Governador gaúcho pede que populações deixem áreas de risco 


A previsão de meteorologistas de que pode chover, em partes do Rio Grande do Sul, nas próximas 12 horas, o equivalente ao volume esperado para todo um mês, levou o governador Eduardo Leite a fazer novo alerta para que as pessoas deixem as áreas de risco e procurem abrigo em locais seguros.

“Estamos pedindo: saiam das áreas de risco. É por apenas uma noite. Amanhã [29] à tarde, esperamos ter uma volta à normalidade”, declarou Leite, assegurando que, com o apoio do governo estadual, as prefeituras montaram e adequaram abrigos para receber as pessoas que não tiverem para onde ir.

Segundo o governador, em algumas regiões, como as da Serra e dos Vales, são esperados entre 100 milímetros e 130 milímetros de chuva em apenas 12 horas, a partir do fim da tarde de hoje (28).

“É muita chuva. É a chuva de um mês inteiro em apenas 12 horas, o que gera muitos riscos”, comentou Leite, destacando que, em virtude das chuvas das últimas semanas, o solo já se encontra encharcado, o que aumenta o risco de deslizamentos. Além disso, com a volta de precipitações intensas, rios como o Jacuí tendem a transbordar, provocando alagamentos.

“Cento e trinta milímetros em 12 horas pode parecer menos do que já enfrentamos, mas sobre um solo já encharcado, é um fator crítico. Isso gera saturação e pode provocar a movimentação de massa [solo], o que é nossa maior preocupação, mais do que com as inundações”, continuou Leite, que na manhã de hoje visitou as cidades de Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado, na região da Serra, onde coordenou reunião com representantes municipais e de órgãos de defesa estaduais.

A jornalistas, Leite garantiu que, no momento, o trabalho das equipes estaduais e municipais está focado em ações preventivas. O governador também assegurou que, após a tragédia das chuvas de maio de 2024, o poder público está mais bem equipado e preparado para lidar com as consequências de situações climáticas extremas.

“O foco da nossa atuação, agora, é remover as famílias de situações de risco, das beiras de rios, de encostas, evitar a circulação em rodovias que poderão ser atingidas, mas precisamos muito da colaboração das pessoas”, finalizou Leite, pedindo que as pessoas procurem se manter informadas da situação em suas cidades por meio das redes sociais oficiais dos órgãos estaduais e municipais.




Fonte: Agência Brasil

Defesa Civil no Sul pede a desalojados que não voltem às suas casas


A previsão de que chuvas fortes voltem a atingir parte do Rio Grande do Sul neste fim de semana motivou a Defesa Civil de Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, a pedir às pessoas desalojadas pelas chuvas das últimas semanas que não retornem a suas casas nos próximos dias.

“Por segurança, achamos prudente pedir para as pessoas permanecerem onde estão”, disse à Agência Brasil o secretário municipal da Reconstrução, Resiliência Climática e Defesa Civil, Mário Rocha, explicando que o nível dos rios que banham a cidade vinha baixando pouco a pouco nos últimos dias, mas como a chuva voltou a atingir regiões mais altas do estado, o volume de água que chega a Eldorado do Sul e ao Lago Guaíba começará a aumentar já a partir da tarde deste sábado (28).

“Desde ontem, voltou a chover em algumas regiões, como na Serra Gaúcha, a cerca de 100 quilômetros daqui. E a chuva sobre as áreas onde estão as cabeceiras de rios como o Taquari e o Jacuí [principal afluente do Lago Guaíba] acaba por nos afetar em Eldorado do Sul”, acrescentou o secretário, estimando que, na cidade, o “pico” da cheia dos cursos d´água deve ocorrer entre segunda (30) e terça-feira (1º).

“Os meteorologistas projetam um pouco mais de chuva do que as dos últimos dias. Com isso, o nível do Guaíba deve atingir uma cota maior. Se as pessoas retornarem às áreas de risco sabendo que o rio vai transbordar e causar uma situação igual ou pior à anterior, estarão não só se colocando em risco, como ameaçando atrapalhar toda a operação que montamos para garantir a integridade da população”, comentou Rocha, garantindo que toda a equipe municipal está de prontidão.

O novo alerta da Defesa Civil se aplica principalmente aos moradores de 11 bairros: Assentamento Irga; Chácara; Vila da Paz; Cidade Verde; Itaí; Sol Nascente; San Souci; Centro; Medianeira; Loteamento Popular e Picada. “Quem está fora, fique fora. Aguardem o resultado das próximas chuvas para avaliarmos a situação”, reforçou o secretário.

Até esta manhã, as chuvas que começaram no último dia 17 e só pararam no meio desta semana deixaram 5.361 pessoas desalojadas (ou seja, que tiveram que deixar suas residências e se alojar na casa de parentes, amigos, hotéis ou pensões) e 345 desabrigadas (quem teve que ir para o abrigo municipal).

“Desde o último dia 17, nos preparamos para um longo período de chuvas, o que acabou se confirmando. Todos os cenários apontam para [a hipótese de] um grande volume de chuvas [concentrado] em um pequeno espaço de tempo, mas nada comparável ao cenário de maio de 2024”, concluiu Rocha.




Fonte: Agência Brasil

Chat GPT pode impactar negativamente a aprendizagem, diz instituto


Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, alertam para os impactos negativos que a inteligência artificial (IA) pode ter sobre a capacidade de aprendizagem das pessoas, principalmente as mais jovens. As conclusões estão em paper divulgado este mês pelo MIT Media Lab.

O estudo investigou os impactos da utilização de LLM, sigla em inglês para grande modelo de linguagem. Trata-se de um tipo de inteligência artificial projetada para entender e gerar textos que se assemelham à linguagem humana. A LLM é usada em ferramentas como o Chat GPT e é o que possibilita verdadeiras conversas com a IA.

No paper, os pesquisadores mostram preocupação.

“Ao longo de quatro meses, os usuários do LLM apresentaram desempenho inferior consistentemente nos níveis neural, linguístico e comportamental. Esses resultados levantam preocupações sobre as implicações educacionais de longo prazo da dependência do LLM e ressaltam a necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre o papel da IA ​​na aprendizagem”.

O estudo contou com a participação de 54 pessoas que tiveram que escrever uma redação. Elas foram divididas em três grupos. O primeiro deles utilizou apenas o Chat GPT na escrita. O segundo usou somente ferramentas de busca, como o Google. Já o terceiro não pôde consultar nenhuma dessas fontes, ficando restrito aos próprios cérebros.

Para analisar a atividade cerebral de cada participante foram feitas eletroencefalografias (exame que registra a atividade elétrica do cérebro por meio de eletrodos colocados no couro cabeludo) e os ensaios escritos foram analisados tanto por professores humanos quanto por IAs voltadas para o Processamento de Linguagem Natural (PLN), ramo que se dedica a fazer com que IAs compreendam e manipulem a linguagem humana.

Na fase seguinte, 18 participantes trocaram de grupo. Aqueles que usaram apenas o Chat GPT passaram para o grupo que poderia usar apenas o próprio cérebro e aqueles que estavam nesse grupo, por sua vez, passaram para a utilização do Chat GPT.

As conclusões mostram, de acordo com os pesquisadores “diferenças significativas na conectividade cerebral”, diz o estudo. Os participantes que usaram apenas as próprias capacidades cognitivas exibiram redes fortes e mais distribuídas de atividade cerebral. Aqueles que usaram apenas mecanismos de busca apresentaram atividade moderada. Já os usuários do Chat GPT registraram conectividades cerebrais mais fracas.

Quando trocaram de grupo, aqueles que saíram do grupo do Chat GPT e tiveram que escrever uma redação sem ajuda externa, apresentaram conectividades cerebrais reduzidas. Aqueles que fizeram o caminho inverso “exibiram maior recuperação de memória e ativação das áreas occipito-parietal e pré-frontal [do cérebro], semelhante aos usuários de mecanismos de busca”, diz a pesquisa.

O estudo mostra ainda que aqueles que usaram o Chat GPT para escrever a redação têm baixa reinvindicação de autoria, ou seja, não se sentem autores plenos dos textos. Aqueles que usaram apenas as ferramentas de busca já têm forte senso de autoria, ainda que seja menor que aqueles que usaram apenas as próprias capacidades cognitivas, que são os que mais se sentem autores plenos. O último grupo também registrou maior habilidade de citar trechos do texto que tinha escrito há minutos antes.

“Como o impacto educacional do uso do LLM está apenas começando a se consolidar na população em geral, nesse estudo demonstramos a questão premente de provável diminuição nas habilidades de aprendizagem”, diz a pesquisa, que acrescenta: “Esperamos que esse estudo sirva como guia preliminar para a compreensão dos impactos cognitivos e práticos da IA ​​em ambientes de aprendizagem”.




Fonte: Agência Brasil

Polícia do Rio combate roubo de celulares


Para recuperar aparelhos celulares furtados ou roubados, a Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou, neste fim de semana, a Operação Rastreio. É para combater a cadeia criminosa que envolve a subtração e a receptação de celulares.

A partir de agora, usuários de aparelhos identificados ao longo das investigações da Polícia Civil serão intimados a entregar voluntariamente os dispositivos nas delegacias de todo o estado do Rio. O aviso será enviado por whatsapp a partir dos números institucionais das unidades policiais.

A Polícia Civil está contabilizando celulares entregues e encaminhando para a perícia técnica. O próximo passo será restitui-los aos legítimos proprietários. As investigações continuam para identificar as pessoas que não devolveram os celulares e indiciá-las por receptação. 

Quem não entregar o aparelho deve ser responsabilizado criminalmente por receptação. É fundamental que, caso a pessoa tenha qualquer impedimento para cumprir o prazo, faça contato com  uma delegacia, de preferência a mesma que enviou a mensagem, e explique a situação.

Cadeia criminosa

“O crime de receptação pode parecer inofensivo, mas é o que move toda a cadeia criminosa. Os roubos e furtos só ocorrem porque há quem pague por um celular. Esses aparelhos que estamos buscando recuperar podem ter custado vidas”, explicou o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

A devolução ocorrerá nas delegacias onde será formalizado o auto de entrega. Todos os celulares serão periciados e, posteriormente, restituídos aos legítimos proprietários. A iniciativa visa também beneficiar financeiramente as vítimas.

“Nunca compre um aparelho sem saber a procedência. Procure estabelecimentos de confiança, desconfie de preços abaixo dos praticados no mercado e sempre exija a nota fiscal”, frisou.

Desde o início da operação em maio deste ano, as ações coordenadas resultaram em mais de 800 aparelhos recuperados. Até agora, mais de 50 envolvidos na cadeia criminosa foram presos.




Fonte: Agência Brasil

PF prende, no Rio, homem que vendia remédios sem licença


A Polícia Federal (PF) realizou, no Rio de Janeiro, a operação Anabolic Express para reprimir práticas de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins medicinais ou terapêuticos, como anabolizantes.

Agentes da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz) cumpriram, nessa sexta-feira (27), um mandado de busca e apreensão na residência do investigado, na Barra da Tijuca.

Os policiais encontraram medicamentos e fármacos sem licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que resultou na prisão em flagrante do investigado, de 34 anos de idade. A identidade do preso ainda não foi informada. Um notebook e celulares do preso também foram apreendidos e passarão por perícia técnica criminal.

Flagrante

O preso foi encaminhado à Superintendência Regional da PF no Rio, onde assinou o auto de prisão em flagrante e, em seguida, foi encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça. Ele responderá pela prática do crime hediondo de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais.

As investigações tiveram início em novembro de 2021, após a apreensão de anabolizantes que eram transportados por um homem no estado do Espírito Santo.

A partir das apurações, foi constatado que ele fazia parte de uma organização criminosa responsável pela comercialização desses produtos por meio dos Correios, com distribuição em todo o território nacional.




Fonte: Agência Brasil

Big techs devem ter responsabilidade contra fake news, diz IFCN


Na batalha contra a disseminação de notícias falsas (ou fake news, com a popularização do termo em inglês), checadores de fatos passaram a assumir um papel central na validação de informações. São jornalistas que percorrem redes sociais em busca dos assuntos mais compartilhados e investigam a veracidade deles por meio de uma apuração profissional.

Nesta semana, o Rio de Janeiro recebeu o principal encontro de checadores de fatos do mundo: a 12ª edição do Global Fact. A organização foi do International Fact-Checking Network (IFCN), do Instituto Poynter, que se tornou uma das maiores lideranças sobre o assunto e inspirou iniciativas semelhantes pelo mundo. A conferência contou com cobertura especial da Agência Brasil e da EBC.

A reportagem da Agência Brasil ouviu a diretora do IFCN, Angie Drobnic Holan, ao final do evento, e conversou sobre os desafios atuais do combate à desinformação. Termo entendido não como simples fofoca ou mentiras espalhadas por indivíduos, mas como projeto político baseado em confusão e manipulação.

Angie Holan falou sobre a responsabilidade das big techs na circulação de fake news, o uso de inteligência artificial (AI), as dificuldades de acessar dados confiáveis em cenários de guerra e a necessidade de tornar as pessoas mais conscientes sobre a busca por fontes confiáveis de informação.

“As pessoas querem acesso a informações precisas. Querem liberdade para explorar novas ideias e ter opiniões fortes, mas não consigo pensar em ninguém que defenda ser enganado ou queira consumir informações falsas”, destacou a diretora durante a entrevista. “É aí que os checadores de fatos se posicionam, com seus princípios éticos”, frisou.

Agência Brasil: O que você colocaria como principais contribuições que o evento Global Fact trouxe para o jornalismo e os jornalistas aqui no Rio de Janeiro? Quais pontos destacaria?

Angie Holan: Eu acredito que o Global Fact ajuda a criar uma comunidade nossa. Nós nos encontramos pela primeira vez em Londres em 2014. E, ao longo dos anos, acumulamos ideias e apoios a partir das conferências. Hoje, trabalhamos sob um conjunto de códigos e princípios que norteiam a checagem de notícias. E isso começou a partir do Global Fact.

Não importa onde nos encontremos, nós conversamos sobre as melhores práticas, sobre os desafios e novas oportunidades. Procuramos meios de fazer o jornalismo de checagem acessível e compreensível. Também é um evento muito inspirador porque coloca em um mesmo lugar pessoas de diferentes países, com diferentes idiomas, mas com um foco comum de aprimorar nossa capacidade de documentar o nosso mundo de uma forma factualmente precisa. E eu me reabasteci com muita energia na conferência desse ano.

Agência Brasil: O encontro desse ano terminou com algum documento ou diretriz específica?

Angie Holan: Não um documento exatamente. Nós tivemos uma sessão final onde conversamos sobre nossos desafios e oportunidades em comum. Estamos todos preocupados sobre os usos da inteligência artificial e como ela vai afetar o ecossistema de informações. Ao mesmo tempo, muitos checadores de notícias já estão trabalhando com IA. Então, acredito que uma parte chave da conferência foi desenvolver em conjunto o nosso próprio entendimento sobre esses pontos.

Nós também estamos lidando com a redução de trabalhadores nas empresas de tecnologia, particularmente a Meta, que anteriormente administrava um programa de verificação de fatos nos Estados Unidos. Não está claro o que vai acontecer com os programas de checagem de notícias no resto do mundo. Então, estamos compartilhando algumas estratégias para lidar com essas incertezas e o que está por vir.

Agência Brasil: O trabalho das agências de checagem de notícias aqui no Brasil tem crescido nos últimos anos, com o surgimento de novos veículos e profissionais. Mas a impressão é de que as chamadas fake news (notícias falsas) ainda encontram muito espaço entre a população. Como podemos confrontar esse processo de desinformação liderado principalmente por agentes da extrema direita?

Angie Holan: Penso que a resposta para a desinformação precisa estar na sociedade inteira. Checadores de notícias são parte disso, mas acredito que os sistemas nacionais de educação também têm um papel fundamental. Da mesma forma, autoridades eleitas responsáveis ​​e candidatos a cargos públicos precisam assumir essa responsabilidade. Assim como a mídia tradicional e cada cidadão que consome notícias.

Precisamos de pessoas para valorizar e apoiar jornalismo baseado em fatos. Acredito que estamos em uma época desafiadora por causa das novas tecnologias. A internet, em muitos lugares, está amplamente desregulada. Por causa disso, nós estamos buscando formas de usar melhor as novas tecnologias e providenciar informações que tenham marcadores de autenticidade e credibilidade. E, claramente, ainda estamos no meio do processo. Não parece que estejamos, em nenhum lugar, próximos de terminar esse processo. Mas cada nova tecnologia vem com aprendizados para o ser humano saber como usá-la com de maneira responsável e apropriada.

Agência Brasil: Durante essa semana, tivemos um debate político e jurídico importante sobre a regulação das big techs no Brasil. Qual a sua opinião sobre a regulação global e a responsabilidade das big techs em permitir a circulação de notícias falsas?

Angie Holan: O IFCN não toma posições sobre projetos específicos legislativos ou políticos. Mas, filosoficamente, sentimos que as big techs, assim como quaisquer outras empresas, têm a responsabilidade de tentar promover informações precisas e não de promover desinformação ou mentiras intencionalmente.

Agora, acho que todas essas empresas vão apontar para os programas que elas têm, dizer que estão tomando medidas para dar aos seus usuários informações de alta qualidade, mas essas medidas são boas o suficiente? Cada país, cada sistema político e legal está debatendo isso da sua própria maneira. E talvez eles cheguem a diferentes conclusões. Quero dizer, certamente antes das empresas de tecnologia e mesmo antes da internet, países tinham diferentes abordagens sobre publicação e liberdade de expressão. Mas, tendo dito isso, nenhuma empresa está autorizada a fazer o que quiser, sem restrições. Acredito que os comentários que ouvi esta semana no Brasil falavam sobre isso.

Nossos convidados do Judiciário – Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes [ministros do Supremo Tribunal Federal] – falaram de forma muito eloquente sobre o direito das sociedades de regular as tecnologias.

Agência Brasil: Você concorda que o jornalismo perdeu o poder de distribuição de conteúdos e notícias para as redes sociais? Este poder está concentrado nas mãos das big techs agora? Se sim, como o jornalismo pode lidar com esse cenário?

Angie Holan: Essa é uma pergunta fascinante. Eu não acho que o jornalismo perdeu inteiramente o poder de distribuir informação, mas certamente está enfrentando desafios muito particulares nesse exato momento. Se você pensar na mídia tradicional, os jornais impressos antes da internet eram os principais distribuidores.

Essas funções de distribuição parecem ter sido transferidas para empresas de tecnologia, que insistem que não são jornalistas e não tomam medidas que os jornalistas tomam para fornecer informações precisas e de alta qualidade. Portanto, os poderes de distribuição do jornalismo certamente diminuíram. Porém, acredito que o jornalismo ainda tem força, porque suas práticas profissionais de apuração de notícias ainda são muito fortes. Muitos dos princípios éticos aos quais as organizações jornalísticas aderem ainda estão em vigor.

Talvez não todos, mas muitos deles. Estamos começando a ver mais discussões sobre a preocupação com a ética da informação entre criadores de conteúdo e startups de novas mídias. E acho que isso é ótimo. Em meu discurso de abertura da conferência, enfatizei que a verdade é um valor humano universal. As pessoas querem acesso a informações precisas.

E, sim, eles querem liberdade para explorar novas ideias e ter opiniões fortes, mas não consigo pensar em ninguém que seja a favor de ser enganado ou de querer consumir informações falsas. Portanto, é aí que os verificadores de fatos se posicionam, com seus princípios éticos: acreditamos que o público precisa de informações precisas e estamos fazendo o possível para fornecê-las.

Agência Brasil: Acompanhamos uma série de conflitos pelo mundo: Rússia e Ucrânia, Israel e Irã, e ataques na Palestina. Para citar apenas alguns deles. Para os jornalistas que cobrem esses conflitos e para os que trabalham na checagem de notícias, quais os caminhos possíveis para ter acesso a informações mais precisas? Digo isso porque os próprios países possuem estratégias para manipular e esconder determinadas informações.

Angie Holan: Conflitos de checagem de fatos, conflitos militares, são alguns dos trabalhos mais desafiadores que os verificadores de fatos realizam. Muitas coisas não podem ser comprovadas imediatamente. Elas precisam ser investigadas nos dias, semanas, até meses e anos que se desenrolam ao longo do tempo.

Esta é simplesmente a realidade da guerra. Mas, ao mesmo tempo, o público está ávido por informações para aprender sobre esses conflitos porque eles são tão sérios, porque inevitavelmente terminam em sofrimento humano e morte. Então, dadas essas pressões conflitantes, os verificadores de fatos fazem o melhor que podem. Certamente, sempre que há uma guerra, os relatos mais imediatos têm probabilidade maior de serem imprecisos ou distorcidos. E há todo tipo de pressão dos governos para fazer com que seus inimigos pareçam terríveis. Portanto, no geral, é um ambiente muito desafiador para a verificação de fatos, e ainda assim os verificadores de fatos precisam fazer o seu melhor. Eles precisam ver o que pode ser descoberto imediatamente e o que pode ser imediatamente descartado como mentira gerada por IA. Na maioria dos conflitos militares recentes, vemos pessoas desmascarando essas mentiras de maneira relativamente fácil, e nossos verificadores de fatos fazem o mesmo.

Agência Brasil: Você gostaria de acrescentar alguma reflexão sobre o evento desse ano?

Angie Holan: Eu acrescentaria que a razão pela qual viemos ao Brasil é porque temos quatro organizações parceiras de verificação de fatos muito fortes aqui [Aos Fatos, Estadão Verifica, Lupa e UOL Confere]. Elas vêm fazendo um trabalho muito bom há anos, sob pressões, às vezes enormes. E eu gostaria de pedir a todos os brasileiros que ainda não consultaram esses sites e canais de distribuição de verificação de fatos que os visitem e vejam o que eles pensam. Porque uma das marcas registradas da checagem de fatos é que fornecemos nossas fontes para que as pessoas possam pesquisar por si mesmas e verificar se é verdade ou não.




Fonte: Agência Brasil

Quina de São João: prêmio estimado aumenta para R$ 250 milhões


As cinco dezenas da 15ª edição da Quina de São João serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, em São Paulo, com transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e pelo Facebook das Loterias Caixa.

De acordo com a Loterias Caixa, devido ao alto volume de apostas registradas nos últimos dias, a estimativa de prêmio subiu R$ 250 milhões. É o maior prêmio já sorteado na história da modalidade.

Caso haja apenas um ganhador e ele aplique o valor integral do prêmio na poupança, receberá cerca de R$ 1,7 milhão de rendimento no primeiro mês.

As apostas podem ser feitas até as 18h (horário de Brasília), nas casas lotéricas de todo o país, no portal Loterias Caixa e no aplicativo Loterias Caixa. O valor da aposta simples, com cinco números marcados, custa R$ 2,50.

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Prêmio não acumula

Como em todos os concursos especiais das Loterias Caixa, o prêmio da Quina de São João também não acumula: caso ninguém acerte os cinco números, o valor será dividido entre os acertadores da faixa seguinte, conforme as regras modalidade.





Fonte: Agência Brasil

Entenda novas regras sobre traslado de brasileiros mortos no exterior


A concessão do traslado de corpos de brasileiros falecidos no exterior, sem custo para os familiares, obedecerá a uma série de regras estabelecidas em novo decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Até então, a assistência consular a brasileiros fora do país não incluía o pagamento de despesas com sepultamento nem repatriação dos restos mortais de nacionais que morriam no exterior.

A mudança na regra ocorreu um dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversar, por telefone, com o pai da brasileira Juliana Marins, que morreu após cair da encosta durante a trilha do Vulcão Rinjani, na Indonésia, no último fim de semana.

Na ligação, o presidente ofereceu apoio do Itamaraty para trazer o corpo de Juliana de volta. O caso gerou grande comoção nacional.

O novo entendimento altera um dispositivo do Decreto 9.199/2017, que regulamenta a Lei de Migração (Lei nº 13.445/2017). Nele, esse traslado pago com dinheiro público era vedado.

A partir de agora, o transporte poderá ser custeado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), mediante as seguintes condições:

  • Se a família comprovar incapacidade financeira para o custeio das despesas com o traslado;
  • Se as despesas com o traslado não estiverem cobertas por seguro contratado pelo falecido ou em favor dele, ou previstas em contrato de trabalho se o deslocamento para o exterior tiver ocorrido a serviço;
  • Se o falecimento ocorrer em circunstâncias que causem comoção;
  • Se houver disponibilidade orçamentária e financeira.

Os critérios e procedimentos para a concessão do benefício ainda precisarão ser regulamentados em ato administrativo do ministro das Relações Exteriores, obedecendo, ainda, disposições do direito internacional e das leis locais do país em que a representação do país no exterior estiver sediada.

Essa regulamentação deverá incluir, por exemplo, orientações como as famílias poderão acionar as representações diplomáticas brasileiras no exterior e o rol de documentos requeridos.

O decreto não prevê que o governo brasileiro arque com despesas de deslocamento de parentes de pessoas falecidas até o país onde a morte ocorreu. A Agência Brasil solicitou ao MRE mais informações como devem funcionar a nova regra, mas ainda não obteve retorno. A matéria poderá ser atualizada posteriormente.




Fonte: Agência Brasil

Órgãos ambientais são acionados para investigar falta de repovoamento de peixes há mais de uma década no Rio Paraná | Presidente Prudente e Região


“Na verdade, as espécies nativas têm muito pouco, o que está tendo hoje, eu estou sobrevivendo mais do piau-banana (Hemiodus semitaeniatus), da corvina (Argyrosomus regius) e do porquinho (Geophagus proximus), mas é peixe nativo, piauçu (Leporinus macrocephalus), que agora começou a aparecer um pouco, mas não é aquela quantidade que tinha antigamente, está bem pouco ainda, bem escasso”, completou Souza Filho.




Fonte: G1

Arraiá Brasil termina com Xand Avião, Natanzinho e Bruno & Marrone


A partir desta sexta-feira (27) a cobertura do Arraiá Brasil 2025 entra em sua reta final na TV Brasil, na Rádio Nacional e no aplicativo TV Brasil Play. Artistas como Heitor Costa, Natanzinho Lima, Bruno & Marrone, Xand Avião e Manin Vaqueiro animam ao vivo os últimos festejos juninos no Nordeste.

Ao longo de todo o mês de junho, o público pôde acompanhar os shows em polos tradicionais do São João: Caruaru (PE), Campina Grande (PB) e, posteriormente, nas cidades baianas de Salvador e Amargosa.

O Arraiá Brasil é uma iniciativa conjunta da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), com apoio do Ministério do Turismo e da Petrobras.

As transmissões ocorrem em parceria com a PrefTV Caruaru e a UERN TV – emissora da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte –, com apoio da Prefeitura de Campina Grande.

A apresentação do Arraiá Brasil 2025 é conduzida por Karina Cardoso, Mário Sartorello, Sayonara Moreno e Cibele Tenório, com o suporte de repórteres das emissoras públicas participantes.

Serviço – Transmissões de 27 a 30 de junho

Sexta-feira (27/6) – das 23h às 2h
Cidade: Caruaru (PE)
Atrações: Heitor Costa e Natanzinho Lima

Sábado (28/6) – das 21h às 2h
Cidade: Campina Grande (PB)
Atrações: Jorge de Altinho; Bruno e Marrone; Xand Avião

Domingo (29/6) – das 21h30 às 2h
Cidades: Caruaru (PE) e Campina Grande (PB)
Atrações: Jonas Esticado; Bruno e Marrone; Manim Vaqueiro

Segunda-feira (30/6) – das 23h45 às 2h30 
Cidades: Caruaru (PE) e Campina Grande (PB)
Atrações: melhores momento do fim de semana




Fonte: Agência Brasil