Festival Folclórico de três dias movimenta área rural de Parintins


Brincadeiras de crianças e adolescentes que criavam pequenos bois bumbás nas escolas deram origem ao Festival Folclórico do Mocambo do Arari, que ocorre na zona rural de Parintins, no Amazonas. Com o tempo, ganharam mais força e as ruas, até as disputas entrarem na roda. A manifestação cultural passou a ser organizada e atualmente conta com um local próprio, o Mocambódromo.

Promovido pela Prefeitura de Parintins, o Festival chega, em 2024, à 19ª edição e movimenta moradores e visitantes que vão para lá, especialmente, para acompanhar o evento durante três dias.

“Quase todas as escolas da região do Amazonas, principalmente Parintins, têm boizinhos. Esses bois vão crescendo, adquirindo pessoas e acabaram se apresentando em uma disputa de rua. Da escola, saíram para o público, o que motivou a disputa e quando começaram a receber apoio da prefeitura. Esse festival começou assim”, contou o secretário de Cultura de Parintins, Ray Santos, em entrevista à Agência Brasil, acrescentando que as crianças e adolescentes das escolas se envolvem na criação dos boizinhos pensando em ser algum personagem chamados de itens nos bois Caprichoso e Garantido.

“Querem ser algum item. São os ídolos deles. O que dança quer ser o coreógrafo, o que canta quer ser o levantador de toadas”, apontou.

A programação começa nesta sexta-feira (9) e promete muita diversão e tradição dessa cultura representativa da região norte do Brasil. A intenção é celebrar as raízes folclóricas nas apresentações de quadrilhas, pássaros e bois-bumbás, além da festa dos visitantes.

Logo na abertura, o público vai se envolver com a energia das quadrilhas, primeiro a Explosão Caipira e na sequência a Unidos do Bairro de Lourdes. Em seguida será a vez da disputa dos cordões de pássaros, começando com o grupo Pássaro Pavão Misterioso e depois o Pássaro Jaçanã. O encerramento da primeira noite, será com a festa dos visitantes que terá apresentações do DJ Marcinho Lira, da Banda dos Tops, e show do cantor e compositor Wanderley Andrade. Conhecido por seu estilo brega e romântico, o artista quer movimentar a plateia botando todo mundo para dançar e cantar os seus sucessos.

O fim de semana foi reservado para as apresentações dos bois-bumbás. No sábado começam com o Touro Branco, cabendo ao Espalha Emoção fechar a noite de sábado. No dia seguinte as duas representações trocam a sequência das apresentações e o Touro Branco fechará os três dias de festa.

“É uma forma de preservar a natureza na questão do boi, preservar a tradição dos elementos culturais presentes na região norte através dos pássaros e da alegria das festas juninas, que nesse caso as festas agostinas”, disse o secretário de Cultura de Parintins.

O secretário informou que entre investimentos da Prefeitura, da iniciativa privada, do comércio e do movimento de turistas, o Festival Folclórico do Mocambo do Arari provoca um movimento de mais de R$ 1 milhão na economia local. Resultado também da evolução do evento ao longo dos anos. De acordo com Santos, de 2005 até 2013 as arquibancadas no Mocambódromo eram de madeira. A partir de 2014 foram construídas arquibancadas de alvenaria, o que significou melhorias na infraestrutura da arena.

“Além da parte cultural tem a economia criativa que atrai pessoas e o movimento econômico que ajuda na economia do Caburi [agrovila vizinha à agrovila do Mocambo], que é uma região meio que isolada. Se Parintins já é distante por ser uma ilha, ele é no interior do município, muito mais distante do grande centro que tem nessa atividade cultural a sua maior movimentação econômica”, completou.

Apoio

Os bois Caprichoso e o Garantido, principais atrações do Festival de Parintins, que sempre ocorre no fim do mês de junho, costumam apoiar os grupos do Mocambo e chegam a ceder materiais. A estrutura das alegorias, no entanto, é bem diferente entre os dois eventos. Enquanto o de Parintins se destaca pela grandiosidade das alegorias que empregam tecnologias cada vez mais aprimoradas pelos artistas dos bois, o Mocambo do Arari se caracteriza por produtos naturais.

O diretor de arte do Espalha Emoção, Paulo Victor Costa, contou que o diferencial entre dois Festivais é que o regulamento para as associações do Mocambo não autoriza a utilização de ferro, roldanas ou cabo de aço nos movimentos das alegorias ao contrário do que é permitido em Parintins.

“Os artistas da própria comunidade constroem esses módulos alegóricos em cima de caixarias que são as bases de madeira. Para se ter uma ideia, as nossas roldanas também são confeccionadas de madeira e os movimentos são feitos através de cordas. É um trabalho artesanal onde a comunidade se junta em um grande puxirum [palavra de origem tupi que significa ajuntamento de gente para realização de um trabalho], posso dizer dessa forma. Esses artesãos que são da madeira, da palha e do cipó dão forma às esculturas e a grandes momentos alegóricos de ambas associações. O Touro Branco é representado nas cores laranja e branco e o Espalha Emoção pelas cores amarelo e branco”, revelou.

Para o artista, é total o envolvimento da comunidade da região que também se divide nas cores das associações e, por isso, a rivalidade é mais acirrada no mês da disputa.

“São os próprios comunitários que são o elenco, não só dos pássaros, como das quadrilhas. São três noites de festejos, sendo o primeiro destinado aos pássaros Jaçanã, Pavão Misterioso e as quadrilhas não tem nada mais prazeroso pra esses artistas do que ver seu trabalho ser reconhecido na arena. Ao final de cada apresentação, apesar do cansaço, a alegria toma conta de todos esses artesãos que durante dois meses constroem esse espetáculo”, disse à Agência Brasil.




Fonte: Agência Brasil

Final de concurso de música de rua será neste sábado em São Paulo


Entre a fase de inscrições, seletivas e eliminatórias, o concurso de música de rua “Toca aí” percorreu 155 dias e a final será neste sábado (10), a partir das 12h, na praça da Colmeia, no Pátio Metrô São Bento, região central de São Paulo. Entrada grátis.

Nove candidatos estão na disputa e os três melhores colocados vão receber um prêmio em dinheiro de R$ 10 mil, R$ 5 mil e R$ 3 mil. Os vencedores e outros 27 competidores vão ganhar um kit de divulgação com vídeo e fotos em alta resolução de suas apresentações. 

Os nove melhores colocados são Dirimbó, Eluna, Maracatu Agô Anama,  Anati, Lino e os Lírios, Renato Kola, Resilientes, Matheus Brisa e Jeycbass e todos eles subirão ao palco. Dirimbó faz um som instrumental; Eluna tem em seu repertório música brasileira, soul e hip hop; Maracatu Agô Anama apresentará o maracatu de baque; Anati traz música pop.

Poesias e músicas

Lino e os Lírios apresentam poesias; Renato Kola canta hip hop, enquanto que os Resilientes vão apresentar um som latino; Matheus Brisa traz hip hop e, para finalizar, Jeycbass promete muito jazz e música preta brasileira. O projeto do concurso foi contemplado com recursos do Programa de Ação Cultura (Proac Editais), do governo paulista.

Os concursos musicais sempre são uma oportunidade para artistas em início de carreira mostrar seus trabalhos.

E os músicos de todo o país têm até dia 16 de setembro para fazer a inscrição no Festival de Música da Rádio Nacional e também no 21º Prêmio Rádio MEC. A iniciativa das premiações organizadas pelas emissoras públicas de rádio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) tem por objetivo revelar e reconhecer talentos da música brasileira em obras inéditas.




Fonte: Agência Brasil

“Meu pai segue mais vivo que muitos vivos”, diz filha de Raul Seixas


banner flipelô 2024 banner flipelô 2024

Vivi Seixas tinha apenas oito anos quando seu pai faleceu. Em suas lembranças, ela guarda a memória de um pai carinhoso, “que gostava de criar personagens e contar historinhas”.

Salvador (BA), 07-08-2024 - A dj Vivi Seixas, filha de Raul Seixas, participa da abertura da Festa Literária Internacional do Pelourinho - Flipelô, no Largo do Pelourinho. Foto: Rovena Rosa/Agência BrasilSalvador (BA), 07-08-2024 - A dj Vivi Seixas, filha de Raul Seixas, participa da abertura da Festa Literária Internacional do Pelourinho - Flipelô, no Largo do Pelourinho. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Dj Vivi Seixas abriu a noite da Festa Literária Internacional do Pelourinho que homenageou seu pai, Raul Seixas – Rovena Rosa/Agência Brasil

Outra lembrança marcante é da barba. “Lembro muito da barba dele, que isso é uma coisa que eu não esqueço jamais. Minha mãe dizia que meu pai pegava a minha mãozinha quando eu era pequenininha, botava na barba dele e falava pra minha mãe: ‘pra ela nunca esquecer de mim!’ E eu nunca esqueci, isso me deixa muito emocionada”, contou, em reportagem para a Agência Brasil.

“Até hoje eu sinto meu pai muito presente. Faz 35 anos que ele se foi, mas não tem um dia que eu passe na minha vida que alguém não fale de Raul, ou que eu não entre num táxi e esteja tocando Raul, ou que eu passe numa banca de jornal e não tenha um adesivo do Raul. Não tem como esquecer, ele está muito vivo dentro de mim”.

DJ e produtora musical, Vivi Seixas é filha do “maluco beleza”, da “metamorfose ambulante”, do “eu sou”: o poeta, cantor, compositor e pai do rock brasileiro, Raul Seixas (1945-1989). Ele foi o escolhido para ser homenageado na edição deste ano da Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), que teve início ontem (7) em Salvador.

Já a filha foi a convidada especial do show que abriu o evento na noite de ontem, em um palco montado no Pelourinho, em frente à Fundação Casa de Jorge Amado, onde imagens do pai foram projetadas, iluminando o casarão.

“Eu tinha 8 anos de idade quando meu pai faleceu. E gostaria muito de ter convivido mais tempo com ele. Mas eu tenho muitas lembranças de um pai muito carinhoso, muito divertido e que gostava de criar personagens pra mim e contar historinhas. Acabei de tocar [na Flipelô] e estou muito emocionada em prestar essa homenagem a ele, na terra dele”, contou ela.

Salvador (BA), 02.08.2024 - Cantor Raul Seixas é homenageado na Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô). Foto: Divulgação/GOVBASalvador (BA), 02.08.2024 - Cantor Raul Seixas é homenageado na Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô). Foto: Divulgação/GOVBA

Cantor Raul Seixas é homenageado na Festa Literária Internacional do Pelourinho – Divulgação/GOVBA

Após o show que fez na Flipelô, Vivi acabou se recordando de um show em que ela, ainda pequena, viu seu pai tocar no Maracanã, no Rio de Janeiro.

“Acho que era Natal, uma festa que tinha o Papai Noel. Lembro que eu era pequenininha gritando, ‘papai!’, quando ele apareceu [no palco]”.

Sacudir o mundo

A homenagem feita a Raul Seixas na Flipelô, evento do qual também participa a mãe de Vivi, Kika Seixas, antecipa as celebrações dos 80 anos de nascimento do músico, em 28 de junho de 1945. Segundo Vivi Seixas, em 2025, a expectativa é de realizar o “maior tributo” já feito a seu pai: o Baú do Raul.

“O Baú do Raul é um tributo que acontece desde 1993. Minha mãe que começou com esse tributo, onde vários artistas importantíssimos cantam Raul. E queremos fazer o maior de todos, de graça, aberto ao público aqui em Salvador.”

A ideia é celebrar o legado do pai do rock brasileiro. “Meu pai simplesmente foi um dos maiores compositores e artistas que esse Brasil já teve. Sei que eu sou suspeita pra falar, mas tá pra nascer um cara igual a ele. O que eu acho muito legal de Raul é que ele atinge da criança ao idoso, de todas as classes sociais, de todos os estilos musicais. Quando eu venho aqui pra Salvador, quando eu circulo no meio do hip hop, a galera gosta de Raul. Quando vou no samba, no reggae, todo mundo curte Raul. Ele é muito respeitado por todas as tribos”, disse a DJ.

Salvador (BA), 08-08-2024 - Festa Literária Internacional do Pelourinho - Flipelô, no Largo do Pelourinho. Foto: Rovena Rosa/Agência BrasilSalvador (BA), 08-08-2024 - Festa Literária Internacional do Pelourinho - Flipelô, no Largo do Pelourinho. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Largo do Pelourinho preparado para ser palco da festa literária internacional, Flipelô – Rovena Rosa/Agência Brasil

Início, fim e meio

Raul Seixas teve uma carreira curta, que durou apenas 26 anos. Neste período, lançou 17 álbuns que definiram o rock nacional. “O Raul aparece ali no final dos anos 60 e se consagra como compositor, cantor e performer. Como ele mesmo falou, ele não se considerava cantor e compositor. Ele dizia que usava a música para dizer o que pensa. Acho que tem uma ironia nisso, né? Os baianos são muito irônicos”, contou o músico Charles Gavin, do Titãs, convidado para mediar uma mesa sobre o Maluco Beleza na Flipelô.

Salvador (BA), 07-08-2024 - O baterista Charles Gavin participa da abertura da Festa Literária Internacional do Pelourinho - Flipelô, que homenageia Raul Seixas, no Largo do Pelourinho. Foto: Rovena Rosa/Agência BrasilSalvador (BA), 07-08-2024 - O baterista Charles Gavin participa da abertura da Festa Literária Internacional do Pelourinho - Flipelô, que homenageia Raul Seixas, no Largo do Pelourinho. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Baterista do Titãs Charles Gavin durante a abertura da Flipelô, que homenageia Raul Seixas, no Largo do Pelourinho – Rovena Rosa/Agência Brasil

Em conversa com a reportagem da Agência Brasil durante a abertura da festa literária, Gavin afirmou que uma das grandes heranças de Raul é ter pulsado tanto no rock quanto na música brasileira como um todo.

“Embora ele usasse o discurso do rock and roll, de toda a idolatria que ele tinha por Elvis e outros nomes dessa geração da música norte-americana, ele nunca tirou o pé da música brasileira, especialmente da música produzida pelo Nordeste. Quando ele se lança como compositor com Let Me Sing My Rock ‘N’ Roll, essa é uma música que é metade rock e metade baião”, conta Gavin.

“Desde o princípio – e eu acho que até o final da sua carreira – ele sempre se propôs a se colocar dessa forma: ele era uma cria do rock and roll, mas também uma cria da música brasileira. Acho que esse é o grande recado que ele deu e que algumas pessoas até hoje parece que não entenderam.”

Gavin diz que essa característica de Raul influenciou diversas bandas e músicos brasileiros. “Ele era um cara muito polêmico e contraditório. Ao mesmo tempo em que ele dizia que amava esse período dos Estados Unidos, ele se colocava como um brasileiro e não como uma pessoa que só queria repetir ou reproduzir a linguagem que estava ali. Ele procurou uma linguagem para a música brasileira. Assim como os Novos Baianos também fizeram isso, como os Mutantes fizeram isso e como a minha geração, do rock brasileiro dos anos 80, também procurou fazer isso e de certa forma conseguiu”.

Metamorfose ambulante

Raul Seixas morreu em 1989. Mas suas músicas e seu pensamento continuam muito atuais, com plateias de shows clamando, até os dias atuas: “Toca Raul!”

“Meu pai continua mais vivo do que muitos vivos. As músicas dele continuam muito atuais e eu acho que o segredo é que ele falou de uma forma tão profunda mas, ao mesmo tempo, de uma forma muito simples, que todo mundo consegue entender”, conta Vivi Seixas.

Salvador (BA), 08-08-2024 - Festa Literária Internacional do Pelourinho - Flipelô, no Largo do Pelourinho. Foto: Rovena Rosa/Agência BrasilSalvador (BA), 08-08-2024 - Festa Literária Internacional do Pelourinho - Flipelô, no Largo do Pelourinho. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Largo do Pelourinho recebe a Flipelô até domingo (11) – Rovena Rosa/Agência Brasil

Para Charles Gavin, o legado do Maluco Beleza ultrapassa as canções que escreveu. “[Ele continua] assustadoramente atual. Se o Raul estivesse aqui hoje, na nossa frente, o que ele diria, por exemplo, das redes sociais, o que ele diria da manipulação digital feita através das fake news? E mais, o que ele diria da chegada da inteligência artificial? Eu acredito que ele já falou sobre isso, a gente que não pescou, que não entendeu”.

“Raul já falou [na música Metrô Linha 743] que o cérebro é servido num prato, ‘um cérebro vivo à vinagrete’. E o que acontece com essas fake news é exatamente isso, né? Uma manipulação digital de reconfiguração da nossa intelectualidade, da nossa mentalidade. Se a gente pegar os textos dele, você vai ver que ele já estava falando de coisas que viriam anos depois. Mas os futuristas são assim, os profetas são assim. Eles falam de um jeito e 100 anos depois é que você entende. O Raul tinha um pouco isso, de profeta e de futurista”, acrescentou.

Para os que querem entender o presente ou visualizar o futuro, Gavin deixa o recado. “Esse é um bom momento pra gente analisar os textos do Raul agora e comparar com o que estamos vendo no mundo”.

A Flipelô é gratuita e ocorre até 11 de agosto. Para mais informações sobre o evento e a programação, clique aqui.

*A repórter e a fotógrafa Rovena Rosa viajaram a convite do Instituto CCR, patrocinador da Flipelô

 




Fonte: Agência Brasil

CNU: lista de espera de cada bloco terá o dobro das vagas previstas


São mais de 2,1 milhões de candidatos concorrendo a uma das 6.640 vagas abertas pelo Concurso Nacional Unificado (CNU). Parece pouca vaga para tanto concorrente, mas o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos já avisou: vai formar um banco com o nome dos aprovados em lista de espera.

Esse banco terá o dobro de vagas imediatas para cada um dos oito blocos. Por exemplo, no Bloco 7, serão convocados 1.748 aprovados e outros 3.496 ficam nesse banco. 

No total, serão mais de 13 mil classificados nessa lista de espera, aumentando as chances de convocação.

Quem não tiver nota suficiente para passar na primeira opção de cargo, mesmo que tenha nota mínima para o segundo cargo prioritário, vai continuar no banco de candidatos para a primeira opção. Pode ser chamado depois, ainda que já tenha assumido a segunda opção. As contratações poderão ser feitas a cada seis meses ou de acordo com a necessidade.

E se o aprovado assumir uma vaga temporária, fica no cadastro aguardando uma vaga efetiva, sem perder a classificação.

Provas

As provas do CNU serão aplicadas no dia 18 de agosto, pela manhã e à tarde. As informações estão no cartão de confirmação, que já está disponível.

O gabarito das provas será divulgado no dia 20, quando começa também o prazo para recurso. O resultado final está previsto para o dia 21 de novembro.

A convocação dos aprovados, posse e curso de formação ocorrerão a partir de janeiro de 2025.

>> Ouça na Radioagência: 




Fonte: Agência Brasil

Museu Nacional dos Povos Indígenas e Funai lançam prêmio artístico


O Museu Nacional dos Povos Indígenas, órgão científico-cultural da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), vai publicar o Edital de Premiação Cunhambebe Tupinambá, nesta sexta-feira (9), data em que é celebrado o Dia Internacional dos Povos Indígenas. A meta é apoiar iniciativas de projetos culturais desenvolvidos por povos indígenas e trabalhos de artistas indígenas em diversas áreas.

Podem participar da chamada as comunidades, associações, grupos, coletivos culturais e microempreendedores individuais indígenas, com inscrição ativa no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Ao todo, a premiação deve chegar ao valor de R$ 540 mil, dividido em 18 prêmios – três para cada um dos biomas brasileiros – um total de R$ 30 mil para cada projeto premiado.

As inscrições vão até o dia 26 de setembro. Os interessados podem se inscrever por meio de formulário eletrônico, ou via postal, através dos Correios. Neste caso, os interessados devem enviar o material no prazo e acompanhado de toda a documentação exigida no edital, sob pena de desclassificação.

Seleção

A etapa de seleção será realizada por uma Comissão de Seleção, definida pelo museu, por meio de portaria, composta por seis membros, entre os servidores da Funai, com reconhecida atuação na área, capacidade de julgamento e de notório saber dos campos de abrangência previstos no edital.

O edital prevê a cessão do uso do material audiovisual dos projetos vencedores como forma de divulgação e composição do acervo do museu. O prêmio é uma política contínua de financiamento, fomento e difusão de iniciativas culturais dos povos indígenas de todo o território nacional. A iniciativa visa estimular o desenvolvimento de projetos que destacam a força e resistência cultural dos povos indígenas.

“O Prêmio Cunhambebe Tupinambá é uma iniciativa de desenvolvimento econômico sustentável das comunidades, incentivando práticas que respeitam e mantêm a integridade de seus modos de vida tradicionais, visando à preservação e transmissão de conhecimentos e práticas culturais que são essenciais para a identidade dos povos indígenas”, destaca a diretora do museu, Fernanda Kaingáng.

Categorias

A premiação contempla as seguintes categorias: rituais como os fúnebres, matrimoniais, de passagem, entre outros; celebrações e festas de colheitas, trocas de semente, coletas, caças, alimentação tradicional; cultura alimentar e/ou gastronomia; literatura; medicina tradicional; esportes e jogos tradicionais; educação, cultura e diversidade linguística; artesanato e produção de cultura material, como adornos, cestaria, cerâmica, têxteis, etc; oficinas de expressões culturais tradicionais, entre elas, artes tradicionais indígenas, cantos, danças e narrativas orais; e arte indígena contemporânea, visuais e interpretativas, com cantos, danças, teatro, grafismos, audiovisual e artes plásticas.

O prêmio será concedido como forma de reconhecimento por ações culturais que são desenvolvidas pelos proponentes e registradas e documentadas por meio de material audiovisual.

De acordo com o edital, os candidatos deverão enviar documentação audiovisual que explique o projeto cultural,  por meio de vídeos, filmes, relatos, entrevistas e fotos, entre outros, que possam necessariamente ser disponibilizados ao Museu do Índio para divulgação.

Cunhambebe Tupinambá

Nesta primeira edição da premiação, o Museu Nacional dos Povos Indígenas faz uma homenagem à liderança indígena Cunhambebe Tupinambá, que liderou a resistência indígena na região litorânea do Brasil contra a colonização portuguesa no século 16. A Confederação dos Tamoios, como ficou conhecida a aliança entre vários povos indígenas que viviam no litoral brasileiro, em especial na região onde hoje localiza-se o estado do Rio de Janeiro, foi um dos principais focos de resistência indígena no período colonial.

O objetivo do museu é que a premiação seja realizada anualmente em agosto. A cada ano, a premiação homenageará uma figura indígena.




Fonte: Agência Brasil

Mega-Sena não tem ganhadores e prêmio acumula em R$ 38 milhões


Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.759 da Mega-Sena, sorteadas nesta quinta-feira (8) no Espaço da Sorte, em São Paulo. Com isso, o prêmio da faixa principal acumulou e está estimado em R$ 38 milhões para o próximo sorteio, no sábado (10).

Os números sorteados foram: 03 – 10 – 38 – 40 – 48 – 59

A quina teve 27 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 89.213,21. Já a quadra registrou 2.555 ganhadores, com prêmio de R$ 1.346,80 para cada. 

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país, ou pela internet. No caso das lotéricas, os estabelecimentos podem fechar antes das 19h. O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.




Fonte: Agência Brasil

PM do Rio apreende 43 veículos roubados e uma tonelada de drogas


A Polícia Militar realizou hoje (8) uma operação nas comunidades que compõem o Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, para prender criminosos que atuam no roubo de caminhões que transportam cargas e veículos particulares, além de motocicletas.

Na ação, foram recolhidos 43 veículos roubados, entre eles, carros de luxo e dezenas de motocicletas. Agentes do Batalhão de Ações com Cães apreenderam mais de uma tonelada de drogas, no Parque União.
Os trabalhos da polícia se concentraram principalmente na Favela Nova Holanda.

Os policiais também visavam o cumprimento de mandados de prisão de pessoas ligadas à facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), diretamente envolvida em diversas tentativas de expansão territorial e que vem promovendo ataques armados em diversas localidades do Rio e do Grande Rio.

O secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo Nogueira, disse que “a operação no Complexo da Maré é resultado do compromisso firmado entre a Polícia Militar e o cidadão carioca e fluminense. Foi uma ação realizada de maneira técnica, com base em informações de inteligência. Seguiremos atuando contra todas as facções criminosas que tentam exercer o domínio territorial. A nossa missão é devolver a sensação de segurança ao povo do Rio de Janeiro”, informou.

Denúncias

Os militares também atuaram em diversas ruas, checando denúncias e realizando diligências nas favelas da Maré. Três homens foram presos, entre eles um acusado de ser um dos seguranças de uma das lideranças do complexo de favelas. Dois menores foram apreendidos.

Durante a ação, agentes do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas e do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidões reforçaram o patrulhamento nos acessos às localidades. Ao término da operação, foram desobstruídas 13 vias, sendo removidos 41 pontos de barricada, totalizando 15 toneladas de concreto e trilhos de trem de aço, colocados para dificultar a entrada de carros das forças de segurança.

Em junho deste ano, uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), na Maré, resultou na morte de dois militares da tropa de elite e de cinco pessoas ligadas ao tráfico de drogas. A Avenida Brasil, principal ligação da zona portuária com as zonas norte e oeste da cidade, também foi fechada por medida de segurança.




Fonte: Agência Brasil

Aeroporto de Porto Alegre reabre em outubro com 70% da capacidade


A partir do dia 21 de outubro, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), vai voltar a ter voos comerciais. A venda de bilhetes aéreos está autorizada a partir desta sexta-feira (9).

Segundo o governo federal, a retomada vai ocorrer com 128 voos diários (pousos e decolagens), o equivalente a mais de 3 mil voos por mês. A operação das aeronaves ocorrerá das 8h às 22h.

O terminal aéreo foi fechado no dia 3 de maio por conta das enchentes no estado.

O anúncio de retomada da operação foi divulgado pelos ministros Silvio Costa Filho (de Portos e Aeroportos) e Paulo Pimenta (da Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul), nesta quinta-feira (8).

“Isso vai acelerar a retomada da economia do estado”, disse Costa Filho. A previsão, da concessionária Fraport, é que o aeroporto possa operar em 100% da sua capacidade a partir de 16 de dezembro. 

“Antes da enchente, nós tínhamos cerca de 1,3 mil voos semanais. Vamos retomar a operação com cerca de 70% da quantidade normal que tínhamos”, afirmou Pimenta.

O governo informou que, além da pista de pouso e decolagem, pistas de táxi e pátio de aeronaves estão incluídos no processo de reabilitação do aeroporto. Depois da fase de limpeza do terminal, a equipe do aeroporto trabalha, até outubro, na recuperação das áreas necessárias para a retomada da operação de pouso e decolagem afetadas. 

A recuperação inclui a pista de pouso e decolagem, que tem, ao todo, 1,3 mil metros de extensão (equivalente a 60 mil metros quadrados), além de 20 mil metros quadrados do pátio onde ficam as aeronaves estacionadas. 

Em outubro, ocorre o trabalho em áreas em que não houver movimentação de aeronaves. Nesta etapa, está prevista a recuperação de 1,2 mil metros quadrados de extensão (equivalente a 53 mil metros quadrados).

Outras ações previstas também são a preparação do pavimento para receber recapeamento ou reconstrução em pavimento flexível, dependendo do local. Isso ocorrerá para que, em dezembro, seja concluída a recuperação completa dos 3,2 mil metros de pista, além das taxiways e pátio, fundamentais para que o aeroporto possa voltar a operar em sua totalidade.




Fonte: Agência Brasil

Indígenas pedem fim da violência em Mato Grosso do Sul


Indígenas realizaram nesta quinta-feira (8), em Brasília, um protesto por mais segurança para as comunidades guarani e kaiowá em Mato Grosso do Sul e pela conclusão do processo de reconhecimento de parte dos territórios originalmente pertencente a seus antepassados.

Portando faixas e cartazes, 45 representantes das duas etnias e apoiadores da causa indígena se reuniram diante do Ministério da Justiça e Segurança Pública, chegando a interromper, por alguns minutos, o fluxo de veículos que trafegavam pela Esplanada dos Ministérios, no sentido Congresso Nacional-centro. Uma pequena delegação foi recebida por representantes da pasta, mas até a publicação desta reportagem, os detalhes da conversa ainda não tinham sido divulgados.

Os participantes classificaram a manifestação como um “ato pelo fim do massacre em curso na Terra Indígena Panambi – Lagoa Rica”. Localizada em Douradina (MS), cidade do noroeste sul-mato-grossense a 195 quilômetros de Campo Grande, a reserva de cerca de 12 mil hectares foi delimitada em 2011 – cada hectare corresponde, aproximadamente, às medidas de um campo de futebol oficial. Desde então, sucessivos recursos judiciais impedem a conclusão do processo de reconhecimento do direito indígena ao usufruto exclusivo da área e à consequente retirada dos não indígenas do local.

Brasília, (DF), 08.08.2024 - Lideranças indígenas Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul realizam ato pelo fim do massacre em curso na TI Panambi – Lagoa Rica. Foto: Valter Campanato/Agência BrasilBrasília, (DF), 08.08.2024 - Lideranças indígenas Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul realizam ato pelo fim do massacre em curso na TI Panambi – Lagoa Rica. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Lideranças indígenas participam de ato na Esplanada dos Ministérios – Valter Campanato/Agência Brasil

 

Cansados de esperar, grupos indígenas que já ocupavam parte da área destinada à criação da terra indígena resolveram “retomar” o território, avançando sobre áreas sobrepostas a propriedades rurais. A iniciativa gerou uma violenta reação, intensificando o conflito fundiário que se arrasta há décadas.

Só no último fim de semana, lideranças indígenas e organizações indigenistas denunciaram dois grandes ataques de homens armados a acampamentos montados no interior da área delimitada.

De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ao menos nove indígenas foram feridos. Barracos, objetos pessoais e símbolos da cosmologia guarani-kaiowá foram destruídos e incendiados. Vídeos compartilhados nas redes sociais flagram a presença ostensiva de caminhonetes, tratores e automóveis ao redor das áreas de retomadas.

“Vamos resistir até o último indígena”, proclamou o cacique Ednaldo Tabajara, membro do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI), durante o protesto desta tarde. “Não podemos nos calar porque tem balas do outro lado. [Se necessário] morre todo mundo. Temos que nos mobilizar para descermos todos para Mato Grosso do Sul e demonstrar que também sabemos lutar e que não vai ser do jeito deles”, acrescentou o cacique antes de manifestar sua esperança de que o Estado consiga conter os confrontos e fazer valer os direitos dos povos indígenas.

Em meados de julho, o governo federal já tinha autorizado o envio de efetivos da Força Nacional de Segurança Pública para o estado a fim de tentar conter a escalada da violência e garantir a integridade pessoal e patrimonial dos moradores da região, incluindo as comunidades indígenas. Após os ataques armados do último fim de semana, o efetivo foi reforçado, e a ministra dos Povos Indígenas viajou à região para tentar mediar o conflito entre indígenas e produtores rurais. Já o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, recebeu lideranças guarani-kaiowá em seu gabinete, em Brasília, na quarta-feira (7).




Fonte: Agência Brasil

Resgatados do tráfico, 12 filhotes de arara nascem em São Paulo


Pequenos, sem penas e sem ninho, nasceram na segunda-feira (5) 12 filhotes de araras resgatados ainda nos ovos no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, de uma tentativa de tráfico de animais. De um total de 24 ovos encaminhados ao Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres de São Paulo (Cetras-SP) no dia 1 de agosto, quando o traficante foi preso no aeroporto, os 12 filhotes estão recebendo atenção e cuidados na unidade. 

Os filhotes permanecerão em uma Unidade de Tratamento Animal (UTA), com controle de temperatura média em 36ºC e umidade do ar em 60%, enquanto os demais 12 ovos permanecem na incubadora aguardando a eclosão. 

No momento, os filhotes que nasceram seguem no ganho de peso até completarem 30 dias, quando irão para outra unidade de tratamento, com temperatura e umidade mais próximas do ambiente natural. Também serão cadastrados e receberão instrumentos para identificação posterior, como anilhas ou microchips. 

As unidades são da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado de São Paulo.

O centro recebe animais resgatados do tráfico nacional e internacional, vítimas de atropelamentos ou feridos em outras condições ou ainda filhotes órfãos. A unidade paulista, que fica no Parque Ecológico do Tietê, recebeu 4 mil animais somente no primeiro semestre deste ano, cerca de metade oriundos do tráfico. 

A rede de centros, gerida pelo Ibama, tem 21 unidades em todo o país, e atendeu, somente em 2023, cerca de 60 mil animais, sendo 67% deles aves, 14% mamíferos, 15% répteis e 4% de outros grupos. Do total, aproximadamente 40 mil animais foram reabilitados.

O tráfico segue como o maior motivo das apreensões, especialmente de aves, encontradas em situações precárias. Segundo a ONG Freeland, o Brasil é o país com maior número absoluto de animais descritos nas notícias que reportaram apreensão em ações de combate ao tráfico de fauna, no intervalo de 2018 a 2020. Considerando somente os animais vivos, foram ao menos 141.845. Em 2023, o Cetras-SP recebeu 8.880 animais, sendo 4.613 provenientes de apreensão, 1.021 de entregas espontâneas, 3.118 vindos de resgates e 128 de outras origens. 

As espécimes são entregues por órgãos públicos como a Polícia Militar Ambiental, o Ibama, as polícias Civil e Federal e Guardas Municipais.

Denúncias

Os casos de tráfico, abandono ou necessidade de resgate de animais podem ser comunicados para as unidades locais da rede Cetas, para a Polícia Militar Ambiental, para o Ibama ou para prefeituras.




Fonte: Agência Brasil