Caminhão com carga de cerveja tomba na Rodovia Arlindo Béttio, em Rosana




Ocorrência foi registrada na madrugada desta sexta-feira (18) e a pista ficou parcialmente interditada. Caminhão com carga de cerveja tomba na Rodovia Arlindo Béttio, em Rosana (SP)
Polícia Rodoviária
Um caminhão carregado com cerveja tombou, na madrugada desta sexta-feira (18), no km 74,300 da Rodovia Arlindo Béttio, em Rosana (SP).
Conforme a Polícia Rodoviária, o acidente de trânsito foi registrado por volta das 2h12 na faixa sentido Oeste.
Após o tombamento, a pista ficou parcialmente interditada devido ao derramamento da carga de cerveja na via.
Não houve vítimas.
A carga está sendo retirada do local, que está sinalizado, e, segundo a Polícia Rodoviária, o trânsito flui normalmente.

Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.




Fonte: G1

Exposição, no Rio, destaca cultura negra em desenho hiper realista


O destaque da população negra na sociedade em uma conexão entre a ancestralidade e atualidade é o foco da mostra Exposições Itinerantes – A Cultura e Suas Peculiaridades, do artista mineiro Eduardo Carvalho, que será aberta nesta sexta-feira (18) no Centro Cultural Calouste Gulbenkian, no Rio de Janeiro. A intenção é transportar o visitante para um universo de expressões culturais e mostrar a influência da ancestralidade africana presente na vida brasileira cotidiana.

O centro da mostra é o quadro Olhar Africano, obra que recebeu o Prêmio Funarte Artes Visuais 2020/2021 e destaca uma mulher africana forte, poderosa e, ao mesmo tempo, com um olhar ingênuo.

Eduardo disse que a obra dele foi inspirada em um trabalho do fotógrafo alemão Leif Steiner. A foto é de uma mulher da Etiópia. A técnica do artista mineiro é classificada de hiper realismo e, a partir da fotografia, ele faz o desenho a lápis.

“Eu peguei essa imagem com autorização dele que curtiu o meu trabalho nas redes sociais. Essa técnica que eu utilizo a lápis está sempre em companhia com a fotografia. Todos os desenhistas de hiper realismo têm sempre a referência de uma fotografia”, disse Eduardo à Agência Brasil.

“Essa negra africana representa muito a cultura afro e quilombola. Os meus trabalhos são todos baseados em fotografias. Eu acompanho muito os fotógrafos em redes sociais e a fotografia que mais me inspira eu reproduzo com a técnica do meu trabalho, trazendo os meus traços artísticos. Fica um pouco diferente da fotografia, justamente por causa do meu traço artístico”, explicou.

Processo de criação

Além do quadro, os visitantes vão poder admirar o passo a passo da realização da obra no processo de criação de Eduardo. “Isso é muito interessante até para os meus seguidores nas redes sociais que gostam de ver como é feito o processo. Quando as pessoas veem aquela imagem às vezes não conseguem discernir que foi feita a lápis, porque confundem com fotografia por conta de ser hiper realismo, que é a área em que eu atuo”, revelou, acrescentando que a obra foi criada em 2020 para enriquecer a cultura do Rio de Janeiro e, em especial, a quilombola.

O artista nasceu no dia 28 de fevereiro de 1992, no interior de Minas Gerais, onde permaneceu até o início de sua vida adulta. Em 2012, foi para Franca, interior de São Paulo, e lá começou a desenvolver a sua técnica, mas antes já tinha sido trabalhador rural, padeiro e montador de móveis.

Foi em 2016 que, sob encomenda, Eduardo começou a trabalhar com quadros de desenho hiper realistas. Após concluir os estudos no EJA – Educação de Jovens e Adultos – ele teve um desenho selecionado para a capa do X Livro de Poemas e Poesias, e isso resultou em uma homenagem no Teatro Municipal e na realização de sua primeira exposição. Em 2019, o mineiro criou o curso de desenhos realistas e também recebeu premiação nacional da Fundação Nacional das Artes.

“[A minha jornada] eu vejo como uma grande conquista sair de onde saí, sou de uma família simples do sul de Minas Gerais, para conquistar mais espaço na cultura, na parte que eu me identifiquei. É um motivo de muita alegria e muita honra. Não foi nada fácil. Conquistar diversos países onde já estive, para mim, é interessante viver aquilo que eu sempre gostei”, relatou.

Workshop

O artista, que teve uma trajetória difícil até chegar ao estágio atual de sua arte, está animado porque vai  transmitir o seu conhecimento de técnicas de desenho e desenho hiper realista para outras pessoas. Junto com a abertura da mostra, o mineiro vai conduzir o Workshop Exposições Itinerantes, destinado a adolescentes e adultos que tenham ou não experiência em desenho. O material que será usado na aula aberta a partir das 14h é grátis. Para participar, basta fazer a inscrição por meio do email [email protected] ou no whatsapp 21 971748633.

“As pessoas vão aprender técnicas de desenho e de sombreamento. Vão conhecer os lápis necessários para desenho. É muito enriquecedor esse projeto porque, de forma gratuita, tem duração de 1h30. Muitas vezes as pessoas não têm esse incentivo. Tem gente que diz que desenhar não dá futuro, mas para mim deu porque me dediquei. Eu sempre tenho passado isso nos workshops. Toda vez que a pessoa se dedicar ao que gosta, sempre vai ter um bom resultado”, sugeriu.

Outros estados

Antes de chegar ao Rio, onde ficará até o dia 20 de setembro, a mostra Exposições Itinerantes – A Cultura e Suas Peculiaridades iniciou uma jornada pelo Brasil que começou em Minas Gerais, passando pelas cidades Antônio Dias, Belo Oriente, Sabinópolis e Peçanha. Depois, foi para São Paulo, e ainda vai seguir para Salvador e Recife.

A mostra, que pode ser vista de segunda a sábado, das 10h às 18h, tem entrada gratuita e a realização é do Ministério da Cultura, com apoio do governo federal por meio da Lei de Incentivo à Cultura. O Instituto Cenibra, a prefeitura do Rio de Janeiro e o Centro Cultural Calouste Gulbenkian também integram a parceria.

A mostra é inclusiva e haverá acesso às pessoas que têm deficiência visual e auditiva com material para elas acompanharem. É muito enriquecedor para elas adquirirem conhecimento da cultura quilombola e apreciarem esta obra de arte”, comentou.

Calouste Gulbenkian

O Centro de Artes, onde está instalada a exposição, foi criado em março de 1971 e se chama Calouste Gulbenkian em homenagem à instituição cultural portuguesa Fundação Calouste Gulbenkian, sediada em Lisboa, que financiou a construção do prédio com recursos doados ao governo brasileiro, para que ali funcionasse um centro de artes.

Atualmente, o espaço oferece 41 cursos ligados a várias áreas das artes e do artesanato, a maioria deles com periodicidade semanal e duração de três horas, além de workshops, palestras, seminários, encontro com artistas e convidados, intercâmbio com universidades, associações nacionais e internacionais. Também conta com um programa de bolsas de estudos para pessoas de baixa renda, facilitando o acesso a conhecimento artísticos em diversas áreas.




Fonte: Agência Brasil

TV Brasil apresenta show de BNegão em homenagem a Dorival Caymmi


Na semana que marca os 15 anos da morte do baiano Dorival Caymmi, a TV Brasil presta tributo ao saudoso músico na faixa musical deste sábado (19), às 23h15. A emissora pública exibe o show exclusivo “BNegão canta Dorival Caymmi“, gravado no estúdio do canal para o programa Todas as Bossas.

Apresentada por Bia Aparecida, a atração em homenagem ao ilustre cantor e compositor pode ser conferida, na íntegra, no app TV Brasil Play. O musical resgata o repertório autoral completo do álbum “Canções Praieiras“, primeiro disco de Caymmi, lançado em 1954, e outros hits da longeva trajetória do artista que faleceu em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos.

Sucessos do baiano embalam o espetáculo realizado pelo cantor BNegão com o violonista Bernardo Bosisio no histórico estúdio 3 da TV Brasil. Em formato voz e violão, a performance intimista celebra temas da obra de Caymmi que atravessam gerações. Os convidados interpretam clássicos como “O bem do mar“, “Canção da Partida“; “Saudade de Itapoã” e “É doce morrer no mar“, entre outras músicas.

Durante o especial, a dupla faz releituras de faixas atemporais do marcante universo que Dorival Caymmi deixou como legado. BNegão e Bernardo Bosisio cativam ao imprimir encanto à exibição. Grande parcela das letras e melodias tem inspiração no encontro dos jangadeiros com o mar e seus mistérios.

Repletas de poesia, beleza e profundidade, as obras selecionadas para o show na TV Brasil combinam o estilo próprio desenvolvido por Dorival Caymmi. As canções do artista se distinguem pela espontaneidade nos versos, associada à riqueza melódica e ao tom dengoso e sensual da execução.

Faceta múltipla

Dorival Caymmi assinando material para álbum de 1984

Dorival Caymmi assinando material para álbum de 1984 “Setenta anos, Caymmi” (Acervo Família Caymmi) – Acervo Família Caymmi

BNegão surpreende os admiradores com a pluralidade do seu trabalho ao incorporar referências variadas para expressar tantos talentos no palco. Essa face diversificada fica evidente quando se observa a sua carreira solo e os elogiados trabalhos coletivos.

Considerado uma das principais personalidades da cena alternativa no país, o músico Bernardo Santos, mais conhecido pelos fãs sob o nome artístico BNegão, é um dos ícones do hip hop nacional.

A multiplicidade é uma característica da trajetória em que integrou inúmeros conjuntos desde a juventude com influências punk, metal e eletrônica.

Essa forte identidade, porém, não restringe a disposição do cantor e compositor para realizar novos empreendimentos peculiares e tocar com outras estrelas do som brasileiro. BNegão concilia iniciativas mais individuais com propostas inovadoras ao formar grupos que resultaram em discos e turnês icônicas.

Vocalista da banda Planet Hemp, o astro tem muitos projetos em parceria com outros artistas. Por ter essa história mais vinculada à cultura rap, trap, funk e rock, o carioca chamou a atenção de amantes da música ao escolher a produção artística de Caymmi para entoar no especial que o canal público mostra.

Sobre o Todas as Bossas

Apresentado pela jornalista e cantora Bia Aparecida, o programa Todas as Bossas é uma janela para diversos estilos musicais na TV Brasil. A cada nova edição, o estúdio da emissora torna-se palco de um show que contempla a variedade de cantos, ritmos e sotaques do repertório nacional.

Em suas cinco temporadas, no ar desde 2016 no canal público, o programa já recebeu talentos variados. A proposta da faixa é exatamente apresentar um panorama sobre a diversidade de gêneros que formam a cena da música brasileira: da MPB ao axé, do samba ao rock, do romântico ao experimental.

Já passaram pelo palco bandas como Blitz e Detonautas até Dream Team do Passinho e Tchakabum, personalidades que já morreram como Ângela Maria, Elton Medeiros e Nelson Sargento, gênios do porte de Francis Hime, Ivan Lins e Geraldo Azevedo, além de talentos como Isabella Taviani, Leo Jaime, Luiz Ayrão e Xande de Pilares.

Dirigido por Waldecir de Oliveira, o programa também se destaca ao resgatar a tradição dos grandes espetáculos realizados no estúdio 3 da emissora pública desde os tempos da TV Educativa do Rio de Janeiro.

Ao vivo e on demand

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: https://tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar.

Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site http://tvbrasilplay.com.br ou por aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTVhttps://tvbrasil.ebc.com.br/webtv.




Fonte: Agência Brasil

ONU julga prisões de brasileiros feitas por álbum de fotos da polícia


O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, julga nesta sexta-feira (18) prisões injustas feitas por reconhecimento através de álbuns de fotografias das delegacias policiais. Dois casos que serão apreciados são do músico Luiz Justino, 24 anos, e do guardador de carros Laudei de Oliveira, de 41 anos, que ficou preso por um ano equivocadamente. Os dois foram detidos e identificados na delegacia por fotografia. Não havia outras provas. 

No dia 18 de março de 2022, o advogado Raphael Costa, hoje coordenador legislativo do Ministério da Justiça, nomeado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, apresentou denúncia ao escritório do Alto Comissariado da ONU. O caso foi aceito no dia 10 de agosto do ano passado e teve início o processo de análise de requerimentos.

Costa confirmou à Agência Brasil o julgamento e disse que “prender uma pessoa inocente é uma das maiores violações que o Estado pode cometer contra um cidadão. Temos de garantir o respeito à dignidade e à liberdade”, afirmou.

A denúncia cita determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que proíbe a prisão de alguém apenas por ter sido identificado por uma vítima na delegacia através de foto, sem que se tenha outras provas do crime.

Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de janeiro de 2022 orienta que o reconhecimento de pessoa – presencialmente ou por fotografia – feito na fase do inquérito policial, apenas pode ser usado para identificar o réu quando observadas outras formalidades previstas no Código de Processo Penal e quando confirmado por outras provas na fase judicial.

Prisões injustas

Levantamento da Defensoria Pública do Rio de Janeiro – junto com o Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais – apontou que foram realizadas ao menos 90 prisões injustas baseadas no método, de 2012 a 2020, 73 delas no Rio de Janeiro. O estudo também mostrou que 81% dos registros que contavam com informações sobre a raça dos acusados indicavam que eles eram negros.

À época, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio de Janeiro, Álvaro Quintão, comemorou a vitória obtida no âmbito da justiça estadual e afirmou que a recomendação do Tribunal de Justiça dá imediatamente à advocacia uma arma para provocar os magistrados a anular decisões que resultaram em prisões, principalmente preventivas, com base apenas em reconhecimento por fotografia.

“Espero que os magistrados cumpram a determinação da corte. Ela torna mais difícil prender sem que se observe o devido processo legal, buscando outros tipos de instrução do processo além do reconhecimento fotográfico”, finalizou.




Fonte: Agência Brasil

Rio concede medalha Tiradentes a congolês assassinado em quiosque


A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou nessa quinta-feira (17) projeto de lei que concede a Medalha Tiradentes post mortem a Moïse Kabagambe, o refugiado congolês assassinado brutalmente em um quiosque na praia da Tijuca, em 2022.

O projeto é de autoria da deputada Dani Monteiro (PSOL) e vai agora para promulgação do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (PL). A vítima residia no Brasil desde 2014 e trabalhava em um quiosque na praia da Barra da Tijuca. Foi cobrar diárias que lhe eram devidas e acabou sendo espancado a pauladas e assassinado por colegas de trabalho.

Dani Monteiro disse que “era um homem negro, refugiado, que foi assassinado por cobrar direitos trabalhistas mínimos”. Para ela, essa é mais uma prova do racismo estrutural existente no Brasil, assim como da dificuldade de integração e acolhimento que os refugiados encontram no estado.

Memorial

Em fevereiro do ano passado, a prefeitura do Rio anunciou que os quiosques Tropicália e Biruta, na praia da Barra da Tijuca, seriam transformados em um memorial, em homenagem à vítima e em alusão à cultura africana. A gestão de um dos espaços será oferecida à família de Moïse.

À época, o secretário de Fazenda do Rio, Pedro Paulo, disse que a ideia é que os dois quiosques empreguem refugiados africanos.

Parque Madureira

A família do congolês Moïse Kabagambe, espancado e morto no dia 24 de janeiro de 2022, aceitou administrar um quiosque no Parque Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro. O município havia oferecido inicialmente a concessão do quiosque Tropicália, onde o jovem foi morto, mas os familiares do rapaz de 24 anos não aceitaram, alegando razões de segurança.




Fonte: Agência Brasil

Com artesanatos e comidas típicas, Feira Afroindígena é realizada nesta sábado em Adamantina




Evento também contará com apresentações culturais na Casa Afro. Evento será realizado neste sábado (19), na Casa Afro de Adamantina (SP)
Gilson Leandro
A Secretaria de Cultura e Turismo de Adamantina (SP) e a Associação Gamgazumba de Cultura Negra irão realizar uma Feira Afroindígena neste sábado (19), das 15h às 22h, na Casa Afro.
O evento terá pratos típicos como acarajé, qumbe, cocada, quebra-queixo, coquinho e food trucks. Além disso, haverá exposição de artesanatos típicos afro e indígenas.
A feira ainda contará com apresentações de Lucazemici, MC Maicon Adam, Ana Boldrini e Val Dias.
De acordo com a coordenadora da Casa Afro, Meire Cunha, a realização de uma feira tem a tendência de abrir espaço a pequenos artesãos e comerciantes.
“Convidamos a população para prestigiar e conhecer tanto a Casa Afro como a culinária e os produtos que serão comercializados”, afirmou Meire.
A Casa Afro Adamantina funciona no Centro Comunitário do Jardim Primavera, que fica localizado na Rua Augusto Rossi, esquina com a Avenida Rio Branco, nº 21.

Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.




Fonte: G1

ONS reduz carga de linhas e adia manutenções em sistema elétrico


Após o apagão da última terça-feira (15) que atingiu 25 estados e o Distrito Federal, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou ter reduzido carregamento das linhas de transmissão e adiado manutenções programadas como forma de garantir o fornecimento de energia.

As informações constam no Informe Preliminar de Interrupção de Energia no Sistema Interligado Nacional – IPIE), primeiro documento divulgado pelo ONS depois da ocorrência do apagão e que servirá como base para o diagnóstico final.

“No momento, o sistema está sendo operado em condições mais conservadoras para garantir a segurança do atendimento conforme previsto nos Procedimentos de Rede. Entre as medidas tomadas pelo Operador, estão a redução no carregamento das linhas de transmissão e a postergação de manutenções programadas”, diz o informe divulgado nesta quinta-feira (17).

Relatório

Segundo o ONS, o relatório que irá detalhar as causas da interrupção de energia será concluído em 45 dias úteis. No dia 25 de agosto, está marcada a primeira reunião, com participação do Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e agentes do setor, para avaliar as informações apuradas até o momento e o início da confecção do relatório. O segundo encontro ocorrerá em 1º de setembro.

O que se sabe

A interrupção começou às 8h30 do dia 15 de agosto, com queda no fornecimento de 19 mil megawatts, cerca de 27% da carga total (73 mil MW) naquele horário. O ponto de partida foi desligamento da linha de transmissão 500 kV Quixadá-Fortaleza II, pertencente à Eletrobras Chesf, com “uma atuação incorreta no sistema de proteção da linha, que operava dentro dos limites, ocasionou o seu desligamento”.

“Na avaliação inicial, demonstrada às instituições do setor elétrico, a equipe técnica do ONS reiterou que um evento dessa natureza, de forma isolada, não seria suficiente para ocasionar a interrupção de energia elétrica observada na ocorrência em questão. O desligamento refletiu desproporcionalmente em equipamentos adjacentes e ocasionou oscilações elétricas (tensão e frequência) no sistema das regiões Norte e Nordeste”. Com a interrupção, houve uma separação nas interligações entre as regiões Norte e Nordeste das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

O operador afirma que depois de 600 milissegundos os chamados Proteções de Perda de Sincronismo (PPS) foram acionados e possibilitaram “a abertura controlada de linhas que compõem as interligações Norte – Nordeste, Nordeste – Sudeste e Norte – Sul, separando o SIN em três áreas elétricas”.

As cargas em todas as regiões passaram a ser recompostas em poucos minutos após a queda. De acordo com o operador, até as 10h, o fornecimento já havia sido normalizado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O sistema foi totalmente restaurado às 14h49.




Fonte: Agência Brasil

Evento em SP celebra arte produzida por moradores em situação de rua


Para lembrar que existe muita cultura nas ruas, sendo produzida por pessoas em situação de vulnerabilidade social, o Museu da Língua Portuguesa e o Sesc Bom Retiro estão promovendo até amanhã (18), na capital paulista, o Festival Pop Rua, que discute o direito à cultura e apresenta produções artísticas realizadas por pessoas que vivem nas ruas de todo o país.

Com tendas de serviços para atendimento dessa população, almoços, shows musicais, apresentações artísticas e muitas mesas de debates, o festival vem mostrar que há muita produção cultural acontecendo nas ruas brasileiras e que há também muita gente em situação de vulnerabilidade querendo ocupar os espaços culturais do Brasil. O que eles precisam é de oportunidades.

São Paulo (SP), 17/08/2023 - Apresentação do Slamis, organizado pelo psiquiatra e palhaço Flávio Falcone e a palhaça Mafalda, durante o Festival Cultura e Pop Rua no Museu da Língua Portuguesa, em frente a estação da Luz. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Festival Pop Rua no Museu da Língua Portuguesa, em frente a estação da Luz. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

“Estou feliz demais. Emocionado demais”, disse Flávio Ferreira, 57 anos, após cantar no coral do projeto Uma Só Voz e ser bastante aplaudido ao se apresentar hoje (17) no festival.

Ferreira contou à reportagem da Agência Brasil que era casado e técnico em refrigeração, antes de passar a viver nas ruas do Rio de Janeiro por quatro anos. “Perdi tudo”, disse ele, que foi viciado em drogas e bebidas.

São Paulo (SP), 17/08/2023 - O músico em situação de rua, Wesley Lucas da Silva, participa do Festival Cultura e Pop Rua no Museu da Língua Portuguesa, em frente a estação da Luz. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O músico em situação de rua Wesley Lucas da Silva participa do Festival Cultura e Pop Rua no Museu da Língua Portuguesa. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Sua vida passou a mudar quando voltou a estudar e passou a frequentar o coral Uma Só Voz, que se reúne semanalmente no Museu do Amanhã. “Cheguei no coral por meio de dois amigos. Eu dormia na rua, na calçada da Defensoria Pública. Aí eles me convidaram. Eu não tinha nada para fazer mesmo. Aí fui e gostei demais”. Hoje ele está internado em um centro de recuperação e trabalha em um mercado. Frequenta o coral e assiste aulas. No futuro, quer ser veterinário e cuidar de cachorros, uma de suas paixões.

Ricardo Branco de Vasconcellos, o Rico, é o regente e responsável pelo coral. Segundo ele, o grupo reúne pessoas em extrema vulnerabilidade ou que já tiveram essa experiência de viver em ruas. “Esse é um projeto que acredita que a arte pode fazer a diferença para a pessoa”, disse ele, à Agência Brasil.

“A rua produz muita coisa sim. A rua produz pessoas solidárias, pessoas profissionais, artistas extraordinários, professores e potências estão ali. O que falta são festivais como esse. A realidade da rua é heterogênea. Mas, muitas vezes as políticas públicas não são pensadas para essa diversidade”, acrescentou ele.

Quem também se apresentou no festival foi o grupo Pagode na Lata, uma proposta cultural e educacional de redução de danos que atua na região da Cracolândia, em São Paulo. “O Pagode é uma construção coletiva de usuários, trabalhadores e ex-trabalhadores do território da Cracolândia”, disse Leonardo Lindolfo, assistente social e integrante do Pagode na Lata.

São Paulo (SP), 17/08/2023 - O músico do Pagode na Lata, Leonardo Lindolfo, participa do Festival Cultura e Pop Rua no Museu da Língua Portuguesa, em frente a estação da Luz. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Músico do Pagode na Lata, Leonardo Lindolfo, no Festival Cultura e Pop Rua. Foto:  Rovena Rosa/Agência Brasil

“Para além da redução de danos, focamos no viés da economia solidária. Hoje vamos tocar aqui no festival, mas tocamos também em outros lugares e vamos levantando uma grana. E o usuário que está no Pagode usa esse dinheiro para comprar uma bicicleta, para morar ou sair de uma situação de rua. E essa é uma vitória para a gente porque hoje, no Pagode na Lata, nenhum usuário está mais em situação de rua. Estamos olhando para outras estratégias, olhando para essa pessoa de forma integral e não só para o uso das substâncias. Há potências aqui na Cracolândia e a gente vai fomentando isso”, explicou ele à reportagem.

“Com essa grana, vamos fazendo o projeto, conseguindo sobreviver e fazendo com que essas pessoas sejam vistas de outras formas. Tem pessoas aqui que tocavam samba há 30 anos na região da Santa Cecília e, por algum desencontro na vida ou desorganização, elas perderam esse vínculo. Com a ausência do Estado, que deveria fomentar isso, a sociedade civil se organiza e vai tentando promover essas ações de cultura e de arte e também virando uma economia solidária”, destacou.

Transformação

Projetos como esses mostram que a cultura pode representar uma grande transformação na vida de uma pessoa. Como aconteceu com Darcy Costa, coordenador e secretário do Movimento Nacional da População de Rua.

São Paulo (SP), 17/08/2023 - Apresentação do Slamis, organizado pelo psiquiatra e palhaço Flávio Falcone e a palhaça Mafalda, durante o Festival Cultura e Pop Rua no Museu da Língua Portuguesa, em frente a estação da Luz. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Festival Cultura e Pop Rua no Museu da Língua Portuguesa, em frente a estação da Luz. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

“Vivi três anos em situação de rua. Fui usuário de crack por cinco anos. E o que me ajudou a me reorganizar e a mudar o meu foco foram justamente as oficinas de mosaico, de cultura e de desenho e os encontros de direitos humanos. Tudo isso me serviu como base e âncora para reorganizar minha cabeça e minha vida”, contou.

Hoje, ao palestrar durante o evento, Costa destacou que “a rua tem cultura”. E que essa capacidade precisa ser explorada.

“É possível sim a gente compreender essa cultura, esse potencial e a gente poder investir nisso, enxergando eles também como pessoas capazes de superar situações críticas. Com a ajuda das instituições de cultura, acredito que se torne muito mais possível. Precisamos de alimento, precisamos. Precisamos de locais para passar a noite. Mas precisamos de cultura, uma cultura transformadora e que permita que essas pessoas sejam integradas e participem da cidade com a cidade”, falou.

Para Robson César Correia de Mendonça, do Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, é preciso destacar que, além de produtores de cultura, as pessoas em situação de rua também querem viver a cidade. “A rua quer ser acolhida e quer participar das manifestações culturais, do teatro, da dança e de uma oficina de desenho”, disse ele. “Tem porta aberta para tudo. Só não há porta aberta na cultura, na moradia e no mercado de trabalho para essas pessoas”, destacou.

Portas fechadas escondem talentos. Como os amigos Flávio Alves da Silva, 31 anos, e Wesley Lucas da Silva, 22 anos.

Flávio vive nas ruas de São Paulo há 11 anos. A dependência química e os conflitos familiares o levaram a deixar a profissão de garçom, sua casa e uma possível carreira como cantor. “Eu já tive uma banda, sou cantor. Cantei na banda de uma igreja. Se tivesse oportunidade, eu voltaria [a cantar]”, falou ele.

Já Wesley, que vive nas ruas há cinco anos, era baterista. “Sou artista ainda. Sou baterista. Tinha 16 alunos e todos os sábados eu ensinava a tocar. Hoje em dia, não está fácil para ninguém. Artista sou desde que cresci. Já nasci com o dom. O que me falta é oportunidade. Falta todo mundo ver o que eu sou capaz de fazer. Faço qualquer tipo de música. Faço sozinho, ninguém me ensinou. Aprendi olhando”.

Enquanto as portas não se abrem para mostrar seus talentos, Wesley e Flávio aproveitaram o dia para curtir o festival. “Hoje é um dia de alegria, felicidade, amor e paixão. Estou sendo feliz em vir aqui. É bom distrair a mente, ver o povo sorrindo, a comida está maravilhosa”, falou Wesley.

“Estou aqui hoje participando da festa comendo, bebendo e sorrindo. Estou aqui comendo um tropeiro, com suco de laranja natural. E vou ver cultura, um pouquinho de cada coisa. Quero ouvir música”, completou Flávio.

Visibilidade

Segundo Renata Motta, diretora-executiva do Museu da Língua Portuguesa, o festival surgiu com a ideia de dar visibilidade para essas pessoas e aproximá-las das instituições culturais que estão localizadas na região central de São Paulo.

“A ideia surgiu a partir do reconhecimento dessas duas instituições [o Museu da Língua Portuguesa e o Sesc Bom Retiro] da nossa inserção neste território de alta vulnerabilidade social e aqui estamos falando do Bom Retiro, Luz, Santa Ifigênia e Campos Elísios. Pensamos então em criar um festival que visibilize a população em situação de rua. É um festival totalmente desenvolvido de forma participativa, com protagonismo da população de rua por meio dos seus movimentos sociais, mas também de coletivos e organizações que atuam e tenham lideranças de população em situação de rua. O primeiro ponto é a questão da visibilidade e o segundo ponto é um chamado para que o campo da cultura, especialmente das instituições culturais que estão nesse território, possa pensar em novas estratégias para atuação com esses públicos em vulnerabilidade social.”

Segundo ela, o festival pretende discutir o direito à cultura, que é determinado pela Constituição Federal. “É muito importante pensarmos na cultura como um direito e a cultura como potência, e as ruas como esse lugar de pessoas que também fazem e devem usufruir de cultura”.




Fonte: Agência Brasil

Manutenção em rede elétrica interdita parte da Avenida Manoel Goulart neste domingo; VEJA PONTOS | Presidente Prudente e Região


Equipes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública (Semob) interditarão parte da Avenida Manoel Goulart neste domingo (20), das 6h às 12h, para manutenção na rede elétrica, em Presidente Prudente (SP). O serviço será executado pela empresa concessionária Energisa Sul-Sudeste.




Fonte: G1

Delgatti prestará novo depoimento à PF nesta sexta-feira


O hacker Walter Delgatti Netto prestará novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (18). À Rádio Nacional, o advogado do hacker, Ariovaldo Moreira, confirmou a convocação e afirmou que os esclarecimentos serão prestados na sede da PF, em Brasília. Ele, entretanto, não confirmou o horário da nova oitiva.

Na última quarta-feira (16), ele prestou depoimento à corporação afirmando que recebeu R$ 40 mil da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para invadir sistemas do Judiciário brasileiro e inserir falsos documentos e alvarás de soltura. A deputada nega as acusações.

Hoje, o hacker compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos de 8 de janeiro e afirmou que recebeu do ex-presidente Jair Bolsonaro a promessa de indulto caso assumisse a autoria de um suposto grampo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O indulto significa o perdão da pena, efetivado mediante decreto presidencial.

*Colaborou Gésio Passos, da Rádio Nacional 




Fonte: Agência Brasil