Alckmin discute ajuda à população gaúcha afetada por ciclone


O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, convocou, na manhã desta sexta-feira (8), reunião no Palácio do Planalto para tratar da situação do Rio Grande do Sul após a passagem do ciclone extratropical. Representantes de dez ministérios participam do encontro.

As tempestades já deixaram 41 mortos e atingiram os moradores de 82 municípios, sendo que 79 já têm situação de calamidade pública reconhecida pelo governo federal. Neste momento, 25 pessoas continuam desaparecidas em cidades gaúchas.

Participam do encontro com o presidente em exercício, entre outros, os ministros Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação, José Múcio Monteiro, da Defesa, Nísia Trindade, da Saúde, Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional, Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, além do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros.

Ações

O governo federal montou um grupo de crise para atender às necessidades das regiões atingidas. Os ministérios já estão mobilizados em caráter emergencial, para acompanhar e apontar medidas que contribuam para minimizar os impactos dos desastres naturais na região. A determinação foi dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viajou, nessa quinta-feira (7) à Índia para reunião do grupo econômico G20.

Saúde

O Ministério da Saúde enviou dez kits de medicamentos e insumos de assistência farmacêutica, como seringas e soro, para auxílio à população afetada pelo ciclone extratropical. Cada kit tem capacidade para assistir 1,5 mil pessoas durante um mês. Dessa forma, permitirão o atendimento a 15 mil pessoas no período. Além disso, estoques de vacinas estão sendo reforçados.

Na quarta-feira (6), dois técnicos do Programa de Vigilância de Desastres do Ministério da Saúde viajaram ao estado para apoiar ações que reduzam o risco da exposição da população e dos profissionais de saúde a doenças após as enchentes, bem como danos à infraestrutura.

O ministério trabalha em cooperação com os profissionais do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, e enviou profissionais da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) a fim de apoiar o estado.

Defesa

O Ministério da Defesa mobilizou 642 militares, oito aeronaves, dez embarcações e cerca de 50 veículos para apoiar a Defesa Civil gaúcha na ajuda às comunidades atingidas pelos temporais.

As ações são coordenadas pela pasta, a partir do Comando Conjunto Taquari, ativado na última quarta-feira (6). Os esforços conjuntos dos militares das Forças Armadas estão concentrados nos municípios do Vale do Taquari, uma das regiões mais atingidas.

As tropas atuam em atividades como busca e resgate de vítimas, transporte de equipes e famílias, triagem e entrega de roupas e alimentos doados, distribuição de água potável e fornecimento de alimentação aos bombeiros e integrantes de outros órgãos que estão em campo. Além disso, equipes da área de engenharia também se revezam para desobstruir vias e retirar entulhos.

As Forças Armadas empregam oito aeronaves, dez embarcações do tipo bote, 26 caminhões, dois veículos do tipo cisterna de água, duas ambulâncias, retroescavadeiras, tratores e 18 viaturas diversas, além de materiais e equipamentos de engenharia, geradores e barracas de campanha.

Em atendimento à solicitação da Secretaria Estadual de Saúde, o Ministério da Defesa enviou nove médicos militares para atuar na regulação pré-hospitalar de urgência, em coordenação com o governo estadual.

As forças trabalham também para instalar dispositivos de acesso à internet nos municípios de Muçum e Roca Sales.

Conectividade

O Ministério das Comunicações e a Telebras estão trabalhando para restabelecer a conectividade nos municípios. O ministério disponibilizou para o estado antenas destinadas à conexão banda larga via satélite. A cidade de Roca Sales voltou a ter os serviços de internet e telefonia.

De acordo com o ministério, são 13 terminais de satélite transportáveis que vão restabelecer as comunicações em locais afetados pelas intensas chuvas. Os equipamentos saíram de Brasília na quarta-feira e chegaram a Canoas na madrugada de quinta (7), transportados em aviões da FAB.




Fonte: Agência Brasil

Kayky Brito permanece sedado, diz hospital


O ator Kayky Brito, de 34 anos, permanece sedado e em ventilação mecânica, com o quadro clínico sob controle e sem alterações nas últimas 24 horas, conforme boletim médico divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Hospital Copa D’Or, onde está internado desde a tarde de sábado (2). A nota foi assinada pelos médicos Edno Wallace, Ney Pecegueiro e Marcelo London.

Ele foi submetido, na segunda-feira (4), a cirurgias para a fixação de fratura na pelve e no braço direito. O ator foi diagnosticado com politraumatismo e traumatismo craniano e continua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Kayky foi atropelado na madrugada de sábado na Avenida Lúcio Costa, na orla da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O ator estava com amigos em um quiosque e resolveu pegar algo no carro estacionado do outro lado da via. Imagens de câmeras de segurança do local mostram que ele foi atingido por um veículo quando voltava correndo para o quiosque.

O motorista de aplicativo que dirigia o carro parou o veículo, aguardou a chegada de policiais e o atendimento do Corpo de Bombeiros.




Fonte: Agência Brasil

Obra da paraense Dona Onete é reconhecida como patrimônio cultural


A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) aprovou o Projeto de Lei nº 54/2023, que torna patrimônio cultural e imaterial do estado a obra da musicista Ionete da Silveira Gama, que assume o nome artístico de Dona Onete e o título de Rainha do Carimbó Chamegado. A iniciativa foi anunciada quarta-feira (6).

O projeto é uma iniciativa do deputado estadual Elias Santiago (PT). Ao justificar a apresentação da proposta, o parlamentar ressaltou que a importância da artista consiste em romper uma tradição de se conferir reconhecimento apenas a homens no gênero musical. Para Santiago, outra contribuição de Dona Onete foi abordar a sedução e a vida sexual dos idosos em suas músicas, algo ainda considerado tabu por muitas pessoas.

Em vídeo veiculado no Instagram, em sua conta oficial, Dona Onete comemorou a homenagem, agradeceu aos fãs e disse que, em breve, deverá lançar novo álbum. “Estou aqui transbordando de felicidade. Que coisa boa aconteceu com a gente. Afinal, não aconteceu só comigo, aconteceu com vocês que estão aí do outro lado, que vão comigo, que vão assistir aos meus shows, que me aplaudem, que gostam do meu jeito”, afirmou. “E não vou ficar só nisso, vou cantar brega.”

Dona Onete, de 84 anos, é cantora, compositora e poeta e nasceu em Cachoeira do Arari. Sua obra soma mais de 300 composições, entre carimbós, boleros e parcerias que resultaram em canções gravadas por outras artistas paraenses da contemporaneidade, corno Gaby Amarantos e Aíla. Com referências indígenas, negras e caribenhas marcando a obra, a rainha do carimbó também tem feito sucesso no exterior, sendo capa, em julho de 2017, da maior revista de world music do mundo, a Songlines.

*Com informações da Alepa.




Fonte: Agência Brasil

'Jardineira das florestas', anta é encontrada morta em trecho da rodovia que corta o Parque Estadual do Morro do Diabo




Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) informou que o animal não apresentava sinais de atropelamento. Anta foi encontrada morta na SP-613, em Teodoro Sampaio (SP), nesta quinta-feira (7)
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O corpo de um animal macho jovem da espécie anta brasileira (Tapirus terrestris) foi encontrado na noite desta quinta-feira (7) em um trecho da Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), nas proximidades do Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP). Pela capacidade de dispersão de sementes de frutos dos quais se alimenta, a espécie é conhecida como “jardineira das florestas”.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), o animal não apresentava sinais de atropelamento.
As causas da morte deverão ser investigadas.
A pasta estadual esclareceu que a Unidade de Conservação, administrada pela Fundação Florestal, possui 13 passagens subterrâneas instaladas pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP), nos 14 quilômetros da via que atravessam o Morro do Diabo, para permitir o deslocamento da fauna com segurança, e alambrados de 100 metros de cada lado em cada passagem subterrânea.
Ao todo, são 2,6 quilômetros de bloqueios de segurança para a fauna do parque.
A Semil reforçou que, com o objetivo de aumentar a segurança viária na SP-613, na aproximação ao parque, implantou dois novos equipamentos de fiscalização de velocidade e quatro lombadas, com sinalização vertical alertando para o limite de velocidade de 30 km/h.
“Paralelamente, está em fase de análise técnica a implantação de 30 quilômetros de cercas de segurança ao longo da via e outros dez quilômetros na Estação Ecológica do Mico-Leão-Preto, bem como a implantação de três novas passagens de fauna”, concluiu a pasta estadual em nota oficial enviada à TV Fronteira nesta sexta-feira (8).
Ameaças à espécie
Um estudo científico revelou que quase 100% das populações ainda existentes da anta brasileira na Mata Atlântica da América do Sul correm risco de desaparecer no futuro próximo.
A conclusão é do estudo intitulado “The distribution and conservation status of Tapirus terrestris in the South American Atlantic Forest” e publicado na revista “Neotropical Biology and Conservation”.
Os pesquisadores envolvidos alertam para a urgência da implementação de medidas que possibilitem o restabelecimento da conectividade entre as 48 populações identificadas, de forma a viabilizar a conservação da espécie no longo prazo. Conhecida como jardineira das florestas, a anta tem um papel central na conservação da biodiversidade, por ser extremamente efetiva na dispersão de sementes de diversas plantas. Atualmente, a espécie ocupa apenas 1,78% de sua distribuição original no bioma Mata Atlântica (encontrado no Brasil, Argentina e Paraguai), o que representa uma grande ameaça para o maior mamífero terrestre da América do Sul.
As informações são do artigo assinado por Kevin Flesher, pesquisador do Centro de Estudos da Biodiversidade, Reserva Ecológica Michelin, Bahia, e Patrícia Medici, coordenadora da Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira (INCAB), projeto do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), e presidente do Tapir Specialist Group (TSG) da International Union for Conservation of Nature (IUCN), Species Survival Commission (SSC).
Entre as áreas estudadas, está o Pontal do Paranapanema, região que abriga o Parque Estadual do Morro do Diabo e a Estação Ecológica do Mico-leão-preto, no extremo oeste do Estado de São Paulo. As matas são moradias de pequenas populações de antas que vivem sob riscos diários, como a caça e o atropelamento.
Conforme relatou ao g1 Patrícia Medici, devem existir cerca de 130 indivíduos dentro dos limites do parque, que possui uma área “relativamente pequena”, de 370 km². Segundo exemplo da pesquisadora, um incêndio poderia comprometer uma grande parte dessa população de antas.
Mas os riscos não param no fogo. “Se de repente nós nos descuidássemos em relação à questão dos atropelamentos na rodovia que corta o parque e outros fragmentos florestais do Pontal, ou com relação à questão da caça ou a contaminação de agrotóxicos, e esses impactos continuassem, que continuem atuando, existe um risco sim pra que esse animal se extinga na região”, afirmou Patrícia ao g1.
Patrícia destacou que os principais riscos para as antas são a caça, o atropelamento, populações pequenas e a contaminação por agroquímicos.
A pesquisadora afirmou que a Tapirus terrestris ainda é caçada para consumo da carne na região do Pontal do Paranapanema. Segundo ela, a anta não é o “preferido dos caçadores”, como a capivara, o queixada e a paca, mas “é um animal grande, que quando caçado reverte em bastante carne”. “Então alguns caçadores apreciam essa carne e caçam esse animal”, acrescentou.
Outra ameaça bastante importante, e não somente no Pontal, mas no Brasil inteiro, é o atropelamento desses animais em rodovias.
“Muitos animais já foram registrados na rodovia que corta o Parque Estadual do Morro do Diabo atropelados, e isso traz uma queda populacional bastante significativa, particularmente se a gente pensar que uma parte desses animais, tanto caçados quanto atropelados, possa ser fêmeas em idade reprodutiva, isso acarreta consequências bastante deletérias, bastante ruim pra uma população bastante afetada por qualquer uma delas”, explicou ao g1.
O fato de serem populações pequenas e desconectadas umas das outras também acarreta depauperação genética e perda de variabilidade genética, de acordo com Patrícia. “Não tem um fluxo entre elas, não são capazes de se encontrar, de se reproduzir; então isso também tem um efeito bastante deletério”, disse.
A agricultura em larga escala na região do Pontal do Paranapanema também entra na lista das ameaças, particularmente o cultivo da cana-de-açúcar. “Com essa agricultura, essa cana, vem toda a gama de agroquímicos que são utilizados em diferentes momentos da cultura, em diferentes estágios do desenvolvimento da cultura, e a gente sabe, pelos nossos estudos aqui no Cerrado no Mato Grosso do Sul, que a anta circula por essas culturas e está exposta a esses agentes químicos e se contamina”, salientou a pesquisadora.
‘Área relativamente pequena’
A região do Pontal tem um histórico de desmatamento bastante intenso, de cerca de 70 a 80 anos atrás, segundo lembrou Patrícia. “Foi bastante intensa a perda de floresta por diversas razões, diversos eventos do desenvolvimento econômico da região”, declarou.
Dos eventos degradantes, o Parque Estadual do Morro do Diabo acabou restando como a maior área natural disponível como habitat para as espécies silvestres.
“Mas, mesmo assim, é uma área relativamente pequena pra manter populações que a gente chama de viáveis de uma série de espécies, dentre elas a anta, e bastante isolada de outras áreas de tamanho significativo que possam então contribuir pra um processo de manter essas populações ao longo do tempo, que elas se mantenham saudáveis, que elas se mantenham reproduzindo de forma natural que elas se mantenham viáveis, tanto em termos de números populacionais quanto em termos de genética, sem endogamia, sem cruzamentos entre indivíduos aparentados”, explicou ao g1 a pesquisadora.
Ou seja, populações pequenas desconectadas umas das outras, embora o Instituto de Pesquisas Ecológicas, o IPÊ, faça um trabalho de estabelecimento de corredores para conectar os diferentes fragmentos de floresta do Pontal.
“Essa iniciativa [corredores ecológicos] certamente será benéfica, mas a anta é um animal que precisa de grandes áreas de habitat, ela tem áreas de uso bem grandes, então é um animal que precisa ter dentro da sua área de uso tudo o que ela precisa em termos de comida, água, cursos de abrigo”, indicou Patrícia sobre as pequenas populações de antas que vivem no Parque Estadual do Morro do Diabo e fragmentos menores ao redor.
Conforme a pesquisadora, a estimativa de 2010 é de que haja cerca de 130 antas no Parque Estadual do Morro do Diabo e mais cerca de 40 a 50 indivíduos distribuídos em pequeníssimas populações nos fragmentos menores espalhados pelo Pontal.
“Nós temos aí cerca de 130, 170, 180 antas na região, porém, vivendo em populações bem menores, separadas, isoladas, desconectadas. Então, é realmente necessário esse esforço de reconectar essas populações, de cuidar do que elas vão enfrentar nessas paisagens entre fragmentos, se tem caça, se tem atropelamento, se tem agrotóxico, enfim, pra tentar neutralizar ao máximo as ameaças que ocorrem tanto dentro das áreas naturais quanto nas áreas ao redor, pra que esse animal possa circular de forma segura”, enfatizou ao g1.
Sistema de proteção
Para preservar e proteger as antas, a medida primordial “é promover, apoiar, dar suporte, fortalecer o sistema de proteção do Parque Estadual do Morro do Diabo e da Estação Ecológica Mico-leão-preto”, de acordo com Patrícia.
Além disso, é preciso “prestar atenção à questão do atropelamento, manter as medidas de mitigação nas rodovias locais que foram implementadas na década passada em função dos primeiros resultados em função do nosso trabalho de monitorar a rodovia, a SP-613 [Rodovia Arlindo Béttio], que corta o parque”.
“É muito importante que as medidas de mitigação de atropelamento naquela rodovia se mantenham, as placas sinalizadoras, os portais que foram instalados pra sinalizar ‘olha, você está entrando num parque estadual’, os radares de velocidade, enfim, campanhas educativas, gestão com o órgão responsável que é o DER [Departamento de Estradas de Rodagem], tudo o que puder ser feito em termos de medida de mitigação pra atropelamento”, explicou.
Já sobre a caça, Patrícia colocou que é preciso “ter um sistema de proteção do Parque Estadual do Morro do Diabo e da Estação Ecológica de guardas, de recursos humanos disponíveis pra proteção contra a entrada de caçadores pra coibir essa prática”.
“Isso também precisa estar bastante fortalecido e bastante presente, a gente ter rondas regulares de dia, de noite, localização de cervas de caçadores, enfim, tudo o que possa ser feito pelas equipes de proteção dessas duas unidades”, indicou.
No que diz respeito à conceptividade da paisagem, é importante a continuidade trabalho que o IPÊ faz com a construção dos corredores ecológicos, que conectam os fragmentos de florestas da região do Pontal e, assim, facilitar a movimentação de uma série de animais e plantas, que vão passar através das suas sementes por esses corredores.
“De forma em grande escala, o máximo possível conectar essas florestas e permitir uma maior permeabilidade dessa paisagem; que a paisagem permita que esses animais passem e circulem entre os diferentes fragmentos de mata da região, isso nos ajudar a ter populações mais conectadas por conseguintes maiores e por conseguinte mais aptas a se manterem ao longo do tempo”, destacou ao g1.
‘Jardineira das florestas’
“É imprescindível que a gente proteja, preserve esse animal, porque ela é a nossa jardineira da floresta”, frisou a pesquisadora.
A anta é um dos animais mais eficientes do que diz respeito à dispersão de sementes. “Ela é um animal de grande porte, 200, 250 quilos, ela é vegetariana, herbívora, então ela consome grandes quantidades de material vegetal, particularmente frutos”, explicou.
Patrícia acrescentou ao g1 que “com esses frutos que ela consome, que ela engole, vão as sementes que passam pelo trato digestivo desse animal e que ela por ser um animal que se desloca a grandes distâncias, ela vai depositar essas sementes através das fezes dela lá longe do lugar em que ela consumiu essa semente, esse fruto”.
“E lá longe ela vai consumir outra semente, ela vai se deslocar pra cá e vai trazer essa semente pra cá. Então a jardineira das florestas ela transporta diversidade, semente de cá pra lá, de lá pra cá, ela brinca com a composição dessa floresta e consequentemente com a diversidade da mesma”, contou.
Desta forma, onde tem a anta executando esse papel de dispersora de sementes no ecossistema, “é uma floresta muito mais diversa do que uma floresta onde esse animal já tenha se extinguido, uma floresta infinitamente menos diversa”.
“Então, a importância está aí, manter a biodiversidade da floresta através desse papel, dessa função ecológica que esse animal tem, de forma a manter as espécies vegetais presentes, a diversidade biológica presente, os serviços ecossistêmicos, manutenção de qualidade da água, manutenção de qualidade do solo, uma série de benefícios que manter a biodiversidade nos traz”, afirmou ao g1 a pesquisadora.
Mata Atlântica
O g1 também conversou com o pesquisador Kevin Flasher. Ele ressaltou que a espécie pode ser extinta na Mata Atlântica, mas que ainda há populações no Cerrado e na Amazônia.
“A espécie em si não está ameaçada de extinção, está ameaçada, mas não é iminente, mas na Mata Atlântica a situação é muito mais grave”, destacou.
Flasher já visitou a região em várias ocasiões, sendo a última em 2016, e disse que as atividades do Instituto de Pesquisas Ecológicas, que têm uma presença muito forte, tem viabilizado melhorias para a condição da espécie no Pontal do Paranapanema.
“Como eles estão trabalhando tanto com grandes fazendeiros como com os sem-terra e fazendo projetos de restauração, e conscientização de conservação, acho que a situação lá está melhorando”, comentou.
Para o pesquisador, o risco é menor na região do Pontal e acredita que a população parece estar crescente. Porém, precisa de atenção e manutenção dos cuidados.
“Patrícia estimou, calculou que a população tem mais ou menos 150 antas. E, se você pensa que a viabilidade demográfica é de 30, então, tudo bem, essa população não vai sumir por uma probabilidade de uma geração só nascer com fêmeas ou com machos. Agora, a parte genética é mais preocupante, porque os modelos genéticos agora indicam que você precisa de uma população no mínimo de 200 antas, de qualquer animal, mas 200 antas, nesse caso, para ter uma população viável geneticamente, a longo prazo”, explicou.
Conforme Flasher, “a questão da Mata Atlântica hoje não é que as reservas estão sumindo, estão criando mais reservas até na Mata Atlântica, então quase toda mata na Mata Atlântica hoje está protegida de uma maneira ou outra, mesmo sem fiscalização ou coisa assim, mas a mata em si na Mata Atlântica na maioria dos lugares no Estado de São Paulo não está desaparecendo como antes”.
Para exemplificar a questão do problema populacional, o pesquisador citou o ser humano. “Se colocar três pessoas numa ilha e voltar após 100 anos, provavelmente não haverá ninguém naquele local. Mas se você coloca 300 pessoas nessa mesma ilha é provável que em 100 anos ainda haverá pessoas lá”, comentou.
“Então, o problema é justamente esse, é que as populações, a maioria, são muito pequenas e são isoladas, não tem movimento de antas entre as reservas. Esse é o ponto crítico na Mata Atlântica: Como vamos reconectar essas populações?”, declarou ao g1.
E é nesta reconexão que o IPÊ vem trabalhando no Pontal. “O trabalho que estão fazendo com os pequenos agricultores e também fazendeiros é justamente de plantar corredores com árvores nativas para ligar as matas”.
“Então, o projeto no Pontal está nos apontando realmente uma direção certa para ir. Agora a presença do IPÊ é essencial para isso, porque sem eles lá isso não teria acontecido. Mas a questão toda é a reconectividade”, afirmou.
Trabalho a se fazer
Flasher também destacou outros problemas na conservação da espécie, como o atropelamento.
À noite a visibilidade é ruim aos motoristas, que não veem a longa distância e não há tempo hábil para frear a 80 ou 90 km/h ao ver um grande animal na pista.
É também “fundamental” também manter o projeto dos corredores, educação e conscientização ambiental da população, “e trabalhar muito com pequenos agricultores”, porque muito mais fácil para uma empresa grande falar que vai deixar 20% das terras para preservação.
“Para um pequeno agricultor que está trabalhando com 2 ou 5 hectares de terras é muito difícil conseguir preservar e muitas vezes com pessoas passando fome não caçar. Então, muito trabalho tem que ser feito ajudando pequenos agricultores. Acho que é aí que temos que focar muito esforço para ajudá-los a melhorar economicamente e para trazer uma consciência em favor à conservação”.
“A anta, em si, é muito resistente, é um animal que consegue resistir com quase qualquer coisa, mas a caça e atropelamento ela não consegue resistir justamente pela baixa taxa de reprodução, porque há um filhote a cada 3 anos, e uma gestação de 13 meses antes de parir. Então é muito difícil um animal assim conseguir aguentar muita pressão de caça”, enfatizou.
Mas, em geral, Flasher indicou que vê no Pontal e em outros lugares na Mata Atlântica, “que o quadro está aos poucos melhorando”.
“Estamos em fase de começar a melhorar a situação. Estou otimista, em geral. Com cautela, mas estou otimista”, afirmou.
Esforços conjuntos
As pesquisas tiveram início intenso e sistemático no Pontal, de 1996 até 2008. Na ocasião foi realizada a primeira coleta de dados, como status de conservação do animal na região no longo prazo, de forma sistemática, em grande escala.
“Muitos animais foram equipados com colares de monitoramento, muitos animais foram amostrados para estudos de genética e saúde. Enfim, neste período de 12 anos nós conseguimos criar, iniciar um banco de dados bastante robusto pra saber, então, o que é esse animal nessa região, como é a anta na região do Pontal e na floresta do Parque Estadual do Morro do Diabo e nos fragmentos ao redor, como ela vive, quais são as ameaças que ela enfrenta, quais são as perdas que nós temos através da atuação dessas ameaças, quantos animais morrem atropelados, quantos animais são caçados ao ano, a cada dez anos”, explicou Patrícia Medici.
Esses resultados de pesquisa, no que diz respeito a impactos de ameaças, auxiliam as equipes a tecer estratégias para conservar a espécie naquela localidade.
“Uma outra atividade que a gente realizou agora em 2020-2021 foi uma reavaliação da população no Morro do Diabo. Nós realizamos uma contagem, um censo noturno pra contar os indivíduos presentes no parque, de forma indireta, existe toda uma metodologia pra fazer isso, de forma que a gente possa comparar nossa primeira avaliação publicada lá em 2010 com uma nova avaliação 10 anos depois, 2020-2021. Nós devemos ter os resultados dessa avaliação dentro em breve e a gente vai ser capaz então de olhar pra o que aconteceu com essa população de forma bem detalhada nos últimos 10 anos”, destacou.
Patrícia, que é presidente do grupo especialista das antas da IUCN do Tapir Specialist Group desde janeiro de 2000, contou que são um grupo de cerca de 150 pessoas em cerca de 30 países da América Latina, América do Norte, Sudeste Asiático, enfim, do mundo todo, trabalhando pela conservação das quatro espécies de anta presentes na natureza e em condições de cativeiro, como zoológicos e criadouros conservacionistas.
“Na verdade, são todos esforços que fazem parte desse guarda-chuva Tapir Specialist Group, que como grupo dá suporte a todas essas iniciativas, mantém os canais de conservação entre todas essas iniciativas, mantém os pesquisadores trocando ideias, trocando figurinha, pensando nas melhores metodologias pra trabalhar. É um grupo bastante ativo no que diz respeito a esses canais de conversação entre todos os membros. Então, de forma indireta, sim, o grupo especialista das antas atua no Pontal do Paranapanema através do nosso trabalho, através desse esforço que é feito pela INCAB, pelo IPÊ, o grupo também atua no Pontal do Paranapanema”, finalizou.

Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.




Fonte: G1

Em reunião com prefeitos, Leite debate reconstrução na Serra Gaúcha


O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, participou, nesta sexta-feira (8), na prefeitura municipal em Bento Gonçalves, de reunião com prefeitos da Serra Gaúcha para discutir os estragos causados pelas enchentes provocadas pelo ciclone extratropical que atingiu o estado. 

De acordo com publicação em rede social, Leite informa que o trabalho do governo para reconstruir as estruturas atingidas pela chuva já começou a ser feito e que equipe atua com a maior agilidade possível.

Tragédia

De acordo com dados atualizados pelo governo estadual na manhã desta sexta-feira (8) o número de desabrigados subiu para 3.046 e os desalojados são 7.781 pessoas. Ao todo, 123.268 pessoas, de 83 municípios gaúchas, foram atingidas de alguma forma pelas chuvas fortes.

Neste momento, 25 pessoas continuam desaparecidas, sendo oito no município de Arroio do Meio, oito em Lajeado e nove em Muçum. As buscas continuam.

O estado registrou 43 feridos e 41 mortos após a tragédia. As cidade de Muçum (15), e de Roca Sales tiveram o maior número de mortes (10). Outras ocorreram em Cruzeiro do Sul (4), Lajeado (3), Ibiraiaras (2), Estrela (2) e Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza (um em cada cidade).

Estradas

Sobre os danos e alterações no tráfego de veículos nas rodovias gaúchas, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) informou que  dez trechos tiveram bloqueios totais ou parciais em sete rodovias. Duas pontes foram destruídas pelas chuvas: uma na ERS-448, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, e outra na ERS-431, em Bento Gonçalves, no limite com a cidade de São Valentim do Sul.

Meteorologia

Em boletim divulgado pela Sala de Situação do governo do Estado, coordenada pela Defesa Civil e pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), o governo alerta para inundação dos rios Santa Maria, Ibirapuitã e Uruguai, com lenta elevação das águas nos municípios de Dom Pedrito, Alegrete, São Borja e Itaqui.

A Defesa Civil mantém o alerta meteorológico, nesta sexta-feira, para chuva intensa em grande parte do Rio Grande do Sul, além de risco de vento forte e queda de granizo em alguns pontos.

O sábado (9) começará com tempo instável, porém, gradualmente o sol entre nuvens deverá voltar a predominar sobre o Rio Grande do Sul.

A tendência é que os temporais e as chuvas intensas retornem à metade Sul na segunda-feira (11).

Alertas

Em caso de perigo, a população deve ligar para os números 190/193.

Moradores podem se cadastrar para receber alertas meteorológicos que servem também como prevenção. Basta enviar mensagem, por SMS, com o CEP da localidade onde reside, para o número 40199.

Em seguida, chegará ao telefone do interessado a confirmação do cadastro. A partir deste cadastro, os avisos da Defesa Civil começarão a ser recebidos. Também é possível realizar o cadastro via Whatsapp. Para ter acesso ao serviço, é necessário se cadastrar pelo telefone (61) 2034-4611.




Fonte: Agência Brasil

Assado na churrasqueira, hambúrguer com dois tipos de carne ganha acompanhamento de molho argentino | Receitando


Retire o hambúrguer de acordo com o ponto desejado. Em caso de mal passado, é possível identificar quando o centro está rosado. Ao ponto, deve ser retirado quando a carne começa a ficar grelhada, com uma coloração acinzentada. Bem passado, por sua vez, quando é possível ver o centro do hambúrguer totalmente grelhado.




Fonte: G1

Petrobras faz primeira compra de créditos de carbono


A Petrobras informou que marcou sua entrada no mercado voluntário de créditos de carbono ao adquirir créditos equivalentes a 175 mil toneladas de gases de efeito estufa (GEE) evitadas. A operação corresponde à preservação de uma área de 570 hectares da Floresta Amazônica, do tamanho de cerca de 800 campos de futebol como o Maracanã.

Os créditos foram adquiridos junto ao Projeto Envira Amazônia – sediado no município de Feijó, no Acre – dedicado à preservação da Floresta Amazônica e ao desenvolvimento de ações em prol das comunidades da região.  O Plano Estratégico da Petrobras 2023-27 prevê outras operações no mercado de carbono, com previsão de investimentos totais de até US$ 120 milhões em aquisição de créditos até 2027.

Com a compra de créditos de carbono, o propósito da Petrobras é complementar estratégia de descarbonização, que contempla várias frentes como, por exemplo, redução de emissões nas operações, projetos de energias renováveis, biorrefino e captura e armazenamento de carbono.

Segundo a empresa, os direcionadores para o próximo Plano Estratégico 2024-28, atualmente em desenvolvimento, indicam a busca por oportunidades rentáveis para ampliar o investimento em baixo carbono, almejando um patamar entre 6 e 15% do investimento global da empresa.

 “Aqui na Petrobras, queremos contribuir de maneira incisiva no processo de transição energética do Brasil. A cada avanço em direção ao uso de fontes de energia limpa, à captura e armazenamento de carbono, e ao investimento em descarbonização, estamos criando um futuro em que a economia prospera em harmonia com o planeta”, disse, em nota, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

“Nós acreditamos no mercado de carbono como um importante instrumento no combate às mudanças climáticas e sabemos que o Brasil tem um imenso potencial para liderar esse segmento, justamente por ser um dos países com maior biodiversidade do mundo”, acrescentou.

Segundo o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim, a prioridade será adquirir créditos de base natural, gerados no Brasil e de alta qualidade, que contribuam para a conservação e recuperação dos biomas brasileiros. “Queremos assegurar que os créditos utilizados gerem benefícios climáticos, sociais e ambientais para o país, de forma transparente e rastreável”, disse, em nota, Tolmasquim.

“A compensação das emissões por créditos de carbono é complementar à descarbonização intrínseca e permite aumentar a ambição das empresas.  É importante frisar que esta iniciativa da Petrobras não substitui, mas sim complementa os esforços de redução de nossas emissões ao mesmo tempo que contribui para o financiamento da conservação das florestas brasileiras”, afirmou, em nota, a gerente executiva de Mudanças Climáticas da Petrobras, Viviana Coelho.

Mercado de carbono

O mercado de carbono consiste em um mecanismo de compensação de emissões de gases de efeito estufa, por meio da negociação de créditos de carbono. Esses créditos são gerados por projetos que evitam que esses gases sejam emitidos ou que removam esses gases. Dessa forma, o crédito de carbono funciona como uma espécie de moeda, em que uma empresa pode comprar créditos para compensar suas próprias emissões operacionais ou a de seus produtos. Mercados bem estabelecidos podem acelerar a redução das emissões e reduzir os custos para a sociedade, pois propiciam identificar os melhores custos de oportunidade.

Além disso, o mercado de carbono é dos instrumentos para cumprir as metas do Acordo de Paris assinado em 2015 por quase 200 países, incluindo o Brasil, que se comprometeram a adotar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Os créditos de carbono podem ser gerados de diversas formas como, por exemplo a partir da captura de metano em aterros sanitários ou a partir de projetos de base natural, conhecidos como Nature Based Solutions (Soluções Baseadas na Natureza).  Elas se destacam por sua contribuição à recuperação ou preservação de ecossistemas naturais e por seus benefícios ambientais, como preservação da biodiversidade e recursos hídricos, e pelo impacto positivo que pode levar às comunidades locais.




Fonte: Agência Brasil

Acidente entre caminhões mata duas pessoas e congestiona trânsito na ponte sobre o Rio Paraná | Presidente Prudente e Região


Um acidente de trânsito envolvendo três caminhões na manhã desta sexta-feira (8), deixou duas vítimas fatais na Ponte Hélio Serejo, na BR-267, que faz divisa entre os Estados de São Paulo, em Presidente Epitácio, e Mato Grosso do Sul, em Bataguassu.




Fonte: G1

Cesta básica está, em média, R$ 18 mais barata em Presidente Prudente




Segundo levantamento, a concorrência entre supermercados dá ao consumidor a oportunidade de economizar até 57%. Cesta básica está, em média, R$ 18 mais barata em Presidente Prudente (SP)
IPT
O Índice de Preços Toledo (IPT) aponta uma deflação de 1,94% no preço da cesta básica em Presidente Prudente (SP) na primeira quinzena de setembro em relação ao resultado do mesmo período do mês anterior.
O levantamento realizado em sete supermercados da cidade, em 6 de setembro, revela que o consumidor que gastava R$ 938,65 para comprar os produtos de uma cesta básica, passou a desembolsar, em média, R$ 920,47, uma diferença de R$ 18,18.
Segundo o levantamento, a “concorrência entre os supermercados dá ao consumidor a oportunidade de economizar até 57%, pois comprando uma unidade de cada produto pelo maior preço, ele gastaria R$ 425,12. Já se a sua compra fosse feita pelo menor preço, o total gasto seria de R$ 271,03, economizando assim, R$154,09”.
O grupo de alimentos apresentou uma deflação de 2,40%, destacando-se a cebola (kg) com diminuição de 39,15% e a batata (kg) com decréscimo de 28,91%.
Em contrapartida, o grupo de artigos de limpeza apresentou uma inflação de 0,85%, com destaque para o sabão em pó (1kg) que teve alta de 19,72% e a água sanitária (1l) com um aumento de 6,21%.
Por fim, o grupo de higiene pessoal também apresentou uma inflação de 0,03%, onde o papel higiênico (4 unidades/30m/folha simples) teve acréscimo de 21,59%.
Devido às promoções, variedades e disponibilidades de produtos nos estabelecimentos, alguns apresentaram uma considerável diferença de preços entre os locais pesquisados, como é o caso da margarina (500g) que variou entre R$ 3,09 e R$ 8,99, resultando numa diferença de 190,94% e o desinfetante (fragrância pinho/500ml), que foi de R$ 2,45 à R$ 6,79, com uma diferença de 177,14%.

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Fonte: G1

Cantor moçambicano Ras Soto apresenta show autoral com raízes africanas, em Presidente Prudente | Presidente Prudente e Região


Acompanhado pela banda Ithiopians Voice e por dançarinos, o artista apresentará um repertório autoral com músicas em inglês, português, iyaric (linguagem criada pelo movimento rastafari), patois (dialeto jamaicano) e xanguana (uma das línguas de Moçambique).




Fonte: G1