Taxa de homicídio cai, mas violência matou 45,7 mil no Brasil em 2023


No ano de 2023, a violência matou 45.747 pessoas no Brasil, uma média de 125 mortes por dia. O número, entretanto, registra uma pequena redução em relação ao ano anterior quando foram contabilizadas 46.409 mortes violentas. 

O dado faz parte do Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao governo federal, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), uma organização sem fins lucrativos.

O estudo faz comparativos desde 2013, quando o número de mortes chegou a 57.396. Ou seja, de lá para cá, houve redução de 20,3% na quantidade de homicídios.

O ano com mais casos foi 2017, com 65.602 homicídios. O menor, 2019, registrou 45.503 mortes. Na comparação com o ano que registrou mais casos, a queda em 2023 é de aproximadamente 30%.

Os dados do Atlas da Violência são coletados de fontes oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela contagem da população, e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

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Taxa de homicídio

Como a população brasileira aumentou ao longo dos últimos anos, uma forma de saber como se comporta a proporção de homicídios no país é por meio da taxa de homicídios registrados por 100 mil habitantes.

Esse indicador revela que em 2023 foram 21,2 homicídios por 100 mil habitantes, a menor taxa já registrada no estudo, coordenado pelo pesquisador Daniel Cerqueira, do Ipea, e pela diretora executiva do FBSP, Samira Bueno.

Em 2022, a taxa era 21,7 homicídios por 100 mil habitantes – redução de 2,3% na taxa de um ano para o outro. O pico foi em 2017, quando alcançou 31,8 registros.

NÚMERO DE HOMICÍDIOS NO BRASIL
2013: 57.3962019: 45.503
2014: 60.4742020: 49.868
2015: 59.0802021: 47.847
2016: 62.5172022: 46.409
2017: 65.6022023: 45.742
2018: 57.956

TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100 MIL HABITANTES
2013: 28,82019: 21,7
2014: 30,12020: 23,6
2015: 29,12021: 22,5
2016: 30,62022: 21,7
2017: 31,82023: 21,2
2018: 27,9

Motivos para a queda

Apesar de o estudo trazer comparações a partir de 2013, o pesquisador Daniel Cerqueira afirmou à Agência Brasil que a redução na taxa de homicídios vai além desse período.

“Apesar do número exorbitante de mortes, trata-se da menor taxa de homicídios que o Brasil atingiu nos últimos 31 anos”, pontua.

Segundo ele, dois fatores principais explicam essa tendência decrescente. Um deles é o envelhecimento da população, uma vez que jovens são mais associados à violência.

“O que nós sabemos das evidências científicas é que um ator importante, seja como vítima, seja como o perpetrador nesse drama da violência é o jovem. Quando a população envelhece, isso provoca uma maré a favor de redução de homicídios”.

Revolução invisível

O outro fator, destaca Cerqueira, é uma “revolução invisível”, que pode ser explicada por uma mudança nas políticas públicas de segurança, em que a atuação das polícias conta com mais qualificação e inteligência.

Ele aponta que tem havido uma troca da “segurança pública baseada simplesmente no policiamento ostensivo para uma política baseada em planejamento, em dados, em ciência”.

“Uma polícia inteligente em vez da polícia da brutalidade”, completa. Cerqueira avalia que a qualificação do trabalho policial permite identificar e prender os criminosos.

O coordenador do estudo percebe ainda que há “políticas multissetoriais de prevenção social para disputar cada jovem naquelas favelas, disputar com o crime organizado e desorganizado”.

Estados

O Atlas da Violência também apresenta os dados por unidades da federação (UF). Em 2023, 20 estados apresentaram taxa de homicídio por 100 mil habitantes superior à média nacional, com destaque negativo para Amapá (57,4), Bahia (43,9) e Pernambuco (38).

Das sete UFs abaixo da média nacional, as menores taxas foram registradas em São Paulo (6,4), Santa Catarina (8,8) e Distrito Federal (11).

Ao fazer uma análise mais expandida, o documento ressalta que “há pelo menos oito anos, nada menos que 11 UFs têm conseguido reduzir sistematicamente a taxa de homicídios”.

São eles Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba e São Paulo.

Na ponta contrária, nos últimos 11 anos o aumento das mortes no Amapá foi de 88,2%, mostra o levantamento.

Armas de fogo

O Atlas da Violência revela que 32.749 homicídios foram cometidos por arma de fogo no país. Em 2017, ano mais violento, esse número chegou a 49 mil.

O dado de 2023 equivale a 15,2 mortes por arma de fogo a cada 100 mil habitantes. Representa também que 71,6% das mortes violentas no país foram praticados com esse tipo de armamento.

Amapá (48,3), Bahia (36,6) e Pernambuco (30,8) são os estados com as maiores taxas. Por outro lado, se destacam positivamente São Paulo (3,4), Santa Catarina (4,4), Distrito Federal (5,3) e Minas Gerais (8,3).

O relatório aponta fragilidades na fiscalização de armas no país e afirma que “quanto maior a circulação e a prevalência de armas de fogo, maior tende a ser a taxa de homicídios”.

Homicídios ocultos

Os pesquisadores do Ipea e do FBSP chamam de “homicídios ocultos” os casos de violência que não foram adequadamente identificados pelos sistemas oficiais. Por meio de modelos matemáticos, eles chegam a uma taxa estimada de homicídios.

“No período compreendido entre 2013 e 2023, identificamos a ocorrência de 51.608 homicídios ocultos no Brasil, que passaram ao largo das estatísticas oficiais de violência no país, uma média anual de 4.692 homicídios que deixaram de ser contabilizados”, diz o texto.

Com o acréscimo desses dados, a taxa estimada de homicídios no país chega a 23 casos por 100 mil habitantes. Assim como a taxa de casos efetivamente registrados, trata-se também da menor desde 2013.

O ponto mais alto ocorreu em 2017, com 33,6 casos por 100 mil habitantes. Em 2022, o indicador marcou 24,5.

O Atlas da Violência nota que a inclusão dos homicídios ocultos faz mudar significativamente os indicadores dos estados.

São Paulo é o caso mais extremo: em 2023, o estado deixou de registrar 2.277 homicídios. Dessa forma, enquanto a taxa de homicídios registrados era de 6,4 para cada 100 mil habitantes, a estimada naquele ano era de 11,2.

“Com isso, o estado de São Paulo deixa de ser a UF menos violenta da nação, passando para a segunda posição, atrás de Santa Catarina [9 estimados por 100 mil habitantes]”, frisa o documento.




Fonte: Agência Brasil

Jovem de 23 anos é assassinado a facadas no Jardim Universitário, em Rancharia




Sepultamento está previsto para às 13h, no Cemitério Municipal. Lorran Braz da Silva, de 23 anos, de Rancharia (SP)
Redes sociais
Um rapaz, de 23 anos, foi assassinado a facadas, neste domingo (11), no Jardim Universitário, em Rancharia (SP).
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A vítima, identificada como Lorran Braz da Silva, de acordo com a Guarda Municipal, chegou a ser socorrida e levada ao Hospital e Maternidade de Rancharia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.
Conforme a Guarda Municipal, teria ocorrido um desentendimento entre a vítima e o ex-namorado de sua companheira, e, após que tudo se acalmou, o suspeito teria voltado e o golpeado com duas facadas.
O envolvido, de 28 anos, foi localizado e preso em flagrante.
O corpo está sendo velado no Memorial Interplan, em Rancharia, e o sepultamento está previsto para esta segunda-feira (12), às 13h, no Cemitério Municipal.

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Fonte: G1

Dupla de bolivianos é presa com 13kg de cocaína na Rodovia Raposo Tavares, em Presidente Prudente




Droga e dois aparelhos celulares foram apreendidos. Dupla de bolivianos foi presa em Presidente Prudente (SP)
Polícia Rodoviária
Um homem, de 22 anos, e uma mulher, de 27 anos, foram presos, neste domingo (11), no km 561,500 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Presidente Prudente (SP).
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De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, uma equipe abordou um ônibus de linha intertadual com 21 passageiros.
Durante a vistoria, foram localizados 12 tabletes de cocaína em fundos falsos nas poltronas, com peso total de 13 quilos do entorpecente.
Os envolvidos, de nacionalidade boliviana, foram presos em flagrante e ficaram à disposição da Justiça.
A droga e dois aparelhos celulares foram apreendidos.
Ainda conforme a Polícia Rodoviária, os suspeitos não possuem antecedentes criminais.

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Fonte: G1

cobertura internacional busca contrapontos e contextos


A mídia pública brasileira, que inclui a Agência Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), deve contribuir como contraponto à visão dominante na cobertura jornalística das principais agências internacionais de notícias, que acaba sendo reproduzida pela mídia empresarial do Brasil. 

A avaliação é de professores e especialistas em comunicação que avaliaram a importância da Agência Brasil na cobertura internacional em meio ao aumento das tensões geopolíticas no mundo.

A principal agência pública de notícias do país completou 35 anos no último dia 10 de maio.   


Brasília (DF) 09/05/2025 - 
Professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) que pesquisa agências de notícias internacionais, André Buonani Pasti. Foto Arquivo pessoal
Brasília (DF) 09/05/2025 - 
Professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) que pesquisa agências de notícias internacionais, André Buonani Pasti. Foto Arquivo pessoal

Professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) André Buonani Pasti. Foto: André Buonani Pas/Arquivo pessoal

Para os analistas, o papel da mídia pública nacional é reportar os acontecimentos globais sob o ponto de vista do Brasil enquanto um país da periferia do sistema global, também chamado de Sul Global.

O gerente executivo da Agência Brasil, Fernando Rosa, destaca que o veículo busca apresentar ao leitor os contextos dos principais fatos e acontecimentos internacionais para contribuir com uma melhor compreensão do mundo em um momento de grandes transformações geopolíticas.

“Nossa cobertura procura apresentar contextos e pontos de vistas que, muitas vezes, tem pouco destaque na mídia mais tradicional em um esforço de aumentar o leque de informações para a sociedade brasileira sobre um mundo em profunda mudança”, comentou.

Um exemplo foi o esforço de contextualização da guerra na Faixa de Guerra, com matérias sobre o sionismo, a Nakba, os acordos de Oslo e o Hamas. Ele cita ainda a cobertura de importantes eventos como o Brics, o G20 e a COP, no Azerbaijão. “O conflito atual em Gaza começou há mais 75 anos e é importante conhecer suas raízes e desdobramentos para uma compreensão mais profunda do que acontece na região”, completou Rosa.

O professor André Buonani Pasti, que pesquisa agências de notícias internacionais, ressalta que as principais empresas jornalísticas do mundo mantêm vínculos com os Estados a que pertencem.

“A gente está falando de interesses geopolíticos vinculados aos Estados a quais essas empresas pertencem. Esses empresários são mobilizados nos momentos de contexto político tenso que movimentam o cenário internacional e estão conectados diretamente com alguns Estados-nação”, diz o professor da Universidade Federal do ABC (UFABC).

Pasti cita, por exemplo, a cobertura “amplamente pró-Israel, no conflito Israel-Palestina, assim como uma cobertura quase de propaganda da Guerra da Ucrânia. Isso não ajuda a informar. É um problema”.

Essa avaliação é reforçada pelo jornalista brasileiro Matias M. Molina, em seu livro Os Melhores Jornais Do Mundo, no qual destaca o papel dos principais jornais dos Estados Unidos (EUA) – como o New York Times e o The Washington Post – no apoio às guerras do Vietnã e do Iraque. Segundo ele, esses periódicos reproduziram a visão oficial da Casa Branca, inclusive sustentando a falsa acusação de que o Iraque mantinha armas de destruição em massa.

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Jornalismo empresarial

O professor de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) José Arbex Junior avalia que a cobertura internacional da mídia empresarial do Brasil utiliza as “lentes” das principais agências estrangeiras de notícias, em especial, dos Estados Unidos e da Europa.

“Com essas lentes, eu, como brasileiro, estou olhando o mundo de uma forma completamente distorcida porque uso óculos que não servem para mim. O que eu, como brasileiro, tenho que entender sobre o mundo? Essa é a questão central colocada do ponto de vista de uma cobertura internacional”, destacou.


Brasília (DF) 09/05/2025 -  Professor de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e coordenador da Rede de Investigadores em Comunicação Internacional (RICI). Ivan Bomfim. Crédito: Arquivo Pessoal
Brasília (DF) 09/05/2025 -  Professor de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e coordenador da Rede de Investigadores em Comunicação Internacional (RICI). Ivan Bomfim. Crédito: Arquivo Pessoal

Professor de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Ivan Bomfim. Foto: Ivan Bomfim​/Arquivo pessoal

O professor de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Ivan Bomfim destacou que o jornalismo não é neutro e que ele vem carregado de valores construídos a partir de compreensões de mundo das empresas que o patrocinam.

“Nossa visão do mundo acaba sendo moldada pela mídia empresarial a partir do que vem das agências estrangeiras. É claro que esse material é retrabalhado nas empresas brasileiras. Só que esse conteúdo informativo é retrabalhado a partir de interesses econômicos e políticos”, destacou o também coordenador da Rede de Investigadores em Comunicação Internacional (RICI).

Segundo o professor José Arbex, a mídia empresarial do Brasil está comprometida com interesses de corporações econômicas e financeiras internacionais, o que influencia sua cobertura.

“O interesse dessa grande mídia está voltado para essas grandes corporações, que são empresas com as quais a Rede Globo, para citar um exemplo, mantém relações comerciais, financeiras, políticas e ideológicas. É em cima dessas relações que ela vai fazer a cobertura”, disse.

Jornalismo público


Entenda a origem do Hamas, grupo islâmico palestino que controla Gaza. Jornalista José Arbex. Foto: Flickr/Damião A. Francisco
Entenda a origem do Hamas, grupo islâmico palestino que controla Gaza. Jornalista José Arbex. Foto: Flickr/Damião A. Francisco

Professor de Jornalismo José Arbex. Foto: Damião A. Francisco/Divulgação

Para o professor de jornalismo José Arbex, a mídia pública tem condições de fazer uma cobertura diferente por não estar vinculada diretamente a interesses econômicos e estrangeiros.

“A mídia pública, exatamente porque ela não está comprometida com nenhuma grande empresa, tem muito mais independência e capacidade para fazer coberturas que não interessam do ponto de vista empresarial, mas que têm um grande interesse do ponto de vista nacional e popular”, comentou.

Segundo ele, a mídia pública tem condições, por exemplo, de apresentar o conflito de Gaza como um massacre perpetrado por Israel e uma limpeza étnica contra o povo palestino. “Os grandes veículos empresariais não reconhecem o genocídio na Palestina”, diz.

Para o especialista, é importante ter uma visão brasileira do cenário internacional, o que “não é a mesma cobertura que o europeu vai ter, nem a mesma cobertura de um veículo estadunidense”.

O fato de os demais veículos do Brasil, em especial os jornais locais, poderem reproduzir, gratuitamente, o conteúdo jornalístico da mídia pública reforça o papel central de uma cobertura internacional diferenciada, avalia o pesquisador da UFABC André Pasti.

“O essencial seria ter um bom investimento em uma agência pública forte para cobertura internacional conectada com redes de agências do Sul do mundo que tivessem esse contraponto em relação às agências estrangeiras”, acrescentou.

Em 2023, a EBC fechou acordo para parceria com Agência de Notícias Xinhua, da China, para troca de conteúdo, além de ter acordo com a China Média Group e a TeleSur, da Venezuela. Há ainda negociações para acordos com mídias de Angola.


U.S. President Donald Trump gestures, ahead of delivering remarks on tariffs, in the Rose Garden at the White House in Washington, D.C., U.S., April 2, 2025. REUTERS/Leah Millis     TPX IMAGES OF THE DAY
U.S. President Donald Trump gestures, ahead of delivering remarks on tariffs, in the Rose Garden at the White House in Washington, D.C., U.S., April 2, 2025. REUTERS/Leah Millis     TPX IMAGES OF THE DAY

Especialistas avaliamo cobertura jornalística do governo do presidente Donald Trump REUTERS/Leah Millis /Proibida reprodução

Trump

O professor de jornalismo José Arbex citou, como exemplo de cobertura jornalística, o novo governo de Donald Trump, que tem ameaçado anexar o canal do Panamá, o Canadá, a Groenlândia, além de defender a expulsão dos palestinos da Faixa de Gaza.

“O que isso significa para o Brasil? Como eu, brasileiro, devo conduzir ou apoiar as medidas de política externa do país nesse contexto? Nossas alternativas, para isso, são o Mercosul, os Brics, temos como fazer parceria com a China, que quer fazer a Nova Rota da Seda”, afirmou.

O professor da UEPG Ivan Bomfim argumentou que, do ponto de vista do Brasil, como uma potência média sem grande poder militar e tecnológico, é mais interessante defender regras internacionais que sejam respeitadas por todos, e não que o mais forte prevaleça no cenário global, como tenta impor o presidente Trump.

“Quando a gente deixa essa compreensão de lado e passa a reproduzir que um país, por ser mais forte, pode se impor sobre os outros, estamos abrindo mão de uma visão que é de nosso interesse”, disse.

Controle social

A possibilidade de a sociedade exercer alguma influência sobre a cobertura jornalística é, para o professor UFABC André Buonani Pasti, uma das principais diferenças entre a mídia pública e a empresarial.

“Uma mídia pública implica abrir o debate para participação da sociedade sobre os rumos da cobertura jornalística. Isso é fundamental. A diferença entre a mídia pública e a privada é essa possibilidade de ter algum nível de controle social sobre o debate”, destacou.

Segundo o especialista, o controle é no sentido de poder acompanhar, opinar e contribuir com a cobertura jornalística, a exemplo do que ocorria por meio do extinto Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), empresa da qual a Agência Brasil faz parte, junto com a TV Brasil e as rádios EBC, como a Rádio Nacional.

Em 2016, o presidente Michel Temer extinguiu o Conselho Curador com representantes da sociedade que opinavam, emitiam recomendações e faziam exigências à direção da EBC. No lugar, foi criado um Comitê Editorial que nunca foi instalado.

Em 2024, a EBC criou o Comitê de Participação Social e elegeu os representantes da sociedade. O novo colegiado e o Comitê Editorial aguardam a nomeação dos conselheiros pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República.

*Matéria atualizada às 13h53




Fonte: Agência Brasil

Agência pública deve ser contraponto a jornalismo de mídia estrangeira


A mídia pública brasileira, que inclui a Agência Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), deve contribuir como contraponto à visão dominante na cobertura jornalística das principais agências internacionais de notícias, que acaba sendo reproduzida pela mídia empresarial do Brasil. 

A avaliação é de professores e especialistas em comunicação que avaliaram a importância da Agência Brasil na cobertura internacional em meio ao aumento das tensões geopolíticas no mundo.

A principal agência pública de notícias do país completou 35 anos no último dia 10 de maio.   


Brasília (DF) 09/05/2025 - 
Professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) que pesquisa agências de notícias internacionais, André Buonani Pasti. Foto Arquivo pessoal
Brasília (DF) 09/05/2025 - 
Professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) que pesquisa agências de notícias internacionais, André Buonani Pasti. Foto Arquivo pessoal

Professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) André Buonani Pasti Foto Arquivo pessoal

Para os analistas, o papel da mídia pública nacional é reportar os acontecimentos globais sob o ponto de vista do Brasil enquanto um país da periferia do sistema global, também chamado de Sul Global.

O professor André Buonani Pasti, que pesquisa agências de notícias internacionais, ressalta que as principais empresas jornalísticas do mundo mantêm vínculos com os Estados a que pertencem.

“A gente está falando de interesses geopolíticos vinculados aos Estados a quais essas empresas pertencem. Esses empresários são mobilizados nos momentos de contexto político tenso que movimentam o cenário internacional e estão conectados diretamente com alguns Estados-nação”, diz o professor da Universidade Federal do ABC (UFABC).

Pasti cita, por exemplo, a cobertura “amplamente pró-Israel, no conflito Israel-Palestina, assim como uma cobertura quase de propaganda da Guerra da Ucrânia. Isso não ajuda a informar. É um problema”.

Essa avaliação é reforçada pelo jornalista brasileiro Matias M. Molina, em seu livro Os Melhores Jornais Do Mundo, no qual destaca o papel dos principais jornais dos Estados Unidos (EUA) – como o New York Times e o The Washington Post – no apoio às guerras do Vietnã e do Iraque. Segundo ele, esses periódicos reproduziram a visão oficial da Casa Branca, inclusive sustentando a falsa acusação de que o Iraque mantinha armas de destruição em massa.

Jornalismo empresarial

O professor de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) José Arbex Junior avalia que a cobertura internacional da mídia empresarial do Brasil utiliza as “lentes” das principais agências estrangeiras de notícias, em especial, dos Estados Unidos e da Europa.

“Com essas lentes, eu, como brasileiro, estou olhando o mundo de uma forma completamente distorcida porque uso óculos que não servem para mim. O que eu, como brasileiro, tenho que entender sobre o mundo? Essa é a questão central colocada do ponto de vista de uma cobertura internacional”, destacou.


Brasília (DF) 09/05/2025 -  Professor de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e coordenador da Rede de Investigadores em Comunicação Internacional (RICI). Ivan Bomfim. Crédito: Arquivo Pessoal
Brasília (DF) 09/05/2025 -  Professor de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e coordenador da Rede de Investigadores em Comunicação Internacional (RICI). Ivan Bomfim. Crédito: Arquivo Pessoal

Professor de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Ivan Bomfim. Foto: Arquivo pessoal

O professor de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Ivan Bomfim destacou que o jornalismo não é neutro e que ele vem carregado de valores construídos a partir de compreensões de mundo das empresas que o patrocinam.

“Nossa visão do mundo acaba sendo moldada pela mídia empresarial a partir do que vem das agências estrangeiras. É claro que esse material é retrabalhado nas empresas brasileiras. Só que esse conteúdo informativo é retrabalhado a partir de interesses econômicos e políticos”, destacou o também coordenador da Rede de Investigadores em Comunicação Internacional (RICI).

Segundo o professor José Arbex, a mídia empresarial do Brasil está comprometida com interesses de corporações econômicas e financeiras internacionais, o que influencia sua cobertura.

“O interesse dessa grande mídia está voltado para essas grandes corporações, que são empresas com as quais a Rede Globo, para citar um exemplo, mantém relações comerciais, financeiras, políticas e ideológicas. É em cima dessas relações que ela vai fazer a cobertura”, disse.

Jornalismo público


Entenda a origem do Hamas, grupo islâmico palestino que controla Gaza. Jornalista José Arbex. Foto: Flickr/Damião A. Francisco
Entenda a origem do Hamas, grupo islâmico palestino que controla Gaza. Jornalista José Arbex. Foto: Flickr/Damião A. Francisco

Professor de Jornalismo José Arbex. Foto: Flickr/Damião A. Francisco

Para o professor de jornalismo José Arbex, a mídia pública tem condições de fazer uma cobertura diferente por não estar vinculada diretamente a interesses econômicos e estrangeiros.

“A mídia pública, exatamente porque ela não está comprometida com nenhuma grande empresa, tem muito mais independência e capacidade para fazer coberturas que não interessam do ponto de vista empresarial, mas que têm um grande interesse do ponto de vista nacional e popular”, comentou.

Segundo ele, a mídia pública tem condições, por exemplo, de apresentar o conflito de Gaza como um massacre perpetrado por Israel e uma limpeza étnica contra o povo palestino. “Os grandes veículos empresariais não reconhecem o genocídio na Palestina”, diz.

Para o especialista, é importante ter uma visão brasileira do cenário internacional, o que “não é a mesma cobertura que o europeu vai ter, nem a mesma cobertura de um veículo estadunidense”.

O fato de os demais veículos do Brasil, em especial os jornais locais, poderem reproduzir, gratuitamente, o conteúdo jornalístico da mídia pública reforça o papel central de uma cobertura internacional diferenciada, avalia o pesquisador da UFABC André Pasti.

“O essencial seria ter um bom investimento em uma agência pública forte para cobertura internacional conectada com redes de agências do Sul do mundo que tivessem esse contraponto em relação às agências estrangeiras”, acrescentou.

Em 2023, a EBC fechou acordo para parceria com Agência de Notícias Xinhua, da China, para troca de conteúdo, além de ter acordo com a China Média Group e a TeleSur, da Venezuela. Há ainda negociações para acordos com mídias de Angola.


U.S. President Donald Trump gestures, ahead of delivering remarks on tariffs, in the Rose Garden at the White House in Washington, D.C., U.S., April 2, 2025. REUTERS/Leah Millis     TPX IMAGES OF THE DAY
U.S. President Donald Trump gestures, ahead of delivering remarks on tariffs, in the Rose Garden at the White House in Washington, D.C., U.S., April 2, 2025. REUTERS/Leah Millis     TPX IMAGES OF THE DAY

Especialistas avaliamo cobertura jornalística do governo do presidente Donald Trump REUTERS/Leah Millis /Proibida reprodução

Trump

O professor de jornalismo José Arbex citou, como exemplo de cobertura jornalística, o novo governo de Donald Trump, que tem ameaçado anexar o canal do Panamá, o Canadá, a Groenlândia, além de defender a expulsão dos palestinos da Faixa de Gaza.

“O que isso significa para o Brasil? Como eu, brasileiro, devo conduzir ou apoiar as medidas de política externa do país nesse contexto? Nossas alternativas, para isso, são o Mercosul, os Brics, temos como fazer parceria com a China, que quer fazer a Nova Rota da Seda”, afirmou.

O professor da UFGD Ivan Bomfim argumentou que, do ponto de vista do Brasil, como uma potência média sem grande poder militar e tecnológico, é mais interessante defender regras internacionais que sejam respeitadas por todos, e não que o mais forte prevaleça no cenário global, como tenta impor o presidente Trump.

“Quando a gente deixa essa compreensão de lado e passa a reproduzir que um país, por ser mais forte, pode se impor sobre os outros, estamos abrindo mão de uma visão que é de nosso interesse”, disse.

Controle social

A possibilidade de a sociedade exercer alguma influência sobre a cobertura jornalística é, para o professor UFABC André Buonani Pasti, uma das principais diferenças entre a mídia pública e a empresarial.

“Uma mídia pública implica abrir o debate para participação da sociedade sobre os rumos da cobertura jornalística. Isso é fundamental. A diferença entre a mídia pública e a privada é essa possibilidade de ter algum nível de controle social sobre o debate”, destacou.

Segundo o especialista, o controle é no sentido de poder acompanhar, opinar e contribuir com a cobertura jornalística, a exemplo do que ocorria por meio do extinto Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), empresa da qual a Agência Brasil faz parte, junto com a TV Brasil e as rádios EBC, como a Rádio Nacional.

Em 2016, o presidente Michel Temer extinguiu o Conselho Curador com representantes da sociedade que opinavam, emitiam recomendações e faziam exigências à direção da EBC. No lugar, foi criado um Comitê Editorial que nunca foi instalado.

Em 2024, a EBC criou o Comitê de Participação Social e elegeu os representantes da sociedade. O novo colegiado e o Comitê Editorial aguardam a nomeação dos conselheiros pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República.




Fonte: Agência Brasil

Mídia pública deve se contrapor a jornalismo de agências estrangeiras


A mídia pública brasileira, que inclui a Agência Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), deve contribuir como contraponto à visão dominante na cobertura jornalística das principais agências internacionais de notícias, que acaba sendo reproduzida pela mídia empresarial do Brasil. 

A avaliação é de professores e especialistas em comunicação que avaliaram a importância da Agência Brasil na cobertura internacional em meio ao aumento das tensões geopolíticas no mundo.

A principal agência pública de notícias do país completou 35 anos no último dia 10 de maio.   


Brasília (DF) 09/05/2025 - 
Professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) que pesquisa agências de notícias internacionais, André Buonani Pasti. Foto Arquivo pessoal
Brasília (DF) 09/05/2025 - 
Professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) que pesquisa agências de notícias internacionais, André Buonani Pasti. Foto Arquivo pessoal

Professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) André Buonani Pasti Foto Arquivo pessoal

Para os analistas, o papel da mídia pública nacional é reportar os acontecimentos globais sob o ponto de vista do Brasil enquanto um país da periferia do sistema global, também chamado de Sul Global.

O professor André Buonani Pasti, que pesquisa agências de notícias internacionais, ressalta que as principais empresas jornalísticas do mundo mantêm vínculos com os Estados a que pertencem.

“A gente está falando de interesses geopolíticos vinculados aos Estados a quais essas empresas pertencem. Esses empresários são mobilizados nos momentos de contexto político tenso que movimentam o cenário internacional e estão conectados diretamente com alguns Estados-nação”, diz o professor da Universidade Federal do ABC (UFABC).

Pasti cita, por exemplo, a cobertura “amplamente pró-Israel, no conflito Israel-Palestina, assim como uma cobertura quase de propaganda da Guerra da Ucrânia. Isso não ajuda a informar. É um problema”.

Essa avaliação é reforçada pelo jornalista brasileiro Matias M. Molina, em seu livro Os Melhores Jornais Do Mundo, no qual destaca o papel dos principais jornais dos Estados Unidos (EUA) – como o New York Times e o The Washington Post – no apoio às guerras do Vietnã e do Iraque. Segundo ele, esses periódicos reproduziram a visão oficial da Casa Branca, inclusive sustentando a falsa acusação de que o Iraque mantinha armas de destruição em massa.

Jornalismo empresarial

O professor de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) José Arbex Junior avalia que a cobertura internacional da mídia empresarial do Brasil utiliza as “lentes” das principais agências estrangeiras de notícias, em especial, dos Estados Unidos e da Europa.

“Com essas lentes, eu, como brasileiro, estou olhando o mundo de uma forma completamente distorcida porque uso óculos que não servem para mim. O que eu, como brasileiro, tenho que entender sobre o mundo? Essa é a questão central colocada do ponto de vista de uma cobertura internacional”, destacou.


Brasília (DF) 09/05/2025 -  Professor de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e coordenador da Rede de Investigadores em Comunicação Internacional (RICI). Ivan Bomfim. Crédito: Arquivo Pessoal
Brasília (DF) 09/05/2025 -  Professor de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e coordenador da Rede de Investigadores em Comunicação Internacional (RICI). Ivan Bomfim. Crédito: Arquivo Pessoal

Professor de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Ivan Bomfim. Foto: Arquivo pessoal

O professor de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Ivan Bomfim destacou que o jornalismo não é neutro e que ele vem carregado de valores construídos a partir de compreensões de mundo das empresas que o patrocinam.

“Nossa visão do mundo acaba sendo moldada pela mídia empresarial a partir do que vem das agências estrangeiras. É claro que esse material é retrabalhado nas empresas brasileiras. Só que esse conteúdo informativo é retrabalhado a partir de interesses econômicos e políticos”, destacou o também coordenador da Rede de Investigadores em Comunicação Internacional (RICI).

Segundo o professor José Arbex, a mídia empresarial do Brasil está comprometida com interesses de corporações econômicas e financeiras internacionais, o que influencia sua cobertura.

“O interesse dessa grande mídia está voltado para essas grandes corporações, que são empresas com as quais a Rede Globo, para citar um exemplo, mantém relações comerciais, financeiras, políticas e ideológicas. É em cima dessas relações que ela vai fazer a cobertura”, disse.

Jornalismo público


Entenda a origem do Hamas, grupo islâmico palestino que controla Gaza. Jornalista José Arbex. Foto: Flickr/Damião A. Francisco
Entenda a origem do Hamas, grupo islâmico palestino que controla Gaza. Jornalista José Arbex. Foto: Flickr/Damião A. Francisco

Professor de Jornalismo José Arbex. Foto: Flickr/Damião A. Francisco

Para o professor de jornalismo José Arbex, a mídia pública tem condições de fazer uma cobertura diferente por não estar vinculada diretamente a interesses econômicos e estrangeiros.

“A mídia pública, exatamente porque ela não está comprometida com nenhuma grande empresa, tem muito mais independência e capacidade para fazer coberturas que não interessam do ponto de vista empresarial, mas que têm um grande interesse do ponto de vista nacional e popular”, comentou.

Segundo ele, a mídia pública tem condições, por exemplo, de apresentar o conflito de Gaza como um massacre perpetrado por Israel e uma limpeza étnica contra o povo palestino. “Os grandes veículos empresariais não reconhecem o genocídio na Palestina”, diz.

Para o especialista, é importante ter uma visão brasileira do cenário internacional, o que “não é a mesma cobertura que o europeu vai ter, nem a mesma cobertura de um veículo estadunidense”.

O fato de os demais veículos do Brasil, em especial os jornais locais, poderem reproduzir, gratuitamente, o conteúdo jornalístico da mídia pública reforça o papel central de uma cobertura internacional diferenciada, avalia o pesquisador da UFABC André Pasti.

“O essencial seria ter um bom investimento em uma agência pública forte para cobertura internacional conectada com redes de agências do Sul do mundo que tivessem esse contraponto em relação às agências estrangeiras”, acrescentou.

Em 2023, a EBC fechou acordo para parceria com Agência de Notícias Xinhua, da China, para troca de conteúdo, além de ter acordo com a China Média Group e a TeleSur, da Venezuela. Há ainda negociações para acordos com mídias de Angola.


U.S. President Donald Trump gestures, ahead of delivering remarks on tariffs, in the Rose Garden at the White House in Washington, D.C., U.S., April 2, 2025. REUTERS/Leah Millis     TPX IMAGES OF THE DAY
U.S. President Donald Trump gestures, ahead of delivering remarks on tariffs, in the Rose Garden at the White House in Washington, D.C., U.S., April 2, 2025. REUTERS/Leah Millis     TPX IMAGES OF THE DAY

Especialistas avaliamo cobertura jornalística do governo do presidente Donald Trump REUTERS/Leah Millis /Proibida reprodução

Trump

O professor de jornalismo José Arbex citou, como exemplo de cobertura jornalística, o novo governo de Donald Trump, que tem ameaçado anexar o canal do Panamá, o Canadá, a Groenlândia, além de defender a expulsão dos palestinos da Faixa de Gaza.

“O que isso significa para o Brasil? Como eu, brasileiro, devo conduzir ou apoiar as medidas de política externa do país nesse contexto? Nossas alternativas, para isso, são o Mercosul, os Brics, temos como fazer parceria com a China, que quer fazer a Nova Rota da Seda”, afirmou.

O professor da UFGD Ivan Bomfim argumentou que, do ponto de vista do Brasil, como uma potência média sem grande poder militar e tecnológico, é mais interessante defender regras internacionais que sejam respeitadas por todos, e não que o mais forte prevaleça no cenário global, como tenta impor o presidente Trump.

“Quando a gente deixa essa compreensão de lado e passa a reproduzir que um país, por ser mais forte, pode se impor sobre os outros, estamos abrindo mão de uma visão que é de nosso interesse”, disse.

Controle social

A possibilidade de a sociedade exercer alguma influência sobre a cobertura jornalística é, para o professor UFABC André Buonani Pasti, uma das principais diferenças entre a mídia pública e a empresarial.

“Uma mídia pública implica abrir o debate para participação da sociedade sobre os rumos da cobertura jornalística. Isso é fundamental. A diferença entre a mídia pública e a privada é essa possibilidade de ter algum nível de controle social sobre o debate”, destacou.

Segundo o especialista, o controle é no sentido de poder acompanhar, opinar e contribuir com a cobertura jornalística, a exemplo do que ocorria por meio do extinto Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), empresa da qual a Agência Brasil faz parte, junto com a TV Brasil e as rádios EBC, como a Rádio Nacional.

Em 2016, o presidente Michel Temer extinguiu o Conselho Curador com representantes da sociedade que opinavam, emitiam recomendações e faziam exigências à direção da EBC. No lugar, foi criado um Comitê Editorial que nunca foi instalado.

Em 2024, a EBC criou o Comitê de Participação Social e elegeu os representantes da sociedade. O novo colegiado e o Comitê Editorial aguardam a nomeação dos conselheiros pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República.




Fonte: Agência Brasil

Seis pessoas ficam feridas em colisão transversal na Rodovia Homero Severo Lins, em Martinópolis; três são crianças




Acidente ocorreu no km 548,030 e envolveu dois carros na manhã deste domingo (11). Seis pessoas ficaram feridas após colisão transversal em Martinópolis (SP)
Polícia Militar Rodoviária
Seis pessoas ficaram feridas em um acidente no km 548,030, na Rodovia Homero Severo Lins (SP-284), na manhã deste domingo (11), em Martinópolis (SP).
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De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, no local do acidente, a equipe constatou que um carro pretendia realizar um cruzamento em nível pelo trevo da cidade e não observou que outro automóvel seguia pela rodovia sentido oeste, momento em que houve uma colisão transversal.
O primeiro veículo era ocupado pelo motorista, uma mulher, duas crianças — de três e sete anos — e um bebê de 11 meses. As cinco pessoas ficaram gravemente feridas. As crianças estavam sem dispositivos de retenção.
O motorista do segundo carro sofreu ferimentos leves.
Ambos condutores realizaram o teste do etilômetro, que resultou na quantia de 0,00 mg/l de álcool por litro de ar alveolar.
A rodovia ficou parcialmente interditada no momento do acidente, mas logo foi desobstruída para evitar novas ocorrências.
O local foi periciado.
Seis pessoas ficaram feridas após colisão transversal em Martinópolis (SP)
Polícia Militar Rodoviária

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Fonte: G1

Ao transportar carga ilegal avaliada em mais de R$ 1 milhão, homem é preso por tráfico de drogas e contrabando em Teodoro Sampaio | Presidente Prudente e Região


Segundo a Polícia Militar, durante uma operação voltada ao combate ao tráfico de drogas e armas, a equipe abordou um caminhão e, na fiscalização da cabine do veículo, foram encontrados diversos eletrônicos, perfumes, medicamentos anabolizantes e uma caixa com 50 munições calibre 22 — todos produtos de origem paraguaia.




Fonte: G1

Conversa com o Autor tem edição especial de Dia das Mães


Neste Dia das Mães, o programa Conversa com o Autor, que a Rádio MEC leva ao ar daqui a pouco, ouve a escritora Nina Rizzi sobre seu livro A melhor mãe do mundo, que recebeu os selos Distinção Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio e Caminhos de Leitura Brasil, e que, segundo a revista Crescer, foi selecionado entre os 30 melhores livros infantis de 2023. 

No programa, Nina Rizzi fala sobre a força da maternidade no imaginário das crianças e diz que é fundamental que as mães lerem para os filhos e que os pais tenham tempo para contar histórias. Em uma conversa franca e direta com a anfitriã Katy Navarro, a escritora apresenta aos ouvintes suas lembranças, afetos e amor aos livros.

Além de escritora, Nina Rizzi é tradutora, pesquisadora, professora, editora e curadora, com poemas, ensaios e traduções publicados em diversas revistas, jornais, suplementos e antologias. Entre suas publicações, destacam-se Elza: A Voz do Milênio; Caderno Goiabada de Prosa e Poesia; Sereia no Copo d’Água; Quando Vieres Ver um Banzo Cor de Fogo; Geografia dos Ossos; A Duração do Deserto; e Tambores pra N’Zinga. Os títulos abrangem prosa, poesia e ensaios.

No Conversa com o Autor deste domingo (11), Nina fala também de poesia e do livro mais recente, Diáspora Não É Lar, em que aborda questões de racismo. Na obra, a autora rememora em poemas episódios de racismo sofridos na infância, na juventude e na vida adulta, do ambiente escolar às casas-grandes em que a mãe trabalhava, até a culpa preconcebida que, segundo ela, recai sobre os corpos negros. 

O programa

Apresentado por Katy Navarro e com produção de Rafael Tavares, o programa Conversa com o Autor tem o objetivo de divulgar a literatura brasileira e incentivar a leitura. A atração semanal da Rádio MEC recebe escritores para entrevistas sobre sua obra e assuntos variados do mundo dos livros.

São quase 30 minutos de papo descontraído e repleto de conteúdo em que autores nacionais ficam à vontade para falar sobre seus trabalhos. As conversas abordam lançamentos, títulos, curiosidades, processo criativo, sugestões de obras, leituras e as diversas narrativas literárias dos autores brasileiros.

Lançada em 2013, a produção tem todos episódios da nova temporada disponíveis em formato de videocast no canal da Rádio MEC no YouTube. 

Rádio MEC

Conhecida de norte a sul do como a emissora da música clássica do Brasil, a Rádio MEC é consagrada pelo público por sua vocação direcionada à música erudita. A tradicional estação dedica 80% de sua programação à música clássica e leva ao ar compositores brasileiros e internacionais de todos os tempos.

A Rádio MEC oferece aos ouvintes a experiência de acompanhar repertórios segmentados, composições originais e produções qualificadas.Há espaço também para faixas de jazz e música popular brasileira, combinação que garante a conquista de novos públicos e agrada a audiência cativa.

A emissora pode ser sintonizada pela frequência FM 99,3 MHz e AM 800 kHz no Rio de Janeiro. O dial da Rádio MEC em Brasília está em FM 87,1 MHz e AM 800 kHz. O público também acompanha a programação em Belo Horizonte na frequência FM 87,1 MHz. O conteúdo ainda é veiculado no app Rádios EBC. 

Os ouvintes têm participação garantida e podem colaborar com sugestões para a programação da Rádio MEC. O público pode interagir pelas redes sociais e pelo WhatsApp. Para isso, basta que os interessados enviem mensagens de texto para o número (21) 99710-0537. 




Fonte: Agência Brasil

Homem é preso por furtar produtos de estabelecimento e fugir com itens dentro de cesta da própria loja em Osvaldo Cruz




Vítima informou que, após pegar a mercadoria, o suspeito correu em direção à linha férrea. Homem foi preso por furtar produtos em Osvaldo Cruz (SP)
Polícia Militar
Um homem foi preso por furtar produtos de um estabelecimento comercial nesta sexta-feira (9), em Osvaldo Cruz (SP). A ocorrência foi divulgada neste sábado (10).
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Conforme a Polícia Militar, o proprietário de uma loja acionou a equipe informando que um homem havia furtado seu estabelecimento e levado diversos produtos dentro de uma cesta azul da própria loja. A vítima informou que, após pegar os itens, o suspeito correu em direção à linha férrea.
A polícia iniciou diligências e avistou o homem com características semelhantes às informadas pela vítima caminhando pela linha férrea com uma mochila e uma cesta plástica azul.
Ao avistar a viatura, o suspeito jogou a cesta e saiu correndo com a mochila, subindo um barranco sentido a Rua Califórnia. Ele foi abordado mais à frente.
Em vistoria pela região de mato na linha férrea foram localizados alguns objetos do furto. A maior parte dos itens estava dentro da mochila do suspeito, que foi dispensada por ele atrás de um veículo enquanto o homem tentava se esconder da equipe.
Os produtos furtados totalizaram um pacote de bolachas, uma cesta plástica, um litro de achocolatado, uma vasilha plástica, uma caixa de cereal e cinco barras grandes de chocolate.
Os itens continham etiqueta de preço e foram reconhecidos pelo proprietário da loja.
Diante dos fatos foi dada voz de prisão em flagrante delito ao homem e ele foi conduzido ao Plantão de Polícia Judiciária de Adamantina (SP).
Os produtos foram devolvidos ao proprietário.

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Fonte: G1