Mais de 400 toneladas de donativos são enviadas ao Rio Grande do Sul


Duas aeronaves KC-390 Millennium, do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT), Esquadrão Zeus da Força Aérea Brasileira (FAB), decolaram, neste sábado (11), às 7h30, da Base Aérea de Brasília, transportando cerca de 40 toneladas de itens doados, 20 em cada aeronave, em direção à Base Aérea de Canoas (RS).

Brasília (DF) 11/05/2024 400 toneladas de donativos sairam da Base Aérea de Brasília com destino ao Rio Grande do Sul, embarcadas em uma aeronoave KC-30 e em 20 carretas do Exército e de empresas voluntárias. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência BrasilBrasília (DF) 11/05/2024 400 toneladas de donativos sairam da Base Aérea de Brasília com destino ao Rio Grande do Sul, embarcadas em uma aeronoave KC-30 e em 20 carretas do Exército e de empresas voluntárias. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Mais de 400 toneladas de donativos saem da Base Aérea de Brasília com destino ao Rio Grande do Sul – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

De acordo com a FAB, além disso, por meio da Campanha Todos Unidos pelo Sul, 380 toneladas de alimentos e materiais doados estão sendo levados por 19 carretas do Exército e de empresários voluntários, que se disponibilizaram a ajudar no transporte via terrestre. Conforme a FAB, a ação conjunta vai viabilizar a chegada ao estado de mais de 425 toneladas de itens.

Desde o dia 30 de abril, a FAB atua na Operação Taquari 2 por meio da coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais (Comae). Nos locais, faz o resgate de atingidos, como também arrecada e transporta donativos em apoio à população atingida pelas enchentes.

Ajuda pelo mar

Em outra ação, o Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, o maior navio de guerra da América Latina, considerado pela Marinha como o seu principal meio naval, atracará hoje, às 14h, no município de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, junto com a Fragata Defensora. De acordo com a força, a chegada das embarcações vai multiplicar a ajuda que vem sendo prestada pelos fuzileiros navais no estado.

Segundo a Marinha, com o navio e a fragata, chegarão 1.350 militares, 154 toneladas de donativos, 38 viaturas do Grupamento de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil, 24 embarcações de pequeno e médio porte, três helicópteros, além de duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora.

“Nós vamos abrir novas frentes de trabalho, como por exemplo a desobstrução de vias, a produção de água potável, a distribuição dessa água como também alimentos. Também teremos muito mais mobilidade aquática. As estações de tratamento de água têm a capacidade de transformar água não tratada em água potável ideal para o consumo humano e de produzir 20 mil litros por hora”, disse o capitão de mar e guerra Dirlei Donizete, comandante do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil, em vídeo divulgado pela Marinha.




Fonte: Agência Brasil

Christian Dunker, Geni Núñez e Sérgio Vaz participam da Feira do Livro


A Feira do Livro, festival literário gratuito realizado na capital paulista desde 2022, divulgou nesta sexta-feira (10) mais 11 autores convidados que participarão de eventos da programação. Entre os novos nomes, estão o psicanalista Christian Dunker; a ativista indígena e psicóloga Geni Núñez; o poeta Sérgio Vaz e a escritora Lilia Guerra, que traz à tona personagens da periferia paulistana.

Além desses, participarão da feira Adelaide Ivánova, Betina González, Michael Nieva, Mar Becker, Julia de Souza, Odorico Leal e Pablo Casella. Ao todo, já foram divulgados 35 nomes.

O diretor geral do evento, Paulo Werneck, destaca a variedade de temas e autores da programação, que abrange a riqueza do mercado editorial brasileiro. “A gente procura trazer para a Feira do Livro novidades das livrarias, os destaques, os principais escritores do Brasil e do mundo, sempre numa perspectiva de diversidade, de experiências diferentes, gêneros diferentes”.

A feira tem poesia, literatura infantil e para adultos, história, entre outros temas.

Um dos destaques do evento é o psicanalista Christian Dunker, convidado para um dos debates. “É um dos principais psicanalistas do país, uma figura importantíssima no pensamento brasileiro, que ajudou muita gente a enfrentar a pandemia. E ele publicou um livro sobre o luto. Quando ele perdeu a mãe, superou esse luto escrevendo um livro, que é uma mescla de experiência pessoal com um manual de psicanálise”, disse Werneck.

O autor argentino Michel Nieva, autor do livro Dengue boy: A infância do mundo, também é destaque da feira. “É um livro muito curioso, que trata desse tema que está fazendo parte do nosso dia a dia, a dengue, só que visto pelo ponto de vista da literatura fantástica, tem um certo humor, mas ao mesmo tempo tem uma denúncia”, relata Werneck. Ele ressalta que tem um grupo expressivo de autores argentinos presentes esse ano. Além de Nieva, outros argentinos confirmados são Betina González, Camila Fabbri, Camila Sosa Villada e Claudia Piñeiro.

Golpe e Diretas Já

Neste ano, quando se rememora os 60 anos do golpe militar de 1964 e os 40 anos do comício das Diretas Já, a feira levará discussões sobre os temas ao público. A Praça Charles Miller, local onde acontecem as edições da Feira do Livro em São Paulo, foi palco do início das mobilizações pelas eleições diretas para presidente, conforme revelou o ex-deputado estadual de São Paulo Adriano Diogo (PT) à Agência Brasil.

Um dos responsáveis pela mobilização e por arrecadar recursos para a realização dos comícios, Diogo contou sobre o começo do movimento em 1983, com um pequeno evento na Charles Miller. “Quando acabou a eleição [para governador, em 1982], estávamos em uma situação dificílima. Então, o [ex-deputado] José Dirceu foi procurar o governador Franco Montoro, montou o comitê pelas diretas e o primeiro ato pelas eleições diretas foi esse pequeno comício”, lembra o político.

O diretor da Feira do Livro confirmou que a ditadura é um assunto que estará presente no evento. “Vai ter com certeza uma mesa sobre os 60 anos do golpe, com o grande historiador Luiz Felipe de Alencastro, que é um dos maiores historiadores brasileiros hoje. Ele está publicando um livro sobre a ditadura brasileira vista a partir de Paris, onde ele estava exilado naquela época”, adiantou Werneck.

“Ele escrevia no Le Monde, um jornal francês, crônicas que eram uma denúncia sobre a ditadura brasileira. Essa notícia de que o governo torturava, prendia e várias outras ações autoritárias ainda não eram amplamente conhecidas na Europa. Então essas crônicas dele ajudaram a espalhar a notícia”, acrescentou.

Meio ambiente

Assunto em destaque na última semana por causa da catástrofe climática no Sul do país, o meio ambiente também será assunto de debate na feira. O ensaísta e jornalista João Moreira Salles promoverá um debate a partir do bioma amazônico, que é tema de seu livro Arrabalde. “Ele lançou um livro sobre a Amazônia, que é um grande assunto internacional, uma grande preocupação do mundo é a preservação da Amazônia e da população amazônica, da população indígena, ribeirinha”, disse Werneck.

“[Salles] passou uma temporada na Amazônia, fez uma série de reportagens que saíram na revista Piauí, e depois lançou esse livro. Ele vai falar [na feira] desse livro e de como a Amazônia se transformou. Era um lugar muito periférico, se você pensar algumas décadas atrás, e hoje é um lugar que está no centro das preocupações do mundo”, disse.

Instalada na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, a edição deste ano terá maior duração, com 9 dias de programação, de 29 de junho a 7 de julho. Realizada pela Associação Quatro Cinco Um e Maré Produções, a feira pretende reunir alguns dos destaques da cena literária brasileira e internacional para os debates.




Fonte: Agência Brasil

Número de mortos no RS sobe para 136; desaparecidos chegam a 125


Boletim divulgado na manhã deste sábado (11) pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualiza para 136 o número de mortos em razão das enchentes no estado. Há ainda 756 pessoas feridas enquanto 125 seguem desaparecidas.

Até o momento, 444 municípios foram afetados pelos fortes temporais que atingem o estado desde o fim de abril. Os números mostram 71.398 pessoas em abrigos, 339.928 desalojadas e um total de 1.951.402 pessoas afetadas.

O boletim contabiliza 74.153 pessoas resgatadas e 10.348 animais resgatados. O efetivo que atua neste momento no estado é de 27.589 pessoas, que contam com 4.398 viaturas, 41 aeronaves e 340 embarcações.

Guaíba e Lagoa dos Patos

Ainda de acordo com a Defesa Civil do estado, até as 7h, o nível do Rio Guaíba, na capital Porto Alegre, havia baixado para 4,59 metros (m). Já o nível da Lagoa dos Patos chegou a 2,48 m na tarde de sexta-feira (10), sendo que a cota de inundação no local é de 1,30 m.

Energia elétrica, água e telefonia

De acordo com a CEEE Equatorial, 163.707 pontos no Rio Grande do Sul seguem sem energia elétrica (9,08% do total de clientes atendidos). Já a RGE Sul informou que há 140 mil pontos sem energia elétrica (4,6% do total de clientes).

Há ainda, segundo a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), 208.606 pessoas sem abastecimento de água (7% do total de clientes atendidos).

Em relação à telefonia, a Tim informou que três municípios gaúchos estão sem serviços de telefonia e internet, enquanto a Vivo relata ter 17 cidades sem serviços de telefonia e internet. Já a Claro informou que o serviço foi normalizado em todo o estado.

Escolas estaduais

O boletim cita ainda 1.028 escolas afetadas pelas enchentes – incluindo unidades danificadas, servindo de abrigo, com problemas de transporte e de acesso, entre outros. Há, ao todo, 29 coordenadorias regionais de educação afetadas em 243 municípios, além de 358.064 estudantes impactados pelos temporais.

Rodovias

Atualmente, 78 trechos estão com bloqueios totais e parciais em 52 rodovias estaduais gaúchas, entre estradas, pontes e balsas. As informações são do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem e abrangem rodovias concedidas e também as administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).




Fonte: Agência Brasil

“É meu lar. Preciso voltar”, diz garçom que viu a casa ser inundada


Quando acordou às 5h da manhã da sexta-feira, dia 3 de maio, o garçom Marcos dos Santos, de 43 anos, ficou assustado. A chuva não parava e já começava a invadir a casa dele, no bairro Centro Novo, em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre. Chamou a esposa, que é técnica de enfermagem, e o filho para saírem o mais rápido possível. Marcos conseguiu abrigo em uma igreja no Sertão Santana, cidade a 80 quilômetros (km) da capital gaúcha.

Porto Alegre (RS) 10/05/2024 - O antes e o depois que a chuva passou na residência de Marcos dos santos.
Foto: Marcos dos santos/DivulgaçãoPorto Alegre (RS) 10/05/2024 - O antes e o depois que a chuva passou na residência de Marcos dos santos.
Foto: Marcos dos santos/Divulgação

O antes e o depois que a chuva passou na residência de Marcos dos Santos. Foto:  Marcos dos santos/Divulgação

“Aqui estou em segurança. Mas quero voltar. É meu lar. Preciso voltar. Construímos aquele lugar”, disse o garçom que trabalha em um bar em Porto Alegre. A cidade de Eldorado do Sul, foi uma das mais castigadas do Rio Grande do Sul e ficou com pelo menos 90% da área submersa. Vias de acesso estão bloqueadas pela água ou por deslizamentos e quedas de árvores. “Cheguei a voltar à minha casa durante a semana. Tudo ficou destruído e inundado. Estamos muito angustiados”, afirmou.

Na correria para se salvar, Marcos saiu apenas com a roupa do corpo. Nem carteira nem qualquer documento conseguiu pegar. “Percorri minhas ruas. Estão parecendo cenários de guerra. No caminho pelas ruas da minha cidade, eu fui chorando. Não sei o que estou sentindo”, disse.

“Parecia um rio”

Colega de trabalho no bar em que trabalha em Porto Alegre, o gerente Lázaro Kieling mora na mesma cidade e na mesma rua que Marcos. Ele recorda que aquela sexta-feira foi um pesadelo para ele e a família. “Em poucas horas, a rua estava tomada pela água. Parecia um rio. Tudo inundou”, relatou.  Também saíram correndo. Ele e a esposa conseguiram um abrigo na cidade de Guaíba, a 40 km de distância.

A casa dele, segundo testemunha, está com água a um metro de altura. “Tudo ficou revirado. Perdi tudo”. Além da perda, a família tem medo. Ele voltou para a casa, e viu um cenário de pesadelo. “Está tudo escuro e há sons de tiroteio à noite. Meus vizinhos dizem que quem resistiu a sair de casa [porque tem dois andares] está sendo assaltado e ameaçado”, afirmou.

Na quinta-feira (9), o secretário estadual da Segurança Pública, Sandro Caron, manifestou preocupação com a violência no estado. Segundo ele, agentes da Brigada Militar e da Polícia Civil têm usado embarcações para fazer o policiamento ostensivo em um cenário de ruas alagadas e edificações parcialmente submersas.




Fonte: Agência Brasil

Jornalista e radialista Marcos Maia morre aos 62 anos em Dracena




Maia estava internado na Santa Casa de Misericórdia para tratamento de câncer. O jornalista e radialista Marcos Maia faleceu aos 62 anos
Reprodução/Facebook
O jornalista e radialista Marcos Maia faleceu na manhã deste sábado (11), aos 62 anos, na Santa Casa de Misericórdia de Dracena (SP), onde estava internado para o tratamento de câncer.
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Nascido em Junqueirópolis (SP), em 1º de julho de 1961, Marcos Luiz Maia atuou ao longo de mais de 40 anos na cobertura de notícias relacionadas a assuntos da região de Nova Alta Paulista.
Em uma rede social, Maria apresentava-se da seguinte maneira:
“A notícia é tudo que é novidade. Sou repórter e amo a profissão que exerço. Solteiro”.
Nas eleições municipais de 2020, Maia tentou eleger-se vereador em Dracena pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), mas com os 41 votos obtidos nas urnas ficou como suplente.

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Fonte: G1

Expedição reforça necessidade de proteger bancos de corais equatoriais


As cadeias de Fernando de Noronha e do Norte (Ceará) são duas montanhas submersas vizinhas que, juntas, se estendem por 1,3 mil quilômetros, bem próximas da Linha do Equador. No topo de cada morro, em profundidades com 40 metros ou mais, encontram-se bancos de corais que funcionam como oásis para a vida marinha no Oceano Atlântico equatorial.

Desde 2016, expedições vêm sendo realizadas para mapear a área e têm feito descobertas tanto animadoras quanto desalentadoras. A expedição mais recente, feita em abril deste ano por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), capturou imagens inéditas de cinco bancos localizados na cadeia do Norte, que fica perto da costa dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte.

Entre as descobertas feitas pelos cientistas, destaca-se uma imensa colônia de corais-de-fogo Millepora alcicornis, localizada em profundidade que varia de 43 a 50 metros, no banco Leste. Este foi não apenas o primeiro registro da espécie em local tão fundo como é possivelmente a maior população da espécie no Brasil.

Nesses bancos também foram registradas populações dos corais Mussismilia hartii, espécie considerada em risco de extinção, e Meandria brasiliensis, que, segundo o pesquisador da UFPE Mauro Maida, coordenador da expedição, é cada vez mais rara no litoral brasileiro.

Por outro lado, os cientistas constataram que esses mesmos corais estão branqueando. É a primeira vez que o fenômeno, causado pelo aumento da temperatura dos oceanos e que compromete a saúde desses animais (podendo levá-los à morte), é registrado no Atlântico Sul em profundidades tão elevadas (de 40 a 60 metros).

Também foram constatados restos de apetrechos de pesca e a redução da população de peixes grandes, como tubarões e garoupas, devido à atividade pesqueira. “Esses bancos são muito pescados, por décadas. É assustador, nos bancos perto do Ceará, como se vê muito pouco predador de topo. Fizemos horas e horas de gravações em vídeo e não se vê uma garoupa”, lamenta Maida.

Há ainda o risco de exploração petrolífera nesses bancos. Blocos do setor SPOT-AP2, na Bacia Potiguar, por exemplo, que se sobrepõem parcialmente a alguns dos bancos da cadeia Norte, estão incluídos na Oferta Permanente de Concessão (OPC) da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A criação de uma Área de Proteção Ambiental (APA) marinha com mais de 12 milhões de hectares foi proposta e o processo já está nas mãos do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). As expedições realizadas pela UFPE servem como justificativa para a conservação da área.

“Abrimos o processo para a criação da APA no ano passado. Fizemos uma nota técnica com as expedições anteriores e complementamos os estudos técnicos com essa nova expedição, para dar mais subsídios à criação da unidade”, explica Leonardo Messias, coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), vinculado ao ICMBio.

Segundo Messias, a criação da APA entrou no grupo de prioridades em meio a mais de 200 propostas de criação de unidades de conservação que tramitam no ICMBio há alguns anos. A proposta da APA dos bancos de corais do Norte e Fernando de Noronha deverá contar com áreas onde a pesca será mais restritiva: dois bancos no Norte e dois em Fernando de Noronha.

“Os montes oceânicos são reconhecidos internacionalmente como ecossistemas biologicamente e ecologicamente significantes. São oásis no meio do oceano. Mas eles são frágeis”, ressalta Mauro Maida. “A ideia é ter áreas que produzam os peixes [que se deslocarão para outras áreas onde poderão ser pescados]. Quanto mais proteção a gente tiver aqui, mais sustentável vai se tornar a pescaria.”

Leonardo Messias explica que, depois de passar pelo ICMBio, o processo ainda precisa ser avaliado pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Casa Civil, até que a unidade de conservação seja criada pela Presidência da República.




Fonte: Agência Brasil

Branqueamento de corais é registrado a 60 metros de profundidade


Cientistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) registraram, em abril deste ano, o branqueamento de corais localizados a profundidades que variam de 40 a 60 metros, no litoral brasileiro. É a primeira vez que o fenômeno, provocado pelo aumento da temperatura do oceano e que pode levar à morte desses animais, é registrado em tais profundidades no Atlântico Sul.

Com apoio da organização não governamental WWF-Brasil, uma expedição científica realizada, em abril em cinco bancos (topos) da cadeia montanhosa submersa Norte, localizada perto da costa dos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, registrou branqueamento em populações da espécie Agaricia fragilis que vivem a 60 metros de profundidade.

Os cientistas constataram, aliás, que o branqueamento atingiu as seis espécies registradas nesses bancos, entre elas o coral-de-fogo Millepora alcicornis, que nunca havia sido encontrada habitando essa profundidade, a mais de 40 metros, ou seja, a chamada zona mesofótica.

“Acreditávamos que essa espécie só ocorria no raso. E encontramos um recife impressionante de coral-de-fogo no banco Leste, entre 50 e 43 metros de profundidade. Possivelmente é o maior banco desse coral no Brasil inteiro”, diz o pesquisador da UFPE Mauro Maida. “A gente nunca tinha visto isso antes e, quando viu, estava branqueando.”

A zona mesofótica é uma área um pouco mais profunda do oceano, onde a luz solar ainda chega, mas de forma menos intensa e onde a temperatura do oceano é mais fria que na superfície.

As outras quatro espécies registradas nos bancos do Norte, Montastrea cavernosa, Siderastrea stellata, Meandrina brasiliensis e a ameaçada Mussismilia harttii, também apresentaram pontos de branqueamento.

Os corais são invertebrados marinhos capazes de se alimentar sozinhos, mas grande parte de sua dieta é obtida através de uma simbiose, ou seja, uma relação mutuamente benéfica, com as algas zooxantelas. A partir da realização da fotossíntese, as algas fornecem nutrientes para seus hospedeiros animais.

As zooxantelas também são responsáveis pelas cores dos corais. Quando a temperatura do mar sobe, no entanto, elas abandonam os animais e os deixam esbranquiçados. Sem os nutrientes oferecidos pelas algas, os corais podem até continuar vivos e se alimentando de micro-organismos por meses, mas sua saúde fica prejudicada, o que os torna mais suscetíveis a doenças e à morte.

Uma nova onda de branqueamento global está atingindo, este ano, vários recifes de corais em todo o mundo e, no litoral nordeste brasileiro, o fenômeno vem sendo observado desde o início de março.

Mauro Maida realiza expedições aos bancos do Norte e da cadeia vizinha de Fernando Noronha desde 2016 e diz que nunca tinha observado o branqueamento de corais na zona mesofótica na região.“Os recifes mesofóticos eram tidos como menos suscetíveis ao aquecimento global, mas estamos vendo que o negócio chegou lá no fundo. Esse El Niño [fenômeno de aquecimento das águas do Pacífico que influencia o clima em outros oceanos e continentes] foi tão extremo que aumentou inclusive a temperatura do fundo”, explica o pesquisador.

Segundo Maida, o branqueamento de corais é um indicador preocupante da situação climática global. “Isso é um termômetro. A coisa está tão feia que está chegando ao fundo do mar.”

Coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), Leonardo Messias ressalta que o fenômeno do branqueamento dos corais não está dissociado de catástrofes naturais que afetam a população. “A transformação do clima é uma coisa muito séria. A gente está vivendo isso muito drasticamente lá no Rio Grande do Sul.”




Fonte: Agência Brasil

Imagens de satélite identificam devastação de vegetação nativa em mais de 12 hectares e fazendeiro é multado em R$ 68,3 mil | Presidente Prudente e Região


Os policiais compareceram à fazenda nesta sexta-feira (10) para uma vistoria, munidos das imagens de satélite, e constataram a retirada de 12,42 hectares de maciço florestal em estágio inicial de regeneração em área comum distribuídos em 36 pontos distintos sem autorização do órgão ambiental.




Fonte: G1

Nova onda de desabrigados começa a chegar aos abrigos de Porto Alegre


Porto Alegre conta com cerca de 13 mil desabrigados, distribuídos em 130 abrigos, segundo dados da prefeitura. Só no centro de triagem montado no Clube Geraldo Santana, na zona leste, já passaram 15 mil pessoas, sendo que uma boa parte se realocou na casa de amigos ou parentes, o que os coloca na situação de desalojados.

Porém, nos últimos dias, um outro perfil de desabrigado tem chegado ao local. São pessoas que relutaram em sair de suas casas, com medo de saques, mas que ficaram sem comida ou condições básicas de moradia, pediram resgate e agora buscam auxílio.

Ao acessarem o centro de triagem, todos recebem atendimento psicológico e um kit básico, com roupas, artigos de higiene e comida. Após, são encaminhados a algum abrigo mais próximo, que tenha capacidade de atendimento.

Um desses, que atualmente possui cerca de 200 desabrigados, funciona no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE), no bairro Menino Deus. Lá, encontram-se 60 crianças e 22 idosos. Além disso, o espaço também acolhe os bichinhos de estimação, juntamente com seus donos:19 cães, três gatos, um porquinho da Índia e uma porca.

Segundo os funcionários da prefeitura, como está prevista mais chuvas ao longo dos próximos dias, juntamente com a chegada de uma nova frente fria, é possível que o fluxo de desabrigados continue. Entre os donativos que os abrigos vem recebendo, como roupas e alimentos, eles pedem agora dois artigos essenciais: roupas de frio e cobertores.




Fonte: Agência Brasil

Fiscalização prende quatro pessoas com mais de 80 quilos de maconha em Presidente Bernardes




Três mulheres e um homem eram passageiros de um ônibus abordado na SP-270. Mais de 80 quilos de maconha foram apreendidos em Presidente Bernardes (SP)
Polícia Militar
Quatro pessoas foram presas em flagrante por tráfico de droga, na madrugada deste sábado (11), em Presidente Bernardes (SP). Com elas, a Polícia Militar apreendeu mais de 80 quilos de maconha.
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As três mulheres e o homem que acabaram presos eram passageiros de um ônibus que fazia o itinerário Campo Grande (MS)–São Paulo (SP) e foi abordado pela fiscalização no km 590 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270).
Segundo o 8º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), o total apreendido chegou a 80,050 quilos de maconha.
A droga e os suspeitos foram levados à Delegacia da Polícia Civil e permaneceram à disposição da Justiça.

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Fonte: G1