Metrô de SP retoma operação após alagamento de estação


O Metrô de São Paulo informou que a Linha 1-Azul, voltou a funcionar normalmente em toda sua extensão desde o início da operação comercial nesta segunda-feira (27). O trecho que inclui as estações Tucuruvi, Parada Inglesa e Jardim São Paulo que ficou fechado desde sexta-feira (24), após a chuva que atingiu a cidade.

Na ocasião, a estação Jardim São Paulo teve os trilhos e áreas internas alagados. Os usuários precisaram subir em corrimãos e se segurar nas grades da estação para se proteger da enxurrada que atingiu as escadas e rampas do local.

Trens restabelecidos

Segundo o Metrô, a circulação dos trens no trecho foi totalmente restabelecida às 23h do domingo (26), após o trabalho ininterrupto de uma força-tarefa que envolveu cerca de 200 pessoas desde a noite de sexta-feira. As áreas da estação Jardim São Paulo foram limpas e os sistemas eletroeletrônicos foram restabelecidos. Trabalhadores drenaram a água que invadiu a via dos trens.

“Também foi isolado e reforçado estruturalmente um muro do acesso, que sucumbiu com a força da água, não impedindo a inundação da estação. A via por onde circulam os trens foi lavada, com os sistemas elétricos e de sinalização e controle aferidos para o cumprimento de todas as garantias da operação em segurança”, informou o Metrô.

Acrescentou que foram acionadas equipes terceirizadas de manutenção de elevadores para o ajuste e troca de peças do equipamento de acesso à plataforma, que está indisponível pelos danos provocados pela água.




Fonte: Agência Brasil

Criança de sete anos é a 17ª vítima relacionada às fortes chuvas em SP


Uma criança de 7 anos morreu após cair em uma galeria de água enquanto brincava no Parque Municipal do Povo Roberto Nasraui, no município de Itapecerica da Serra (SP). Segundo a Defesa Civil do estado de São Paulo, essa é a 17ª vítima relacionada às fortes chuvas no estado desde 1º de dezembro, quando se iniciou a Operação Chuvas 2024/2025.

No final de semana, outras duas vítimas relacionadas às chuvas no estado foram encontradas. No sábado, o corpo de um homem de 73 anos foi encontrado dentro de sua residência, na capital paulista. A casa foi alagada na sexta-feira (24), dia em que a cidade registrou o terceiro maior volume de chuva da série histórica, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.

No domingo, foi encontrado o corpo de um motociclista que foi arrastado por enxurrada no bairro Cumbica, em Guarulhos, no dia anterior. Segundo a Defesa Civil, a enxurrada se formou após uma forte chuva que caiu na cidade.

Gabinete de crise

A Defesa Civil montará, de forma presencial, nesta segunda-feira (27), a partir das 14h, o gabinete de crise no Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) para coordenar as ações relacionadas aos eventos climáticos previstos. Entre segunda e terça-feira (28), há previsão de acumulados mais elevados de chuva, além de forte intensidade, informou o órgão.

Empresas reguladoras de serviços públicos, representantes de concessionárias de abastecimento de água e energia também atuam no gabinete.




Fonte: Agência Brasil

Volta às aulas: a nova rotina offline




A volta às aulas em 2025 traz um novo conteúdo que promete mexer com a rotina das escolas: a Lei 15.100/25, que proíbe o uso dos celulares e outros aparelhos eletrônicos portáteis pelos alunos durante toda a permanência no ambiente escolar. A nova lei vale tanto para escolas públicas quanto privadas, abrangendo os estudantes da educação infantil até o ensino médio.
Não é de hoje que a presença de celulares nas salas de aula vem gerando debates. Por um lado, é inegável que os aparelhos móveis podem ser ferramentas importantes para pesquisa e aprendizado. Mas, por outro, eles reduzem a concentração, comprometendo o desempenho acadêmico. Mesmo que os professores solicitem aos alunos que guardem os aparelhos, alguns sempre encontram um jeito de utilizá-los em sala. Redes sociais, mensagens de texto e até jogos tiram o foco das aulas, dificultando o envolvimento dos alunos com o conteúdo.
E não para por aí. A exposição prolongada às telas tem outros efeitos colaterais preocupantes. Estudos mostram que o uso por horas pode causar problemas como déficits de atenção e memória; além de alterações do padrão do sono – essencial para a consolidação da memória, além de impactos negativos na capacidade de inovar e pensar criticamente.
Outro ponto importante são os prejuízos no desenvolvimento das habilidades sociais, já que muitos estudantes preferem a interação virtual à presencial. E isso é uma realidade, dentro e fora das escolas. Quantas vezes já vimos grupos de pessoas juntas, mas cada um imerso na tela do próprio celular? Entretanto, a comunicação presencial, que inclui perceber o tom de voz, o olhar, as expressões faciais e até a linguagem corporal, é fundamental para construir relacionamentos saudáveis e equilibrar nossas emoções.
É claro que não se trata de colocar o celular apenas como um vilão. Não podemos negar a importância dos recursos oferecidos pela tecnologia e pela Internet que nos auxiliam no dia a dia. Mas tudo tem um limite, e quando o assunto é saúde mental, é preciso atenção quanto ao uso, pois, a questão não é o que se utiliza, mas a quantidade. Por isso, é natural que, no início, alguns alunos sintam irritação, ansiedade ou até uma sensação de vazio por não poderem se conectar o tempo todo. Isso faz parte do processo de mudança.
Vale ainda lembrar que é necessário impor limites seguros, inclusive em casa. Muitos pais reclamam que seus filhos não largam o celular, mas admitem que não são tão firmes quanto às restrições do uso devido aos confrontos que surgem. O segredo é educar os filhos para o uso consciente. É necessário estabelecer acordos sobre o tempo de conexão e, principalmente, respeitá-los.
A nova lei, mais do que uma proibição nas escolas, traz uma oportunidade para repensarmos nossos hábitos em relação ao uso do celular e refletirmos sobre seu impacto no dia a dia. Ela abre espaço para diálogos, troca de informações, além da possibilidade de novas experiências offline enriquecedoras, (re) construindo um ambiente escolar mais saudável e equilibrado. De qualquer forma, seja no espaço escolar, familiar ou social, é preciso tirar os olhos da tela e olhar mais para o mundo ao nosso redor. Créditos: Joselene L. Alvim- psicóloga




Fonte: G1

Filhotes de cachorro morrem durante incêndio em residência provocado pelo próprio morador, em Osvaldo Cruz




Homem teria ateado fogo na casa depois de se desentender com a namorada. Cachorros morrem durante incêndio em residência provocado pelo próprio morador, em Osvaldo Cruz (SP)
Corpo de Bombeiros
Cinco filhotes de cachorro morreram neste domingo (26) após um homem atear fogo na própria casa localizada no Centro, em Osvaldo Cruz (SP).
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Segundo a Polícia Militar, o morador teria dado início às chamas depois de ter um desentendimento com a namorada.
Durante o incêndio, cinco filhotes de cachorros morreram e dois adultos, um macho e uma fêmea, foram resgatados.
Os moradores não se feriram.
Ainda conforme a PM, a casa possuía aproximadamente 75 metros quadrados (m²), era de alvenaria e tinha seis cômodos. A sala e os quartos ficaram totalmente destruídos.
A Polícia irá investigar o caso.
Cachorros morrem durante incêndio em residência provocado pelo próprio morador, em Osvaldo Cruz (SP)
Corpo de Bombeiros

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Fonte: G1

Sobrevivente do holocausto: é preciso denunciar apologias ao nazismo


Rolande Fichberg deixou a Europa quando tinha 7 anos. De família judia, perseguida pelo regime nazista, ela é uma das sobreviventes do holocausto, que matou 11 milhões de pessoas, sendo 6 milhões, judeus. Aos 85 anos, ela assistiu o empresário bilionário norte-americano Elon Musk reproduzir o gesto do regime que foi responsável pela morte de muitos de seus familiares. Para ela, isso não pode passar incólume.

“Não era meu desejo assistir um ato igual àquele, o levantamento de um braço no sinal, a apologia ao nazismo, já que eu luto tanto contra isso. Mas isso acontece e a gente tem que combater. E é bom denunciar, é bom todo mundo saber que não passou despercebido, que aconteceu e que as pessoas tomaram até sua posição”, defendeu.

“A gente tem que se importar sim com tudo que acontece, denunciar e mostrar a nossa indignação”.


Rio de Janeiro (RJ) 26/01/2025 – Rolande Fichberg, sobreviente do Holocausto, no ato pelos 80 anos da libertação de Auschwitz e em memória das vítimas, no Palácio da Cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ) 26/01/2025 – Rolande Fichberg, sobreviente do Holocausto, no ato pelos 80 anos da libertação de Auschwitz e em memória das vítimas, no Palácio da Cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Rio de Janeiro (RJ) 26/01/2025 – Rolande Fichberg, sobreviente do Holocausto, no ato pelos 80 anos da libertação de Auschwitz e em memória das vítimas, no Palácio da Cidade – Fernando Frazão/Agência Brasil

Neste domingo (26), Rolande Fichberg participou de cerimônia em homenagem às vítimas do regime nazista e pela passagem dos 80 anos da libertação dos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. O evento, no Palácio da Cidade do Rio de Janeiro, marca o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, celebrado nesta segunda-feira (27), implementado por meio de resolução da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2005.

Auschwitz foi uma rede de campos de concentração localizados no sul da Polônia em áreas anexadas pela Alemanha Nazista. É considerada o maior símbolo do holocausto durante a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945. Apenas em Auschwitz foram mortas aproximadamente 1,2 milhão de pessoas. Além dos judeus, minorias como pessoas LGBTI+, ciganos, pessoas negras, pessoas com deficiência, entre outras, foram também perseguidas e mortas não somente em Auschwitz, mas também nos demais campos de concentração.

Rolande Fichberg viveu isso de perto. A avó e seis tios foram presos em Auschwitz e morreram ou dentro do próprio campo de concentração ou não conseguiram sobreviver às sequelas deixadas. “Muitos morreram sem saber por que, pelo simples fato de serem judeus e mais os 5 milhões que não eram judeus e que muitas vezes talvez nem soubessem por que estavam nessa situação”, relembra.

O evento no Palácio da Cidade, sob o tema 80 anos depois: Memória, Resistência e Esperança, foi uma ação colaborativa entre o vereador Flávio Valle e a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ) e com apoios da Prefeitura, e da Confederação Israelita do Brasil (Conib). A cerimônia reuniu autoridades, sobreviventes do Holocausto e seus descendentes, políticos e autoridades eclesiais.

Em discurso, o Secretário Municipal de Cultura, Lucas Padilha, também defendeu que apologias ao nazismo não podem ser aceitas atualmente. “Na internet, que a gente saiba exatamente o que os símbolos significam. Que a gente jamais relativize um símbolo nazista em 2025”, disse em discurso na cerimônia.

Preservação da memória

O presidente da FIERJ, Bruno Feigelson, defendeu a importância de se preservar a memória das vítimas, para que o holocausto não seja esquecido e isso não se repita em nenhum lugar do mundo. Ele também ressaltou a importância do Brasil para os judeus.


Rio de Janeiro (RJ) 26/01/2025 – O presidente da Federação israelita do Estado do Rio de Janeiro, Bruno Feigelson, no ato pelos 80 anos da libertação de Auschwitz e em memória das vítimas do Holocausto, no Palácio da Cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ) 26/01/2025 – O presidente da Federação israelita do Estado do Rio de Janeiro, Bruno Feigelson, no ato pelos 80 anos da libertação de Auschwitz e em memória das vítimas do Holocausto, no Palácio da Cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Rio de Janeiro (RJ) 26/01/2025 – O presidente da Federação israelita do Estado do Rio de Janeiro, Bruno Feigelson, no ato pelos 80 anos da libertação de Auschwitz e em memória das vítimas do Holocausto Fernando Frazão/Agência Brasil

“O Brasil entrou na guerra e lutou contra a atrocidade que foi o Eixo do Mal, compreendido ali na época pela Alemanha Nazista, pela Itália Fascista. A participação do Brasil foi muito importante, inclusive culminou com a libertação dos prisioneiros tanto de Auschwitz quanto de todas as pessoas que estavam ali sendo dizimadas”, disse.

Ele também destacou o papel do Brasil como país que recebeu muitos judeus, como os próprios bisavós. “Se eu estou aqui e tantos outros judeus estão aqui há muitas gerações no Brasil e tanto contribuíram com esse país, é porque o Brasil abriu as portas para que a gente fosse recebido”.

Também presente na cerimônia Cônsul-Geral da República Federal da Alemanha, Jan Freigang, afirmou que a Alemanha assume a responsabilidade pelo holocausto e pela preservação da memória para isso não volte a acontecer.

“A Alemanha reafirma sua responsabilidade inabalável pela ruptura da civilização cometida de forma nunca antes vista, que foi o holocausto. A memória dessa ruptura, seu enfrentamento e construção de uma memória voltada para o futuro é, para nós, uma tarefa permanente”, garantiu.

Segundo Freigang a Alemanha busca combater qualquer forma de antissemitismo, mesmo discordando de posicionamentos de Israel. “A nossa responsabilidade histórica significa que a Alemanha continuará a defender, mesmo em tempos de críticas ao governo israelense, o direito de existência e a segurança do Estado de Israel”.

Ele também chamou atenção para os riscos atuais da disseminação de ideias e ideais extremistas e apologias ao nazismo. “Infelizmente tudo isso está crescendo, tanto off-line quanto on-line, e o on-line é amplificado por algoritmos e até mesmo por indivíduos poderosos com visões extremistas”.


Rio de Janeiro (RJ) 26/01/2025 – O Cônsul-Geral da Alemanha, Jan Freigang, no ato pelos 80 anos da libertação de Auschwitz e em memória das vítimas do Holocausto, no Palácio da Cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ) 26/01/2025 – O Cônsul-Geral da Alemanha, Jan Freigang, no ato pelos 80 anos da libertação de Auschwitz e em memória das vítimas do Holocausto, no Palácio da Cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Rio de Janeiro (RJ) 26/01/2025 – O Cônsul-Geral da Alemanha, Jan Freigang, no ato pelos 80 anos da libertação de Auschwitz e em memória das vítimas do Holocausto – Fernando Frazão/Agência Brasil

Luta por justiça

Durante a cerimônia, sete velas foram acesas por sobreviventes, autoridades políticas, líderes religiosos e jovens.⁠ Ana Bursztyn Miranda, uma das presas políticas durante a ditadura no Brasil, entre 1964 e 1985, que integra o Coletivo RJ Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Democracia, foi uma das pessoas que acenderam uma das velas.


Rio de Janeiro (RJ) 26/01/2025 – Ana Bursztyn Miranda fala no ato pelos 80 anos da libertação de Auschwitz e em memória das vítimas do Holocausto, no Palácio da Cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ) 26/01/2025 – Ana Bursztyn Miranda fala no ato pelos 80 anos da libertação de Auschwitz e em memória das vítimas do Holocausto, no Palácio da Cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Rio de Janeiro (RJ) 26/01/2025 – Ana Bursztyn Miranda fala no ato pelos 80 anos da libertação de Auschwitz e em memória das vítimas do Holocausto – Fernando Frazão/Agência Brasil

 A exemplo da Alemanha, que assume os crimes cometidos, Miranda defendeu, em discurso a necessidade do Brasil assumir também o que foi feito durante a ditadura.

“A memória do holocausto, felizmente, hoje está consagrada porque o nazismo foi derrotado, o Terceiro Reich foi condenado pela memória histórica. A verdade apareceu, a justiça em grande parte foi realizada em tribunais públicos. Há relatos dos sobreviventes, livros, filmes, palestras, homenagens, como esta de hoje. Não há ruas e logradouros, me parece, na Alemanha com homenagens a nazistas. Houve reparação financeira e moral às vítimas”, disse, acrescentando que, em relação à ditadura, não ocorre o mesmo.

“Nós vamos normalizar, vamos considerar normal? Sessenta anos depois, a ditadura de 64 ainda não terminou, não foi derrotada”, disse.




Fonte: Agência Brasil

Motociclista é mais uma vítima das chuvas no estado de SP


A Defesa Civil do estado de São Paulo confirmou ter encontrado neste domingo (26) o corpo de um motociclista que foi arrastado pela enxurrada na Rua Panambi, no bairro Cumbica, em Guarulhos, Grande São Paulo. Segundo o órgão, a enxurrada se formou após uma forte chuva que caiu sobre Guarulhos ontem. A identidade da vítima não foi revelada.

Este motociclista é a 16ª vítima de chuvas no estado de São Paulo desde o dia 1 de dezembro, quando teve início a Operação Chuvas no estado.

Ontem, o corpo de um idoso de 73 anos foi encontrado no bairro de Pinheiros, na capital paulista, após sua casa ter sido alagada pelas chuvas da última sexta-feira, dia em que a cidade registrou o terceiro maior volume de chuva da série histórica, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Na tarde deste domingo, toda a cidade de São Paulo entrou em estado de atenção para alagamentos, com a subprefeitura de Itaim Paulista entrando em estado de alerta para chuvas.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), o forte calor registrado nos últimos dias deve diminuir a partir de hoje. Já as chuvas típicas de verão continuam até o fim de janeiro.

Um alerta divulgado ontem pela Defesa Civil aponta que chuvas intensas devem ocorrer em todo o estado paulista até a próxima terça-feira (28). Essas condições climáticas serão causadas pela passagem de uma frente fria, que trará pancadas de chuva acompanhadas de raios e rajadas de vento. 

 

 




Fonte: Agência Brasil

Sirene toca em SP para lembrar vítimas de Brumadinho


Às 12h28 deste domingo (26), o som de uma sirene ecoou pela Avenida Paulista, em São Paulo. O alerta era para lembrar as 272 pessoas que morreram no rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, ocorrido há seis anos.

A escolha pelo toque da sirene é para marcar o horário em que a tragédia teve início e relembrar que, naquele mesmo dia, há seis anos, a sirene não tocou. A homenagem às vítimas da tragédia também é uma forma de denunciar a impunidade e reafirmar o compromisso com a prevenção de novos episódios.

O ato foi promovido pelo Instituto Camila e Luiz Taliberti, entidade que foi criada em homenagem aos dois filhos de Helena Taliberti, que morreram em consequência do rompimento da barragem. Ambos estavam hospedados na Pousada Nova Estância, engolida pelos rejeitos.

Eles não foram as únicas vítimas da família. Aos 30 anos, Fernanda Damian, mulher de Luiz Taliberti, também teve sua vida interrompida. Ela estava grávida de cinco meses do primeiro neto de Helena. Estava presente ainda o ex-marido de Helena, pai de Camila e Luiz. Ele acompanhava a viagem junto com a esposa.

“Sou mãe da Camila e do Luiz. Sou sogra da Fernanda, que estava grávida de cinco meses do meu neto Lorenzo. Todos morreram nessa tragédia. Morreram também o pai biológico e a madrasta deles. A família toda”, contou Helena Taliberti, presidente da associação, e que participou do ato hoje na Avenida Paulista. “Não é um luto normal porque sabemos que é um luto que poderia ter sido evitado. Eles poderiam estar aqui conosco. A gente sabe que isso ocorreu por negligência e ganância. A dor é diária. Ela está no nosso cotidiano por causa da ausência deles e pela impunidade”, denuncia.

A programação do ato teve início às 10h da manhã com distribuição de sementes de girassóis, intervenção artística e uma ação de plantio de mudas e pintura em argila com crianças.

Não esquecer

“Esse é um ato para lembrar o ocorrido e não deixar que ele caia no esquecimento. O esquecimento é um perigo para que novas tragédias possam acontecer. Estamos aqui relembrando aquele momento, dos seis anos de rompimento daquela barragem”, disse Marina Kilikian Rossi, coordenadora de projetos do Instituto Camila e Luiz Taliberti. “Este também é um ato para honrar a memória das vítimas e por pedido de Justiça. Este é outro fator que faz com que grandes tragédias ocorram novamente”, acrescentou.

Marina relembrou que a tragédia não afetou apenas as famílias de todas essas vítimas. Houve também danos e prejuízos territoriais, sociais, econômicos e ambientais. “Não foi só perda humana. Houve perda ambiental, que afetou o substência de muitas pessoas, como as que viviam do rio, da agricultura, da pesca. E teve prejuízos também à água, que foi contaminada e eles precisaram ser abastecidos com água vindo de fora porque estava tudo contaminado ali”, ressaltou.

“Fazemos esse ato todos os anos aqui na Avenida Paulista, fora de Minas Gerais, justamente para ampliar a conscientização da sociedade sobre o que aconteceu e o que está acontecendo. Fazer esse ato é trazer a memória. E quando você constrói a memória, você não deixa que essa tragédia seja esquecida e luta para que ela não se repita e, principalmente, para que a morte deles não tenha sido em vão”, conclui Helena.

Durante o evento também foram coletadas assinaturas para o manifesto Basta de impunidade: Justiça por Brumadinho, para pressionar por celeridade dos processos sobre o rompimento da barragem..




Fonte: Agência Brasil

Itamaraty quer explicação dos EUA sobre tratamento a brasileiros


O Ministério das Relações Exteriores informou que pedirá explicações ao governo dos Estados Unidos sobre o que classificou de “tratamento degradante” dado aos 88 cidadãos brasileiros deportados na última sexta-feira (24). A aeronave norte-americana pousou no aeroporto de Manaus (AM) e a Polícia Federal (PF) tomou conhecimento de que os passageiros foram transportados algemados.

“O uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”, informou o Itamaratay, em nota, destacando que “segue atento” às mudanças nas políticas migratórias dos Estados Unidos, para garantir “a proteção, segurança e dignidade dos brasileiros ali residentes”.

“O governo brasileiro considera inaceitável que as condições acordadas com o governo norte-americano não sejam respeitadas. O Brasil concordou com a realização de voos de repatriação, a partir de 2018, para abreviar o tempo de permanência desses nacionais em centros de detenção norte-americanos, por imigração irregular e já sem possibilidade de recurso”, acrescenta.

Em razão da soberania nacional, o governo brasileiro determinou a retirada das algemas e enviou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar os brasileiros até o destino final. O voo, que tinha como destino o Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), precisou fazer um pouso de emergência na capital amazonense devido a problemas técnicos.

“As autoridades brasileiras não autorizaram o seguimento do voo fretado para Belo Horizonte na noite de sexta-feira, em função do uso das algemas e correntes, do mau estado da aeronave, com sistema de ar condicionado em pane, entre outros problemas, e da revolta dos 88 nacionais a bordo pelo tratamento indigno recebido”, acrescenta a nota do Itamaraty.

Neste sábado (25), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, esteve reunido, em Manaus, com o superintendente interino da PF no Amazonas, delegado Sávio Pinzón, e com o comandante do 7º Comando Aéreo Regional da FAB, major-brigadeiro Ramiro Pinheiro.

“Na reunião, foi efetuado relato detalhado sobre os incidentes no aeroporto Eduardo Gomes envolvendo cidadãos brasileiros transportados em voo de deportação do governo norte-americano”, informou o Itamaraty, em publicação nas redes sociais. “A reunião subsidiará pedido de explicações ao governo norte-americano sobre o tratamento degradante dispensado aos passageiros no voo”, acrescentou.

O avião da FAB com os brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou na noite deste sábado (25) a Minas Gerais.

Governo Trump

As operações de deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tiveram início poucos dias após o início do mandato do presidente norte-americano Donald Trump. Na noite da última quinta-feira (23), 538 pessoas foram detidas e centenas foram deportadas em operação anunciada pela Casa Branca.

“A administração Trump deteve 538 imigrantes ilegais criminosos”, anunciou a porta-voz Karoline Leavitt, acrescentando que centenas foram deportados em aviões do Exército norte-americano. “A maior operação de deportação em massa da história está em curso”, disse.

Ao longo da campanha presidencial, Trump prometeu conter a imigração ilegal no país, cenário classificado por ele como “emergência nacional”. Logo em seu primeiro dia na presidência dos EUA, o republicano assinou ordens executivas destinadas a impedir a entrada de imigrantes nos Estados Unidos.




Fonte: Agência Brasil

Voo da FAB com brasileiros deportados dos EUA chega a Minas Gerais


O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com 88 brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou na noite deste sábado (25) a Minas Gerais. A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, acompanhou o desembarque das famílias no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte.

A aeronave norte-americana pousou em Manaus (AM) na noite de sexta-feira (24) e a Polícia Federal (PF) tomou conhecimento de que os passageiros deportados estavam sendo transportados algemados. Em razão da soberania nacional, o governo brasileiro determinou a retirada das algemas e enviou uma aeronave da FAB para transportar os brasileiros até o destino final.

“O nosso posicionamento é que os países podem ter suas políticas migratórias mas nunca violar os direitos humanos de ninguém”, disse Macaé, ao recepcionar os brasileiros em Confins. “A gente não pode suportar a violação dos direitos humanos e o que aconteceu nesse voo foi a violação dos direitos dos brasileiros”, acrescentou em vídeo divulgado pelo ministério nas redes sociais.

No mesmo vídeo, o brasileiro deportado Erionaldo Santana contou que foram presos e algemados, nos Estados Unidos, na quarta-feira (22). “Chegamos no Brasil, continuamos com algemas, falamos que estávamos em território brasileiro, que eles [autoridades norte-americanas] tirassem as algemas, mas eles não queriam tirar”, relaou.

O voo, que tinha como destino o aeroporto em Belo Horizonte, precisou fazer um pouso de emergência em Manaus devido a problemas técnicos.

As operações de deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tiveram início poucos dias após o início do mandato do presidente norte-americano Donald Trump. Na noite da última quinta-feira (23), 538 pessoas foram detidas e centenas foram deportadas em operação anunciada pela Casa Branca.

“A administração Trump deteve 538 imigrantes ilegais criminosos”, anunciou a porta-voz Karoline Leavitt, acrescentando que centenas foram deportados em aviões do Exército norte-americano. “A maior operação de deportação em massa da história está em curso”, disse.

Ao longo da campanha presidencial, Trump prometeu conter a imigração ilegal no país, cenário classificado por ele como “emergência nacional”. Logo em seu primeiro dia na presidência dos EUA, o republicano assinou ordens executivas destinadas a impedir a entrada de imigrantes nos Estados Unidos.






Fonte: Agência Brasil

Brasileira deixa ginástica e ingressa na equipe do Cirque du Soleil


Após 13 anos no esporte, Camille Giovanini (foto) parte para uma nova etapa na vida: a carreira como artista na principal companhia de circo do Mundo.

Foi em 2024 quando Camille Giovanini assistiu ao espetáculo Crystal, do Cirque du Soleil, no Brasil, que a paixão se transformou em sonho: um dia, fazer parte do maior circo do mundo.

“Estava em um cruzeiro com uma amiga. Me emocionei muito, chorei ao ver o espetáculo. E ela me disse: isso é para você, Camille! É a sua cara. Aí não tive como escapar”, recorda a paulista em entrevista para a Agência Brasil.

Agora, no começo de 2025, o sonho se tornou realidade. A jovem de 19 anos viajou para Montreal, no Canadá,  em 18 de janeiro, para iniciar um período de treinamentos. Aprovada em um processo seletivo muito disputado, ela foi escolhida para integrar a companhia multinacional.

“A primeira etapa está sendo de muito treino e preparação. Eles me chamaram para a equipe do espetáculo Russian Swing, que é um número bem radical composto só de mulheres. Depois de toda a preparação vou adiante para os shows. É isso! O que eles pedirem estarei fazendo”, assegurou.  

A dura jornada até o Cirque du Soleil

Camille começou na ginástica artística aos seis anos e, desde então, trilhou uma trajetória de superação e conquistas. Aos 12 anos, decidiu começar os treinos no ABC Paulista, no Sesi (Serviço Social da Indústria), em Santo André. Só que não abriu mão de continuar morando na cidade de Praia Grande, no litoral paulista.

Ela, ao lado de um familiar, na maioria das vezes a mãe, Mônica, percorria o trajeto via terrestre de 70 quilômetros mais de uma vez por dia de segunda a sexta-feira durante mais de cinco anos.

“A gente sempre foi uma família muito unida. Mas, nessa época das viagens para Santo André, a Camille e eu vimos a nossa parceria se tornar ainda mais forte. Meu coração se enche de alegria pela conquista dela. Tenho certeza de que terá muito sucesso”, assegura a mãe, Mônica Giovanini.

Entre suas conquistas como atleta de ginástica artística pelo Sesi-SP estão o tricampeonato sul-americano juvenil pela Seleção Brasileira, o bicampeonato brasileiro por equipes e várias medalhas individuais em competições estaduais e nacionais.

“Camille deixa para trás não apenas uma carreira de destaque no esporte, mas também um legado de inspiração para jovens atletas. A chegada dela na Seleção Brasileira na categoria adulta, depois de várias lesões e dedicação, é mostra do talento. Ela não nasceu pronta como atleta. Precisou trabalhar muito. Sua história é um convite para acreditar nos próprios sonhos e um lembrete de que o esforço e a paixão podem transformar vidas” diz Felipe Nayme, diretor responsável pela modalidade no Sesi-SP, que acompanhou praticamente toda a carreira de atleta da jovem.

“Acreditem nos seus sonhos, sejam persistentes e nunca desistam. O esporte pode abrir portas que vocês nem imaginam”, finaliza Camille.




Fonte: Agência Brasil