Defesa Civil alerta sobre risco de pancadas de chuva fortes para a região de Presidente Prudente | Presidente Prudente e Região


Como há previsão de tempestade e acumulados elevados, a Defesa Civil ressaltou a importância de dar atenção às áreas mais vulneráveis, pois há risco de deslizamentos, desabamentos, alagamentos, inundações e ocorrências relacionadas às descargas elétricas, vento forte e granizo.




Fonte: G1

Edital seleciona entidades para atividades do Programa de Educação Integral Cidadescola em Presidente Prudente | Presidente Prudente e Região


Para participar da seleção, as OSCs interessadas precisam cumprir uma série de requisitos, como possuir no mínimo dois anos de existência, com cadastro ativo, estar legalmente constituídas para prestar o serviço no âmbito do município de Presidente Prudente e comprovar, por documentos, que possuem capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento das atividades previstas na parceria, entre outras exigências.




Fonte: G1

Após discussão sobre pagamento de contas de casa, rapaz tenta agredir a própria mãe e acaba preso em Presidente Prudente | Presidente Prudente e Região


Na delegacia de Polícia Civil, a mulher relatou que já registrou uma ocorrência contra o filho em 2023 e solicitou a concessão de medidas protetivas de urgência que foram deferidas, e que, em razão da ação, o rapaz saiu de casa, ficou três dias fora e quando voltou, prometeu à mãe mudar de comportamento.




Fonte: G1

Vereador Aristeu Penalva é alvo de denúncia sobre suposta compra de votos durante período eleitoral de 2024, em Presidente Prudente




Segundo o denunciante, foi oferecida vantagem econômica a ele, seus familiares e vizinhos. Vereador Aristeu Santos Penalva de Oliveira (MDB)
Isabela Gomes/g1
Uma denúncia foi protocolada na Câmara Municipal de Presidente Prudente (SP), na segunda-feira (27), sobre uma suposta compra de votos feita pelo vereador Aristeu Santos Penalva de Oliveira (MDB) durante o período eleitoral de 2024.
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O caso foi denunciado por um eleitor que narrou que chegou a gravar as conversas e todos os fatos, que ocorreram durante as eleições.
Segundo o denunciante, foi oferecida a ele vantagem econômica em troca do voto.
Além disso, o eleitor citou na denúncia que o assessor de campanha do vereador, que é um ex-secretário municipal de Presidente Prudente, procurou-o para pagar pelo voto dele, de seus familiares e vizinhos.
No documento, também há comprovantes de transferências via pix que supostamente teriam sido enviadas ao eleitor. As quantias saem da conta da esposa deste ex-secretário e assessor de Aristeu.
Ainda conforme a representação, o ato fere a conduta do vereador.
Diante dos fatos, é solicitada a abertura de uma comissão processante contra Aristeu na Câmara Municipal para que a conduta dele seja investigada e a cassação do parlamentar.
Outro lado
O g1 solicitou um posicionamento oficial sobre o caso para a Câmara Municipal de Presidente Prudente, mas até o momento da publicação desta reportagem não foi enviado.
A Rádio CBN Prudente entrou em contato com o vereador, que disse que precisa saber “o que ele [denunciante] está falando exatamente sobre esse assunto”.
Além disso, Penalva contou que está tranquilo quanto à denúncia e explicou que, após averiguar o documento, irá ver qual caminho tomar com o Jurídico.

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Fonte: G1

Após ser preso, policial penal é encontrado morto dentro da Cadeia de Adamantina



Homem era suspeito de envolvimento em crime de violência doméstica. Um policial penal foi encontrado morto, na manhã desta terça-feira (28), na Cadeia de Adamantina (SP).
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Segundo a Polícia Civil, o rapaz era morador de Irapuru (SP) e havia sido preso, inicialmente, na sexta-feira (24) por violência doméstica contra a ex-mulher e a filha.
O Poder Judiciário decidiu liberá-lo, mas a pedido do Ministério Público o caso foi reconsiderado e o policial penal voltou a ser preso.
A Polícia Civil investiga o caso como suspeita de suicídio.

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Fonte: G1

Investigações identificam suspeito de envolvimento em crimes de tentativa e furto de veículos em Presidente Venceslau



Polícia Civil pediu ao Poder Judiciário a decretação da prisão preventiva do indiciado. A Polícia Civil esclareceu crimes de furto e tentativa de furto de veículos em Presidente Venceslau (SP) e pediu à Justiça a prisão preventiva do suspeito, de 46 anos, envolvido em ambos os casos.
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Os crimes ocorreram em 16 de novembro de 2024, no bairro Jardim Arantes.
Primeiro, o suspeito tentou furtar uma motocicleta, que estava estacionada na via pública, mas foi interpelado pelo dono do veículo e fugiu.
Em seguida, o mesmo homem conseguiu pegar um carro e objetos que estavam dentro do automóvel. O veículo foi abandonado em via pública e o suspeito novamente fugiu.
As investigações identificaram o suspeito, que acabou indiciado pelos crimes nesta terça-feira (28), com a conclusão do inquérito policial.
O caso foi remetido ao Poder Judiciário, ao qual a Polícia Civil pediu a decretação da prisão preventiva do envolvido para “garantia da ordem pública e instrução processual”.

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Fonte: G1

Em quatro anos, MPT firma 1.728 acordos para combater trabalho escravo


O Ministério Público do Trabalho (MPT) firmou, ao longo dos últimos quatro anos, 1.728 termos de ajuste de conduta (TAC) para combater o trabalho escravo e o tráfico de pessoas, além de garantir direitos de trabalhadores resgatados. A instituição informou que, no mesmo período, ajuizou ainda 360 ações civis públicas sobre o tema.

Apenas em 2024, o MPT firmou 478 TACs resultantes da participação em forças-tarefas, do encerramento de inquéritos civis ou de acordos em ações civis públicas. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que, no ano passado, mais de dois mil trabalhadores submetidos a condições degradantes foram resgatados.

Operação Resgate

Em nota, o MPT destacou a Operação Resgate IV, realizada entre julho e agosto de 2024, que retirou 593 trabalhadores de condições de trabalho escravo contemporâneo. O número é 11,65% maior que o total de resgatados da operação realizada em 2023, quando 532 trabalhadores foram resgatados.

Ao todo, mais de 23 equipes de fiscalização participaram de 130 inspeções em 15 estados e no Distrito Federal.

“Essa ação conjunta de combate ao trabalho escravo e tráfico de pessoas no Brasil é resultado do esforço de seis instituições: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF)”, finalizou o comunicado.




Fonte: Agência Brasil

Cinema deve olhar para violações a indígenas na ditadura, diz diretora


Há uma semana, o cinema brasileiro vem comemorando a indicação do filme Ainda Estou Aqui a três categorias do Oscar. O longa-metragem alcançou o feito inédito ao levar para as telas a história da família de Rubens Paiva, deputado federal que teve seu mandato cassado pela ditadura militar e que foi posteriormente torturado e morto.

Inaugurando o calendário do audiovisual brasileiro, a Mostra de Cinema de Tiradentes que ocorre ao longo desta semana na cidade de Tiradentes, em Minas Gerais, se tornou mais um espaço para se debater e se celebrar a conquista. Mas a programação também levou para as telas um filme que, de alguma forma, resgata uma história que realça uma marca pouco conhecida do mesmo regime militar: a violação aos povos indígenas.

“São memórias que o cinema nos dá uma chance de revisitar e que podem assim ser jogadas na cara do povo brasileiro de uma certa forma”, avalia o etnólogo e cineasta Roberto Romero, um dos diretores do documentário Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá.

Exibido no domingo (26), ele aborda o assunto de uma forma lateral. O documentário narra o reencontro de Sueli Maxakali com seu pai Luiz Kaiowá. “Eu não o conheci. Eu tinha seis meses de idade e minha irmã tinha cinco anos quando ele partiu”, conta Sueli, em debate sobre o filme realizado nessa terça-feira (27). Ela também é uma das diretoras do documentário.

Luiz Kaiowá é um indígena Guarani-Kaiowá que chegou, através da Fundação Nacional do Índio (Funai), para trabalhar na terra Maxacali, em Minas Gerais. Ele operava um trator e lá se casou com a mãe de Sueli. No entanto, ele acabou voltando para a terra dos Guarani-Kaiowá em Mato Grosso do Sul.

Tudo aconteceu “no tempo dos soldados” como dizem os indígenas mais velhos que dão seus depoimentos no filme. Eles relatam os maus-tratos a que foram submetidos e o desmatamento, relegando a aldeia a uma porção de terra reduzida que sequer tinha água.

“Boa parte desse território foi dividido durante a ditadura militar. O capitão Manoel dos Santos Pinheiro, que era o sobrinho do governador de Minas Gerais, foi enviado para lá para ser o dono daquela região e fazer o que quisesse. Ele dividiu a terra entre os próprios funcionários do SPI [Serviço de Proteção aos Índios] e depois da Funai”, conta Roberto Romero, lembrando que o militar também atuou para impedir a demarcação.

O filme Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá foi dirigido a oito mãos: além de Sueli Maxacali e Roberto Romero, o quarteto foi composto ainda por Isael Maxakali e Luísa Lanna. Um ônibus levou os Maxacalis até a aldeia Guarani-Kaiowá. Dessa forma, o reencontro entre Sueli e seu pai foi também o momento de uma comunhão entre os dois povos.

Luísa defende que o cinema olhe com mais atenção para a memória que os povos indígenas guardam do período militar. “As atrocidades que aconteceram foram muitas e elas são muito pouco conhecidas pela população de uma forma geral. Mas é importante pontuar que é um buraco que não é só na cinematografia. É na história também,” enfatiza.


Rio de Janeiro (RJ) 28/01/2025 - Luísa Lanna - Cinema deve olhar para violações a indígenas na ditadura.
Foto: Leo Fontes/UNIVERSO PRODUÇÃO/ DIVULGAÇÃO
Rio de Janeiro (RJ) 28/01/2025 - Luísa Lanna - Cinema deve olhar para violações a indígenas na ditadura.
Foto: Leo Fontes/UNIVERSO PRODUÇÃO/ DIVULGAÇÃO

A diretora Luísa Lanna defende o que cinema olhe para violações a indígenas na ditadura. Foto: Leo Fontes/UNIVERSO PRODUÇÃO/ DIVULGAÇÃO

Ela vê a possibilidade de uma evolução paralela. “As coisas vão andando juntas. Na medida que a historiografia for reconhecendo, a cinematografia vai reconhecendo. Uma coisa puxa a outra. E assim vai tornando possível que essas histórias sejam contadas e passem a integrar o repertório histórico da população brasileira. Mas, com certeza, acho que ter mais editais dedicados principalmente a autorias indígenas e realizadores indígenas [isso] pode contribuir para resgatar essas memórias.”

Violações

As violações de direitos no regime militar já foram exploradas por diferentes filmes. O Que é Isso Companheiro?, Zuzu Angel, Marighella, O ano em que meus pais saíram de férias e Batismo de Sangue são alguns títulos de referência, ao qual agora se soma Ainda Estou Aqui. No entanto, nenhum deles aborda o que ocorreu com os indígenas.

Alguns livros vêm buscando tirar essas histórias do anonimato. Um dos mais recentes é Tom Vermelho do Verde, lançado em 2022 pelo jornalista e escritor Frei Betto. A obra narra um drama que tem como pano de fundo o massacre dos indígenas Waimiri Atroari durante a abertura de rodovias na Amazônia entre as décadas de 1960 e 1980. Frei Betto, que participou de ações da resistência contra a ditadura, disse em recente entrevista à Agência Brasil que atualmente compreende que os indígenas foram as maiores vítimas da violência empreendida pelos militares.

No cinema, Luísa destaca como um dos trabalhos de referência o filme GRIN – Guarda Rural Indígena, lançado em 2016 sob direção de Roney Freitas e Isael Maxakali. Já no filme Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá, ela observa que essa memória da ditadura aparece de um jeito diferente dos registros produzidos pela cultura ocidental do homem branco. De acordo com a diretora, não é uma memória estanque.

“Ela se constrói a partir das várias histórias que são repassadas pelas falas das pessoas que testemunharam esse momento, que viveram esse momento. Elas vão contando cada uma sua memória, mas também as suas várias percepções dessa história, do que aconteceu. Produzem uma memória que é viva e visível. E ela é acima de tudo criativa e inventiva, nesse sentido de que mais de uma história é sempre melhor do que uma história só”, salienta.

A diretora considera que há uma desconstrução da ideia de uma história voltada para a uma busca por uma verdade única e universal. Através dos depoimentos do filme, segundo ela, são apresentadas vivências e percepções individuais.

Resistência

Os Maxakalis formam um povo com cerca de três mil pessoas vivendo na região do Vale do Mucuri em Minas Gerais, dividida em aldeias que ocupam pequenos territórios. Na maioria delas, não tem rio e a paisagem de Mata Atlântica foi substituída por pasto. O filme documenta também a luta liderada por Sueli e Isael para retomada de um novo território para cerca de 100 famílias. Em uma das cenas, uma placa é pintada para demarcar o local.


Rio de Janeiro (RJ) 28/01/2025 - Debate com diretores- Cinema deve olhar para violações a indígenas na ditadura.
Foto: Leo Fontes/UNIVERSO PRODUÇÃO/ DIVULGAÇÃO
Rio de Janeiro (RJ) 28/01/2025 - Debate com diretores- Cinema deve olhar para violações a indígenas na ditadura.
Foto: Leo Fontes/UNIVERSO PRODUÇÃO/ DIVULGAÇÃO

Debate sobre o papel do cinema reuniu diretores e indígenas – Foto:  Leo Fontes/UNIVERSO PRODUÇÃO/ DIVULGAÇÃO

“Antes de eu viajar para conhecer meu pai, eu queria deixar meu povo mais à vontade. Pintamos a placa para saber que ali está o meu povo”, conta Sueli. Para Roberto Romero, ao colocar o filme como parte do processo de retomada, os Maxakalis o transformam em um instrumento de resistência. Ele destaca ainda a decisão de gravar o documentário todo em idioma indígena. São faladas as línguas dos dois povos retratados: Maxakalis e Guarani-Kaiowás.

“Os Maxacalis perderam tudo de concreto, digamos assim. Mas preservaram a memória das palavras. Eles lembram os nomes de todos os animais da Mata Atlântica mesmo não convivendo com eles há décadas. E essas palavras são faladas como histórias, como narrativas. E também são cantadas. E a gente tenta mostrar isso no filme: que os cantos são parte vida social, da vida cotidiana. Para quase tudo se canta”, diz o diretor.

Para Isael Maxakali, preservar o idioma é uma das principais motivações para fazer filme. “É para não apagar o nosso histórico. Eu gosto de fazer filme também para que o Brasil possa conhecer nossa linguagem”, afirma.




Fonte: Agência Brasil

Emprega Prudente divulga 134 vagas para trabalhadores de diversas áreas e escolaridades




Há chances para auxiliar geral, arrumador e soldador, entre outras. Emprega Prudente oferece 134 vagas para diferentes escolaridades
Arquivo/g1
O Emprega Prudente, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Presidente Prudente (SP), a Sedepp, está com 134 oportunidades disponíveis para profissionais de diversas áreas e escolaridades, nesta terça-feira (28).
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Todos os cargos podem ser consultados no Mural de Vagas do site, plataforma que substituiu o antigo sistema do Balcão de Empregos.
As propostas podem ser consultadas no portal de acordo com o setor de interesse. Além disso, os trabalhadores também podem cadastrar dados pessoais.
Há oportunidades para candidatos com ensinos superior, técnico, médio e fundamental completos ou em andamento.
Veja as vagas disponíveis e as quantidades ofertadas:
Auxiliar de Lavanderia (2);
Soldador (15);
Vendedor Rastreador Automotivo (3);
Operador de Empilhadeira (4);
Auxiliar de Manutenção (1);
Motorista Truck (2);
Motorista Toco (3);
Operadora de Caixa (1);
Colaborador Auxiliar de produção (1);
Auxiliar Administrativo (3);
Vendedora Interna (1);
Atendimento Pós-Venda (1);
Auxiliar de Produção (2);
Serviços Gerais/Entregas (1);
Arrumador (15);
Motorista de Entregas (1);
Ajudante de Motorista (7);
Auxiliar de Mecânico (3);
Vendedor (1);
Vendedor de Veículos (1);
Auxiliar Geral (30);
Montador de Itens Para Alto Falantes (3);
Vendedor Externo (2);
Consultor de Vendas (5);
Jardineiro (1);
Secretária (1);
Lavador e Acabamentista de Automotivos (1);
Alinhador de Automóveis (3);
Auxiliar de Limpeza (1);
Auxiliar de Produção (2);
Vendedor Interno (1);
Ajudante Geral (1);
Motoqueiro (1);
Balconista/Caixa Noturno (1);
Motorista Entregador (1);
Auxiliar de Enfermagem (4); e
Cuidadora de Idosos (4).
📞Contato
Mais informações podem ser obtidas no Atende Prudente, localizado na esquina entre as ruas Marechal Floriano Peixoto e Dib Buchalla, na Vila Marcondes, em Presidente Prudente.
O telefone para contato é o (18) 3399-1100.
O site pode ser acessado aqui.

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Fonte: G1

Uma a cada três crianças tem perfil aberto em redes, alerta pesquisa


Aos 12 anos, a menina não tira os olhos das interações que chegam pela janelinha que carrega nas mãos. Para ficar feliz, basta o telefone celular vibrar com alguma interação ou novo seguidor. É por isso que a garota, que mora em São Paulo (SP), mesmo tão jovem, deixou o perfil aberto em redes como Instagram e Snapchat.

Isso quer dizer que não é necessária autorização para que qualquer pessoa possa visualizar as postagens dela. Esse comportamento da menina, que é à revelia da família, deixa a mãe, a publicitária Suzana Oliveira, de 41, muito preocupada.

Um levantamento da empresa Unico, especializada em identidade digital, e do Instituto de Pesquisas Locomotiva, divulgada nesta terça (28), Dia Internacional da Proteção de Dados, mostra que o caso dessa menina está longe de ser uma raridade.  Segundo a pesquisa, pelo menos uma a cada três contas atribuídas a crianças e adolescentes de 7 a 17 anos de idade em redes sociais no Brasil têm perfil “totalmente aberto”.

A pesquisa divulgada pelas entidades foi realizada com a participação de 2.006 responsáveis por crianças e adolescentes em todo o Brasil. O levantamento ocorreu entre os dias 9 e 24 de outubro de 2024, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

“Sem controle”

Entre outros dados que deixam as famílias em alerta é que quase metade (47%) desse público não controla os seguidores nas redes sociais (jovens que adicionam qualquer pessoa à conta e interagem com desconhecidos). Isso tem tirado o sono de Suzana, a mãe da criança paulistana.

Ela diz que tem monitorado, via aplicativo, as ações da filha e que restringe o tempo na frente da tela pequena. Só que a pressão tem sido motivo de longos embates e estresse dentro de casa.

“O hábito no celular gerou crises de ansiedade, choro e mau humor. Minha filha pratica atividades esportivas com regularidade, mas, mesmo assim, as redes sociais têm provocado danos à saúde dela”, conta a mãe.

Para a diretora de proteção de dados da Unico, Diana Troper, o percentual de crianças com perfil aberto é assustador: “essas informações que estão publicamente acessíveis ou com facilidade de acesso são de pessoas mais vulneráveis e utilizadas para cometimento de novos crimes e fraudes”, afirma a especialista.

O levantamento revela, por exemplo, que 89% dos pais e mães acreditam estar preparados para garantir a privacidade de dados, mas 73% desconhecem ações que podem provocar vazamentos. O cenário, conforme contextualiza a pesquisa, é que 75% das crianças e adolescentes brasileiros têm um perfil próprio em alguma rede social.

Ainda sobre o comportamento, 61% dos filhos das pessoas que responderam a pesquisa têm práticas de exposição, como compartilhar fotos pessoais e de familiares, marcar localizações e identificar membros da família nas plataformas.

Essa exposição inclui postar fotos em ambientes que frequentam (40% dos pesquisados) e até usando uniforme ou marcando a escola que frequentam (33%).

Diana Troper adverte que, segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as informações disponibilizadas em perfis abertos ao público não deveriam ser coletadas sem que sejam observadas as devidas bases legais, o que incluiria a necessidade do consentimento dos usuários.

“Sabemos que fotos e informações como locais frequentados compartilhados nas redes podem criar um mapa de vulnerabilidades, que pode ser explorado por fraudadores e pessoas mal intencionadas”, afirma.

A maioria dos pais e responsáveis por menores de idade (86%), de acordo com as respostas, concordam que devem educar os filhos sobre a proteção de dados para evitar problemas futuros. Mas 73% deles desconhecem os riscos de ações que podem ocasionar vazamento de dados.

Entenda os riscos

Os riscos, segundo os organizadores da pesquisa, incluem abrir links ou anexos de e-mails sem confirmar a procedência, utilizar computadores públicos ou compartilhados, usar redes públicas de wi-fi, repetir as mesmas senhas em várias contas, baixar e instalar aplicativos de origem duvidosa no celular e utilizar as informações dos cartões de crédito físicos em sites e aplicativos (ao invés de gerar cartões virtuais temporários).

“A conscientização e a educação digital são os pilares para proteger as futuras gerações no ambiente online“, diz Diana Troper. Por isso, ela recomenda que as contas tenham perfis fechados para evitar exposições que podem ser perigosas.

Receio


Brasília (DF) 28/01/2025 - Keila Santana com seu filhos, Clara Santana (10) e Pedro Santana (13).
Uma a cada 3 crianças tem perfil aberto em redes, alerta pesquisa
Dados foram divulgados nesta terça pela Unico e Instituto Locomotiva
Foto: Keila Santana/Arquivo pessoal
Brasília (DF) 28/01/2025 - Keila Santana com seu filhos, Clara Santana (10) e Pedro Santana (13).
Uma a cada 3 crianças tem perfil aberto em redes, alerta pesquisa
Dados foram divulgados nesta terça pela Unico e Instituto Locomotiva
Foto: Keila Santana/Arquivo pessoal

Keila Santana com seu filhos, Clara Santana (10) e Pedro Santana. FotoKeila Santana/Arquivo pessoal

Na casa da brasiliense Keila Santana, de 47 anos, nada de perfil aberto. O comportamento de Pedro, de 13 anos, é acompanhado de perto pela mãe e ele só pode navegar na nas redes duas horas por dia. As redes sociais, ele só utiliza para conversar com os amigos. Sem postagens.

O menino fica de olho também no que a irmã caçula, Clara, de 10, faz com o celular. “Eu cuido também dela”, garante o menino. A mãe considera esse acompanhamento um desafio.

Ela se preocupa, especialmente, com os conteúdos que podem chegar até eles, incluindo a reprodução de padrões estéticos, que pode gerar ansiedade, por exemplo.

Outra brasiliense, Luciana Alencar, de 43 anos, diz que se preocupa também com os dois filhos meninos e o sem-número de informações que eles recebem.

“O que eu tenho muito medo é, além deles receberem conteúdos de misoginia, homofobia, entre preconceitos de raça e gênero de todos os tipos, eles se tornarem replicadores dessas informações”.


Brasília (DF), 27/01/2025 - Crianças com perfil aberto em redes sociais. Ian Fernandes de Alencar. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Brasília (DF), 27/01/2025 - Crianças com perfil aberto em redes sociais. Ian Fernandes de Alencar. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Ian Fernandes de Alencar – Bruno Peres/Agência Brasil

A família os educa para não reproduzir discursos preconceituosos. “Minha luta é para que isso não aconteça. É muito difícil vencer uma luta quando você não sabe nem com quem você está guerreando, porque são muitos caminhos que chegam”.

Ian, o mais velho, garante que a mãe pode ficar tranquila: ele pretende ficar menos tempo nas redes sociais, e mais tempo jogando bola e conversando com os amigos. Perfil aberto só presencialmente.




Fonte: Agência Brasil