam acervo dinâmico e vivo das periferias.
Foto:Museu das Remoções/Divulgação

É possível organizar a própria memória para que não seja apagada, diz fundadora de museu – Museu das Remoções/Divulgação

Rede

A Rede de Museologia Social do Rio de Janeiro faz parte de um movimento de transformação do que se entende como museu. As primeiras instituições remetem aos séculos 17 e 18 na Europa, quando critérios hoje considerados elitistas e excludentes, definiam o que era um museu. O padrão foi replicado em diferentes partes do mundo de forma hegemônica até a primeira metade do século 20, e era marcado por uma herança colonialista e imperialista. A década de 1970 marca um momento de maior discussão e revisão desses conceitos.

A definição mais atual e abrangente é de agosto do ano passado e surgiu na 26ª Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus (Icom), em Praga, na República Tcheca. “Um museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade, que pesquisa, coleciona, conserva, interpreta e expõe patrimônio material e imaterial. Abertos ao público, acessíveis e inclusivos, os museus promovem a diversidade e a sustentabilidade”, diz o texto principal. Além disso, os museus atuam e se comunicam de forma ética, profissional e com a participação das comunidades, oferecendo experiências variadas de educação, entretenimento, reflexão e compartilhamento de conhecimento.

Segundo Mario Chagas, os museus sociais são coerentes com essa realidade, embora não estejam presos em definições rígidas, nem dependam de organismos internacionais ou de critérios acadêmicos para ser legitimados. Assim, um museu pode ser entendido como qualquer iniciativa comunitária que envolva espacialidade, temporalidade e engajamento na preservação de memória, explica o museólogo. Dentro dessa perspectiva, a Rede de Museologia Social promove intercâmbio com mais de 50 iniciativas no Rio de Janeiro, e a diversidade de ambientes e de conteúdos não impede que o grupo tenha compromissos em comum.

“Fazemos um trabalho de articulação e de união. É um trabalho político, que envolve cultura, arte, e é pensado de baixo para cima”, acrescenta Chagas. “Nossos compromissos são bem claros. Estamos comprometidos com o combate ao racismo e à LGBTfobia, com a defesa dos povos indígenas, das mulheres e dos direitos universais à terra. Também estamos interessados em pautas sobre trabalho, saúde, moradia, direitos humanos. Temos causas que nos aproximam e nos unem fortemente”.

O pensamento é compartilhado por aqueles que vivem e constroem diariamente os museus sociais. “Nosso maior objetivo é trazer visibilidade para as favelas e fazer essas histórias circularem. Que esses territórios sejam reconhecidos como patrimônios das cidades. É isso que nos move: manter essa memória para que não se apague. Muitas vezes, o tempo vai passando e as pessoas esquecem. E essas histórias não serão encontradas nas revistas, nos jornais, na internet”, ressalta Márcia Souza.

“Museus sociais evitam apagamento de grupos sociais e culturas. Estamos falando da preservação do nosso povo. Os museus são ferramentas potentes de luta, valorizam a identidade e fortalecem os direitos de um povo. Vivemos em uma sociedade injusta e desigual. Com a organização das memórias, as pessoas preservam também seus direitos. Museus tradicionais valorizam mais as histórias de reis, presidentes, senhores, nobres. Na museologia social, grupos que não se sentem representados podem organizar e preservar suas tradições, memórias e heróis”, enfatiza Sandra Maria, do Museu das Remoções.




Fonte: Agência Brasil

Brasil em Pauta discute destinação social para imóveis ociosos


Aprimorar a gestão do patrimônio da União para dar destinação racional e também de caráter social a prédios e terrenos públicos federais ociosos é o objetivo de um plano que está sendo elaborado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Segundo a ministra da Gestão, Esther Dweck, esta foi uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Isso foi demanda do presidente Lula. Ele falou que a União tem patrimônio espalhado pelo Brasil e que muitas vezes está abandonado ou tendo uma destinação que não é a melhor. Ele falou: vocês têm que estudar para pensarmos qual é a melhor forma de destinar. Muita coisa pode ser usada para habitação popular e também tem locais que podem se tornar equipamentos de saúde, de educação, de lazer para melhorar a vida das pessoas”, disse Esther Dweck em entrevista ao programa Brasil em Pauta, que vai ao ar neste domingo (9), às 22h30, na TV Brasil.

De acordo com a ministra, o trabalho inicial é fazer um levantamento nacional sobre o patrimônio passível de destinação social, em parceria com movimentos sociais e prefeituras. Então, será criado um comitê de destinação com a participação de ministérios como o das Cidades, o da Saúde, o da Educação e o da Cultura, além da Casa Civil da Presidência da República. “Estamos estruturando esse plano e creio que, em breve, vamos ter ele para discutir”, afirmou.

Esther Dweck citou o exemplo de soluções que podem ser encaminhadas por meio do plano para pessoas que vivem em moradias construídas em locais de risco de desastres naturais, como desabamentos e inundações. Ela lembrou o caso de uma região onde há comunidades vivendo em área de risco e, nas proximidades, há um terreno da União onde é possível construir habitações seguras, sem necessidade de deslocamento significativo de local com as comunidades.

O aprimoramento constante do sistema de compras públicas é outra discussão que está no horizonte da pasta da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Esther Dweck lembrou que grande parte do Orçamento da União é destinada a compras públicas. “Sabemos que isso gera um poder indutor enorme do Estado”, disse a ministra.

E completou: “estamos pensando uma estratégia de compras públicas para pensar esse poder indutor do Estado, como usar esse poder de compra tão grande para melhorar a capacidade produtiva do Brasil”.

Dois importantes sistemas são usados para compras públicas, o Compras gov, uma plataforma que unifica e dá transparência às compras públicas e está disponível para órgãos e entidades públicas das esferas federal, estadual e municipal de todos os Poderes. E a Central de Compras para pensar grandes compras centralizadas.

Na entrevista, a ministra ainda falou sobre o avanço da digitalização dos serviços públicos no país, que traz facilidades ao cidadão permitindo que ele requisite serviços por meio de aplicativos e da internet. “Agora estamos muito preocupados em aumentar a qualidade dos serviços digitais. Este tem sido nosso foco agora, olhando a resposta que o cidadão dá, o que ele questiona naquele serviço para melhorar a qualidade”, afirrnou.




Fonte: Agência Brasil

Ao autorizar filha entrar na piscina, mulher é agredida pelo marido com soco no rosto em Presidente Prudente




Ocorrência foi registrada na noite deste sábado (8), no Residencial Cremonezi. Homem, de 23 anos, foi preso em flagrante por violência doméstica. Homem foi preso em flagrante por violência doméstica neste sábado (8), em Presidente Prudente (SP)
Arquivo/g1
Um homem, de 23 anos, foi preso em flagrante neste sábado (8) por violência doméstica, após agredir a mulher, de 24 anos, no Residencial Cremonezi, em Presidente Prudente (SP).
A vítima contou aos policiais militares que o marido estava muito nervoso, a segurou pelo pescoço e desferiu um soco em seu rosto.
Ainda segundo a mulher, ela e o marido não se falavam há mais de duas semanas. Neste sábado, a cunhada a convidou para ir a uma festa familiar, onde levou as duas filhas, que não são do atual relacionamento, para nadar na piscina.
Por conta da briga com o marido, a vítima não queria ir, mas a irmã dele insistiu e ela foi.
Na festa, uma das filhas quis entrar na piscina e a mulher autorizou. Porém, o envolvido disse que não era hora, partiu para cima dela e “grudou no pescoço”. A irmã dele tentou intervir, mas um soco acertou a vítima de raspão e machucou seu rosto.
Parentes conseguiram segurar o homem, que ameaçou agredi-la novamente e a ofendeu com xingamentos. Em meio ao conflito, ela acionou a Polícia Militar.
Ainda em relato à corporação, a jovem informou que essa não foi a primeira vez que sofreu agressões.
O homem, por sua vez, disse aos militares que discutiu com a esposa, mas não a agrediu com soco. Ele somente a empurrou pois ela teria jogado cerveja nele.
Conforme o boletim, o casal aparentava estar embriagado.
Diante dos fatos, o envolvido permaneceu preso à disposição da Justiça.

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Fonte: G1

Exposição transforma dor de mulheres em processo de cura


O caso de uma mulher negra, moradora de Boavista, Roraima, que vivia em um relacionamento violento e teve a casa em que vivia incendiada pelo agressor. Uma moradora do Calafate, periferia de Salvador, que enfrentava um relacionamento abusivo longo e sofria agressões porque o parceiro não aceitava a atuação dela em um coletivo de mulheres que combatia várias formas de discriminação. Uma jovem travesti de Fortaleza que teve de suportar violência sexual cometida até mesmo por homens que eram seus familiares.

Essas histórias reais parecem fazer parte de arquivos de uma delegacia de proteção às mulheres. Mas estão reunidas e expostas em um tipo de lugar em que não é tão comum relatos com essa dramaticidade.

Rio de Janeiro (RJ) -  Retratos Relatos, subvertendo a dor - Exposição em Paraty/RJ transforma dor de mulheres em processo de cura. Foto: Luiza Saad/Sesc

Retratos Relatos, subvertendo a dor – Exposição em Paraty/RJ – Foto: Luiza Saad/Sesc

A cidade de Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro, é um dos principais destinos turísticos do estado. Com cerca de 45 mil habitantes, é um dos ícones da arquitetura colonial no país e tem o litoral recortado por belas praias e ilhas. Até o dia 3 de setembro, o Polo Sociocultural Sesc Paraty recebe a exposição Retratos Relatos – subvertendo a dor, que oferece aos visitantes histórias de violência de gênero e superação.

A ideia da exposição é da artista visual Panmela Castro. Ela mesma com um histórico de violência doméstica. Ao se tornar uma ativista contra a violência de gênero, passou a receber mensagens de outras mulheres. “Mulheres do Brasil todo passaram a me abordar e contar suas histórias de vida. A maioria delas quer fazer algo com essa dor, dor de histórias que muitas vezes não foram contadas para ninguém. Elas veem em mim um porto seguro, uma pessoa para quem elas podem se abrir. Então a gente faz algo com essa dor que é transformá-la em arte”, disse a artista nascida no Rio de Janeiro.

Sem culpa

Rio de Janeiro (RJ) -  Retratos Relatos, subvertendo a dor - Exposição em Paraty/RJ transforma dor de mulheres em processo de cura. Foto: Luiza Saad/Sesc

Retratos Relatos, subvertendo a dor – Exposição em Paraty/RJ – Foto: Luiza Saad/Sesc

Lana Abelha Rainha é a moradora de Boavista que teve a casa incendiada pelo agressor. Ela se emociona ao contar para a Agência Brasil o que sentiu ao se ver retratada, ao lado do relato exposto dela. “Era minha história ali pregada no local, onde todas as pessoas passavam”.

Para ela, a exposição de várias histórias de sofrimento e superação é uma forma de não se sentir culpada. “Quando você vê várias mulheres com histórias parecidas, você começa a entender muito claramente. Nunca fui culpada pelo que aconteceu, assim como aquelas mulheres também não foram”.

Lana acredita que os relatos têm o poder de evitar que surjam outros casos de vítimas da violência de gênero. “Se eu tivesse escutado essas histórias antes do que eu passei, se eu tivesse sido alertada por falas de outras mulheres, talvez eu tivesse enxergado sinais dentro daquela relação, que eu não enxerguei”.

Os casos expostos em Paraty não são registros isolados no Brasil. Pelo contrário, representam parte de uma realidade. Um estudo da Rede de Observatórios da Segurança revelou que, em 2022, uma mulher foi vítima de violência a cada quatro horas no país.

Outras histórias

Rio de Janeiro (RJ) -  Retratos Relatos, subvertendo a dor - Exposição em Paraty/RJ transforma dor de mulheres em processo de cura. Foto: Luiza Saad/Sesc

Retratos Relatos, subvertendo a dor – Exposição em Paraty/RJ – Foto: Luiza Saad/Sesc

A exposição no prédio colonial oferece também histórias de ativismo, como a defesa de comunidades quilombolas, luta por direitos de pessoas trans e trabalhadoras sexuais, ações antirracistas e relatos de superação, alguns por meio de canais de socorro como a Lei Maria da Penha e o Ligue 180, Central de Atendimento à Mulher, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Além das pinturas e dos depoimentos, a exposição conta com a Sala dos Espelhos, onde o visitante pode se expressar livremente por meio da escrita na superfície espelhada.

“Impactantes e provocativos, os trabalhos artísticos de Panmela Castro têm o poder de sensibilizar diversos públicos e ampliar o debate sobre temas primordiais na atualidade. A partir do papel da arte e da cultura, ações como essa podem contribuir para o desenvolvimento social”, diz a diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha.

A curadora da exposição, Maybel Sulamita, explica que a mostra não combate apenas uma, mas várias violências. “Cada uma dessas mulheres simboliza temas cruciais relacionados ao enfrentamento à violência, como a construção do gênero, o machismo estrutural, a violência física, a psicológica, a moral, a patrimonial e a sexual”, disse.

Processo de cura

Rio de Janeiro (RJ) -  Retratos Relatos, subvertendo a dor - Exposição em Paraty/RJ transforma dor de mulheres em processo de cura. Foto: Luiza Saad/Sesc

Retratos Relatos, subvertendo a dor – Exposição em Paraty/RJ  – Foto: Luiza Saad/Sesc

Marta Leiro saiu do Calafate, região da periferia de Salvador, para ser retratada pela Panmela. No relacionamento em que ela vivia, sofria violência porque o agressor não aceitava a participação dela em um coletivo de mulheres em defesa do direito de minorias. “A minha gratidão é por estar viva, de não ter contribuído para estatística do feminicídio no Brasil. Pude sair de uma situação de violência doméstica em um relacionamento violento”, conta.

Ser pintada pela artista foi para ela uma espécie de alívio. “É passar um bálsamo nessa dor. Não é que a gente já supera a dor da violência doméstica, principalmente quando essa violência se aproxima muito do feminicídio. Mas podemos administrar essa dor com esses processos de autocuidado. O momento de ser modelo, de ser pintada, foi como se o pincel passasse um bálsamo na minha vida, nessa história, que toma um outro rumo agora. Um rumo de agradecer ao Universo, valorizar a vida e continuar na luta pelo fim da violência contra as mulheres”, explica.

É justamente essa superação um dos incentivos que motivam a artista visual. “Posso contribuir no enfrentamento da violência usando minha arte como um processo de cura. Esse é o processo curativo. Fora o fato de que exibir essa arte em público faz com que essas protagonistas usem suas histórias para inspirar e informar outras mulheres sobre a situação de abuso”, diz Panmela.

Lana, que mora a mais de 3 mil quilômetros de distância de Paraty, conta que quando viu a pintura “não existia uma dor ali, e sim um processo de cura”. Ela sabe que além de simplesmente arte, o relato e o retrato dela têm o poder de dar frutos. “Ao dividir aquela história ali para que outras mulheres – e provavelmente homens – leiam, existe uma possibilidade de ajuda”, disse.

A exposição Retratos Relatos – subvertendo a dor já percorreu o Museu da República e o Parque das Ruínas, ambos no Rio de Janeiro, e a Vila Cultural Cora Coralina, em Goiânia.

As obras serão incorporadas à Coleção de Arte Sesc Brasil e circularão por diversos estados. “Assim, fortalecemos nossa missão de fomentar a produção artística contemporânea, além de estimular a reflexão e valorizar a cultura brasileira e sua diversidade”, afirma Janaina Cunha, do Sesc.

Serviço:

Exposição Retratos Relatos – subvertendo a dor

Data: Até 3 de setembro

Local: Sesc Santa Rita – Rua Dona Geralda, 320. Centro Histórico, Paraty, RJ.

Horário: Terça a sexta, das 10h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h.

Entrada Franca




Fonte: Agência Brasil

Corpo de criança morta em ataque a comunidade indígena é encontrado


O Corpo de Bombeiros de Roraima informou que encontrou o corpo de uma criança indígena de 7 anos, na comunidade Parima, na Terra Yanomami. A criança foi morta durante ataque a tiros ocorrido na última segunda-feira (3). Na ocasião, mais cinco pessoas também ficaram feridas: um líder indígena, de 48 anos, uma mulher de 24 anos, a filha dela, de 5 , e duas meninas, de 15 e 9 anos.

As buscas, que duraram três dias, começaram dois dias após o ataque. O corpo da criança caiu no rio e foi localizado na sexta-feira (7) perto do local do desaparecimento. Um helicóptero tinha sido enviado de Boa Vista para auxiliar no atendimento às vítimas.

O corpo da criança foi entregue aos parentes e permanecerá na comunidade para os rituais da cultura Yanomami.

Em uma rede social, o Corpo de Bombeiros informou que quatro mergulhadores da corporação trabalharam nas buscas, que começaram no dia 5 e terminaram no dia 7 deste mês, com a localização do corpo da criança. A missão teve apoio do Exército e da Marinha e da Polícia Militar de Roraima.

Corpo de Bombeiros Militar de Roraima conclui missão de buscas pelo corpo de uma criança indígena em terra yanomami. Foram 03 dias de buscas pelo corpo de uma menina indígena de 07 anos, na região do rio Parima. Foto: CBMRR/Instagram

Bombeiros tiveram apoio do Exército, da Marinha e da Polícia Militar durante as buscas – Foto: CBMRR/Instagram

Garimpeiros

Os responsáveis pelo ataque fugiram do local e ainda não foram identificados. Após o ataque, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) divulgou nota informando que servidores da pasta se deslocaram para a aldeia, com policiais federais, militares e agentes da Força Nacional de Segurança.

“O MPI reforça que segue trabalhando com as demais esferas de governo buscando a completa retirada dos garimpeiros das terras indígenas. Essa atividade degrada não só o meio ambiente, mas ataca o modo de vida e toda a organização social dos povos indígenas”, diz o texto.




Fonte: Agência Brasil

Pernambuco decreta emergência em 12 municípios por causa das chuvas


A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, decretou, neste domingo (9), situação de emergência em 12 cidades da Zona da Mata, fortemente atingida pelas chuvas. Segundo a Defesa Civil do estado, até o momento, chuvas intensas afetaram 2.862 pessoas de 756 famílias. Desse total, estão desalojadas 447 pessoas de 656 famílias e desabrigadas 101 famílias.

A situação de emergência está estabelecida nos municípios de São Benedito do Sul, Belém de Maria, Água Preta, Catende, Quipapá, Xexéu, Barreiros, Joaquim Nabuco, Cortês, Jaqueira, Rio Formoso e Maraial. Treze pontos de deslizamentos foram registrados nessas cidades –sendo quatro em Catende, sete em Joaquim Nabuco, um em Cortês, e um em Rio Formoso.

Em nota, o governo informou que, para decretar a situação, levou em conta a preservação do bem-estar da população e das atividades socioeconômicas das regiões atingidas e o fato de os habitantes dos municípios afetados ainda não terem condições satisfatórias de superar os danos e prejuízos provocados.

O governo também anunciou a disponibilização de R$ 1,34 milhão para o custeio imediato de eventuais benefícios nos municípios em situações de emergência e calamidade, incluindo as ocasionadas pelas fortes chuvas registradas na região metropolitana do Recife e nas zonas da Mata e Agreste nos últimos dias.

De acordo com a nota, para solicitar o recurso, os municípios devem encaminhar ao governo do estado o decreto de emergência ou calamidade e a portaria de reconhecimento deste pelo governo federal, por meio do e-mail [email protected].

Ontem (8), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de chuva para o Agreste, as zonas da Mata Sul e Mata Norte e a região metropolitana, que é válido até este domingo.

Alagoas

As chuvas também atingiram o estado de Alagoas. Neste sábado, o governador Paulo Dantas declarou situação de emergência em 29 municípios. O decreto terá validade de 180 dias.

Os municípios abraçados pelo decreto são: Atalaia, Barra de São Miguel, Branquinha, Colônia Leopoldina, Coqueiro Seco, Flexeiras, Ibateguara, Jacuípe, Joaquim Gomes, Maragogi, Matriz de Camaragibe, Murici, Paulo Jacinto, Paripueira, Pilar, Quebrangulo, Rio Largo, São José da Laje, Santana do Mundaú, São Luís do Quitunde, São Miguel dos Milagres, União dos Palmares, Penedo, Marechal Deodoro, Cajueiro, Capela, Viçosa, São Miguel dos Campos e Satuba.

Em todo o estado, o número de pessoas afetadas pelas chuvas passa de de 22 mil. Segundo boletim divulgado hoje pela Defesa Civil, são 2.756 pessoas desabrigadas e 19.273 Segundo a Defesa Civil de Pernambuco, foram afetadas pelas chuvas no estado 2.862 pessoas, das quais 447 estão desalojadas e 101, desabrigadas. Em Alagoas, há 2.756 desabrigados e 19.273 desalojadosSegundo a Defesa Civil de Pernambuco, foram afetadas pelas chuvas no estado 2.862 pessoas, das quais 447 estão desalojadas e 101, desabrigadas. Em Alagoas, há 2.756 desabrigados e 19.273 desalojadosdesalojadas. O município com mais pessoas desabrigadas é Murici e o que tem mais desalojadas é Matriz de Camaragibe. Uma pessoa morreu em Joaquim Gomes.

Boletim divulgado no fim da tarde de sábado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos alerta para a continuidade das chuvas em Alagoas no decorrer deste domingo, no litoral e nas zonas da Mata e Baixo São Francisco.




Fonte: Agência Brasil

9 de Julho: desfile cívico-militar comemora os 91 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, em Presidente Prudente; FOTOS




Celebração foi realizada na Avenida Coronel José Soares Marcondes e contou com a presença de autoridades públicas, Polícia Militar, Polícia Civil, Exército Brasileiro, Grupo de Escoteiros e a Ordem Demolay. Desfile cívico-militar celebrou os 91 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, em Presidente Prudente (SP)
Bruna Bonfim/g1
O desfile em alusão ao aniversário de 91 anos da Revolução Constitucionalista de 1932 reuniu autoridades militares e a população prudentina na manhã deste domingo (9), no Centro de Presidente Prudente (SP). O ato cívico foi realizado no trecho da Avenida Coronel José Soares Marcondes localizado na frente da Praça 9 de Julho.
Durante a cerimônia antes do desfile cívico, foram entregues medalhas em homenagem a nove pessoas.
Entre elas, o coronel aposentado Francisco Lozzi da Costa, que já atuou em Presidente Prudente, recebeu a condecoração e ressaltou a importância dos prudentinos durante a batalha da Revolução Constitucionalista.
“Muitos prudentinos tombaram em prol de um único objetivo, da constituição para o Brasil, naquela época, isso aconteceu em 34 e é muito gratificante para nós, como prudentinos, nossos antepassados, ter participado dessa batalha e ter conquistado o princípio principal da nossa constituição”, disse.
O delegado regional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), Alberico Pasqualini, foi consagrado com a medalha Coronel Miguel Brizola de Oliveira. Ele ressaltou a honra de ser homenageado e também poder contribuir com o desfile cívico ao fornecer a espada utilizada pelo Coronel Brizola.
“Todo ano nós fornecemos para o desfile. Terminou o desfile, ela é recolhida para o nosso acervo. Na verdade, é um exemplo de amigos e aqueles que lutaram, o Coronel Brizola, Major Felício Tarabay e entre outros que já não estão mais aqui. Essa encomenda não é minha, é dos meus irmãos que lutaram por uma constituição, por um país melhor”, disse o delegado ao g1.
Entre as homenagens, foram colocadas flores no monumento que lembra o movimento de 1932, que fica instalado na Praça 9 de Julho.
Desfile Cívico
O desfile cívico contou com a presença das equipes da Polícia Militar do Estado de São Paulo, entre elas o Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), Ambiental, Rodoviária, Cavalaria e Canil. A Polícia Civil e o Exército Brasileiro também estiveram presentes no ato, bem como o Exército Brasileiro, o Grupo de Escoteiros e a Ordem Demolay.
O ato foi finalizado com a presença do Helicóptero Águia sobrevoando o Centro de Presidente Prudente.
Conforme o Tenente Coronel Nelson Disaró, que comanda o 18º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPMI) em Presidente Prudente, o feriado de 9 de julho é a data mais importante para a corporação.
“A data da revolução constitucionalista é a mais importante para a Polícia Militar, pois ela foi o esteio da revolução. Mas a importância maior é a participação de toda a comunidade na época, os profissionais liberais, os professores, os estudantes, os comerciantes, toda a população envolvida nessa luta importante para a manutenção da democracia no Brasil”, disse Disaró ao g1.
Para ele, celebrar essa data é um lembrete de que a luta pela democracia não terminou em 1932.
“A solenidade do 9 de julho tem esse objetivo de lembrar a população prudentina, do Estado e do Brasil, que é essa busca de liberdade, de democracia. É uma luta contínua, em que todos devem estar engajados”, finalizou.
9 de Julho: desfile cívico-militar comemora os 91 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, em Presidente Prudente; FOTOS
Bruna Bonfim/g1

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Fonte: G1