Concessionária realiza ações de educação no trânsito em trechos de rodovias do Oeste Paulista | Presidente Prudente e Região


Com o objetivo de despertar nos usuários a conscientização sobre a importância da educação no trânsito, a Eixo SP, uma das concessionárias responsáveis pela administração de rodovias no Oeste Paulista, realiza, a partir desta segunda-feira (16), uma série de ações educativas para caminhoneiros, pedestres, ciclistas e motociclistas nas cidades de Adamantina (SP), Dracena (SP) e Rancharia (SP). As atividades integram a Semana Nacional do Trânsito.




Fonte: G1

Mutirão de ativistas abre festival sobre oceanos em São Paulo


O papel e o impacto da ação humana nas águas e a importância dos oceanos é tema do mutirão, com cerca de 500 mil pessoas, que está sendo realizado em todo o país, organizado a partir de São Paulo, como evento que inicia a quinta edição do Festival SP Ocean Week. Participam cerca de 500 mil pessoas, entre ativistas, representantes de projetos de conservação e de iniciativas locais. 

As atividades, que começaram sexta-feira (13), vão até o próximo dia 21 e são voltadas para a limpeza dos oceanos. O movimento, coordenado pela Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano, é uma estratégia para ampliar a conscientização sobre a importância dos oceanos e sua preservação. Para o oceanógrafo Alexander Turra, que coordena o movimento, a principal meta é constituir uma rede de agentes de transformação e protagonistas e as diferentes escalas em que podem atuar.

A discussão em torno do papel e impacto das ações humanas nas águas é considerada uma das principais necessidades para mitigar e promover a adaptação às mudanças climáticas. É um tema global com impactos locais e urgentes, segundo Turra, que confia no potencial de mobilização do tema “A pororoca”, que vem com uma estratégia de popularizar a discussão sobre os oceanos e sua importância para a sociedade. “Com isso, buscamos integrar diferentes atores da sociedade corresponsáveis por esse processo, criando um movimento convergente, em busca de construir o oceano do futuro e o futuro da humanidade”, disse Turra em entrevista à Agência Brasil.

Apesar da generalização dos impactos sobre os biomas marinhos, ele acredita que é possível trabalhar em prol da economia sustentável do mar, enfrentar os problemas do lixo e das mudanças climáticas e estabelecer oportunidades para a transformação. As iniciativas selecionadas durante a mobilização do Pororoca serão apoiadas pela Cátedra e organizações parceiras e apresentadas durante o evento.

Serviço

O Festival SP Ocean Week 2024 espera receber 15 mil visitantes e contará com cinco dias de programação, entre 18 e 22 de setembro. As discussões envolverão ativistas, acadêmicos, atletas e trabalhadores do mar e estarão focadas em ações de conservação, mitigação do impacto de atividades humanas e popularização de agenda 2030, da ONU, na qual está inserida a Década dos Oceanos. As discussões apontarão caminhos para o cumprimento das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 (ODS 14 – Vida na Água). Os eventos terão 60 conferencistas e a participação de 28 institutos de pesquisa científica e organizações não governamentais (ONGs) de conservação marinha.

O festival ocorre no Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo, e terá ainda atividades artísticas e de entretenimento, interativas, performances, oficinas e lançamento de livros e filmes, no Palco Mar Aberto. Haverá transmissão ao vivo das discussões. Os canais e a programação completa estão disponíveis no site do evento. Toda a programação é gratuita.

Movimento Pororoca

Com o objetivo de aproximar o oceano da sociedade, unindo esforços e compartilhando iniciativas para promover a cultura oceânica e a sustentabilidade do mar, a SP Ocean Week 2024 promoverá grande chamamento público, convidando instituições, empresas, ONGs, governos locais e grupos comunitários para participarem do Movimento Pororoca, que, até o dia 21 deste mês, destacará atividades pela sustentabilidade do oceano, em ação batizada de Virada da Maré. Ao final da campanha, os participantes receberão um certificado. No dia 21, o encerramento das ações do Movimento Pororoca coincidirá com a celebração do Dia Mundial de Limpeza de Praias, Rios e Lagoas, comemorado no terceiro sábado de setembro. Com ações educativas de visitação monitorada, a SP Ocean Week 2024 também receberá grupos de alunos e professores de escolas públicas e privadas.

“O Movimento Pororoca é uma iniciativa para incentivar as pessoas em todo o país a participar, a partir da semana que antecede a SP Ocean Week, de ações em defesa do oceano, como a limpeza de praias ou a promoção de seminários, rodas de conversa e contação de histórias. Abrimos um canal para receber vídeos dessas ações e vamos divulgar todo o conteúdo recebido durante os cinco dias do festival. Esse é um primeiro passo que estamos dando para expandir o alcance da SP Ocean Week. Queremos que o festival, que já é o maior evento de cultura oceânica da América Latina, tenha cada vez mais impacto nacional, mobilizando pessoas e fomentando ações em todas as regiões do Brasil”, explica o diretor executivo do evento, o jornalista Alfredo Nastari.




Fonte: Agência Brasil

Candidata a vice-prefeita Rosemary Castro Jardim não comparece a entrevista ao Portal g1 e à rádio CBN Prudente | Eleições 2024 em Prudente e Região – SP


O presidente do diretório municipal do PSOL, Sérgio Pantaleão, enviou um posicionamento informando que a candidata não poderia estar presente na entrevista “por razões de ordem pessoal”. A entrevista com Rosemary seria a última da série com os candidatos a vice-prefeito que integram as seis chapas na disputa das Eleições 2024 em Presidente Prudente. As sabatinas tiveram início na última segunda-feira (9).




Fonte: G1

Com debate sobre ética e responsabilidade na adoção, Presidente Prudente recebe exibições gratuitas do curta-metragem ‘Encontro Inoportuno’




Sessão aberta ao público será neste domingo (22), às 10h30, no Jardim Esplanada. Presidente Prudente (SP) recebe exibições gratuitas do curta-metragem ‘Encontro Inoportuno’
Divulgação
Com arte e fotografia inspiradas no pintor italiano Caravaggio (1571-1610), neste domingo (22), ocorre a exibição gratuita do curta-metragem “Encontro Inoportuno”, com roteiro e direção de Vicentini Gomez, no salão do Seminário Diocesano de Nossa Senhora Mãe da Igreja, no Jardim Esplanada, em Presidente Prudente (SP).
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Conforme Gomez, o filme, com 15 minutos de duração, parte da premissa de que “o mundo moderno vive um tempo de reflexão e acolhimento sobre as questões sociais, de família, da acessibilidade, das causas indígenas, raciais e das diversidades de gênero”.
A trama, marcada por reviravoltas e momentos de intensa reflexão, promove a discussão sobre responsabilidade e ética na adoção.
Por isso, acentuando o assunto por meio de sombras e luzes, debate a adoção sem a devida procedência e que, um dia, adultos acabam se encontrando, abordando as complexidades dessa questão e os desafios enfrentados pelos protagonistas, um advogado e uma prostituta, em um encontro inesperado.
O curta ganhou destaque em festivais de cinema mundiais ao conquistar 43 prêmios nas categorias de:
melhor filme curta-metragem (8);
melhor filme dramático (3);
melhor filme eleito pela crítica (2);
melhor roteiro (4);
melhor direção (8);
melhor ator protagonista (2);
melhor atriz protagonista (2);
melhor atriz coadjuvante (1);
melhor duo de interpretação (2);
melhor direção de arte (2);
melhor som direto (3);
melhor trilha sonora (3);
melhor fotografia (2); e
melhor montagem e edição (1).
Ainda conforme Gomez, o enredo recebeu comentários positivos dos jurados do festival Nexus, em San Diego, nos Estados Unidos.
“’Encontro Inoportuno’ é uma prova viva de que o verdadeiro triunfo artístico do cinema brasileiro surge quando talentos se entrelaçam em harmonia, formando uma tapeçaria rica em sensibilidade e propósito. Não são os prêmios que coroam o esforço, mas a dedicação silenciosa de cada integrante da equipe, cuja paixão transcende a técnica e se transforma em expressão autêntica, muito além da conquista, celebrando a união de mentes e corações na criação de algo maior do que o trabalho de uma só pessoa. Uma obra que toca o universal a partir do particular”, pontuou o diretor e roteirista.
O elenco é composto por Rodrigo Dorado, Rachel Golassi, Maximiliana Reis, Toni Gonçalves, Cido de Oliveira, Patrícia Moura, Leonardo Ferreira, Nelma Melo, Ailtom Menezes, Anna Giulia e Beatriz Beris.
Já a equipe técnica do filme é formada por Hugo Caserta, Vera Barbosa, Diaulas Ullysses, Veridiana Carvalho, Michel Vicentine Martins, Madalena Machado e Eduardo Dias.
A produção é de Toni Gonçalves, de 84 anos, descendente indígena, da Tribo Guarani, pessoa com deficiência proveniente de uma paralisia infantil, cujo legado ancestral se entrelaça com a magia do cinema de contar histórias, agora, realizando o sonho de ser produtor cinematográfico.
Presidente Prudente (SP) recebe exibições gratuitas do curta-metragem ‘Encontro Inoportuno’
Divulgação
Exibições 📽
Em Presidente Prudente, o filme contará com cinco exibições, todas com entrada gratuita e debates ao fim de cada sessão.
Veja abaixo o cronograma das sessões:
Sábado (21)
16h: Sessão para convidados, em parceria com a entidade “Vozes de Mães Atípicas” e a 1ª Feira Inclusiva Empreendedora de Presidente Prudente;
18h: Sessão especial para elenco de Presidente Prudente e convidados;
Domingo (22)
10h30: Exibição especial na 1ª Feira Inclusiva Empreendedora de Presidente Prudente, que será realizada no salão do Seminário Diocesano de Nossa Senhora Mãe da Igreja, localizado na Rua Padre João Goetz, no Jardim Esplanada;
Terça-feira (24)
14h30: Sessão para a Associação Filantrópica de Proteção aos Cegos; e
16h: Exibição para a União das Pessoas com Deficiência (Unipode).

Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.




Fonte: G1

Governo investiga mais de 20 pessoas por incêndios florestais no Rio


O governo do Rio de Janeiro informou que mais de 20 suspeitos são investigados pela polícia por provocar incêndios florestais no estado. Desde que o governador anunciou a criação do gabinete de crise para combate às queimadas, na última quinta-feira (12), foram combatidos 1.280 incêndios florestais. Segundo o Corpo de Bombeiros, há cerca de 80 focos de incêndios no estado.

“Muito claramente há ação humana nas queimadas. Já temos uma investigação muito robusta nesse sentido”, avaliou o governador Cláudio Castro. 

“Os mandados já estão sendo buscados na Justiça, há vídeos que mostram pessoas ateando fogo em incêndios criminosos. A gente espera que ao longo dessa semana já tenhamos prisões. Seremos implacáveis, faremos uma fiscalização dura e botaremos esses criminosos na prisão”, completou. 

Como medida de segurança, Cláudio Castro determinou o fechamento de 40 unidades de conservação no sábado (14) para proteger a população e concentrar esforços no combate aos incêndios. Ainda não há previsão de reabertura.




Fonte: Agência Brasil

Rio prepara plano de contingência para enfrentar crise hídrica


Após reunião com diversos órgãos, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou que o governo prepara um plano de contingência para a crise hídrica provocada pela seca dos rios. Segundo ele, dois milhões de pessoas residentes de municípios como Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, entre outros, já estão sofrendo com a redução do abastecimento.

“Então é algo que antes que se agrave, nós já estamos trabalhando e essa conversa foi fundamental para encontrar soluções como o envio de carro-pipa, ações de contingência e publicidade para que a gente possa diminuir os efeitos dessa crise hídrica porque ela é do Brasil não é só do Rio de Janeiro”, disse o governador na manhã desta segunda-feira (16).

Segundo a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, 10% do fornecimento de água já foram reduzidos para as pessoas atendidas pelo Sistema Imunana-Laranjal. De acordo com a companhia, se a situação persistir pode haver mais redução de abastecimento de água.

Conforme o governo do estado, serão disponibilizados carros-pipa para as regiões afetadas, priorizando escolas, creches e hospitais. Em razão da seca, os sistemas de abastecimento de Mangaratiba, Maca, Acari, além do Imunana- Laranjal estão em alerta.

As represas do Sistema Acari (Tinguá, Xerém, Rio D’Ouro, São Pedro e Mantiquira) que abastecem parte da Baixada Fluminense, enfrentam estiagem histórica.




Fonte: Agência Brasil

Obra de Lupicínio Rodrigues antecipa onda da sofrência


Muito antes da atual onda de “sofrência”, o cancioneiro brasileiro era povoado por músicas de “dor de cotovelo”. Este era o nome que se dava à aflição sentimental do amor não correspondido ou não bem terminado. A expressão teria origem na imagem de alguém tristonho, com os cotovelos apoiados na mesa ou no balcão de um bar lamentando a falta de sorte do coração. Atire a primeira pedra quem nunca sofreu por amor e curtiu a fossa ouvindo uma canção de dor de cotovelo.

Em um vasto repertório de canções para sentir e sofrer, destaca-se a obra do compositor, cantor e cronista gaúcho Lupicínio Rodrigues. Hoje, 16 de setembro, comemoram-se os 110 anos de nascimento de Lupe, como é tratado em Porto Alegre. Lupicínio Rodrigues foi um fenômeno: o único artista que não morava no Rio de Janeiro, nem em São Paulo, e fazia sucesso nacional desde a década de 1930.

Recentemente, as histórias de Lupe ganharam um novo livro, escrito pelo também compositor e pesquisador musical Arthur de Faria. O nome do livro, que se originou do doutorado de Arthur de Faria em literatura brasileira, é Lupicínio: Uma Biografia Musical, publicado pela editora Arquipélago.

A seguir os principais trechos da entrevista do autor à Agência Brasil:

Agência Brasil – O seu livro conta que Lupicínio Rodrigues não sabia tocar nenhum instrumento musical. Mas, a despeito disso, além das letras, compunha melodias com algum grau de sofisticação. Como isso era possível?

Arthur de Faria – Não dá para ter certeza, mas eu acho que ele partia do texto, ou ia fazendo as duas coisas juntas, cantarolando mesmo na cabeça dele. O único instrumento que o Lupicínio tocava era a caixinha de fósforos. Ele compunha muito em bares, na rua, raramente em casa. Ia sempre encontrar algum parceiro que tocasse algum instrumento harmônico [como violão e piano]. Esse parceiro criava o acompanhamento, tocando os acordes que seriam os acordes daquela música.
A grande maioria das músicas do Lupicínio é formada por melodias que passeiam muito do grave para o agudo. São melodias de muitas notas e largas extensões. Há muitas canções dele que começam com um universo de poucas notas, mas, na segunda parte, mais dramática, há saltos melódicos gigantescos. Isso tudo é instinto do Lupicínio.
Quando você faz uma pergunta, a melodia da voz sobe. Então, se eu te perguntar: “você sabe o que é ter um amor, meu senhor?”, a melodia sobe. O que define que isso é uma pergunta, é a melodia da fala. Se eu estiver afirmando: como “ter loucura por uma mulher”, a melodia desce. A canção do Lupicínio sempre acerta nisso.

Agência Brasil – Mas como ele aprendeu a fazer isso? Como despertou o interesse pela canção?

Arthur de Faria – O Lupicínio nasce em 1914. A Porto Alegre dos anos 1910 e 1920 era um cenário muito efervescente. Era um porto importante aqui do Sul. Era um ponto de trajeto entre grandes companhias europeias que iam do Rio de Janeiro para Buenos Aires e Montevidéu e paravam em Porto Alegre. Havia ópera, concerto, teatro e teatro musicado. Tinha muita produção musical em Porto Alegre, valsa, polca, scottish, que já se chamava xote, habanera, que logo ia se chamar vanera. Tinha uma onda de grupos com formato de jazz, que tocavam foxtrote, tocavam one-step, two-step, charleston, essas coisas.

Agência Brasil – Por falar em Porto Alegre, a cidade é a segunda personagem mais importante do seu livro, depois de Lupicínio. Ainda existem lugares na cidade que ele conheceu e frequentou?

Arthur de Faria – Muito poucos. Nenhuma das casas noturnas daquela época existe ainda hoje. O espírito boêmio, transposto para realidade atual, persiste mais fortemente, no bairro da Cidade Baixa, que era o bairro central da boêmia.

Agência Brasil – É comum aos poetas e aos letristas criarem um personagem, ou até personagens no plural, para expressar sentimentos e convicções que não necessariamente sejam seus, o chamado “eu lírico”. No livro, você identifica, em diferentes canções, situações que foram passagens da vida do Lupicínio, em especial seus envolvimentos amorosos. Ele compunha a partir do que tinha vivido de fato. Podemos dizer que Lupicínio Rodrigues era um letrista sem o eu lírico?

Arthur de Faria – Na verdade, ele fez jogo de cena. Lupicínio falava que tudo que compôs foram coisas que aconteceram com ele. Mentira! Havia nas músicas coisas que aconteceram com ele ou que ele ouviu de amigos, coisas que se passaram com amigos e conhecidos, e que ele puxou a história para ele. Mas essas pessoas tinham um eu lírico muito semelhante ao dele. Era o mundo da boemia porto-alegrense, um universo parecido. As alegrias e as patologias similares – eram muito machistas – e tinham uma convivência que, para os padrões da época, era muitíssimo democrática. Eram homens de qualquer classe social, com formação diferente. Podiam ser brancos ou pretos, hetero ou gays, que não escondiam que eram gays.

Agência Brasil – Mas o livro conta que músicas como “Ela disse-me assim” foram experiências próprias…

Arthur de Faria – O Lupicínio tinha muito esse gozo do sofrimento amoroso. Ele adorava. Tem um depoimento incrível, que está no livro, de um amigo contando que estava caminhando com Lupicínio na rua e aí ele diz: “vou ali na casa da fulana”, que era uma das namoradas que ele tinha. Lupicínio demora e o amigo vai espiar pela janela. Ele vê Lupicínio de joelhos na frente da namorada, e ela com um revólver dentro da boca dele. O amigo conta que Lupicínio estava com uma expressão beatificada, e não de medo.

Agência Brasil – No livro você também conta que Lupicínio Rodrigues conheceu o compositor Noel Rosa e os cantores Mário Reis e Francisco Alves em Porto Alegre. Que importância tiveram esses nomes para o compositor gaúcho?

Arthur de Faria – Lupicínio já admirava muito o Mário Reis. Ainda garoto, ele chegou a ser crooner, cantor de conjuntos, e era chamado de Mário Reis, porque achavam que ele cantava igual ao Mário Reis. Assim como João Gilberto, Lupicínio tinha essa referência clara como cantor.
Noel Rosa era então reconhecido como o maior compositor do Brasil, e o Lupicínio queria mais do que tudo ser compositor e era um grande fã do Noel – como seria qualquer pessoa que quisesse ser compositor. Há a história de que Noel, então com 22 anos, após ouvir algumas canções de Lupicínio, então com 17 anos, teria dito: “esse menino é muito bom.” Eu não posso provar que isso de fato aconteceu.

Agência Brasil – Uma coisa mais fácil de provar é a importância que Francisco Alves teve para Lupicínio ser um nome nacional, não?

Arthur Faria – Exatamente. Algum tempo depois da gravação com sucesso de Se Acaso Você Chegasse, por Ciro Monteiro, em 1937], Lupicínio vai ao Rio de Janeiro, mostrar outras músicas dele pra algumas pessoas. Ele mostra várias canções para o Francisco Alves, que diz para ele guardar tudo e promete gravar, mas não grava.
Em 1945, o Orlando Silva, que era o segundo cantor mais importante do Brasil, grava uma das músicas que o Lupicínio tinha mostrado para Francisco Alves. Não sei se tomar uma bolada nas costas do Orlando Silva, ou se porque percebeu o crescimento do bolero e do samba-canção, Francisco começa finalmente a gravar as músicas que o Lupicínio tinha dado para ele. Aí é sucesso depois de sucesso.

Agência Brasil – Falamos de Se Acaso Você Chegasse, que é uma música que lança o Ciro Monteiro e duas décadas depois leva Elza Soares ao sucesso. Que diferenças têm essas versões? Há outro caso na música brasileira de uma mesma música servir de lançamento para dois artistas tão distantes, tão diferentes?

Arthur Faria – Não me ocorre nenhuma outra música, nenhum outro caso, ainda mais com intervalo de tempo tão grande. A música brasileira estava em outro universo. Elza fez um negócio que, na época, causou polêmica. Ela já era, sem saber, superfeminista. Ela não canta os versos “de dia, me lava a roupa; de noite e me beija a boca”. Certa vez, Elza explicou: “eu lavei muita roupa de madame e eu não vou cantar um negócio desse.”
Agora a outra boa dela é quando grava Vingança, em meados dos anos 1960. As pessoas acharam que ela estava debochando da música. Em uma entrevista, eu perguntei para ela se estava debochando naquela gravação. Ela respondeu: “bicho, não dá para cantar aquilo a sério, ? Claro que eu estava tirando uma onda desse dramalhão.” Meu palpite é que o próprio Lupicínio também tirava um pouco de onda.

*O título da matéria foi alterado às 14h54




Fonte: Agência Brasil

Fogo avança e queima 700 hectares do Parque Nacional de Brasília


O fogo que consome o Parque Nacional de Brasília e deixou parte da capital do país tomada pela fumaça segue avançando nesta segunda-feira (16) com três focos ativos. O incêndio consumiu 700 hectares da área de proteção ambiental, informou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A Polícia Federal investiga a origem do sinistro.

Uma densa e escura coluna de fumaça pode ser vista hoje saindo do parque, também conhecido como Água Mineral. Com 146 dias sem chuvas este ano no Distrito Federal (DF), o tempo quente e seco dificulta o trabalho das equipes e facilita a propagação das chamas.

Brasília (DF), 16/09/2024 - Grandes focos de incêndio atingem áreas do Parque Nacional de Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilBrasília (DF), 16/09/2024 - Grandes focos de incêndio atingem áreas do Parque Nacional de Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Grandes focos de incêndio atingem áreas do Parque Nacional de Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O período em que o Distrito Federal enfrentou uma seca mais aguda foi em 1963 com 163 dias sem chuvas, informou o Instituto Nacional de Meteorologia.

O coordenador de Manejo Integrado do Fogo do ICMBio, João Morita, disse à Agência Brasil que 93 combatentes de instituições como ICMBio, Corpo de Bombeiros e PrevFogo estão lutando contra as chamas com a ajuda de um avião e um helicóptero.

“[O fogo] ainda está na mesma região que ele atingiu ontem [domingo]. Ele não está controlado. A gente queria ter controlado ontem. Vamos trabalhar para controlar hoje. Se não controlar hoje, a gente vai trabalhar para controlar amanhã [terça-feira]”, explicou Morita, acrescentando que há locais em que as chamas se espalham com velocidade.

O incêndio começou por volta das 11h30 de domingo (15) e não há previsão de quando ele deve ser controlado. As equipes suspenderam os trabalhos por volta das 22h de ontem, retornando às 6h de hoje.

Devido à baixa qualidade do ar nas áreas próximas do parque, a Secretaria de Educação do Distrito Federal autorizou a suspensão das aulas escolas. A cidade amanheceu com forte cheiro de fumaça e baixa visibilidade.

Inicialmente, o ICMBio informou que foram consumidos 1,2 mil hectares do parque. Porém, a área foi recalculada. Um hectare equivale a aproximadamente um campo de futebol profissional e o Parque de Brasília tem 42,3 mil hectares de extensão. A maior de todas as queimadas – a de 2010 – consumiu 15 mil hectares da área total do parque.      

Três agentes da Polícia Federal (PF) estiveram no Parque de Brasília na manhã desta segunda-feira (16) hoje para investigar a origem do fogo. Na avaliação de Morita, como não houve raios na região, a principal hipótese é de incêndio criminoso. 

“A gente passou as informações da região onde começou o incêndio e eles [a Polícia Federal] foram para campo começar o processo de elaboração da perícia. Como não teve chuva nos últimos dias, não teve raio. Então, alguém, de forma proposital, fez a ignição do fogo”, acrescentou.

Fauna e flora

Apesar de não ter relatos de morte de animais, uma vez que eles estão com espaço de fuga para conseguir sair dos locais com fogo, o coordenador do ICMBio, João Morita, destacou que as chamas têm causado prejuízo ao destruir as matas de galeria que protegem os cursos d’água.

“O fogo não está correndo só pela área de cerrado aberto. Ele pegou algumas matas de galeria que protegem os cursos d’água. Ele começou ali na região do córrego do Bananal, próximo da captação de água da Caesb” [Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal”], observou.

Qualidade do ar

O excesso de fumaça fez com que a Universidade de Brasília (UnB) e algumas escolas próximas do Parque Nacional de Brasília suspendessem as aulas presenciais. As torres que medem a qualidade do ar no Distrito Federal são antigas e só emitem uma medição a cada seis dias.  

O presidente do Instituto Brasil Ambiental (Ibram), Rôney Nemer, informou que não se sabe se as medições privadas que têm sido feitas são confiáveis. Ele acrescentou que o governo do Distrito Federal autorizou a compra de equipamentos novos. De toda forma, como prevenção, decidiu-se permitir a suspensão das aulas.

“À noite [do último domingo], a qualidade do ar estava bem ruim porque houve uma calmaria no vento e essa fumaça toda desceu, principalmente na região norte do Plano Piloto de Brasília. Mas, com o amanhecer do dia, o vento voltou a circular e dissipou bastante, melhorando a qualidade do ar”, finalizou.

Por conta do incêndio no Parque Nacional de Brasília, a capital federal amanheceu encoberta de fumaça nesta segunda-feira.

Veja imagens:

 




Fonte: Agência Brasil

Polícia Federal investiga incêndio na área do Inpa em Manaus


A Polícia Federal (PF) vai investigar uma tentativa de incêndio criminoso no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus. No sábado (14) câmeras de segurança registraram um homem, ainda não identificado, ateando fogo nas proximidades do muro do Bosque da Ciência, espaço de visitação pública, e de laboratórios de pesquisa, na capital amazonense.

“A Direção acionou a Polícia Federal para investigar os incêndios ocorridos em áreas de vegetação pertencentes ao Inpa e em seu entorno, que fazem parte da Área de Proteção Ambiental Manaós (APA Manaós)”, informou o Inpa em nota.

O instituto informou que não houve feridos e que solicitou o apoio da Polícia Militar para intensificar as rondas ostensivas na região, para coibir atividades criminosas.

Esta não é a primeira vez que uma tentativa de incêndio criminoso é registrada no Inpa este ano. Em 4 de setembro, um incêndio começou fora das dependências do instituto e se alastrou para dentro. Em ambos os casos, os focos foram controlados com o auxílio de membros da comunidade interna e do Corpo de Bombeiros.

“A Direção do Inpa reafirma seu compromisso com a preservação do patrimônio natural e está empenhada na responsabilização dos possíveis envolvidos nos incidentes”, finaliza a nota.

 




Fonte: Agência Brasil

Caminhos da Reportagem revela desafios do futebol feminino


O Caminhos da Reportagem desta segunda-feira (16) mostra o panorama do futebol feminino e os obstáculos vividos pelas meninas e mulheres que querem ser jogadoras da modalidade no país. O episódio inédito Futebol Feminino: Do Sonho à Copa vai ao ar às 23h30, na TV Brasil.

“Desde pequenininha, eu sempre acompanhei muito esporte, qualquer esporte em si. Sempre fui voltada para o esporte, mas quando encontrei o futebol, eu sabia que era lá que eu ia seguir para minha vida”, conta Duda Gil, goleira de 14 anos do projeto social Daminhas da Bola, de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (foto em destaque).

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) registra que há mais de 7,3 mil jogadoras amadoras no Brasil e 801 que atuam em equipes profissionais. Esses dados não englobam jogadoras de futebol de salão e futebol de sete, modalidades que geralmente são a porta de entrada de meninas no futebol feminino de campo, mas não são geridas pela confederação.

Segundo o diagnóstico do futebol feminino do Brasil, feito pelo Ministério do Esporte em 2023, 84% das atletas em categorias de base jogam em times das regiões Sul e Sudeste (50% em cada). Deste total, 73% das meninas nasceram em estados das duas regiões. O restante é formado por jogadoras emigrantes, mas ainda que no eixo Sul e Sudeste se concentre as oportunidades para as iniciantes, as jovens jogadoras ainda têm que driblar diversos desafios para alcançar um lugar em um clube profissional.

“Muito difícil, principalmente para as meninas mais novas. É um cenário complicado, porque hoje, principalmente no Rio de Janeiro, as meninas não encontram ambientes de formação focados só para o feminino. A gente encontra centenas de escolas de futebol masculino, mas não escolas e projetos focados no futebol feminino”, avalia Joyce Barros, coordenadora do projeto Daminhas da Bola.

Rio de Janeiro (RJ), 16/09/2024 - Caminhos da reportagem - Desafios do futebol feminino. Joyce Barros, coordenadora do projeto Daminhas da Bola. Foto: TV Brasil/DivulgaçãoRio de Janeiro (RJ), 16/09/2024 - Caminhos da reportagem - Desafios do futebol feminino. Joyce Barros, coordenadora do projeto Daminhas da Bola. Foto: TV Brasil/Divulgação

Joyce Barros destaca que meninas não encontram ambiente de formação focados nelas. – TV Brasil/Divulgação

Os desafios ainda são grandiosos, mas dois motivos da mesma forma imponentes contribuem para um momento próspero para o futebol de mulheres brasileiro. O primeiro, a escolha do Brasil como país sede da Copa do Mundo feminina de 2027 e o segundo é a medalha de prata conquistada pela seleção de Arthur Elias nos Jogos de Paris. Há 16 anos, a seleção não subia em um pódio olímpico.

Sobre o programa

Produção jornalística semanal da TV Brasil, o Caminhos da Reportagem leva o telespectador para uma viagem pelo país e pelo mundo atrás de grandes histórias, com uma visão diferente, instigante e complexa de cada um dos assuntos escolhidos.

No ar há mais de uma década, o Caminhos da Reportagem é uma das atrações jornalísticas mais premiadas não só do canal, como também da televisão brasileira. Para contar grandes histórias, os profissionais investigam assuntos variados e revelam os aspectos mais relevantes de cada pauta.

Saúde, economia, comportamento, educação, meio ambiente, segurança, prestação de serviços, cultura e outros tantos temas são abordados de maneira única, levando conteúdo de interesse para a sociedade pela telinha da emissora pública.

Exibido aos domingos, às 22h, o Caminhos da Reportagem disponibiliza as matérias especiais no site e no YouTube da emissora pública. As edições anteriores também estão no aplicativo TV Brasil Play, disponível nas versões Android e iOS, e em site. .




Fonte: Agência Brasil