Criminosos armados roubam caminhonete no Residencial Nosaki, em Presidente Prudente




Vítima encontrou o veículo abandonado próximo de sua residência, nesta quarta-feira (30). Delegacia Seccional de Presidente Prudente (SP)
Leonardo Jacomini/g1
Um homem, de 59 anos, teve sua caminhonete roubada, na manhã desta quarta-feira (30), por três criminosos armados, no Residencial Nosaki, em Presidente Prudente (SP).
Conforme a Polícia Militar, a vítima saía com o veículo da garagem de sua casa quando foi abordado pelos criminosos, que estavam encapuzados e com armas de fogo. Os bandidos roubaram a caminhonete.
O homem e sua filha acionaram a PM e andaram pelo bairro à procura do veículo. Eles encontraram a caminhonete já abandonada, próximo à residência.
Ninguém foi preso.

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Fonte: G1

Dificuldade em identificar criminosos propicia arrastões no Rio


A dificuldade em identificar participantes de arrastões é um dos fatores que propiciam a ocorrência desses crimes na cidade do Rio de Janeiro, principalmente nos arredores de grandes eventos em áreas públicas. A avaliação é de especialistas em segurança pública ouvidos pela Agência Brasil.

Os arrastões – que se caracterizam por roubos e furtos cometidos por vários ladrões, simultaneamente, contra muitas vítimas – ganharam destaque nos noticiários do Rio de Janeiro, novamente, no último fim de semana, durante o show do DJ Alok, na Praia de Copacabana, na zona sul da cidade, em comemoração ao centenário do Copacabana.

Segundo a Polícia Militar (PM), cerca de 500 pessoas foram conduzidas para delegacias, suspeitas de participação em crimes. Dezessete adultos foram detidos; e 15 menores, apreendidos. A PM apreendeu ainda 150 objetos como soco-inglês, canivetes, tesouras, chave de fenda, faca, estilete e facão.

Para o coronel Robson Rodrigues, antropólogo e consultor de segurança pública, o Rio de Janeiro, por sua vocação turística, tem grande apelo para eventos que concentram muito público, o que, de certa forma, favorece a ocorrência de arrastões. Para ele, que já foi chefe do Estado-Maior Geral da Polícia Militar do Rio, essa forma de crime é “extremamente calculada, muito oportunista e precisa, sim, de uma certa sofisticação, por mais primário que possa parecer o criminoso”.

Tática

Rodrigues explica que faz parte da estratégia dos ladrões buscar locais com grande concentração de pessoas. “É uma grande oportunidade porque o criminoso otimiza as suas ações. Com poucos minutos, ele consegue seu intento criminoso e fazer um grande número de vítimas.”

Outra característica, segundo o coronel, é criar a difusão do medo. “Para deixar as vítimas mais fragilizadas. Elas vão ficar paralisadas e oferecer rapidamente os seus pertences”.

Na avaliação do ex-chefe do Estado-Maior da PM, a dificuldade em identificar os criminosos é o grande elemento facilitador para a ocorrência dos arrastões. “Eles apostam que, em um número maior, algazarra, alvoroço, muitos não vão ser identificados”. Para o coronel, as forças de segurança precisam trabalhar com inteligência para evitar o crime e também identificar os responsáveis, uma vez que os delitos aconteçam.

“Além do policiamento ostensivo, são necessárias outras tecnologias, como utilização de drones com câmeras, para que os dados visuais possam chegar a quem está na retaguarda”, indica.

“Não só a visualização, mas que tenha também todo um planejamento por parte das instituições, policiais de pronto e outras estratégias de cerco rápido, sem prejudicar a população. Essa identificação de possíveis criminosos vai ser facilitada [por essas ações]”, conclui.

Na avaliação do antropólogo Paulo Storani, capitão veterano do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PM do Rio de Janeiro, a dificuldade em prender e identificar participantes de arrastões favorece a ocorrência de outros ataques coletivos. “A lei penal, por mais que possa ser dura em relação à pena, nunca é aplicada na sua integralidade. Então, isso faz com que o criminoso se sinta estimulado a continuar na atividade criminosa”.

Para Storani, a polícia acerta quando faz ações preventivas, como revistas nos arredores de grandes eventos e buscas em ônibus que chegam à zona sul do Rio de Janeiro vindo de outras regiões da cidade.

“Mas toda vez que há uma atividade como essa, há uma massa de crítica contra a atividade policial, como se [a polícia] estivesse intervindo no direito de ir e vir da população, mas que, na verdade, estaria tomando preventivos para que fatos como esse não ocorresse”, avalia.

Associação de moradores

O advogado Horácio Magalhães, presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, considera que funcionou bem o esquema de revistas feito pela PM, que apreendeu dezenas de armas brancas. Ele admite que é difícil para as autoridades de segurança coibir totalmente a prática dos arrastões.

“Se valendo da condição numérica, os criminosos se aproveitam disso para cometer crimes de oportunidade. Fica até difícil para as forças de segurança reprimi-los, pois ao serem abordados, se dispersam rapidamente”, aponta. Para ele, “exceto pelo réveillon, o bairro não comporta mais eventos dessa magnitude”.

O Instituto de Segurança Pública (IPS), autarquia ligada ao governo do estado que reúne dados sobre criminalidade, não produz registros específicos sobre ocorrência de arrastão, pois não se trata de uma tipificação criminal. Já em relação ao total de roubos registrados na região metropolitana do Rio, nos primeiros seis meses deste ano foram 51.934 casos, uma redução de 12,3% em relação ao mesmo período do ano passado (59.229).

Policiamento

Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria estadual de Polícia Militar informou que “de acordo com o público previsto em um determinado evento, a estratégia aplicada pelo comando da corporação segue atrelada às análises de planejamento, sempre com o objetivo de diminuir os principais índices de criminalidade registrados durante sua realização, preservando a segurança da população”.

Além disso, a PM ressaltou que em celebrações culturais de grande magnitude, unidades especiais do Comando de Policiamento Especializado e do Comando de Operações Especiais também são empregadas no policiamento. Equipes do Batalhão de Ações com Cães e do Batalhão de Polícia de Choque atuam em conjunto com agentes de Rondas Especiais e Controle de Multidões e do Regimento de Polícia Montada, formando um cinturão de segurança mais coeso e, segundo a PM, proporcionando dinamismo às equipes policiais.

A Agência Brasil entrou em contato com a Polícia Civil para comentar sobre a ocorrência de arrastões, mas não recebeu resposta até a publicação da reportagem.




Fonte: Agência Brasil

Dinamarca pode doar R$ 110 milhões para Fundo Amazônia


Em reunião com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o governo dinamarquês sinalizou nessa terça-feira (29), em Brasília, a intenção de doar R$ 110 milhões para o Fundo Amazônia entre os anos de 2024 e 2026.  

Com isso, a Dinamarca pode se tornar o quarto doador do fundo, que hoje conta com recursos da Noruega,  Alemanha e da Petrobras. Porém, as verbas ainda precisam ser aprovadas pelo parlamento dinamarquês.

Em declaração conjunta com o governo da Dinamarca, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) informou que o dinheiro deve ajudar a “financiar projetos e iniciativas que contribuam para a redução do desmatamento, a proteção da biodiversidade, a melhoria das condições de vida das comunidades locais e a promoção do desenvolvimento sustentável no Brasil”.

Ainda segundo o comunicado, o ministro da Cooperação para o Desenvolvimento e Política Climática Global da Dinamarca, Dan Jørgensen, elogiou os esforços recentes do Brasil na restauração e manejo sustentável das florestas e no combate ao desmatamento.

Desmatamento

Dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) mostram uma redução de 41% no desmatamento na região da Amazônia Legal entre janeiro e abril deste ano se comparado com o ano passado, apesar do desmatamento no cerrado ter crescido 14% no mesmo período.

O ministro dinamarquês e Marina Silva ainda se comprometeram a intensificar os esforços para combater o desmatamento, a desertificação, a degradação dos solos e a seca, bem como restaurar terras degradadas. Além disso, concordaram que “políticas destinadas à redução do desmatamento considerem os desafios sociais e econômicos”.

O Fundo Amazônia já recebeu – em doações – R$ 3,396 bilhões desde 2008. Desse total, 93% foram doados pelo governo da Noruega (R$ 3,189 bilhões), 5,7% pelo governo da Alemanha (R$ 192 milhões) e 0,5% pela Petrobrás (R$ 17 milhões).

Criado em 2008, o Fundo Amazônia deve financiar ações para reduzir o desmatamento e a degradação florestal. Ao todo, já foram financiados 102 projetos, sendo 60 já concluídos, com R$ 1,51 bilhão desembolsado.




Fonte: Agência Brasil

Com uma faca, homem tenta roubar sorveteria e acaba preso em Dracena




Ocorrência foi registrada na noite desta terça-feira (29) e, conforme a Polícia Militar, ele confessou o crime. Homem é preso em flagrante por tentativa de roubo, em Dracena (SP)
Polícia Militar
Um homem, de 35 anos, foi preso em flagrante, na noite desta terça-feira (29), por tentativa de roubo em uma sorveteria, em Dracena (SP).
Segundo a Polícia Militar, os agentes foram acionados para atender uma ocorrência de roubo em andamento em um estabelecimento comercial. No local, a PM recebeu informações das características do envolvido.
Os policiais localizaram o homem e, ao ser questionado, ele acabou confessando o crime.
O homem foi preso em flagrante por tentativa de roubo e encaminhado para a Delegacia da Polícia Civil, onde permaneceu à disposição da Justiça.
Os policiais apreenderam ainda uma faca, uma blusa de moletom, um boné e uma bolsa do tipo pochete.

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Fonte: G1

Noite desta quarta-feira terá Superlua Azul


A noite desta quarta-feira (30) será de Superlua Azul. A Blue Moon –  termo utilizado para a segunda lua cheia do mês – terá, hoje, uma versão maior e mais brilhante. É que ela estará em seu ponto de órbita mais próximo da Terra, o chamado perigeu.

Musa inspiradora de uma das canções mais conhecidas do mundo, composta por Richard Rodgers e Lorenz Hart, a Blue Moon – enquanto música – foi eternizada em vozes como as de Frank Sinatra, Elvis Presley, Ella Fitzgerald e Billie Holiday.

Menor distância

A maior aproximação entre a Terra e a Lua será às 22h35 – no horário de Brasília – quando a Lua estará a  357.181 quilômetros da Terra. Segundo o Observatório Nacional, a distância média até nosso satélite natural é de cerca de 384.400 quilômetros.

Astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento explica que a Superlua ocorre de uma a seis vezes por ano, mas em alguns casos a proximidade é ainda maior porque a órbita da Lua é elíptica e não circular.

Brilho

Esse ponto de maior proximidade ocorre quando ela se encontra no perigeu, como na noite de hoje. O ponto mais afastado chama-se apogeu. “Os observadores poderão notar uma lua mais brilhante do que outras luas. O fenômeno poderá ser visto em todas as regiões do planeta”, explica Josina Nascimento.

Próxima do horizonte

Segundo a astrônoma, todas as luas cheias nascem no horizonte (a leste), quando o Sol se põe (a oeste), e se põem (a oeste) quando o Sol nasce (a leste), portanto é possível ver a Lua durante toda a noite e de qualquer lugar do país.

Josina acrescenta que uma boa hora para observar a Superlua é quando ela estiver mais próxima do horizonte, logo após o pôr do sol, ou no dia seguinte, antes do nascer do Sol. Nessa posição, ela parecerá ainda maior, podendo apresentar “belas variações de tonalidade, devido às partículas suspensas na atmosfera”.

“O evento de uma Superlua atrai ainda mais os olhares para o céu, nos ajudando a divulgar e popularizar a ciência. E, além disso, é um evento que pode ser visto por muitas horas (durante toda a noite), de qualquer lugar do mundo e por qualquer pessoa, porque é visível a olho nu”, finalizou a astrônoma.




Fonte: Agência Brasil

Polícia identifica responsável por despejo irregular no Rio Guandu


A empresa Burn Indústria e Comércio, que atua no ramo de higiene e limpeza, com sede em Queimados, na Baixada Fluminense, é a responsável, de acordo com a Polícia Civil, pelo despejo irregular de produto presente nos detergentes no Rio Guandu, que provocou a paralisação da captação de água para tratamento, na segunda-feira (28), deixando sem abastecimento de água quase 11 milhões de pessoas. A previsão é que o abastecimento fique normalizado nas próximas 48 horas.

A empresa vai responder por crime ambiental e a multa aplicada pode chegar a R$ 50 milhões. O vice-governador do estado do Rio, Thiago Pampolha, que também responde pela Secretaria de Meio Ambiente, disse que a empresa Burn Indústria e Comércio será punida de forma exemplar.

“Nós vamos usar todos os agravantes que fizerem sentido para que a gente possa punir de forma exemplar, na medida e na proporção que o caso exige, sem cometer injustiças, mas dando o exemplo. O estado do Rio não pode aceitar esse tipo de crime ambiental de forma pacífica, precisamos realmente aqui de muita energia do estado”, afirmou o vice-governador.  A empresa opera também na fabricação de produtos têxteis para uso doméstico. Na página da Burn Indústria e Comércio, ela é descrita como empresa de pequeno porte, que tem 20 funcionários registrados em sua folha.

A Polícia Civil vai pedir também a interdição da empresa. Outras fábricas serão visitadas, nesta quarta-feira (30), para identificar se houve mais despejos que provocaram a paralisação da Estação de Tratamento (ETA) Guandu.

Burn

A Burn esclarece que não há nenhuma relação entre a sua fábrica de Queimados, na Baixada Fluminense, e a presença de material químico na bacia do Rio Guandu. A unidade opera com tecnologia de ponta e de padrão internacional, seguindo os mais rigorosos procedimentos de controle, onde o manuseio da matéria-prima é automatizado e em ambiente de circuito fechado, ou seja, sem qualquer escoamento ou ligação com a rede pluvial.

Além disso, tem todas as licenças necessárias e destinação ambientalmente correta de seus resíduos, estando sob monitoramento e controle permanente dos órgãos ambientais competentes.

Cabe ressaltar que a fábrica está a 11 quilômetros de distância do sistema do Guandu seguindo o fluxo do rio, e adota uma série de iniciativas sustentáveis, como sistema de reuso de água da chuva, iluminação por fontes renováveis e selo EU Reciclo. A empresa também contratou laboratório especializado para coleta e análise da água e está colaborando com as investigações, à disposição das autoridades.

Matéria alterada às 8h57 para acréscimo de informação (três últimos parágrafos)




Fonte: Agência Brasil

Geometria e arte cinética compõem retrospectiva de Sérvulo Esmeraldo


Desde a observação das formas da natureza até os trabalhos que se movem a partir do contato do corpo do espectador. geometrias que começaram a ganhar forma no interior do Ceará, ganharam consistência em São Paulo e chegaram a maturidade na França. Os quase 70 anos de carreira do artista Sérvulo Esmeraldo recebem uma exposição panorâmica que abre nesta quarta-feira (30), no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro da capital paulista.

A mostra traz xilogravuras que Esmeraldo produziu ainda no início da carreira, na década de 1950, baseadas em elementos como folhas e conchas. Os trabalhos mais recentes têm data próxima dos anos finais de vida do artista, que morreu em 2017. São esculturas em metal, com formas geométricas e cores bem definidas. Em algumas, as sombras também fazem parte da composição. “Você tem horas, quando você está a uma certa distância, você nem consegue perceber muito bem o que é o objeto e o que é a sombra. É um caminhar de linhas que dialogam”, comenta Marcos Lontra, que assina a curadoria ao lado de Dodora Guimarães Esmeraldo, viúva do artista.

São Paulo (SP), 29/08/2023 - A curadora Dodora Guimarães Esmeraldo fala sobre as 110 obras da exposição SÉRVULO ESMERALDO: LINHA E LUZ no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB-SP. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Curadora Dodora Guimarães Esmeraldo, por Rovena Rosa/Agência Brasil

Sombras e movimento

É esse tipo de pensamento estético que, segundo o curador, o artista trabalhou em grandes obras elaboradas para marcar o espaço público, como o Interceptor Oceânico, na Avenida Beira Mar, em Fortaleza.

“Quando ele começa a fazer esculturas públicas, isso passa a ter um valor maior ainda, porque a própria luz do sol movimenta a sombra. E ao movimentar essa sombra, cada momento do dia é uma escultura diferente. Então, ele começa a criar essas interferências na paisagem”, detalha Lontra.

A passagem de mais de 20 anos pela França, que teve início com uma bolsa de estudos oferecida por aquele país, também faz parte da mostra. Foi nessa etapa que Esmeraldo se tornou um dos pioneiros da arte cinética, em que os trabalhos do artista produzem movimento a partir do contato com o corpo do espectador, pela transmissão de energia eletroestática.

Nesses trabalhos, em que Esmeraldo se conecta com outros artistas de seu tempo, como os também latino-americanos Jesus Raphael Soto e Cruz-Diez, o curador vê um tanto daquele menino observador, que passou a infância no interior do Cariri. “Quando ele era criança, os ciganos iam para os alambiques concertar os tachos de cobre que faziam rapadura e deixavam aqueles fragmentos de solda. Ele, com isso, criava pequenas engenhocas e colocava nas canaletas de irrigação. Então, tinha essa coisa de como ele observava o movimento. Aí, começa a aparecer a ideia do cinético, do movimento”, relaciona o curador a respeito dos trabalhos da série Excitáveis.

São Paulo (SP), 29/08/2023 - Exposição SÉRVULO ESMERALDO: LINHA E LUZ, com curadoria de Marcus de Lontra Costa e Dodora Guimarães Esmeraldo, no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB-SP. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Mostra Sérvulo Esmeraldo no CCBB-SP, por Rovena Rosa/Agência Brasil

Retorno às linhas

No retorno ao Brasil, no final da década de 1970, o artista teve que se adaptar a um ritmo diferente da vida nos grandes centros. “Quando ele volta para o Ceará, não conseguia mais trabalhar com acrílico, porque não tinha. Ele não podia trabalhar com mármore. A única mina de mármore que tinha ali perto, no Rio Grande do Norte, foi inundada para construir um açude. Então, ele se concentra no metal. Aí, no metal ele se reinventa, começa a trabalhar com essas linhas e com essas cores. E isso são alusões ao que ele fazia no início, no Crato”, conta Lontra.

São Paulo (SP), 29/08/2023 - Exposição SÉRVULO ESMERALDO: LINHA E LUZ, com curadoria de Marcus de Lontra Costa e Dodora Guimarães Esmeraldo, no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB-SP. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Exposição Sérvulo Esmeraldo: Linha e Lu, com curadoria de Marcus de Lontra Costa e Dodora Guimarães Esmeraldo – Rovena Rosa/Agência Brasil

As esculturas em acrílico são outra marca do período que Sérvulo passou na Europa, quando se aventurava por materiais ainda pouco usados pelas artes. Apesar das diferenças que aparecem ao longo da trajetória do artista, o curador afirma que nunca há um abandono completo do que Esmeraldo fazia anteriormente, mas, sim, um acúmulo. E atravessando todo o trabalho, Lontra vê o olhar do menino que se deslumbrava com as formas e movimentos do mundo.

“Antes de ser um artista da geometria, ele é um artista da observação, da pesquisa e da essência”, resume.

Visitação

A exposição Linha e Luz, com 110 obras de Sérvulo Esmeraldo, vai até o dia 20 de novembro. O CCBB abre todos os dias, exceto terças-feiras, das 9h às 20h. A entrada é gratuita.




Fonte: Agência Brasil

Mulheres discutem, no Rio, etarismo e autocuidado


Com foco na saúde da mulher, o projeto Mulheres na Roda tem como meta a partilha de saberes entre mulheres com mais de 50 anos. A iniciativa dessa roda de conversa é criar um espaço de escuta e partilha entre pessoas do sexo feminino, de seus saberes e suas questões.

Para a fisioterapeuta e pós graduanda do programa de Promoção de Saúde, Fiocruz/Instituto Fernando Filgueiras, Lucíola Lessa, umas das mediadoras da iniciativa, socialmente as mulheres dessa faixa etária não têm tido espaço e escuta para o autocuidado.

“Os assuntos que surgem são a partir da demanda das mulheres. A gente começa a atividade com uma dinâmica que pode ser a apresentação de pessoas, pode ser uma meditação e podem ser perguntas. No próprio relato, elas trazem suas histórias e as questões vão aparecendo. A roda não é professoral. Ela é uma troca de informações e experiências”, disse Lucíola.

Envelhecimento ativo

As conversas tratam sobre invisibilidade social, possibilidades de trabalho, envelhecimento ativo, alimentação, projetos pessoais, relações afetivas, sexualidade, amigos, autocuidado, violência doméstica, cultura, medo, depressão, crise de pânico e solidão, entre outros temas. “A roda faz uma rede de apoio”, acrescentou a fisioterapeuta.

O projeto Mulheres na Roda será nesta quarta-feira (30), às 15h, no Bistrô do Museu da República, na Rua do Catete, 153, na zona sul do Rio de Janeiro, com participação gratuita.




Fonte: Agência Brasil

PRF e PF prendem acusado de ligação com esquema de gatonet de Lessa


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal (PF) prenderam, nesta terça-feira (29), o sargento da Polícia Militar Sandro dos Santos Franco. Ele é acusado de envolvimento no esquema de pontos de internet clandestinos, conhecidos como “gatonet”, do ex-sargento da PM, Ronnie Lessa e do cabo do Corpo de Bombeiros, Maxwell Corrêa, presos por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, após a prisão de Maxwell, Sandro se tornou o principal operador do esquema e pela cobrança do pagamento dos pontos de TV a cabo clandestinos na zona norte do Rio. Por anos, ele era o responsável pela instalação do sinal clandestino de internet nos bairros do Méier, Todos os Santos, Engenho de Dentro e Cachambi. A central clandestina tem base no Complexo do Lins, também na zona norte.

Sandro era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Formiga, na Tijuca, na zona norte.

Segundo a Polícia Federal, ele estava foragido desde o dia 4 deste mês, quando foi deflagrada a Operação Jammer e agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão contra empresas suspeitas de fornecer sinal clandestino de internet, mas o militar não foi localizado. A ligação dele com os envolvidos na morte de Marielle era no controle dos pontos de venda de sinal a cabo clandestinos, que eram explorados por Ronnie e Maxwell.

O sargento era o último foragido da operação. Ele foi preso na Ponte Rio-Niterói e conduzido à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Depois, será encaminhado ao sistema prisional estadual.




Fonte: Agência Brasil

Mercadante defende reflorestar Amazônia para Brasil zerar emissões


O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante (foto acima), defendeu nesta terça-feira (29) que o Brasil desenvolva um ambicioso projeto para reflorestar 50 milhões de hectares da Amazônia. Em sua visão, essa iniciativa precisaria ser financiada com recursos internacionais já que demanda um grande investimento e seria a medida com maior impacto no mundo para enfrentar o aquecimento global.

Mercadante avaliou ainda que o trabalho deveria começar sobre as terras devolutas, que são terras públicas sem destinação pelo Poder Público, muitas das quais estão sob posse irregular. Também considerou que o projeto deve envolver partes de floresta produtiva, que gere renda às populações. Ele disse que o BNDES está trabalhando em torno do assunto.

A proposta foi apresentada na abertura do seminário “Thinking 20, a Global Order for Tomorrow”, no Rio de Janeiro. O evento foi organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) para discutir o papel do T20, grupo responsável por reunir pensadores de diversas áreas do conhecimento para debater e produzir documentos que subsidiem e influenciem recomendações e declarações finais do G20, que reúne representantes das 19 maiores economias do mundo e a União Europeia.

“Temos que lançar um projeto de impacto, porque é urgente nós mudarmos de atitude e avançar. A nossa sugestão, que estamos trabalhando no BNDES e vamos apresentar o debate em breve, é criarmos um grande projeto de restauração e regeneração da Floresta Amazônica. A nossa meta tem que ser, ao longo de um período a ser estudado e definido, replantar 50 milhões de hectares”, disse Mercadante.

Segundo o presidente do BNDES, uma iniciativa dessa dimensão retiraria 65 toneladas de carbono do planeta, que não apenas garantiria o cumprimento da meta brasileira como seria a maior contribuição para reverter o quadro atual. Mercadante considera que os oito países da Amazônia devem se envolver na iniciativa, mas que o Brasil pode liderar a proposta e levar o debate aos fóruns internacionais do G20 e da Organização das Nações Unidas (ONU) à 28ª edição da Conferência das Partes (COP28), que acontece em novembro deste ano.

“Não tem nenhum outro projeto desse alcance disponível no planeta. Não dá pra imaginar que nós vamos substituir a economia fóssil que tem um século, do dia para a noite. Não tem como substituir de uma vez os navios, os aviões, os automóveis, os caminhões que estão trafegando. A substituição é progressiva. A mudança da matriz energética contribui muito, mas ao mesmo tempo quando apertou a situação da Europa, com a guerra, todo mundo recorre à energia do carvão. Então não é um processo também linear, rápido e fácil”, acrescentou.

Ele disse que o reflorestamento da Amazônia deve ser sustentado e viabilizado por uma renda internacional e que, do contrário, o aquecimento global vai pôr fim à estabilidade econômica do mundo e ampliar a desigualdade social. “Os principais institutos de meteorologia preveem que os próximos anos serão os mais quentes da história, que pelo menos um ano já terá mais de 1,5 grau Celsius. Quando eu era ministro da Ciência e Tecnologia, nós tivemos estudos para ver o impacto do aquecimento global na fauna e na flora. Em uma estufa, você vai aumentando as temperaturas e vai vendo quem se adapta, quem não se adapta, quem é resiliente. E era uma tragédia o aumento de 1,5 grau. Um aumento de 1,5 grau na média vai significar extremos climáticos devastadores, com prejuízos para todos os países do mundo”, observou.

O presidente do BNDES disse ainda que o Brasil deve lutar para se tornar o primeiro país do G20 a alcançar a emissão zero e que é possível atingir o feito antes de 2030.

“Não é promissor se cada país ficar apontando pro outro e dizendo o que tem que fazer. Cada um vai ter que assumir a sua responsabilidade. Qual é a nossa? Metade das nossas emissões é desmatamento da Amazônia e 24% é o uso da terra. Temos que partir disso. Nós já temos uma matriz energética muito limpa. A média dos países do G20 é 11% e a nossa é 45%. Na matriz elétrica, hoje temos 91% limpa, que é hidráulica, solar e eólica”, avalia.

T20

A partir de 1º de dezembro, o Brasil sucederá a Índia na presidência do G20. Será a primeira vez que o país assume essa posição no atual formato do grupo, estabelecido em 2008. A presidência brasileira será exercida por um ano. Em novembro de 2024, está prevista a realização da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

Antecipando-se à presidência, em maio foi instalado o Comitê Organizador do T20 Brasil, que será responsável por mobilizar centros de pesquisa e think tanks que possam contribuir. Deverão ser desenvolvidos estudos e reflexões sobre temas diversos como macroeconomia, comércio internacional, digitalização tecnológica, energia limpa, multilateralismo, entre outros.

O Cebri, think tank independente criado para contribuir com a discussão da agenda internacional do país, é uma das três instituições que estarão à frente dos trabalhos do Comitê Organizador do T20-Brasil. O outros dois são o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério do Planejamento e Orçamento; a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), atrelada ao Ministério das Relações Exteriores.

A Agenda 2030, elaborada no âmbito da ONU, será um dos centros das discussões para um plano global para atingir em 2030 um mundo melhor para os povos e nações. Foram previstos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), aprovados em assembleia realizada em 2015. No mesmo ano, também foi aprovado o Acordo de Paris, tratado internacional para o enfrentamento do aquecimento global.

Plataformas digitais

Mercadante sugeriu que o T20 delimite os assuntos que serão debatidos para atuar com mais foco e resultar em avanços práticos. Segundo ele, o enfrentamento às mudanças climáticas deve ser a principal preocupação e apenas outras questões pontuais também devem receber atenção. Entre elas a regulação das plataformas digitais que, em sua visão, são instrumentos importantes de modernização e da transição digital, mas que atualmente causam prejuízo à economia internacional e precisam ser submetidas a uma regulação democrática que garanta mais equilíbrio entre as nações. Ele manifesta preocupação com o impacto das ferramentas de inteligência artificial.

“Estão entrando de forma muito incisiva sobre toda a indústria audiovisual e a publicidade de cada um dos países. Elas envolvem também a questão da proteção de dados pessoais. Essa máquina das fake news está arrebentando as relações sociais e o processo democrático de muitas sociedades. Então a regulação é um tema global que um país sozinho não tem como fazer. A União Europeia está se esforçando. Outros países estão se esforçando. Mas eu acho que o G20 deveria pautar esse tema e fazer sugestões mais ousadas”.

Após a abertura do seminário organizado pelo Cebri, foi realizado um painel para discutir desafios globais. Entre os participantes, estava o economista estadunidense Jeffrey Sachs, professor da Universidade de Columbia. Ele avaliou de forma positiva as ODS, mas considerou que os sistemas e as políticas internacionais não têm sido capazes de levar adiante o cumprimento das metas. O economista também lamentou que nenhum dos últimos presidentes dos Estados Unidos trataram de questões relacionadas com as ODS em seus discursos e cobrou maior envolvimento da academia nas discussões.

Sachs também disse que o combate ao aquecimento global demanda dinheiro e que a ONU não tem recursos para bancar as medidas necessárias. Segundo ele, é preciso mobilizar investimentos e tanto o Banco Mundial como as principais instituições financeiras são controladas pelas maiores economias. “O G20 não pode ser um lugar para geopolítica. É o único local onde podemos endereçar questões financeiras sérias”, disse.




Fonte: Agência Brasil