Jornalista Chico Pinheiro relembra carreira no DR com Demori


O programa DR com Demori desta semana recebe Chico Pinheiro e passeia pelas histórias da vida do jornalista, que acumula mais de 50 anos de carreira. Conhecido pelo bordão “Graças a Deus, hoje é sexta-feira”, ele revela a inspiração da frase que provoca identificação com o público. “As pessoas param, falam disso, é uma coisa que pega”, diverte-se.

Com a carreira iniciada em 1971, Chico Pinheiro passou pelas principais redações jornalísticas do país, e presenciou o funcionamento da imprensa durante a ditadura militar.

“Eu me lembro muito de receber o Telex, que era uma espécie de telegrama. Chegava assim: ‘De ordem, Departamento de Polícia Federal. De ordem superior, fica terminantemente proibido citar o nome ou fazer qualquer referência a Dom Helder Câmara’”, ele relata.

Ainda estudante universitário, Chico não imaginava que a sua trajetória no jornalismo seria, em maior parte, na televisão, mas conta que essa história pode ter sido premeditada por um senhor chamado Manoelão, que conheceu e se tornou amigo no período em que participou do Projeto Rondon em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha.

“Ele me contava histórias dos antepassados, dos avós dele. Quando eu estava para sair de lá, (…) ele falou: vi você num negócio esquisito, uns maquinários estranhos, umas luzes que eu não conheço. Olha, você falava para muita gente, mas é muita, é mais mesmo”, relembra.


Brasília (DF) 19/05/2025 - O programa DR com Demori recebe o jornalista Chico Pinheiro. Frame TV Brasil
Brasília (DF) 19/05/2025 - O programa DR com Demori recebe o jornalista Chico Pinheiro. Frame TV Brasil

Programa DR com Demori recebe o jornalista Chico Pinheiro. Frame – TV Brasil

Experiências na TV

A experiência em televisão rendeu participação em momentos marcantes, como em 1995, quando um pastor chutou a imagem de uma santa e a cena foi exibida em rede nacional. Chico Pinheiro, que à época era diretor nacional de jornalismo da TV Record, decidiu colocar no ar uma entrevista sobre o assunto concedida pelo então cardeal do Rio de Janeiro, Dom Eugênio Sales, logo após fala do bispo Edir Macedo – ato considerado afrontoso devido à estrutura hierárquica da emissora.

“Eu falei (…) Se for pra gente entrar nessa briga, eu vou sempre dar os dois lados. O lado da Universal e o lado da Igreja Católica”.

Ainda no campo da religião, Chico Pinheiro faz com Demori uma análise sobre o papado de Francisco e perspectivas para o futuro:

“Era um cara da paz e da justiça, traz de novo o foco que devia ser sempre da Igreja, (…) a fidelidade aos princípios da ética do cristianismo. (…) O grande desafio é caminhar para outro Papa que dê continuidade a esse trabalho”, avalia.

Após décadas falando a grandes públicos pela televisão, o jornalista, que agora está em um canal do YouTube, afirma que o maior desafio é furar bolhas. 

“A gente luta muito para conseguir atingir outras pessoas com o conhecimento que liberta. Fora do conhecimento, não há libertação possível”, reflete.

O programa DR com Demori vai ao ar toda terça-feira, às 23h, na TV Brasil, app TV Brasil Play e no YouTube. Também é transmitido pelas rádios Nacional FM e MEC.




Fonte: Agência Brasil

Sitiante é multado em R$ 2,6 mil e responderá criminalmente após intervir em Área de Preservação Permanente, em Pres. Bernardes




Homem, de 49 anos, recebeu dois autos de infração ambiental. Ocorrência foi registrada em um sítio, em Presidente Bernardes (SP)
Polícia Militar Ambiental
Um sitiante, de 49 anos, foi multado em R$ 2,6 mil e responderá criminalmente após intervir em uma Área de Preservação Permanente (APP) na segunda-feira (19), em Presidente Bernardes (SP).
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De acordo com a Polícia Ambiental, uma equipe foi até um sítio averiguar uma ocorrência envolvendo a retirada de vegetação nativa.
Os agentes, acompanhados do proprietário do local, realizaram uma vistoria no espaço e constataram a remoção de vegetação pioneira em uma área de 0,0284 hectares de preservação permanente.
Diante dos fatos, foi elaborado em desfavor do sitiante dois autos de infração ambiental, sendo:
R$ 1.420 por dificultar a regeneração natural de demais formas de vegetação;
R$ 1.200 por destruir vegetação nativa em APP.
Ao todo, as multas totalizaram R$ 2.620.
A ocorrência será encaminhada por ofício à Delegacia de Polícia Civil de Presidente Bernardes por infringir “in tese” o artigo 48 da Lei Federal nº 9.605/98.
Ocorrência foi registrada em um sítio, em Presidente Bernardes (SP)
Polícia Militar Ambiental
Ocorrência foi registrada em um sítio, em Presidente Bernardes (SP)
Polícia Militar Ambiental
Ocorrência foi registrada em um sítio, em Presidente Bernardes (SP)
Polícia Militar Ambiental

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Fonte: G1

EBC apresenta ações em reunião da Rede Nacional de Comunicação Pública


Mais de 70 emissoras públicas de rádio e televisão de todo o país reuniram-se nessa segunda-feira (19), em São Paulo, no I Encontro da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP) em 2025.

Toda a direção da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) participou do encontro para apresentar as ações da instituição, ouvir e propor parcerias com as emissoras integrantes da Rede. A lei de criação da EBC define a empresa como responsável pela articulação das emissoras públicas do país.

O encontro é realizado no auditório István Jancsó, na Universidade de São Paulo (USP), e segue nesta terça-feira.

Palestra do professor Bucci

O evento foi aberto com a palestra “Desafios e perspectivas de financiamento da comunicação pública no Brasil”, feita pelo professor titular da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, Eugênio Bucci. Ele também é superintendente de Comunicação Social da USP e foi presidente da antiga Radiobrás, instituição que antecedeu a EBC de 2003 a 2007.

O professor destacou que, nos Estados Unidos, o governo Trump tem atacado com corte de gastos a NPR e PBS, emissoras do sistema público de comunicação do país.

Diante dessas ameaças, defendeu a necessidade de um debate sobre formas de financiamento da comunicação pública, visando garantir a autonomia dessas instituições.

“É uma grande alegria contar com esse encontro aqui na Universidade de São Paulo”, afirmou. “É um prazer receber aqui o Jean, a diretoria da EBC e todas as emissoras públicas do país”, saudou Bucci. “Isso para nós é uma honra que não tem tamanho”.

“O desafio do financiamento é vital para a comunicação pública”, concordou o diretor-presidente da EBC, Jean Lima (foto), destacando que o atual governo Lula conseguiu interromper as sucessivas reduções de recursos para a área.

Jean Lima afirmou que uma das principais missões da comunicação pública é o combate à desinformação. “A desinformação sempre existiu, mas o que vemos agora é uma política sistemática que tem inclusive prejudicado a população”, afirmou, citando a redução da cobertura vacinal como exemplo, após a série de campanhas de desinformação sobre vacina.

A diretora de Jornalismo da EBC, Cidinha Matos, apresentou para as emissoras o formato de envio das reportagens para os jornais da rede na TV Brasil. “O material da rede que estamos recebendo é muito bom, de alta qualidade”, afirmou a editora do Repórter Nacional, Luciana Barreto.

A diretora de Conteúdo e Programação, Antônia Pellegrino, falou sobre o aproveitamento de conteúdo financiado pela Lei Paulo Gustavo na grade de programação da TV Brasil. A articulação com 10 secretarias estaduais de cultura para inclusão de uma cláusula de licenciamento para emissoras públicas para obras financiadas pela Lei Paulo Gustavo permitiu o aproveitamento de mais de 700 obras na emissora pública e parcerias da RNCP.


São Paulo (SP), 19/05/2025 - Com participação da EBC, o 1º Encontro da Rede Nacional de Comunicação Pública promove debates sobre o papel das emissoras públicas na prática do jornalismo, na programação cultural e na educação. Estão presentes representantes de organizações nacionais e internacionais, referências na oferta de um serviço público de comunicação gratuito, de qualidade e independente. Foto: Cadu Pinotti/Agência Brasil
São Paulo (SP), 19/05/2025 - Com participação da EBC, o 1º Encontro da Rede Nacional de Comunicação Pública promove debates sobre o papel das emissoras públicas na prática do jornalismo, na programação cultural e na educação. Estão presentes representantes de organizações nacionais e internacionais, referências na oferta de um serviço público de comunicação gratuito, de qualidade e independente. Foto: Cadu Pinotti/Agência Brasil

1º Encontro da Rede Nacional de Comunicação Pública debate o papel das emissoras públicas na prática do jornalismo, na programação cultural e na educação. foto – Cadu Pinotti/Agência Brasil

Ata de preços para transmissão de sinal digital

Além da diretoria da EBC e de representantes de emissoras públicas, estiveram presentes também Daniela Schettino, diretora do Departamento de Radiodifusão Pública, Comunitária e Estatal do Ministério das Comunicações; Flávio Moraes, diretor do Departamento de Mídias Regionais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR); Marfisa Castro, coordenadora geral de Estratégias em Aquisições e Contratações do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI); e Vinícius Caram, superintendente de Outorga e Recurso à Prestação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Em sua fala, Marfisa Castro, do Ministério da Gestão, deu um retorno para as emissoras públicas da ata de registro de preços que está sendo elaborada pela Central de Compras do MGI, em parceria com a EBC. A coordenadora da ação deu o prazo de setembro para que o edital esteja lançado.




Fonte: Agência Brasil

Desinformação é principal risco global para 2025 e anos seguintes


A desinformação figura como principal risco global para 2025 e para os anos que estão por vir – à frente das mudanças climáticas, da crise ambiental, dos fluxos migratórios, da violência e do terrorismo.

A avaliação é do diretor-geral adjunto de Comunicação e Informação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Tawfik Jelassi, que esteve no Brasil na última semana para participar do Seminário Internacional Cetic.br 20 anos – Dados e Análises para um Futuro Digital Inclusivo.

“Os países não estão preparados o suficiente para combater a desinformação. Eles são vulneráveis ​​ao impacto negativo da desinformação, o que é uma questão muito importante. Portanto, sim, a desinformação é o risco global número um hoje e ao longo dos próximos anos e todos os países do mundo precisam agir para combatê-la.”

Em entrevista à Agência Brasil, ele defendeu a regulamentação das redes sociais por todos os países e um pacto global para combater a desinformação no ambiente virtual. Ele destacou, entretanto, que a responsabilidade primária pelo combate às fake news deve ser das empresas de plataformas digitais que têm a obrigação de agir.

“As plataformas digitais são globais. Elas não reconhecem limites ou fronteiras nacionais. Se não unirmos forças por meio de ações globais, não poderemos combater efetivamente a desinformação que acontece nas plataformas digitais”, afirmou.

“Cada país precisa ter uma regulamentação sobre isso. Mas precisamos ter uma abordagem verdadeira porque somente unindo forças internacionalmente é que podemos combater esse risco global. E a tecnologia não conhece barreiras”, completou o especialista que tem doutorado em Sistemas de Informações Gerenciais pela Universidade de Nova York.

Jelassi citou um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts que aponta que mentiras se espalham 10 vezes mais rápido que a verdade. “Uma vez que se espalham como fogo, o dano já está feito. Como podemos desfazê-lo? Não podemos. Mesmo que se tente retificar essa informação, o dano já aconteceu. Então, precisamos prevenir, precisamos combater a desinformação.”

A Unesco está organizando uma conferência global em junho para debater temas como inteligência artificial e transformação digital no setor público.

Para Jelassi, é necessário que o setor público acompanhe a transformação digital do mundo oferecendo aos seus cidadãos serviços de melhor qualidade utilizando tecnologias. Para isso, ele defende que os países coloquem como centro das políticas públicas o investimento no desenvolvimento de capacidades e habilidades dos seus recursos humanos.

“Uma questão específica que abordaremos [na conferência] é a construção e o desenvolvimento de capacidades.​ A partir dos nossos estudos, percebemos que, em diversos países, muitos servidores públicos não têm a competência ou o conjunto de habilidades necessárias para ter sucesso na transformação digital. Acreditamos que isso esteja no cerne de uma ação governamental.”

Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista.

Agência Brasil: O senhor disse, certa vez, que um dos desafios e oportunidades mais importantes da nossa era é transformar tecnologias digitais em uma força para o bem. Como tem funcionado o trabalho que a Unesco realiza no sentido de contribuir para essa questão?

Towfik Jelassi: A tecnologia, de certa forma, é neutra. As pessoas podem usá-la de forma positiva ou negativa. Ela apresenta oportunidades, mas também riscos. Quando digo que a tecnologia deve ser usada como uma força para o bem, cito um exemplo: devemos usá-la para combater a desinformação, sobretudo no que diz respeito à inteligência artificial. Devemos ser capazes de detectar informações não factuais. Devemos ajudar na moderação e na curadoria de conteúdo. Não queremos que a tecnologia seja usada para prejudicar as pessoas, para prejudicar as sociedades. Não queremos que a tecnologia se torne um perigo.

A Unesco acredita firmemente que a informação e, claro, as tecnologias da informação e a comunicação devem ser um bem público comum e não um dano público. A tecnologia não só pode como já foi usada como uma força para o bem. Por exemplo: na saúde, na agricultura, no combate às mudanças climáticas e em soluções para a crise ambiental. Esses são usos positivos da tecnologia. Mas também temos que combater a desinformação, o discurso de ódio e outros conteúdos online prejudiciais.

Agência Brasil:  Alguns dos trabalhos recentes propostos pela Unesco incluem recomendações sobre a ética no uso da inteligência artificial. O senhor pode falar um pouco sobre isso?

Jelassi: Em 2018, a Unesco iniciou um projeto massivo em torno do uso ético da inteligência artificial – pelo menos três ou quatro anos antes do surgimento do ChatGPT e da inteligência artificial interativa. A Unesco é reconhecida por ser, de certa forma, o think tank [laboratório de ideias] do sistema das Nações Unidas, uma espécie de antecipadora das mudanças que virão e de seus impactos, inclusive no que diz respeito à tecnologia. Então, em 2018, a Unesco içou a bandeira do que estávamos prestes a ver: o avanço de uma tecnologia muito sofisticada chamada inteligência artificial, que pode ser usada como uma força para o bem, mas que também apresenta riscos e perigos.


Teletrabalho, home office ou trabalho remoto.
Teletrabalho, home office ou trabalho remoto.

Teletrabalho, home office ou trabalho remoto. – Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Unesco pediu responsabilidade ética dentro do uso da inteligência artificial. O trabalho incluiu consultas globais abertas e, claro, trabalhos de especialistas mundiais sobre o assunto, o que culminou, em 2021, com os 193 Estados-membros aprovando as Recomendações sobre a Ética na Inteligência Artificial. Esse foi o primeiro instrumento normativo global desenvolvido sobre esse assunto e fico feliz em dizer que, hoje, temos 70 países ao redor do mundo que estão implementando essas recomendações para o uso ético e responsável da inteligência artificial.

Agência Brasil: Onde se encontra o Brasil neste processo?

Jelassi: O Brasil está bastante avançado e está entre os países que, claro, votaram a favor desta recomendação global da Unesco e que também implementaram os princípios e as diretrizes contidos nesta importante publicação.

Agência Brasil:  A Unesco tem apelado ao uso responsável e ético da inteligência artificial. Como estão as coisas neste momento e o que precisa mudar em relação a essa temática?

Jelassi: Existe um diferencial importante entre as tecnologias digitais: elas se desenvolvem numa velocidade muitíssimo alta, que países e entidades reguladoras não conseguem acompanhar.  É o que acontece quando se tem uma tecnologia como a inteligência artificial, que impacta tantos setores. Por exemplo: um professor não pode mais aplicar uma prova para que os alunos levem para casa porque sabe que a resposta virá do ChatGPT e todos os alunos passarão na prova. Então, hoje, não vivemos mais um momento que que precisamos melhorar ou reformar a educação. Estamos em uma era onde precisamos transformar a educação, transformar o ensino, transformar a aprendizagem, transformar a avaliação dos alunos. Este é apenas um exemplo. Posso dar um exemplo também na agricultura, sobre como a inteligência artificial transforma a maneira como os agricultores cuidam de seus negócios. Hoje, você pode saber, com base no tipo de solo, clima, cultivo, água e irrigação qual a melhor semente a ser cultivada em uma determinada terra, além do uso de fertilizantes personalizados – não mais de fertilizantes genéricos, mas fertilizantes personalizados para ajudar a otimizar o campo de cultivo.

Tudo isso graças ao big data, à análise de dados, aos algoritmos preditivos, aos sistemas de informação geográfica, a imagens de satélite, às fotos tiradas com drones. A tecnologia hoje está no cerne da agricultura. E quem teria pensado nisso, mesmo alguns anos atrás? A tecnologia impacta todos os setores, todas as indústrias, nossas vidas, nós mesmos como indivíduos, a sociedade em geral. Portanto, temos que exigir o uso responsável e ético da inteligência artificial, ​​que respeite a dignidade humana, a privacidade de dados e os direitos humanos. Não é porque a tecnologia está aí para nos permitir fazer tudo que podemos simplesmente ir em frente. Temos que ser cidadãos responsáveis ​​e temos que ser usuários éticos dessa tecnologia.

Agência Brasil: O senhor pode falar um pouco sobre as diretrizes da Unesco voltadas especificamente para gestores de plataformas digitais e que visam combater a desinformação, o discurso de ódio e outros conteúdos online?

Jelassi:  Esse é um tópico muito importante hoje porque todos nós, cidadãos do mundo, passamos várias horas por dia em mídias sociais ou plataformas digitais. Estudos mostram que uma porcentagem bastante significativa de pessoas está conectada a mídias sociais e plataformas digitais – do minuto em que acordam pela manhã até a hora de dormir. Elas têm, em média, entre sete e oito horas por dia de conexão com as mídias sociais. Quando estão no trabalho, quando estão em movimento, quando estão almoçando ou jantando, elas ainda estão conectadas. Essa é a realidade de hoje. Mas nem tudo o que vemos online é informação factual, é informação verificada, é dado objetivo. Não podemos confiar em tudo porque há, como você mesma disse, uma quantidade crescente de desinformação e informações falsas.

Sabemos que, especialmente pelo meio digital, mentiras são transmitidas muito mais rápido que a verdade. Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Boston, revelou que mentiras viajam 10 vezes mais rápido que a verdade. Mas, uma vez que se espalham como fogo, o dano já está feito. Como podemos desfazê-lo? Não podemos. Mesmo que se tente retificar essa informação, o dano já aconteceu. Então, precisamos prevenir, precisamos combater a desinformação. Ela é muito, muito prejudicial. Temos que garantir que sejam fatos e não informações falsas que são disseminadas online. Permita-me citar Maria Ressa, jornalista filipina que recebeu o Nobel da Paz de 2021. Ela disse:

‘Sem fatos, não há verdade. Sem verdade, não há confiança. E sem confiança, não temos uma realidade compartilhada’. Todos podem ter sua opinião, mas devem ser os fatos o conteúdo a ser compartilhado. É a realidade que deve ser compartilhada. Ninguém pode apresentar seus próprios fatos ou sua própria realidade. Sobretudo quando esses fatos estão errados e podem manipular as pessoas, podem influenciar as pessoas.

Sabemos que a informação, a liberdade de expressão e a liberdade de mídia são a pedra angular da sociedade democrática e precisamos preservá-las. Porque, se nossa sociedade for dominada por desinformação, discurso de ódio e coisas do tipo, isso pode ser algo que divide. Pode colocar alguns grupos de pessoas ou algumas comunidades contra outras, ou alguns indivíduos contra outros. E isso é muito prejudicial para nós como sociedade, como comunidade.

Agência Brasil: A desinformação pode ser considerada o principal risco global para 2025 e para os próximos anos? O que pode ser fazer a respeito?

Jelassi:  Sim, mas não sou eu quem pensa assim. São duas fontes que temos. Uma delas é o Fórum Econômico Mundial de Davos que, em janeiro de 2025, publicou um relatório anual no qual coloca a desinformação como o risco global número um para 2025 e para os próximos dois anos, com base em suas pesquisas e seus estudos. Eles colocam a desinformação como risco global número um, à frente das mudanças climáticas, da crise ambiental, dos fluxos migratórios, da violência e do terrorismo. Já em março de 2025, as Nações Unidas publicaram o Relatório Mundial de Risco Global e colocaram a desinformação como risco global número um com base em dois critérios: o primeiro é a importância e o segundo é a vulnerabilidade dos países. Ou seja, os países não estão preparados o suficiente para combater a desinformação. Eles são vulneráveis ​​ao impacto negativo da desinformação, o que é uma questão muito importante. Portanto, sim, a desinformação é o risco global número um hoje e ao longo dos próximos anos e todos os países do mundo precisam agir para combatê-la.

Agência Brasil: O senhor acredita que precisamos unir forças para enfrentar todos esses problemas e tornar o ciberespaço um lugar mais confiável?

Jelassi: Absolutamente. Por que precisamos unir forças em nível internacional, em nível global? Porque as plataformas digitais são globais. Elas não reconhecem limites ou fronteiras nacionais. Elas espalham a palavra. Elas são globais por natureza. Se você usa qualquer uma dessas plataformas digitais ou mídias sociais, você as usa no Brasil, você as usa em qualquer país do mundo. Então, se não unirmos forças por meio de ações globais, não poderemos combater efetivamente a desinformação que acontece nas plataformas digitais. Claro, cada país precisa ter uma regulamentação sobre isso. Mas precisamos ter uma abordagem verdadeira porque somente unindo forças internacionalmente é que podemos combater esse risco global. E a tecnologia não conhece barreiras.

Agência Brasil: Como buscar um uso responsável e transparente das plataformas, além de uma melhor moderação de conteúdo por parte das empresas de tecnologia?


Brasília (DF), 16/05/2025 -  O Diretor-geral adjunto de Comunicação e Informação da UNESCO, Tawfik Jelassi, durante entrevista para a Agência Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 16/05/2025 -  O Diretor-geral adjunto de Comunicação e Informação da UNESCO, Tawfik Jelassi, durante entrevista para a Agência Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O diretor-geral adjunto de Comunicação e Informação da Unesco, Tawfik Jelassi, durante entrevista para a Agência Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Jelassi: Boa pergunta. Mais uma vez, não estamos falando de utopia. Quando falamos sobre governança efetiva de plataformas digitais, isso não é uma ilusão. Pode efetivamente ser feito. Vou dar um exemplo de uma plataforma digital que tem mais de 1,5 milhão de usuários ativos e onde não vemos discurso de ódio, não vemos assédio online, não vemos desinformação: LinkedIn. Sou um usuário diário. Talvez passe uma hora a uma hora e meia todos os dias. É uma plataforma, como eu disse, com mais de 1,5 milhão de pessoas, mas que está cumprindo sua missão, está atraindo pessoas – especialmente profissionais. Está funcionando.

Não precisamos acreditar que qualquer plataforma, por natureza, tem que ser uma força para o mal ou deve necessariamente espalhar informações falsas. Se elas tiverem os algoritmos adequados, se seguirem os princípios que mencionei antes, se tiverem a curadoria de conteúdo adequada, a moderação de conteúdo adequada, filtrando mensagens de violência, mensagens de ódio, podem funcionar.

As empresas de tecnologia não deveriam deixar que esse tipo de coisa fosse disseminado e exibido em todo o mundo através de suas plataformas. Elas gerenciam as plataformas, não os usuários. Claro, há um modelo de negócios por trás disso. O que atrai as pessoas? A desinformação. Porque notícias falsas geram barulho. E as pessoas não sabem que elas são necessariamente falsas. As pessoas dizem:

‘Nossa, deixe-me compartilhar isso com um amigo’. Assim, a desinformação é compartilhada em grande escala. Quanto mais você dissemina esse tipo de informação, mais pessoas clicam nela. Quanto mais cliques, mais empresas anunciam online nessa plataforma. E, com mais publicidade online, mais lucro.

Podemos ver como o modelo de negócios, de certa forma, não exatamente favorece a desinformação, mas permite que ela aconteça. Por isso, as empresas de plataformas digitais têm a responsabilidade primária de agir.

Agência Brasil: O senhor pode falar um pouco sobre a temática da transformação digital do setor público, que será discutida em junho em uma conferência global organizada pela Unesco? Trata-se de um tema de interesse para todos os Estados-membros?

Jelassi: A Unesco está organizando uma conferência global nos dias 4 e 5 de junho de 2025, em sua sede, em Paris, sobre inteligência artificial e transformação digital no setor público. Acreditamos que, para que qualquer país e qualquer governo possam melhorar seus serviços aos cidadãos, eles precisam usar tecnologias digitais, precisam transformar seu relacionamento com os cidadãos e o tipo de serviços e de administração pública que oferece aos cidadãos. Esse é o foco desta conferência. E uma questão específica que abordaremos é a construção e o desenvolvimento de capacidades. A partir dos nossos estudos, percebemos que, em diversos países, muitos servidores públicos não têm a competência ou o conjunto de habilidades necessárias para ter sucesso na transformação digital. Acreditamos que isso esteja no cerne de uma ação governamental.

A inteligência artificial é um facilitador importante para serviços digitais inovadores para os cidadãos. É por isso que estamos realizando esta conferência. A Unesco desempenha um papel fundamental não apenas na advocacia, mas também na formulação de políticas, no desenvolvimento e na capacitação. Não basta fazer propaganda. Não basta desenvolver uma política ou estratégia a ser implementada. É preciso ter recursos humanos com competências e habilidades.




Fonte: Agência Brasil

PF investiga compra de votos na eleição municipal na Região dos Lagos


A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta terça-feira (20), sete mandados de busca e apreensão contra suspeitos de compra de votos em duas cidades da Região dos Lagos fluminense. As investigações da PF mostraram que políticos de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia teriam usado meios ilícitos para conseguir votos nas eleições municipais de 2024.

A investigação começou no primeiro turno da eleição, quando a PF prendeu cabos eleitorais de um candidato a vereador de Cabo Frio por suspeita de compra de votos. Com eles, foram apreendidos material de propaganda eleitoral, os chamados santinhos, e várias notas de 100 reais.

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A partir das apurações, os policiais encontraram indícios de outras práticas ilegais, como o agendamento de consultas médicas em um hospital de Cabo Frio a troco de votos, com a ajuda de um profissional da unidade de saúde.

Em São Pedro da Aldeia, as investigações começaram depois que um eleitor foi flagrado filmando a urna eletrônica no momento do voto. A filmagem tinha sido feita a mando do cabo eleitoral de um candidato a vereador, com o objetivo de comprar o voto e receber uma quantia de R$ 100.

Os mandados de busca foram expedidos pela Justiça Eleitoral e estão sendo cumpridos nas residências dos investigados e nas Câmaras Municipais dos dois municípios.





Fonte: Agência Brasil

Caminhoneiro é preso ao transportar mais de 1,5 tonelada de maconha na Rodovia Raposo Tavares, em Presidente Bernardes




Suspeito disse à Polícia Civil que carregava peças e rolamentos. Caminhoneiro foi preso por tráfico de drogas em Presidente Prudente (SP)
Polícia Civil
Um homem, de 49 anos, foi preso em flagrante, nesta segunda-feira (19), ao transportar mais de 1,5 tonelada de maconha em um caminhão-baú, em Presidente Bernardes(SP).
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De acordo com a Polícia Civil, uma equipe da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) identificou a entrada de um grande carregamento de drogas, vindas de Mato Grosso do Sul, com previsão de trânsito pela Rodovia Raposo Tavares (SP-270), na divisa entre os municípios de Bataguassu (MS) e Presidente Epitácio (SP).
Os policiais se posicionaram estrategicamente na praça de pedágio, em Presidente Bernardes, com objetivo de interpectar o veículo suspeito.
O caminhão-baú, com inscrições de “Fretes & Mudanças”, foi localizado e abordado.
Aos policiais, o motorista afirmou que vinha de Dourados (MS), transportando peças e rolamentos, apresentando nota fiscal com destino diverso do declarado.
Caminhoneiro foi preso por tráfico de drogas em Presidente Prudente (SP)
Polícia Civil
Conforme a Polícia Civil, os agentes desconfiaram de um caminhão de frete e realizaram a abordagem, verificando a carroceria.
No compartimento do baú, os policiais viram que era ocupado, exclusivamente, por paletes de isopor que ocultavam centenas de tabletes de maconha, totalizando 1.537,83 quilos do entorpecente.
Ao todo, quase 1,6 mil tijolos de maconha foram apreendidos.
As substâncias foram levadas para a perícia, bem como o veículo, as notas fiscais e o celular do suspeito foram apreendidos.
Não havia qualquer carga lícita no compartimento, sendo a nota fiscal apresentada considerada inidônea.
Ainda segundo os policiais, cada palete de isopor apreendido tinha inscrições que correspondiam ao peso e quantidade de tabletes de maconha.
O homem foi preso em flagrante delito pelo crime de tráfico interestadual de drogas, sendo conduzido à sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Presidente Prudente (SP), onde permaneceu à disposição da Justiça.
Caminhoneiro foi preso por tráfico de drogas em Presidente Prudente (SP)
Polícia Civil

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Fonte: G1

Cedae paralisa Sistema Guandu para obras de modernização


A produção de água tratada no Sistema Guandu, no Rio de Janeiro, ficará paralisada até as 20h desta terça-feira (20) pela Companhia Estadual de Águas (Cedae) para obras de modernização. O abastecimento fica interrompido na cidade do Rio de Janeiro e nos municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti, na Baixada Fluminense. .

O Sistema Guandu responde pelo abastecimento de 80% da água consumida na região metropolitana do Rio, que tem cerca de 11 milhões de habitantes. A estação tem capacidade de tratar 43 mil litros de água por segundo.

De acordo com a companhia, a interrupção é para obras de modernização, melhorias operacionais, ajustes técnicos, além de reparos e intervenções estruturais que buscam aumentar a eficiência e a segurança do sistema.

“Esses serviços são essenciais para assegurar a continuidade da operação plena do sistema de produção de água. Com eles, conseguimos identificar e corrigir falhas de forma preventiva, além de aferir com mais precisão o volume de água fornecido pela companhia às concessionárias”, disse o diretor de Saneamento e Grande Operação da Cedae, Daniel Okumura.

Recomendações

A normalização do fornecimento de água tratada terá início assim que a Cedae restabelecer 100% da produção no Sistema Guandu. No entanto, a recuperação do abastecimento é gradual e poderá levar 72 horas ou mais, especialmente em áreas elevadas, situadas nas pontas do sistema de distribuição ou afetadas por eventuais ocorrências durante a etapa de regularização do serviço.

A concessionária Águas do Rio orienta os moradores do centro, zonas norte e sul e Baixada Fluminense a se prepararem para o período, armazenando água para necessidades básicas e adiando tarefas que demandem alto consumo até a regularização do sistema. O abastecimento emergencial por caminhão-pipa é priorizado para unidades de saúde, como hospitais e clínicas de urgência e emergência. A distribuição de água nas localidades atendidas é de responsabilidade das concessionárias Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento, de acordo com as respectivas áreas de atuação.




Fonte: Agência Brasil

Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 100 milhões


As seis dezenas do concurso 2.865 da Mega-Sena serão sorteadas a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 100 milhões.

Por se tratar de um concurso com final cinco, ele recebe um adicional das arrecadações dos cinco concursos anteriores, conforme regra da modalidade.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

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Fonte: Agência Brasil

Brasileiros participam de mapeamento inédito do céu do hemisfério Sul


Em menos de um mês, terá início um projeto astronômico sem precedentes, que vai mapear o céu do hemisfério Sul, a partir de milhões de fotos de alta definição, feitas por um telescópio de última geração. Cerca de 170 cientistas brasileiros participarão do projeto, liderado pelo Estados Unidos, e que deve se estender por mais de 10 anos.

O supertelescópio instalado no Observatório Vera C. Rubin, no Chile, tem oito metros de diâmetro, e carrega a maior câmera digital já construída no mundo, com resolução de 3,2 gigapixels. O equipamento é capaz de gerar mais de 200 mil imagens por ano, permitindo a visualização de bilhões de objetos celestes e sua catalogação.

Mas isso também significa um volume gigantesco de dados e é aí que entra a contribuição brasileira. O Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA) será responsável pelo processamento, análise e distribuição de boa parte desses dados, armazenando pelo menos 5 petabytes de informações (1 petabyte equivale a mais de 1 milhão de gigabites).

Para isso, está concluindo o seu Centro Independente de Acesso a Dados, nas dependências do Laboratório Nacional de Computação Científica, que opera o maior supercomputador científico público do país, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

De acordo com o coordenador do LIneA, Luiz Nicolaci da Costa, o trabalho de análise deve começar em 2026, mas o laboratório ainda precisa de recursos para concluir suas instalações e garantir a sustentabilidade do trabalho.

“Nós temos um total de 170 pesquisadores brasileiros envolvidos, dos quais 80% são estudantes ou pós-doc. Quer dizer, é um projeto para o futuro, e o aluno de hoje será o pesquisador principal amanhã. E o projeto é muito amplo em termos de objetivos, então ele é dividido em grupos temáticos. E esses alunos podem trabalhar nesses grupos temáticos com as maiores lideranças científicas do mundo inteiro, de igual para igual”, explica.

Nicolaci também destaca a importância estratégica para o país de participar de uma iniciativa desse porte:

“São 1.500 pesquisadores de 48 instituições internacionais, então você tem essa rede de centros de ciência, onde você tem um intercâmbio tecnológico e você se mantém atualizado. E o que está envolvido de engenharia mecânica, de engenharia ótica, de engenharia eletrônica e de ciência de dados mostra que, apesar da aplicação final, talvez, ser uma coisa meio abstrata, o que você cria em termos de formação de pessoal nesse projeto é incomparável.”

Na parte de astronomia, o mapeamento vai permitir avanços nas pesquisas sobre a energia  escura, que compõe a maior parte do universo, e outros corpos celestes pouco estudados. A estimativa é catalogar cerca de 17 bilhões de estrelas e 20 bilhões de galáxias, além de objetos difíceis de serem observados com instrumentos menos potentes.




Fonte: Agência Brasil

Cruzamentos da Avenida Washington Luiz deixam de ter conversões de veículos à esquerda; veja trechos afetados | Presidente Prudente e Região


A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública (Semob) decidiu acabar com as conversões de veículos à esquerda em trechos da Avenida Washington Luiz, em Presidente Prudente (SP). A equipe iniciou a sinalização dos pontos, com instalações de faixas, que indicam as mudanças aos motoristas. As alterações entrarão em vigor a partir da próxima segunda-feira (26).




Fonte: G1