Mostra em São Paulo celebra centenário do fotógrafo Hans Gunter Flieg


Exposição em cartaz no Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo, apresenta 180 imagens produzidas pelo fotógrafo alemão Hans Gunter Flieg, considerado um poeta do aço e do concreto por ter documentado o desenvolvimento industrial e urbanístico do Brasil. A mostra, que celebra este ano o centenário do fotógrafo, fica em cartaz até o dia 28 de janeiro de 2024 e tem curadoria de Sergio Burgi, coordenador de fotografia do IMS.

Hans Gunter Flieg
Equipamentos e Instalações Elétricas Industriais Brown Boveri, Osasco - SP, 1961
Gelatina e prata. Foto: Instituto Moreira Salles

Hans Gunter Flieg Equipamentos e Instalações Elétricas Industriais Brown Boveri, Osasco – SP, 1961 Gelatina e prata. Foto: Instituto Moreira Salles – Instituto Moreira Salles

As imagens produzidas por Flieg apresentam a verticalização e a industrialização do país, especialmente da cidade de São Paulo, a partir da década de 1940. Flieg registrou instalações industriais, máquinas, edifícios e objetos, tensionando a fronteira entre a fotografia documental e o refinamento formal que tem a intenção de transformar a imagem em abstração.

Nascido em 1923 na Alemanha, em uma família judia de classe média, o fotógrafo migrou para o Brasil em 1939, fugindo da perseguição nazista. No Brasil, ele montou um estúdio fotográfico e passou também a prestar serviços para diversas empresas. Sua atuação passa pelas áreas da indústria, publicidade e arquitetura.

“O olhar que nos oferece Flieg sobre uma sociedade industrial que se quis e se fez moderna na São Paulo do pós-guerra, sem romper, entretanto, com os mecanismos de reificação, alienação e poder de seu tempo, nos leva a refletir agora, décadas depois, sobre uma sociedade pós-industrial igualmente imersa em profundas e radicais transformações e contradições, onde mais uma vez tudo que é sólido desmancha no ar”, disse o curador, em nota.

Hans Gunter Flieg
Fábrica da Duchen - Peixe, projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, primeiro prêmio na categoria de construção industrial na I Bienal Internacional de arte São Paulo, Guarulhos - SP, c. 1954
Gelatina e prata. Foto: Instituto

Hans Gunter Flieg Fábrica da Duchen – Peixe, projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, primeiro prêmio na categoria de construção industrial na I Bienal Internacional de arte São Paulo, Guarulhos – SP, c. 1954 Gelatina e prata. Foto: Instituto – Instituto Moreira Salles

Núcleos

A exposição foi dividida em três núcleos. No primeiro deles, são apresentadas imagens de arquitetura industrial, com registro de obras como a construção do ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, em 1955, e a das usinas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira.

Já o segundo núcleo, apresenta imagens feitas no interior de fábricas, focando no maquinário e destacando suas linhas e formas. O último espaço apresenta fotos tiradas para os mercados publicitário e artístico, que ilustravam catálogos e anúncios de jornais. Essas imagens mostram um grande contraste de luz e sombra.

Hans Gunter Flieg
Jogo de ferramentas Heinz, São Paulo, c. 1965
Fotografia impressa em pigmento mineral sobre papel de algodão a partir de arquivo digital. Foto: Instituto Moreira Salles

Hans Gunter Flieg Jogo de ferramentas Heinz, São Paulo, c. 1965 Fotografia impressa em pigmento mineral sobre papel de algodão a partir de arquivo digital. Foto: Instituto Moreira Salles – Instituto Moreira Salles

A mostra Flieg: Tudo que é Sólido no Instituto Moreira Sales, na Av. Paulista, tem entrada gratuita e pode ser visitada de terça a domingo e nos feriados (exceto segunda) das 10h às 20h. Última horário de entrada é 30 minutos antes do encerramento. Mais informações podem ser obtidas no site




Fonte: Agência Brasil

Democracia será tema do Desfile de 7 de Setembro em Brasília


O Desfile Cívico de 7 de Setembro, data que celebra o Dia da Independência do Brasil, deve reunir cerca de 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, de acordo com a previsão da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), que organiza o evento deste ano ao lado do Ministério da Defesa e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Previsto para iniciar às 9h, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o desfile terá como como slogan Democracia, Soberania e União.

Mais enxuto do que em anos anteriores, o desfile tem previsão de durar cerca de duas horas. Entre outras atrações, terá execução do Hino Nacional, passagem das tropas das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea), com veículos e aeronaves, apresentação de escolas públicas do Distrito Federal, profissionais do Corpo de Bombeiros, além de bandas e participações especiais de várias instituições. O ponto alto fica por conta do tradicional show aéreo da Esquadrilha da Fumaça, da FAB.

Cerca de 200 autoridades e convidados são esperados na tribuna de honra do presidente, entre ministros, chefes de Poderes e representantes das Forças Armadas. Não há previsão de discurso do presidente da República durante o desfile. Mas na noite anterior, do dia 6 de setembro, está prevista a veiculação em rede nacional de rádio e televisão de um pronunciamento de Lula alusivo ao Dia da Independência. No pronunciamento, ele deve reforçar a defesa da democracia e pedir união nacional.

Após o desfile, Lula vai direto para a Base Aérea de Brasília, onde embarca para participar da Cúpula do G20, grupo que reúne as maiores economias do planeta, em Nova Délhi, na Índia.

Em 2023, de acordo com o titular da Secom, Paulo Pimenta, haverá também quatro eixos temáticos durante o desfile: “Paz e Soberania”, “Ciência e Tecnologia”, “Saúde e Vacinação” e “Defesa da Amazônia”. Segundo o ministro, “são temas que se mostram, a cada ano, mais caros ao povo brasileiro e que voltam a ser muito valorizados pela gestão do presidente Lula”.

Exposição

Uma exposição em homenagem às Forças Armadas será montada na área externa do Museu Nacional da República e será aberta ao público imediatamente após o término do desfile. O ensaio geral com a participação de todos os envolvidos no evento e também a imprensa está marcado para o próximo dia 2 de setembro.

Acesso

A circulação de veículos na área da Esplanada dos Ministérios estará bloqueada a partir do dia 6 de setembro, na altura da Catedral de Brasília até a Praça dos Três Poderes. Todos os acessos à região contarão com revista de segurança.

O acesso à Praça dos Três Poderes será restrito, com bloqueio e policiamento nas vias de acesso. O Congresso Nacional, os ministérios da Justiça e Segurança Pública e de Relações Exteriores, bem como o Supremo Tribunal Federal (STF), serão protegidos com grades e policiamento. As vias N1 e N2 terão acesso de veículos credenciados. Já a via S2 terá trânsito liberado.

Itens proibidos

A lista de itens proibidos inclui fogos de artifício e similares; armas em geral; apontador a laser ou similares; artefatos explosivo; sprays e aerossóis; mastros confeccionados com qualquer tipo de material para sustentar, ou não, bandeiras, cartazes etc.; garrafas de vidro e latas; armas de brinquedo, réplicas, simulacros e quaisquer itens que possuam aparência de arma de fogo; drogas ilícitas, conforme a legislação brasileira; substâncias inflamáveis de qualquer tamanho ou tipo; armas brancas ou qualquer objeto que possa causar ferimentos, mesmo que representem utensílios de trabalho ou cultural, a exemplo de tesouras, martelos, flechas, tacos, tacape, brocas.

Também está proibido o uso de drones no espaço aéreo da Esplanada. Além das intervenções no trânsito e das revistas, estão previstas ações de policiamento e reforço nos atendimentos de emergência e de delegacias específicas para registro de ocorrências.

Apoio e emergência

Haverá pontos de atendimento médico conjunto do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros (CBMDF), além de equipes espalhadas pela área do desfile. Serão 17 pontos de hidratação ao longo do evento. Ambulantes credenciados ficarão posicionados na via de ligação do Museu da República. Não haverá venda dentro da área de segurança do desfile.




Fonte: Agência Brasil

Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico determina tombamento definitivo da Apea | Presidente Prudente e Região


A Apea, que é o clube mais antigo em atividade em Presidente Prudente, enfrenta uma crise iniciada em maio deste ano, com a renúncia de toda a diretoria do clube. Na ocasião, o presidente e os demais membros da diretoria renunciaram aos cargos, sob alegação de não terem mais condições de dirigi-lo. Pediram a renúncia os então: presidente, Carlos Silveira, vice-presidente, Osmar Marchiotto, e presidente do Conselho Deliberativo, Teruo Miashiro.




Fonte: G1

Faustão é extubado e respira sem auxílio de aparelhos


Após passar por um transplante do coração, o apresentador Fausto Silva, conhecido como Faustão, foi extubado na manhã desta terça-feira (29) e está respirando sem auxílio de aparelhos. A informação é do boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein, onde o apresentador está internado.

Segundo o hospital, Faustão está consciente, conversa normalmente e apresenta boa função do coração. Apesar disso, ele segue internado na unidade de terapia intensiva (UTI).

No último domingo (27), Faustão recebeu um novo coração. Ele havia sido incluído na fila de transplantes do Sistema Único de Saúde após agravamento do quadro de insuficiência cardíaca, que é acompanhado desde 2020.




Fonte: Agência Brasil

Serviços de reforma do prédio da Câmara Municipal de Presidente Prudente vão custar mais de R$ 700 mil aos cofres públicos | Presidente Prudente e Região


O Lote 2, que é para serviços de manutenção, alterações de esquadrias e sistemas de águas pluviais da edificação e remoção de grades e portões, instalação de vidro temperado e instalação de piso tátil, com estimativa de R$ 287.600,00, ficou a cargo da empresa Pocaia Serviços e Terceirizações Ltda., de Buritama (SP), com o valor de R$ 258.800,00.




Fonte: G1

Incêndios queimaram 30% de área do Pantanal em 2020, mostra estudo


Em 2020, incêndios de alta intensidade queimaram mais de 30% do território do Pantanal, na porção brasileira. É o que aponta uma nova pesquisa conduzida por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), publicada na revista científica Fire.

Segundo a pesquisa, esses incêndios queimaram uma área de 44.998 quilômetros quadrados na porção brasileira do bioma, valor bem acima do que havia sido estimado em levantamentos anteriores, que variavam entre 14.307 quilômetros quadrados e 36.017 quilômetros quadrados.

O levantamento foi feito com base em imagens de satélite da missão Sentinel-2, que deram mais precisão e refinamento às estimativas sobre as áreas queimadas.

A conclusão do estudo, segundo a Agência Fapesp, apontou sobre a necessidade de se melhorar os dados de impactos do fogo em regiões criticamente sensíveis às mudanças climáticas, como o Pantanal, que é a maior área úmida tropical do mundo. E essa preocupação aumenta neste ano de 2023, já que o fenômeno El Niño pode deixar o bioma mais seco e suscetível ao fogo.

Entre o dia 1º de janeiro e 28 de agosto deste ano, o Pantanal registrou 394 focos de fogo, segundo dados do Inpe. Nesse mesmo período de 2020, haviam sido registrados 8.895 focos de queimadas, maior número desde 1998 para o bioma.




Fonte: Agência Brasil

Número de brasileiros que procuram asilo nos EUA mais que triplica


O número de brasileiros que pediram asilo nos Estados Unidos aumentou mais de três vezes em junho deste ano, na comparação com outubro de 2022. Os pedidos saltaram de 206 para 695 no período. Os dados foram compilados pelo escritório de advocacia AG Immigration a partir de informações do Departamento de Estado e do Departamento de Segurança Interna dos EUA.  

A comparação é feita com outubro de 2022 porque é quando começa o ano fiscal nos Estados Unidos. Desde então, o governo americano recebeu 295 mil petições de asilo, sendo 3.417 (1,1% do total) de cidadãos brasileiros. Esse dado coloca o Brasil na 17ª posição entre as nacionalidades que mais pedem o benefício imigratório. Para efeito de comparação, no mesmo período do ano fiscal anterior (outubro 2021 e junho de 2022), foram 1.622 pedidos.

Recorde em maio

No ano fiscal corrente, o mês com maior demanda de brasileiros por asilo foi maio, com 777 registros, o que colocava o país como o 13º no ranking específico do mês.

“Nos últimos anos, vimos um aumento na quantidade de brasileiros flagrados na fronteira dos Estados Unidos com o México, justamente com o objetivo de solicitar asilo e eventualmente receber a autorização para morar no país. A maioria deles sai do Brasil para fugir da violência ou da pobreza”, explica a advogada de imigração Ana Barbara Schaffert.

Topo do ranking

Cinco países da América Latina e do Caribe lideram o ranking de procura por asilo e representam 70% dos pedidos de outubro do ano passado até junho de 2023: Cuba (74 mil), Venezuela (67 mil), Colômbia (25 mil), Nicarágua (23 mil) e Haiti (18 mil). O primeiro país fora do continente a aparecer na lista é o Afeganistão, na sétima posição, com cerca de 10 mil solicitações.

Schaffert esclarece que, de acordo com a lei americana, para um imigrante ser elegível ao asilo, ele precisa comprovar um medo crível de ser perseguido no país de origem por motivo de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou por integrar algum grupo social. Essas condições são mais claras de serem identificadas em países não democráticos.

Habitantes de países da América Central com grande presença do crime organizado recorrem ao asilo com frequência.

A advogada pontua que para esses países e para os brasileiros, as chances de sucesso não são altas. “O fato de a pessoa viver em uma cidade ou bairro violento ou na extrema pobreza não a torna elegível para pleitear asilo nos Estados Unidos. Ela precisa demonstrar claramente que será perseguida por um dos motivos previstos em lei se voltar para o país de origem”.

Taxa de aprovação

Números do Departamento de Justiça americano (equivalente ao nosso Ministério da Justiça) consultados pela AG Immigration mostram que 11% dos pedidos de asilo feitos por brasileiros foram aceitos no primeiro semestre do ano fiscal corrente. É a décima menor taxa de aprovação de uma lista de 65 países para os quais o dado está disponível.

Número de brasileiros que procuram asilo nos EUA mais que triplica. Foto: AG Immigration

Número de brasileiros que procuram asilo nos EUA mais que triplica – AG Immigration

“No Brasil, os casos que costumam ser bem-sucedidos são de brasileiros vítimas de perseguição de facções criminosas, embora casos de perseguição política tenham crescido do ano passado para cá”, explica Schaffert.

Os países com maiores taxas de concessão de asilo são Etiópia (78%) e Eritreia (78%), os dois na África Oriental; seguidos pelo asiático Myanmar (75%) e Belarus (73%), no Leste Europeu.

Aparecem com menos aprovações que o Brasil os latino-americanos El Salvador (10%), Guatemala (9%), Cuba (7%) e México (4%), que mesmo com sérios problemas de violência ou de funcionamento das instituições, não conseguem atender aos critérios exigidos em lei para o asilo.

Brasileiros no exterior

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os Estados Unidos são o país com a maior comunidade brasileira no exterior. Vivem em território americano 1,9 milhão de brasileiros, o que incluem todos os tipos de moradia e não apenas os asilados. Esse número é pouco menor que o total de habitantes de Manaus (2.063.547, segundo o Censo 2022). Em seguida, aparecem Portugal (360 mil), Paraguai (254 mil), Reino Unido (220 mil) e Japão (207 mil).




Fonte: Agência Brasil

Após 4 anos, pescadores ainda pedem reparação por vazamento de óleo


Após quatro anos do derramamento de óleo nas praias dos nove estados do Nordeste, além do Espírito Santo e Rio de Janeiro, pescadores ainda reivindicam reparação pelo comprometimento de suas atividades produtivas e dos impactos ambientais nas áreas afetadas. Integrantes da campanha Mar de Luta estão em Brasília em reunião com autoridades e, nesta terça-feira (29), realizaram um ato em frente ao Palácio do Planalto.

A pescadora artesanal Joana Mousinho, de Itapissuma (PE), da Articulação Nacional das Pescadoras, disse que, até hoje, os impactos daquele acidente são muito fortes na economia e na saúde da população. Ela reclama que o Estado não deu nenhum tipo de acompanhamento aos pescadores prejudicados.

“De vez em quando, está aparecendo petróleo nas praias, sumiu algumas espécies, diminuiu as nossas espécies de pescado, de crustáceo, e também tem o problema da saúde. Muita gente que pegou no petróleo, para retirar das praias, dos manguezais, têm sequelas hoje, problemas de saúde”, disse à Agência Brasil.

Mancha de óleo atinge o litoral do Sergipe

Mancha de óleo atinge o litoral do Sergipe – Adema/Governo de Sergipe

“Nós estamos reivindicando praias limpas, nem um poço a mais, nem uma perfuração de petróleo a mais, e também para que cuidem de nossa saúde e que tenhamos um ambiente para poder trabalhar. Não queremos cesta básica, a gente quer o direito de trabalhar tranquilamente para cuidar dos nossos familiares”, reivindicou, alertando sobre os perigos de uma possível exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.

De agosto de 2019 a março de 2020, foram encontradas manchas de óleo em mais de mil localidades, em 11 estados litorâneos, além do que restou submerso ou presente na forma de micropartículas no ambiente. Em dezembro de 2021, a Polícia Federal concluiu a investigação, que apontou que o material veio de um navio petroleiro de origem grega.

A estimativa é que o desastre ambiental afetou o modo de vida de aproximadamente 500 mil pescadores artesanais, que ficaram impossibilitados de vender e consumir os pescados. Na ocasião, o governo federal fez uma concessão extraordinária do seguro defeso e instituiu o auxílio emergencial financeiro para pescadores artesanais, encerrado em 2020. Mas, segundo Joana, a política foi ineficiente e a minoria desses trabalhadores recebeu os recursos, além do valor de um salário mínino, segundo ela, ter sido insignificante diante da repercussão das perdas financeiras.

A campanha Mar de Luta pede ainda a realização de pesquisas sobre a poluição e os impactos socioeconômicos e o rigoroso monitoramento das praias, mangues e oceanos da região afetada.

Brasília, 29/08/2023, Pescadores e pescadoras artesanais participam de ato em frente ao Palácio do Planalto para rememorar os 4 anos do crime do petróleo e para reivindicar reparação
. Foto: Henrique Cavalheiro/Divulgação

Pescadores e pescadoras artesanais participam de ato em frente ao Palácio do Planalto – Foto: Henrique Cavalheiro/Divulgação

As pessoas que manusearam o óleo também sentiram as consequências na saúde, até que as autoridades passaram a orientar o uso de equipamentos de proteção individual. Nos primeiros meses, as secretarias de Saúde confirmaram, ao menos, 70 casos de intoxicação.

Após o ato na Praça dos Três Poderes, os representantes da campanha agendaram reunião com a Secretaria-Geral da Presidência, responsável pelo diálogo do governo com a sociedade civil. A assessoria da pasta confirmou a agenda para recepção das reivindicações. Nesta segunda-feira (28), eles também estiveram na Defensoria Pública da União, e ainda há previsão de reunião com parlamentares e promotores.

A campanha Mar de Luta foi lançada em agosto de 2020 para pautar os impactos às comunidades pesqueiras afetadas pelo derramamento de petróleo e reivindicar respostas e reparações do Estado. Ela é organizada por movimentos sociais de pescadores artesanais e organizações ligadas às temáticas de direitos humanos e socioambientais, como o Conselho Pastoral dos Pescadores, o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais e a Articulação Nacional das Pescadoras.






Fonte: Agência Brasil

Apagão motivou ONS a determinar restrição do fluxo de energia


Além de deixar cerca de 29 milhões de brasileiros sem energia elétrica em quase todo o país o apagão do último dia 15 forçou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a reduzir o volume de energia elétrica disponível na rede que une as diferentes regiões do Brasil.

“Tínhamos que cortar a energia trafegando na rede”, declarou Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral da entidade privada responsável por coordenar e controlar a operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica que integram o sistema nacional.

Brasília (DF) 29/08/2023 - Diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, participam de audiência conjunta  das comissões de Fiscalização Financeira.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, em audiência na Câmara dos Deputados – Lula Marques/ Agência Brasil

Ao participar, nesta terça-feira (29), da reunião conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, Ciocchi revelou que os especialistas do setor elétrico já identificaram ao menos duas causas que levaram quase todo o país a ficar sem energia elétrica. O único estado que não sofreu com a queda de energia foi Roraima, por não estar integrado ao Sistema Interligado Nacional,

Além do desligamento da linha de transmissão 500kV Quixadá-Fortaleza devido a uma “atuação indevida do sistema de proteção” que ainda está sendo analisada, os técnicos identificaram falha em equipamento, um regulador de tensão de uma usina, que demorou milissegundos além do previsto para entrar em operação após a falha na linha de transmissão. A demora inesperada sobrecarregou o sistema, gerando um efeito em cascata.

Segundo Ciocchi, após o reestabelecimento do serviço para todo o país, o ONS decidiu, por precaução, determinar a redução do volume de energia disponível na rede até que as causas do apagão estejam devidamente esclarecidas.

“Quando temos um evento de grandes proporções cujas causas ainda não estão completamente identificadas, o ONS tem a prerrogativa de assumir uma operação mais conservadora. O que [neste caso] consistiu na redução do fluxo de energia nas linhas de transmissão que conectam a Região Nordeste à Região Sudeste; o Norte com o Sudeste e o Norte com o Nordeste”, comentou o diretor-geral do ONS, explicando que, por razões operacionais, optou-se pelo “corte” de parte da produção eólica e solar.

“Devido a estarmos na época da seca, as [usinas hidroelétricas do Rio] São Francisco já estão operando com sua vazão e geração mínimas e não poderíamos reduzir ainda mais. A geração termoelétrica, em todo o Brasil, já estava trabalhando de forma que não poderia ser reduzida. Portanto, como o grande exportador do Nordeste são as fontes eólicas e solares, foi aí que tivemos que cortar. Não porque exista um problema de geração [destas duas fontes]”, acrescentou Ciocchi, garantindo que “a restrição do fluxo de energia” será momentânea e não impede que “100% das necessidades brasileiras sejam atendidas, de forma segura”.

Durante a mesma audiência, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, refutou o uso do termo apagão para se referir ao ocorrido no dia 15. “É só uma nomenclatura, mas prefiro me dirigir ao ocorrido como um evento, e não como um apagão, que passa à população a impressão de que temos qualquer risco de suprimento energético no país. Na verdade, há menos de dois anos, estivemos à beira de um colapso energético que custou ao povo brasileiro em torno de R$ 60 bilhões porque, naquele momento, nossos reservatórios estiveram em dificuldades e foi necessário contratar, de forma inflexível, R$ 40 bilhões em [energia] térmica emergencial. E que, agora, tivemos que agir com muito rigor para evitar que o consumidor brasileiro pagasse pelo uso de gás natural nestas térmicas em um momento em que temos abundância hidrológica, com Itaipu e Furnas vertendo água”.

Brasília (DF) 29/08/2023 Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, participam de audiência conjunta  das comissões de Fiscalização Financeira.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, por Lula Marques/ Agência Brasil




Fonte: Agência Brasil

20% dos brasileiros consomem alimentos congelados com frequência | Especial Publicitário – Jopanas Salgados


O consumo de salgados congelados também faz parte da rotina do brasileiro. Mas é necessário investir em produtos de qualidade, é o que acredita o diretor da Jopanas, Jorge Targino Santos. “Muita gente se assusta com o nome de salgados, mas no caso da Jopanas, utilizamos ingredientes premium, como farinha e o óleo de palma”, afirma o empreendedor.




Fonte: G1